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Conteúdo
1. Introdução............................................................................................................................1
1.2. Metodologias....................................................................................................................2
2. Debate Teórico....................................................................................................................3
4. Conclusão..........................................................................................................................11
5. Bibliografia........................................................................................................................12
1. Introdução
O desporto é um articulador dos saberes humanos que tem a necessidade de promover uma
interligação com a realidade escolar e com a atuação do professor na educação/alfabetização
esportiva. Nesse processo é necessário questionar como os professores
enxergam/concebem/se posicionam frente a Educação Física crítica, não crítica, do
espontáveis-mo, nos conhecimentos da pedagogia do desporto, no tecnicismo.
Neste contexto, o desporto é reconhecido como um meio formativo por excelência, sobretudo
em função da riqueza e a diversidade de experiências que proporciona às crianças e jovens
(Mesquita, 1998; Graça; Mesquita, 2013). Em virtude dessas características, particularmente
na Educação Física escolar, os desportos colectivos e individuais têm-se consolidado como
conteúdos clássicos integrantes no currículo dessa disciplina, inclusive, sendo previstos em
diretrizes norteadoras, como os Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Física
(Moçambique, 1998).
Para tanto, a actuação profissional para a intervenção pedagógica dos desportos, neste âmbito
de ensino, tem refletido preocupações importantes para a formação profissional de
professores. Considerando a formação inicial como um espaço em que ocorre a construção de
conhecimentos e competências para o ensino, indispensáveis à futura actividade pedagógica
do professor (Nascimento et al., 2009) a realização deste trabalho de pesquisa é justificada em
primeira instância, na necessidade de reflectir acerca dos fundamentos da evolução do
desporto e a teoria do ensino dos jogos colectivos e individuais.
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1.1. Objectivos da Pesquisa
Para este trabalho foi aplicada o tipo de pesquisa exploratória, a qual objectiva proporcionar
maior familiaridade com o problema em estudo para torná-lo mais explícito. Esse tipo de
pesquisa é bastante flexível a fim de possibilitar a consideração dos mais variados aspectos
relativos ao problema de investigação (Gil, 2007).
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2. Debate Teórico
2.1. A Abordagem da Pedagogia do Desporto (Como Profissão)
Graça (2001) considera que a pedagogia do desporto, mesmo sendo uma área de investigação
jovem é um “edifício” muito complexo. Ela não se esgota na Educação Física já que ela tem
como campo de estudos todas as práticas desportivo-corporais e também se interessa pelo
praticante dessas atividades, sendo eles de todas as idades ou condições.
Porém o autor afirma que ainda assim, vários temas e perspectivas da investigação
pedagógica da Educação Física são tratados muito superficialmente ou nem são abordados. O
autor fornece alguns exemplos, como: falta de investigação sobre as atitudes, as crenças e os
processos cognitivos dos alunos, estudos de orientação social crítica, estudos sobre
metodologias e métodos de investigação, entre outros (Graça, 2001).
Bento, Garcia e Graça (1999) apontam uma contribuição importante ao afirmar que a
pedagogia do desporto se baseia em todas as fases da vida e para os diversos locais de práticas
corporais relacionadas ao desporto, acompanhando a evolução das necessidades, dos
interesses e problemas que lhes estão associados, ou seja, ocupar o fenômeno “desporto” em
toda abrangência e pluralidade.
Para estes autores, a pedagogia do desporto tem que ser uma pedagogia da “palavra nova e
alta”, aberta, aumentativa, crescida e substantiva. Ela tem que ser contra a “palavra pequena”,
deprimente, envergonhada, fechada, baixa, rasteira e banal. Deve ser a pedagogia da “palavra
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viva”, desafiadora, encorajadora e contagiante, contra a palavra da negação, do
“silenciamento” e morte da nossa condição de humanos (Bento, Garcia & Graça, 1999).
Desse modo, constata-se que os autores citados acreditam que o desporto (ou desporto) é sim
uma ferramenta educacional, porém é preciso deixar claro que desporto é este e para quem ele
será ensinado. Não sendo possível pautar-se em metodologias rígidas, fixas e reducionistas e,
em contrapartida, ampliando a visão sobre o desporto, as formas de ensiná-lo e apoiando-se
na questão de centrar o ensino sobre o sujeito como principal agente desse processo (Freire,
2003).
A participação dos jovens no desporto potencia o seu desenvolvimento pessoal e social, para
além de fomentar a capacidade de aprender formas adaptadas de competir e cooperar com
outras pessoas. Através da prática desportiva podem aprender a correr riscos, a ter
comprometimento pessoal e auto controlo e também a lidar com o sucesso e com o fracasso
(Mesquita, 2004). Entretanto, a participação por si só, não significa que tais propósitos sejam
alcançados. O factor mais importante na prossecução destes propósitos relaciona-se com a
maneira como a aprendizagem é estruturada e supervisionada pelos adultos (Smith & Smoll,
1997). Nota-se desta forma, que o desporto permite muito mais do que, simplesmente, a
aquisição de habilidades, sendo, sobretudo uma ferramenta muito útil no processo de
formação pessoal e social de crianças e jovens.
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Smith & Smoll (1984) referem que apesar da importância incontestável dos treinadores no
desenvolvimento de competências motoras, a sua influência nos jovens pode se estender para
outras áreas de intervenção.
Uma forma de intervenção bastante presente no ambiente desportivo, diz respeito à atitude
dos treinadores em relação ao erro dos seus atletas. Mesquita (2004) coloca que, para o aluno
ser capaz de examinar sua aprendizagem e procurar fundamentos que expliquem o erro que
cometeu, é necessário que ele se aperceba que não foi ele que errou, mas sim a acção que
realizou; dando-se assim, um carácter mais construtivista ao erro no processo de ensino-
aprendizagem.
“Tal exige por parte do treinador o entendimento de que mais do que existirem erros existem
experiências de aprendizagem, que necessitam de ser interpretadas pelos praticantes, no
sentido destes compreenderem o que de facto necessita de ser melhorado. Deste modo, as
fragilidades são encaradas como algo natural, e que decorrem da própria prática, sendo
consequentemente criadas condições para o desenvolvimento das competências desejadas”
(Mesquita, 2004, pp. 34).
Enfim, o papel do treinador e professor perpassa por uma gama de actividades, com
finalidades de formação não só desportiva, mas também pessoal e social, sendo crucial o
recurso a estratégias instrucionais promotoras do desenvolvimento de competências ecléticas.
Colocar o aluno como agente de sua própria aprendizagem, fomentar o espírito crítico, a
liberdade processual para a interpretação do erro, são eixos basilares da formação a longo
prazo.
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2.3. Dimensões da Ética a Estes Profissionais
Compartilhando com a opinião de Longo (2007) e Guzzo (2007) no que diz respeito à
docência enquanto uma actividade que se consolida na prática quotidiana, Andrade (2008)
destacou que a reflexão do professor deve ser em torno da ética a partir da elaboração de uma
consciência moral baseada na relação com o outro, no caso, o aluno.
A dimensão ética “começa quando entra em cena outros. Qualquer lei, por moral ou jurídica
que seja, regula sempre relações interpessoais, incluindo as que se estabelecem com quem a
impõe” (Eco; Martini, 1999, p. 45). A ética, para Sung e Silva (2011, p. 41) é “uma dimensão
que permite o questionamento sobre as práticas, atitudes, regras e acções humanas”,
considerando-se as consequências dessas práticas, atitudes, regras e acções para outros. Nesse
sentido, a ética está presente em toda a acção do indivíduo, no âmbito pessoal e profissional,
considerando-se as implicações de suas acções na colectividade.
Com base em conceitos da Competência Informacional (Johnston; Webber, 2003; Catts; Lau,
2008; Abell et al., 2004) observa-se que a Dimensão Ética está directamente ligada ao uso
ético e eficaz da informação. Compreender a ética e seu uso responsável no que se refere à
Competência Informacional, na visão de Abell et al. (2004) implica em saber porque a
informação é usada; respeitar a confidencialidade da informação e sempre reconhecer o
trabalho dos outros indivíduos; compreender a sua natureza e usos para informar
correctamente e de forma imparcial. Salienta-se, neste sentido, que bibliotecários possuem o
papel de atestar a veracidade dos dados disponibilizados, pois aprenderam o sentido do
universo informacional e conhecem as fontes de informação adequadas para a compreensão
deste universo.
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Farias e Vitorino (2009, p. 8) observa que a Dimensão ética da Competência Informacional
“se relaciona a orientação da acção, baseada nos princípios de respeito e da solidariedade, do
convívio e da realização de um bem colectivo”. Liberdade e à noção de compromisso – esse
compromisso trazem a marca da moral (Rios, 2011). No compromisso, o indivíduo empenha a
sua palavra, criadora de valores, de significações.
Por sua vez, o conceito de profissão possui uma vantagem expressiva do profissional
especialista, é a quantidade de conhecimento agregado sobre a sua área de actuação. Esses
profissionais costumam ter funções bem definidas e serem partes essencial da tomada de
decisão envolvendo sua área.
A orientação do serviço deve ser inserida num contexto mais abrangente, como um
cenário de actividades que, além de auxiliar pessoas a tomar decisões no âmbito do
trabalho, pode contribuir ainda com a Educação Profissional e a transição da escola
para o mundo do trabalho de maneira mais fluente.
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Para o seu desenvolvimento, o profissional deve estar aberto a fazer parte de todos os
processos internos existentes em sua equipa, às vezes se estendendo até mesmo aos externos.
Através disso, ele tem em vista contribuir com ideias e orientação de gerentes, superiores e
outras licenças imediatas.
É um conjunto de normas de comportamento que deverão ser seguidas pelos profissionais que
pertencem a um determinado sector ou área de actividades. Outrora, é um conjunto de regras e
normas que delimitam o comportamento e as obrigações de um profissional na sua relação
com o seu empregador ou cliente.
Um código deontológico pode ser entendido como uma relação das práticas de
comportamento que são observadas no exercício da profissão. As normas do código
deontológico visam o bem-estar da sociedade, de forma a assegurar a lisura de
procedimentos de seus membros dentro e fora das organizações ou empresas, que tem
como um dos objetivos a formação da consciência profissional sobre padrões de
conduta.
Um código deontológico é constituído por vários princípios éticos, que por sua vez podem ser
agrupados em duas categorias distintas. A primeira categoria é a dos valores éticos
fundamentais que se mantem inalterados independentemente do espaço e do tempo, a
qualquer conceito filosófico ou político. Neste grupo inclui-se:
Respeito pela vida humana e pela sua dignidade; Não discriminação na administração
de cuidados; Protecção dos mais fracos; Manutenção do segredo profissional quando
não colide com o bem-estar comum; Solidariedade e respeito entre os profissionais.
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É crucial no mundo do trabalho, nas instituições e nas empresas, capazes de determinarem
quais os limites éticos no exercício de cada função profissional. Ou seja, aquilo que é
considerado aceitável ou não. Dessa forma, é possível garantir que perante uma ma actuação
de profissional, a profissão como um todo não sairá afectado aos olhos da sociedade. Para
além disto, os códigos deontológicos são também importantes para as pessoas e ou entidades
que desfrutam dos serviços prestados pelo profissional, garantindo que são prestados de uma
forma ética.
É aquela que é constituído por membros que exercem a mesma profissão, estes geralmente
pertencendo a profissões regulamento todas ou reconhecidas pelas normas aplicadas por
associadas pelo estado. Esta associação é constituída por associados que exercem
habitualmente a mesma profissão, adquirindo a qualidade de colegiada.
Segundo Hovekamp (1997) dentre os objectivos centrais das associações, está a ênfase nos
bens públicos. Tal ênfase é um modo de melhorar a imagem da profissão mostrando o valor e
importância dos seus membros para a sociedade em função da aplicação de seus
conhecimentos e habilidades especiais.
Para a autora citada, na área da educação, no que diz respeito ao chamado “bem público” se
tratam de questões como, acesso à informação, liberdade intelectual, direitos autorais,
instrução, conhecimento e avanço tecnológico. Essas questões compreendem, como já
mencionado anteriormente, os fundamentos dos códigos de ética dos profissionais da
educação e outros profissionais da informação.
As associações profissionais são valiosas por vários motivos, tanto para aqueles que
trabalham como profissionais em uma área quanto para o público em geral. Algumas das
funções que uma associação ou órgão pode cumprir são:
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A profissionalidade docente é um tema cuja reflexão e estudos têm assumido novas e
importantes configurações nas últimas décadas e, principalmente no momento atual quando a
política pública para a educação consiste em verificar índices e resultados, perpassando-se
pela qualidade do ensino nas escolas públicas, discussão esta muito significativa quando se
trata de contribuir para o desenvolvimento profissional dos professores.
Para Esteve (1999, p. 39) além de uma visão idílica da profissão ou da sua percepção como
semi-profissão, é imprescindível delinear o campo da formação e da atuação sempre em torno
de conceitos fundamentais relativos à profissionalidade: profissionalização e profissionalismo,
como requisitos fundamentais para a sua defesa.
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está na produção de recursos ou novas competências. Deste modo, passou-se gradualmente de
uma perspetiva funcionalista, associada a aproximações racionalistas, para uma perspetiva
estruturalista, interligada com aproximações mais interpretativas.
4. Conclusão
Para a consecução deste trabalho foram percorridas várias etapas e todas elas se mostraram de
importância vital para o enriquecimento deste trabalho.
Consoante isto as implementações teóricas dos autores citados deu-se uma configuração de
um arranjo literalmente científico ao presente trabalho de pesquisa, mostrando concepções da
Pedagogia do Desporto que se debruça sobre a práxis lúdico-desportiva e os conhecimentos
relativos ao ensino dos desportos deve visar uma nova proposta pedagógica que rompa com o
mecanicismo e com o tecnicismo.
Com isto, deve também ser responsável pelo desenvolvimento de metodologias adequadas
para atividades individuais e/ou coletivas com vistas à formação humana que se ocupa dos
fenômenos do jogo, do movimento, do processo de ensino-aprendizagem, dos festivais e
competições esportivas. A proposta deve-se fazer presente na iniciação esportiva atendendo a
todos os segmentos da sociedade, portanto, seu principal objetivo será a aprendizagem social.
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5. Bibliografia
Andrade, J.K. (2008). Ética docente: estudo sobre o juízo moral do professor. Porto Alegre,
RS.
Bento, J.O. (2006). Da pedagogia do desporto. In: Tani, G.; Bento, J.O.; Petersen, R.D.S.
Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.26-40.
Bento, J.O. (1995). O outro lado do desporto. Porto: Campo das Letras, 1995.
Bento, J.O.; Garcia, R.; Graça, A. (1999). Contextos da pedagogia do desporto. Lisboa:
Livros Horizonte.
Gil, A. (2007). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Editora Atlas.
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FADEUP, p. 9-54.
Guzzo, V. (2007). As dimensões éticas e política como componentes curriculares dos cursos
de licenciatura: a perspectiva dos estudantes. São Leopoldo, RS.
Longo, M.M. (2007). Entre a permissão e a repressão: a formação do professor nos cursos
de licenciatura e a abordagem ética. Rio de Janeiro, RJ.
Smith, R.E. & Smoll, F.L. (1997). Coaching the coaches: youth sports as a scientific and
applied behavioural setting. Current Directions in Psychological Science,6 (1), 16-21.
Smoll, F.L., & Smith, R.E. (1984). Leadership research in youth sport. In. J. M. Silva & R. S.
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Pp. 371-386.
Smith, R.E.; Smoll, R.E.; & Cumming, S.P. (2007). Effects of a motivational climate
intervention for coaches on young athletes’ sport performance anxiety. (Versão
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