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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Aquisição da Linguagem ao Longo do Tempo

Nome: Nádia Domingos Goodlaife Moisés


Código do Estudante: 708202600

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Psicolinguística
Ano de Frequência: 4º Ano
Docente: Pe. Filipe Ajuda

Tete, Abril, 2023

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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
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 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
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Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Indice
1 Introdução ........................................................................................................................... 5

1.1 Objectivos..................................................................................................................... 6

1.1.1 Objectivo Geral ..................................................................................................... 6

1.1.2 Objectivos Especificos ........................................................................................... 6

1.2 Metodologia .................................................................................................................. 6

2 Aquisição da linguagem ao longo do tempo......................................................................... 7

2.1 Conceito de linguagem.................................................................................................. 7

2.2 Aquisição da linguagem ................................................................................................ 7

2.2.1 Etatpas da aquisição de linguagem ....................................................................... 10

2.2.2 Do 1º mês ao 24 º mês 1º mês......................................................................... 10

2.2.3 6 meses ................................................................................................................ 11

2.2.4 8 meses ............................................................................................................... 11

2.2.5 12 meses ............................................................................................................. 11

2.2.6 18 meses ............................................................................................................. 11

2.2.7 24 meses ............................................................................................................. 12

2.2.8 Do 3 º ano ao 5 º ano 3 anos ........................................................................... 12

2.2.9 5 anos ................................................................................................................. 12

2.2.10 Do 6 º ano ao 12 º ano 6 anos .......................................................................... 13

2.2.11 8 anos ................................................................................................................. 13

2.2.12 12 anos ............................................................................................................... 13

3 Conclusão ......................................................................................................................... 14

4 Referências bibliográficas ................................................................................................. 15

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1 Introdução

O presente trabalho de pesquisa insere-se na cadeira de Psicolinguística e versa em torno da


aquisição da linguagem ao longo do tempo.

Nesta pesquisa vamos fazer uma análise comparativa de aspectos como desenvolvimento sensório-
motor, desenvolvimento perceptual, o desenvolvimento cognitivo com o desenvolvimento da
linguagem, nas seguintes idades: 1 mês, 3 meses, 6 meses, 8 meses, 12 meses, 18 meses, 24 meses,
3 anos, 5 anos, 6 anos, 8 anos e 12 anos de idade.

A linguagem humana é extremamente complexa e envolve diferentes níveis do sistema linguístico:


fonética, fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática, formando um sistema intrincado
de unidades abstractas, estruturas e regras, que é usado pela criança, mesmo sendo ela muito
pequena. Observa-se entre vários estudos com crianças adquirindo diferentes línguas é um processo
bastante similar, em que as crianças apresentam os mesmos estágios.

A linguagem deve ser concebida no contexto da interação social, não simplesmente como meio
de transmissão de informação, mas sim com o projeção das próprias pessoas, veículo de trocas, de
relações, com o meio de representação e comunicação.

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1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo Geral


 Compreender a aquisição da linguagem ao longo do tempo.

1.1.2 Objectivos Especificos


 Definir a linguagem.
 Explicar a relação entre o desenvolvimento sensório-motor, o desenvolvimento perceptual,
o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento da linguagem;
 Mencionar os estágios de desenvolvimento da linguagem ao longo do tempo.

1.2 Metodologia

Para que este estudo fosse factível, o presente trabalho assenta particularmente no método de
pesquisa bibliográfica, assim como a consulta a informação electrónica, e também alguns artigos
ligados a Psicolinguística, e finalmente o dialogo com alguns professores que de alguma forma são
possuidores de algum conhecimento credível do tema em estudo.

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2 Aquisição da linguagem ao longo do tempo

2.1 Conceito de linguagem

Segundo Costa e Melo (sd), linguagem “é o conjunto de sons cuja produção intervém a língua” (p.
1018).
A linguagem é a capacidade que os seres humanos têm para produzir, desenvolver e compreender
a língua e outras manifestações, como a pintura, a música e a dança. Já a língua é um conjunto
organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a comunicação.

A linguagem agrupa-se em três tipos nomeadamente Verbal, não verbal e mista, todos eles são
desenvolvidos ao longo do tempo e sem muito esforço.

A linguagem é muito importante pois possibilita o seguinte:

 Construção de conhecimento;
 Troca de informações;
 Expressão dos sentimentos e necessidades;
 Desenvolvimento cognitivo, social e emocional;
 Aprendizagem;
 Constituição da identidade;

2.2 Aquisição da linguagem

Descobrir como as crianças adquirem a linguagem tem sido uma questão considerada relevante
desde a Antiguidade. Filósofos, como Aristóteles e Platão, por exemplo, já demonstravam-se
interessados em desvendar o mistério de como o ser humano é capaz de adquirir a linguagem.

Sócrates pergunta a Platão como um menino, que era escravo e não possuía qualquer instrução,
podia conhecer os princípios da geometria e era capaz de compreender teoremas complexos
da geometria. Perante esta situação surge a seguinte questão: como uma criança consegue
chegar às condições de verdade da geometria sem nenhuma informação e/ou instrução?
Platão, então, propõe uma resposta a esse problema: o conhecimento está na mente da criança
como parte de sua existência, isto é, inato.

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De cordo com Chomsky (1988), “certos aspectos do nosso conhecimento e do nosso entendimento
que são inatos, fazem parte da nossa determinação genética, da nossa natureza, assim como
a natureza nos faz caminhar ao invés de voar” (p. 04).

Na perspectiva inatista, há um componente da faculdade da linguagem na mente/cérebro da


criança. A interação entre factores ambientais e biológicos explica o uso que a criança faz
da linguagem, tanto com relação à sua compreensão, como com a sua produção da
linguagem. Assim, os factores do ambiente interferem no uso da linguagem possibilitando
colocar em uso um sistema de conhecimento que identifica e extrai do ambiente as
informações relevantes para acessar recursos que estão biologicamente determinados.

Assim, quando consideramos a aquisição da linguagem, precisamos saber que estamos diante
de, pelo menos, três factores:

 Os princípios geneticamente determinados que limitam a faculdade da linguagem;


 Os mecanismos de aprendizagem que também são geneticamente estabelecidos; e
 A experiência linguística à qual a criança está exposta em uma determinada
comunidade de fala (ou de sinais).

A aquisição da linguagem é um processo que apresenta padrões universais que são acessados
a partir do ambiente. Crianças, em diferentes partes do mundo, com experiências de vida
completamente diferenciadas, passam pelos mesmos estágios de aquisição, o que sugere que
a língua adquirida não seja aprendida, mas sim determinada por princípios lingüísticos inatos
que interagem com a língua a que a criança é exposta no ambiente.

A complexidade da linguagem resulta da ação desses princípios e não pode ser explicada com
base no conceito “vago” de analogia (Chomsky, 1988, p.24).

Um dos pressupostos que norteiam o desenvolvimento de estudos desenvolvidos a partir do


gerativismo é a idéia de que a forma como as crianças entendem as palavras e as sentenças
parece estar relacionada com a forma como a mente humana funciona.

As crianças usam palavras novas de forma apropriada, embora muitas vezes nunca as tenham
ouvido antes e entendem sentenças que nunca escutaram/visualizaram. Enfim, elas adquirem
tão rapidamente as palavras e as suas possíveis formas de combinações, que não há como

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deixar de pressupor a existência de algum tipo de conhecimento inato que propicie o
desenvolvimento da linguagem.

Vygotsky defende que a construção do conhecimento se dá numa relação de interação entre o


sujeito e o objeto, sendo esta relação mediada pelo outro, pela linguagem e pela cultura.

Ao contraria da ideia de Vygostky, a criança adquire a linguagem sem nenhum tipo de esforço,
sem instrução explícita, com evidência positiva (isto é, sem correções, em diferentes contextos
sociais), em pouco tempo e da mesma forma em diferentes línguas, ou seja, todas as
crianças parecem passar pelos mesmos estágios de aquisição. Para explicar tudo isso, torna-
se necessária a concepção de que existe algum tipo de conhecimento que faz parte da
natureza humana, o conhecimento lingüístico.

Várias pesquisas têm demonstrado que as crianças adquirem a sua língua materna com base
em evidência positiva, ou seja, a partir da mera exposição a instâncias da língua que a
cerca, sem a necessidade de que exista qualquer tipo de correção por parte dos que convivem
com ela (ou seja, sem que haja qualquer tipo de evidência negativa).

De acordo com Piaget (1996), “a acomodação acontece quando a criança não consegue através do
seu cognitivo assimilar a nova informação em função das particularidades desse novo estímulo”
(p. 14).

Ela ouve ou vê a língua que está sendo usada no seu ambiente e, a partir dela, com base
nos princípios e parâmetros da GU, forma sua gramática estável. A língua ou as línguas as
quais a criança é exposta funcionam como uma espécie de “gatilho” que desencadeia a
aquisição da linguagem.

Segungo Raposo (1991), a informação a que a criança é exposta não necessariamente reflete
a riqueza e as possibilidades de combinações na língua que ela já usa por volta de três a
quatro anos de idade.

Até os cinco anos de idade, ela já adquiriu a linguagem utilizando, pelo menos, uma língua,
praticamente com o mesmo padrão utilizado pelo adulto, independentemente das
circunstâncias e do tipo de input lingüístico a que ela é exposta. Esse processo de aquisição
acontece de forma bastante similar em diferentes comunidades lingüísticas, isto é, as crianças

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balbuciam por volta dos oito meses de idade, produzem as primeiras palavras entre o
primeiro e o segundo ano de vida, fazem as primeiras combinações de palavras já antes do
início do segundo ano e, por volta do terceiro ano, já produzem sentenças estruturadas.

Não há ainda uma teoria capaz de motivar uma abordagem experimental hipótese-tese e, dai
que surge a necessidade de criar teorias de forma a dar uma explicação geral da ALS.

Nota-se uma forte relação entre o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento da


linguagem. Estes dois sistemas interagem com o desenvolvimento motor.

2.2.1 Etatpas da aquisição de linguagem


A linguagem humana é extremamente complexa e envolve diferentes níveis do sistema
lingüístico – fonética, fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática – formando
um sistema intrincado de unidades abstratas, estruturas e regras, que é usado pela criança,
mesmo sendo ela muito pequena. O que se observa entre vários estudos com crianças
adquirindo diferentes línguas é um processo bastante similar, em que as crianças apresentam
os mesmos estágios.

O desenvolvimento sensório- motor, cognitivo e linguístico de uma criança até a adolescência


segue os seguintes estágios:

2.2.2 Do 1º mês ao 24 º mês 1º mês


 Esta Desenvolvimento sensório-motor: faz movimentos reflexos dos braços e pernas.
Levanta a cabeça quando deitada de bruços, mas não a sustém quando está na
posição vertical. Dirige e fixa o olhar, mas não faz nenhum movimento para chegar
a algo;
 Desenvolvimento cognitivo: prefere padrões visuais e recordase de um objecto que
apareça num intervalo de 2,5 segundos;
 Desenvolvimento da Linguagem: Chora por assistência e produz sons de agrado.
 Desenvolvimento Sensório-motor: Detém o controlo voluntário do corpo. Segura a
cabeça sem grandes oscilações quando senta. Alcança e agarra objectos, mas tem
frequentemente as mãos abertas;
 Desenvolvimento cognitivo: localiza o som e fixa o lugar de onde cai um objecto.
Tem uma memória visual de 5 a 7 segundos;
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 Desenvolvimento da linguagem: produz cadeias de consoantes e imita tons com
diferentes variações de intensidade.

2.2.3 6 meses
 Desenvolvimento sensório-motor: vira livremente a cabeça e dobra-se em todas as
direcções. Agarra o beberon. Senta-sdireita. Alcança com um braço, agarra e leva à boca
qualquer objecto;
 Desenvolvimento cognitivo: olha e alcança devagar e depressa os objectos, que inspecciona
com curiosidade;
 Desenvolvimento a linguagem: varia o volume, a intensidade e a velocidade da voz.
Vocaliza o prazer e o desprazer. Dá gritos de excitação.

2.2.4 8 meses
 Desenvolvimento sensório-motor: já possui controle do polegar e manipula os objectos;
 Desenvolvimento cognitivo: armazena na memória a cor e a forma. Reconhece as
dimensões dos objectos. Explora a forma, o peso, a textura e a função dos objectos;
 Desenvolvimento da linguagem: faz uma audição selectiva. Reconhece algumas
palavras. Repete a sílaba mais enfatizada. Imita a qualidade tonal da fala adulta.

2.2.5 12 meses
 Desenvolvimento sensório-motor: fica de pé sozinha e levantase de cócoras;
 Desenvolvimento cognitivo: alcança sem olhar e usa apropriadamente objectos comuns;
 Desenvolvimento da linguagem: reconhece o nome. Segue instruções motoras simples
do tipo “tatá”, “bá”, etc. Produz uma ou mais palavras.

2.2.6 18 meses
 Desenvolvimento sensório-motor: anda devagar e corre muito. Bebe sem ajuda. Atira
e apanha a bola sem cair;
 Desenvolvimento cognitivo: reconhece-se ao espelho. Reconhece retratos. Lembra-se
dos lugares onde os objectos estão normalmente;
 Desenvolvimento da linguagem: tem um vocabulário de cerca de 20 palavras e
começa a produzir enunciados de duas palavras.

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2.2.7 24 meses
 Desenvolvimento sensório-motor: anda devagar olhando para os pés. Corre com ritmo,
mas não é capaz de parar sem ser abruptamente;
 Desenvolvimento cognitivo: compreende noções “um” e muitos”;
 Desenvolvimento da linguagem: possui um vocabulário de 200 a 300 palavra, com
as quais nomeia a maior parte dos objectos de uso quotidiano. Usa frases curtas e
incompletas. Usa algumas preposições e pronomes, mas nem sempre de forma correcta
usa algumas formas regulares de flexão verbal e nominal.

2.2.8 Do 3 º ano ao 5 º ano 3 anos


 Desenvolvimento sensório-motor: anda sem olhar para os pés. Balança
momentaneamente num só pé;
 Desenvolvimento cognitivo: fica menos restringida pelos objectos domina o conceito
de “dois” e é capaz de participar num jogo de “faz- de-conta”;
 Desenvolvimento da linguagem: possui um vocabulário de 900 a 1000 palavras.
Produz frases simples de 3 ou mais palavras. Fala acerca do presente (aqui e agora).

2.2.9 5 anos
Até os cinco anos de idade, ela já adquiriu a linguagem utilizando, pelo menos, uma língua,
praticamente com o mesmo padrão utilizado pelo adulto, independentemente das
circunstâncias e do tipo de input lingüístico a que ela é exposta. E pode se observar o
seguinte:

 Desenvolvimento sensório-motor: tem bastante controlo motor e consciência do corpo.


Faz desenhos mais perceptíveis. A percepção do seu olhar ainda não permite a
fixação da leitura;
 Desenvolvimento cognitivo: aplica uma regra numa série de actividades. Conta até
13. Domina o conceito” maior que 3” e pode mostrar 4 ou 5 objectos;
 Desenvolve a compreensão dos conceitos de hoje-amanhã- ontem, amanhã-tarde-noite,
dia noite. Reconhece relações de parte-todo;
 Desenvolvimento da linguagem: tem um vocabulário de 2100-2200 palavras. Discute
sentimentos. Percebe os conceitos “antes” e “Depois”. Não depende da ordem de
palavras. Tem adquirida cerca de 90% da gramática da sua língua
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2.2.10 Do 6 º ano ao 12 º ano 6 anos
 Desenvolvimento sensório-motor: tem maior controlo motor. Anda de bicicleta.
Aparecem-lhe os novos dentes;
 Desenvolvimento cognitivo tem maior capacidade de atenção. Distrai-se menos com
informação adicional quando está a resolver um problema. Embora e repete três
dígitos;
 Desenvolvimento da linguagem: tem um vocabulário expressivo de 2600 palavras e
reconhece 20.000 a 24.000. Produz muitas frases complexas bem formadas.

2.2.11 8 anos
 Desenvolvimento sensório-motor: com o alongamento dos braços e crescimento das
mãos, tem maior habilidade manual. O seu cérebro tem praticamente o tamanho
definitivo;
 Desenvolvimento cognitivo: sabe qual é a direita e a esquerda dos outros. Reconhece
diferenças e parecenças. Lê espontaneamente;
 Desenvolvimento da linguagem: fala muito. Gaba-se. Verbaliza rapidamente ideias e
problemas. Comunica o pensamento. Tem poucas dificuldades em estabelecer
comparações.

2.2.12 12 anos
 Desenvolvimento sensório-motor: estaciona antes de dar o “ salto” para a
adolescência. As raparigas são normalmente mais altas e pesadas, podem ter
entrado na puberdade. Os rapazes, com a puberdade, mostram rápido crescimento
muscular;
 Desenvolvimento cognitivo: atinge o pensamento abstracto;
 Desenvolvimento da linguagem: tem um vocabulário passivo de 50.000 palavras.
Domina as regras da gramática da sua LM. Produz facilmente estruturas sintácticas
com relações de subordinação.

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3 Conclusão

Terminado o trabalho chegou-se a conclusão de que a criança adquire a linguagem sem nenhum
tipo de esforço, sem instrução explícita, com evidência positiva (isto é, sem correções, em
diferentes contextos sociais), em pouco tempo e da mesma forma em diferentes línguas, ou
seja, todas as crianças parecem passar pelos mesmos estágios de aquisição. Para explicar
tudo isso, torna-se necessária a concepção de que existe algum tipo de conhecimento que faz
parte da natureza humana, o conhecimento linguístico.

Não há ainda uma teoria capaz de motivar uma abordagem experimental hipótese-tese e, dai
que surge a necessidade de criar teorias de forma a dar uma explicação geral da ALS.

A linguagem humana é extremamente complexa e envolve diferentes níveis do sistema linguístico–


fonética, fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática– formando um sistema
intrincado de unidades abstratas, estruturas e regras, que é usado pela criança, mesmo sendo
ela muito pequena. O que se observa entre vários estudos com crianças adquirindo diferentes
línguas é um processo bastante similar, em que as crianças apresentam os mesmos estágios.

O desenvolvimento sensório-motor, cognitivo e linguístico de uma criança até a adolescência


segue os seguintes estágios: : 1º mês ao 24 º mês; do 3 º ano ao 5 º ano; do 6 º ano ao
12 º ano. Existe uma forte relação entre o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento
da linguagem. Estes dois sistemas interagem com o desenvolvimento motor.

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4 Referências bibliográficas

 Chomsky, N. (1988). Linguagem e problema de conhecimento. Cambridge, MA: MIT


Press.
 PIAGET, J. (1996). Biologia e Conhecimento. 2ª Ed. Vozes. Petrópolis, Brazil;
 Raposo, E. (1991). Teoria da Gramática: A faculdade da linguagem. Lisboa: Ed. Caminho.
 VIGOTSKY, L. S. (2003). Psicologia pedagógica. Porto Alegre. Artmed, Brazil;

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