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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1 Introdução............................................................................................................................ 5
1.1 Objectivos..................................................................................................................... 6
2 Resolução ............................................................................................................................ 7
2.1.2 2.Explique o papel dos percursores dos movimentos de revalorização das culturas do
negro e dos africanos como o da Negritude e do Pan-Africanismo. ...................................... 8
3 Conclusão ......................................................................................................................... 12
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1 Introdução
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1.1 Objectivos
Explicar o papel dos percursores dos movimentos de revalorização das culturas do negro e
dos africanos como o da Negritude e do Pan-Africanismo;
Debruçar sobre a literatura politica e de combate tendo em conta o nacionalismo e a
moçambicanidade;
Fazer o levantamento pormenorizado das marcas do nacionalismo no poema “Karingana
wa Karingana” de José Craveirinha.
1.2 Metodologia
Para que este estudo fosse factível, o presente trabalho assenta particularmente no método de
pesquisa bibliográfica, assim como a consulta a informação electrónica, e também alguns artigos
ligados a Literatura Africana em Língua Portuguesa II, e finalmente o dialogo com alguns
professores que de alguma forma são possuidores de algum conhecimento credível do tema em
estudo.
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2 Resolução
R/Os aspectos importantes que ditaram o surgimento da literatura escrita nas colonias africanas
foram a imprensa e o ensino. Estes aspectos contribuíram sobremaneira para a eclosão da literatura
escrita nas colónias portuguesas, embora fosse mais importantes numas e noutras não devido a
repreensão e censura intensificadas.
Segundo dicionário da língua portuguesa “literatura é a arte de compor escritos artístico, composto
de produções literárias de um país ou de uma época”.
No que concerne a origem da literatura escrita nas colonias africanas Sithole e Cesar (sd), afirmam
que “o aparecimento de uma literatura escrita em Moçambique está intimamente ligado com a
política educacional e a política de assimilação do estado colonial português” (p. 11).
A política de assimilação foi uma tentativa da França e de Portugal de destruir a tradição cultural
de suas colônias africanas e, através da sua europeização, formar uma elite privilegiada que
colaborasse com os colonizadores.
A Imprensa
De acordo com o Dicionário de Língua Portuguesa (2002), imprensa “é o conjunto dos jornais,
revistas e outras publicações periódicas; o conjunto dos jornalistas” (p. 398).
Imprensa é a designação coletiva dos meios de comunicação que exercem o Jornalismo e outras
funções de comunicação informativa - em contraste com a comunicação puramente
propagandística ou de entretenimento.
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Noa (2008) ao considerar a realidade de Moçambique no que tange ao desempenho da imprensa
na construção do nacionalismo, afirma que a mesma foi de fundamental relevância por “ter
funcionado como o grupo de pressão mais importante antes da independência” (p. 36).
A imprensa foi introduzida nas colónias nas seguintes datas: Cabo Verde (1842); Angola (1845);
Moçambique (1854); São Tomé e Príncipe (1857) e Guiné-Bissau (1879).
Pesquisadores costumam dividir a história da imprensa portuguesa em três períodos, como quis
José Tengarrinha; também a imprensa colonial pode ser dividida em três etapas, embora não
correlacionadas necessariamente com as da metrópole. Para Portugal, pode-se adotar a seguinte
periodização:
2.1.2 2.Explique o papel dos percursores dos movimentos de revalorização das culturas do
negro e dos africanos como o da Negritude e do Pan-Africanismo.
R/Os percursores dos movimentos de revalorização das culturas do negro e dos africanos como o
da Negritude e do Pan-Africanismo desempenharam um papel de relevo pois impunham a recusa
da civilização ocidental, da evocação continuada dos negreiros e sua repressão (tema maior do
sofrimento do passado), do cortejo da violência, com a consequente ameaça de revolta, o despertar
da África, a reivindicação da Negritude, que levou o negro-objecto a assumir-se como Negro-
sujeito."
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Eles tinham como temas fundamentais a exaltação ou mitificação do país distante, a ânsia de
regresso à terra natal, a relevância fundamental da raça e da cor da pele, a condição do negro em
África e fora dela, o país como um paraiso perdido da infância que se opõe à frieza, agressividade
e decadência da cultura dominadora europeia.
Anderson (2008) sublinha alguns deles como os jornais e a literatura. Os dois configuram-se como
essenciais na criação, substancialização e circulação das ideias, funcionando como aparatos
ideológicos para a disseminação e difusão do sentimento de integração e pertença entre os
indivíduos, a uma “comunidade imaginada”.
Senghor foi um dos maiores divulgadores da negritude, que se consolidava como um movimento
cultural de resgate/construção da identidade negra, buscando desvelar a alma negra cuja
característica essencial seria a emoção: "A emoção é negra, assim como a razão é helênica".
Conforme sustentam Sithole e Cesar (sd), “a poesia política e de combate em Moçambique foram
cultivadas sobretudo por escritores que militavam na Frelimo, entre eles, destaque para Marcelino
dos Santos, Rui Nogar e Orlando Mendes” (p. 13).
É um tipo de poesia que tinha como foco, ou seja, preocupa-se sobretudo com comunicar uma
mensagem de cunho político e, algumas vezes, partidário. Como literatura, e salvo raras excepções
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(como é o caso de Rui Nogar, com alguns belos poemas de carácter intimista, no seu livro Silêncio
escancarado, de 1982), esta poesia é pouco ou nada inovadora.
Como nos outros países, surge também em Moçambique um número de escritores cuja obra poética
é conscientemente produzida tendo em conta o factor da nacionalidade, anterior, como é evidente,
à realidade do país que mais tarde se concretiza. São eles que forjam a consciência do que é ser
moçambicano no contexto, primeiro da África e, depois, do mundo. Entre os principais autores
deste tipo de poesia, encontram-se Noémia de Sousa, José Craveirinha, Jorge Viegas, Sebastião
Alba, Mia Couto e Luis Carlos Patraquim.
Bragança (1978) considera o nacionalismo como sendo “a tomada de consciência por parte de
individuo ou grupo de indivíduos numa nação ou de um desejo de desenvolver a força, a liberdade
ou a propriedade dessa nação” (p. 43).
Com base nas definições supracitadas percebe-se que o nacionalismo visa construir e manter
uma identidade nacional única, baseada em características sociais partilhadas de
cultura, etnia, localização geográfica, língua, política (ou governo), religião, tradições e crença
numa história singular partilhada, e promover a unidade ou solidariedade nacional.
O nacionalismo é uma ideia e um movimento que defende que a nação deve ser congruente com
o Estado. Como movimento, o nacionalismo tende a promover os interesses de uma nação em
particular (como num grupo de pessoas), especialmente com o objetivo de ganhar e manter
a soberania da nação (autogovernação) sobre a sua pátria para criar um Estado-nação.
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O nacionalismo enfatiza que cada nação deve governar-se a si própria, livre de interferências
externas (autodeterminação), que uma nação é uma base natural e ideal para uma entidade política
e que a nação é a única fonte legítima de poder político. O nacionalismo, portanto, procura
preservar e fomentar a cultura tradicional de uma nação.
José Craverinha é contra as desigualdades sociais, contra o regime colonial e contra a ideia da
civilização. Pensa que o desenvolvimento das cidades com as suas “florestas” de betão armado, as
estradas de alcatrão, os laboratórios onde se fabricam bombas atómicas e o ruído ensurdecedor dos
grandes motores contribuem para degradar ainda mais o homem. Escreveu inúmeros poemas contra
o avanço da tecnologia e da sociedade civilizada, em que o branco domina o negro.
O emprego de metáforas de animais nos seus poemas é bastante frequente. Craveirinha demonstra
muito bem a sua revolta e o seu estado de espírito através do uso destas metáforas.
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3 Conclusão
Feito o trabalho conclui-se que os aspectos importantes que ditaram o surgimento da literatura
escrita nas colonias africanas foram a imprensa e o ensino. Estes aspectos contribuíram
sobremaneira para a eclosão da literatura escrita nas colónias portuguesas, embora fosse mais
importantes numas e noutras não devido a repreensão e censura intensificadas.
Os percursores dos movimentos de revalorização das culturas do negro e dos africanos como o da
Negritude e do Pan-Africanismo desempenharam um papel de relevo pois impunham a recusa da
civilização ocidental, da evocação continuada dos negreiros e sua repressão (tema maior do
sofrimento do passado), do cortejo da violência, com a consequente ameaça de revolta, o despertar
da África, a reivindicação da Negritude, que levou o negro-objecto a assumir-se como Negro-
sujeito."
O nacionalismo é uma ideia e um movimento que defende que a nação deve ser congruente com
o Estado. Como movimento, o nacionalismo tende a promover os interesses de uma nação em
particular (como num grupo de pessoas), especialmente com o objetivo de ganhar e manter
a soberania da nação (autogovernação) sobre a sua pátria para criar um Estado-nação
E por fim conclui-se que os temas fundamentais da poesia de José Craveirinha e Noémia de Sousa
são: escravatura, raça, crítica à civilização ocidental, vitalismo, sensualidade, revalorização da
tradição negra, culto da Natureza, animização, etc., com recurso aos modelos da Black
Renaissance, Negritude e Neo-realismo, no intuito de construir uma identidade poética
moçambicana.
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4 Referências bibliográficas
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