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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Características do sistema cultural Africano

Basílio A. Vicente Mirione - Código 708201776

Curso: História
Disciplina: História das Sociedade
II
Ano de Frequência: 2º Ano

Docente: Jacinto Musica


Gurué, Maio, 2021

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Introdução 1.0
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académico
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Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1

2. Objectivos.................................................................................................................................2

2.1. Objectivo Geral.....................................................................................................................2

2.2. Objectivos Específicos..........................................................................................................2

3. Metodologia..............................................................................................................................2

4. Características do sistema cultural Africano.............................................................................3

4.1. Período pré-colonial..............................................................................................................3

4.1.1. Os reinados........................................................................................................................4

4.1.1.1. Egito Antigo...................................................................................................................4

4.1.2. Islamismo na África Pré-colonial......................................................................................4

4.1.3. Sistema complexo de escravidão.......................................................................................5

4.2. Período pós colonial..............................................................................................................6

4.3. Período depós colonial..........................................................................................................7

5. Conclusão..................................................................................................................................8

6. Referências bibliográficas.........................................................................................................9

v
1. Introdução

O presente trabalho tem como objectivo de abordar sobre as características do sistema cultural
africano no período pré-colonial, pós colonial, depois colonial. Visto que o colonialismo foi mais
do que um sistema de exploração econômica e de dominação política, podendo mesmo ser
entendido como um modo de percepção do mundo e de enquadramento da vida social. Este
número especial do Anuário Antropológico discute as categorias geradas pelo colonialismo.
Reunindo pesquisas cujo enfoque recai sobre as experiências coloniais em África, as
contribuições agregadas neste volume analisam os mapas mentais elaborados por uma variedade
de sujeitos no intuito de orientar a navegação na paisagem colonial africana. Igualmente,
fornecem subsídios para uma reflexão crítica sobre o que restou desse modo de enquadrar o
mundo depois das descolonizações.

Os estudos históricos sobre a presença europeia em África, bem como os eventos


contemporâneos que recorrentemente descortinam aos olhos do mundo as feridas abertas
deixadas naquele continente pelos projetos imperialistas, não permitem minimizar a violência
explícita das ações de subjugação política e de extração de recursos que acompanharam o
colonialismo. O que os estudos coloniais e pós-coloniais têm demonstrado, porém, sobretudo
aqueles realizados a partir da década de 1990, é que tais dimensões dos projetos imperialistas
devem ser vislumbradas através de uma nova lente. Num sentido mais amplo, o colonialismo
passa a ser entendido como um evento que alcançou os domínios mais insólitos das práticas
cotidianas, os mais recônditos cantos da vida social. Como produto de um complexo encontro
que alterou a tudo e a todos, trata-se de “um processo histórico totalizante, instituidor de uma
hegemonia orientadora da percepção e da experiência social”.

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2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral

 Compreender as características do sistema cultural africano no período pré-colonial, pós


colonial e depois colonial.

2.2. Objectivos Específicos


 Descrever as características do sistema cultural africano no período pré-colonial, pós
colonial e depois colonial.
3. Metodologia

A metodologia opcionada para a realização deste trabalho foi o método descritivo. Enquanto
procedimento, o trabalho realizou-se por meio da observação directa e indirecta.

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4. Características do sistema cultural Africano

Antes a civilização africana, a civilização humana teve maior subsídio na sua evolução cultural, a
partir da descoberta e utilização do ferro. O uso do ferro influenciou todos os aspectos da
humanidade: o aspecto económico, sócio-político e cultural.

Descrevendo as rotas deste metal até à África, o ferro foi difundido a partir do oriente (há 1200
a.c.) e, mais tarde chegou ao Egipto; no século seguinte espalhou-se pelo norte de África. Do
Sudão o ferro subdividiu-se em dois ramais: um que se dirigiu para a região dos grandes lagos e o
outro para a grande floresta equatorial. Em seguida as duas rotas unificaram-se e tomaram o rumo
sul, onde teriam dado lugar ao surgimento de novas formações políticas e etnolinguísticas.

O sistema cultural africano, particularmente o da África propriamente dita (África negra), inicia e
se consolida a partir desta época vindo a atingir a África sub-sariana no século III d.c. Segundo
Fage 1995:48, do ponto de vista africano, é preferível considerar o reino de Meroé como um país
onde as tradições egípcia e negra se puderam encontrar e fundir, e onde as regiões interiores do
Sudão puderam contactar com o mundo greco-helenísticos e romanos e com comércio e a cultura
do mar vermelho e do oceano Índico.

4.1. Período pré-colonial

A África Pré-colonial virou alvo dos europeus devido a sua pluralidade cultural e recursos


naturais que garantiam acúmulo de riquezas.  Além de original, a África Pré-colonial é também
curiosa e muito rica. As primeiras evidências da existência do ser humano foram encontradas no
continente.  Considerada uma sociedade organizada e curiosa, que construiu cidades
desenvolvidas e economia sustentável, a África Pré-colonial já fluía muito bem e ordenada antes
da colonização dos europeus (Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/africa-
pre-colonial acessado mo dia 13 de Maio de 2021 pelas 12 horas).

Inicialmente, o comércio era feito entre a África do Norte e a África Subsaariana. A


comercialização do minério que era um dos pilares da economia, acontecia por intermédio das
caravanas criadas pelo povo que habitava o Sul do Deserto do Saara.  Por volta do século XIV, os

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europeus invadiram o continente e passaram a promover as caravanas, escravizando pessoas e
levando matérias-primas para Europa. 

4.1.1. Os reinados

Para compreender como a sociedade se estruturava no período da África Pré-colonial, é


necessário conhecer os reinados e suas características.  Na África do Norte, estavam o Egito
Antigo e o Império Cartaginês. Na África Oriental, concentravam-se o Império de Gana e o
Império do Mali. Já na África Ocidental estava o Império da Etiópia e no Sul, os reinos do
Congo, Sultanato de Kilwa e Zulus (Idem).

4.1.1.1. Egito Antigo

Fascínio e mistério descrevem o Egito Antigo. Na África Pré-colonial essa sociedade se destacou
pela capacidade de organização de estado, que realizou um trabalho forte envolvendo milhões de
pessoas. A economia local era pautada no Rio Nilo, tendo como pilar a pesca e a agricultura.  Os
egípcios desenvolveram um sistema de irrigação impressionante para os recursos que existiam
durante o período. A sociedade se estruturava basicamente entre os camponeses e o Faraó, que
comandava as camadas. 

O que mais chama atenção no Egito Antigo, são as pirâmides, espécie de túmulos construídos
para os Faraós. Estruturas grandiosas, elas foram erguidas com objetivo de conservar bem os
corpos dos reis do Egito Antigo. Os egípcios acreditavam que ao morrer a alma continuava no
corpo e por isso este precisava ser bem preservado. 

4.1.2. Islamismo na África Pré-colonial

O maior interesse dos islâmicos que povoaram a África do Norte, em países como Marrocos e
Egito, era de criar uma balança comercial e fluxo de migração. Com as caravanas que os
islâmicos promoviam, atravessando o Saara, essas regiões criaram importantes reinados e
entraram em ascensão comercial. 

Além dos fatores econômicos, os islâmicos criaram fortes laços culturais com o povo da África,
laços que se estendem na actualidade.  Estima-se que o número de muçulmanos que vivem na

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África soma uma média de 300 milhões, sendo que 27% é seguidor de Maomé. Enquanto isso,
comerciantes árabes começavam a povoar o litoral do Índico, mudando aos poucos os costumes
de grupos africanos que viviam na Etiópia. 

Os cristãos que viviam no alto vale do Nilo, resistiram a cultura muçulmana e colocaram
barreiras durante séculos na expansão dos ocupantes. Apesar do esforço, os cristãos não
conseguiram impedir que mais à frente a cultura árabe-muçulmana se expandisse e influenciasse
os grupos bantos que viviam na região.  Um pouco antes dos europeus iniciarem o processo
de colonização na África, o Islamismo estava fortemente espalhado pelo continente exercendo
influência direta nos costumes, economia, e cultura daquela sociedade. 

4.1.3. Sistema complexo de escravidão

Antes mesmo antes dos europeus chegarem ao continente africano, a região já possuía um
complexo sistema de escravidão durante a África Pré-colonial.  Os africanos escravizavam uns
aos outros por questões culturais: família, clã, tribo, língua, religião ou estado. Como o trabalho
braçal era muito comum na época,  existiam diversas formas de um cidadão se tornar escravo
(Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/africa-pre-colonial acessado mo dia 13 de Maio de 2021
pelas 12 horas).

O mais comum, era o escravo de guerra. As batalhas para dominar terras vizinhas eram
constantes e os clãs perdedores geralmente eram capturados para exercerem algum tipo de
atividade para o clã vencedor, ou para ser vendido na Costa como escravo.  Com a entrada dos
Árabes no continente africano, o sistema passou a ser ainda mais complexo. Foi criado um juízo
de valor sobre a pele escura, que determinava inferioridade. Então, até mesmo os escravos
brancos tratavam os negros de forma subumana (Idem).

Com os desdobramentos históricos, o tráfico de escravos passa a ser uma forte atividade
econômica durante a África Pré-colonial. A riqueza passa a ser ditada pela quantidade de
escravos, gado e terras que se possui. 

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4.2. Período pós colonial

Não sendo propriamente uma invenção colonial, a partir de meados do século XIX,
concomitantemente com a consolidação da dominação territorial colonial, o Estado adquire em
África, em termos de dimensão e de complexidade, uma importância desmesurada quando
comparado com situações anteriores. De facto, muito embora numerosas sociedades africanas
tivessem conhecido estruturas políticas centralizadas que, na sua configuração geral, se podem
considerar como estatais1, data da consolidação do territorial colonial a construção do Estado
como nós hoje o concebemos. A instituição política ao serviço da afirmação e controlo do poder
não só, quando comparada com as situações anteriores, se especializa e reforça no plano
burocrático-administrativo, como ainda assume, no plano propriamente da dominação política,
novos aspectos e interioriza tecnologias de gestão do poder importadas das metrópoles coloniais
(Bayart, 1989).

Nesta última dimensão, por exemplo, data logo dos alvores da implementação do Estado colonial
uma das mais significativas alterações ao próprio entendimento de dominação: ao arrepio da
situação corrente à época em África. O Estado Colonial, introduzindo a quadrícula político-
administrativa, vai tornar o controlo do espaço onde os indivíduos residem e circulam num dos
elementos centrais da dominação política, social e económica (Bayart, 1989).

A “trajectória africana” da ideia de nação, não conseguindo, como o fez na Europa novecentista,
em nenhum momento verdadeiramente racionalizar o poder, em pouco tem contribuído para
atribuir ao Estado legitimidade incontestável sobre todo o espaço que as fronteiras, em vários
casos desde meados do século XIX, delimitam nos seus contornos actuais. A vários títulos, a
experiência dos últimos cinquenta anos demonstra que as políticas estatais foram incapazes de
criar a “nação” e que o nacionalismo de Estado não foi em nenhum caso sinónimo de Estado-
nação. Nação e Estado-nação dão-se mal em “sociedades compósitas” como são na sua quase
totalidade as que compõem os actuais países da África subsariana (Bayart, 1989).

No entanto, a formação dos Estados contemporâneos em África não é um simples fenómeno de


transplante do Estado colonial para uma nova situação, mas sim o resultado de um longo
processo de hibridação e reinvenção em que se jogam, se afrontam e conluiem lógicas e práticas
de Estado com origens e tempos de eclosão diferentes, umas vindas do tempo colonial, outras
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surgidas a partir da necessidade de dar respostas (possíveis) às transformações de toda a natureza
que foram ocorrendo desde as independências. Isto é, a formação dos Estados pós-coloniais em
África e os aspectos que eles vão sucessivamente assumindo está em larga medida dependente
dos “arranjos” entre factores estruturais e conjunturais com que as sociedades e os Estados
africanos se confrontam desde as independências. Só situando neste plano de análise o Estado
pós-colonial e entendendo-o como o resultado de um processo dinâmico de transformações
podemos compreender o seu funcionamento e, em última instância, as suas dinâmicas de
“destruição” e de “reinvenção” (Bayart, 1989).

4.3. Período depós colonial

A ocupação da África pelas potências europeias prosseguiu até depois do final da Segunda


Guerra Mundial, quando as colónias começaram a obter a independência, num processo que se
chamou descolonização. Com exceção do Egito, que tinha proclamado unilateralmente a sua
independência em 1922, e da África do Sul, que se tinha tornado autónoma em 1910, na forma de
domínio do Império Britânico, os restantes territórios africanos começaram a obter a
independência a partir da década de 1950 e, principalmente, a partir da Conferência de Bandung,
em 1958, em que participaram os quatro países africanos independentes nessa data. A
descolonização não foi pacífica, embora nem sempre fosse forçada através de guerras de
libertação, como foi o caso das colónias portuguesas e da Argélia; as potências coloniais tentaram
manter o seu domínio através do seu apoio a políticos amigos ou através de vínculos entre os
territórios semiautónomos e a Europa (Carvalho e Pina, 2004).

Os últimos países africanos a alcançarem a independência, já na década de 1990, foram


a Namíbia e a Eritreia, que tinham ficado sob administração, respetivamente da África do Sul e
da Etiópia, ao abrigo de uma antiga tutela da Sociedade das Nações. No entanto, ainda subsistem
vários territórios de África ocupados por países europeus, como as possessões
espanholas em Marrocos e as ilhas de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha, administradas
pelo Reino Unido. Outros territórios, como as ilhas Reunião e Mayotte, decidiram por referendo
popular manter-se parte da República Francesa (Bellagamba e Klute, 2008).

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5. Conclusão

Ao término do trabalho é de concluir que a história da colonização da África encontra-se


documentada desde que os fenícios começaram a estabelecer colônias na costas africana do
Mediterrâneo, por volta do século X a.C. Seguiram-se os gregos a partir do século VIII a.C.,
os romanos no século II a.C., os vândalos, que tomaram algumas colônias romanas já no século
V da nossa era, seguidos pelo Império Bizantino, no século seguinte, os árabes, no século VII e,
finalmente, os estados modernos da Europa, a partir do século XIV.

O colonialismo foi mais do que um sistema de exploração econômica e dominação política, e


pode mesmo ser entendido como um modo de percepção do mundo. Produziu formas de
enquadramento da vida social e criou relações fundadas em forças hegemônicas sempre em
tensão construtiva com imagens contra-hegemónicas.

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6. Referências bibliográficas

Bayart, Jean François (1989), Historia da Africa. Paris, Fayard.

Bellagamba, Alice e Klute, Georg (2008), Beside the State – Emergent Powers in Contemporary
Africa. Colónia: Rudiger Kopp Verlag.

Carvalho, Clara e Pina, João (2004). A persistência da história: passado e contemporaneidade


em África. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais.

Fonte Disponível Online: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/africa-pre-colonial


acessado mo dia 13 de Maio de 2021 pelas 12 horas).

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