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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Turma: G

Revolução Industrial

Nome de estudante: Lúcia Norberto Fernando Cipriano


Código Estudante 708212371

Curso: Licenciatura em ensino de História


Disciplina: História Econômica II
Ano de Frequência: 2º ano

O Tutor: Paulo James Gabinete

Quelimane, Outubro de 2022


Classificação
Nota
Categoria Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Aspetos  Capa 0.5
organizacionais  Índice 0.5
 Introdução 0.5
Estrutura
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Introdução  Contextualização
 Indicação clara do 1.0
problema
 Discrição do
1.0
objectivo
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
de trabalho
Análise e  Articulação e
discussão domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo expressão escrita
cuidada, coerente,
coesão textual.
 Revisão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
Formatação  Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspetos
paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6Ed, em das citações
4
bibliográficas citações e referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
I. Introdução ............................................................................................................................ 3

1.1. Objectivos............................................................................................................................. 4

1.1.1. Objectivo geral .................................................................................................................. 4

1.1.2. Objectivos específicos ....................................................................................................... 4

1.2. Metodologia usada ............................................................................................................... 4

II. Fundamentação teórica ..................................................................................................... 5

2.1. Definição e surgimento da Revolução Industrial ................................................................. 5

2.2. Pioneirismo inglês ................................................................................................................ 5

2.2. Fases da Revolução Industrial .............................................................................................. 6

2.2.1. Primeira Revolução Industrial (1750 – 1850) ................................................................... 7

2.2.2. Segunda Revolução Industrial (1850 – 1950) ................................................................... 7

2.2.3. Terceira Revolução Industrial (1950 – presente) .............................................................. 8

2.3. Consequências da revolução que contribuiram para desenvolvimento .............................. 10

2.4. Analise sobre Moçambique durante a revolução industrial ............................................... 11

III. Conclusão ....................................................................................................................... 12

IV. Bibliografia..................................................................................................................... 13
I. Introdução
O presente trabalho da disciplina de História Econômica II tem como tema Revolução Industrial.

Revolução Industrial é o nome pelo qual conhecemos o período de grande avanço tecnológico que
se iniciou na Inglaterra no final do século XVIII. As inovações tecnológicas realizadas na
Inglaterra permitiram o surgimento da indústria. Sua difusão pela Europa e pelo restante do planeta
contribuiu para o estabelecimento do capitalismo.

Não há uma data específica que delimite o início da Revolução Industrial, pois há divergência
entre os historiadores a respeito dessa cronologia. Alguns apontam que a década de
1760 foi seu pontapé inicial, embora outros teorizem que foi a década de 1780.

Apesar dessa discordância na datação do acontecimento, algo é unânime: a Revolução


Industrial transformou radicalmente a sociedade. Isso porque as relações de trabalho mudaram
profundamente, assim como a produção de mercadorias, que se tornou mais rápida. O
desenvolvimento tecnológico contribuiu também para o encurtamento das distâncias.

O ponto de partida da indústria na Inglaterra se deu por meio da indústria têxtil, e as primeiras
grandes máquinas do período foram idealizadas para ampliar a produção de roupas. Isso se
concretizou por meio do desenvolvimento das máquinas de tear, como a spinning frame, que
permitia que uma pessoa que a manejasse fosse capaz de tear dezenas de fios ao mesmo tempo.

O trabalho tem como objectivo conhecer revolução industrial.

Em termos metodológicos, a pesquisa quanto à abordagem é qualitativa, os quantos objectivo a


pesquisa é exploratória e quanto aos procedimentos metodológicos é uma pesquisa bibliográfica.

Estruturalmente, o trabalho tem três partes a saber: primeira de introdução constituído por;
objectivos e metodologia, segunda parte da revisão da literatura (marco teórico) discussão das
questões relacionadas ao estudo da arte da área da pesquisa e última parte que traz conclusão da
pesquisa bem com as referências bibliográficas dos autores citados ao longo da pesquisa.

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1.1. Objectivos

Os objectivos traçados no presente trabalho são:

1.1.1. Objectivo geral

Conhecer revolução industrial

1.1.2. Objectivos específicos

 Definir revolução industrial e seu surgimento;


 Identificar factores que contribuíram para que Inglaterra fosse pioneira da revolução;
 Descrever as fases da revolução industrial;
 Mencionar as medidas da revolução que contribuíram para o desenvolvimento;
 Compreender como Moçambique foi abrangida na revolução industrial.
1.2. Metodologia usada

Segundo Silvestre e Araújo (2012), metodologia é a “explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e


exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa” (p. 55). Já Sousa
e Baptista (2011), definem metodologia como um “conjunto concentrado de operações que são
realizadas para atingir um ou mais objectivos” (p. 88).

Sendo de natureza exploratória1, esta reflexão teve uma abordagem qualitativa, a qual segundo
Silvestre e Araújo (2012), proporciona compreensão em profundidade do contexto do problema e,
é um “método indutivo por excelência para entender por que o indivíduo age como age, pensa
como pensa ou sente como sente” (p. 62).

Para a recolha de dados foram aplicadas as seguintes técnicas: a pesquisa bibliográfica, pesquisa
documental e pesquisa em sites da internet. A pesquisa bibliográfica consistiu numa leitura de
obras de diversos autores que abordam sobre o tema em estudo, a fim de recolher e confrontar
informações pertinentes relativas ao mesmo. A pesquisa documental consistiu na consulta de
documentos e brochuras relacionadas com a matéria. A pesquisa em sites da internet consistiu na
consulta de artigos digitais cuja semântica está orientada revolução industrial.

1
Os estudos do tipo exploratórios têm por objectivo proceder ao reconhecimento de uma dada realidade e
levantar hipóteses para o seu entendimento (Sousa & Baptista, 2011).

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II. Fundamentação teórica
2.1. Definição e surgimento da Revolução Industrial

Os autores Chazoita e Faz-Tudo (s/d) afirmam:

A mecanização industrial a partir da segunda metade do século XVIII, iniciada na


Inglaterra para o sector da produção trouxe grandes mudanças de ordem tanto económica
quanto social, contribuindo para o desaparecimento de modo de produção feudal e a
implantação do modo de produção capitalista. A esse processo denominou-se de Revolução
Industrial - o processo histórico que levou a substituição das ferramentas pelas máquinas,
da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema
fabril constituiu a produção industrial (p.9).

De acordo com Hobsbawm (2014) o “termo Revolução Industrial foi inventado por um grupo de
socialistas ingleses e franceses, por volta de 1820, supostamente por analogia com a revolução
política da França” (p.13).

Segundo Obstam (cit. em Chazoita & Faz-Tudo, s/d) a Revolução Industrial não foi efectivamente
um episódio com princípio e fim. O processo ainda está em curso. “Na Inglaterra, o período do
início da industrialização coincidira quase exactamente com o período dos anos 1780, porém, a
revolução em si, o período de arranque, data de algures, entre 1780 e 1800, logo e contemporâneo
da Revolução Francesa, embora o início seja ligeiramente anterior” (p.10).

2.2. Pioneirismo inglês

Em meados do século XVIII, a Inglaterra dava os primeiros passos da Revolução Industrial,


transformando-se na maior potência da época até princípios do século XX devido ao seu avanço
na produção. Barbosa e Mendonça (2001) listam alguns dos factores que possibilitaram a
Inglaterra ser mãe da Revolução Industrial:

1) Políticos:

 Parlamentarismo: Desde 1688 foi instalado na Inglaterra o sistema parlamentarista de


governo, que abriu espaço para a ação da burguesia, dando fim ao Absolutismo
Monárquico;
 Criação do Banco da Inglaterra: ato do Parlamento que facilitou o financiamento da
burguesia inglesa para implantação de indústrias.

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2) Econômicos:

 Acúmulo de Capitais: A Idade Moderna é vista como a fase de acumulação primitiva de


capitais”, onde a burguesia comercial, apoiada pelas idéias mercantilistas, teria acumulado
capitais para investir na produção industrial. A Inglaterra, como teve um bom
desenvolvimento comercial nesse período, reuniu condições para seu desenvolvimento
industrial;
 Reservas Minerais de carvão e ferro: a Inglaterra encontrava em seu território reservas
abundantes de carvão e ferro, matérias-primas essenciais para a primeira fase da Revolução
Industrial.
3) Geográficos:

 A Inglaterra estava afastada, no sentido territorial, da maioria dos grandes conflitos


europeus, tendo, por isso, um desenvolvimento interno melhorado;
 Facilidade de transporte naval interno e internacional.
4) Sociais:

 Mão-de-obra abundante devido as leis de cercamento (enclosure acts), que afastavam os


camponeses da terra, obrigando-os a partir para a cidade, onde formavam o exército
industrial de reserva;
 Pensamento progressista, por parte da burguesia e da nobreza capitalista (Gentry) (p.17).
Neste sentido, intende-se Inglaterra teve enumeras os factores para se tornar pioneira na revolução
em relação as outras potencias.

2.2. Fases da Revolução Industrial

Para os autores Bahamonde e Villares (2008) a “revolução Industrial corresponde às modificações


econômicas e tecnológicas que consolidaram o sistema capitalista e permitiram o surgimento de
novas formas de organização da sociedade” (p.29). Diante disso as transformações tecnológicas,
econômicas e sociais vividas na Europa Ocidental, inicialmente limitadas à Inglaterra, em meados
do século XVIII, tiveram diversos desdobramentos, os quais podemos chamar de fases. Essas fases
correspondem ao processo evolutivo das tecnologias desenvolvidas e as consequentes mudanças
socioeconômicas. Conforme Hobsbawm (2014) são elas:

 Primeira Revolução Industrial;

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 Segunda Revolução Industrial;
 Terceira Revolução Industrial (p.13).
2.2.1. Primeira Revolução Industrial (1750 – 1850)

Segundo Macedo (1989) a Primeira Revolução Industrial refere-se ao processo de evolução


tecnológica vivido a partir do século XVIII na Europa Ocidental, entre 1760 e 1850, estabelecendo
uma nova relação entre a sociedade e o meio, bem como possibilitando a existência de novas
formas de produção que transformaram o setor industrial, dando início a um novo padrão de
consumo. O mesmo autor refere que essa fase é marcada especialmente pela:

 Substituição da energia produzida pelo homem por energias como a vapor,


 Eólica e hidráulica;
 Substituição da produção artesanal (manufactura) pela indústria (maquinofactura);
 Existência de novas relações de trabalho (p.19).
Segundo Hobsbawm (2014) as principais invenções dessa fase que modificaram todo o cenário
vivido na época foram:

 A utilização do carvão como fonte de energia;


 O consequente desenvolvimento da máquina a vapor e da locomotiva;
 Desenvolvimento do telégrafo, um dos primeiros meios de comunicação quase instantânea
(p.18).
Diante do comentário do autor acima, percebo que produção modificou-se, diminuindo o tempo e
aumentando a produtividade; as invenções possibilitaram o melhor escoamento de matérias-
primas, bem como de consumidores, e também favoreceram a distribuição dos bens produzidos.
Em suma, nessa fase o Estado passou a participar cada vez mais da economia, regulando crises
econômicas e o mercado e criando uma infraestrutura em sectores que exigiam muitos
investimentos.

2.2.2. Segunda Revolução Industrial (1850 – 1950)

O petróleo passou a ser utilizado na Segunda Revolução Industrial como fonte de energia para o
motor à combustão.

A Segunda Revolução Industrial refere-se ao período entre a segunda metade do século XIX até
meados do século XX, tendo seu fim durante a Segunda Guerra Mundial. A industrialização

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avançou os limites geográficos da Europa Ocidental, espalhando-se por países como Estados
Unidos, Japão e demais países da Europa (Macedo, 1989, p.20).

Compreende a fase de avanços tecnológicos ainda maiores que os vivenciados na primeira fase,
bem como o aperfeiçoamento de tecnologias já existentes. “O mundo pôde vivenciar diversas
novas criações, que aumentaram ainda mais a produtividade e consequentemente os lucros das
indústrias. Houve nesse período, também, grande incentivo às pesquisas, especialmente no campo
da medicina” (Bahamonde & Villares, 2008, p.187).

As principais invenções dessa fase estão associadas ao uso do petróleo como fonte de energia,
utilizado na nova invenção: o motor à combustão. Desta forma Barbosa e Mendonça (2001) “a
eletricidade, que antes era utilizada apenas para desenvolvimento de pesquisas em laboratórios,
nesse período, começou a ser usada para o funcionamento de motores, com destaque para os
motores elétricos e à explosão. O ferro, que antes era largamente utilizado, passou a ser substituído
pelo aço” (p.33).

Entretanto nesta segunda fase verifica-se a substituição de fonte de energia nas indústrias. Desta
maneira se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico, visando a inovação e o
constante aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhorar o desempenho industrial.

2.2.3. Terceira Revolução Industrial (1950 – presente)

Segundo Macedo (1989) “a terceira Revolução Industrial ficou conhecida como Revolução
Tecnocientífica, especialmente pelo desenvolvimento da robótica” (p.26).

A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Tecnocientífica,


iniciou-se na metade do século XX, após a Segunda Guerra Mundial. Essa fase representa
uma revolução não só no setor industrial, visto que passou a relacionar não só o
desenvolvimento tecnológico voltado ao processo produtivo, mas também ao avanço
científico, deixando de limitar-se a apenas alguns países e espalhando-se por todo o mundo.
As transformações possibilitadas pelos avanços tecnocientíficos são vivenciadas até os dias
atuais, e cada nova descoberta representa um novo patamar alcançado dentro dessa fase da
revolução, consolidando o que ficou conhecido como capitalismo financeiro. A introdução
da biotecnologia, robótica, avanços na área da genética, telecomunicações, eletrônica,
transporte, entre outras áreas, transformaram não só a produção, como também as relações
sociais, o modo de vida da sociedade e o espaço geográfico.

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Analisando a terceira fase percebo que, tecnologia e produção possibilitaram avanços na medicina;
a invenção de robôs capazes de fazer trabalho extremamente minucioso e preciso; houve avanços
na área da genética, trazendo novas técnicas que melhoraram a qualidade de vida das pessoas; bem
como diminuição das distâncias entre os povos e a maior difusão de notícias e informações por
meio de novos meios de comunicação; o capitalismo financeiro consolidou-se e houve aumento
do número de empresas multinacionais. Portanto, nesta fase até os dias de hoje as indústrias foram
dispensando a mão de obra humana e passaram a depender cada vez mais das máquinas para
fabricar seus produtos. O trabalhador intervém como supervisor ou em apenas algumas etapas da
produção isso nos países desenvolvidos. As fases estão sintetizadas na tabela 1:

Tabela 1: Síntese das fases da revolução industrial

Primeira Revolução Segunda Revolução Terceira Revolução


Industrial Industrial Industrial

Rompimento com o modo de Industrialismo


Características Hiperprodução,
produção da manufatura. Capitalismo monopolista Hiperconsumo
Processo de urbanização
Racionalização e Globalização
Industrialização
controle da produção Monopólio das grandes
empresas

Tear mecânico Luz elétrica Eletrônica


Tecnologia
Máquina de fiar Lâmpada incandescente Robótica
empregada
Máquina a vapor Carvão Motor elétrico Tecnologia da Informação e
Esteira de montagem Comunicação (TIC)
Fabricação de aço
Meios de comunicação
(telégrafo, telefone)

Local Inglaterra Países da Europa, Por todo o globo


Estados Unidos e Japão Empresas multinacionais

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Período 1750-1850 1850-1950 1950-presente

Fonte: Autora (2022)

2.3. Consequências da revolução que contribuíram desenvolvimento


São inúmeros ganhos da revolução industrial visíveis nos dias de hoje em todas as áreas mais
também várias contestações e movimentos contra a revolução, bem como tragédias.

Conforme Barbosa e Mendonça (2001) sustentam:

A Revolução Industrial teve grande relevância para a sociedade actual e principalmente


para o surgimento da revolução tecnológica vivida até os dias actuais. É certo que além de
toda tecnologia, produção em massa, entre outros avanços trouxeram grandes problemas e
o mundo conheceu o capitalismo e a busca pelo lucro, sem respeito às vidas humanas. Em
face aos problemas surgiram movimentos revolucionários, para tentar melhorar as
condições de vida dos trabalhadores, movimentos estes inspirados na Revolução Francesa
e nos ideais iluministas. É certo que Revolução industrial marcou toda uma história e seus
reflexos são vividos até os dias atuais com grande Revolução tecnológica que parece não
ter fim, e até o seu lado negativo, foi positivo, pois para os trabalhadores foi uma forma de
lutar pelos seus ideais e despertar da exploração aos quais eram submetidos. O mundo
conheceu a industrialização a produção em massa, as pessoas tinham o conforto de usar
produtos que anteriormente lhes eram restritos, entretanto, os seus reflexos negativos
também são reconhecidos até hoje, além do capitalismo desenfreado, também doenças
relacionadas ao cotidiano de stress e agitação, desemprego devido a substituição do homem
pelas máquinas. Enfim é de suma importância conhecer a Revolução Industrial em todo
seu desdobramento para entendermos o avanço tecnológico e todos os problemas de uma
sociedade industrializada (p.187).

Olhando no contributo da revolução industrial no desenvolvimento foi visível em seguintes pontos:

 Grandes centros urbanos começaram a se formar;


 Pessoas começaram a enriquecer;
 Indivíduos de origem pobre começaram a enriquecer para delírio da nobreza, que por
diversas vezes tentou aplicar restrições legais ao enriquecimento dos mesmos.
Nesta óptica, percebo que todo esse desenvolvimento proporcionado pelos avanços obtidas nas
diversas áreas científicas relacionam-se ao que chamamos de globalização: tudo converge para a

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diminuição do tempo e das distâncias, ligando pessoas, lugares, transmitindo informações
instantaneamente, superando, então, os desafios e obstáculos que permeiam a localização
geográfica, as diferenças culturais, físicas e sociais, hoje se vive um avanço significativo.

2.4. Analise sobre Moçambique durante a revolução industrial

Será que Moçambique foi abrangida na revolução industrial?

Partindo da questão acima, para me sim nosso pais foi abrangido pela revolução, olhando nos
pontos abaixo:

Entre a chegada do primeiro navegador português a Moçambique (1498) e o controle efectivo do


território e a instalação da administração colonial, decorreu um processo difícil de dominação das
diversas organizações políticas africanas que detinham o poder no território. A ocupação efectiva
ocorreu em finais do século passado, com a dominação do Estado de Gaza no sul do país, embora
apenas na década de 20, a administração colonial tenha passado a assumir um real controle do
território, isso foi antes da revolução industrial ter seu início, daí que pelo facto do pais está a ser
colonizado por Portugal durante a revolução sim Moçambique participou desta revolução pese
embora indirectamente, os Moçambicanos escravizados que eram levados para servirem de mão
de obra barata durante a expansão mercantil;

Reconhecer como o aumento das diferenças nos níveis de desenvolvimento entre países ou regiões
facilitou e potenciou o reforço das situações de dominação económica, cultural e/ou político-
militar. Sublinhar que as colónias e os protetorados dos países industrializados se foram
transformando em fornecedores de matérias-primas e consumidores de bens e serviços de elevado
valor acrescentado oriundos das metrópoles, neste caso Moçambique ajudou Portugal pois era uma
colônia.

Em suma a revolução industrial foi abrangente em todo mundo, daí que o nosso pais bem como
continente faz parte da presente fase que é a terceira onde, verificamos evolução no campo
tecnológico, mudanças de currículos por exemplo na educação são consequências visíveis da
primeira fase que passou pela segunda e hoje a terceira.

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III. Conclusão
Partindo dos objectivos traçados na presente pesquisa conclui-se que:

A Revolução Industrial teve início com o surgimento das máquinas movidas a vapor;

A Inglaterra foi o país pioneiro nesse processo, pois reuniu condições políticas, econômicas e
sociais para tal;

O início dessa revolução se deu na segunda metade do século XVIII;

Esse processo causou profundas transformações na vida dos trabalhadores;

A insatisfação dos trabalhadores com a precarização de seu trabalho resultou no surgimento dos
sindicatos e dos movimentos trabalhistas;

A Revolução Industrial é um processo dividido em três fases, cada fase remete a uma mudança no
modo produção e suas consequências na transformação da sociedade;

A Primeira Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do século XVIII, é marcada pelo
surgimento da máquina a vapor e na transição da manufatura para a produção em larga escala
(maquinofatura);

A Segunda Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do século XIX e na primeira metade
do século XX, marcada pela utilização da energia elétrica e pela organização dos operários e, a
Terceira Revolução Industrial, que ocorre desde o fim da Segunda Guerra Mundial, possuindo
como características principais, os avanços tecnológicos e a otimização do processo industrial;

A grande necessidade de matérias-primas levou as potências europeias a uma corrida aos territórios
africanos em nosso Moçambique não ficou fora da revolução industrial.

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IV. Bibliografia
Barbosa, V. & Mendonça, G. de L. (2001). Licenciatura em Ciências Sociais: problemas e
perspectivas. São Paulo: UNESP.

Bahamonde, M. & Villares, R. (2008). El mundo contemporáneo, siglos XIX y XX. Madrid: Taurus

Chazoita, L. M. & Faz-Tudo, J. (s/d). Manual de curso de Licenciatura em ensino de História.


História Econômica II. Beira: UCM

Macedo, J. B. de. (1989). A situação económica no tempo de Pombal. (3ª ed.). Lisboa: Gradiva.

Hobsbawm, E. J. (2014). A Era das Revoluções 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Rodrigues, J. M. (2001). Sociologia e Modernidade, para entender a Sociedade Contemporânea.


São Paulo: Civilização Brasileira.

Silvestre, H. C. & Araújo, J. F. (2012). Metodologia para a investigação social. Lisboa: Escolar

Sousa, M. J. & Baptista, C. S. (2011). Como fazer investigação, dissertações, teses e


relatórios:segundo bolonha. Lisboa: Pactor.

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