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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Turma: G

Tema: Estratégias do Ensino de História.

Nome de estudante: Lúcia Norberto Fernando Cipriano


Código Estudante: 708212371

Curso: Licenciatura em ensino de História


Disciplina: Didáctica de História I
Ano de Frequência: 2º ano

O tutor: Camilo Ferreira Lopes.

Quelimane, Setembro de 2022


Classificação
Nota
Categoria Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Aspetos  Capa 0.5
organizacionais  Índice 0.5
 Introdução 0.5
Estrutura
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Introdução  Contextualização
 Indicação clara do 1.0
problema
 Discrição do
1.0
objectivo
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
de trabalho
Análise e  Articulação e
discussão domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo expressão escrita
cuidada, coerente,
coesão textual.
 Revisão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
Formatação  Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspetos
paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6Ed, em das citações
4
bibliográficas citações e referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução ............................................................................................................................ 3

1.1 Contextualização ................................................................................................................... 3

1.2. Objectivos............................................................................................................................. 4

1.2.1 Objectivo geral .................................................................................................................. 4

1.2.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 4

1.3 Metodologia usada ............................................................................................................... 4

2. Estratégia de ensino e aprendizagem ................................................................................... 5

2.1 Conceito Estratégia ............................................................................................................... 5

2.2 Visita de Estudo .................................................................................................................... 5

2.2.1 Conceito de Visita de Estudo ............................................................................................. 5

2.2.2 Tipos de Visita de Estudo................................................................................................... 6

2.2.3 Visita de Estudo no Processo de Ensino e Aprendizagem. ................................................ 7

2.3 A História Local .................................................................................................................... 7

2.4 A História ao vivo ................................................................................................................. 8

2.5 A Comunicação na sala de aula ............................................................................................. 9

2.6 O Jogo, a dramatização e simulação .................................................................................. 10

3. Conclusão........................................................................................................................... 12

4. Referências bibliográficas .................................................................................................. 13


1. Introdução
1.1 Contextualização

O presente trabalho e da autoria da disciplina de Didáctica de História I uma área indispensável


para um docente de modo a adquirir suas habilidades na sua vida diária como docente isto implica
salientar que a utilização de metodologias permite atingir mais fácil os objectivos pretendi dos e
aquisição de uma série de capacidades tanto no domínio cognitivo como no domínio afectivo da
disciplina.

O processo de ensino e aprendizagem em história deve ter em conta o nível de desenvolvimento


dos alunos, a idade e o meio em que a escola está inserida. Para tal o professor é obrigado a traçar
estratégias que vão de acordo com a realidade dos alunos.

O ensino de História, assim como as demais disciplinas escolares estiveram por um longo período
sendo ensinada de maneira tradicional. A metodologia de ensino adotada por essa visão
educacional caracterizava-se pela retenção exclusiva do conhecimento pelo professor e a ele cabia
a tarefa de transmiti-lo ao aluno, ou seja, o conhecimento chegava ao aluno pronto e acabado,
cabendo ao aluno registrar o conteúdo no caderno, absorver a explicação repassada pelo professor,
responder, geralmente, o questionário que era proposto ao final de cada conteúdo estudado, mas
as respostas deveriam ser tal qual estava no conteúdo. Os alunos eram avaliados com prova que
para estarem correta deveriam ter decorado a revisão, ou melhor, o questionário sobre os conteúdos
trabalhados.

Neste trabalho falará de vários temas d entre elas destacam: metodologia de ensino de história,
estratégia de ensino e outros métodos do processo de ensino aprendizagem; com estes temas
teremos uma maior reflexão no desenvolvimento das actividades docentes

Objectivamente o trabalho visa conhecer Estratégias do Ensino de História

Estruturalmente, o trabalho tem três capítulos a saber: primeira de introdução constituído por;
objectivos e metodologia, segunda parte da revisão da literatura (marco teórico) discussão das
questões relacionadas ao estudo da arte da área da pesquisa e última parte que traz conclusão da
pesquisa bem com as referências bibliográficas dos autores citados ao longo da pesquisa.

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1.2. Objectivos

Para o presente trabalho foram traçados os seguintes objectivos:

1.2.1 Objectivo geral

Conhecer Estratégias do Ensino de História

1.2.2. Objectivos específicos

 Conceituar estratégia, visita de Estudo, dramatização;

 Listar os Tipos de Visita de Estudo;

 Descrever as estratégias história local, história ao vivo, a comunicação na sala de aula, o


Jogo, a dramatização e simulação

1.3 Metodologia usada

Segundo Silvestre e Araújo (2012), metodologia é a “explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e


exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa” (p. 90). Já Sousa
e Baptista (2011), definem metodologia como um “conjunto concentrado de operações que são
realizadas para atingir um ou mais objectivos” (p. 121).

Sendo de natureza exploratória1, esta reflexão teve uma abordagem qualitativa, a qual segundo
Silvestre e Araújo (2012), “proporciona compreensão em profundidade do contexto do problema
e, é um método indutivo por excelência para entender por que o indivíduo age como age, pensa
como pensa ou sente como sente” (p. 97).

Para a recolha de dados foram aplicadas as seguintes técnicas: a pesquisa bibliográfica, pesquisa
documental e pesquisa em sites da internet. A pesquisa bibliográfica consistiu numa leitura de
obras de diversos autores que abordam sobre o tema em estudo, a fim de recolher e confrontar
informações pertinentes relativas ao mesmo. A pesquisa documental consistiu na consulta de
documentos e brochuras relacionadas com a matéria. A pesquisa em sites da internet consistiu na
consulta de artigos digitais cuja semântica está orientada para Estratégias do Ensino de História.

1
Os estudos do tipo exploratórios têm por objectivo proceder ao reconhecimento de uma dada realidade e
levantar hipóteses para o seu entendimento (Sousa & Baptista, 2011).

4
2. Estratégia de ensino e aprendizagem

2.1 Conceito Estratégia

Segundo Fonseca (2003) a “palavra estratégia vem do latim strategĭa que, por sua vez, deriva de
dois termos gregos: stratos (“exército”) e agein (“conduzir”, “guiar”)” (p.06).

Para Bittencourt (2008) “define estratégia como um caminho a seguir, uma atitude a tomar, para
se alcançar os objectivos traçados na sala de aula” (p. 13).

Na minha visão estratégia didáctica trata-se de um conjunto de acções planejadas e que o professor
deve ter em conta no processo de ensino e aprendizagem de forma a facilitar a assimilação dos
conteúdos por parte dos alunos. Portanto estratégia é analisar a situação presente e mudá-la se
necessário. Incorporado nisto está a saber os recursos actuais e os que devem ser.

A estratégia de ensino constitui a combinação dos métodos, técnicas e actividades de desenvolver


na aula.

Conforme Gani e Uanicela (s/d) afirmam:

A escolha das estratégias a utilizar é pessoal, pois depende das características do próprio
professor, dos alunos, da comunidade escolar e dos recursos de aprendizagem de que o
professor pode dispor ou vir a executar. A análise que o professor faz da situação, isto é, a
constatação da oportunidade de usar ou não está ou aquela estratégia depende do momento
e da oportunidade. O quarto passo é da apresentação dos resultados, em que o professor
deve conferir uma certa importância, a apresentação dos resultados do trabalho em grupo,
reservando sempre um tempo para esse efeito. A forma mais usual, rápida e fácil é o
simpósio, em que cada grupo apresenta as suas conclusões seguindo as de uma discussão
geral. O último passo é a avaliação do trabalho em grupo, em que deve se dar azo aos
próprios elementos de grupo à auto avaliar se sem intervenção do professor. Para tal é
necessário a disposição de uma lista de competências a adquirir pelos membros dos grupos
durante a sua realização (p.59).

2.2 Visita de Estudo

2.2.1 Conceito de Visita de Estudo

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De acordo com Guimaraes (2012) “ a visita de estudo é uma forma de ligação entre a escola e o
meio que suscita a actividade dos alunos” (p.200). Assim pode assim afirmar que pode também
ser designada aula excursão.

Neste sentido, a visita de estudo é um dos caminhos que permite a assimilação do conhecimento
passado duma realidade que nos rodeia. Deste modo a visita de estudo é uma actividade curricular
intencionalmente planeada, que serve para desenvolver ou complementar conteúdos estudados nas
salas de aula.

2.2.2 Tipos de Visita de Estudo

Segundo Guimaraes (2012) existem três tipos de visita de estudo:

 Visita de Estudo Dirigida ou Guiada – trata-se de uma visita orientada por professor ou
monitor;

 Visita de Estudo Livre – Os alunos munidos de um roteiro ou fichas de trabalho vão


livremente, sós ou em grupos visitar os locais indicados pelo professor. Este tipo de visita
permite uma aquisição de forma motivadora do conhecimento sobre o assunto em estudo;

 Visita de Estudo Mista – A primeira parte da visita é orientada pelo professor e em seguida
os alunos vão sozinhos complementar a visita com auxílio de um roteiro ou material de
orientação. É tida como a combinação da visita guiada com a visita livre (p.201).

Na preparação de uma visita de estudo, o primeiro momento será a definição dos objectivos. Se
estes forem de carácter fundamentalmente cognitivo, dever-se-á ter em conta o momento do
processo de aprendizagem considerado mais oportuno para a realizar.

A visita é utilizada como forma de motivar e sensibilizar os alunos (estudantes), para a abordagem
de um tema, de uma questão. Pode ter como função concretizar e aplicar conhecimentos já
adquiridos, culminando o estudo de um tema.

Normalmente as Visitas de Estudos devem estar ou constar na planificação do trabalho lectivo de


cada disciplina.

De acordo com Gani e Uanicela (s/d) seguintes fases na Visita de Estudo:

 Preparação;

 Realização;

6
 Exploração e Avaliação (p.62);

2.2.3 Visita de Estudo no Processo de Ensino e Aprendizagem.

Ensinar ou incentivar é orientar com técnicas apropriadas o processo de ensino e aprendizagem


dos alunos numa área de estudo ou matéria. O significa dizer que o ensino é uma ferramenta para
a transformação da realidade existente que pressupões actividades por parte do aluno.

Hoje a preocupação é tornar o ensino de história um veículo de inteira ligação com a realidade do
meio de forma a criar uma aprendizagem mais coesa do aluno.

Olhando para o meio circundante pode falar do património cultural existente que vai contribuir
para eficácia do processo de ensino-aprendizagem, porque trata-se de uma visão viva da cultura
efectuada através de uma visita de estudo.

É através desta que os alunos podem desenvolver trabalhos criativos em espécie de relatórios,
inseri-los na perspectiva histórica e também sem deixar de lado a sua identidade ao grupo em que
ele pertence, transmitindo-lhe atitudes de cidadania.

Neste contexto o educando passa a saber que a aprendizagem da disciplina de história passa por
conhecer a realidade que nos rodeia e isso significa que é uma ligação entre a escola e o meio como
auxiliar do processo de ensino e aprendizagem.

Segundo Bittencourt, (2008) para realização de uma visita de estudo é necessário:

 Identificar o local para a visita de modo a constatar aspectos históricos nele contido;

 Elaborar um projecto que deverá ser apresentado as entidades legais que gerem os locais
que se pretende visitar;

 Fazer constar no projecto os objectivos que se pretende alcançar com a visita, o objecto de
estudo, de modo a dar conhecer a entidade as actividades que o grupo pretende realizar
(p.55).

2.3 A História Local

“A História local tem conhecido, nos últimos anos, um progressivo desenvolvimento devido ao
interesse da investigação histórica actual pelo estudo das comunidades locais que se tem traduzidos
num crescente número de trabalhos académicos tendo por objecto a análises de realidades locais
ou regionais” (Gani & Uanicela, s/d, p.63).

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O interesse pela História local não é novo, à semelhança do que acontece noutros locais do mundo,
sempre existiu uma preocupação de estudos históricos locais, de carácter monográfico. “Estes tipos
de trabalho têm sido animados muitas vezes por estudiosos e eruditos locais, sendo geralmente
fruto de um labor solitário, a margem de qualquer enquadramento institucional e de um quadro
minimamente comum de referências problemáticas” (Fonseca & Guimarães,2010, p.72).

O renascer da História local que actualmente se verifica, pouco ou nada tem a ver com estas
descrições de índole ilustrativa, feitas muitas vezes com o intuito de conferir maior importância à
região. Assiste-se presentemente ao desenvolvimento de uma História local que visa tirar partido
das novas metodologias, utilizando novas fontes quantitativas ou qualitativas e cujos temas
poderão ter um aproveitamento didáctico motivador e estimulante.

2.4 A História ao vivo

A História ao vivo consiste na criação a partir de um espaço concreto no qual o estudante é


convidado a entrar e a utilizar sem receio, o ambiente de outro tempo que ele é levado a
compreender, pois passa a fazer parte integrante desse ambiente. Segundo Bittencourt (2008) “a
técnica de História ao vivo pressupõe um trabalho pedagógico prévio de preparação dos alunos
levando-os a compreender o que vão fazer sem lhes revelar todos os pormenores” (p.156).

Neste contexto não se deve dar lugar à surpresa total quando o estudante entra no projecto, mas
também não se deve revelar mais do que o estritamente necessário para não tirar o impacto
motivador do imprevisto.

Gani e Uanicela (s/d) sustentam:

Após a participação no projecto será feita com cada turma participante, nas respectivas
escolas, uma avaliação da sua participação, levando os alunos a relacionar o que tinham
aprendido na aula com aquilo que lhes foi proporcionado viver fora do espaço escolar.
Além da preparação pedagógica há necessidade de toda uma pesquisa científica que
permita a obtenção de um rigoroso contexto histórico, para permitir uma maior intimidade
com o passado. Por isso, a fundamentação e a concretização do projecto devem ser
precedidas de uma minuciosa pesquisa documental (p.65).

Os autores Fonseca e Guimarães (2010) argumentam:

O ensino tem um carácter fortemente motivador e permite realizar aquilo que é


extremamente difícil em História – o ensino experimental – pois trata-se de uma

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metodologia didáctica que provoca deliberadamente uma experiência. Contribui ainda para
o desenvolvimento da compreensão empática, envolvendo no conhecimento uma forte
componente afectiva porque leva o aluno a colocar-se no papel de pessoas de outra época
e outra cultura, permitindo também que ela compreenda que o mesmo objecto pode ter
diferentes significados em cultura diferentes (p.75).

É um ensino que desenvolve a imaginação criativa e o pensamento operacional formal, através dos
métodos racionais de pesquisa perante uma experiência histórica.

Nesta técnica destaca-se ainda o aspecto formativo do respeito e compreensão do significado do


património histórico.

Quanto ao ensino de História, Guimarães aponta a metodologia tradicional como entrave na


construção do conhecimento histórico:

[...] a lógica fundamental da produção do saber histórico é a compreensão, a explicitação


do real. Ora, se o objecto da disciplina é formar, educar, reconstituíndo e buscando
compreender o real histórico, podemos afirmar que a lógica da prática docente é
fundamentalmente construtiva. Isso implica uma busca permanente de superação do mero
reprodutivismo livresco que ainda predomina em muitas aulas de História. O professor de
História submisso ao reprodutivismo acaba por assumir uma concepção de conhecimento
como verdade absoluta e imutável. Ao contrário disso, assumir a preposição investigativa
em sala de aula implica a ousar e construir uma atitude reflexiva e questionadora diante do
conhecimento historicamente produzido. (Guimarães; 2012, p.208)

2.5 A Comunicação na sala de aula

Passar quase 50 minutos escutando uma pessoa falar sem ao menos parar para tomar fôlego não é
tarefa das mais fáceis.

Segundo Bittencourt (2008) “eficiência do diálogo ou da exposição do professor é o primeiro ponto


que deve ser observado” (p.77). Não é recomendável falar muito rápido ou mesmo devagar. É
preciso encontrar um meio termo para que a aula não se torne cansativa e para que o aluno
acompanhe o raciocínio de seu mestre, aconselha a pedagoga. Modular a voz e o ritmo do bate-
papo também pode ser boa estratégia, principalmente quando o objectivo do professor é quebrar a
monotonia da aula e despertar a atenção do estudante.

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O ideal é que a comunicação do professor esteja ligada, simultaneamente, a todos os sentidos:
visual, auditivo e cinestésico (que envolve percepções pelas partes sensoriais). Isso porque cada
aluno tem características próprias para assimilar o conteúdo. “O professor deve conhecer seus
alunos e saber como atender necessidades individuais e do grupo”. Guimarães (2012, p.234).
Quanto mais canais forem utilizados na comunicação, maior o número de pessoas atingidas.

Além disso, é preciso abrir espaço para que a comunicação seja interativa. Não basta apenas o
professor falar. O aluno também faz parte do processo de ensino-aprendizagem e necessita espaço
para apontar suas dúvidas e impressões. Uma boa aula é produzida em conjunto. O docente é um
orientador e um agente provocador para o conhecimento, pontua o sociólogo Brom. E mais: esse
mecanismo pode ser o termômetro da eficiência da comunicação do professor. A comunicação tem
que ser constantemente verificada para evitar ruídos. E o feedback da aula é importantíssimo, até
para verificar a qualidade da comunicação. Se o aluno não entendeu é porque a comunicação não
foi eficiente, conta.

Guimarães (2012) lista actividades a ser realizada pelo docente:

 Dê aula em pé, de forma que os alunos possam te enxergar;

 Não fale nem muito devagar nem muito rápido. Dê ritmo à comunicação;

 Utilize todos os canais da comunicação: visual, auditivo e cinestésico;

 Estabeleça uma comunicação rigorosa, agradável, confiável e eficaz;

 Crie estratégias de comunicação condizentes com o conteúdo (p.235).

2.6 O Jogo, a dramatização e simulação

Juan (1982 cit. em Fonseca 2003) cita que o jogo dramático é, como qualquer outro jogo, uma
atividade lúdica, que tem como objetivo representar papéis e caracterizar personagens. Já para
Fonseca (2003), o importante não se baseia apenas em representar e caracterizar, mas antes em
“…crear, vivenciar, desinhibirse, crecer, creer en uno mismo, superarse, desarrollarse en todos
los sentidos” (p. 47).

“A simulação de aulas é uma actividade que se consubstancia em aliar a teoria à prática, isto é, a
implementação do que foi planificado” (Guimarães, 2012, p.244). Assim, as actividades propostas
a seguir são exclusivamente para práticas em sala de aula ou nas práticas pedagógicas.

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Neste caso percebo que os simuladores, além de auxiliar os professores na tarefa de transmitir
conhecimento aos alunos e levá-los a fixar o aprendizado com uma nova maneira de ensinar cada
vez mais dinâmica, também reproduzem a realidade.

Na minha opinião, e indo ao encontro do que defende a última autora citada, as atividades
realizadas na sala de aula devem procurar o crescimento dos discentes em todas as vertentes.
Assim, penso que a realização de jogos de dramatização é uma forma de desenvolver diversas
capacidades nos alunos, como por exemplo, a expressividade, a criatividade, o espírito crítico, a
autoestima ajudando-os na construção do seu próprio conhecimento, levando-os a uma
aprendizagem significativa. Essa aprendizagem pode partir da representação de situações da vida
real (numa consulta, no restaurante, a visitar uma cidade, nas compras) em que os estudantes se
identifiquem com aquele papel levando-os a agir com mais naturalidade e assimilando os
conteúdos implicitamente. Por outro lado, poderão representar situações pelas quais talvez nunca
passem fora da sala de aula, no entanto, estas servirão para reforçar a aprendizagem dos conteúdos
de uma unidade por exemplo, diretor de uma obra de teatro para praticar um item gramatical como
o imperativo.

Fonseca (2003) refere que “os jogos de dramatização podem também promover o desenvolvimento
de outras capacidades que qualquer indivíduo deve possuir para a sua realização pessoal e social”
(p.60-66). Portanto são elas as capacidades cognitivas, conhecer-se a si e ao que o rodeia; afetivas,
favorece a autoestima e a expressão dos sentimentos; motoras, contribui para o controlo do próprio
corpo; linguísticas, possibilita e estimula a comunicação e, por fim, capacidades sociais,
contribuindo para uma boa relação com os elementos do grupo.

Entretanto considero que a função do docente neste género de actividade não é formar atores, mas
potenciar o crescimento individual e da turma. Este deve ter uma participação equilibrada e
motivar os alunos que mais necessitam de apoio. Deve ainda estimular os estudantes dando
sugestões e reforçar a autoestima e confiança no grupo. Por fim, e não de menos importância,
deverá observar a dinâmica grupal e, se for necessário, utilizar estratégias para modificar
comportamentos.

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3. Conclusão
Ao terminar conclui-se que:
Estratégia é caminho, maneira, ou ação formulada e adequada para alcançar preferencialmente, de
maneira diferenciada, os objetivos e desafios estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa
perante o seu ambiente;
Existem três tipos de visita de estudo: Visita de Estudo Dirigida ou Guiada, de Estudo Livre e
Visita de Estudo Mista;
No ensino de História podem ser utilizadas variadas metodologias que visam à concretização do
processo de ensino-aprendizagem. Durante muito tempo, o método denominado de tradicional foi
predominante, sendo caracterizado pela valorização de elementos como nomes, factos e datas, que
deveriam ser memorizados mecanicamente pelos alunos;
Uma boa comunicação gera confiança, fortalece vínculos, divulga a marca para atingir novos
públicos e agrega valor ao nome e à reputação da instituição. A comunicação escolar é essencial
para a troca de conhecimentos, promoção de melhorias e mudanças e desenvolvimento social e
pedagógico;
Dramatização é um recurso que permite ao professor fugir da docência centrada no manual, ou
seja, variar a sua metodologia;
Nem todas as salas de aula apresentam as condições ideais para uma atividade de dramatização,
não existindo um espaço onde os alunos possam representar à vontade podendo haver, por
exemplo, mobiliário preso ao chão. Também o facto de as turmas terem um elevado número de
elementos e as salas, muitas vezes, serem insuficientes para os próprios torna-se um obstáculo.

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4. Referências bibliográficas
Bittencourt, C. M. F. (2008). Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez.

Fonseca, S. G. (2003). Didática e prática de ensino de História. São Paulo: Papirus

Fonseca, S. G. & Guimarães, I. V. (2010). Metodologia do Ensino de História. Minas Gerais:


Universidade Federal de Uberlândia.

Gani, N. & Uanicela, R. P. (s/d). Manual de Curso de Licenciatura em Ensino de História:


Didáctica de História I. Beira: UCM.

Guimarães, S. (2012). Didática e prática de ensino de história: experiência, reflexões e


aprendizados. (13ª ed.). São Paulo: Papiros.

Silvestre, H. C. & Araújo, J. F. (2012). Metodologia para a investigação social. Lisboa: Escolar

Sousa, M. J. & Baptista, C. S. (2011). Como fazer investigação, dissertações, teses e


relatórios: segundo bolonha. Lisboa: Pactor.

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