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Turma: G
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos ................................................................................................................................ 4
1.1.1. Objectivo geral ...................................................................................................................... 4
1.1.2. Objectivos específicos .......................................................................................................... 4
1.2. Metodologia usada ................................................................................................................... 4
2. Tipos, Técnicas e Instrumentos de Pesquisa ........................................................................ 5
2.1. Conceitos básicos ..................................................................................................................... 5
2.1.1. Conceito método ................................................................................................................... 5
2.1.2. Conceito técnica .................................................................................................................... 5
2.1.3. Conceito Pesquisa ................................................................................................................. 5
2.2. Classificação da Pesquisa ........................................................................................................ 6
2.2.1. Quanto a natureza ................................................................................................................. 6
2.2.2. Quanto a forma de abordagem .............................................................................................. 7
2.2.3. Quanto aos objectivos ........................................................................................................... 9
2.2.4. Quanto aos procedimentos e as fontes de informação ........................................................ 11
2.3. Técnicas e Instrumento de colecta de dados: ......................................................................... 13
2.3.1. Entrevista ............................................................................................................................ 14
2.3.1.1. Tipos de entrevista ........................................................................................................... 14
2.3.2. Observação .......................................................................................................................... 15
2.3.3. Questionário ........................................................................................................................ 17
2.3.4. Pesquisa bibliográfica ......................................................................................................... 18
2.4. Tipos de amostragem: ............................................................................................................ 19
2.4.1. Conceito de população ou universo .................................................................................... 19
2.4.2. Conceito de amostra e sua tipologia ................................................................................... 20
3. Conclusão........................................................................................................................... 21
4. Referências bibliográficas .................................................................................................. 22
1. Introdução
O presente trabalho da disciplina de Metodologia de Investigação Cientifica II tem como tema
“Tipos, Técnicas e Instrumentos de Pesquisa. ”
Para cada modalidade de pesquisa há um método, uma técnica específica para o seu
desenvolvimento. O pesquisador delimita o seu campo de investigação e procura aplicar
instrumentos que irão auxiliar na coleta e interpretação dos dados. Neste trabalho veremos as
Classificação da Pesquisa, Técnicas e Instrumento de colecta de dados e Tipos de amostragem que
se emprega em pesquisas qualitativas, quantitativas e quali-quantitativas.
A Pesquisa Científica visa a conhecer cientificamente um ou mais aspectos de determinado
assunto. Para tanto, deve ser sistemática, metódica e crítica. O produto da pesquisa científica deve
contribuir para o avanço do conhecimento humano. Na vida acadêmica, a pesquisa é um exercício
que permite despertar o espírito de investigação diante dos trabalhos e problemas sugeridos ou
propostos pelos docentes e orientadores.
Para a realização duma pesquisa cientifica todo qualquer estudante deve ser dotado de
conhecimentos e métodos próprios para prosseguir.
O presente trabalho trás mínima noção de como elaborar uma pesquisa no que toca as técnicas e
intepretação de dados de acordo com cada tipo de abordagem.
O objectivo da presente pesquisa Compreender os Tipos, Técnicas e Instrumentos de Pesquisa.
Estruturalmente, o trabalho tem três partes a saber: primeira de introdução constituído por;
objectivos e metodologia, segunda parte da revisão da literatura (marco teórico) discussão das
questões relacionadas ao estudo da arte da área da pesquisa e última parte que traz conclusão da
pesquisa bem com as referências bibliográficas dos autores citados ao longo da pesquisa,
obedecendo as normas da UCM.
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1.1. Objectivos
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2. Tipos, Técnicas e Instrumentos de Pesquisa
2.1. Conceitos básicos
2.1.1. Conceito método
A palavra Método vem da palavra grega méthodos, formada por duas palavras metá que significa
no meio de; através, entre acrescida de odós, que significa “caminho”. Assim, podemos dizer que
Método significa ao longo do caminho, ou seja, “forma de proceder ao longo de um caminho”
(Demo, 2000, p. 19).
Analisando esse conceito, percebe-se que os autores afirmam que método é o caminho a seguir
para chegar à verdade nas ciências, e que não há conhecimento válido sem procedimentos
ordenados e racionais.
2.1.2. Conceito técnica
“Técnica é o conjunto de preceitos ou processos utilizados por uma ciência ou arte” (Gil, 2019)
Segundo Marconi e Lakatos (2017) “técnica é um conjunto de processos de que se serve uma
ciência ou arte, é a habilidade para usar esses processos ou normas a parte prática. Toda ciência
utiliza inúmeras técnicas de pesquisa na obtenção de seus propósitos” (p. 62).
Olhando nos conceitos acima dos, percebe se que a convergência entre ambos sendo técnica norma
que envolve a pratica para obtenção dum dado resultado.
Muito ouvimos dizer o termo pesquisa, n nosso dia-dia, mais o que seria pesquisa?
Minayo (2011, p. 17), vendo por um prisma mais filosófico, considera a pesquisa como
[...] actividade básica da Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que
alimenta a actividade de ensino e a actualiza frente à realidade do mundo. Portanto, embora seja
uma prática teórica, a pesquisa vincula pensamento e acção.
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Na visão da autora, pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações
propostas. Podemos dizer que, basicamente, pesquisar é buscar conhecimento. Nós pesquisamos a
todo momento, em nosso cotidiano, mas, certamente, não o fazemos sempre de modo científico.
A pesquisa pode ser diferenciada quanto à natureza, aos métodos (ou abordagens metodológicas),
quanto aos objectivos e quanto aos procedimentos. E em que residiria cada uma dessas diferenças?
a) Pesquisa básica: Segundo Demo (2000) “objectiva gerar conhecimentos novos úteis para o
avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais” (p.
30).
A pesquisa científica pura, também chamada de teórica ou básica, “permite articular conceitos e
sistematizar a produção de uma determinada área de conhecimento”, diz Minayo (2011, p. 52).
Visa, portanto, a “criar novas questões num processo de incorporação e superação daquilo que já
se encontra produzido”.
A pesquisa é básica, porque ̔”objectiva gerar novos conhecimento para avanço da ciência sem
alguma pratica prevista, é uma pesquisa puramente teórica que requer obrigatoriamente uma
revisão bibliográfica” (Gil, 2019, p. 120).
Na visão da autora a pesquisa de natureza básica visa a produção de conhecimento sem aplicação
mediata, mas sim contribuir no escopo teórico da área educacional, no que compete a formação
científica e protagonista do educando.
Alguns exemplos de questões de pesquisa teórica em ciências sociais:
Qual é a natureza da cultura?
Como ela emerge?
Por que os indivíduos se comportam de determinada forma?
b) Pesquisa aplicada caracteriza-se por seu interesse pratico, isto é, que os resultados sejam
aplicados ou utilizados, imediatamente, na solução de problemas que ocorrem na realidade.
(Marconi & Lakatos, 2017, p. 132)
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É dedicada à geração de conhecimento para solução de problemas específicos, é dirigida à busca
da verdade para determinada aplicação prática em situação particular. Por exemplo, estudar o efeito
dos estilos de liderança no clima organizacional em certa empresa para melhorar as relações
interpessoais no ambiente de trabalho. Pode ser chamada também de proposição de planos, pois
busca apresentar soluções para determinadas questões organizacionais, desta forma, pesquisas
aplicadas podem contribuir para a ampliação do conhecimento cientifico e sugerir novas questões
a serem investigadas (p. 120)
Segundo Vergara (2013), a pesquisa aplicada tem como finalidade a prática e é motivada por uma
necessidade imediata ou não.
Diante dos comentários dos autores acima a pesquisa aplicada objectiva gerar conhecimentos para
aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses
locais.
Assim, na visão da autora do presente trabalho a pesquisa básica, o pesquisador, comumente, busca
a actualização de seus conhecimentos, enquanto na pesquisa aplicada a finalidade não é somente
procurar uma nova tomada de posição teórica, mas realiza uma concreta, ou seja, operacionalizar
os resultados do trabalho.
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“É mais utilizado em pesquisas de ciências naturais” (Minayo, 2011, p. 59).
Segundo Demo (2000, p. 35) é uma abordagem ou método que emprega medidas padronizadas e
sistemáticas, reunindo respostas pré-determinadas, facilitando a comparação e a análise de
medidas estatísticas de dados.
A partir dos comentários dos autores, percebe-se que, como o próprio nome diz método
quantitativo, há medição numérica, estudo estatístico, mensuração, há busca generalização dos
resultados, as perguntas são fechadas, pois quando os dados já tiverem sido coletados e analisados,
os resultados serão mensurados e apresentados por gráficos.
“É mais apropriado a pesquisas da área das ciências sociais” (Minayo, 2011, p. 60).
De acordo com Demo (2000) método quantitativo “é baseado na interpretação dos fenômenos
observados e no significado que carregam, ou no significado atribuído pelo pesquisador, dada a
realidade em que os fenômenos estão inseridos” (p. 35). Assim, este método considera a realidade
e a particularidade de cada sujeito objecto da pesquisa.
Os métodos qualitativos são aqueles em que são usadas as técnicas de observação participativa e
da entrevista. Como afirma Rudio (2015) de que:
O objectivo deste método é o de permitir que a investigação possa recolher e reflectir sobretudo
aspectos enraizados, menos imediatos, dos hábitos dos sujeitos, grupos ou comunidades em análise
e, simultaneamente, possa sustentar, de modo fundamentado na observação, a respectiva inferência
ou interpretação dos seus hábitos (p. 44).
Neste sentido para autora do presente trabalho, percebe que na pesquisa qualitativa o que importa
mesmo é a qualidade dos dados, por exemplo, dependendo dos objectivos da pesquisa apenas uma
pessoa entrevistada pode ser suficiente para trabalhar na pesquisa. Os traços subjetivos são os mais
importantes, a interpretação, geralmente busca particularidades, há bastante preocupação com a
qualidade das respostas, as perguntas são abertas. Neste sentido, o objectivo da pesquisa qualitativa
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é de observar, explorar, aprofundar e explicar. A amostra qualitativa o número investigado
geralmente é pequeno.
É possível, ainda, articular uma pesquisa de caráter quali-quantitativo, unindo essas duas
modalidades, segundo Knechtel (2014, p. 106):
[...] quando o pesquisador está interessado em dimensionar, avaliar a aplicação de uma técnica ou
a introdução de uma variável, ele pode recorrer ao estudo quantitativo, mas, quando deseja observar
o fenômeno, entendê-lo ou compreendê-lo de forma integral, deve ter preferência pela pesquisa
qualitativa.
Neste contexto, a pesquisa mista envolve ambas abordagens pois uma complementa a outra, em
quanto uma limita se em fornecer números exatos a qualitativa procura dar qualidade aos dados
através da forma de aquisição das respostas numa entrevista.
Exploratórias;
Descritivas;
Explicativas.
a) Pesquisa exploratória
A pesquisa exploratória estabelece critérios, métodos e técnicas para a elaboração de uma pesquisa
e visa oferecer informações sobre o objecto desta e orientar a formulação de hipóteses (Minayo,
2011, p. 63).
Levantamentos/estudos bibliográficos;
Análise de exemplos que auxiliem a compreensão do problema;
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Levantamentos e entrevistas com pessoas envolvidas com o problema objecto da pesquisa;
Estudo de caso.
Conforme os comentários acima, pesquisa explicativa é aquela centrada na preocupação de
identificar factores determinantes ou de contribuição no desencadeamento dos fenômenos.
Explicar a razão pela qual se dá uma ocorrência social ou natural.
b) Pesquisa Descritiva
Procura conhecer a realidade estudada, suas características e seus problemas. Pretende “descrever
com exatidão os factos e fenômenos de determinada realidade” (Marconi & Lakatos, 2013, p. 40).
Analisando os conceitos acima sobre pesquisa descritiva, percebe se que essa pesquisa visa a
descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário
e observação sistemática. Assim, as pesquisas descritivas são, juntamente com as pesquisas
exploratórias, as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a actuação
prática.
c) Pesquisa Explicativa
De acordo Minayo (2011, p. 65) “essas têm uso mais restrito. Empregam o método experimental
de pesquisa, e são dotadas de complexidade, servindo para identificar atributos ou factores que
determinam a ocorrência de fenômenos”.
A Pesquisa Explicativa registra factos, analisa-os, interpreta-os e identifica suas causas. Essa
prática visa ampliar generalizações, definir leis mais amplas, estruturar e definir modelos teóricos,
relacionar hipóteses em uma visão mais unitária do universo ou âmbito produtivo em geral e gerar
hipóteses ou ideias por força de dedução lógica (Marconi & Lakatos, 2017).
Na minha visão quando o pesquisador procura explicar os porquês das coisas e suas causas, por
meio do registro, da análise, da classificação e da interpretação dos fenômenos observados. Visa a
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identificar os factores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos;
“aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas. ”
Quanto aos procedimentos técnicos, ou seja, a maneira pela qual obtemos os dados necessários
para a elaboração da pesquisa, torna-se necessário traçar um modelo conceitual e operativo dessa,
denominado de design, que pode ser traduzido como delineamento, uma vez que expressa as ideias
de modelo, sinopse e plano.
Quanto aos procedimentos adotados na coleta de dados, Gil (2007) os agrupa em dois grandes
grupos:
Primeiro grupo, estão as pesquisas bibliográfica e documental, que se utilizam de fontes de
“papel”;
Segundo grupo, estão as que se utilizam de fontes de “gente”, isto é, dependem de
informações transmitidas pelas pessoas. Incluem-se a pesquisa experimental, a ex-post-
facto, o levantamento, o estudo de campo e o estudo de caso.
No presente trabalho ira-se destacar apenas as mais utilizadas no nosso meio acadêmico, sendo:
a) Pesquisa bibliográfica
Neste tipo de pesquisa o pesquisador deverá conhecer o que a literatura fala sobre o tema, deverá
selecionar autores que comporão a sua discussão teórica, deverá ser feita análise e interpretação
da teoria existente. (Demo, 2000, p. 45)
Quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas,
publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material
cartográfico, internet, com o objectivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já
escrito sobre o assunto da pesquisa.
Neste sentido, o procedimento acima é o mais comum nos trabalhos acadêmicos que envolvem
ciências sócias, a baixo no presente trabalho existe formas de fichas e mais detalhes sobre pesquisa
bibliográfica.
b) Pesquisa documental
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“A pesquisa documental, ou histórica, consiste, de modo geral, na procura, leitura, avaliação e
sistematização, objetivamente, de provas para clarificar fenômenos passados e suas relações com
o tempo sócio-cultural-cronológico, visando obter conclusões ou explicações para o presente”.
(Demo, 2000, 46)
De acordo com Gil (2019, p. 51) a “pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam
ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos
da pesquisa”.
Segundo (Minayo, 2011, p. 67) “é uma técnica que permite estudar um problema a partir da
expressão dos indivíduos”. Ou seja, considera-se que a linguagem e a comunicação constantes dos
documentos produzem fatos sociais a partir do que se pretendeu dizer. É tipicamente uma análise
de conteúdos para permitir cotejo entre o que o documento objectivou transmitir ou comunicar e a
realidade.
A seleção da amostra do material deve ser “proposital” ou “intencional”, escolhida por deliberação
do pesquisador mediante pressuposto de adequação para a pesquisa.
c) Pesquisa ex-post-facto
A tradução literal da expressão ex-post-facto é “a partir do facto passado”. Isso significa que neste
tipo de pesquisa o estudo foi realizado após a ocorrência de variações na variável dependente no
curso natural dos acontecimentos.
É definida por Kerlinger (citado por Gil, 2007, p. 69) como
Uma investigação sistemática e empírica na qual o pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis
independentes, porque já ocorreram suas manifestações ou porque são intrinsecamente não
manipuláveis[...].
Analisando os conceitos acima pode se diz que é a pesquisa realizada após a observação ou
ocorrência do fenômeno ou do experimento. Ocorre quando o pesquisador não tem controle sobre
as variáveis, mas trabalha como se estivesse realizando um experimento. Exemplo: duas cidades
do interior tinham características muito semelhantes nos anos 90. Digamos que em uma delas foi
instalada uma fábrica de produtos biodegradáveis em 2010.
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Segundo Demo (2000) esse tipo de pesquisa ocorre quando “envolve a interrogação direta das
pessoas cujo comportamento desejamos conhecer através de algum tipo de questionário” (p. 53).
Para Gil (2019, p. 55), “os levantamentos por amostragem desfrutam hoje de grande popularidade
entre os pesquisadores sociais, a ponto de muitas pessoas chegarem mesmo a considerar pesquisa
e levantamento social a mesma coisa. ”
Em realidade, o levantamento social é um dos muitos tipos de pesquisa social que, como todos os
outros, apresenta vantagens e limitações.
Existem diversos instrumentos usados para coleta de dados, dependendo dos objectivos tracados e
abordagem a que a pesquisa ira seguir, esses dados podem ser coletados para analise através de:
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2.3.1. Entrevista
“Encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de um
determinado assunto” (Marconi & Lakatos, 2013, p. 94).
Segundo Gil (2010), a entrevista é “uma técnica em que o investigador se apresenta frente ao
investigado e lhe formula perguntas (roteiro), com o objectivo de obtenção dos dados que
interessem à investigação” (p. 13).
O termo roteiro é uma lista de tópicos de entrevistador deve seguir durante a entrevista. Ela pode
ser anotada, gravada ou filmada, lembre-se de pedir o consentimento do entrevistado, a
transcrição da entrevista deve ser feita com agilidade para que não sejam perdidas informações
e o tempo, busque uma relação cordial com o entrevistado e seja breve ao anotar as respostas.
b) Não estruturada
Segundo Demo (2000) “o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer
direção. Permite explorar mais amplamente uma questão” (p. 80).
c) Entrevista semi-estruturada
Para Gil (2019) a entrevista semi-estruturada é “aquela em que o entrevistador tem liberdade para
desenvolver cada situação em qualquer direcção que considere adequada”.
Exemplo de guião de entrevista
Guia de Entrevista Dirigido aos funcionários
Este guião apresenta-se como instrumento de Recolha de informações em relação a “Gestão de Conflitos
laborais - Papel do gestor de Recursos Humanos. Caso de estudo do serviço distrital de educação juventude
Feita
e tecnologia de Maganja da Costa no período de 2020 – 2022”, com vista a elaboração da Monografia
1.Científica
Identificação
como requisito para a obtenção do Grau Académico de Licenciatura em Gestão de Recursos
1.1. Idade____________
Humanos 1.2. Sexo___________________________
1.2. Função/Cargo__________________________________________________________
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2. Considerando que conflitos internos nas organizações podem ocorrer entre departamentos ou unidades
de negócio, mas tem sempre como raiz o conflito entre pessoas, responda as perguntas abaixo levando
em conta os últimos dois anos.
2.1. Com que frequência ocorre frequência de conflitos no SDEJT
3. Na sua opinião quais as causas ou origens dos conflitos internos na sua organização?
4. Qual e a Principal causa de conflito no SDEJT e a sua origem?
5. Na sua opinião, quais os tipos ou níveis de conflitos internos na sua organização?
6. Quais são os impactos ou consequências de conflitos internos na sua organização?
7. Quais as Ferramentas que SEDJT utiliza na gestão de conflitos internos?
8. Com que frequência o gestor de RH tem dedicado à gestão de conflitos actualmente?
Obrigada pela colaboração
2.3.2. Observação
Segundo Artur (s/d) observação “é um método de colecta de dados que se apropria da capacidade
selectiva da mente humana” (p. 89).
Marconi e Lakatos (2013, p. 149), “o êxito da utilização dessa técnica vai depender do observador,
de sua perspicácia, seu discernimento, preparo e treino. ”
Neste sentido, a observação é uma técnica que utiliza os sentidos para obter informações da
realidade. Existem vários factores que são avaliados numa observação, mais destacam se:
a) Observação participante
O pesquisador “não é apenas um espectador do facto que está sendo estudado, ele se coloca na
posição e ao nível dos outros elementos humanos que compõem o fenômeno a ser observado”
(Richardson, 2012, p. 99), o que possibilita compreender com mais clareza e profundidade a
realidade que observa.
b) Observação não participante
De acordo com Gil (2007) “observação não participante o investigador assume o papel de
observador exterior, não tomando assim qualquer iniciativa no evoluir das no evoluir das situações
que observa” (p. 146).
Assim, nessa observação o pesquisador não faz parte do objecto de estudo, actua como espectador
temporário que, com base nos objetivos da pesquisa, elabora um roteiro de observação e registra
os factos que interessam ao seu trabalho.
c) Observação assistemática
A observação é livre, sem roteiro ou guia norteador, no entanto, o pesquisador deve sempre ter em
mente os objetivos da pesquisa, bem como o problema de pesquisa. Na observação sistemática
15
segue “uma estrutura determinada onde serão anotados os fatos ocorridos e a sua frequência”
(Richardson 2012, p. 99).
Nome da Escola_______________________________________________________
Bairro/Localidade/posto:_______________________________________________________
Cidade:___________________
Ano:_____
Legenda:
M- Mau
B- Bom
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2.3.3. Questionário
Segundo Marconi e Lakatos (2010) define o questionário como sendo “um instrumento de colecta
de dados constituído por uma serie ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito
e sem a presença do entrevistador” (p. 91).
Analisando os conceitos acima questionário é instrumento de coleta de dados constituído por uma
série de perguntas (abertas e fechadas), que devem ser respondidas por escrito. Sendo exemplo
simples;
1 - Você está satisfeito com as ações que o departamento de Gestão de Pessoas tem realizado na
empresa?
_____________________________________________
Exemplo de um questionário
Caro autoridade local! No âmbito da pesquisa sobre o Papel das Autoridades Locais na gestão de conflitos
nessa localidade, colabore respondendo as questões aqui coladas.
Dados do Inquirido:
Localidade_____________________________________________________________
B: 2 anos _____
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A: Sim ______
B: Não _____
3. Tendo em conta que a localidade tem cinco (05) zonas, onde é frequente os conflitos?
6. Em média, quantos conflitos já resolveu durante todo esse tempo como autoridade local?
7. O que supõe que se deviria fazer para diminuir, senão, acabar com os conflitos nesta?
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De acordo com os conceitos já apresentados nestes presente trabalho sobre pesquisa bibliográfica
quando estava se classificar a pesquisa quanto ao procedimento.
A palavra “bibliografia” deriva dos termos “biblos” que diz respeito ao “livro”, e “grafia”, que
significa “escrita”. Assim, o termo “bibliografia”, no seu sentido amplo, refere-se à ciência que
trata da história, da descrição e classificação de livros. (Yin, 2001)
A pesquisa quali-quantitativa não é simplesmente uma nova modalidade de pesquisa, mas sim a
reunião de dois tipos aplicados a um mesmo objeto de estudo.
Para selecionar é preciso analisar o material por meio do título, resumo, sinopse, sumário,
introdução, qualquer informação que seja de fácil acesso para compreender qual o conteúdo que
esse referencial traz, se poderá ou não contribuir.
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Feito isso, deve ser realizada a leitura do material. Para Leite (2008), os principais passos são:
Exemplo
O universo ou a população-alvo é o conjunto dos seres animados e inanimados que apresenta pelo
menos uma característica em comum, sendo N o número total de elementos do universo ou da
população, podendo ser representado pela letra maiúscula X, tal que: XN = X1; X2; ...; XN”. Já a
amostra é uma parcela convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto
do universo (p. 225).
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2.4.2. Conceito de amostra e sua tipologia
Para Demo (2000), “uma amostra estatística consiste em um subconjunto representativo, ou seja,
em um conjunto de indivíduos retirados de uma população, a fim de que seu estudo estatístico
possa fornecer informações importantes sobre aquela população” (p. 85).
Neste sentido, amostra é parte da população ou do universo, selecionada de acordo com uma regra
ou um plano. Refere-se ao subconjunto do universo ou da população, por meio do qual
estabelecemos ou estimamos as características desse universo ou dessa população. A amostra pode
ser probabilística e não probabilística
As amostras probabilísticas podem, por definição, originar uma generalização estatística, por
apoiar-se em cálculo estatístico. Por outro lado, as amostras não probabilísticas são compostas de
forma acidental ou intencional. Os elementos não são selecionados aleatoriamente. Com o uso
dessa tipologia, não é possível generalizar os resultados da pesquisa realizada, em termos de
população. Não há garantia de representatividade do universo que pretendemos analisar (p. 89)
Fazendo analise do argumento acima percebo que amostragem Probabilística são amostragens em
que a seleção é aleatória de tal forma que cada elemento enquanto que Amostragem Não-
Probabilística são amostragens em que há uma escolha deliberada dos elementos da amostra.
Depende dos critérios e julgamento do pesquisador.
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3. Conclusão
A pesquisa é a actividade básica da ciência, e por meio dela descobrimos a realidade.
Método é uma forma de selecionar técnicas, forma de avaliar alternativas para acção científica.
Assim, enquanto as técnicas utilizadas por um cientista são fruto de suas decisões, o modo pelo
qual tais decisões são tomadas depende de suas regras de decisão. Métodos são regras de escolha;
técnicas são as próprias escolhas.
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4. Referências bibliográficas
Artur, S. D. (s/d) Metodologia de Investigação Científica I da Universidade Católica de
Moçambique. Beira
Demo, P. (2000) Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas.
Gil, A. C. (2007) Métodos e técnicas de pesquisa social. (5ª. ed.). São Paulo: Atlas
Gil, A. C. (2019) Como Elaborar Projectos de Pesquisas. (6ª. ed.). São Paulo: Atlas
Knechtel, M. R. (2014) Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem teórico-prática
dialogada. Curitiba: Intersaberes.
Leite, F. T. (2008) Metodologia científica: métodos e técnicas de pesquisa. Aparecida: Ideias &
Letras.
Marconi, M. & Lakatos, E. M. (2010). Fundamentos de Metodologia Científica. (6ª ed.). São
Paulo: Atlas
Marconi, M. & Lakatos, E. M. (2013). Metodológica do trabalho cientifico. (7ª ed.). São Paulo:
Atlas
Marconi, M. & Lakatos, E. M. (2017). Técnicas de Pesquisa. (8ª ed.). São Paulo: Atlas
Minayo, M. C. de S. (2011). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. (30ª.ed.). Petrópolis,
RJ: Vozes.
Richardson, R. J. (2012) Pesquisa social método e técnicas. (3ª ed.). São Paulo: Atlas
Rudio, F. V. (2015). Introdução ao projeto de pesquisa cientifica. (8ª ed.). Petrópolis: Vozes
Vergara, S. C. (2013). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. (5ª ed.). Rio de Janeiro:
Atlas.
Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. (2ª.ed.). Porto Alegre: Bookman.
22