Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Turma: G
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos............................................................................................................................. 4
3. Conclusão........................................................................................................................... 12
4. Bibliografia ........................................................................................................................ 13
1. Introdução
O presente trabalho da disciplina de Fundamentos da Teologia Católica tem como tema:
Fundamentos teológicos e defensores da teologia patrística e escolástica.
A quem diga que ser religioso e seguir arisca todos mandamentos de Deus é ir diariamente a igreja.
Eu simplesmente acho que o importante e ter fé e acreditar na sua existência.
Mil anos. Foi esse o período aproximado que denominamos como idade medieval, da queda do
império romano no século V até o século XV e o início do renascimento foram desenvolvidas duas
correntes filosóficas distintas: A filosofia patrística e a filosofia escolástica, ambas possuíam
concepções religiosas, porém com diferentes abordagens.
A Patrística consiste no pensamento dos chamados Padres da Igreja, isto é, os pais, os fundadores
do pensamento cristão.
Podemos situar seu início a partir do fim da era apostólica, após a escrita do Apocalipse de São
João, o último dos livros bíblicos, prolongando-se até o século V. A Escolástica inicia por volta
do século V e prolonga-se até o início do Renascimento. Recebe esse nome por ser o pensamento
elaborado nas escolas. Notemos que essa divisão que adotamos, acompanhando grande parte dos
historiadores da filosofia, não equivale exatamente à divisão histórica que coloca a Idade Média
como tendo seu início em 476, com a queda do Império Romano do Ocidente, e seu ocaso em
1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos e a consequente queda do Império Romano do
Oriente.
Estruturalmente, o trabalho tem três partes a saber: primeira de introdução constituído por;
objectivos e metodologia, segunda parte da revisão da literatura (marco teórico) discussão das
questões relacionadas ao estudo da arte da área da pesquisa e última parte que traz conclusão da
pesquisa bem com as referências bibliográficas dos autores citados ao longo da pesquisa.
3
1.1. Objectivos
Sendo de natureza exploratória1, esta reflexão teve uma abordagem qualitativa, a qual segundo
Silvestre e Araújo (2012), proporciona compreensão em profundidade do contexto do problema e,
é um “método indutivo por excelência para entender por que o indivíduo age como age, pensa
como pensa ou sente como sente” (p. 62).
Para a recolha de dados foram aplicadas as seguintes técnicas: a pesquisa bibliográfica, pesquisa
documental e pesquisa em sites da internet. A pesquisa bibliográfica consistiu numa leitura de
obras de diversos autores que abordam sobre o tema em estudo, a fim de recolher e confrontar
informações pertinentes relativas ao mesmo. A pesquisa documental consistiu na consulta de
documentos e brochuras relacionadas com a matéria. A pesquisa em sites da internet consistiu na
consulta de artigos digitais cuja semântica está orientada para Fundamentos teológicos e
defensores da teologia patrística e escolástica.
1
Os estudos do tipo exploratórios têm por objectivo proceder ao reconhecimento de uma dada realidade e
levantar hipóteses para o seu entendimento (Sousa & Baptista, 2011).
4
2. Fundamentação teórica
2.1. Definição do termo Teologia e Teologia Católica
Segundo Pontifícia Comissão Bíblica (2009) o termo “teologia = teo + logia⇒θєōs, Deus + λοΥiα
= discurso sobre Deus; arte de dirigir o espírito na investigação da verdade do discurso sobre Deus”
(p.05).
O dicionário de teologia (2006) define a Teologia “como a ciência das coisas divinas”(p.9).
Analisando as definições acima percebo que não existe uma definição da teologia aceita e adotada
por todos. Ela se modifica de acordo com a forma de abordar o objecto, o objectivo e o método da
teologia. No entanto podem ser percebidos dois tipos de definições que se distinguem claramente:
os mais objetivos, que consideram como objeto da teologia a Revelação, a fé, as verdades da fé ou
os dogmas, e os mais personalistas, que apontam para Deus, para Cristo e Seus mistérios e para o
homem como objecto da teologia. Os métodos e os objectivos diferenciam menos as definições do
conhecimento teológico.
A história do pensamento cristão, será, portanto, segundo Camacho (1995) está dividida do
seguinte modo: “o Cristianismo, isto é, o pensamento do Novo Testamento, enquanto soluciona o
problema filosófico do mal; a Patrística, a saber, o pensamento cristão desde o II ao VIII século, a
que é devida particularmente a construção da teologia, da dogmática católica; a Escolástica, a
saber, o pensamento cristão desde o século IX até o século XV, criadora da filosofia cristã
verdadeira e própria” (p.38).
“Patrística é uma corrente filosófica que surgiu na transição da Antiguidade Clássica (Gregos e
Romanos) para a Idade Média” (Camacho, 1995, p.40). Ela recebeu esse nome porque foi
desenvolvida pelos primeiros cristãos, ou seja, os Pais da Igreja Católica.
De acordo com Drobner (2003) diz que “a fé em busca de argumentos racionais a partir de uma
matriz platônica”
5
Camacho (1995) afirma:
Uma das principais correntes da filosofia patrística, inspirada na filosofia greco-romana, tentou
munir a fé de argumentos racionais. Esse projeto de conciliação entre o cristianismo e o
pensamento pagão teve como principal expoente o Padre Agostinho.
Segundo Hirschberger (1966 cit. em Pauly, 2012) a filosofia Patrística (século I ao VII): a filosofia
desenvolvida nessa época teve como objectivo consolidar o papel da igreja e propagar os ideais do
cristianismo” (p.43). Assim, baseadas nos apóstolos e o Evangelho em Moçambique, a escola
patrística advogou a favor da igreja e propagou diversos conceitos cristãos como o pecado original,
a criação do mundo por Deus, ressureição de juízo final.
Olhando nas características ou pensamentos acima, percebo que o centro desta corrente é deus, ou
seja, o invisível para todos e acreditado por diversos crentes desta religião e a bíblia ou qualquer
símbolo que a religião acredita ser o elo de ligação entre os crentes com o deus todo poderoso
posso assim afirmar.
6
2.2.2. Principais padres da Igreja da patrística
Os Padres da Igreja são, como já foi dito, os primeiros sistematizadores do pensamento cristão. De
certa forma, poderíamos dizer que foram os primeiros teólogos propriamente ditos. A designação
de um pensador como “Padre” nem sempre obedeceu a critérios muito precisos.
São Justino de Roma (século II): considerado o primeiro filósofo cristão, afirmou que o
cristianismo era a verdadeira filosofia;
São Clemente de Alexandria e Orígenes (séculos II-III);
Os três capadócios: São Gregório de Nissa, São Basílio de Cesaréia e São Gregório
Nazianzeno;
São Policarpo de Esmirna: discípulo de São João Evangelista, foi mártir e deixou escritos
de argumentos lógicos em defesa da fé;
Santo Agostinho de Hipona: não foi um dos primeiros, mas foi o ápice da Patrística (p.67).
2.2.3. Santo Agostinho
Agostinho de Hipona (354–430) é, sem dúvida, um daqueles raros pensadores cujo fascínio
extrapola sua época e faz dele, em muitos aspectos, um autor actual. Ele une, em uma
síntese coerente, embora não sistemática, filosofia, teologia, antropologia, psicologia,
política, etc. Sua trajetória intelectual tem na leitura da obra, hoje perdida, Hortênsios de
Cícero, o seu marco inicial. O jovem Agostinho, lendo Cícero, toma consciência de sua
vocação filosófica e dá início a uma reflexão irrequieta e vibrante, sem deixar de ser
profunda e conscienciosa. A busca pela verdade, suscitada por Cícero, leva-o a aproximar-
se e, depois, afastar-se do maniqueísmo. Leva-o ao encontro definitivo com o
neoplatonismo e, posteriormente, com o cristianismo, pois Agostinho se torna cristão, sem
deixar de ser neoplatônico (p.20).
“Santo Agostinho de Hipona diz que Deus cria todas as coisas a partir de modelos imutáveis e
eternos, que são as ideias divinas. Essas ideias ou razões seminais, como também são chamadas,
não existem em um mundo à parte, independentes de Deus, mas residem na própria mente do
Criador”(Camacho, 1995, p.47).
7
Agostinho tinha um empenho muito grande na filosofia e desenvolveu um pensamento
original, nunca visto. Misturava uma variedade de métodos e filosofias que garantiam um
trabalho de muito conhecimento e exatidão. Graças a ele, muitos pontos da doutrina
católica foram definidos, elaborados e firmados, como: graça ser indispensável, livre-
arbítrio (capacidade de escolher entre coisas boas ou más), pecado original e Santíssima
Trindade (p.109).
Portanto percebo que, a mesma sabedoria divina, por quem foram criadas todas as coisas, conhecia
aquelas primeiras, divinas, imutáveis e eternas razões de todas as coisas, antes de serem criadas.
A Escolástica foi um período da Filosofia Medieval em que a filosofia aristotélica e a junção entre
fé e razão ganharam centralidade para explicar os elementos teológicos.
Drobner (2003) diz “Os caminhos de inspiração aristotélica levam até Deus”.
De acordo com Camacho (1995) “no século VIII, Carlos Magno resolveu organizar o ensino por
todo o seu império e fundar escolas ligadas às instituições católicas” (p.34). A cultura greco-
romana, guardada nos mosteiros até então, voltou a ser divulgada, passando a ter uma influência
mais marcante nas reflexões da época. Era a renascença carolíngia.
“Tendo a educação romana como modelo, começaram a ser ensinadas as seguintes matérias:
gramática, retórica e dialética (o trivium) e geometria, aritmética, astronomia e música (o
quadrivium)” ( Illanes & Saranyana, 2002, p.321). Todas elas estavam, no entanto, submetidas à
teologia.
A fundação dessas escolas e das primeiras universidades do século XI fez surgir uma produção
filosófico-teológica denominada escolástica (de escola).
Segundo Drobner (2003) a partir do século XIII, o aristotelismo penetrou de forma profunda no
pensamento escolástico, marcando-o definitivamente. Isso se deveu à descoberta de muitas obras
de Aristóteles, descobertas até então, e à tradução para o latim de algumas delas, diretamente do
grego (p.78).
8
A busca da harmonização entre a fé cristã e a razão manteve-se, no entanto, como problema básico
de especulação filosófica. Nesse sentido, Vasconcellos (2014) diz que o período escolástico pode
ser dividido em três fases:
Primeira fase - (do século IX ao fim do século XII): caracterizada pela confiança na perfeita
harmonia entre fé e razão.
Segunda fase - (do século XIII ao princípio do século XIV): caracterizada pela elaboração de
grandes sistemas filosóficos, merecendo destaques nas obras de Tomás de Aquino. Nesta fase,
considera-se que a harmonização entre fé e razão pôde ser parcialmente obtida.
Terceira fase - (do século XIV até o século XVI): decadência da escolástica, caracterizada pela
afirmação das diferenças fundamentais entre fé e razão (p.108).
Severino Boécio, por muitos considerado como o “Pai da Escolástica”, foi um dos mais
influentes pensadores da Idade Média;
Boaventura (1221–1274) é um autor plenamente integrado nas discussões filosóficas de
seu tempo;
Tomás de Aquino é visto como o maior expoente desta corrente (p.198).
2.3.3. Santo Tomás de Aquino
9
entre elas, mas uma mútua colaboração, ainda que, por sua própria natureza, a fé esteja acima da
razão.
Na minha visão, percebo que o Aquinate não questiona a superioridade da fé sobre a razão, nem
por isso entende, pois ambas provêm de Deus. Entende, contudo, que algumas questões não podem
ser alcançadas pela razão; em tal caso, a atitude correta é a aceitação das mesmas, através da fé.
Há outras questões que a razão é capaz de alcançar, ainda que não sejam acessíveis a todos os
homens, uma vez que sua compreensão demandaria tempo, maturidade, capacidade intelectual,
nem sempre disponíveis a todos os homens. Em tal caso, a certeza da fé vem suprir as fragilidades
humanas.
Conforme nas correntes acima, apesar das contribuições ideológicas e em alguns aspectos
científicos, especialmente na geometria, aritmética, música, astronomia entre outras, a filosofia
10
patrística e escolástica se diferencia das demais correntes de pensamento pelo facto de não aceitar
verdades que poderiam, porventura, contrariar dogmas religiosos e os demais pressupostos
cristãos. Pelo seu caráter em alguns aspectos manipulador, a filosofia medieval não costuma
receber muita atenção de indivíduos engajados na busca científica da existência humana e do
próprio universo. Assim, é graças ao período da Patrística e Escolástica que conhecemos boa parte
da herança imaterial dos gregos e romanos, conservado e aperfeiçoado nos mosteiros. Esse período
também trouxe um crescimento cultural, pois trazia novas ideias não vistas até então. A Igreja em
Moçambique é hoje uma presença consolidada e reconhecida pelas instituições e pelas leis do país,
o que garante a liberdade de fé e proíbe a discriminação por motivos religiosos.
11
3. Conclusão
Mesmo que a Patrística tenha começado em uma época de transição, a maioria dos autores a
classificam como a primeira parte da Filosofia Medieval. Isso porque o cristianismo está enraizado
nela, bem como está na Escolástica;
A Escolástica é uma corrente filosófica desenvolvida no ápice da Idade Média, muitas vezes
conhecida como segunda parte da Filosofia Medieval;
Nela, temos um cristianismo consolidado, baseado na filosofia de Aristóteles e tendo São como
principal representante.
Dessa forma, Patrística e Escolástica se relacionam por estarem ligadas à Teologia Cristã e serem
uma defesa e propagação da cristandade;
A principal diferença entre elas é que na Patrística temos uma predominância da fé e da metafísica.
Já na Escolástica, a fé e a racionalidade são lados de uma mesma moeda, e as questões físicas são
mais abordadas.
12
4. Bibliografia
Biblia, S. (2007). Com introduções e notas. (5ª ed.). (CNBB, Trad.) Brasília e São Paulo: Edições
CNBB e Editora Canção Nova.
Camacho S. J., I. (1995). Doutrina Social da Igreja: Abordagem histórica. (J. A. Ceschin, Trad.)
São Paulo: Edições Loyola.
Illanes, J. L. & Saranyana, J. I. (2002). História de la Teología. (3ª ed.). Madrid: BAC.
Silvestre, H. C. & Araújo, J. F. (2012). Metodologia para a investigação social. Lisboa: Escolar
Pontifícia, C. B. (2009). Bíblia e Moral. Raízes Bíblicas do Agir Cristão. (N. B. Pereira, Trad.)
São Paulo: Paulinas.
13