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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Turma: G

Tema: O Colonialismo e a Estruturação Social em África.

Nome de estudante: Lúcia Norberto Fernando Cipriano


Código Estudante: 708212371

Curso: Licenciatura em ensino de História


Disciplina: História das Sociedades III
Ano de Frequência: 3º ano

O tutor: Msc: Edgar Quimice

Quelimane, Junho de 2023


Classificação
Nota
Categoria Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Aspetos  Capa 0.5
organizacionais  Índice 0.5
 Introdução 0.5
Estrutura
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Introdução  Contextualização
 Indicação clara do 1.0
problema
 Discrição do
1.0
objectivo
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
de trabalho
Análise e  Articulação e
discussão domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo expressão escrita
cuidada, coerente,
coesão textual.
 Revisão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
Formatação  Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspetos
paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6Ed, em das citações
4
bibliográficas citações e referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução................................................................................................................................ 3

1.1.Objectivos.............................................................................................................................. 3

1.1.1 Geral ................................................................................................................................... 4

1.1.2 Específicos ......................................................................................................................... 4

1.2 Metodologia de Trabalho ...................................................................................................... 4

2. Fundamentação teórica ............................................................................................................ 5

2.1. O Colonialismo e a Estruturação Social em África.............................................................. 5

2.2. Localizar no tempo e espaço a Conferencia de Berlim; ....................................................... 5

2.3. Explicar as causas da conferência de Berlim; ...................................................................... 6

2.4. Explicar os objectivos da Conferencia de Berlim; ............................................................... 7

2.5. Explicar as Consequências da conferência de Berlim;......................................................... 8

3. Conclusão .............................................................................................................................. 10

4. Bibliografia............................................................................................................................ 11
1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de história das sociedades, este constituído pelo seguinte tema: o
colonialismo e estruturação da África-.

A conferência de Berlim foi mais um capítulo do colonialismo, processo de exploração de regiões


na África e Ásia a partir do século XIX. O desenvolvimento tecnológico, que possibilitou avanços
na geração de energia e nos meios de transporte, e a busca pelo acúmulo de riquezas, levaram as
potências económicas da Europa a procura de novos mercados consumidores e, ao mesmo tempo,
áreas de fornecimento de matérias-primas a baixo custo.

Foi diante desse cenário que os continentes africanos e asiático passaram a fazer parte dos interesses
dos países europeus industrializados. No caso da África, por exemplo, as disputas pelo seu controle
partiram de três nações: Bélgica, Portugal e França. O primeiro passo foi dado pelos belgas, quando
o rei Leopoldo II conseguiu dominar o Congo. Ele foi o responsável pelo assassinato de milhões de
nativos.

Esta Conferência foi uma das mais importantes realizadas na segunda metade do século XIX,
visando, entre outras questões, regular o Direito Internacional Colonial, sendo que na conferência,
entre outros temas, foram discutidos e estabelecidos princípios relativos à navegação de rios
internacionais, a liberdade de comércio ao longo da bacia do Zaire, e também o estabelecimento de
“regras uniformes nas relações internacionais relativamente às ocupações que poderão realizar-se
no futuro nas costas do continente africano”. Adicionalmente, o tráfico de escravos, e a escravatura
no geral constituíram pontos importantes na agenda da conferência.

O objectivo do trabalho é compreender o Colonialismo e a Estruturação Social em África

Quando a metodologia aplicada no presente trabalho tem abordagem qualitativa, baseada na


pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa em sites da internet.

Estruturalmente, o trabalho tem três partes a saber: primeira de introdução constituído por:
objectivos e metodologia, segunda parte da revisão bibliográfica discussão das questões
relacionadas ao estudo da arte da área da pesquisa e última parte que traz conclusão da pesquisa
bem com as referências bibliográficas dos autores citados ao longo da pesquisa.

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1.1.Objectivos

1.1.1 Geral

Compreender o Colonialismo e a Estruturação Social em África

1.1.2 Específicos

 Listar as causas da conferência de Berlim;


 Explicar os objectivos;
 Localizar no tempo e espaço a Conferencia de Berlim;
1.2 Metodologia de Trabalho

Segundo Rudio (2015) a metodologia é entendida como sendo “um conjunto de actividades
orientadas para a busca de um determinado conhecimento, a fim de merecer o qualificativo de
científica a pesquisa deve ser feita de modo sistematizado, utilizando para isto método próprio e
técnicas específicas e procurando um conhecimento que se refira a realidade empírica”(p. 9).

Este estudo foi desenvolvido fundamentando-se na abordagem qualitativa, com a compreensão de


que é a melhor maneira de se aproximar dos objetivos desse estudo, uma vez que a abordagem
qualitativa que segundo Vergara (2000) “se preocupa com um nível de realidade não quantificado,
aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas, um lado não perceptível e
não captável em equações, médias e estatísticas” (p. 46)

O procedimento metodológico que orientou esta pesquisa fundamentou-se numa abordagem


pesquisa bibliográfica.
Para Marconi e Lakatos (2013), a pesquisa bibliográfica:
[...] abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado, desde publicações
avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, materiais cartográficos, etc.
[...] e sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou
filmado sobre determinado assunto [...] (p. 57).
Nesta óptica, a autora baseou se em artigos, manuais que abordam acerca do tema do presente
trabalho.

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2. Fundamentação teórica

2.1. O Colonialismo e a Estruturação Social em África

2.2. Localizar no tempo e espaço a Conferencia de Berlim;

A Conferência de Berlim, proposta pelo Chanceler alemão Otto von Bismarck (1815-1898), foi
uma reunião entre países para dividir o continente africano. Estiveram presentes as nações
imperialistas do século XIX: Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, Dinamarca, Portugal, Espanha,
França, Bélgica, Holanda, Itália, Império Alemão, Suécia, Noruega, Império Austro-Húngaro e
Império Turco-Otomano. Note que alguns países participantes não possuíam colónias na África,
como o império Alemão, Império Turco-Otomano e Estados Unidos. No entanto, cada um deles
tinha interesse em obterem pedaço do território africano ou garantir tratados de comércio.

A Conferência de Berlim foi realizada entre Novembro de 1884 e Fevereiro de 1885, na Alemanha.
Presidida pelo chanceler do Império Alemão Otto von Bismarck, o evento durou três meses e todas
as negociações eram secretas, como era habitual naqueles tempos.

Para Magnoli (2008) afirma que:

Conferência de Berlim, também conhecida como conferência da África Ocidental ou


Conferência do Congo, realizou-se em Berlim, de 15 de Novembro de 1884 a 26 de
Fevereiro de 1885, marcando a colaboração europeia na partição e divisão territorial da
África. Organizado pelo Chanceler do Império Alemão, Otto von Bismarck, o evento contou
com a participação de países europeus (Alemanha, Áustria-Hungria, Bélgica, Dinamarca,
Espanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Noruega, Países Baixos, Portugal, Rússia e Suécia),
mas também do Império Otomano e dos Estados Unidos. O objectivo declarado era o de
"regulamentar a liberdade do comércio nas bacias do Congo e do Níger, assim como novas
ocupações de territórios sobre a costa ocidental da África". É de realçar a participação de
estados que não possuíam colónias ou territórios em África na conferência, como os países
escandinavos ou os Estados Unidos. (p. 448)

Esta Conferência foi uma das mais importantes realizadas na segunda metade do século XIX,
visando, entre outras questões, regular o Direito Internacional Colonial, sendo que na conferência,
entre outros temas, foram discutidos e estabelecidos princípios relativos à navegação de rios

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internacionais, a liberdade de comércio ao longo da bacia do Zaire, e também o estabelecimento de
“regras uniformes nas relações internacionais relativamente às ocupações que poderão realizar-se
no futuro nas costas do continente africano”. Adicionalmente, o tráfico de escravos, e a escravatura
no geral constituíram pontos importantes na agenda da conferência.

Uma conferência anterior (Conferência geográfica de Bruxelas, em 1876) iniciou o debate sobre a
partição da região do Congo, que foi dividido em três partes: Congo-Léopoldville, que coube aos
belgas; Congo-Brazzaville, atribuída aos franceses; e Angola, que historicamente já pertencia a
Portugal. Todas essas regiões formavam o antigo Reino do Kongo. O principal resultado da
conferência de Berlim foi o estabelecimento de regras oficiais de colonização, mas, além disso, a
conferência gerou uma onda de assinaturas de tratados entre os vários países europeus

2.3. Explicar as causas da conferência de Berlim;

A Conferência deve ser encarada como uma etapa de um longo processo de conquista do controle
colonial da África pelas potências europeias, que conheceu diferentes fases de intensidade e que
assumiu o seu momento culminante nas duas últimas décadas do século XIX, e só alcançou maior
solidez ao longo da segunda década do século XX.

Alguns autores amenizam a tese de cunho económico afirmando que, em seu conjunto, o continente
africano foi o que menos recebeu investimento estrangeiro até a Primeira Guerra.

Para Mackenzie (199, p. 63), um desses historiadores, “a partilha da África parece ter emergido de
uma combinação de esperanças exageradas com preocupações excessivas”. Philippe Lamy Para o
avanço da partilha, a elite europeia teve um papel importante, bem como a passagem da primeira
revolução industrial – carvão e ferro – para a segunda – energia eléctrica e aço, propiciando
ambições e condições económicas novas, além do contexto político das disputas entre africanos e
entre europeus

No entanto, a tentativa de monopolizar as principais vias de acesso ao interior do continente (bacia


do Congo, Níger e Zambeze) e os mercados privilegiados junto aos rios ameaçava o equilíbrio das
forcas ocidentais.

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A assinatura do tratado do Zaire permitiu que a comunidade internacional se opusesse à sua
ratificação. Sobretudo a França, a Alemanha constataram este tratado, pois prejudicava os seus
interesses. Esta contestação levou à realização da Conferencia de Berlim.

As principais potências europeias lançaram-se, nas últimas décadas do século XIX, numa corrida
pela exploração de África, que permanecia, até essa altura, um continente desconhecido e
inexplorado. Essa corrida era feita de forma caótica, mediante a ocupação da linha de costa e o
envio de missões ditas “civilizadoras” pelo interior do continente.

Segundo Boahen (1991) afirma que:

Em causa estavam, naturalmente, razões económicas e geopolíticas, de exploração


de recursos, criação de novos mercados e expansão colonial das várias potências,
que ora competiam, ora colaboravam entre si. Além disso, o surgimento de novas
ambições coloniais, nomeadamente por parte da Bélgica e da Alemanha, agravou o
risco de agravamento das tensões e de surgimento de novos conflitos.(p. 148)

A realização de uma conferência foi sugerida pela Inglaterra e por Portugal como forma de resolver
os problemas e de elaborar uma partilha de África por meio da diplomacia e do consenso entre as
diversas potências envolvidas.

2.4. Explicar os objectivos da Conferencia de Berlim;

A conferência de Berlim, realizada entre Novembro de 1884 e Fevereiro de 1885, foi convocada
com o objectivo de organizar os projectos de exploração e ocupação do continente africano pelas
grandes potências europeias

Para Devés-Valdés (2008) destaca os objectivos que levaram à realização da Conferencia foram:

 Estabelecer a liberdade de comércio na bacia e foz do Congo, suas embocaduras e regiões


circundantes;
 Negociar a liberdade de navegação para todos os povos nos rios Congo e Níger (vias de
penetração para o interior de África);

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 Definição de novos critérios a serem observados futuramente em matéria de ocupação dos
territórios africanos
2.5. Explicar as Consequências da conferência de Berlim;

Para Azevedo (2007 p. 592). A principal consequência, obviamente, foi a divisão do território
africano entre os países integrantes. A liberdade comercial na bacia do Congo e no rio Níger foi
conquistada, bem assim a proibição da escravidão e do tráfico de pessoas.

Trata-se de uma conquista diplomática do Chanceler, que demonstrava, com esta reunião, que o
Império Alemão era tão importante quanto à França e o Reino Unido. Não solucionou, entretanto,
os litígios de fronteiras que eram disputados pelas potências imperialistas na África, levando à
ocorrência da Primeira Guerra Mundial.

A África era considerada a extensão dos países envolvidos na guerra, sendo, portanto, também
envolvida, com os nativos passando a integrar os exércitos nacionais. Foi somente ao fim da
Segunda Guerra Mundial que a configuração do continente africano, elaborada pelas potências
mundiais, chegou ao fim. Após, surgiram diversos movimentos de independência entre os países
africanos

Apesar da pacífica no início, a partilha da África foi alvo de desentendimentos entre os países
europeus, e assim, tornou-se uma das causas relacionadas ao início da Primeira Guerra Mundial
(1914 – 1918). Enquanto França e Inglaterra garantiram um vasto território, repleto de matéria-
prima para exploração, Alemanha e Itália amargaram pequenas áreas, sem muito o que extrair para
gerar lucros.

Por estes, e outros motivos, como o sentimento nacionalista de muitos países e o acirramento da
disputa pelo mercado, formaram-se os dois blocos que protagonizaram a guerra.

De um lado, a Tríplice Aliança (Itália, Alemanha e Áustria), de outro, a Tríplice Entente (França,
Rússia e Inglaterra). A África, que por sua vez, estava repleta de colónias desse país, se viu em
meio às disputas, inclusive, com integração entre nativos e exércitos nacionais nas frontes de
batalha. Ao final dos conflitos, França e seus aliados saíram vencedores, assim, a divisão da África
nos moldes da Conferência de Berlim, durou até o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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A partir daí, os movimentos de independência começaram a ganhar espaço, reconfigurando todo
território.

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3. Conclusão

Importa esclarecer que essa região esteve sob controlo otomano até final da Primeira Guerra, o que
dificultava a acção dos agentes económicos. Até o final do século XIX, os militares franceses
trataram directamente com os chefes locais. Entre os britânicos, vão primeiro os comerciantes,
depois a Coroa para socorrer os primeiros. Leopold II passou directivas gerais a Stanley para
assinar tratados com os régulos das margens do Congo.

Forma que as metrópoles coloniais encontraram para incentivar o processo de exploração. Os


governos concediam concessões para grupos de capital investirem nas colônias, através das
companhias concessionárias. Estas obtinham amplos poderes para actuar, e, efectivamente,
substituíam o Estado nas colónias. Eram chamadas de compagnies à charte, na França, e
companhias majestáticas em Portugal e na Inglaterra.

A conferência de Berlim foi mais um capítulo do colonialismo, processo de exploração de regiões


na África e Ásia a partir do século XIX. O desenvolvimento tecnológico, que possibilitou avanços
na geração de energia e nos meios de transporte, e a busca pelo acúmulo de riquezas, levaram as
potências económicas da Europa a procura de novos mercados consumidores e, ao mesmo tempo,
áreas de fornecimento de matérias-primas a baixo custo.

Foi diante desse cenário que os continentes africanos e asiático passaram a fazer parte dos interesses
dos países europeus industrializados. No caso da África, por exemplo, as disputas pelo seu controle
partiram de três nações: Bélgica, Portugal e França. O primeiro passo foi dado pelos belgas, quando
o rei Leopoldo II conseguiu dominar o Congo. Ele foi o responsável pelo assassinato de milhões de
nativos.

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4. Bibliografia

Marconi, M. & Lakatos E. M. (2013). Metodológica do trabalho cientifico. (7ª ed.). São Paulo:
Atlas

Newitt, M. (1997) História de Moçambique. Publicação Europa-América.

Magnoli, D. (2008). História da Paz. São Paulo: Editora Contexto, p 448. Isbn 85-7244-396-7-32

Devés-Valdés, E. (2008). O pensamento africano sulsaariano, conexões e paralelos com o


pensamento latino-americano e o asiático (um esquema). Rio de Janeiro: CLACSO/Educam.

Azevedo, G. & Seriacopi, R. (2007). A Conferência de Berlim. Todo Estudo.Editora Ática, São
Paulo-SP, 1ª edição., 592 p.

Boahen, A. Adu [coord.] (1991). História geral da África sob dominação colonial. Vol. VII. 1880 –
1935. São Paulo: Ática/ Unesco.

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