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Tema:
O Processo de Formação do Sistema Servil na Europa
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Aspectos
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gerais
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Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
ii
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 5
Objectivos ........................................................................................................................................ 5
Objectivo Geral................................................................................................................................ 5
Metodologia ..................................................................................................................................... 5
A Cultura no Feudalismo............................................................................................................... 11
Conclusão ...................................................................................................................................... 14
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Introdução
O presente trabalho pertence a cadeira de História das Sociedade I, cujo tema é o processo de
formação do sistema servil na Europa. Abordagem deste trabalho focaliza-se nos seguintes
aspectos: conceito do feudalismo, surgimento do sistema feudal, desenvolvimento do sistema
feudal, Características do feudalismo, a sociedade no período feudal, estrutura Social na época
feudal, as relações entre o senhor da terra e os camponeses, a cultura no feudalismo,
desenvolvimento do sistema feudal e decadência do feudalismo.
A partir do século V-XV desenvolveu-se na Europa um novo modo de vida que transformou a
sociedade, a economia, a política e a cultura, este sistema ficou conhecido por feudalismo. Este
regime surgiu após a invasão dos bárbaros no império romano. A fusão das duas culturas
resultou no nascimento do regime feudal que foi um modo de produção baseado nas relações de
dependência entre o senhor e o servo. Europa feudal era constituída por uma sociedade
tripartida, ou seja, estava dividida em três grupos sociais ou estados: o 1ª Estado (Clero), 2º
Estado (Nobreza) e o 3º Estado (Povo).
O regime feudal conheceu o seu declínio no século XIII como resultado dos progressos técnicos
a agricultura, transportes e desenvolvimento do comércio, é nesta senda que o presente trabalho
versa o processo do sistema servil na Europa.
Objectivos
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Conceituar o feudalismo;
Explicar o processo de formação do sistema servil na Europa;
Descrever os factores que contribuíram para a decadência do Feudalismo na Europa.
Metodologia
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O Processo de formação do sistema servil
Conceito do Feudalismo
Segundo RECAMA (2009), feudalismo “é estrutura económica, social, política e cultural que se
edificou na Europa centro-ocidental em substituição da estrutura esclavagista da Antiguidade
romana” (p. 108).
Para Jaques Lee Goff, define o feudalismo como sendo um sistema de organização económica,
social e política baseado nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de guerreiros
especializados- os senhores, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de
dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com quem viver.
PINTO (s/d), concebe feudalismo como sendo “um tipo de sociedade cujos caracteres
determinantes são: um desenvolvimento, levando até muito longe, dos laços de dependência de
homem para homem, com uma classe de guerreiros especializados a ocuparem os escalões
superiores dessa hierarquia” (p. 241).
um sistema político, social e económico que surgiu na Europa durante a Ideda Média,
caracterizada pela divisão do poder e da propriedade por um grande numero de senhores
de terras e por um sistema de obrigações entre suserano e vassalo, que regulava a
sociedade e grande parte da actividade económica (p. 45).
O feudalismo é o regime político, económico e social que vigorou na Europa entre os séculos V
e X” (ibdem p. 49).
Assim, o feudalismo foi um modelo social e económico baseado nas relações de servidão ente o
senhor feudal (grande proprietário de terras) com o servo (trabalhador rural). Este regime
desenvolveu-se na Europa entre os séculos V a XV.
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Nesta ordem de ideia o feudalismo surgiu na Europa com a decadência do Império Romano do
Ocidente e com a invasão dos povos Germânicos (os Bárbaros). Com a crise económica
provocada pela falta de escravizados e das invasões germânicas, a insegurança e temor da
invasão violenta dos bárbaros, a população refugiava da cidade para o campo, isto é, migrava
para o campo com objectivo de encontrar a segurança e protecção junto dos proprietários de
grandes de terras, castelos reais e mosteiros. Assim sendo, surgiram os colonatos, nos quais
aqueles que encontravam abrigos no campo trabalhavam para o seu senhor.
MACUCULE (2017), sustenta que “no século II n.e. as tribos bárbaras migraram em direcção ao
sul da Europa à procura de terras para agricultura devido ao frio das zonas nortenhas onde
viviam e aumento da população” (p. 115).
Grande parte da população virou dependente dos grandes proprietários de terras (senhores
feudais) pois é lá onde podiam viver em segura e trabalhar para o seu sustento. A partir deste
momento a vida dos romanos concentrou-se no campo. A economia romana tornou-se rural ao
passar da cidade para o campo. O comércio e a moeda desapareceram, a agricultura de
subsistência tornou-se principal actividade económica e a posse de terras transformou-se na
principal fonte de riqueza.
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Depois desse processo, passavam a chamar-se de servos e recebiam do senhor feudal um feudo,
que geralmente era uma porção de terra do senhor. Os servos além de serem obrigados a
entregar uma parte da produção ao senhor, deviam trabalhar nas terras do senhor.
A partir do século VIII até início do século XI tiveram lugar na Europa Ocidental novas invasões
desencadeadas por povos da Escandinávia, Norte da Europa, conhecidas por Normandos. Esta
expansão deveu-se a procura de terras férteis, pilhagem e aumento da população.
Estes povos eram nómados, a partir do IX habitavam a planície húngra, no nordeste da Europa.
Como resultado da sua expansão nos séculos VIII, IX e X, a vida económica, social e política da
Europa Ocidental mudou profundamente:
Características do feudalismo
Em conformidade com RECAMA (2009), “a sociedade feudal era composta por dois
estamentos, com status fixo: os senhores feudais e os servos” (p. 109).
A nível social- passam a estabelecer-se laços de dependência pessoal (vassalidade), uma vez que
sendo o rei incapaz de garantir a segurança das populações, estas procuram a protecção dos
senhores de terras. Assim, as populações que deviam subordinar-se ao rei passam a depender
dos grandes proprietários de terras. O rei passa a ser um desconhecido para a maioria da
população.
A sociedade feudal era rural, estruturada nos feudos, e a maioria que estava no topo da pirâmide
social (nobres e clero, era sustentada pela classe de maior tamanho e a única que trabalhava, a
dos servos.
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A sociedade no período feudal
Segundo MACUCULE (2017), “a Europa feudal era constituída por uma sociedade tripartida,
ou seja, estava dividida em três grupos sociais ou estados: o 1ª Estado (Clero), 2º Estado
(Nobreza) e o 3º Estado (Povo)” (p. 117).
Nessa óptica a sociedade feudal estava dividida em três grupos ou ordens sociais, cada um com
sua função na sociedade e todos eles interdependentes.
a igreja procurava legitimar o modo de agir das três ordens sociais, afirmando que Deus
tinha distribuído tarefas específicas a cada homem e que, portanto, uns deviam rezar pela
salvação de todos (clero), outros deviam lutar para proteger o povo temente a Deus (a
nobreza) e os outros deviam alimentar, com o seu trabalho, aqueles que oravam e
guerreavam (o povo) (p. 19).
O clero (1º Estado)- pertencia a este grupo o alto clero (bispos, arcebispos, cardeais e priores e o
baixo clero (padres e curas das freguesias).
O clero levava uma vida faustuosa, os Párocos das aldeias e os Monges viviam com muitas
dificuldades. Este grupo social (o Clero) tinha a função de manter a paz espiritual, dar
assistência aos pobres e doentes, tinham grandes extensões de terras, cobravam dízimos à
população, interferiam na vida política e dinamizavam a cultura com a produção de manuscritos.
Classe dominante, suas despesas estavam a custa do povo.
Este grupo social tinha a função de manter a paz espiritual, dar assistência aos pobres e doentes,
tinham grandes extensões de terras, cobravam dízimos à população, interferiam na vida política
e dinamizavam a cultura com a produção de manuscritos (MACUCULE, 2017, p. 117).
A nobreza (2º Estado) formada pelo rei, duques, marqueses, viscondes, barões e cavaleiros
dirigia seus senhorios, declarava guerra ao inimigo e organizava o seu próprio exército. Os
nobres ocupavam o seu tempo em treinamentos no uso de armas (espada, lança e escudo), em
torneios, duelos e caçadas, utilizando cães e cavalos amestrados, símbolo de pompa e riqueza.
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De referir que muitos levavam uma vida de ócio, ocupando parte do tempo em festas e
banquetes. E suas despesas eram pagas pelo povo, isto é, pertenciam a classe exploradora.
O povo (3º Estado) era constituído pelos camponeses, pastores, artesãos que trabalhavam para
alimentar e produzir riqueza e estavam sujeita ao pagamento de rendas e impostos ao rei, e ao
clero e a nobreza. Os camponeses viviam nos domínios senhoriais e tinham muitas obrigações
como: pagar uma renda; prestar dias de trabalho gratuitos nas terras dos senhores.
As despesas da nobreza e do clero eram asseguradas pelos pesados tributos pagos pelo povo,
portanto o povo era a classe explorada ou dominada.
Clero
Nobreza
Camponeses e
servos
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Direito do suserano- receber vários impostos dos camponeses. Os impostos pagos eram feitos
sobre os produtos, portagens (mercadorias em trânsito nos seus domínios), a travessia das
pontes, casamentos e em ocasiões de transmissão de heranças.
Rei
(suserano dos suseranos)
Vassalos directos do rei
(grandes suseranos)
Vassalos ou vassalos directos do rei
Pequenos vassalos
Camponeses(servos ou livres)
A Cultura no Feudalismo
No mundo feudal, marcado pelo medo, superstição, e ignorância, tudo o que acontecia tinha uma
razão divina. Só pela intermediação do clero era possível conseguir a ajuda de Deus e a salvação
dos homens.
De acordo com MACUCULE (2017), “as manifestações culturais do período feudal na Europa
estão ligadas à religião cristã. A Igreja era o centro da vida porque esta estabelecia normas,
orientava comportamentos e imprimia valores ideológicos no Homem medieval” (p. 126).
A igreja era o centro da vida: ela impôs normas, orientou comportamentos e imprimiu os seus
valores ideológicos e no homem. Era o centro cultural, porque nos mosteiros funcionavam
escolas monásticas, oficinas de cópias de manuscritos e as bibliotecas.
Na pintura e escultura destacou-se por representar imagens dos santos e cenas bíblicas, túmulos
dos senhores da nobreza e do clero.
Na Literatura, destaca-se a religiosa (Bíblia, vida dos santos) e a civil (a poesia dos
trovadores). Na vida profana, o carnaval, as romarias e as diversões nas feiras constituíam as
manifestações culturais do povo.
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A arquitectura feudal dividia-se em religiosa (mosteiros, catedrais, igrejas), civil e militar
(castelos e palácios).
Na literatura, destacou-se a religiosa (Bíblia, vida dos santos) e a civil (poesia dos trovadores).
Na vida profunda, o carnaval, as romeias e as diversões nas feiras constituíam as manifestações
culturais do povo.
Na idade média a igreja teve um papel muito importante no desenvolvimento social da Europa,
os membros do clero gozavam de grandes privilégios:
O mecanismo era praticamente monopolizado pelo clero que dirigia as escolas da época
(situadas nos seus mosteiros), eram da responsabilidade dos monges, copiar os
manuscritos do saber antigo e a cultura da época.
Os mosteiros serviam de hospitais e de locais de beneficência, onde os pobres, ondem os
pobres eram tratados e os viajantes descansavam durante as suas viagens. A igreja
esforçou-se pela planificação dos hábitos e costumes sociais, que se caracterizavam por
práticas muito rigorosas e violentas durante a época do feudalismo.
A igreja assumia também papel de um centro cultural, pois nos mosteiros funcionavam
escolas monásticas, oficinas de cópias de manuscritos e as bibliotecas.
A igreja aplicava castigos àqueles que atacavam os membros e bens da igreja e os
indefesos (de referir que eram considerados de indefesos as mulheres, órfãos e rurais).
A vida das pessoas desde o nascimento até a morte era acompanhada de rituais religiosos
(baptismo, casamento, extrema-unção, juramento do cavaleiro e de fidelidade de vassalo), isto é,
as manifestações religiosas estavam presentes em todas festas e momentos de tristezas.
Na visão de MACUCULE (2017), “o período que vai do século X ao século XIII foi
caracterizado por uma grande evolução das estruturas existentes na sociedade feudal” (p. 75).
Peregrinação dos crentes rumo aos grandes centros religiosos (Santiago de Campostela,
Jerusalém, entre outros);
Aumento da construção e reconstrução de igreja;
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Expedição militar (cruzadas) para as terras muçulmanas no Oriente e na Península
Ibérica;
Aumento demográfico;
Desenvolvimento das técnicas agrícolas.
Decadência do Feudalismo
RECAMA (2009), afirma que “o regime feudal conheceu o seu declínio no século XIII como
resultado dos progressos técnicos a agricultura, transportes e desenvolvimento do comércio” (p.
112).
Aos poços, o comércio internacional criou condições para o surgimento de novas cidades e de
um novo grupo social que vivia nos “novos burgos” ou cidades novas- a burguesia. No século
XIV o regime Feudal foi abalado resultando na decadência originada devido a seguintes
factores:
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Conclusão
Tendo terminado o trabalho, conclui-se que o feudalismo foi um modelo social e económico
baseado nas relações de servidão ente o senhor feudal (grande proprietário de terras) com o
servo (trabalhador rural). Este regime desenvolveu-se na Europa entre os séculos V a XV.
Na época feudal a sociedade estava tripartida, ou seja, estava dividida em três ordens ou grupos
sociais clero, nobreza e povo.
O regime feudal entrou em decadência no século XIII como consequência dos progressos
técnicos a agricultura, transportes e desenvolvimento do comércio.
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Referências Bibliográficas
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