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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
O Processo de Formação do Sistema Servil na Europa

Docente: Edmar Barreto

Nome: Maria Cesária Abel Campos


Código: 708224064

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Disciplina: História das Sociedades I
Ano de Frequência: 1º Ano

Tete, Adosto, 2022

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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 5

Objectivos ........................................................................................................................................ 5

Objectivo Geral................................................................................................................................ 5

Objectivos Específicos .................................................................................................................... 5

Metodologia ..................................................................................................................................... 5

O Processo de formação do sistema servil ...................................................................................... 6

Conceito do Feudalismo .................................................................................................................. 6

Processo de formação do feudalismo .............................................................................................. 6

A invasão dos germanos .................................................................................................................. 7

A fragilidade da monarquia franca .................................................................................................. 8

Invasão dos Normandos .................................................................................................................. 8

Características do feudalismo .......................................................................................................... 8

A sociedade no período feudal ........................................................................................................ 9

Estrutura Social na época feudal ................................................................................................... 10

As relações entre o senhor da terra e os camponeses .................................................................... 10

A Cultura no Feudalismo............................................................................................................... 11

Influência da Igreja Católica.......................................................................................................... 12

Desenvolvimento do sistema feudal .............................................................................................. 12

Decadência do Feudalismo ............................................................................................................ 13

Conclusão ...................................................................................................................................... 14

Referências Bibliográficas ............................................................................................................. 15

iv
Introdução

O presente trabalho pertence a cadeira de História das Sociedade I, cujo tema é o processo de
formação do sistema servil na Europa. Abordagem deste trabalho focaliza-se nos seguintes
aspectos: conceito do feudalismo, surgimento do sistema feudal, desenvolvimento do sistema
feudal, Características do feudalismo, a sociedade no período feudal, estrutura Social na época
feudal, as relações entre o senhor da terra e os camponeses, a cultura no feudalismo,
desenvolvimento do sistema feudal e decadência do feudalismo.

A partir do século V-XV desenvolveu-se na Europa um novo modo de vida que transformou a
sociedade, a economia, a política e a cultura, este sistema ficou conhecido por feudalismo. Este
regime surgiu após a invasão dos bárbaros no império romano. A fusão das duas culturas
resultou no nascimento do regime feudal que foi um modo de produção baseado nas relações de
dependência entre o senhor e o servo. Europa feudal era constituída por uma sociedade
tripartida, ou seja, estava dividida em três grupos sociais ou estados: o 1ª Estado (Clero), 2º
Estado (Nobreza) e o 3º Estado (Povo).

O regime feudal conheceu o seu declínio no século XIII como resultado dos progressos técnicos
a agricultura, transportes e desenvolvimento do comércio, é nesta senda que o presente trabalho
versa o processo do sistema servil na Europa.

Objectivos

Objectivo Geral

 Compreender o processo de formação do sistema feudal na Europa.

Objectivos Específicos

 Conceituar o feudalismo;
 Explicar o processo de formação do sistema servil na Europa;
 Descrever os factores que contribuíram para a decadência do Feudalismo na Europa.

Metodologia

Para a realização do presente trabalho adoptamos como práticas metodológicas a revisão


bibliográfica, que consistiu na leitura e interpretação dos diversos manuais, resumos e
discussões de textos. O método virtual inerente a cadeira de História das Sociedades I também
contribuiu bastante para a elaboração do presente trabalho, através dos sites da internet colhemos
as informações sobre os temas em estudo.

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O Processo de formação do sistema servil

Conceito do Feudalismo

Segundo RECAMA (2009), feudalismo “é estrutura económica, social, política e cultural que se
edificou na Europa centro-ocidental em substituição da estrutura esclavagista da Antiguidade
romana” (p. 108).

Para Jaques Lee Goff, define o feudalismo como sendo um sistema de organização económica,
social e política baseado nos vínculos de homem a homem, no qual uma classe de guerreiros
especializados- os senhores, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de
dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com quem viver.

PINTO (s/d), concebe feudalismo como sendo “um tipo de sociedade cujos caracteres
determinantes são: um desenvolvimento, levando até muito longe, dos laços de dependência de
homem para homem, com uma classe de guerreiros especializados a ocuparem os escalões
superiores dessa hierarquia” (p. 241).

Para Agostinho (2012), o feudalismo define-se como:

um sistema político, social e económico que surgiu na Europa durante a Ideda Média,
caracterizada pela divisão do poder e da propriedade por um grande numero de senhores
de terras e por um sistema de obrigações entre suserano e vassalo, que regulava a
sociedade e grande parte da actividade económica (p. 45).

O feudalismo é o regime político, económico e social que vigorou na Europa entre os séculos V
e X” (ibdem p. 49).

Assim, o feudalismo foi um modelo social e económico baseado nas relações de servidão ente o
senhor feudal (grande proprietário de terras) com o servo (trabalhador rural). Este regime
desenvolveu-se na Europa entre os séculos V a XV.

Processo de formação do feudalismo

No que concerne as origens do feudalismo RECAMA (2009), explica que:

temos como agentes do processo de implantação do sistema feudal: os bárbaros


germânicos que, ocupavam a parte ocidental do antigo Império Romano; os árabes, que
no século VIII ocuparam o mar Mediterrâneo, impossibilitando as ligações comerciais
entre ocidente e o oriente; os Normandos e os Magiares, no século IX (p. 109).

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Nesta ordem de ideia o feudalismo surgiu na Europa com a decadência do Império Romano do
Ocidente e com a invasão dos povos Germânicos (os Bárbaros). Com a crise económica
provocada pela falta de escravizados e das invasões germânicas, a insegurança e temor da
invasão violenta dos bárbaros, a população refugiava da cidade para o campo, isto é, migrava
para o campo com objectivo de encontrar a segurança e protecção junto dos proprietários de
grandes de terras, castelos reais e mosteiros. Assim sendo, surgiram os colonatos, nos quais
aqueles que encontravam abrigos no campo trabalhavam para o seu senhor.

MACUCULE (2017), sustenta que “no século II n.e. as tribos bárbaras migraram em direcção ao
sul da Europa à procura de terras para agricultura devido ao frio das zonas nortenhas onde
viviam e aumento da população” (p. 115).

Grande parte da população virou dependente dos grandes proprietários de terras (senhores
feudais) pois é lá onde podiam viver em segura e trabalhar para o seu sustento. A partir deste
momento a vida dos romanos concentrou-se no campo. A economia romana tornou-se rural ao
passar da cidade para o campo. O comércio e a moeda desapareceram, a agricultura de
subsistência tornou-se principal actividade económica e a posse de terras transformou-se na
principal fonte de riqueza.

De acordo com Agostinho (2012), destacam-se como factores do estabelecimento do regime


feudal:

 A invasão dos territórios europeus pelos germanos;


 A fragilidade da monarquia franca;
 As invasões dos Muçulmanos, Normandos e Magiares (p. 36).

A invasão dos germanos

Este factor impulsionou o estabelecimento do sistema feudal na Europa, na medida que os


bárbaros avançavam, atacando de preferência as cidades, estas tornavam-se inseguras levando a
população a refugiar e fixar-se no campo. Os ataques bárbaros agravaram a crise do Império
Romano, ficando os camponeses na insegurança e sem poder continuar a produzir. Este facto
impossibilitou os reis em administrar o território e em garantir a segurança das populações e os
camponeses viam-se obrigados a procurar a protecção dos grandes proprietários de terras,
passando a depender deles.

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Depois desse processo, passavam a chamar-se de servos e recebiam do senhor feudal um feudo,
que geralmente era uma porção de terra do senhor. Os servos além de serem obrigados a
entregar uma parte da produção ao senhor, deviam trabalhar nas terras do senhor.

A fragilidade da monarquia franca

Embora o Império Carolíngio tenha grandes dimensões, apresentava algumas fraquezas


impulsionadas pelos seguintes factores:

 Grande extensão territorial- a sua extensão territorial impossibilitava o controlo do


território;
 Autoridade do poder local- o poder local era bastante forte porque os condes
dispunham de muitos poderes;

Invasão dos Normandos

A partir do século VIII até início do século XI tiveram lugar na Europa Ocidental novas invasões
desencadeadas por povos da Escandinávia, Norte da Europa, conhecidas por Normandos. Esta
expansão deveu-se a procura de terras férteis, pilhagem e aumento da população.

Expansão dos Magiares

Estes povos eram nómados, a partir do IX habitavam a planície húngra, no nordeste da Europa.
Como resultado da sua expansão nos séculos VIII, IX e X, a vida económica, social e política da
Europa Ocidental mudou profundamente:

Características do feudalismo

Em conformidade com RECAMA (2009), “a sociedade feudal era composta por dois
estamentos, com status fixo: os senhores feudais e os servos” (p. 109).

A nível social- passam a estabelecer-se laços de dependência pessoal (vassalidade), uma vez que
sendo o rei incapaz de garantir a segurança das populações, estas procuram a protecção dos
senhores de terras. Assim, as populações que deviam subordinar-se ao rei passam a depender
dos grandes proprietários de terras. O rei passa a ser um desconhecido para a maioria da
população.

A sociedade feudal era rural, estruturada nos feudos, e a maioria que estava no topo da pirâmide
social (nobres e clero, era sustentada pela classe de maior tamanho e a única que trabalhava, a
dos servos.

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A sociedade no período feudal

Segundo MACUCULE (2017), “a Europa feudal era constituída por uma sociedade tripartida,
ou seja, estava dividida em três grupos sociais ou estados: o 1ª Estado (Clero), 2º Estado
(Nobreza) e o 3º Estado (Povo)” (p. 117).

Nessa óptica a sociedade feudal estava dividida em três grupos ou ordens sociais, cada um com
sua função na sociedade e todos eles interdependentes.

FENHANE (2004), afirma que:

a igreja procurava legitimar o modo de agir das três ordens sociais, afirmando que Deus
tinha distribuído tarefas específicas a cada homem e que, portanto, uns deviam rezar pela
salvação de todos (clero), outros deviam lutar para proteger o povo temente a Deus (a
nobreza) e os outros deviam alimentar, com o seu trabalho, aqueles que oravam e
guerreavam (o povo) (p. 19).

O clero (1º Estado)- pertencia a este grupo o alto clero (bispos, arcebispos, cardeais e priores e o
baixo clero (padres e curas das freguesias).

Desempenhava um papel de relevo na sociedade feudal, preservava a cultura numa sociedade


profundamente religiosa, assumia-se como os únicos e legítimos intérpretes da palavra de Deus.
Rezava pela salvação da humanidade, dava assistência aos pobres e doente, possuía grandes
extensões de terras, cobrava a dízima as populações (décima parte das suas produções) interferia
na vida política e dinamizava a cultura, com a produção de manuscritos.

O clero levava uma vida faustuosa, os Párocos das aldeias e os Monges viviam com muitas
dificuldades. Este grupo social (o Clero) tinha a função de manter a paz espiritual, dar
assistência aos pobres e doentes, tinham grandes extensões de terras, cobravam dízimos à
população, interferiam na vida política e dinamizavam a cultura com a produção de manuscritos.
Classe dominante, suas despesas estavam a custa do povo.

Este grupo social tinha a função de manter a paz espiritual, dar assistência aos pobres e doentes,
tinham grandes extensões de terras, cobravam dízimos à população, interferiam na vida política
e dinamizavam a cultura com a produção de manuscritos (MACUCULE, 2017, p. 117).

A nobreza (2º Estado) formada pelo rei, duques, marqueses, viscondes, barões e cavaleiros
dirigia seus senhorios, declarava guerra ao inimigo e organizava o seu próprio exército. Os
nobres ocupavam o seu tempo em treinamentos no uso de armas (espada, lança e escudo), em
torneios, duelos e caçadas, utilizando cães e cavalos amestrados, símbolo de pompa e riqueza.

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De referir que muitos levavam uma vida de ócio, ocupando parte do tempo em festas e
banquetes. E suas despesas eram pagas pelo povo, isto é, pertenciam a classe exploradora.

O povo (3º Estado) era constituído pelos camponeses, pastores, artesãos que trabalhavam para
alimentar e produzir riqueza e estavam sujeita ao pagamento de rendas e impostos ao rei, e ao
clero e a nobreza. Os camponeses viviam nos domínios senhoriais e tinham muitas obrigações
como: pagar uma renda; prestar dias de trabalho gratuitos nas terras dos senhores.

Conforme sustenta FENHANE (2004), o povo “trabalhava a terra de um senhor e recebiam em


troca uma humilde moradia, um pequeno terreno adjacente, alguns animais de granja e garantia
de protecção contra banditismo e pilhagem” (p. 20).

As despesas da nobreza e do clero eram asseguradas pelos pesados tributos pagos pelo povo,
portanto o povo era a classe explorada ou dominada.

Estrutura Social na época feudal

Clero

Nobreza

Camponeses e
servos

Fig. 1 Estrutura Social da época feudal

As relações entre o senhor da terra e os camponeses

Relações entre senhor da terra e os camponeses que trabalhavam, ou seja as relações de


produção manifestavam-se através das obrigações de cada uma das partes.

Deveres do suserano- concessão do feudo; protecção; justiça; ajuda material em períodos de


maus anos de colheitas agrícolas; julgar os habitantes dos seus domínios; obrigar os camponeses
a usar o seu forno e o moinho mediante o pagamento de percentagens (banalidades) e a
prestação das corveias.

Corveia- serviços obrigatórios gratuitos, que incluíam o cultivo da reserva, reparações do


castelo, construção de muralhas.

Direito do vassalo: O uso da terra

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Direito do suserano- receber vários impostos dos camponeses. Os impostos pagos eram feitos
sobre os produtos, portagens (mercadorias em trânsito nos seus domínios), a travessia das
pontes, casamentos e em ocasiões de transmissão de heranças.

Rei
(suserano dos suseranos)
Vassalos directos do rei
(grandes suseranos)
Vassalos ou vassalos directos do rei
Pequenos vassalos

Camponeses(servos ou livres)

Fig. 2 Pirâmide feudal

A Cultura no Feudalismo

No mundo feudal, marcado pelo medo, superstição, e ignorância, tudo o que acontecia tinha uma
razão divina. Só pela intermediação do clero era possível conseguir a ajuda de Deus e a salvação
dos homens.

De acordo com MACUCULE (2017), “as manifestações culturais do período feudal na Europa
estão ligadas à religião cristã. A Igreja era o centro da vida porque esta estabelecia normas,
orientava comportamentos e imprimia valores ideológicos no Homem medieval” (p. 126).

A igreja era o centro da vida: ela impôs normas, orientou comportamentos e imprimiu os seus
valores ideológicos e no homem. Era o centro cultural, porque nos mosteiros funcionavam
escolas monásticas, oficinas de cópias de manuscritos e as bibliotecas.

Na religião destacou-se as peregrinações, procissões, as pregações e as cruzadas. A palestina


(lugar onde Cristo morreu) e Roma (capital do cristianismo) eram dois centros de peregrinação
dos crentes dos vários cantos da Europa. As peregrinações, as cruzadas e as feiras influenciaram
em grande medida a abertura da Europa ao comércio internacional e ao intercâmbio cultural
entre povos de vias partes do mundo.

Na pintura e escultura destacou-se por representar imagens dos santos e cenas bíblicas, túmulos
dos senhores da nobreza e do clero.

Na Literatura, destaca-se a religiosa (Bíblia, vida dos santos) e a civil (a poesia dos
trovadores). Na vida profana, o carnaval, as romarias e as diversões nas feiras constituíam as
manifestações culturais do povo.

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A arquitectura feudal dividia-se em religiosa (mosteiros, catedrais, igrejas), civil e militar
(castelos e palácios).

Na literatura, destacou-se a religiosa (Bíblia, vida dos santos) e a civil (poesia dos trovadores).
Na vida profunda, o carnaval, as romeias e as diversões nas feiras constituíam as manifestações
culturais do povo.

Influência da Igreja Católica

Na idade média a igreja teve um papel muito importante no desenvolvimento social da Europa,
os membros do clero gozavam de grandes privilégios:

 O mecanismo era praticamente monopolizado pelo clero que dirigia as escolas da época
(situadas nos seus mosteiros), eram da responsabilidade dos monges, copiar os
manuscritos do saber antigo e a cultura da época.
 Os mosteiros serviam de hospitais e de locais de beneficência, onde os pobres, ondem os
pobres eram tratados e os viajantes descansavam durante as suas viagens. A igreja
esforçou-se pela planificação dos hábitos e costumes sociais, que se caracterizavam por
práticas muito rigorosas e violentas durante a época do feudalismo.
 A igreja assumia também papel de um centro cultural, pois nos mosteiros funcionavam
escolas monásticas, oficinas de cópias de manuscritos e as bibliotecas.
 A igreja aplicava castigos àqueles que atacavam os membros e bens da igreja e os
indefesos (de referir que eram considerados de indefesos as mulheres, órfãos e rurais).

A vida das pessoas desde o nascimento até a morte era acompanhada de rituais religiosos
(baptismo, casamento, extrema-unção, juramento do cavaleiro e de fidelidade de vassalo), isto é,
as manifestações religiosas estavam presentes em todas festas e momentos de tristezas.

Desenvolvimento do sistema feudal

Na visão de MACUCULE (2017), “o período que vai do século X ao século XIII foi
caracterizado por uma grande evolução das estruturas existentes na sociedade feudal” (p. 75).

Em vários sectores notou-se uma grande evolução:

 Peregrinação dos crentes rumo aos grandes centros religiosos (Santiago de Campostela,
Jerusalém, entre outros);
 Aumento da construção e reconstrução de igreja;

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 Expedição militar (cruzadas) para as terras muçulmanas no Oriente e na Península
Ibérica;
 Aumento demográfico;
 Desenvolvimento das técnicas agrícolas.

Decadência do Feudalismo

RECAMA (2009), afirma que “o regime feudal conheceu o seu declínio no século XIII como
resultado dos progressos técnicos a agricultura, transportes e desenvolvimento do comércio” (p.
112).

Aos poços, o comércio internacional criou condições para o surgimento de novas cidades e de
um novo grupo social que vivia nos “novos burgos” ou cidades novas- a burguesia. No século
XIV o regime Feudal foi abalado resultando na decadência originada devido a seguintes
factores:

 A exploração intensiva das terras devido o aumento da população, conduzindo o


esgotamento e infertilidade dos solos.
 Os maus anos agrícolas que resultaram das mudanças atmosféricas (secas ou chuvas
prolongadas) provocando a fome no seio da população europeia.
 A revolta dos camponeses contra o clero e a nobreza como os grandes senhores feudais;
 Surgimento da classe assalariada devido as mudanças nas relações de produção (os
camponeses deixem de ser servos);
 A guerra dos Cem Anos (1337-1453) entre França e a Inglaterra que afectou os reinos
europeus;
 A Peste Negra (1348-1350) que dizimou 1/3 da população europeia pela rapidez de
contágio e evolução.

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Conclusão

Tendo terminado o trabalho, conclui-se que o feudalismo foi um modelo social e económico
baseado nas relações de servidão ente o senhor feudal (grande proprietário de terras) com o
servo (trabalhador rural). Este regime desenvolveu-se na Europa entre os séculos V a XV.

O feudalismo surgiu na Europa com a decadência do Império Romano do Ocidente e com a


invasão dos povos Germânicos (os Bárbaros). Com a crise económica provocada pela falta de
escravizados e das invasões germânicas, a insegurança e temor da invasão violenta dos bárbaros,
a população refugiava da cidade para o campo, isto é, migrava para o campo com objectivo de
encontrar a segurança e protecção junto dos proprietários de grandes de terras, castelos reais e
mosteiros.

Na época feudal a sociedade estava tripartida, ou seja, estava dividida em três ordens ou grupos
sociais clero, nobreza e povo.

O regime feudal entrou em decadência no século XIII como consequência dos progressos
técnicos a agricultura, transportes e desenvolvimento do comércio.

Gradualmente, o comércio internacional criou condições para o surgimento de novas cidades e


de um novo grupo social que vivia nos “novos burgos” ou cidades novas- a burguesia. No século
XIV o regime Feudal foi abalado resultando na decadência originada devido a seguintes
factores: A exploração intensiva das terras devido o aumento da população, conduzindo o
esgotamento e infertilidade dos solos; Os maus anos agrícolas que resultaram das mudanças
atmosféricas (secas ou chuvas prolongadas) provocando a fome no seio da população europeia,
etc.

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Referências Bibliográficas

 Agostinho, S. (2012). História 8ª classe. Módulo 5; Ensino Secundário à Distância.


Ministério da Educação. Beira, Moçambique;
 MACUCULE, G. (2017). História Modulo 3. Programa do ensino Secundário à
Distancia (PESD). Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Maputo,
Moçambique;
 RECAMA, D. C. (2009). História de Moçambique, de África e Universal. Manual de
preparação para o ensino superior. Plural editores. Lda, Maputo, Moçambique;

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