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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
As comunidades aldeãs e a Formação das Estruturas sociais na África Austral e
em Moçambique

Nome: Sara Manuel Nota João


Código: 708223182

Docente: Maria da Felicidade Maibaze

Curso: Administração Pública


Disciplina: História das Sociedades I
Ano de Frequência: 1º Ano

Tete, Agosto, 2022

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Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
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 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafa, 1.0
gerais
espaçamento entre
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Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 5

Objectivos ........................................................................................................................................ 5

Objectivo Geral................................................................................................................................ 5

Objectivos Específicos .................................................................................................................... 5

Metodologia ..................................................................................................................................... 5

As comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na África Austral e em Moçambique 6

Localização Geográfica da África Austral ...................................................................................... 6

Povoamento da África Austral ........................................................................................................ 6

Organização Social dos Khoisan ..................................................................................................... 6

Ideologia dos Khoisan ..................................................................................................................... 7

A chegada dos Bantu ....................................................................................................................... 8

A Expansão Bantu e suas causas ................................................................................................... 10

As Sociedades Moçambicanas Após a Fixação Bantu .................................................................. 10

Os Grupos Etno-Linguísticos Moçambicanos: as Diferenças Norte/Sul....................................... 11

Caracterização de cada uma das Linhagens .................................................................................. 11

A formação das estruturas sociais na África Austral e em Moçambique ...................................... 12

Conclusão ...................................................................................................................................... 13

Referências bibliografias ............................................................................................................... 14

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Introdução
O presente trabalho pertence à cadeira de História das Sociedades I, cujo tema é as comunidades
aldeãs e a formação das estruturas sociais na África Austral e em Moçambique.

Os primeiros habitantes da África Austral foram os caçadores e recolectores San e pastores Khoi-
khoi. Mais tarde, os dois povos agruparam-se formando um e único grupo conhecido por
Khoisan. Levavam uma vida nómada. E no século III n.e começam a chegar outros povos
chamados bantu, antepassados da maioria dos Moçambicanos. Estes povos deram origem a reinos
e impérios, o Zimbabwe e Mwenemuta parespecticamente.

Os bantu constituem um conjunto de povos que habitam a África ao Sul do Equador. Estes povos
foram todos originários da mesma região e as suas línguas têm todas uma mesma origem e
portanto, características comuns.

Objectivos
Objectivo Geral
 Conhecer as comunidades aldeias e a formação das estruturas sociais na África Austral e
em Moçambique.

Objectivos Específicos
 Identificar os primeiros habitantes da África Austral;
 Explicar a chegada dos bantu e as inovações por eles trazidas;
 Descrever as comunidades aldeias e a formação das estruturas sociais na África Austral e
em Moçambique.

Metodologia

Para a realização deste trabalho, usou-se como práticas metodológicas a revisão bibliográfica
baseado na leitura e interpretação dos diversos manuais, resumos e discussões de textos. Gil
(2008), refere que “esta pesquisa é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos” (p. 44). O método virtual inerente a cadeira
História das Sociedades I também contribuiu bastante para a elaboração do presente trabalho.

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As comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na África Austral e em
Moçambique
Localização Geográfica da África Austral
A África Austral é uma região de África situada a parte sul de África, banhada pelo Oceano
Índico na sua costa oriental e pelo Atlântico na costa ocidental. É a região onde o nosso país
(Moçambique) se localiza. Nesta região, predomina os planaltos e muitos rios, que correm para
os oceanos.

Povoamento da África Austral


Primeiramente a região da África Austral foi habitada pelos caçadores e recolectores San e
pastores Khoi-khoi.

Seundo Cumbe et all (2008), “estes dois rupos, através de um longo processo de contactos,
juntaram-se e formaram um único grupo, que se chamou Khoisan” (p. 88).

Assim sendo, os dois povos agruparam-se formando um e único grupo conhecido por Khoisan,
acomunidade primitiva em Moçamique ou primeiros habitantes de Moçambique. Juntados os dois
povos, tornaram-se grandes conhecedores de diferentes métodos de caça e de pesca.

De acordo com Fage (1995), “os koi-koi ou hotentotes eram pastores e dominavam as técnicas da
olaria, cestaria, tecelagem e metalurgia, enquanto isso os San (bosquímanos) eram caçadores e
recolectores nómadas na idade de pedra” (p. 121).

Organização Social dos Khoisan


Em conformidade com Cumbe et all (2008), “viviam em pequenos grupos nómadas, habitando
perto das rochas, nas nas cavernas ou em cabanas feitas de capim” (p. 88).

Levavam uma vida nómada, pois sentiam-se obrigados a mudar de um lugar para o outro de
acordo com a disponibilidade dos recursos naturais (frutos, raizes, animais e água). Poderiam
levar dias contáveis num lugar, devido o seu baixo domínio da natureza, os khisan habitavam
com pouca solidez, que poderiam ser destruídas com facilidade ou transportadas pelos ventos.

Os Khoisan dedicavam-se a caça, recoleção e a pesca em águas pouco profundas. Para a prática
destas actividades, os khoisan utilizavam instrumentos feitos de madeira, pedra, ossos, chifes,

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cordas e marfim. Os produtos que juntavam no final de cada jornada de trabalho, destinavam-se
ao consumo.

Assim as mulheres, os velhos e as crianças realizavam tarefas relativamente menos pesadas e


menos perigosas como a recolecção, a limpeza dos acampamentos, e outras enquanto aos homens
cabiam as tarefas mais pesadas e perigosas em especial a caça. A esta forma de organização do
trabalho chama-se Divisão natural do trabalho.

Embora com características de organização idênticas, o povo primitivo também tinha


características próprias: O tamanho dos bandos, as relações entre si, a solidariedade entre os seus
membros; as guerras e as rivalidades entre os bandos devido as terras ricas. Estas comunidades
ditas rudimentares ou primitivas, o trabalho era colectivo, dividido em sexo e idade, e o produto
era partilhado por igual.

O que identifica de facto, estas comunidades é a sua economia recolectora, nomadismo e uso de
instrumento de trabalho a pedra. Na fase primitiva não houve escravatura, mas não por as
relações entre os homens primitivos terem sido exemplares, de perfeita comunhão ou harmónicas,
como defende a corrente marxista. A guerra entre os bandos era vulgar, como indicam as pinturas
rupestres e a pesquisa etnográfica sobre os primitivos actuais. E, se nos primitivos não houve
escravatura, como sublinha Eduardo J. Costa Reizinho, tal se deve às condições concretas em que
viviam os homens de então, como por exemplo, o nomadismo, a instabilidade do quotidiano, a
extrema penúria, impediam-no.

Dentro do grupo, ninguém tinha meios materiais para escravizar os outros membros. As
autoridades tinham um poder delegado pelo grupo. Os chefes eram um fruto da necessidade de o
grupo ter um centro regulador e coordenador da sua vida colectiva. Estas as razões objectivas da
não existência de exploração social.

Ideologia dos Khoisan


Os khoisam tinham crenças mágicas e veneravam os espíritos dos antepassados, aos quais
faziam-lhes oferendas, pois acreditavam que estes lhes traziam protecção. As práticas mágicas
religiosas eram dirigidas por pessoas mais velhas do grupo - os idosos - por possuir maior
experiência (Macucule, 2017, p. 81).
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Os Khoisan como outros grandes caçadores, deixaram marcas de pinturas e gravuras nas paredes
rochosas (arte rupestre ou pariental), representando animais, figuras humanas e outos temas que
retratavam cenas do dia-a-dia. Estes se dedicaram também à arte móvel (esculturas e objectos
com gravuras de animais). Estas manifestações artísticas, tinham função decorativa e também
mágica destinada a garantir êxitos nas actividades de caça.

Os khoisan eram grandes conhecedores de técnicas de conservação da carne (assada, fumada ou


seca).Vestiam-se de tangas feitas de pele de animais e utilizavam cascas de ovo de avestruz e
tartaruga para carregar e conservar a água e muito mais.

A chegada dos Bantu


Segundo Recama (2009), “o conceito bantu é de caracter meramente linguistico, surido dos
estudos do linguista alamão Bleek, entre 171 e 1869, para referir o parentesco existente em 300
línguas africanas que utilizavam vários vocábulos comuns, onde se destaca a palavra bantu
(antu), para designar homens, gente, pessoas” (p. 9).

Macucule (2017), explica que:

Bantu significa pessoas (singular, muntu). São povos que vinham do noroeste das
grandes florestas Congolesas e chegaram à região sul da África Austral (onde se
situa Moçambique) entre os séculos II e III. Eram comunidades de agricultores e
pastores, mas em momentos de maus resultados agrícolas se dedicavam a caça, a
recolecção e a pesca (p. 82).

Impuia (2017), refere que “até aos séculos II-III, período de fixação dos bantu no território que
hoje constitui Moçambique, a região era habitada pelos khoisan, povos que ainda se encontravam
na comunidade primitiva” (p. 91).

Sendo assim, no século III n.e começam a chegar outros povos chamados bantu, antepassados da
maioria dos Moçambicanos. Os bantu provinham da África Ocidental, especialmente da orla
noroeste da Grande Floresta Equatorial os povos de língua bantu.

Vários autores debruçaram-se sobre a expansão Bantu apresentando as mais diversas ideias sobre
as origens dos bantu, as razões da sua expansão e percurso até a África Austral incluindo
Moçambique.

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Analisando as diversas ideias, Martin Hall resume em três aspectos fundamentais as grandes
discussões que linguistas, arqueólogos e historiadores têm realizado sobre a expansão bantu:

1º Aspecto

Os povos bantu eram uma nova raça que teria emigrado para o sul, substituindo e absorvendo as
comunidades primitivas que habitavam a África Austral. Esta é uma concepção racical da
expansão. Ela foi prontamente criticada e posteriormente abandonada.

2º Aspecto

Os povos bantu não eram uma nova raça, mas sim, povos falantes de línguas aparentadas entre si
o bantu. É a chamada teoria linguística.

O termo bantu passou a ser utilizado a partir de 1862, graças ao trabalho do linguista alemão
Bleek, que descobriu o grande parentesco em cerca de 300 línguas faladas na região Austral

Esta teoria, tem várias vertentes para explicar a expansão bantu:

i) Para GREENNBERG, Joseph, a migração bantu deu-se em direcção ao sul, a partir da


zona de fronteira entre os Camarões e a Nigéria;
ii) GUTHRIE, Malcom, defende que o centro da expansão teria sido a região de Luba na
Província de Shaba, na República Democrática do Congo;
iii) OLIVER, Roland, concordou com ambos, defendendo que suas teorias se
complementavam e acrescenta um novo dado – a expansão obedeceu a quatro fases
distintas.
iv) PHIPLLIPSON, David, defende que a origem da expansão encontra-se na floresta dos
Camarões, com dois movimentos distintos: um que contornou a Grande Floresta para
a região dos Grandes Lagos (a Oriente) e outro que seguu atravessando a Grande
floresta em direcção a República Democrática do Congo e Angola.
v) EHRET, Cristopher, acredita que as línguas bantu espalharam-se através da zona
tropical com um período de diferenciação local nas regiões de floresta de Savana antes
da sua expansão final para oriente e região sul-oriental.

3º Aspecto

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A expansão bantu estaria ligada à domesticação das plantas e animais, à cerâmica e ao trabalho
do ferro. O desenvolvimento desta economia mista (agricultura, pastorícia e metalurgia), permitiu
a sedentarização das populações, a especialização no trabalho e o surgimento da desigualdade
social.

A Expansão Bantu e suas causas


Em Moçambique, as evidências da fixação bantu, foram gradualmente reveladas, em diversas
estações arqueológicas. Estamos a falar das estações de Matola, Xai-Xai, Vilanculos, Marrape,
Hola-Hola, Mavita, Chongoene, Bilene, Zitundo, Serra Maúa, Monte Mitukwe, etc.

De acordo com MACUCULE (2017), os bantu expandiram-se devido as seuintes causas:

 Alargamento do deserto de Sahara;


 Crescimento da população;
 Difusão da tecnologia do ferro;
 A prática da agricultura e criação do gado (p. 82).

As Sociedades Moçambicanas Após a Fixação Bantu


Durante a expansão, atendendo ao tipo da sua economia, os bantu preferiram localizar as suas
aldeias em terras férteis junto de cursos permanentes de água. A sua base económica era a
Agricultura (mapira e mexoeira). Por isso, eram sedentários. A caça, a pesca, a olaria tecelagem e
metalurgia do ferro, eram actividades complementares da agricultura. A terra, meio de trabalho
principal, era património da comunidade.

Todos tinham acesso a ela, mas cabia aos membros séniores a distribuição e o controlo da sua
correcta utilização. O exercício de tarefas não produtivas por um grupo reduzido da população e
o aparecimento do excedente, contribuíram para o surgimento da exploração do homem pelo
homem. Estas relações de produção, expressas em tributos quer em trabalho quer em espécie,
porque exercidas no quadro das relações de parentesco, eram conscientemente assumidas pelos
produtores directos como manifestação de reconhecimento pelas valiosas actividades
propiciatórias que os chefes desempenhavam. O sistema de parentesco, assente em linhagens e
clãs, desempenhava um importante papel na esfera política, económica, religiosa e social.

Os parentes mais velhos, herdeiros e guardiões das experiências e tradições da comunidade,


portanto os únicos detentores do saber, monopolizavam o exercício das tarefas técnico-
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administrativas e mágicoreligiosas. São eles que orientavam as cerimónias de invocação da
chuva, que pediam aos antepassados a fertilidade do solo, a estabilidade política e o sucesso das
actividades económicas. Detinham igualmente, o poder de decisão sobre as alianças matrimoniais
e política. Estes membros séniores, como chefes religiosos, eram considerados elos de ligação
entre os vivos e os mortos.

Os Grupos Etno-Linguísticos Moçambicanos: as Diferenças Norte/Sul


No que concerne aos grupos etno-linguistico Recama (2009), refere que “os rupos
etnolinguisticos que conhcemos hoje sao resultados de um longo processo de transformações e
assimilações, não apenas de diferencião entre os primeiros bantu imigrados entre 200 e 300 n.e.,
como também de diferenciacao entre povos de filiacao matrilinerar e patrilinear” (p. 13).

Em Moçambique, identificamos dois tipos de linhagens: A linhagem Matrilinear e a linhagem


Patrilinear. Grosso modo, a linhagem Matrilinear pode ser encontrada a norte do rio Zambeze; ao
passo que a patrilinear está a sul do mesmo rio. O mapa a seguir ilustra os grupos etnolinguísticos
de Moçambique e respectivos tipos de linhagem

Caracterização de cada uma das Linhagens


Linhagem matrilinear: neste sistema, o filho nascido de um casamento pertence à família da
mãe; pratica-se a uxorilocalidade, isto é, depois do casamento o homem transfere-se da casa de
seus pais, sua povoação para a da sua mulher ou esposa. O dote (mahari em emákua) de maior
significado é entregue pelo homem à mulher.

A educação dos filhos não é assegurada pelo pai, mas sim pelo tio materno, já que estes crescem
entregues aos cuidados da família materna. A transmissão do poder, obedece mais ou menos à
mesma lógica: com a morte de um chefe o poder não passa para o filho mais velho, mas sim para
o sobrinho, filho da irmã mais velha. A caça a pesca e a construção de casas eram as únicas
actividades masculinas relevantes. As mulheres, praticando a agricultura, é que asseguravam o
sustento das comunidades.

Linhagem Patrilinear: o filho nascido de um casamento pertence à família do pai. Pratica-se a


virilocalidade, isto é, a transferência da mulher (esposa) para a povoação do marido por ocasião
do casamento, é um indicador do papel preponderante que os homens desempenhavam na vida
económica e social. O dote (lobolo) pago pelo noivo aos sogros, aparece como um mecanismo de
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estabilização dos casamentos e de subordinação da mulher em relação ao homem. A transmissão
da herança é de pai para o filho mais velho. A prática da pastorícia, actividade masculina por
excelência, conferia aos homens o acesso a um bem duradoiro, principalmente expresso em gado
bovino. O gado era o principal meio de pagamento de lobolo e simbolizava o poder económico,
ou melhor, representava a capacidade de adquirir esposas.

A formação das estruturas sociais na África Austral e em Moçambique


Diferentemente dos khoisan que limitavam-se a caça e a recolecçao e pastoricia, os bantu
desenveram agricultura e por consequência surgiram grandes estados ou reinos como é o caso do
reino de Zimbabwe e de Mutapa.

Para Impuia (2017), o reino do Zimbabwe “foi fundado pelo grupo bantu (karonga que inclui
também os shona) proveniente da região do grandes lagos, que por volta do século V ocupou o
Sul do Zambeze” (p. 95).

Nesta ordem de ideia reino do Zibmabwe é o resultado da expansao bantu. Tendo entrado em
decadencia formou um novo estado brilhante por volta dos anos 1440-1450.

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Conclusão

Tendo terminado o trabalho conclui-se que os primeiros habitantes da África Austral foram os
caçadores e recolectores San e pastores Khoi-khoi. Mais tarde, os dois povos agruparam-se
formando um e único grupo conhecido por Khoisan. Levavam uma vida nómada. E no século III
n.e começam a chegar outros povos chamados bantu, antepassados da maioria dos
Moçambicanos. Estes povos deram origem a reinos e impérios, o Zimbabwe e Mwenemuta
parespecticamente.

Durante a expansão, atendendo ao tipo da sua economia, os bantu preferiram localizar as suas
aldeias em terras férteis junto de cursos permanentes de água. A sua base económica era a
Agricultura (mapira e mexoeira). Por isso, eram sedentários. A caça, a pesca, a olaria tecelagem e
metalurgia do ferro, eram actividades complementares da agricultura. A terra, meio de trabalho
principal, era património da comunidade.

Todos tinham acesso a elas, mas cabia aos membros séniores a distribuição e o controlo da sua
correcta utilização. O exercício de tarefas não produtivas por um grupo reduzido da população e
o aparecimento do excedente, contribuíram para o surgimento da exploração do homem pelo
homem. Estas relações de produção, expressas em tributos quer em trabalho quer em espécie,
porque exercidas no quadro das relações de parentesco, eram conscientemente assumidas pelos
produtores directos como manifestação de reconhecimento pelas valiosas actividades
propiciatórias que os chefes desempenhavam. O sistema de parentesco, assente em linhagens e
clãs, desempenhava um importante papel na esfera política, económica, religiosa e social.

A expansão e a fixação dos bantu na Africa Austral culminiu com a formação dos grandes reinos
da Africa Austral o reino do Zimbabwe e de Mutapa.

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Referências bibliografias
Cuambe, G. J, Nhapulo, T.J & Augusto, M. J. Saber História 8ª classe. Maputo. Longman
Moçambique.

Fage, J. D. (1995). História da África. Lisboa. Edições 70.

Gil, A. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (a edição). São Paulo. Atlas.

Impuia, L. (2017). História 8ª class (2ª edição). Maputo. Texto Editores.

Macucule, G. (2017). História Modulo 3. Programa do ensino Secundário à Distancia (PESD).


Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano. Maputo, Moçambique;

Recama, D. C. (2009). História de Moçambique, de Árica e Universal. Manual de preparação


para o ensino superior. Maputo. Plural editores.

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