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Índice
1 Introdução....................................................................................................................4
2.1.1 Conceito.........................................................................................................5
3 Considerações Finais..................................................................................................12
4 Referências Bibliográficas.........................................................................................13
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1 Introdução
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2 A Hierarquização das Sociedades e a Formação de Classes Sociais
2.1.1 Conceito
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nobreza (representada pelos senhores feudais) e os servos (camada pertencente aos
camponeses) (Guarinello, 2010).
A constituição de sociedades estratificadas socialmente é um fenômeno histórico; ou
seja, as diferenciações sociais e a formação de suas características ocorrem em função de
processos históricos explicáveis dentro de suas próprias lógicas. Portanto, não são fenómenos
“naturais”, derivados de alguma lógica exterior ao próprio ser humano. São processos
construídos por agentes humanos que se opõem, sob a forma de grupos, no campo do conflito.
Historicamente, a humanidade conheceu basicamente quatro sistemas de estratificação
social: a escravidão, a casta, o estamento e a classe (Giddens, 2005).
A forma mais antiga de estratificação sistemática conhecida é a escravidão. Esta se
caracterizou pela extrema desigualdade social, uma vez que estabelecia que certos indivíduos
eram propriedade de outros. Os escravos constituíam o estrato social mais baixo. Nesse
sistema de estratificação, a mobilidade se realizava pela apropriação forçada de indivíduos e
grupos por meio da conquista e da escravização dos povos derrotados em batalhas, assim
como a rara conquista da liberdade também ocorria através de vitórias em guerras de
libertação (Idem, 2005).
A casta é uma forma de estratificação social que se vincula às culturas do
subcontinente indiano e se fundamenta no reconhecimento de status e prestígio atribuídos por
hereditariedade, típicos das prescrições da crença hindu. Esta apresentava o tabu de que, se o
indivíduo não fosse fiel aos rituais e aos deveres de sua casta, renasceria em uma posição
inferior na próxima encarnação (Idem, 2005).
Os estamentos fazem parte das formas tradicionais de organização social que incluem
o feudalismo europeu e outras formações sociais pré-capitalistas. Nessas sociedades
estamentais, os estratos formam-se por meio da imposição de obrigações e regras morais que
reproduzem os ofícios de geração a geração. Neles, temos o clero, a nobreza e a plebe, cujos
pertencimentos sociais eram estabelecidos pelo nascimento, ou seja, eram atribuídos
hereditariamente (idem, 2005).
Por fim, as classes correspondem ao sistema de estratificação das sociedades
modernas, que emergiram com a formação e a expansão do capitalismo. Podemos definir uma
classe social como um amplo grupo de pessoas que ocupam a mesma posição nas relações
sociais de produção, a qual corresponde a uma dada posição em relação ao mercado de bens e
capital, como, por exemplo, a de comprador ou vendedor de força de trabalho (idem, 2005).
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Logo, o facto de ser ou não proprietário dos meios de produção (como terras, fábricas,
máquinas e equipamentos, tecnologias, fontes de energia, etc.) e o volume dessa posse
determinará a posição de classe do indivíduo, sua fonte de renda, seu acesso ao conhecimento
e seu estilo de vida. Este último – diferentemente do que ocorre nas sociedades formadas por
castas, consideradas como de estrutura social fechada – pode ser considerado um sistema de
estratificação aberto, uma vez que é possível aos indivíduos ascender ou descender nos
estratos sociais, conforme suas capacitações, méritos pessoais ou sociais e conjunturas sociais
amplas (Costa Pinto, 1970).
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uma função diferenciada dentro da sociedade, função a qual era importante para manter a
organização social desse povo dentro da estratificação já citada anteriormente (Mokhtar,
1980).
O Faraó se tratava do estrato mais importante, o governante do Egipto. Ele possuía
poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser tratado e considerado como um deus por
seu povo. O poder dos faraós era transmitido hereditariamente, portanto não havia nenhuma
forma de escolha ou votação para que ele chagasse ao poder. O Faraó e sua família viviam em
grandes palácios, e após a morte seu corpo e seus tesouros iriam para uma pirâmide que teria
sido construída ainda em vida por mandato do mesmo. O monarca egípcio não era só o
homem mais rico, todos os poderes estavam concentrados em suas mãos, ele era chefe
religioso, era juiz, administrava suas terras e tinha autoridade militar (Guarinello, 2010).
Os sacerdotes na pirâmide social estavam abaixo somente dos faraós. Eram eles que
se responsabilizavam pelas festas, rituais e actividades religiosas do Egipto naquele período.
Após a morte dos faraós eram eles que comandavam os templos e os rituais, e alguns após sua
morte eram até mumificados e colocados em pirâmide igual aos seus superiores, faraós. Os
sacerdotes assim como os nobres tinham supremacia entre todos os súditos do faraó (idem,
2010).
Os escribas, estrato abaixo dos sacerdotes, eram os responsáveis pela escrita egípcia,
registravam os acontecimentos, principalmente da vida do faraó, dados numéricos, redigiam
leis, copiavam e arquivavam informações. A escrita era feita por eles em papiros (tipo de
papel), nas paredes das pirâmides ou em placas de barro e pedra. Por dominar a técnica da
escrita, o que era raro na época, possuíam grande destaque social por esse feito (idem, 2010).
Os guerreiros eram os responsáveis pela segurança do território egípcio. Em
momentos de guerra ganhavam grande destaque na sociedade. Tinham que preparar e
organizar o exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a
própria vida (idem, 2010).
Os artesãos e os mercadores dependiam da prosperidade do Egipto antigo e apesar
disso, recebiam míseros pagamentos em forma de produtos. Moravam em cabanas, vestiam-se
pobremente e comiam pouco. O que poupavam, guardavam para o funeral a fim de garantir
melhor vida após a morte. Os artesãos eram responsáveis pelo desenvolvimento da técnica. Os
artesãos foram os responsáveis por toda a beleza decorativa do antigo Egipto. Usavam
instrumentos que foram retratados em pinturas e que resistiram ao tempo, como formão,
machado, serra, arco, entre outros. Os artesãos que produziam artigos de luxo trabalhavam,
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geralmente, nas oficinas urbanas, muitas vezes instaladas nos templos e palácios.
Confeccionavam peças de ourivesaria, vasos de alabastro ou faiança, tecidos finos etc. Já os
artesãos menos qualificados trabalhavam em oficinas rurais, produzindo tecidos rústicos,
artigos de couro, vasilhas utilitárias, alimentos, como pão e cerveja (Costa Pinto, 1970).
Os camponeses (também chamados de felás) executavam inúmeros trabalhos
necessários à agricultura e à criação de animais. Os principais produtos cultivados eram
o trigo, cevada e o linho. Também se dedicavam à plantação de legumes, verduras, uva e
frutas variadas. Criavam animais como bois, asnos, carneiros, cabras, porcos e,
posteriormente, cavalos. Os camponeses viviam em aldeias e eram obrigados a entregar parte
da colheita e do rebanho, como forma de tributos, aos moradores do palácio do faraó e aos
sacerdotes dos templos (Guarienello, 2010).
Os escravos formavam um grupo social numericamente pequeno diante do conjunto
da população, constituído, em sua origem, principalmente de prisioneiros de guerra.
Trabalhadores em serviços variados: nas casas, nas pedreiras, nas minas, nos campos.
As condições de vida dos escravos variavam de acordo com o tipo de actividade que
exerciam. Há indícios de que os escravos domésticos viviam melhor do que, por exemplo, os
escravos das minas e das pedreiras. Embora pertencesse a outra pessoa, o escravo egípcio era
considerado um ser humano e não uma mercadoria. Ele podia adquirir propriedade,
testemunhar em tribunais e casar-se com pessoas livres. Talvez em razão dessas
características, alguns egiptólogos consideram que não houve escravidão no Egipto antigo no
sentido clássico do termo (Mukhtar, 1980).
Méroe, ou Meroé, é uma antiga cidade na margem leste do rio Nilo, na Núbia, a
região do vale do rio Nilo que actualmente é partilhada pelo Egito pelo Sudão, a cerca de
300 km a nordeste de Cartum, que foi a capital do Reino de Cuxe entre o século VII a.C. e
o século IV da nossa era. Durante essa fase, os núbios inventaram uma escrita própria,
chamada pelos estudiosos de “escrita mercado” (Mukhtar, 1980).
A civilização núbia surgiu por volta de 4.000 a.c, em meio ao escaldante Deserto do
Saara e, assim como o Egito, é uma ‘dádiva do Nilo’, bem como do trabalho de construção de
diques e canais de irrigação destes povos para evitar inundações durante as cheias e garantir
boas colheitas. Por volta de 2.000 a.c, houve a unificação das comunidades núbias que
habitavam ao longo da margem do Nilo sob o poder de um rei; surgiu então o Reino de Kush
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(Cuxe), um dos primeiros reinos negros africanos, tendo sido Napata, a primeira capital.
Napata foi um importante centro comercial e religioso (idem, 1980).
Dada a ausência de qualquer informação direta, é quase impossível apresentar um
quadro coerente da estrutura social em Méroe. Até o momento sabe-se apenas da existência de
uma classe superior ou dirigente (composta pelo rei e sua família), de uma corte e de uma
aristocracia provincial que preenchia várias funções administrativas e militares, e de um clero
muito influente (Idem, 1980).
Há estudos que dizem que o reino de Meroé era governado por rainhas que recebiam o
nome-título de Candace, em que o poder seria passado aos descendentes pela via feminina;
este mito foi associado, por alguns estudiosos, com a lenda da rainha de Sabá, porém, há um
relato bíblico no livro de actos 8 quando o Evangelista Felipe encontra um eunuco chefe dos
tesouros de “Candace, rainha dos etíopes”, o que poderia reforçar a ideia anterior de que
eventualmente poderiam ser rainhas que governavam na época e que a sua linhagem passava
para mãos femininas (Guarinello, 2010).
No extremo oposto da escala social, as fontes de que se dispõem mencionam
frequentemente a presença de escravos recrutados entre prisioneiros de guerra. A partir de
testemunhos indiretos pode-se supor que além dos agricultores e criadores de gado, os quais
devem ter formado a maior parte da população meroíta, existia uma classe média de artesãos,
negociantes, pequenos funcionários e criados, mas não se sabe absolutamente nada acerca da
sua posição social. Até que se disponha de informações mais precisas, seria prematura
qualquer tentativa de caracterizar as relações sociais e de produção (Mukhtar, 1980).
O reino de Axum se localizava na actual Etiópia. Segundo a lenda, esse reino teria
sido fundado por Menelik, filho do rei Salomão com a rainha de Sabá (o que nos remete à
história contada no Livro dos Reis, no Antigo Testamento. Apesar de tal lenda não ter ainda
nenhum fundamento comprovado, manteve-se por muitos séculos) (Mukhtar, 1980).
A cidade de Axum se localizava às margens do rio Atbara. Sua população era formada
por povos locais (a Etiópia é considerada um dos mais antigos berços da humanidade) e por
migrantes vindos da Arábia antes do século 6 a.C. (idem, 1980).
A história do reino de Axum está relacionada à das civilizações que se desenvolveram
na África, abaixo do Egito. Isto é, nas antigas regiões da Núbia e da Etiópia. Os vestígios
deste reino datam do século V a.C., mas seu apogeu se deu por volta de meados do século IV
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d.C., quando os axumitas (nome que designa os habitantes de Axum) levarem o reino Kush,
seu rival, à ruína (idem, 1980).
Com o vasto território conquistado, o reino de Axum passou a dominar todas as rotas
de comércio que passavam pelo sul da Península Arábica e pela Arábia meridional, pela
região da Núbia e da Etiópia, que atravessavam o Mar Vermelho. Conseguiu também terras
férteis que possibilitaram a agricultura e a pastagem de alguns bovinos. Para administrar e
controlar o fluxo comercial desta região, o reino de Axum cunhou sua própria moeda também,
chegando a estabelecer trocas comerciais com a Índia e a China.
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3 Considerações Finais
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4 Referências Bibliográficas
MOKHTAR, G. (Coord) (1980). História geral de África. África antiga. Volume II;
Ática/UNESCO; Brasil.
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