Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Rovuma
Nampula
2021
2
i
Atumane Suleimana
Universidade Rovuma
Nampula
2021
ii
ÍNDICE
Índice de Tabelas.....................................................................................................................iv
Declaração.................................................................................................................................v
Dedicatória...............................................................................................................................vi
Agradecimento........................................................................................................................vii
Lista de Abreviaturas............................................................................................................viii
Resumo......................................................................................................................................ix
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.............................................................................................10
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................40
APÊNDICE..............................................................................................................................42
Índice de Tabelas
Declaração
vi
Dedicatória
vii
Agradecimento
viii
Lista de Abreviaturas
AP – Avaliação Parcial
AS – Avaliação Sistemática
DAP – Director Adjunto Pedagógico
DE – Director da Escola
ES – Escola Secundária
ESN – Escola Secundária de Nametili
PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem
PP – Práticas Pedagógicas
ix
Resumo
A presente pesquisa com o tema: O Insucesso Escolar no Ensino de Matemática: Um estudo de caso
sobre as dificuldades na resolução de testes provinciais na Escola Secundária de Nametili (2018 –
2019);com vista na obtenção do grau de licenciatura em ensino de Matemática, fez um estudo
exploratório apoiando-se ao método observacional, especificamente com os alunos da 9ª classe,
objectivado a conhecer as causas do insucesso escolar registado nos resultados de testes de carácter
provincial na disciplina de Matemática. A problemática do (in)sucesso escolar em Moçambique tem
ocupado há vários anos políticos e pedagogos que querem conhecer as suas causas, os factores que
concorrem para esse fenómeno e as formas de o combater. Assume duas formas principais: a
reprovação e o abandono escolar. Também os alunos com dificuldades de aprendizagem apresentam
alguns indicadores que podem indiciar o insucesso escolar. Na Escola Secundária de Nametili são
leccionados o 1º e 2º ciclos do ensino secundário geral (8ª à 12ª classes) e a problemática do insucesso
escolar é notória com maior visibilidade à quando da realização das provas de carácter provincial, daí
que seja pertinente esta pesquisa como forma de conhecer as suas causas para se intervir no
melhoramento do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA), em particular da disciplina de
Matemática.
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
Entretanto, o papel da escola deve ser o de ofertar aos alunos a oportunidade de aliar o
conhecimento prático ao conhecimento teórico de forma crítica e transformadora do meio em
que vive, garantindo assim melhorias à sua condição social.
É olhando na problemática do insucesso escolar que surge a presente pesquisa com vista a
explorar as causas do número elevado de resultados insatisfatórios nos testes de carácter
provincial na disciplina de Matemática, na Escola Secundária de Nametili (ESN), em
particular na 9ª classe do curso diurno.
Para melhor compreensão do presente trabalho este, está estruturado em cinco (5) Capítulos
onde: no Capítulo I, estão enquadradas os seguintes itens: delimitação do tema de pesquisa, a
justificativa da pesquisa, a problematização, os objectivos gerais e específicos a alcançar no
final da pesquisa, e a relevância da pesquisa; no Capítulo II tem-se a Fundamentação Teórica;
Capítulo III alberga aspectos ligados com os Procedimentos Metodológicos; Capitulo IV,
consta a apresentação, análise e interpretação de dados, seguido do capítulo V onde estão as
conclusões e recomendações.
11
O presente estudo científico foi desenvolvido com o seguinte tema: O Insucesso Escolar no
Ensino de Matemática: Um estudo de caso sobre as dificuldades na resolução de testes
provinciais na Escola Secundária de Nametili (2018 – 2019).
A escola lecciona o ensino secundário, sendo no 1º ciclo (8ª a 10ª classes) e o 2º ciclo (11ª a
12ª classes). De referir que as aulas decorrem em dois turnos, diurno e nocturno.
Este estudo teve o seu começo, após a descoberta do problema, em Junho de 2018, à quando
da realização das Práticas Pedagógicas pelo autor e teve o seu término em Fevereiro de 2021
com a redacção e supervisão do presente relatório de pesquisa – monografia para obtenção do
grau de Licenciatura em Ensino de Matemática pela Universidade Rovuma.
Neste contexto o tema passou a sofrer a seguinte delimitação espaço temporal: O Insucesso
Escolar no Ensino de Matemática: Um estudo de caso sobre as dificuldades na resolução
de testes provinciais na Escola Secundária de Nametili (2018 – 2019).
pelos professores internos, neste caso, testes sistemáticos (Avaliações Sistemáticas – AS), os
dados indicam resultados positivos contrastando, deste modo, com as Avaliações Parciais
(AP) elaboradas a nível provincial.
Assim, o facto de o aluno estar numa situação de insucesso pode ter origem em vários
factores, que podem ser inerentes ao próprio aluno e ao seu ambiente social, quer ao nível da
escola e do sistema educativo. Como tal, deve-se compreender que o insucesso não é um
infortúnio e que os alunos não estão predestinados a ser bons ou maus alunos, uma vez que tal
situação depende também do funcionamento da escola e da interacção com o meio social e a
especificidade de cada aluno.
A escola tem por objectivo preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel da escola
transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes quantidades
de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se, assim,
cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus
conhecimentos ao longo da vida.
É olhando no sucesso escolar dos alunos que se desenvolve o presente estudo exploratório
com vista a responder a seguinte questão de pesquisa: quais as causas que concorrem para o
elevado índice de insucesso escolar em testes de carácter provincial da disciplina de
Matemática na Escola Secundária de Nametili?
Este estudo teve o seu começo, após a descoberta do problema, em Junho de 2018, à quando
da realização das Práticas Pedagógicas (PP) pelo autor. Experiências vividas pelo autor no
processo da realização das PP onde trabalhou com os alunos da turma A da 9ª classe, a
quando da realização dos testes provinciais, os resultados começaram a suscitar aspectos da
problemática abordada nesta investigação.
13
Para ROSÁRIO (2004), “aprender a aprender” deve ser entendido como o esforço educativo
que devolve ao aluno a responsabilidade pelo seu agir educativo trazendo, ao mesmo tempo,
14
As abordagens ao insucesso na Matemática têm-se pautado, quer pelo registo emocional quer
por um registo mais crítico e prescritivo, ambos, no entanto, desancorados em racionais
teóricos sólidos que permitam discutir para além do factual, apontando caminhos
palmilháveis.
A presente pesquisa procura encontrar as causas decorrentes aos baixos resultados alcançados
a quando da realização dos testes de carácter provinciais na disciplina de Matemática dai que
procurou responder as seguintes questões de pesquisa:
Actualmente só existe a preocupação com o insucesso escolar, porque o ideal para todos é o
sucesso escolar, pois todos os alunos passam por momentos de insucesso enquanto não
alcançam os objectivos definidos. Como tal, o insucesso não passa de um estado transitório e
circunscrito ao tipo de aprendizagem que se ambiciona (Crahay, 1996).
“Abrange percepções diferentes conforme seja utilizado pelos pais, pelos professores
ou pelos alunos. […] Para alguns, trata-se do insucesso dos alunos em dominar os
mecanismos das aprendizagens escolares considerados fundamentais. […] Para outros,
designa o insucesso da escola ou dos professores em conduzir os alunos à aquisição de
processos cognitivos indispensáveis aquisição do saber” (Montagner, 1996, p. 7).
Olhando estas duas citações dá para perceber que podemos tecer diferentes formas de dar
definição do que deve ser o insucesso escolar. Mas pode-se partir do pressuposto que
insucesso é a acção de fracassar (não ser bem sucedido) em um certo objectivo.
Assim, o facto de o aluno estar numa situação de insucesso pode ter origem em vários
factores, que podem ser inerentes ao próprio aluno e ao seu ambiente social, quer ao nível da
escola e do sistema educativo. Como tal, deve-se compreender que o insucesso não é um
infortúnio e que os alunos não estão predestinados a ser bons ou maus alunos, uma vez que tal
situação depende também do funcionamento da escola e da interacção com o meio social e a
especificidade de cada aluno. A selecção ou inclusão dos alunos na escola pode originar o
sucesso ou insucesso escolar(Ausubel, 1978)(Sil, 2004).
Já para Jamati (1974, citado por Rangel, 1994), a noção de insucesso é relativa, uma vez que
só faz sentido numa instituição escolar e num determinado momento dessa instituição, pois
diz respeito aos objectivos da escola, representados num programa e numa progressão de
níveis, não podendo rotular o aluno permanentemente de um ser incapaz de atingir o sucesso.
Assim, (Simões, 2006), considera que quando um elevado número de alunos atingem os
objectivos propostos pela escola, estamos perante uma situação de sucesso. Porém, não é
suficiente afirmar que se houver um elevado número de alunos com negativa na disciplina de
matemática é insucesso, pois também se tem de incluir os alunos que abandonam o seu
percurso escolar.
A educação deve e tem de levar o aluno a interiorizar o sucesso e não o insucesso, para tal
terá de se deixar de utilizar processos e métodos de avaliação, como conteúdos de matérias
despersonalizados e fora do contexto da colectividade vivenciada pelo aluno. A avaliação
deve contemplar vários graus de desempenho e não estar focada apenas na perspectiva da
eficiência e do rendimento. Quando um aluno é descrito como um aluno com insucesso, ele
interioriza que falhou, o que mais tarde se poderá reflectir a nível da sua auto-afirmação. As
dificuldades de aprendizagem dos alunos podem ter como origem o desinteresse, o
pessimismo, a hiperactividade, o facto de os programas estarem desajustados, as avaliações
serem subvalorizadas, o negativismo e uma certa inércia perante as actividades, entre outras.
Um aluno com insucesso escolar interioriza um sentimento de frustração que se vai repercutir
nas suas relações com o professor, a família e amigos e que conduzem à sua auto-
desvalorização e auto-subestimação. (Fonseca, 1999).
Se o aluno observa que o professor é competente e esforçado e mesmo assim não consegue
aprender, pode interiorizar que seja portador de alguma deficiência a nível cognitivo
(Montagner, 1996). Porém, estas dificuldades do aluno podem estar associadas à sua vivência
enquanto criança, ou serem consequência da rigidez da instituição escolar que não tem em
conta o indivíduo, como se todos os alunos pudessem ser iguais. Apercebendo-se das
diferenças, grande parte dos professores, dedicam muito tempo e esforço para adaptar o seu
saber-ser e o seu saber-fazer aos diferentes alunos para que estes possam superar as suas
dificuldades, respeitando os ritmos individuais.
Outro dos factores que pode levar ao insucesso é a indisciplina e os comportamentos violentos
ou agressivos revelados pelos alunos, pois encontrando-se o insucesso muitas vezes
relacionado com a exclusão social e com o risco de abandono escolar, muitos professores
estabelecem a relação entre a falta de motivação e dedicação nas tarefas escolares dos alunos
com o insucesso escolar. Os sintomas de insucesso são normalmente reveladores de uma
situação passageira, quando o aluno mostra sofrimento e descontentamento pelo seu baixo
rendimento, quando manifesta sintomas deprimentes mas tenta ultrapassar a situação, solicita
ajuda e demonstra vontade em ultrapassar a situação, assim como demonstra que o seu
rendimento sofre altas e baixas (Muñiz, 1990).
mais do nível médio do grupo turma, em relação ao rendimento escolar, originando uma
inibição em relação aos objectivos escolares. Para que os alunos atinjam o sucesso escolar é
necessário que tenham vontade de aprender e sintam essa necessidade, ou seja, devem estar
motivados para a aprendizagem. Para que isto aconteça, os alunos têm de estar inseridos num
meio familiar que os incentive, um ambiente escolar que os estimule e atraia e ter à sua
disposição meios culturais e literários (Marujo, Neto & Perloiro, 1999).
Para fazer frente a este problema na escola, tanto professores como alunos devem respeitar-se
e ajudarem-se reciprocamente, ultrapassando incompatibilidades, de modo a superarem os
20
problemas sociais com que são confrontados. Neste sentido, o professor deve ajudar o aluno a
superar as suas dificuldades de aprendizagem e fazendo-os interiorizar de que o sucesso é
uma meta possível para todos, transformando assim o aluno num futuro homem autónomo,
independente e pensador. Assim, cabe à escola a pesquisa de métodos para atingir o sucesso
na aprendizagem, independentemente das capacidades dos alunos. Quando um aluno aprende,
valoriza-se socialmente, ganha maturidade, respeito e auto-confiança (Shunck, 1982;
Zimmerman, 1989).
Existem várias possibilidades do professor tentar combater o insucesso escolar, entre elas, a
utilização de um ensino individualizado adaptado às necessidades de cada aluno, a não
utilização sistemática de métodos expositivos, possibilitando as interacções entre professor-
aluno, professor-grupo, aluno-grupo e aluno-professor e aproveitar os meios audiovisuais que
tanto motivam os alunos. Para Crahay (1996), cabe ao professor o papel de incentivar o aluno
para que este passe do não domínio dos objectivos para o domínio dos mesmos. Para que isto
aconteça, o professor deve dar a conhecer aos seus alunos os objectivos e critérios de
avaliação.
A escola não existe porque existem professores, mas sim porque há alunos que deles
necessitam para aprender. Na inter-ligação entre ensino-aprendizagem, o professor que ensina
tem como objectivo a aprendizagem por parte do aluno, não dando lugar ao insucesso escolar.
Neste contexto, “A escola é o instrumento e o espaço que as sociedades culturalmente
complexas encontraram para proporcionar a educação. A escola é, então, um instrumento de
cultura e o professor um agente cultural” (Marques, 2001, p.18).
21
Não é novidade que existem alunos com dificuldades de aprendizagem, que podem ter origem
nas mais variadas razões, económicas, sociais, familiares, ou mesmo inerentes à própria
organização do sistema escolar. Identificar e objectivar estas razões é procurar a solução para
tal problema. Porém a resolução deste problema não poderá passar pelo facilitismo dos níveis
de exigência nem dos critérios de avaliação, que é o que muitas vezes acontece através de
medidas administrativas que querem generalizar a progressão do aluno com o intuito de
ocultar o insucesso, independentemente de o aluno ter ou não atingido os objectivos
propostos.
O mesmo autor considera, a este propósito, que cabe os professores inverter o insucesso
transformando-o em sucesso, sendo para isso fundamental que mostrem confiança nas
capacidades dos alunos e provoquem um clima de empatia dentro e fora da sala de aula. Para
além destes factores, o professor deverá dominar as matérias leccionadas, ser um bom
comunicador e possuir conhecimento profundo da planificação e avaliação. O facto de o aluno
aprender ou não, não lhe é indiferente, sabendo que isto depende da sua maneira de ensinar.
Para ele, todos os alunos são competentes e aptos, por isso, entusiasma sempre os alunos a
continuarem, incutindo-lhes confiança e optimismo, levando-os a ultrapassar as dificuldades.
Abreu, Roldão e Costa (2004) referem que a matemática foi considerada durante muitos anos
como uma ciência exacta, de verdades absolutas e afastada das dificuldades e valores da
humanidade. Porém, este entendimento tem sido posto em causa por filósofos e matemáticos,
alegando que é uma disciplina em expansão e evolução de uma forma contínua, tal como
qualquer outra ciência. Os professores devem escolher e inovar as propostas de trabalho para
proporcionar experiências e situações de aprendizagem que atraiam o interessem dos alunos,
promovendo a argumentação e a tomada de decisões relativamente aos processos a seguir
desenvolvendo aptidões e competências, treinando-os para superar novas situações que se lhes
deparem. “O sucesso faz hoje parte do nosso vocabulário corrente, tanto quanto das nossas
aspirações. Vivemos do sucesso e para o sucesso” (Marujo, Neto e Perloiro, 1999, p.9). O
sucesso está relacionado com a vontade de aprender, de descobrir, de pesquisar e sentir
satisfação em progredir para se sentir realizado enquanto pessoa que acredita em si e nas suas
capacidades.
actividades lectivas, a aplicação dos materiais escolares, assim como a própria formação. No
entanto refere também que a nível da escola existem factores que afectam este sucesso, tais
como a disposição física da sala de aula, a variedade de currículos, o horário escolar, as
escalas de classificações, a existência de psicólogo, a quantidade de alunos por turma, o tipo
de alimentação, a formação dos auxiliares educativos, a qualidade da gestão escolar e o meio
de transporte utilizado de e para a escola, entre outros.
Um dos papéis mais importantes dos pais prende-se com o dever de motivar, incentivar e
apoiar os filhos para que estes aprendam a aprender e interiorizem a aprendizagem como um
processo e não como um produto. Não se deve valorizar demasiado as notas obtidas pelos
alunos, valorizando sim o esforço despendido por estes. Os educadores devem ter em linha de
conta as verdadeiras capacidades dos alunos, como tal devem incentivá-los a serem cada vez
mais habilitados nas diferentes áreas do saber e não os deixar cair na preguiça e no desleixo,
devendo existir uma relação próxima entre a escola e a família, para um ajustar de
procedimentos e partilha de informações com vista ao desenvolvimento do aluno.
Para Fontes (s/d), o aluno pode incorrer numa situação de insucesso quando os pais são
demasiado autoritários, existem conflitos familiares, provêm de um estrato social baixo e
quando os pais se demitem da sua função de educadores. O afastamento dos pais em relação à
educação dos filhos e à escola, muitas vezes justificado por falta de tempo e compromissos
profissionais, leva-os a exigir da escola a máxima competência de modo a não terem qualquer
preocupação. Todos estes factores podem provocar no aluno atitudes indisciplinadas e
conflituosas.
Para Sil (2004), as famílias com um nível cultural baixo, proveniente de uma diminuta
escolaridade, assim como as baixas expectativas dos pais relativamente à escola devido a
repetidos insucessos dos seus filhos, são entendidos pelos professores como factores de
insucesso dos alunos. Benavente e Correia (1980, citados por Sil, 2004), são de opinião que os
professores atribuem o insucesso às diminutas condições sociais, económicas e culturais ao
meio em que o aluno está inserido. Já na opinião de Fonseca (1999), a atenção, o estímulo e o
incentivo que os pais dão aos seus filhos são fulcrais para a adaptação social e para os
resultados escolares dos alunos. Para tal, a escola tem proceder a acções de esclarecimento,
aconselhamento aos pais e provocar uma maior integração e participação na vida escolar. As
23
famílias dos alunos com insucesso escolar, consideram-nos preguiçosos, com falta de
concentração, confusos, desatentos, sem interesse nem responsabilidade (Muñiz, 1990).
Se o aluno é proveniente de um meio social que não mostra qualquer interesse nas
aprendizagens escolares, não faz sentido falar de insucesso, já que a escola se encontra fora
dos padrões da comunidade em que ele está inserido. Os pais muito exigentes e rigorosos, que
impõem aos seus filhos um excelente aproveitamento, nunca estão contentes com os
resultados, exigindo sempre mais e melhor, muitas vezes transpõem as suas ambições
pessoais, não alcançadas, para os seus filhos esquecendo-se que os seus filhos são seres com
vontades e aspirações próprias.
Alguns autores consideram que todo o indivíduo nasce matemático, se não entende a
matemática, é porque a mesma não lhe foi bem explicada. Referem ainda que o insucesso dos
alunos nesta disciplina é desculpabilizado pelas famílias alegando ser um factor hereditário.
Os pais devem-se envolver na educação dos seus filhos, sendo um direito, uma
responsabilidade e um valor. Estes são o maior apoio que os professores têm para ajudar os
alunos a atingir o sucesso. Os pais devem fazer entender aos seus filhos que os trabalhos de
casa servem para consolidar as matérias dadas, fazer-lhes ver que o estudo é fundamental para
as suas vidas, dando-lhes orientação e solução para questões e problemas que possam surgir,
de modo a que o aluno entenda o que lhe é solicitado (Baruk, 1996); Marujo, Neto & Perloiro,
1999).
Referem ainda que o apoio que os pais podem dar aos filhos, independentemente da sua
escolaridade, passa pelo interesse pela vida escolar, demonstrem que crêem nas suas
capacidades, contactem frequentemente a escola, proporcionem-lhes um bom ambiente de
estudo, ajudá-los a encontrar estratégias de estudo, recompensando-os e elogiando-os pelo
esforço, lhes garantam estabilidade emocional, os motivem para aprenderem, os estimulem
para a leitura, lhes disponibilizem todo o tempo possível, para estarem com eles e em caso de
insucesso ajudá-los a superar os seus medos e anseios.
Para Fenouillet e Lieury (1997), os pais devem motivar os filhos positivamente para o
desempenho escolar, motivação essa que também pode ser feita através da recompensa, que
não deverá ser exagerada, mas sim apropriada ao nível escolar e dificuldade ultrapassada. A
propósito dos factores, a nível da família, que influenciam o sucesso na matemática dos
alunos, Simões (2006), refere que estão inter-ligados com a quantidade de elementos que
24
Simões (2006), refere que o ambiente familiar do aluno pode não ser favorável ao sucesso na
disciplina de matemática, uma vez que a família é o alicerce da educação de um aluno e a
escola não pode chegar e transformar a família. Existem factores familiares específicos que
podem induzir o aluno em insucesso, tais como a escolaridade dos pais, as baixas expectativas
que estes têm em relação aos seus filhos, o pouco diálogo, o tempo despendido a ver televisão
e a qualidade dos programas vistos e o género de leitura que é feito.
Para Cury (2005), os pais devem incentivar os filhos a ter objectivos, a alcançar sucesso no
estudo, no trabalho e nas relações sociais. Mas, para além disso, devem-nos orientar a não
recearem o insucesso, pois na caminhada para alcançarem o sucesso vão-se deparar com
fracassos/ insucessos que vão ter de superar, o que não significa que não tenham capacidades.
Devem ainda mentalizá-los de que não podem desistir face às contrariedades e insucessos que
lhes vão surgindo ao longo da vida escolar, devendo ser persistentes nos seus estudos.
25
Este tipo de estudo é desenvolvido com objectivo de proporcionar visão geral, de tipos
aproximativos a cerca de determinados factos. Este tipo de pesquisa não é imperiosa aos
procedimentos de amostragem e técnica quantitativa de colecta de dados.
Para o ambiente em que foram colectados os dados, bem como as formas de controlo das
variáveis envolvidas (procedimentos da pesquisa), a presente pesquisa foi um estudo de caso.
Para Ponte (2006) um estudo de caso visa conhecer uma entidade bem definida como uma
pessoa, uma instituição, um curso, uma disciplina, um sistema educativo, uma política ou
qualquer outra unidade social. O seu objectivo é compreender em profundidade o “como” e os
“porquês” dessa entidade, evidenciando a sua identidade e características próprias,
nomeadamente nos aspectos que interessam ao pesquisador. Como se trata de estudo de caso,
as conclusões não poderão ser generalizadas, mas poderão levar-nos a uma melhor
compreensão de uma realidade e suscitar investigações futuras.
De acordo com YIN citado por GIL (2008:58) o estudo de caso “é um estudo empírico que
investiga um fenómeno actual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre
o fenómeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes
de evidência”.
De acordo com GIL (2008:10) o método indutivo “é um método que parte do particular e
coloca a generalização como um produto posterior do trabalho de colecta de dados
particulares”, e “a generalização não deve ser buscada aprioristicamente, mas constatada a
partir da observação de casos concretos suficientemente confirmados dessa realidade”.
Tendo em vista aos procedimentos metódicos do tratamento dos dados ou colecta dos dados
(métodos que indicam os meios técnicos da investigação), destacou-se o método
observacional.
27
Esta técnica facilitou o rápido acesso aos dados sobre a problemática em pesquisa
possibilitando o acesso a informações que os alunos consideravam de domínio particular e
captar as palavras de esclarecimento que acompanharam o comportamento dos observados ao
longo das pesquisas realizadas ao longo do estudo.
A nossa amostra foi constituída por100 alunos, dos quais 50 rapazes e 50 raparigas, sendo
escolhidos ou seleccionados aleatoriamente num universo de 455 alunos que integravam as
sete turmas da 9ª classe do curso diurno do ano lectivo de 2019 da escola em referência.
Para além dos alunos, foram inqueridos 2 professores da disciplina de Matemática que
leccionam a 9ª classe, o Director da Escola (DE) e o DAP do 1º ciclo.
A escolha destes alunos foi numa forma aleatória para permitir que fossem abrangidos o
maior número de características duma forma probabilística.
28
Como mencionado anteriormente, a pesquisa teve lugar na ESN e trabalhou-se com 100
alunos da 9ª classe, 2 professores da disciplina de Matemática que leccionam a classe em
estudo (P1 e P2), o DE e o DAP do 1º ciclo da escola.
De salientar que os estudos sobre o (in) sucesso escolar podem incidir em vários eixos, entre
eles:
O insucesso escolar como um problema extra-escolar, ligado ao processo cognitivo dos
próprios alunos e da família. Nesta perspectiva estuda-se a relação entre o sucesso e a
condição social do aluno, induzindo nalguns casos, professores a uma expectativa excludente
sobre o aluno em situação de pobreza;
O insucesso escolar como um problema decorrente das técnicas metodológicas de ensino
usadas pelo professor, presumivelmente não adequadas aos alunos. O baixo rendimento do
aluno é apontado como resultado da ineficácia do professor ou do fraco domínio de conteúdos
temáticos. Intervêm, por exemplo, factores como a localização geográfica da comunidade
onde está inserido o estabelecimento de ensino;
O fracasso escolar como um problema causado pelas políticas de ensino e da gestão
institucional, que contribuem para a baixa qualidade de ensino.
Para o presente estudo, o estudo sobre o insucesso registado, irá se focar nos dois primeiros
eixos, como um problema extra-escolar e decorrente das técnicas metodológicas de ensino
usadas pelos professores e o seu impacto no aprendizado dos alunos.
Em relação ao insucesso escolar, no que concerne à sua noção, todos os participantes são
unânimes em considerar o insucesso do aluno quando este não consegue atingir os objectivos/
competências propostas para uma determinada disciplina, tendo referido que “é quando os
alunos não conseguem atingir os objectivos mínimos, propostos à disciplina” (P1, P2, DE,
DAP), referem ainda a reprovação como consequência do insucesso “é o mesmo que falar em
29
reprovação (…) assim há um grande insucesso escolar quando as reprovações abundam” (P2)
e um professor afirma ainda que para além das competências há a considerar também os
objectivos da escola “incapacidade de uma criança atingir as competências de cada disciplina
e os objectivos da escola (P1).
Relativamente às razões do insucesso, O um dos professores considerou que este surge como
reflexo da falta de trabalho e empenho, “derivado à falta de trabalho, empenho” (P1), e o
outro professor considerou como razões, os pré-requisitos insuficientes, “falta de bases” (P2).
Começou-se por procurar perceber a relação que o meio socioeconómico e cultural dos pais
e encarregados de educação tinham com o sucesso/insucesso dos seus educandos. Neste
âmbito, os entrevistados concluíram que este factor confluía com o insucesso escolar, uma vez
que maior parte destes pais são analfabetos que preocupam-se muito com o dia-a-dia da
família, tais como, levar os adolescentes a pastorícia e produção de alimentos e produtos
agrícolas comercializáveis tais como a castanha de caju.
30
Estas acções culminam com o desprendimento de poucos recursos, tanto material assim como,
questão tempo para a efectiva dedicação nos assuntos escolares.
Quando foram questionados a sua opinião sobre o nível de preparação dos pais e
encarregados de educação para dar acompanhamento satisfatório dos seus educandos,
estes foram unânimes em afirmar que não estavam mas tinha que tinham que “apostar nesse
contexto para o bem-estar dos seus filhos” (DE).
esta disciplina, tendo uma ideia pré-concebida de que é uma disciplina difícil, e a falta de
perspectivas a nível escolar, são também causas de insucesso relacionadas com os discentes.
No que toca ao papel da escola, a maioria refere que a escola onde se encontram tem feito
bastante para que os alunos obtenham sucesso a todas as disciplinas, desde o plano de acção
da matemática e as aulas coadjuvadas às aulas de apoio pedagógico acrescido, “apoio aos
alunos” (DE e DAP) e a realização de exercícios propostos pelos professores de matemática
no estudo acompanhado, “estudo acompanhado trabalham-se frequentemente diversos
exercícios e fichas de trabalho da disciplina” (P1 e P2).
Quanto ao papel dos alunos, quanto ao sucesso ou insucesso escolar, verificou-se que a
percepção dos discentes sobre as causas de sucesso/insucesso é que estas estão associadas ao
seu próprio empenho e trabalho individual e, consequentemente, as principais formas para
combater o insucesso na disciplina de Matemática também lhe estão imputadas, destacando a
seu trabalho individual e a sua atenção, concentração e comportamento na sala de aula.
Em relação aos factores socioeconómicos, as opiniões são unânimes quando referem que o
sucesso está interligado com o estrato social dos alunos, “quanto mais baixo é o nível
socioeconómico dos pais, mais os seus filhos apresentam insucesso escolar”, “não os podem
ajudar, que não sabem” e um sujeito menciona ainda a falta de métodos de trabalho e pouca
autonomia, “falta de métodos de trabalho, agravados pela sua fraca auto-estima e pouca
expectativa em relação à escola” (P2).
32
Nesta questão, verificou-se que quase mais que a metade dos alunos escolheram as opções G,
A, B, E e H, referente a dificuldades de aprendizagem e resolução dos exercícios, falta de
conhecimentos em Matemática, falta de empenho e atenção no PEA, falta de estudo em casa e
apresentação de comportamentos desajustados e indisciplina por parte dos alunos,
respectivamente. A tabela a seguir mostra como variaram as respostas.
Quantidade Percentagem
Nesta questão notou-se que os alunos reconhecem na sua totalidade que a causa do seu
insucesso esteja relacionada com eles mesmos. Pois verificou-se que todos afirmam ser como
causa a falta de empenho e atenção no PEA (100%), seguido pela categoria D (não realização
de trabalho individual com 99%. A tabela 3 indica o nível de indicação das causas por pate
dos alunos.
Quantidade Percentagem
professores
H: Apresentação de comportamentos desajustados e
65 65%
indisciplina por parte dos alunos
I: Políticas educativas inadequadas tendo em conta o
10 10%
meio socioeconómico e cultural dos alunos
J: Falta de materiais didácticos de apoio 49 49%
Fonte: O autor.
Inicialmente, não se pode esquecer que existe uma crise da escola em geral, destacando-se o
desinteresse dos discentes pela escola, uma relação cada vez mais difícil entre a escola e a
família e a degradação da imagem da escola numa sociedade também em crise. Deste modo,
as condicionantes dos problemas do ensino em geral contribuem, em simultâneo, para as
dificuldades na aprendizagem de Matemática, que além disso tem os seus obstáculos
específicos. (Ponte, 2002b).
Os professores queixam-se que os alunos não aprendem, que não andam motivados, que não
são capazes de cumprir os objectivos programáticos ou que não possuem bases
correspondentes ao ano escolar que frequentam.
conceito e alguns defendem que algumas etapas sejam passadas à frente, o que não faz
sentido. (idem) Assim, segundo Crato (2006, p. 98) “Com o combate à memorização e à
mecanização produz-se precisamente o contrário do que se diz pretender”.
Para os professores um dos factores de insucesso é a imagem negativa que a sociedade tem da
disciplina. Além disso, referiram também que é a falta de motivação, interesse e empenho, a
ausência de métodos e hábitos de estudo, as dificuldades de aprendizagem, a falta de pré-
requisitos, indisciplina e a falta de concentração nas aulas por parte dos alunos que levam ao
insucesso. Os docentes mencionaram ainda algumas causas relacionadas com a própria classe,
destacando que alguns professores têm práticas pedagógicas desajustadas e outros têm falta de
vocação. Ao nível do sistema de ensino, também foi referido o facto de as turmas terem um
elevado número de alunos heterogéneos, a falta de materiais e os programas extensos. De
referir ainda que o fraco apoio e envolvimento dos pais nas tarefas dos seus filhos levam aos
fracos resultados obtidos na disciplina.
Salienta-se ainda que, Almeida (1991, p. 39) conclui que os professores referem que é comum
“a presença de alunos que se alheiam totalmente de toda e qualquer actividade matemática
desenvolvida” na sala de aula. Ainda nesta linha de pensamento Chagas (2003, p. 244) afirma
que “Talvez dos problemas mais corriqueiros que o professor enfrenta em sala de aula, o mais
difícil de solucionar seja o da falta de motivação dos alunos”.
Na óptica de Ponte (1994, p. 3) “[…] as concepções que os alunos formam acerca do que é a
Matemática e como se estuda esta disciplina constituem-se também como grandes barreiras à
aprendizagem”.
Por sua vez, os alunos geralmente apontam o elevado grau de dificuldade da disciplina de
Matemática, o facto de as aulas serem desinteressantes, dos professores não explicarem a
matéria correctamente e destes utilizarem uma linguagem complexa e métodos desadequados,
a dificuldade na leitura e interpretação dos símbolos e de não perceberem a aplicabilidade da
disciplina nem por que razões a precisam estudar como factores que levam ao insucesso.
Alguns alunos interiorizam que são incapazes de atingir as competências essenciais na
disciplina de Matemática.
Neste sentido, Oliveira (1996, p. 194) refere que “Na disciplina de Matemática, quando os
alunos podem ter uma grande experiência de insucesso, é bastante plausível que os alunos
36
Num estudo realizado por Leandro (2006), os discentes destacam a ausência de trabalho
individual, a falta de atenção, de capacidades, de interesse e o mau comportamento na sala de
aula como as causas do insucesso a Matemática.
O insucesso em Matemática resulta também da forma como tem sido realizada a formação
dos docentes e o seu recrutamento. Muitos docentes leccionam a disciplina sem terem
qualquer formação superior em Matemática e sem formação pedagógica. Além disso, os
cursos de formação inicial de professores de Matemática nem sempre estiveram sujeitos a
creditação e alguns não realizam uma preparação e formação de qualidade dos docentes.
Outra questão preocupante é o facto dos professores do 1º ciclo do ensino básico acederem
aos cursos sem preparação em Matemática.
O insucesso desta disciplina resulta também dos currículos, que exigem um nível de
abstracção precoce, não relacionam os diferentes tópicos entre si e privilegiam a quantidade
de assuntos estudados em relação à qualidade.
Por sua vez, os professores apontam como factores de insucesso na disciplina de Matemática
os seguintes: factores internos aos alunos como as suas motivações, bagagem de
conhecimentos, aptidões e atitudes, e também factores de índole curricular como o conteúdo,
a extensão e a adequabilidade dos “curricula” e factores inerentes à sala de aula como
aspectos físicos do espaço (adequação dos espaços às diversas actividades em vista) e
características da(s) metodologia(s) de ensino usadas.
38
Olhando aquilo que foram os pressupostos levantados pelos nossos inqueridos, chegou-se a
conclusão que as principais razões para o actual insucesso na disciplina de Matemática, na
ESN, para além, da desmotivação e a falta de bases matemáticas, apontaram como causas de
insucesso, o reduzido número de horas de aula, a indisciplina e os aspectos de natureza social.
Um em cada cem dos inquiridos, indicou a “má preparação dos docentes” como a principal
causa do insucesso dos alunos do Secundário em Matemática e, igualmente, uma parte dos
professores apontou as “lacunas na avaliação” como a causa responsável pelo insucesso nesta
disciplina. Para além destes alegados motivos de insucesso escolar na Matemática, os
professores inqueridos invocam, ainda, a extensão e má estruturação dos Programas e a falta
de hábitos de trabalho dos alunos.
Às razões anteriormente citadas, sem que a ordem implique qualquer grau de importância,
outras podem ser acrescentadas: a baixa motivação dos professores para a prática do ensino; a
inadequada formação científica dos docentes; a falta de investimento na sua formação
contínua; a falta de estabelecimento de conexões entre os conteúdos e a vida socioeconómico
e cultural dos alunos; a falta de ligação entre os professores do grupo da disciplina; a
inabilidade dos professores para explicar a matéria; a ideia de que a Matemática é uma
disciplina difícil; a não percepção, por parte dos alunos, da utilidade do conhecimento
matemático; a falta de apoio por parte dos pais; o contexto sócio-cultural do aluno.
39
Para os professores, eles devem utilizar materiais diversificados, dar aulas dinâmicas,
encontrar as principais dificuldades da turma a que lecciona para conseguir que estas sejam
superadas, motivar e cativar os alunos, elogiando e mostrando-lhe que são capazes, e
implementar algumas tarefas. Devem também apostar na sua formação científica e
pedagógica, inicial e contínua, relacionar os diferentes conteúdos entre si e a outras áreas do
saber.
Para os alunos, é essencial o trabalho individual, dentro e fora da sala de aula, o empenho, a
persistência, a dedicação e a predisposição para aprender. Além disso, os docentes afirmam
que é importante que os discentes percebam que a Matemática é uma disciplina com aplicação
e continuidade e para a qual é necessária força de vontade para descobrir e conjecturar, tirar as
dúvidas sempre que surjam e estudar.
40
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Álves, J. M., & Leite, M. (2005). Como ajudar o seu filho a ser bom aluno: sucesso na
escola. Um guia para os pais. Porto: Edições Asa.
Fenouillet, F., & Lieury, A. (1997). Motivação e sucesso escolar. Lisboa: Editorial Presença.
APÊNDICE
1 Identificação do entrevistado
Sexo: _____
Tempo de serviço: ______ anos
Situação profissional: __________________________________________________
Nível de formação: ______________________________________________________
C. Ausência de acompanhamento dos estudos dos alunos por parte dos Pais e
Encarregados de Educação;
F. Assiduidade;
G. Interesse;
45
H. Trabalho individual;
I. Conhecimentos matemáticos.
C. Ausência de acompanhamento dos estudos dos alunos por parte dos Pais e
Encarregados de Educação;