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Merson Daniel Fernando

Uso de Unidades de Medida do Sistema internacional na 8ª classe. Caso de Estudo da


Escola Secundaria Geral de Mopeia.

Licenciatura em ensino de Física com Habilitações em ensino de Matemática

1
Universidade Pedagógica
Quelimane
2018

2
Merson Daniel Fernando

Uso de Unidades de Medida do Sistema Internacional na 8ª classe. Caso específico da


Escola Secundaria Geral de Mopeia.

Licenciatura em ensino de Física

Projecto de Monografia a ser apresentado no


departamento de Ciências Naturais e
Matemática, para obtenção do grau académico
de licenciatura.

Supervisor:

dr. Aderito Sadiga

Universidade Pedagógica
Quelimane
2018

3
Índice

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................5

1.1.Delimitação da pesquisa.......................................................................................................6

1.2. Problematização..................................................................................................................6

1.3.Justificativa..........................................................................................................................7

1.4. Objectivos...........................................................................................................................8

1.4.1.Geral..................................................................................................................................8

1.4.2.Específicos........................................................................................................................8

1.5.Hipóteses..............................................................................................................................8

1.5.1 Hipótese primária..............................................................................................................8

1.5.2 Hipóteses secundárias.......................................................................................................9

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................10

2.1. Os primeiros sistemas de medidas....................................................................................10

2.2. Sistema métrico.................................................................................................................10

2.3. Sistema internacional de unidades....................................................................................11

2.4. Revisão da literatura..........................................................................................................12

CAPÍTULO III: METODOLOGIA.........................................................................................14

3.1. Classificação da Pesquisa..................................................................................................14

3.1.1. Quanto aos Objectivos...................................................................................................14

3.1.2. Quanto a Forma de abordagem e de Procedimento.......................................................14

3.2. Técnicas e instrumentos de coleta de dados......................................................................15

3.2.1.Pesquisa bibliográfica.....................................................................................................15

3.2.2.Observação......................................................................................................................15

3.2.3. Entrevista........................................................................................................................15

3.2.4. Questionário...................................................................................................................16

3.3. Universo populacional......................................................................................................16

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3.3.1. Selecção da Amostra......................................................................................................17

3.4. Cronograma das actividades a ser desenvolvidas durante o projecto...............................17

3.5.Orçamento da pesquisa......................................................................................................17

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................18

APÊNDICE..............................................................................................................................19

4. Questionário.........................................................................................................................19

4.1.Questões para os alunos.....................................................................................................19

4.2. Questionário para o professor...........................................................................................20

4.2.1 Questões para o Professor...............................................................................................20

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
O conteúdo de grandezas e medidas é essencial para o conhecimento prático das pessoas. De
modo geral, contempla aos estudantes as diferentes maneiras pelas quais podem conhecer
quantitativamente seu ambiente de convivência. Tudo que agente vem pode ser medido, isso
reforça a grande importância deste conhecimento no dia-a-dia para o individuo.

Apesar da grande importância que este conhecimento tem no dia-a-dia para o individuo, os
alunos da Escola Secundária de Mopeia chegam a fazer o ensino Secundário e sem no entanto
terem o conhecimento necessário sobre as unidades de medida. Pois além dos alunos não
conhecerem as unidades de medidas nem os seus significados, chegam a sala sem perspectiva
de aprender, sem vontade de estudar, principalmente quando se fala de física.

É comum para os alunos sentirem dificuldades no início do ano lectivo tendo em vista uma
nova classe e disciplina, porém, é inaceitável perceber que tais problema continuam existir ao
longo do ano, sufocando o desejo de aprender por parte do aluno.

É imperioso que o professor melhore a sua metodologia sempre de acordo com a realidade da
sala, trabalhando actividades que facilitam a aproximação aluno à escola. A partir dai, poderá
repassar tanto o conhecimento teórico, pratico, o respeito mútuo, a participação nas aulas, o
que é de grande importância para compreender e consolidar as noções de unidades.

Espera-se que este projecto de Pesquisa que traga uma contribuição positiva, e que o mesmo
seja um guia de actualização do pensamento dos intervenientes perante o problema,
alicerçando fundamentos para a solução do problema.

O presente projecto está estruturado para além desta nota introdutória, apresenta o tema, os
objectivos, as hipóteses, a metodologia usada, fundamentação teórica, bibliografia consultada
e por fim um apêndice contendo guiões de questionário.

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1.1.Delimitação da pesquisa
O presente projecto de pesquisa pretende-se fazer uma análise detalhada acerca de Uso de
Unidades de Medida do SI na 8ª classe que será desenvolvido no Distrito de Mopeia
concretamente na Escola Secundaria Geral de Mopeia no período de Setembro e Outubro de
2018.

1.2. Problematização
Hoje em dia, no nosso país, os alunos em particular os da Escola Secundaria Geral de
Mopeia, terminam o seu nível Secundário sem ter o conhecimento necessário sobre as
unidades de medidas exigidas neste nível de ensino. Os alunos quase desconhecem o uso
correcto das unidades de medida do SI, chegando ao ponto de resolver um exercícios sem
acompanhar com as unidades de medida e se caso coloquem, fazem com uma escrita
completamente diferente da recomendada pelo SI, a título de exemplo, os estudantes chegam
de escrever, a distância é de 20 ou 20M (para referir a distancia de 20 m). O desconhecimento
das unidades verifica-se com mas frequência no dia-a-dia das pessoas e de vários
profissionais, nos hospitais por exemplo, durante a pesagem das crianças é comum ouvir que
o peso da criança é de 20 ou de 20 kg para referir o peso de 20 kgf ou a massa de 20kg, esta
informação causa erros de interpretação pois o quilograma é unidade de massa e não de força,
as unidades de força são quilograma-força, de símbolo kgf, do uso diário e newton, de
símbolo N do sistema internacional de unidades.

Na sociedade em geral as grandezas e unidades de medidas mostram-se presentes em todos


momentos nas actividades exercidas pelas pessoas no seu dia-a-dia. Adultos, jovens e
crianças partilham unidades de medidas conforme as suas necessidades, esta prática vem
desde a antiguidade. Quando o homem começou a construir habitações e a desenvolver
agricultura, precisou criar meios de efectuar medições e começou a usar como referencia
parte do corpo, surgindo assim as primeiras medidas do comprimento: a polegada, o pé, a
jarda, a braça e o passo. Algumas dessas medidas (a polegada, o pé, a jarda) continuam ser
empregada até hoje (Godoi, 2008-2009, p 03).

Desde as primeiras civilizações, as medidas se tornaram a linguagem fundamental à


realização dos negócios no mundo do comércio. Elas podem ser consideradas um dos
principais factores que sustentaram e fortaleceram as sociedades pelas relações estabelecidas
por meio das compras e vendas, pela criação dos padrões que mensuram a produção e pelo
suporte dimensional para as ciências e a tecnologia (SILVA, 2004).

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No mundo existem diversas unidades para se representar uma mesma grandeza física. Por
isso em 1872, estabeleceu-se a base do Sistema Universal de Medidas, sendo escolhido um
comitê permanente para o Bureau Internacional de Pesos e Medidas, referência mundial em
medidas, com a participação de diversos países (FARUOLO; FERNANDES, 2005). O
conhecimento desses assuntos é de grande importância na vida do cidadão, já que todo o
instante estamos fazendo avaliações de distâncias entre cidades, estimativas de áreas de casas,
fazer medições de pessoas, ao irmos ao mercado, em fim uma vasta utilização em nosso
quotidiano.

Partindo desse pressuposto, questiona-se: Quais factores influenciam nas dificuldades dos
alunos da 8ª classe, no uso das unidades de medida na escola Secundaria Geral de Mopeia?

1.3.Justificativa
Como professor e educador, preocupado com o aprendizado dos alunos, o autor fica
incomodado quando vê que as respostas dos problemas e exercícios que são sugeridos para os
alunos estão completamente desconectados com a realidade do tema que trabalhou em sala de
aulas. É frustrante para os professores passar horas ensinando uma turma e o resultado da
avaliação ser sempre insatisfatório.

Ao longo dos anos, o autor percebeu que tem uma preocupação particular com os alunos do
primeiro ciclo do ensino secundário em particular os da 8ª classe. Pois o primeiro contacto
significativo que terão com a Física é sua responsabilidade e não querendo perder essa
oportunidade de ser o responsável pela desmistificação de que a Física é o terror das
disciplinas procura dar mais atenção e trata-los com mais cautela.

Pontes (1996) defende a importância de usar, inicialmente medicação qualitativa, de modo


que ele faça apenas comparações simples como verificar um objeto numa caixa, se uma mesa
ou armário passa numa porta, etc. Posterior a essa etapa defende que sejam introduzidas as
medições quantitativas, mas em primeira instância deve ser feita uma abordagem de medidas
de unidades não decimais.

Ainda como proposta, Pontes apresenta a possibilidade de trabalhar com tais conteúdos,
mostrando aos alunos a aplicabilidade de cada um desses no dia-a-dia de determinados
profissionais como mestres-de-obras, cozinheiras, comerciantes, costureiras.

Conhecendo os factores que levam aos alunos a não usarem, ou usarem de forma incorrecta
as unidades de medida, será possível encontrar soluções, para poder ultrapassar estas

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dificuldades, assim irá se contribuir para que se forme um aluno com competências, que
possa intervir nos assuntos e problemas da sociedade.

O presente projecto de pesquisa reveste-se de uma grande relevância social e científico no


que tange aos conteúdos de unidades de medidas, ao passo que poderá contribuir de forma a
diversificar as metodologias na leccionação destes conteudos. No entanto a maior motivação
de trabalhar com esse tema prende-se ao de que é um assunto que pode ser abordado fazendo
sempre uma relação com o quotiadiano em que o aluno vive.

1.4. Objectivos

1.4.1.Geral
 Compreender os factores que fazem com que os alunos não usem ou usem
incorrectamente as unidades de medidas.

1.4.2.Específicos
 Identificar as dificuldades dos alunos no uso das unidades de medida
 Verificar as percepções dos alunos sobre as unidades de medida
 Analisar o tratamento dado pelos professores sobre as unidades de medida
 Identificar os factores que causam as dificuldades no uso das unidades de medidas;
 Propor estratégias para superação das dificuldades enfrentadas pelos alunos no uso
das unidades de medida

1.5.Hipóteses
SEVERINO (2006:161), refere-se que, tal como problema, a formulação de hipóteses é uma
afirmação que se faz na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um
problema. O autor alerta, para que não se possa confundir hipóteses como pressupostos, como
evidencia previa. Hipótese é o que já se tem demonstrado evidente sendo assim, e face ao
problema levantado surgem as seguintes hipóteses:

1.5.1 Hipótese primária


 Desconhecimentos das unidades do sistema internacional, por parte dos alunos.

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1.5.2 Hipóteses secundárias
 Falta de exercitação por parte dos alunos pode influenciar na construção e
consolidação dos conhecimentos e influencia negativamente no uso das unidades de
medida do SI.
 Falta de materiais didácticos, livros, jornais e revistas que falam de unidades de
medidas pode estar relacionado desconhecimento das unidades;
 Ausência de materiais manipuláveis na introdução desta temática quando se aborda de
unidades para consolidar o conhecimento prévio do aluno com os padrões
convencionais;
 Falta de diversificação das unidades de medidas.
 Fraco domínio da disciplina de matemática nas classes anteriores contribui para ma
percepção da origem das unidades derivadas;
 Fraco rigor no controle e desrespeito por parte dos professores pode influenciar aos
alunos.

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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Os primeiros sistemas de medidas


Atualmente os processos de medições são bem avançados, satisfazendo as necessidades da
ciência e tecnologia, mas houve tempos em que o homem utilizava processos bem simples de
comparações de medidas para poder sobreviver e viver em grupos. Os pesos e medidas
foram, desde as primeiras civilizações, linguagem usada no comércio e podem ser
considerados fatores que sustentaram as sociedades por meio de estabelecimento das relações
de troca no comércio, da padronização para medir a produção e do suporte dimensional para
as ciências e tecnologias. O homem evolui e com ele evoluíram os sistemas de medidas.
A História mostra, por exemplo, que nas regiões onde os povos possuíam comércio
organizado, além dos sistemas de medidas, a escritura, a aritmética e até mesmo as artes eram
muito mais desenvolvidas do que em outros povos que possuíam um comércio débil (SILVA,
2004).

No contexto político, os pesos e medidas atuam como fatores determinantes de poder. Na


Grécia antiga, as medidas eram consideradas atributo de poder, em Atenas, os padrões de
pesos e medidas eram dedicados aos deuses e possuíam uma companhia de 15 oficiais, que
eram responsáveis pela guarda dos padrões originais e em Roma eram conservados no templo
de Juno. Manter um sistema de medidas uniformes e justo mostrava que o reino estava sob
controlo e garantia a imagem de um rei justo e protetor dos humildes. Manter a uniformidade
das medidas em seu reino era sinônimo de um reinado poderoso, e o rei manifestava o seu
poder punindo também aqueles que desrespeitavam ou falsificavam os padrões de medidas
(SILVA 2004).

As origens dos pesos e medidas perderam-se no tempo e no espaço. Desde a pré-história, a


partir do momento em que o homem deixou de ser nómada, era preciso entender e interferir
nos domínios da natureza e se fez presente a necessidade de criar um calendário, estabelecer
padrões de medidas que o auxiliassem no plantio, colheita e trocas de mercadorias
(LONDRON, 2007).

2.2. Sistema métrico


O Sistema Métrico possui uma componente social importante, pois representa o símbolo de
uma conquista social que pôs fim aos abusos comerciais e estabeleceu uma ordem
metrológica na época de sua criação, colaborando para o fim do feudalismo europeu, na
época da Revolução Francesa.

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Todos os procedimentos desta busca pelos padrões de medidas foram publicados em 1810
por Dalambre, que lá descreve com clareza todas as dificuldades e resultados obtidos
(LONDRON, 2007).
O desenvolvimento de um sistema de pesos e medidas com abrangência internacional, tinha
não só razões práticas, mas também políticas. O metro foi um símbolo da Revolução
Francesa, símbolo da Igualdade entre os povos. A inscrição “Para todos os tempos e para
todos os povos”, aparece na medalha comemorativa da promulgação do novo sistema de
unidades de pesos e medidas francesas. O lema da Revolução Francesa foi “Liberdade,
igualdade, fraternidade e sistema métrico decimal para todos os tempos e para todos os
povos” (LANDRON, 2007).

2.3. Sistema internacional de unidades


Um sistema de medidas eficiente é aquele que satisfaz as necessidades das atividades
relacionadas à metrologia e junta determinadas unidades que representam todas as grandezas
mensuráveis. Ele deve ser simples, coerente e suficiente para garantir a elaboração de
sistemas de equações físicas independentes e compatíveis.
O sistema métrico foi o primeiro sistema de medidas coerente, porém restrito, pois só
permitia a medição de grandezas lineares e de massa, não incluindo nem mesmo o segundo.
Com o avanço tecnológico houve a necessidade de se criar novas unidades e outros sistemas
de medidas.
Havia então a necessidade de criar um sistema único que englobasse todas as unidades
conhecidas e que pudessem ser usadas internacionalmente. Esse sistema foi criado, em 1960
e denominado Sistema Internacional (SI), o qual é usado por todos os países que são
membros do BIPM. Esse novo sistema combinava várias unidades de medidas que usamos
atualmente.
Em 1968, o Sistema Internacional foi fundamentado, e os membros do Comitê Internacional
de Pesos e Medidas (CIPM) ficaram responsáveis por uma série de atribuições.

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2.4. Revisão da literatura
Os alunos se deparam com a física e com a química simultaneamente, é uma fase de muitas
dificuldades para os alunos, pois a disciplina de física em particular exigem diversos
conhecimentos adquiridos ao longo de todo ensino primário.

Na perspetiva de Cavalante (2010) a falta de conhecimentos básicos de leitura e interpretação


dos textos, e dificuldades com matemática básica, são factores que prejudicam a
aprendizagem do aluno logo no primeiro contacto com a física.

Pérez (2008, p. 41-42) explica que o tema grandezas e medidas tem um cunho social muito
forte e por isso as crianças, quando vem para a escola, já realizaram algumas experiências
mesmo que informais, com medidas, seja em jogos, brincadeiras ou outras actividades do seu
dia-a-dia”. Para ter-se um exemplo mais claro disso, vejamos que no simples ato de fazer um
cafezinho, uma dona de casa trabalha com as seguintes grandezas: volume, esta grandeza faz-
se presente através da água utilizada para o café; massa (peso), encontrados na quantidade de
pó do café e no açúcar em quantidade necessária; temperatura (em graus Celsius) adequada
para ferver a água; a energia eléctrica consumida e o tempo relativo ao intervalo entre a
preparação até que o café esteja pronto.

Exemplos como esses mostram o quanto as pessoas utilizam diferentes unidades de medidas
na prática de suas actividades quotidianas, seja domésticas, pessoais ou sociais. Mas, por que
muitas pessoas mesmo sem ter frequentado sala de aula tem uma noção aproximadamente
exacta da quantidade de material usado para preparar um chá, ou um bolo, por exemplo? Ora,
tarefas como essas não precisam que as medidas dos ingredientes sejam exactas, pois apenas
uma aproximação é necessária. É o mesmo caso dos operários juntarem o cimento com a
areia e o barro para obter como resultado uma massa pronta usada nas construções. Esse
conhecimento é adquirido nas práticas vivenciadas diariamente de acordo com a necessidade
das pessoas e são transmitidos pela instrução onde os jovens aprendem com seus pais e
continuam exercendo a mesma profissão. Neste caso, é um conhecimento “hereditário”,
independentemente de uma formação académica, alheio à escola, pois tornou-se um
profissional apesar de não ter nenhuma graduação.

Segundo Lima e Bellemain (coleção explorando o ensino de Matemática, Vol. 17, p 168) São
vários os motivos pelos quais os educadores sentem dificuldades em conhecerem, interpretar
situações que envolvem medidas, um tema indispensável para a nossa vida. Isso acontece

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muitas vezes em razão da falta de interesse por parte dos jovens, metodologia utilizada pelo
professor em paralelo a realidade da sala ou mesmo até a Didáctica profissional da educação.

Segundo os PCN (BRASIL, 1998), a inserção do bloco ‘Grandezas e Medidas’ justifica-se


por sua forte relevância social devido a seu carácter prático e pela possibilidade que o tema
oferece para as conexões da Matemática com outras áreas do conhecimento. Pode-se, pela
própria história da Matemática, perceber que em quase todas as actividades realizadas, na
sociedade, as grandezas e medidas estão presentes, declarando a importância deste bloco no
currículo. Assim, o aluno poderá perceber a presença dos aspectos matemáticos no seu
quotidiano.

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CAPÍTULO III: METODOLOGIA

3.1. Classificação da Pesquisa

3.1.1. Quanto aos Objectivos


A pesquisa que se pretende levar acabo quanto aos objetivos é do tipo exploratória. Segundo
SILVA & MENEZES (2001:21), a pesquisa exploratória envolve levantamento bibliográfico;
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado;
análise de exemplos que estimulem a compreensão. Entretanto, trata-se de uma pesquisa
exploratória porque envolverá intervenientes que vivenciam o problema de Uso de Unidades
de Medida do Sistema Internacional na 8ª classe Caso específico da Escola Secundaria Geral
de Mopeia, levantado no presente estudo, e também se fará uma consulta de algumas
referências bibliográficas em torno da temática.

3.1.2. Quanto a Forma de abordagem e de Procedimento


A pesquisa terá como forma de abordagem qualitativa. Abordagem qualitativa que constituirá
em interpretar os factos relacionados com o tema em estudo.

Quanto ao método de procedimento da pesquisa será usado o Método Hipotético-Dedutivo


que consiste na construção de conjecturas (hipóteses) que devem ser submetidas a testes, os
mais diversos possíveis, à crítica intersubjetiva, ao controle mútuo pela discussão crítica, à
publicidade (sujeitando o assunto a novas críticas) e ao confronto com os fatos, para verificar
quais são as hipóteses que persistem como válidas resistindo as tentativas de falseamento,
sem o que seriam refutadas.

Ainda no que diz respeito à metodologia de procedimento serão aplicados também Método
Estudo de Caso que consistirá em particularizar o tema em estudo de modo a permitir uma
maior compreensão, é neste contexto que o estudo se centralizará particularmente na Escola
Secundaria Geral de Mopeia

Segundo PONTE (2006:2) “Estudo de Caso é uma investigação que se assume como
particularista, isto é, que se debruça deliberadamente sobre uma situação específica que se
supõe ser única ou especial, pelo menos em certos aspectos, procurando descobrir a que há
nela de mais essencial e característico e, desse modo, contribuir para a compreensão global de
um certo fenómeno de interesse.”

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3.2. Técnicas e instrumentos de coleta de dados
ARÃO (2010) citado por REY (1999) explica que o instrumento na pesquisa quantitativa
deixa de ser considerada a via de estudo das respostas do sujeito, para englobar os
procedimentos usados pelo pesquisador para estimular a expressão e a construção de reflexos
pelo sujeito que estão além das possibilidades definidas pelos instrumentos.

Neste segmento iremos debruçar-nos sobre o conjunto das actividades pelas quais nos
propiciamos. Para o caso vertente desta pesquisa foram usados os seguintes instrumentos de
recolha de dados: entrevista, e revisão bibliográfica.

As técnicas de colecta dados que foram usadas nesta pesquisa são a pesquisa bibliográfica, a
entrevista e observação direta dos factos.

3.2.1.Pesquisa bibliográfica
Serão consultadas bibliografias referentes ao tema em estudo. Na visão de GIL (2002:63),
desde que se tenha decidido que a solução de um problema deverá ser procurada a partir de
material já elaborado, como livros, revistas, dissertações, artigos, publicações periódicas.

3.2.2.Observação
Na perspectiva de RICHARDSON (1999:259), a observação sob algum aspecto, “é
imprescindível em qualquer processo de pesquisa científica, pois ela tanto pode conjugar-se a
outras técnicas de colecta de dados como pode ser empregada de forma independente e/ou
exclusivas”. Em linguagem comum, a observação é o exame minucioso ou a mirada atenta
sobre um fenómeno no seu todo ou em algumas das suas partes. Cientificamente, a
observação não é apenas uma das actividades da vida diária, torna-se uma técnica científica à
medida que serve a um objectivo formulado de pesquisa, é sistematicamente planificada,
registada e ligada a proposições mais gerais e, em vez de ser apresentada como conjunto de
curiosidades interessantes, é submetida a verificações e controlo de validades e precisão.
Será feita observação de manuais da 8ª classe, 2 testes dos alunos do segundo trimestre e os
enunciados e suas respetivas guias de correção, com objectivo de verificar a abordagem das
unidades de medida no manual do ensino e compara-la com a sua aplicação na sala de aula.

3.2.3. Entrevista
Segundo GIL (1999), entrevista é uma técnica de pesquisa que visa obter informações de
interesse a uma investigação, onde o pesquisador formula perguntas orientadas, com um

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objectivo definido, frente a frente com o respondente e dentro de uma interacção social. Esta
técnica permitiu colher informações juntos dos elementos seleccionados na amostra.

A entrevista consistirá na elaboração de um guião com sete (7) perguntas previamente


elaborada e aplicado no período dos meses de Setembro a Outubro de 2018, será feita
entrevista aos docentes para se obter informações sobre as reais causas de não uso das
unidades de medidas em especial na 8ª classe.

3.2.4. Questionário
Segundo Parasuraman (1991), um questionário é tão-somente um conjunto de questões, feitas
para gerar os dados necessários para se atingir os objetivos do projeto. Embora o mesmo
autor afirme que nem todos projetos de pesquisa utilizam essa forma de instrumento de coleta
de dados, o questionário é muito importante na pesquisa científica.

Na perspectiva de Correia (1995), questionário é um conjunto de questões estruturadas com o


fim de obter dados das pessoas a quem se dirige. O questionário pode ser de administração
directa, quando é o próprio inquerido a regista as opções de respostas e de administração
indirecta quando é o próprio investigador (ou inquiridor) que preenche em função das
respostas dadas pelo respondente.

O questionário consistira na elaboração de dois guiões previamente elaborado e aplicado no


período dos meses de Setembro a Outubro de 2018, um guia com 5 questões para alunos e
outro com 6 questões para professores. Com este questionário o autor pretende obter
informações sobre as reais causas de não uso das unidades de medidas.

3.3. Universo populacional


De acordo com RICHARDSON (1999:157), Universo ou População é o “conjunto de
elementos que possuem determinadas características”. Usualmente, fala-se de população ao
se referir a todos os habitantes de um determinado lugar.

Assim o universo da população do presente estudo englobou os professores que lecionam a


Física 8ª classe e todos alunos da 8ª classe, curso Diurno da Escola Secundaria Geral de
Mopeia.

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3.3.1. Selecção da Amostra
Segundo MARCONI & LAKATOS (1996), a população a ser pesquisada ou o universo da
pesquisa, é definida como o conjunto de indivíduos que partilham de, pelo menos, uma
característica comum.

Desta forma, o universo populacional definido para esta pesquisa comportará pessoas que
lidam directamente com o problema, evidentemente, na Escola Secundaria Geral de Mopeia.

A amostra será formada por 2 professores e 30 alunos selecionados em três turmas, em que
cada turma serão retirados 10 alunos.

3.4. Cronograma das actividades a ser desenvolvidas durante o projecto


Actividades 2ª Feira 3ª Feria 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira
Revisão da literatura X X X
Interagindo com grupo alvo da X X
escola
Colecta de dados X X
Composição X
Redação do relatório final X

3.5.Orçamento da pesquisa
Material Quantidade Valor
Resmas A4 2 500,00 Mts
Computador 1 19.000,00 Mts
Impressora 1 7.500,00 Mts
Recargas 1 600,00 Mts
Canetas 3 30,00 Mts
Bloco de nota 1 25,00 Mts
Total 27.655,00 Mts

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
GIOVANNI JUNIOR, José Ruy; CASTRUCCI, Benedito. Medindo Comprimentos e
Superfícies. Ed. Renovada. São Paulo. FTD, 2009 (Colecção a conquista da matemática).

GODOI, Ângela Maria da Silva. GUIRADO, João César. Grandezas e medidas do cotidiano
no contexto escolar. Disponível em
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2170-8.pdf>. Acesso em:
29/10/2017.

LIMA, Paulo Figueiredo. BELLEMAIN, Paula Moreira Baltar. Colecção Explorando o


Ensino. Matemática – Vol. 17. BRASÍLIA, 2010.

PCNs, Parâmetros Curriculares Nacionais.3º e 4° Ciclos. BRASÍLIA, 1998.


PEREZ, Marlene. Grandezas e Medidas: representações sociais de professores do ensino
fundamental. Curitiba, 2008. Disponível em:
http://ri.uepg.br:8080/riuepg//handle/123456789/669

SILVA, Cláudio Elias da. et al. Eletromagnetismo Fundamentos e Simulações.


São Paulo. Pearson Education do Brasil, 2014.

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APÊNDICE

4. Questionário
O presente questionário tem como objectivo avaliar até que ponto o aluno conhece e aplica as
unidades de medidas do SI. Neste caso, o questionário a ser aplicado será de administração
indirecta pois o inquiridor (investigador) deverá preencher em função das respostas dadas
pelos alunos e é composto por 5 questões abertas, as quais, deverão ser respondidas pelos
alunos num período máximo de 45 minutos.

4.1.Questões para os alunos


1. Indique as grandezas físicas fundamentais usadas na mecânica e suas unidades no SI.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2. Escreva o nome das unidades e símbolo das seguintes grandezas.
Comprimento _______________________________________________________________
Velocidade _________________________________________________________________
Massa _____________________________________________________________________
Aceleração _________________________________________________________________
Força ______________________________________________________________________
3. Como podemos medir o comprimento de uma caneta?
___________________________________________________________________________
4. Qual é o símbolo de quilómetro? __________________________________________
5. Qual é a unidade SI do volume? ___________________________________________
_____________________________________________________________________

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4.2. Questionário para o professor
O presente questionário tem como objectivo verificar até que ponto o professor conhece e
aplica as unidades de medidas do SI. Portanto o questionário é de administração directa pois
o inquerido deverá preencher pessoalmente no formulário e é constituído por um total de 6
questões, sendo 5 abertas e 1 fechada, as quais deverão ser respondidas pelos professores
num período máximo de 45 minutos.

4.2.1 Questões para o Professor


1. Durante as aulas enfatiza o uso das unidades de medidas?
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________.
2. Durante a exercitação diversifica as unidades de medidas?
__________________________________________________________________________
3. Quando os alunos apresentam os resultados de medidas, incluem as unidades?
Sempre ( ) as vezes ( ) nunca ( )
4. Quais as unidades que os alunos mais desconhecem?
__________________________________________________________________________
5. Quais tem sido as causas por detrás deste fraco domínio no uso de unidades de medida?
___________________________________________________________________________
6.Quais são as estratégias, para superar o problema?
___________________________________________________________________________

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