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Visão Geral
Caro estudante, bem-vindo às Práticas Pedagógicas. Esta disciplina constitui uma importante
introdução teórica ao processo de ensino/aprendizagem levado a cabo pelos seus principais
actores: professores e alunos, permitindo-lhe a familialização com as diferentes situações
pedagógicas decorrentes nas instituições de ensino. A cumplicidade conceptual entre a visão de
educação e o ensino praticado no terreno real articula-se com a teorização da prática tida como
um importante recurso visando a (re)formulação constante das teorias pessoais sobre o ensino.
Objectivos da Disciplina
Quando terminar o estudo das Práticas Pedagógicas I, deverá ser capaz de:
HABILIDADES DE ESTUDO
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões nomeadamente: o lado social,
profissional e estudante, daí ser importante planificar muito bem o seu tempo.
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao máximo o tempo
disponível nos finais de semana. Lembre-se que é necessário elaborar um plano de estudo
individual, que inclui, a data, o dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar
(sozinho, com colegas, outros).
UNIDADE I.....................................................................................................................................5
INTRODUÇÃO ÁS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS I.....................................................................5
UNIDADEII....................................................................................................................................7
TEMA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS- O ENSINO Á DISTÀNCIA............................................7
UNIDADE III................................................................................................................................10
TEMA: A FUNÇÃO DOCENTE E DISCENTE NO ENSINO Á DISTÂNCIA.........................10
UNIDADE IV................................................................................................................................13
TEMA: ESCOLA UMA ORGANIZAÇÃO – COMPLEXA........................................................13
UNIDADE V.................................................................................................................................20
TEMA: TIPOS DE INSTITUIÇÕES EDUCACUIONAIS..........................................................20
As instituições, a educação, a formação e a instrução...................................................................20
UNIDADE VI................................................................................................................................23
TEMA: O AMBIENTE FISICO DA ESCOLA............................................................................23
O Ambiente físico da Escola.........................................................................................................23
UNIDADE VII...............................................................................................................................30
TEMA: O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO.................................................................30
Os Objectivos do Sistema Nacional de Educação.........................................................................30
UNIDADE VIII.............................................................................................................................35
TEMA: OS SUBSISTEMAS DA EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE.......................................35
UNIDADE IX................................................................................................................................42
TEMA: ORGANIZAÇÃO DOENSINO POR CICLOS DE FORMAÇÃO.................................42
A organização do ensino por ciclos de formação..........................................................................42
UNIDADE X: Plano Curricular – Estrutura e Organização.........................................................47
Planos curriculares: estrutura e organização..................................................................................47
UNIDADEXI: ORGÃOS DE GESTÃO ESCOLAR....................................................................50
Planificação do sistema educacional.............................................................................................53
UNIDADE XIII: ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR......................................................................58
INTRODUÇÃO........................................................................................................................58
Administração escolar ou educacional..........................................................................................58
INTRODUÇÃO........................................................................................................................66
Tipos e conceito de administração escolar....................................................................................66
UNIDADE XV:.............................................................................................................................68
TEMA: TAREFA ACTUAL DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR.............................................68
Tarefa actual da Administração Escolar........................................................................................68
UNIDADE XVI.............................................................................................................................70
TEMA: A ADMINISTRAÇÃO DE ESPAÇOS FISICOS DA ESCOLA....................................70
Espaços Específicos da Escola......................................................................................................70
UNIDADE XVII:...........................................................................................................................75
TEMA: INSTALAÇÕES SANITÁRIAS NA ESCOLA..............................................................75
UNIDADE XVIII..........................................................................................................................79
TEMA: ÁTRIOS ECIRCULAÇÕES ESCOLARES....................................................................79
ÁTRIOS E CIRCULAÇÕES ESCOLARES.................................................................................79
UNIDADE XIX.............................................................................................................................82
TEMA: SEGURANÇA DOS ESPAÇOS ESCOLARES..............................................................82
Segurança dos Edifícios e Recintos...............................................................................................82
UNIDADE XX..............................................................................................................................86
TEMA: RELAÇÕES DE PRODUÇÃO NA ESCOLA.................................................................86
As Relações de Produção na Escola..............................................................................................86
UNIDADE XXI.............................................................................................................................91
TEMA: A SUPERVISÃO ESCOLAR..........................................................................................91
O conceito de supervisão...............................................................................................................91
UNIDADE XXII............................................................................................................................95
TEMA:Preparação do relatório das práticas pedagógicas i...........................................................95
Preparação do Relatório de Práticas Pedagogicas.........................................................................95
UNIDADE XXIII..........................................................................................................................97
TEMA:ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.........................97
Elaboração do relatório de Práticas Pedagógicas..........................................................................97
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................104
UNIDADE I
INTRODUÇÃO ÁS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS I
INTRODUÇÃO
Querido estudante, seja bem-vindo à introdução às práticas pedagógicas. O processo de ensino-
aprendizagem engloba vários aspectos relacionados directamente com a sala de aula mas também
aspectos ligados a boa promoção do ensino nas escolas
Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto nesta unidade, sendo
necessário usar todo conhecimento que dispõe sobre a matéria.
Resumo:
Falar de Práticas Pedagógicas é falar de uma orientação pedagógica assente numa visão de
educação que defendemos e/ou perfilhamos. Genericamente, as Práticas Pedagógicas afiguram-
se como um suporte de experimentação do ensino.
Como tal, divergem as orientações que a suportam exactamente pela existência de várias
concepções de ensino: transmissionismo/aplicassionismo, orientações de imitação artesanal,
orientações construtivistas, orientações transformadoras de ensino etc.
Importa também salientar que cada área de conhecimento ou disciplinar comporta um tipo
específico de Práticas Pedagógicas, sendo explorada usando recursos diversos de domínio.
Elaborado pelo Mestre Paulo Manuel ISMU Pá gina 5
A Prática Pedagógica é definida como a componente real da supervisão pedagógica em que
decorre o ensino acompanhado com vista a elevar o grau da qualidade da aprendizagem do
aluno.
EXERCICIOS / AUTO-AVALIAÇÃO
3.Aponte as diferentes visões de educação que podem reflectir-se nas Práticas Pedagógicas.
UNIDADEII
Introdução
SUMÁRIO:
As escolhas variam conforme o perfil discente e do conteúdo a ser trabalhado. Nessa selecção,
meios milenares como o papel impresso e tecnologias devem ser martirizados. Deve-se, porém,
reconhecer as especificidades do ensino à distância. A discussão sobre essa modalidade de
ensino-aprendizagem avança e, actualmente, as atenções se dirigem para a identificação das
melhores estratégias pedagógicas dentro desse novo cenário e detectar qual o conjunto de meios
de comunicação e informação que pode favorecer a melhoria da qualidade dos processos
educativos. As escolhas variam conforme o perfil discente e do conteúdo a ser trabalhado.
Nessa selecção, meios milenares como o papel impresso e tecnologias de ponta, como a
comunicação satelital, se complementam num mundo a ser explorado. No novo contexto
educacional, o ensino presencial tradicional passa a incorporar elementos outrora típicos de
projectos de educação à distância, como comunicação e publicação de conteúdos via Internet. O
ensino à distância, por sua vez, propicia condições cada vez mais próximas do ensino presencial,
como a realização de video conferências ou de transmissões de aulas via satélite Ainda que se
marquem as características específicas das duas modalidades de ensino-aprendizagem, o debate
deveria sempre se orientar para o desenvolvimento do aluno enquanto autor-cidadão, capaz de se
ver enquanto sujeito e produtor de sentido numa sociedade negadora dessa condição, reificada e
reificante. A prática pedagógica dos processos de ensino-aprendizagem à distância na metodista
reconhece o estudante como sujeito do processo educativo e, portanto, em relação dialógica com
outros sujeitos, colegas de turma e professores, que se encontram para desvelar o mundo a partir
de suas respectivas experiências, dos materiais didáticos e objectos de aprendizagem geradores
da interacção.
Para tanto, a pesquisa, não apenas de carácter científico, mas como actividade quotidiana
de interrogação do mundo, apresenta-se como princípio formativo a partir do qual é
possível exercitar, na prática, qualidades inerentes à formação do sujeito: o de
questionamento e de fazer sentido para a realidade a que se liga. Ao assumir a pesquisa
como eixo integrador do currículo, a construção do conhecimento se alia à construção do
sujeito, enquanto autor-cidadão capaz de se engajar criativamente na busca de soluções
para os desafios da vida quotidiana e de seu meio social. Em outra frente, o
desenvolvimento da educação à distância deve ser entendido como uma oportunidade de
gerar conhecimento sobre o processo de ensino-aprendizagem mediado por tecnologias
de informação e comunicação.
EXERCICIO
2. Porque é que o ensino à distância propicia condições cada vez mais próximas do ensino
presencial?
.
3. A prática pedagógica dos processos de ensino-aprendizagem à distância na metodista
reconhece o estudante como sujeito do processo educativo. Com
UNIDADE III
INTRODUÇÃO
A prática didático-pedagógica do ensino à distância, com o apoio das mídias tradicionais e das
mais avançadas tecnologias de comunicação e informação, exige uma concepção específica da
prática docente assim como estratégias diferenciadas para o desenvolvimento das relações de
ensino-aprendizagem.
A prática didático-pedagógica do ensino à distância, com o apoio das mídias tradicionais e das
mais avançadas tecnologias de comunicação e informação, exige uma concepção específica da
prática docente assim como estratégias diferenciadas para o desenvolvimento das relações de
ensino-aprendizagem. A flexibilidade oferecida pelo ensino à distância também é especialmente
importante para a promoção da educação contínua, conforme as exigências da sociedade actual.
A flexibilidade da formação à distância pode ser a oportunidade necessária para profissionais que
desejem se aprimorar e que já estejam no mercado de trabalho.
Uma das imprescindíveis vantagens que o ensino à distância valora relaciona-se com a
responsabilização de tarefas de aprendizagem, as quais constituem um verdaddeiro exercício do
processo de crescimento do ponto de vista de maturidade pessoal e académica da parte dos
estudantes.
O ensino a distância impõe novas formas de estar e ser na educação se bem que compreendemos
a sua finalidade última.
A autonominização e a responsabilização no processo de ensino/aprendizagem reforçam o
desenvolvimento competências e capacidades em momentos e tempos dispares capitalizando-
se ,assim, os os saberes construídos de uma forma auto-dirigida dos estudantes
Nesse processo, portanto, são valorizados: o conhecimento por eles mesmos construídos e
discutidos com os tutores, as características pessoais de aprendizagem, a explicitação dos
conteúdos curriculares e o incentivo a investigação
3.Fale das vantagens que eventualmente o ensino desta modalidade pode facultar.
UNIDADE IV
A escola não pode ser compreendida unicamente como uma infra-estrutura física ou um edifício.
Sendo uma organização social e complexa, ela é uma entidade de formação onde vários actores
interagem buscando novas respostas às preocupações sociais da vida humana.
Reconhecer-lhe uma importância social significa concebé-la como “um meio indispensável de
elevação do nível cultural, de formação para a cidadania e de desenvolvimento de conhecimentos
e capacidades para enfrentamento das condições adversas de vida.” (Libâneo, 2003: 20).
A escola desempenha um papel social na vida das comunidades. Muitas vezes este papel é
atribuído ao Estado, como entidade macro da organização social, para este gerir as necessidades
educativas dos cidadãos. Libâneo, na sua exposição sobre a gestão da escola escreve:
A ênfase que o trecho pretende dar situa-se na necessidade de se questionar a serviço de quem,
isto é, a favor ou contra quem a escola funciona e/ou é gerida, denotando assim a questão das
finalidades educativas.
Uma escola com fins discriminatórios não pode melhorar as vidas das pessoas, as relações
sociais justas e inscritas no quadro da participação e inclusão das massas populares.
O valor emancipatório que a escola pretende tomar e apregoado por quase todas as instituições
de ensino, pode ter a sua expressão significativa quando assente sob uma base organizacional
que reconhece a cultura oraganizacional que é assumida por todos os actores que a integram.
Impõe-se uma pergunta: “haverá uma relação entre a organização da escola, a cultura
organizacional e a sala da aula?” (ibidem).
Cada actor integrante da comunidade escolar dispõe de uma cultura pessoal e diferente dos
outros membros, daí a necessidade da negociação do sentido das culturas subalternas, do ponto
de vista de comunhão e condescendência facilitando a inclusão, o respeito pela diferença e a
consequente assunção da diferença como pressuposto básico do enriquecimento cultural.
Uma das formas de abrandamento das diferenças culturais dos actores da cominudade escolar é a
participação responsável dos professores na gestão do currículo.
Tal participação veicula aprendizagens e várias nestes profissionais de ensino, como algumas
apontadas por Líbâneo: “ tomar decisões colectivamente, formular o projecto pedagógico, dividir
com os colegas as preocupações, desenvolver o espírito de solidariedade, assumir colectivamente
a responsabilidade pela escola, investir no desenvolvimento profissional.” (2003: 23)
Desta forma, é preciso conceptualizar a escola como o espaço em que os actores apreendem
(principalmente alunos e professores) a construir a sua identidade profissional e académica
paulatinamente num espírito de colaboração profissional.
Sob este olhar, importa avaliar o papel e as funções que os membros da direcção da escola
desempenham para a consecução dos objectivos fixados. Importa também perceber os diferentes
papéis que o director pode assumir no seu relacionamento com os professores e oe restantes
funcionários da escola, papel este que pode ser constrangedor se não for observada a questão da
liderança.
A estrutura pode ser definida como o modelo estabelecido das relações entre os componentes ou
as partes de uma organização. Existem diferentes tipos de estruturas organizacionais que
correspondem igualmente a diferentes instituições com vista a facilitar a coordenação das
actividades a elas inerentes.
Como tal, a escola comporta uma estrutura organizacional que foi evoluindo ao longo dos
tempos. No passado, como confirma Nóvoa, a organização da escola centrava-se “na perspectiva
das ligações hierárquicas de controlo e de supervisão. Deste modo, o estabelecimento de ensino é
encarado como uma antena descentralizada de aplicação de directivas e de regras idênticas para o
conjunto de estabelecimentos de um mesmo tipo ou grau de ensino.” (2000: 55)
Compreender a escola como uma estrutura organizacional implica situá-la num quadro “orgânico
de profissionais (professores e outros especialistas) e alunos”, sublinhando assim a sua
identidade específica diferente de outras organizações.
Isto não significa relegar a escola como um estabelecimento do tipo burocrático, pelo contrário,
significa sim, conhecer as regras formalizadas de funcionamento para melhor adequá-las aos
O que comumente acontece é que no exercício do poder as escolas conferem pouco espaço de
autonomia e de liberdade aos seus profissionais o que, de certa forma, mina a relação
estabelecida entre os dirigentes e os dirigidos.
No lugar de uma imposição das decisões tomadas a nível superior importa encontrar mecanismos
de articulação dos interesses dos actores:
“De facto, a simples transferência do poder central para o poder local, sem redefinição das
regulações do poder local, pode comprometer o efeito esperado de responsabilização dos
profissionais e de mobilização das ideias e das energias no seio dos estabelecimentos. (…) a
autonomia não significa, inevitavelmente, uma melhoria de qualidade; em última análise, é o uso
da autonomia que é determinante. E este uso depende, nomeadamente, da maneira como se pensa
o estabelecimento de ensino, o seu lugar no sistema educativo, o seu modo de organização
interna, a organização de trabalho, a partilha de tarefas e das responsabilidades, a atribuição de
recursos humanos e materiais, as estratégias de avaliação e as formas de regulação das relações
de trabalho.” (Nóvoa, 2000: 57)
Os aparelhos ideológicos nas escolas, não criam a ideologia, mas inculcam a ideologia
dominante. Por exemplo: não é a igreja que cria a perpetuação da religião, é esta que cria e
A relação escola-aparelho econômico continua a exercer sua acção durante sua actividade
econômica chamada formação permanente:
Atrás do discurso da racionalidade, nessa luta, a organização abriga-se para legitimar sua
empreitada e desqualificar uma realidade que ela mutila. A organização científica necessita de
pais “místicos” para assegurar sua fundamentação. A escola tem um papel nessa mascarada
organizacional, operando as variações mais amplas, a partir dos papéis de mestre, aluno,
Elaborado pelo Mestre Paulo Manuel ISMU Pá gina 17
burocrata, administrador. A organização realiza um processo concomitante: destruição e
unificação. O Homem dividido na execução de suas tarefas parceladas, isolado no seio da grande
metrópole, é reagrupado no interior das imagens organizacionais.
O pai que é proprietário do corpo da mulher, interdito aos filhos, o senhor feudal que se apropria
da terra, o professor que dispõe soberanamente de um campo de conhecimentos. O usufruto
dessa situação pressupõe a aceitação do papel de pai, proprietário, chefe, professor. O sistema
cultural assiste à ruptura entre apalavras sagrada e profana. Não é mais Deus que dispõe do
monopólio do verbo nem a igreja de sua interpretação. A ciência ocupa hoje o lugar do verbo
divino. A casta dos cientistas substituiu a hierarquia eclesiástica como elemento mediador entre a
palavra superior e a colectividade humana.
1.Explique em poucas palavras por quê é que a escola é uma organização complexa.
4.Os aparelhos ideológicos nas escolas, não criam a ideologia, mas inculcam a ideologia
dominante. Dê exemplo.
UNIDADE V
O conceito de educação veicula concepções diversas nas culturas das comuindades humanas.
Cada povo tem um tipo de educação que lhe é específico.
SUMÁRIO:
Desta forma, tomando como exemplo os séculos XIV e XV, a sociedade como tal era concebida
como actor da educação por que nela se encontram e reflectem-se múltiplas relações facultadoras
de produção de valores, cultura e da história. Portanto, a sociedade constituía uma instituição
educacional, ainda que não fosse literalmente instituída a legitimação social do seu papel na
educação.
Elaborado pelo Mestre Paulo Manuel ISMU Pá gina 20
Na sociedade romana da época, encontra-se a família como uma instituição educacional. Neste
caso, a mãe como dona de casa desempenhava um papel preponderante na educação dos seus
filhos pelo menos até aos sete anos de idade, por que o pai assuimia-os a partir dos dez anos
para, como pátria família e, ensiná-los a pensar, ler etc. Ele assumia este papel com tanto
orgulho de tal modo que o Estado não podia interferir na educação destes, sentindo-se assim o
dono e artífice da educação dos meninos nesta faixa etária da vida.
A escola (educação) instituicionalizada surge, pela primeira vez, com Quintiliano (educador
romano). Na sua concepção, o objectivo principal da educação consiste em formar o cidadão, ou
seja, formar para a cidadania para se tornar em Homem completo e culto que também sabe falar
(retórica), pensar e fazer e que, sobre tudo, deve ter uma cultura enciclopédica de grande gabarito
(saber tuo de tudo). Assim, a educação se mistura com a cultura e sobrepõem-se mutuamente.
Olhando para esta finalidade (formar para a cidadania), pode-se dizer que o rótulo cidadão era
atribuído à pessoa que tivesse uma estreita relação com o Estado, passando para Este a criação de
condições para instituir a escola oficial: é assim que surgem a escola como uma instituição de
ensino cuja Pedagogia centra-se na consecução de meios de ensino conducentes à apropriação
voluntária das necessidades da aprendizagem.
O mesmo não pode ser dito em relação à instituição prisional que, sendo um espaço de
educação/correção entram em jogo muitos factores que desembocam numa pedagogia incidente
em repreensão e coersão, se bem que desta forma podemos considerar as suas metodologias de
trabalho ou a sua orientação filosófica de trabalho.
A instrução, por sua vez, denota processos de ensino que culminam em reproduções literais da
aprendizagem mesmo em contextos diferentes, correspondendo a uma resposta externa à pessoa-
sujeito do processo.
EXERCÍCIOS
UNIDADE VI
INTRODUÇÃO
Na unidade anterior discutimos sobre tipos de instituições educacionais que concorrem para a
formação. Reitera-se o facto de a escola ser uma organização legítima do processo de ensino e
aprendizagem, o garante da produção e preservação da cultura em vários tecidos sociais
favorecendo o desenvolvimento da espécie humanal.
SUMÁRIO:
A programação e o dimensionamento das escolas, por exemplo do 1.º ciclo, devem ser definidos
de acordo com os critérios de planeamento da rede educativa:
a)As escolas que leccionam o 1.º ciclo podem instalar-se integradas com outros níveis de
educação e do ensino básico, de acordo com os critérios a que obedece o planeamento da rede
educativa;
c)As escolas com 1.º ciclo devem ser dimensionadas para funcionamento em regime normal;
d)A capacidade das escolas com 1.º ciclo é traduzida no número de salas de aula;
e)A área da sala de aula é concebida para um grupo de 35 alunos no máximo, devendo este
espaço ser organizado de forma a permitir o desenvolvimento da quase totalidade das actividades
curriculares de uma turma;
f)A capacidade máxima, recomendável, da escola com 1.º ciclo quando se apresente isolada ou
unicamente integre a educação pré-escolar é de 12 salas de aula. Quando o 1.º ciclo se apresente
integrado com outros níveis do ensino básico, a sua capacidade máxima, recomendável, é de 8
salas de aula. As situações acima destas dimensões deverão ser devidamente fundamentadas;
g)Quando há mais de 300 alunos do 1.º ciclo a escolarizar na mesma área de drenagem, deve
optar-se, sempre que possível, por duas instalações escolares distintas.
Portanto, podem admitir-se escolas com menos de 4 salas de aula em situações especiais,
nomeadamente nos casos das zonas rurais com população dispersa em que é necessário
escolarizar menos de 80 alunos.
Estes estabelecimentos, embora com tendência gradual para a sua extinção, são ainda muito
frequentes no parque escolar existente. Sendo necessária a sua existência, estas escolas devem
constituir-se como parte integrante de um agrupamento de escolas que integre administrativa e
pedagogicamente outras escolas do mesmo nível e da educação pré-escolar, ou dos outros ciclos
do ensino básico, superando as situações de isolamento e de exclusão social. Para os diferentes
tipos e capacidades de estabelecimentos de educação e ensino onde esteja inserido o 1.º ciclo, de
acordo com as tipologias definidas pelo indicadores relativos a áreas brutas de construção e a
áreas mínimas de terreno destinados à implantação de escolas com 1.º ciclo ou escolas com 1.º
ciclo e Jardim de Infância.
São conhecidas entre nós as consequências advindas do barulho quando estamos na sala de aulas
as quais afectam directamente a nossa (má) percepção ou somos, nalgum momento, obrigados a
aumentar o volume da nossa voz para nos fazermos perceber.
As escolas são consideradas zonas sensíveis ao ruído, pelo que estas não devem ser localizadas
junto de vias de tráfego intenso ou de instalações que exerçam actividades ruidosas de carácter
permanente. Os edifícios escolares devem ser concebidos de forma a proporcionar aos seus
utilizadores condições satisfatórias de conforto sonoro, devendo ter tida em conta a sua
localização em relação a fontes de ruídos exteriores à escola ou provenientes do próprio recinto
escolar.
a) Os edifícios escolares devem ser de construção pesada, com forte inércia térmica,
devendo todas as envolventes do edifício (paredes exteriores e cobertura) serem
devidamente isoladas com material apropriado. Recomenda-se que o desvão das
coberturas seja ventilado;
b) Os níveis de conforto térmico dentro do edifício devem aproximar-se dos valores limite
de 18° C e de 24° C, respectivamente para o Inverno e para o Verão, considerando o
valor médio da humidade relativa entre 35% e 70%;
c) A renovação do ar constitui um indispensável corrector das condições ambientais, pelo
que deve ser assegurada, preferencialmente por meios naturais de fácil manuseamento.
Nos espaços de ensino devem prever-se vãos com folhas basculantes reguláveis, para
ventilação natural, sempre que possível cruzada;
d) Se nas salas de aula existir uma só fachada exterior, pode recorrer-se a bandeiras de porta
reguláveis ou a vãos basculantes abertos para as circulações. A ventilação cruzada deve
fazer-se a partir de 1,80 m;
e) Quando a ventilação natural se revelar insuficiente, podem prever-se sistemas de
ventilação mecânica forçada. Nas salas de aula devem assegurar-se três renovações de ar
por hora.
Em relação a luminosidade ou seja o conforto visual da escola deve-se realçar que todos os
espaços interiores devem ter iluminação natural. Em pequenas zonas de circulação, arrumos e
instalações sanitárias de adultos a iluminação natural pode ser indirecta:
f)Nos espaços de ensino a iluminação natural deve ser preferencialmente bidireccional, sem
incidência directa de raios solares nos planos de trabalho nem reflexos nos quadros de giz. A
geometria dos vãos deve propiciar a iluminação dos tectos e a penetração em profundidade da
luz natural, com vista a homogeneizar o nível de iluminação nas salas;
g)Nos espaços de ensino, o nível de iluminação sobre os planos de trabalho deve, ter o valor
médio de 350 a 400 lux;
-A luminância máxima instantânea das fontes luminosas não deve exceder em mais de 20%
a sua luminância média;
-O índice de reprodução cromática das fontes luminosas deve ser superior a 85% em todos os
locais de actividade;
-Nos aparelhos de iluminação devem ser previstos dispositivos que permitam a correcção do
efeito estroboscópico e de ondulação.
-Para todos os espaços, incluindo aqueles que requerem obscurecimento, os níveis de iluminação
em situação de emergência nunca devem ser inferiores a 10 lux.
-O colorido interior dominante dos espaços de ensino e de apoio, bem como das circulações,
deve ser em tons claros;
-para maior difusão da luz, os tectos devem ser preferencialmente brancos, com um poder de
reflexão superior a 75% e acabamento material.
EXERCICIO
1 – Fale da organização espacial da escola.
UNIDADE VII
As práticas ocupacionais têm a ver com actividades extras, mas que contribuem para o
desenvolvimento de outras habilidades úteis para a vida humana, tal é o caso das modalidades
desportivas.
Assim, os exercícios físicos, o desporto e a recreação não podem ser entendidos simplesmente
como uma ocupação ou hobbies, devem também serem concebidos como actividades
O Sistema Nacioanl de Educação foi introduzido em 1983 através da lei 4/83, de 23 de Março e
revista pela lei 6/92, de 6 de Maio. A criação deste instrumento regulador das actividades e
acções do Ministério de tutela vincula a ideia de uma melhor articulação das actividades
educativas nas instituições escolares moçambicanas.
Desde a sua implementação até aos nossos dias, o ensino geral moçambicano foi-se
caracterizando por situações, por vezes positivas, por vezes, menos claras e até confusas quanto
às estratégias curriculares e de ensino adequadas para a sociedade moçambicana.
Os programas de ensino e os livros concebidos para os alunos, bem como os manuais dos
professores tratam de matérias de modo compartimentado, não respeitando o princípio de
interdisciplinaridade;
O Ensino Primário não destaca as etapas intermédias fundamentais do processo de
ensino/aprendizagem e, consequentemente, não atende ao princípio pedagógico de
diferenciação que reconhece os diferentes ritmos e interesses de aprendizagem dos
alunos;
O currículo do Ensino Primário, em vigor, não abre, de uma forma explícita, a
possibilidade de integração do currículo local, o que faz com que os conteúdos temáticos
sejam abordados de modo uniforme e homogéneo em todo o País.
A avaliação pedagógica é predominantemente sumativa, desempenhando exclusivamente
a função selectiva: não há, praticamente, harmonização e integração do carácter
formativo e sumativo da avaliação pedagógica, um dos princípios fundamentais da
prática do ensino – aprendizagem:
A formação de professores ainda não responde às reais exigências do ensino;
Os programas de formação são predominantemente teóricos, não permitindo ao
formando a aquisição de capacidades para uma melhor gestão do processo de
Falar dos níveis de um dado sistema é tratar dos seus diferentes degraus, no sentido top-down ou
na posição e grau de importâcia estrutural numa dada posição e podem, esquematicamente, ser
representados vertical ou horizontalmente.
Na presente unidade não se pretende fazer uma descrição exaustiva de tais níveis, prentende-se,
porém, mostrar como o Sistema Nacional de Educação funciona nalguns níveis para atingir o seu
objectivo de decentralizador do poder administrativo.
O próprio nome identifica-o como ocupante do nível nacional, assumindo papéis político-
administrativos de coordenação das necessidades da educação em Moçambique.
Muitas vezes tais papéis têm sido concretizados com consideráveis dificuldades, devido ao seu
caracter uniformizador das decisões tomadas a nível macro e que, no entanto, têm poucas
Esta articulação é que permite a comunicação e gestão das necessidades do ensino procurando
soluções locais na resolução de problemas decorrentes do sistema.
EXERCICIOS
UNIDADE VIII
TEMA: OS SUBSISTEMAS DA EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE
INTRODUÇÃO
A Educação em Moçambique é constituída por vários subsistemas, cada uma das quais
correspondendo a uma organização estratégica específica para a consecução das
finalidades e objectivos também específicos.
SUMÁRIO:
Este tipo de educação destina-se às pessoas adultas e/ou jovens que, por motivos e
circunstâncias que não precisamos de especificar, perderam a oportunidade de frequentar a
escolarização normal.
Sua finalidade aproxima-se mais à educação e/ou acção social e comunitária da educação, ou
seja, “Para além da redução do analfabetismo, (…) [pode] contribuir para o desenvolvimento da
comunidade, respeito pelos valores culturais, desenvolvimento de uma cultura de paz, tolerância
e democracia, prevenção e mitigação do impacto do HIV-SIDA e das doenças de transmissão
sexual, e a redução da pobreza absoluta.” (ibidem) A aposta estratégica do Governo em
Moçambique reside no facto de se desenvolver esforços que visam melhorar a coordenação das
contribuções na (re)concepção dos currículos, encontrar parceiros e apoiá-los mesmo que sejam
do sector privado. Constitui também uma intervenção estratégica para o Governo, que ainda
pode ser viável, o reforço do uso das mídias nomeadamente, a rádio e a televisão para apoiar os
programas de AEA/ENF, não se esquecendo da questão de monitoria e supervisão para a
avaliação do projecto.
Introdução
Muitas vezes esses objectivos são fracassados devido aos conhecidos problemas do actual
currículo, que é eminentemente enciclopédico “altamente académico e muito virado para
uma preparação para a continuação dos estudos no ES2 e nas universidades, respondendo,
deste modo, em muitos aspectos às necessidades do mercado de trabalho e da sociedade
moçambicana no geral.” (PEEC, 2008: 39)
Pode-se dizer, em grande medida, que a base da fraca qualidade dos graduados deste
subsistema, e que por extenção influencia também os que ingressam no ensino superior, seja
esta razão amiúdes discutida entre os académicos moçambicanos. Outras razões podem estar
nas diminutas condições físico-materiais das infra-estruturas escolares agravando o ensino
deste subsistema para a carência em termos de custos em todos os sentidos.
O Ensino Técnico-Profissional
Segundo: o nível básico é frequentado pelos candidatos com a 7ª classe e o curso dura 3 anos.
Terceiro: o nível médio integra candidatos que pretendem tornar-se técnicos profissionais em
agro-pecuária, indústria ou comércio.
O quadro abaixo, sintetiza alguns dados importantee e decorrentes das necessidade desse tipo
de ensino:
O Ensino Superior
O subsistema não está à margem do problema de qualidade que quase todos outros
subsistemas enfrentam. Hoje pensa-se muito nas modalidades de contratação de docentes e a
Por outro lado e devido à falta de docentes, algumas instituições de ensino superior recorriam
a uma contratação directa de professores, baseando-se em critérios menos claras, como é o
caso da busca dos estudantes que se destacam numa determinada área de formação para a
leccionação (os chamados monitores) sem, no entanto, disporem de alguma orientação
psicopedagógica para tal exercício.
Ora, o exercício profissional docente encerra e exige que se tenha em conta inúmeros
aspectos que, por economia de tempo e de espaço, não se fará menção aqui. Mas procurar-se-
á dar ênfase a um dos aspectos fundamentais que compõe a identidade profissional do
professor: a questão da formação de um professor-investigador.
Já se falava desta noção desde os anos 30 e resiste até aos nossos dias devido ao valor
estratégico que assume em todo o processo de ensino/aprendizagem. Ser um professsor-
investigador significa conceber uma formação que “implica desenvolver competências para
investigar na, sobre e para a acção educativa e partilhar resultados e processos com os outros,
nomeadamente com os colegas.” (Campos, 2001)
O autor acima referenciado sublinha que “compete a cada instituição encontrar a melhor
maneira de iniciar os seus formandos na prática sustentada da investigação” (ibidem) como
forma de estar na profissão.
EXERCICIOS
UNIDADE IX
Nesta unidade importa falar dos ciclos de formação no Sistema Nacional de Educação
relativamente ao Ensino Geral.
SUMÁRIO:
O conceito de ciclo denota o conjunto de unidades programadas para a aprendizagem dos alunos,
envolvendo na base da sua concepção habilidades e competências específicas previamente
definidas.
IDADE 6 7 8 9 10 11 12
CLASSES 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
CICLOS 1º 2º 3º
GRAU 1º 2º
Esta estrutura curricular compreende também dois graus: o primeiro que parte da 1ª à 5ª
classes e o segundo de 6ª à 7ª classe. Esta estruturação inscreve-se numa visão integral dos
conteúdos orientados ao desenvolvimento articulado e integrado de conhecimentos, valores e
habilidaes e complementadas pelas actividades extra-curriculares. (PCEB, 2008: 27)
Resumo
1 Faça uma pesquisa sobre a organização por ciclo do nível médio no Sistema Nacional de
Educação: Objectivos, Finalidade e a distribuição das disciplinas.
Sumário
Lee e Traldi (1984) citados por Martins (1999: 129) aborda o currículo como uma “estratégia
pela qual as escolas tentam satisfazer os fins de educação.”
A crescente e dinâmica transformação das sociedades inquieta a escola. Hoje a escola deve tentar
sobreviver ante as transformações sociais procurando encarar o conhecimento como dinâmico e
mutável, construindo-o colaborativa mente e relegando a concepção tradicionalista de educação
dentro da qual “ o formando aprende imitando o mestre as técnicas empregues pelo professor
mais velho, mais experiente e perito na sua profissão, seguindo as suas instruções e conselhos. A
mestria no ofício é passada de geração em geração” (Alarcão, 1996: 96), como se fosse válido
para todos os contextos do ensino e/ou da formação
É nesta dinâmica social em que o currículo se inscreve, para dentro do conjunto de disciplinas
“cada uma dela organizada numa sequência lógica em termos de conteúdo” ( Martins, op.cit), dar
respostas concretas às circunstâncias contextuais onde o ensino ou a educação tem lugar.
Percebido desta forma, o currículo desempenha um papel político na educação pelo facto de na
sua concepção e realização comporta implicações sociais significativas ao tocar as necessidades
emergentes da sociedade.
Por isso, uma das componentes fundamentais do currículo é a planificação, planificação essa que
que “deve partir de uma pesquisa das necessidades socioculturais dos educandos e, a partir daí,
serão determinados os objectivos, os conteúdos, as actividades de aprendizagem e os meios de
avaliação.” (ibidem)
2-Selecção de conteúdo
4-Avaliação
Os objectivos da planificação curricula, para além de ser adequado à estrutura matéria e física da
escola, o funcionamento, os recursos humanos, o próprio currículo e as actividades docentes,
devem permitir:
Falar da organização curricular impõe atacar a sensibilidade social do ponto de vista das suas
reais preocupações reflexas na escola. Tais preocupações condicionam a estrutura organizacional
do currículo vigente tentando-se assim responder, de forma investigativa, as aspirações e
expectativas da sociedade relativamente ao papel da escola.
EXERCICIOS:
INTRODUÇÃO
O bom funcionamento da escola como uma instituição de ensino (educação) e de formação
depende de uma boa máquina de gestão e coordenação de todos os serviços nela existentes.
Embora em muitos casos as fases da administração geral tenham muitos aspectos comuns com a
da escola, a administração escolar comporta especificidades: “Na escola, há uma interação de
personalidades diferentes nas dimensões humana e político-social.” (ibidem)
“(…) supõe uma filosofia e uma política directoras preestabelecidas: consiste no complexo de
processos criadores de condições adequadas às actividades dos grupos que operam em divisão de
trabalho; visa à unidade e à economia da acção, bem como ao progresso de empreendimento.”
a) Director
b) Director – Adjunto
c) Sector Administrativo
Conselho Pedagógico-Administrativo
Director Pedagógico:
EXERCICIOS:
No fundo é um projecto que antevém o futuro tomando como ponto de partida o passado e o
presente para tomar decisões adequadas mediante um conjunto de alternativas. Nesta Unidade
abordar-se-á a palnificação educacional ao nível geral, olhando para aspectos que a compõem.
A previsão requer um conhecimento profundo do que se pretende com a planificação e, esta está
intimamente inter-relacionada com a investigação de modo a se descobrir as necessidades do
sistema escolar e as respectivas perturbações para se encontrarem a alternativas e permitir
melhor organização. Porém, o plano não é algo que deve ser seguido literalmente, podendo ao
longo de sua execução sofrer algumas alterações mediante as necessidades circunstanciais.
Oliveira (1987, cit. por Martins, 1999: 57) escrutina princípios gerais de uma planificação, de
que a educação não deve estar alheia:
Na planificação educacional intervêm variáveis de natureza diversa que também é preciso ter em
conta. Por exemplo, a própria educação tem uma forte influência sobre a vida das pessoas nas
comunidades, o que faz com que a variável social se afigure como importante.
Na variável social o sistema educativo deve estar atento as desigualdades sociais existentes, em
que uma classe social é tida como superior a outra, de tal modo que, ao querer manter o status
quo (detentora do poder) optará por uma educação conservadora em prejuízo de outra classe, que
é sempre submissa.
É a planificação educacional que deve antever até que ponto a previsão da acção educativa é
reflexiva e crítica às contradições sociais existentes na sociedade e facilitadoras de uma educação
libertadora e democrática.
“Embora a educação pública seja uma acção política, é preciso que os educadores
sejam capazes de conquistar o espaço que lhes compete no planejamento da
mesma, fazendo-o a partir da realidade concreta, questionando as políticas
educacionais e reivindicando as condições necessárias para implementá-la.”
(Martins, 1999: 71)
A sociedade civil e a classe política compõem a sociedade. Há, dentro da sociedade civil,
pessoas detentoras do poder económico e muitas vezes aliena as massas populares do produto
do seu trabalho, o capital.
A classe política, em princípio zela pelos interesses dos cidadãos. Nota-se que o
distanciamento entre os interesses dos cidadãos e dos políticos tem sido, “normalmente”
muito grande. A planificação escolar deve velar pelos interesses justos dessas duas classes
para uma ascensão social conjunta e justa e imprimindo um ritmo de desenvolvimento que
persegue uma qualidade efectiva do sistema escolar.
Variável Filosófica
O centro do debate sobre esta variável reside na questão da qualidade do ensino: ao longo dos
tempos a qualidade foi sendo localizada ora no ensino centrado no professor, ora no centrado
no aluno sem, contudo, se descobrir o verdadeiro problema, ou seja, o que significa um
ensino de qualidade!
EXERCICIOS
Vimos que a Administração tem por finalidades conseguir alguma coisa feita com economia de
tempo etc. Em A.E., o objectivo é
em si. Não devemos exagerar a importância da técnica, atitude muitas vezes contraproducente,
justamente porque o entusiasmo em
seu emprego pode levar um novato a considerá-la como principal. Ela deve favorecer a obtenção
de melhores resultados, sem exigir
do povo advêm todas as melhorias sociais e económicas. Ela envolve não só crianças, pais,
mestres e funcionários, mas toda a
Para conceituá-la e delimitar seu campo de acção, usaremos o conceito aprovado pelo 1º
Simpósio de A.E., realizado em São
criadores de condições adequadas às actividades dos grupos que operam em divisão de trabalho;
visa a unidade e a economia de
científico dos processos que se desenvolvem antes, durante e depois das actividades escolares e
que sejam mais aptos para garantir
Ayres Bello diz que “A.E. é um ramo da Ciência Administrativa, tendo como objecto próprio o
estudo dos métodos e processos
Em resumo, a A.E. deve facilitar a tarefa educativa, proporcionando todas aquelas medidas
indicadas como eficientes.
Vimos que a A.E. “supõe” uma Filosofia e sabemos que a Pedagogia é considerada a aplicação
prática de seus princípios. De
Houvre afirma que a Pedagogia é “a pedra de toque não só da Psicologia, senão de toda a
Filosofia, valendo os sistemas
educacionais o que valem as concepções do homem e da vida, perfilhadas por seus autores”.
(Philosophie Pédagogique, XVII).
Assim vemos, na história dos povos, variar a educação de acordo com a filosofia que aí
predomina. A Sociologia e outras ciências
educacionais, com a Filosofia, determinam o objectivo. Esse deve traduzir o ideal do povo e cabe
à A.E. a tarefa de realizá-lo.
dos princípios filosóficos sociais dominantes em suas agremiações políticas. Nem sempre,
porém, os eleitos podem ser
considerados como representantes da maioria, já que a grande maioria não se manifesta, não
vota, e quando o faz é visando ao
próprio interesse. Além disso, há diferença representativa no voto de um pai de muitos filhos e o
de um solteiro; o primeiro
Marcel Demongeot (Le meilleur Regime Plítique Selon Saint Thomas) confirma que os regimes
políticos variam de acordo com o
ideal que os inspira. A influência política se faz sentir na elaboração das leis. Por exemplo: a
abertura de novas escolas é
A A.E. sofre a influência de outras ciências relacionadas com a educação, tais como Psicologia,
Pedagogia, História da Educação.
matrículas, iluminação, e tantas outras exigências que visam a obtenção de resultados sempre
melhores, sem perda de recursos
Como em qualquer outra Administração, seus objectivos devem ser bem definidos e alcançados
em sua essência, embora um ou
A principal preocupação da A.E., hoje em dia, é educar para a vida. Dewey escreveu que “a
educação não é tanto a preparação para
a vida senão a própria vida; na escola a criança deve viver e não estudar a vida”. Para isso,
precisamos deixar de lado a instrução
verbalística, livresca, que exige decoração e conserva o aluno como uma estátua na carteira, sem
liberdade para falar ou perguntar o
que interessa. Hoje, fala-se mais em educar em vez de instruir somente. Tem-se por objectivo
formar a personalidade, dando ao
aluno o domínio de si mesmo, hábitos sadios, consciência de seus deveres e direitos, integrando-
o no meio social em que irá viver;
responsável pelo êxito do desenvolvimento do programa de acção e, põe isso, deve ter em seu
corpo social pessoas competentes
maior cuidado deve ter a A.E. Não basta ser pessoa culta; precisa estar actualizada em problemas
educacionais e ter capacidade
Quem primeiro usou o nome de Administração Escolar foi Compayré, em 1892, quando
escreveu seu livro sobre a Educação em
conhecidas nos vêm dela e, entre os que se dedicaram ao assunto, destacaremos Jesse Sears,
professor da Universidade de
Stanford, o primeiro a formular princípios para a nova ciência, adoptando os cinco elementos de
Fayol mudando, apenas, previsão
No Simpósio de A.E., anteriormente citado, sugeriu-se uma nova orientação quanto aos
elementos da A.E., que deve ser adoptada
referência a cada um, já que no decorrer do programa trataremos detalhadamente deles, com
todos os assuntos devidamente
onde se vai trabalhar; fazer levantamento dos dados elucidativos, estudá-los, separá-los,
compará-los, examiná-los enfim, de todos
os modos, para que fique bem conhecido e possa ser indicada uma solução. De acordo com esses
dados, elaboram-se os primeiros
planos ou anteprojectos, que serão discutidos, estudados em todos seus aspectos, modificados se
necessário, até se encontrar o
plano definitivo. É uma fase demorada, mas não podemos tomar decisões apressadas ou
improvisar em matéria de tal relevância Geralmente, em Administração Pública, esse plano
definitivo é submetido a aprovação da Assembleia que o transforma em lei, de
serviço, localizando-os de acordo com o sector; provimento dos cargos com pessoal competente;
compra de material didáctico,
material de consumo, mobiliário etc. regulamentação das atribuições da cada um, obedecendo ao
princípio de ordem (cada um em
Cuidará das instalações, prédio com modernos requisitos, equipamento, material padronizado,
tendo em vista sua estilização,
a verificação prévia das condições em que tudo se acha, antes do início dos trabalhos, evitando
que qualquer falha possa prejudicálos.
Deve executar o comando no sentido de ordenar e ser obedecido. Suas ordens devem ser claras,
justas, exequíveis e legais.
sobretudo, coordenar os esforços dos vários elementos que formam o corpo social da estrutura,
para esforços em sentidos contrários
4º Avaliação de resultados – A A.E. precisa conhecer se o plano está ou não dando resultado e
essa avaliação não se mede em
dinheiro, como nas empresas comerciais, mas por medidas quantitativas e qualitativas. As
mediadas quantitativas referem-se aos
do grau de maior ou menor prestígio de que goza a escola, pela integração da mesma no meio
social, se satisfaz ou não as suas
necessidades, como é geralmente aceite o seu objectivo, como se executam as suas tarefas. No
aproveitamento escolar, começa-se a
5º Relatório – Será feito no fim de cada ano, com a apresentação de resultados, ao mesmo tempo
que fará uma análise crítica dos
factos, indicando onde e por que falharam as previsões, terminando com sugestões que possam
ser as mais indicadas no
Embora matéria de Direito, precisamos conhecer um pouco a hierarquia das Leis, pois muitas
vezes surgem casos que a A.E.
A Lei fundamental de uma Nação é a Constituição. Ela define sua organização política,
estabelece os direitos do homem e do
sobre o mesmo assunto, a lei que prevalece é a do Estado. Esta prevalece sobre a municipal, de
tal modo que, Municípios, em suas
leis, não podem inserir dispositivos que contrariem uma lei do Estado. Só quando o assunto é de
competência exclusiva dos
Municípios, podem legislar livremente. Em matéria do ensino por exemplo, a Lei do Sistema
Nacional de Educação (S.N.E) no
caso de Moçambique, estando esta, coberta pela Constituição, deve ser observada por todos os
Municípios. Portanto, os Municípios
EXERCICIOS
2º Organização;
3º Assistência à execução;
5º Relatório.
eficientes.
Educacional,Estatistica,Higiene escolar
administração escolar:
– humanista tradicional,
– humanista moderna ou
– humanista progressista.
EXERCICIOS
1 – Segundo Marcel Demongeot, quais as outras ciências relacionadas com a educação que
influenciam a Administração escolar?.
UNIDADE XV:
SUMÁRIO:
a vida.
somente.
EXERCICIOS
1 – Se “A educação não é tanto a preparação para a vida senão a própria vida-segundo Dewey,
diga qual a principal preocupação da Administração escolar hoje em dia?
Resposta: A principal preocupação da Administração escolar hoje em dia é educar para a vida.
UNIDADE XVI
Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre espaços específicos da escola. A escola bem
como qualquer organização social, tem regras ou critérios para o seu funcionamento. Uma das
regras é estar dotada de espaços reservados para actividades especificas.
SUMÁRIO
1. Sala de Aula na Escola: É o espaço de ensino onde têm lugar as diversas actividades
diárias. É aconselhável agrupar as salas de aula em núcleos de ensino constituídos por 2
ou 3 salas de aula com alguns espaços de uso comum, tais como o de educação plástica,
uma instalação sanitária e arrecadação de material didáctico:
a) Actividades predominantes: trabalho sentado à mesa, individual ou em grupo; trabalho
de pé em mesa, bancada, expositor ou quadro; projecções, exposições;
e) Equipamento fixo: bancada à altura de 0,75 m, com ponto de água e esgoto; quadros
de escrita (a giz e a marcadores); expositores; ecrã para projecção; régua de cabides;
f)Espaços anexos: espaço para educação plástica, - que pode ser integrado em cada
uma das salas de aula ou preferencialmente servir a um núcleo de ensino.
2. Educação Plástica na Escola: É um espaço oficina para actividades que
produzem sujidade.
EXERCICIOS
1. A sala de aula na escola: é o espaço de ensino onde têm lugar as diversas actividades diárias. O
que se aconselha sobre este espaço?
UNIDADE XVII:
Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto na presente unidade.
SUMÁRIO
Instalações Sanitárias na Escola
Os sanitários dos alunos devem localizar-se dispersos pela escola não devendo agrupar-se em
unidades (F + M) com área superior a 25 m2. Não são permitidos sanitários de alunos sem
ventilação e iluminação naturais. Devem ser separados por sexos e equipados, na seguinte
proporção:
Deve existir pelo menos uma instalação sanitária para deficientes que utilizam cadeira de rodas,
equipada com 1 lavatório, 1 sanita apropriada e 1 lava-pés. A sanita deve estar colocada a meio
de uma parede e ter, de cada lado, barras de apoio articuladas de modo a permitir uma melhor
abordagem da cadeira de rodas. A porta de acesso será de abrir para fora ou de correr, com folha
de 0,90 m:
EXERCICIOS
UNIDADE XVIII
Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto na presente unidade.
SUMÁRIO:
c) Exigências construtivas:
Fenestração: lateral, nas galerias, orientada para qualquer quadrante,
evitando o poente;
Revestimentos: pavimentos laváveis, resistentes e anti-derrapantes;
paredes não abrasíveis; lambril lavável e resistente ao impacto até 1,50m
de altura; tecto poroso, eventualmente com revestimento não reflector de
som;
Deve existir um átrio principal que assinale a entrada da escola, sendo esta protegida
exteriormente por um coberto sobre portas a abrir para fora. A entrada no edifício escolar deve
situar-se em local visível da rua e a pouca distância do portão de entrada dos alunos no recinto
escolar. As circulações interiores a utilizar pelos alunos, quando exclusivamente para esse fim,
devem ser reduzidas ao mínimo indispensável, não ultrapassando 20% da área total útil da
construção.
EXERCICIOS
1. Explique como deve estar disposto átrio na escola?
UNIDADE XIX
Prezado estudante, seja bem vindo à unidade sobre a segurança dos edifícios e recintos escolares.
Para garantia da segurança contra incêndio em edifícios escolares deve atenderse às exigências
do regulamento de segurança contra incêndio em edifícios escolares.
Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto na presente unidade.
SUMÁRIO
1.As instalações de gás estão limitadas à cozinha e à central térmica para aquecimento de águas
para os balneários e aquecimento do ar ambiente (para escolas que possuam sistemas activos de
aquecimento);
2.As instalações de gás devem ser projectadas para a utilização de gás natural, ainda que só
possam ser abastecidas com outro tipo de gás disponível localmente, tal como o ar/propano, gás
propano ou butano;
3.As instalações de gás devem ser projectadas por técnicos credenciados, de acordo com as
normas e regulamentos específicos, devendo ser sempre licenciadas e vistoriadas pelas entidades
competentes.
A biblioteca/informática, a cozinha e as arrecadações em geral, devem dispor de sistemas
especiais de segurança contra intrusão, nomeadamente fechaduras com chaves especiais, portas e
janelas reforçadas, estores metálicos e eventualmente dispositivos de detecção e alarme
adequados. Em caso de saídas de emergência, os sistemas de segurança contra intrusão devem
permitir a fácil abertura pelo interior.
Dentro do edifício há que acautelar a segurança dos alunos contra quedas acidentais. Não são
permitidas portas de vaivém nos espaços frequentados pelos alunos. As portas das cabinas das
instalações sanitárias devem ser dotadas de fechadura de comando de modo a permitir que em
caso de emergência, as portas fechadas pelo interior possam ser abertas pelo exterior.
Para garantia da segurança contra incêndio em edifícios escolares deve atenderse às exigências
do regulamento de segurança contra incêndio em edifícios escolares: o edifício no seu conjunto,
devem apresentar estabilidade e resistência mecânica aos esforços que podem ocorrer durante o
tempo de vida útil do edifício; as estruturas dos edifícios devem poder desempenhar com
segurança a função a que se destinam; as instalações e os equipamentos eléctricos devem ser
concebidos e localizados por forma a evitar a ocorrência de acidentes pessoais decorrentes do
uso normal.
O elevador não pode ser usado em caso de incêndio. As instalações e os equipamentos de gás e
outros combustíveis devem ser concebidos e localizados por forma a evitar a ocorrência de
acidentes pessoais decorrentes do uso normal. A biblioteca/informática, a cozinha e as
arrecadações, devem dispor de sistemas especiais de segurança contra intrusão. Dentro do
edifício há que acautelar a segurança dos alunos contra quedas acidentais. Não são permitidas
portas de vaivém nos espaços frequentados pelos alunos. As portas das cabinas das instalações
sanitárias devem ser dotadas de fechadura de comando de modo a permitir que em caso de
emergência, as portas fechadas pelo interior possam ser abertas pelo exterior.
2. Comente a seguinte afirmação: dentro do edifício há que acautelar a segurança dos alunos
contra quedas acidentais.
UNIDADE XX
INTRODUÇÃO
Prezado estudante, a escola é um lugar de formacao as mais variadas areas do saber cientifico.
Podemos afirmar claramente que a escola é centro de reprodução das relações de produção não
há escola única.
Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre a o tema proposto nesta unidade, sendo
necessário usar todo conhecimento que dispõe sobre a matéria.
SUMÁRIO:
A escola como centro de reprodução das relações de produção não há escola única. Há graus de
ensino onde alguns têm acesso em nível decrescente quanto mais alto for o escalão acadêmico. A
Na rede escolar o culto da arte, ciência pura, profundidade filosófica, sutilezas psicológicas, são
formas de inculcação vinculadas a orientar a acção do educando conforme as normas de direito,
políticas hegemônicas, sendo representadas enquanto deveres. A inculcação não se dá pelo
discurso, mas através de práticas de exercícios escolares onde a nota equivale ao salário,
recompensa pelo trabalho realizado. Da mesma maneira que o mercado do trabalho é regulado
pela competição, no interior da escola ela é cultuada nos sistemas de promoção selectivos. O
aluno é obrigado a estar na escola e é livre para decidir se quer ou não, ter êxito ou não, como o
indivíduo é livre ante o mercado de trabalho.
Todas as práticas escolares estão ao serviço da inculcação, que pressupõe técnicas e métodos
apropriados. A técnica escolar formaliza os conteúdos de inculcação e os de saber positivo-as
Trata-se de perguntar a cada indivíduo como ele passou sua infância pré-escolar, como
determinante de sua escolaridade individual ulterior. As classes sociais não podem ser pensadas
como a partir dos indivíduos. Elas não se reduzem a propriedades sociais características de cada
indivíduo. Essa visão atribui importância à família, lugar material da primeira educação. A
explicação é regressiva, cronológica, individual.
Essa cronologia-família, escola primária, ginásio ou não-só existe do ponto de vista do indivíduo.
Na realidade, família, escola primária, ginásio etc.
O professor está ao serviço do aparelho escolar, não de sua classe. À falta de base, um nível de
ensino remete ao imediatamente inferior e este à família, esquecendo que há duas redes devido à
relação social de produção. Se há famílias providas e desprovidas é porque há duas classes. O
funcionamento do conjunto do aparelho escolar e o lugar da escola primária no interior do
aparelho escolar são definidos na sua função de reprodução das relações de produção. O operário
reproduz-se enquanto tal na medida em que não tem elementos de acumular e sim, somente,
reproduzir sua força de trabalho. Essa reprodução pode originar-se a partir da industrialização da
agricultura e empobrecimento das classes médias.
O aparelho escolar tem seu papel na reprodução das relações sociais de produção quando:
EXERCICIOS
UNIDADE XXI
INTRODUÇÃO
O tema da supervisão tem sido muitas vezes associado às funções de superintendência, vistoria,
fiscalização, chefia etc. Sendo uma componente importante para as escolas, as instituições de
formação de professores deviam dar uma especial atenção à supervisão (escolar) pedagógica
como uma área de formação e de aperfeiçoamento profissional.
SUMARIO:
O conceito de supervisão
“ (…) o termo supervisão [começa] a ser usado entre nós como alternativa à designação de
´orientação da prática pedagógica.´ (Alarcão e Tavares, 1987: 03)
O termo tem sido usado em diferentes situações e por vezes por causa da incerteza dos
utilizadores perde o seu sentido real, passando a ser conotado com a chefia, o controle, a
inspecção etc.
Hoje, o novo papel assumido pela escola exige o abandono total dos modelos de ensino
reproducionistas, assentes nos saberes constituídos em que outrora os professores se
identificaram com tais modelos e continuam ainda se identificando com eles. A autonomia (e não
a libertinagem) das escolas deve ser percebida como um factor impulsionador que permite a que
“ a escola se pense a si própria, tenha um projecto específico e contextualizado no seu ambiente
histórico, geográfico e sócio-cultural e se responsabilize pelo cumprimento e pela avaliação da
qualidade da sua concepção e realização.” (Alarcão e Tavares, 1987: 131)
A autonomia escolar desta forma impera a realização de uma supervisão em que o director,
sendo o responsável máximo e gestor político da instituição, milita por um projecto educativo
inclusivo facilitando a organização, aprendizagem e o desenvolvimento da instituição escolar.
Adaptado por José Bartolomeu J. Marra a partir do livro de Alarcão, I. & Tavares, J. (1987).
Supervisão da Prática Pedagógica: Uma Perspectiva de Desenvolvimento e Aprendizagem.
Coimbra: Edições Almedina.
Nos moldes abordados acima, defende-se uma supervisão escolar reflexiva na qual os papéis dos
intervenientes no ensino e na formação convergem para o desenvolvimento pessoal, colectivo e
institucional (escola reflexa). Sendo assim, o director desempenha um papel crucial na resolução
dos problemas e das situações de ensino que eventualmente podem bloquear a criatividade e a
melhor intervenção dos professores, enquanto primeiro supervisor da escola.
EXERCICIOS
UNIDADE XXII
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, terá a oportunidade de estudar com o seu professor a forma de sintetizar os dados
os elementos que dizem respeito a realização da prática pedagógicas I, essencialmente a forma
de organização do seu relatório final da disciplina de práticas pedagógicas I.
SUMÁRIO:
EXERCICIOS
1 – Tente esquematizar os elementos que deve ter em conta na redação do seu relatório de
Práticas Pedagógicas.
UNIDADE XXIII
INTRODUÇÃO
Já estamos na recta final das práticas Pedagógicas I, agora é o momento de redigir o seu relatório
da disciplina. Como organizar da melhor maneira o seu relatório, propomos um esquema de
organização que pode ser adptado em função das exigências da instituição e da natureza do
trabalho.
SUMÁRIO:
Estrutura dos relatórios de Práticas Pedagógicas de acordo com Dias et.al (2007):
inserir:
- Conclusão
- Apendices;
- Bibliografia final.
As práticas pedagógicas de acordo com a orientação do docente podem ser divididas em práticas
pedagógicas I e II, onde no final de cada etapa é fechada pela elaboração e entrega do relatório
ao docente pelo estudante. Os aspectos a destacar no referido relatório são da escolha do docente
ou podem ser do estudante, se este assim o quiser, sem no entanto dispensar a orientação para
sua elaboração. Mais abaixo mostramos apenas um exemplo de um relatório de práticas
pedagógicas, não queremos com isso dizer que este constitui o modelo.
Título;
Identificação do aluno e data;
Objectivo(s): deve ser definido de acordo com o tema;
Descrição fisico-geografica da escola;
Recolha de dados (tipo de escola, numero de alunos, professors,
numero de salas de aulas, etc;
Tratamento de dados e cálculos (se necessário);
Conclusão.
Práticas Pedagógicas I:
A universidade Jean Piaget localiza se no Bairro da Cerâmica, a mais ou meno três quilómetro da
EN6 em direccão a fábrica de tijolos. Esta instituiçao foi inagurad a 28 de Maio de 2005, por sua
excelência, o Presidente da República, Armando Emilio Guebuza. Ela tem como “ universidade
mãe” o Institudo Piaget localizado em Portugal, que presta apoio não só a esta como também a
outras citas em Paises como Angola, Brasil, Cabo Verde. A cooperação é feita entre estas
universidade através do correio electrónico.
1. Descrição Fisica:
Universidade conta com apenas um pavinhão que compreende cinco blocos (auditórios), a saber:
bloco A, com sala de reuniões e comferências com uma capacidade de 135 lugares e altamente
equipada (microfone, aparelhos sonoros, projector de imagem). O bloco B, composto de salas de
aulas normais, algumas com uma capacidade de trinta estudantes (como é o caso de sala de
engenharia) e outras com capacidade de 60 estudante (como as do curso de direito, por exemplo).
2. Área Pedagógica:
No que diz respeito a área pedagógica, começa-se por dizer que os planos curriculares estão
adaptados a realidade moçambicana, visto que, a mior parte do corpo docente é moçambicano.
Por este motivo existe, nesta Universidade em relação as outras do pais, o paralelismo
pedagógico, isto é, o estudante que estiver a frequentar um curso noutra universidade, caso
a) Avaliação escrita;
b) Trabalho de investigação e
c) Participação directa das aulas.
A formação nesta universidade tem a duração de quatro anos, correspondente a licenciatura. São
ministrados na Unipiaget os cursos de: engenharia informática; engenharia de sistema de rede e
comunicação; engenharia civíl e ordenamento de territorio; informática de gestão; contabilidade
e administração pública; economia e gestão; direito; relações internacionais; marketing; análises
clínicas e saúde pública e sociologia. Para a garantir um ensino mais eficiente, a Unipiaget conta
com laboratórios (onde são feitas experiências) em dispositivos eletrónicos, biblioteca, que se
encontra aberta num período das 07:00H as 21:30H, para permitir que os estudantes do curso
noturno tenham acesso.
Nisto, logo que um estudante se ingressa nesta universidade tem direito a uma senha que lhe da
acesso ao uso de livros assim como de computadores. Os livros existentes podem ser
requisitados num período máximo de três dias. A universidade tem duas salas de informática,
uma usada para aulas normais e outra usada apenas para avaliações. É Importante frisar que a
universidade Jean Piaget preve acrescentar mais cursos ao longo do tempo, como são os casos de
curso de jornalismo, psicologia e arquitetura. Sendo assim, eles pretendem ampliar as suas
instalações construíndo mais 11 pavilhões com planta semelhante ao do primeiro edificio.
2. Área Pedagógica:
As práticas pedagógicas de acordo com a orientação do docente podem ser divididas em práticas
pedagógicas I e II, onde no final de cada etapa é fechada pela elaboração e entrega do relatório
ao docente pelo estudante. Os aspectos a destacar no referido relatório são da escolha do docente
ou podem ser do estudante, se este assim o quiser, sem no entanto dispensar a orientação para
sua elaboração.
EXERCICIO
1. Explique porque razão no fim da cadeira de práticas pedagógicas os estudantes devem realizar
um relatório?
BUSSMAN, Antónia Carvalho. Projecto Político Pedagógico da escola. (in) Veiga, Ilma Passos
(org.). Projecto Político Pedagógico da escola: uma construção possível. Paripus edições, São
Paulo, 2008.
HAIDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. 8ª Edição, ática, São Paulo, 2006.
SANTOS, Vivaldo Paulo dos. O quefazer na sala de aula: didáctica, metodologia ou nada disso?
Dialogia, v.2 2003: pp, 137-148
Nóvoa, António; Ventura, Alexandre. Para uma análise das instituições escolares. Portugal,
1999.
PRATI, Laissa; COUTO, Maria; MOURA, Andeina; POLETTO, Michele & KOLLER, Silvia.
(2007). Revisando a inserção ecológica: Uma proposta de sistematização. Psicologia reflexão e
crítica, 21(1), 160-169.
DIAS, Idilzina N.; SANTOS, Nobre R. dos; CRUZ, Paula; GOMANE, Orlanda; JÚNIOR,
Ernesto & SIMÃO, Jerónimo. Manual de Práticas e Estágio Pedagógicas. 2ª Edição, Editotora
EDUCAR-UP, Maputo, 2010
Duarte, Stela; Pereira, José Luís; Francisco, Zulmira. Manual de Supervisão de Práticas
Pedagógicas. Educar-UP, Maputo, 2008.