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Faustino Azevedo Vancela Braimo

Relatório de Práticas Pedagógicas

Universidade Rovuma
Centro de Recursos de Nacala
2022

Faustino Azevedo Vancela Braimo


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Relatório de Práticas Pedagógicas

Trabalho de carácter avaliativo, da cadeira de


Estágio Pedagógico de Bilogia, Ministrada no
Curso de Licenciatura em Ensino de Química 5º
Ano, regime EaD.
Tutor: Prof. Doutor Manecas Cândido Azevedo

Universidade Rovuma

Centro de Recursos de Nacala

2022
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Índice
Declaração.................................................................................................................................iv

Introdução...................................................................................................................................6

OBJECTIVOS DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO.........................................................................7

Objectivo Geral...........................................................................................................................7

Objectivos Específicos................................................................................................................7

METODOLOGIA.......................................................................................................................7

Observação..................................................................................................................................7

Entrevista....................................................................................................................................9

1. ENQUADRAMENTO GERAL DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO......................................9

1.1. A Escola como Instituição de Acolhimento.....................................................................9

1.2. Localização Geográfica da escola..................................................................................10

1.3. Caracterização Geral da Escola Secundária de Memba.................................................10

1.4. Estrutura física da escola...............................................................................................12

1.5. Condições de Segurança interna da escola....................................................................12

1.6. Estrutura administrativa da escola.................................................................................12

1.6.1. Membros da Direcção da Escola Secundária de Memba...........................................13

1.7. Área organizacional.......................................................................................................13

1.8. Documentos normativos................................................................................................14

1.9. Secção Pedagógica.........................................................................................................14

1.9.1. O Efectivo do Corpo Docente e não Docente /2022..................................................15

1.9.2. Efectivo dos estudantes da escola..............................................................................16

2. INTERVENIENTES DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO......................................................16

2.1. Professores Orientadores/Supervisores..........................................................................16

2.2. Núcleo de estágio...........................................................................................................17

2.3. Os Alunos.......................................................................................................................17

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO......................................18


iv

3.1. Prática Pedagógica Geral...............................................................................................18

3.2. PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA (PES)..................................................19

3.2.1. Prática Lectiva............................................................................................................19

3.3. Disciplinas leccionadas..................................................................................................20

3.4. Concepção e organização...............................................................................................21

3.5. Horário...........................................................................................................................21

3.6. Planificação....................................................................................................................21

3.7. Intervenção Pedagógica.................................................................................................22

4. Metodologias e estratégias de ensino/aprendizagem utilizadas........................................23

5. Recursos utilizados e materiais didácticos produzidos......................................................23

6. Reflexão sobre a Prática lectiva na 9ª e 11ª classes...........................................................24

7. ACTIVIDADES DE INTEGRAÇÃO NO MEIO ESCOLAR..........................................24

Conclusão..................................................................................................................................27

Referências Bibliográficas........................................................................................................28

APÊNDICES.........................................................................................................................xxix

ANEXOS............................................................................................................................xxxvii
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Declaração
Eu, Faustino Azevedo Vancela Braimo, declaro sob minha honra que este relatório foi o fruto
dos resultados das minhas actividades desenvolvidas no âmbito de estágio pedagógico de
Biologia, isto é, as observações das simulações das aulas e das orientações do meu supervisor,
e o seu conteúdo é original e todas as fontes de assistências das aulas estao devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia.

Portanto, importa salientar ainda que este relatório não foi apresentado por parte de nenhuma
pessoa nesta ou noutras instituições para obtenção de resultados semestrais para uma nota
final da cadeira.
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Introdução
O Estágio Pedagógico (EP) é uma etapa fundamental para a preparação do estagiário, futuro
professor, e é sobretudo, uma etapa reflexiva e de partilha a vários níveis: científico, pessoal,
pedagógico e ético-profissional. O presente relatório de estágio visa apresentar, de forma
contextualizada, as experiências de ensino/aprendizagem desenvolvidas durante a prática
pedagógica realizada na Escola Secundária de Memba, no âmbito de Licenciatura em Ensino
de Química. Este trabalho é o resultado de um crescimento profissional reflexivo e profícuo,
fundamentado numa análise crítico-construtiva do que foi realizado ao longo da Prática
Pedagógica. Esta reflexão assentou essencialmente na análise dos conhecimentos teóricos e
práticos adquiridos e numa atitude de questionamento sustentada por diferentes referenciais
teóricos e pela vontade de agir melhor. O estágio pedagógico pressupôs uma ação reflexiva do
professor estagiário em seis domínios funcionais: Prática de Ensino Supervisionado,
Actividades de Integração no Meio Escolar, Actividades de Intervenção na Comunidade
Escolar, Actividades Complementares à Prática Letiva, Actividades de Natureza Científico-
Pedagógica e Outras Actividades de Enriquecimento Profissional. Cada um destes domínios
visou dotar o estagiário de várias competências, estratégias e recursos que lhe permitirão
exercer futuramente uma profissão integradora e desafiante.

O Estágio Pedagógico pretende dotar o professor estagiário de uma formação profissional


adequada, sendo um processo de ensino e de aprendizagem, que permite a aplicação dos
conhecimentos teóricos e práticos e que possibilita adquirir novas aquisições científicas,
tecnológicas e sociais.

Para os estagiários, o contacto com a sala de aula e com os alunos, na função de professor,
começa com o estágio. Esta nova fase iniciou-se com a observação assistida às aulas do
Professor Orientador de Estágio Celestino Ernesto, depois seguiu-se um período de co-
leccionação e, finalmente, a leccionação individual. As referidas etapas foram sempre
acompanhadas e trabalhadas em conjunto com o Professor Orientador de Estágio.
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OBJECTIVOS DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO

Objectivo Geral
Segundo MARCONI e LAKATOS (2001:102) os objectivos gerais estão ligados a uma visão
global e abrangente.

Constitui obectivo geral:

 Demonstrar as metodologias/estratégias aplicadas durante a prática de ensino e as


respectivas análises reflexivas, com a descrição das várias etapas percorridas e
colocando em evidência os aspectos considerados determinantes.

Objectivos Específicos
 Relacionar as diferentes áreas de serviço dentro da escola;
 Identificar os documentos constantes na escola e no sector pedagógico;
 Compreender o ensino e aprendizagem da escola;
 Descrever dados informativos em regime do funcionamento escolar;
 Ser capaz de desenvolver estratégias pedagógicas diferenciadas, conducentes ao
sucesso e realização de cada estudante no quadro de diversidade cultural e de
heterogeneidade dos sujeitos mobilizando valores, saberes, experiencias culturais e
sociais de alunos.

METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho foram tomados como base diferentes métodos e técnicas de
investigação em ciências sociais. Nesta óptica foram utilizados três tipos de métodos:
pesquisa bibliográfica, entrevista e a observação directa.

Estes, permitiram ao investigador analisar dados da observação, da entrevista com os dados


obtidos através de dados documentais e da internet, o que permitirá a alcançar os objectivos e
uma descrição densa da realidade estudada.

Observação
Segundo ALARCÃO & TAVARES (1997:103)
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No contexto escolar, a observação é um conjunto de actividades destinadas a obter dados e


informações sobre o que se passa no processo de ensino e aprendizagem com a finalidade de
mais tarde proceder a uma análise do processo numa ou noutra das variáveis em foco.

A estagiária usou este método porque, de acordo com Gil (1996:21), observar é um acto de
apreender coisas e acontecimentos, comportamentos e atributos pessoais e concretas inter-
relações. Neste sentido, ultrapassa o simples acto de ver e ouvir. É seguir o curso dos
fenómenos, seleccionando aquilo que é mais importante e significativo, a partir das intenções
específicas do pesquisador. Como técnica organizada, observar é um meio de medir por
descrição, classificação e ordenação. Transcende a simples constatação dos dados, porquanto
envolve a complementação dos sentidos por meios técnicos. Permite a apreensão directa dos
fenómenos.

Ajuda o pesquisador na identificação e obtenção de provas a respeito de objectivos sobre os


quais os indivíduos não têm consciência mas que orientam seu comportamento. Também a
observação pode ser como técnica por excelência para estudar os fenómenos através das
manifestações comportamentais. Para esta pesquisa foi necessário o contacto directo com a
realidade (observação participante).

Durante o trabalho de campo foi também usada a observação sistemática com objectivo de
descrever os fenómenos. Assim, o estagiário debateu os aspectos significativos constatados
para alcançar os objectivos pretendidos. Este tipo de observação foi possível através da
elaboração de um plano específico para a organização e o registo das informações. A
observação foi acompanhada pela análise e reflexão da documentação e através da entrevista e
registo de dados.

Neste trabalho usei essencialmente a observação directa (OD) na qual permitiu na recolha de
dados reais da Escola Secundária de Memba.

A observação directa acontece quando o investigador “procede directamente à recolha de


informações, sem se dirigir aos sujeitos interessados. Apela directamente ao seu sentido de
observação”, Quivy e Campenhoudt (1998: 164).

Para obter as informações, o investigador pode usar uma ficha de observação ou pode ir
registando as observações num diário.

De acordo com DIAS (2007, p.39), “observação é uma técnica de recolha de dado e os dados
recolhidos devem ser analisado”. Esta técnica permitirá observar/estudar de forma directa os
fenómenos em estudo.
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Entrevista
De acordo com LAKATOS e MARCONI (2010:278):

Entrevista trata-se de uma conversa oral entre duas pessoas, das quais uma delas é o
entrevistador e a outra o entrevistado. O papel de ambos pode variar de acordo com o tipo de
entrevista. Todos eles têm um objectivo, ou seja, há obtenção de informação importante e de
compreender as perspectivas e experiências das pessoas entrevistadas.

Neste sentido, a autora deste trabalho usou a entrevista como técnica em que o investigador se
apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com objectivo de obtenção dos dados
que interessam à investigação. Esta foi bastante importante como técnica de colecta de dados
porque permitiu a obtenção de informações acerca do que as pessoas sabem, crêem, esperam,
sentem ou desejam, pretendem fazer, fazem ou fizeram, bem como acerca das suas
explicações ou razões a respeito da situação da escola em destaque.

1. ENQUADRAMENTO GERAL DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO

1.1. A Escola como Instituição de Acolhimento


A escola de acolhimento, por ser o espaço físico, material e humano onde o estágio
pedagógico tem lugar, representa um papel central em todo o processo de ensino e de
aprendizagem, pelo que, a reflexão e a recolha de informação referente à escola, revelou-se à
partida, essencial para a adaptação e adequação das estratégias de ensino a implementar ao
longo do ano lectivo 2022.

É essencial que todo o professor, estagiário ou não, reflita sobre o que é a escola, qual a sua
missão e de que modo a sua intervenção enquanto “educador” pode, ou não, influenciar os
objectivos inerentes à escola enquanto “comunidade reflexiva” ou “edifício sem alma”
(Alarcão, 2010, p.86). A ideia que o professor tem da escola determina, á partida, toda a sua
atuação, nos diferentes papéis que possa desempenhar, enquanto professor, diretor de turma,
membro do conselho de turma, do grupo disciplinar, do conselho executivo ou outro. Após
consultar alguns autores que se têm debruçado sobre o conceito de escola (Alarcão, 2010;
Macedo, 1995; Roldão, 2000; Zabalza, 2001), identifico-me particularmente com as
ideologias de Alarcão (2010). Segundo este autor,

(…) a escola é uma comunidade social, organizada para exercer a função de educar e instruir
(…) (p. 88).
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É como um organismo vivo, também ela em desenvolvimento e em aprendizagem, norteada


por uma finalidade (educar) (…) (p. 86).

São lugares onde novas competências devem ser adquiridas ou reconhecidas e desenvolvidas.
Permite o desenvolvimento da capacidade de discernir entre a informação válida e inválida,
correta e incorreta, pertinente e supérflua. Tem a competência para organizar o pensamento e a
ação em função da informação, recebida ou procurada (p. 13).

Assim, tão importante como conhecer previamente os alunos e o programa curricular a


implementar, ou ser detentor de bons conhecimentos técnico-científicos na sua área de
lecionação, é também fundamental definir, um conceito de escola em que se acredita, e a
partir daí, procurar conhecer a quantidade e diversidade de recursos que a escola dispõe.
Segundo Zabalza (2001), este “é um passo fundamental para racionalizar o desenvolvimento
do currículo e melhorar a sua eficácia”, uma vez que são vários os aspetos de uma escola que
podem efetivamente ser, potenciadores da planificação do professor e esclarecedores face à
sua implementação na prática, nomeadamente “os professores disponíveis, os espaços, os
recursos materiais e técnicos, o modelo educativo, a dinâmica relacional existente e as
inovações didáticas em curso” (p. 71).

1.2. Localização Geográfica da escola


A Escola Secundária de Memba situa-se à 78 km da cidade de Nacala-porto, no Distrito de

Memba, Posto Administrativo de Memba-Sede, Bairro Boagine à 3 km do centro da vila de

Memba na estrada que liga Nacala-a-velha, Nacala Porto à Memba.

Limites:

 Norte: Bairro de Buagine;

 Este: Faixa que liga à praia e bairro de Micuta;

 Sul: Faixa que liga o cruzamento de Mecuburi (vulgo Kilómetro zero); e

 Oeste: Colina montanhosa de Muzela e rio Mecuburi.

1.3. Caracterização Geral da Escola Secundária de Memba


A Escola Secundária de Memba, tal como descreve Alarcão (2010 cit in Roldão, 2000), é uma
escola comunidade, dotada de pensamento e de vida própria, contextualizada na sua cultura
local e integrada num contexto global mais abrangente. É uma escola que concebe, projecta,
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actua e reflecte. Tem uma ambição estratégica voltada para o futuro. É uma escola que
questiona os seus insucessos, reflecte sobre as suas causas e define planos de acção. É uma
escola que sabe criar as suas próprias regras. Ciente da autonomia que possui, presta contas da
sua actuação, justifica os seus resultados e autoavalia-se para definir o seu desenvolvimento.
É o que Alarcão (2010) considera uma escola reflexiva, ou seja, uma “organização que
continuadamente se pensa a si própria, na sua missão social e na sua organização e se
confronta com o desenrolar da sua actividade num processo heurístico simultaneamente
avaliativo e formativo” (pág. 90).

A Escola Secundária de Memba, surge da necessidade pela parte dos populares residentes na
vila de Memba e as comunidades do distrito em geral, em colaboração com o governo local e
este em colaboração com o governo provincial, chegou a tornar-se realidade em 2005,
(Ambrósio Jaime Manuel Muhocoroco, 2022: CP).
Nos primeiros três anos de sua implementação, esta instituição denominava-se por
Escola Secundária Armando Emílio Guebuza-Memba. O nome em causa, surgiu em
agradecimento da comunidade local, pela concretização feita da promessa feita pelo
antigo presidente da República de Moçambique durante a sua campanha eleitoral eleitoral de
2004.
Após a graduação do segundo grupo de estudantes da 10ª classe, a escola foi visitada por uma
inspecção que constatou que a nomenclatura da escola Secundaria de Memba não
estava reconhecida. Assim, orientou a retirada do nome do presidente da República no
nome da escola e em substituição do antigo nome da escola passou a se designar de Escola
Secundária de Memba.
No âmbito de emergência, para o melhoramento e ampliação dos edifícios existentes,
o governo provincial contratou o empreiteiro NASSER, tendo iniciado com os trabalhos
em Outubro de 2006, com a construção de 6 salas de aulas tendo prometido concluir no prazo
de três meses e que não honrou o compromisso e sua conclusão só foi possível com a
reclamação do governo do distrito, situação que dificultou o enquadramento dos alunos nas
suas devidas turmas no período de 2007 até 2009, período da sua conclusão, segundo o
planificado para aqueles anos. Situação que fez com que na escola houvesse turmas mistas
naqueles anos.
Segundo Ambrósio Jaime Manuel Muhocoroco (CP: 2022) director adjunto da escola do
primeiro ciclo, a Escola Secundária de Memba-Sede após graduação dos terceiros finalistas da
10ª classe, passou a leccionar o 2º ciclo numa fase piloto onde trabalham em colaboração com
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a Escola Secundária de Nacala-Porto, iniciado com o 3º turno (curso nocturno)


respectivamente. Em 2010, com a introdução de mais uma escola secundária no Posto
Administrativo de Chipene o nome da Escola Secundária de Memba teve um acréscimo
passando a se designar por Escola Secundaria de Memba-Sede.
No mesmo ano lectivo de 2010, a escola funcionou em 3 turnos, destes dois foram do curso
diurno e um do curso nocturno com uma única direcção, com três directores adjuntos
pedagógicos. A escola foi introduzida com a 8ª classe em 2005 e actualmente lecciona da 8ª à
12ª classe.

1.4. Estrutura física da escola


Entende-se por estrutura física da escola, a dimensão da escola, os recursos materiais, o
número de turmas, o edifício escolar e a organização dos espaços.
Segundo Piaget (apud-KRAMER, 2000,P,29) o espaço físico escolar é muito importante para
os alunos visto que eles passam parte sua vida presente neste ambiente e não a penas para
serem educados , mas também para aprenderem a se socializar as demais pessoas ao seu
redor.
A escola secundária de Memba quanto a estrutura física, possui uma área de jogos (Ginásio
multifuncional), Guarita, os seus edifícios possuem passeios, portas, janelas, sala de
professores, secretaria geral, gabinete do Director, gabinete do Chefe da Secretaria, gabinetes
dos Directores Adjunto Pedagógicos (diurno e nocturno), vitrina onde são afixadas
informações, um bloco multiuso onde funcionam (Biblioteca escolar, cantina, papelaria e um
laboratório) uma cantina escolar, casas de banho ou latrinas e sala para material de limpeza.

1.5. Condições de Segurança interna da escola


A escola secundária de Memba possui vedação, dispõe de portão, tem guardas e a escola
dispõe de dispositivos contra incêndios.

1.6. Estrutura administrativa da escola


Entende-se por estrutura administrativa da escola, a gestão, a direcção, o controlo e inspecção,
a tomada de decisão, o pessoal docente, o pessoal auxiliar, a participação das comunidades e a
relação com as autoridades centrais e locais.
A escola Secundária de Memba quanto à estrutura administrativa apresenta:
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1.6.1. Membros da Direcção da Escola Secundária de Memba


A direcção da escola é um órgão de direcção de todas as actividades realizadas na escola
(MINED, 2003). No entanto, a direcção da escola secundária de Memba no ano de
2021 é composta por:
 Director da escola: Senhor Bernardo Pires Lucanga
 Director do Centro Internato: Senhor Celestino Ernesto
 Os directores adjunto pedagógicos: dois do I ciclo, nomeadamente: Senhor
Ambrósio Jaime Manuel Muhocoroco (período diúrno) e Senhor Gubila Mucuiria
Júlio (período nocturno) e dois do II ciclo, nomeadamente: Senhor Fernando Teófilo
(do curso diurno) e Senhor Luis Raúl (do curso nocturno).
 O Chefe da secretaria: Senhor Ibraimo Ismael Chemane.
No tocante ao conselho da escola, é composto pelo presidente (Senhor Boaventura
Amade) e vice-presidente; o colectivo da direcção; representantes dos professores; chefe
geral dos alunos da escola; comissão de pais; representação da comunidade e o chefe da
secretaria.

1.7. Área organizacional


No sector organizacional desenvolveram-se actividades relacionadas com observação da
documentação da escola, o efectivo do corpo docente, a direcção da escola, horário do
funcionamento da escola.
A Escola Secundária geral tem a função de assegurar a educação e a instrução de crianças e
jovens moçambicanos contribuindo para garantir o acesso a outros níveis de ensino;
aperfeiçoar as capacidades e conhecimentos intelectuais, morais e cívicos dos alunos.
O Director da escola assegurou que a escola Secundária de Memba possui como documentos
básicos, o Plano geral da escola que normalmente tem se feito anualmente para orientar as
actividades escolares que se realizam durante o ano divido em três trimestres. Os Planos
sectoriais que constituem as programações dos sectores ou departamentos escolar para uma
execução regularem das suas actividades trimestrais ou anuais.
A Escola secundária de Memba tem um Plano geral da escola e planos sectoriais. Faz-se um
plano anual de actividades para orientar o dinamismo das actividades ao longo de um ano
lectivo. Isto, permite a planificação de ensino aprendizagem de forma eficaz. O plano abrange
a todas as áreas da Escola, a organizacional, pedagógica e administrativa.
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No plano anual, a área organizacional deve preparar o ano lectivo; apresentar os professores e
os alunos; divulgar o calendário das actividades de formação cívica e limpeza; elaborar o
plano da escola garantindo a planificação das actividades do ano; apresentar oficialmente os
membros do conselho da escola; reactivar a produção da escola; aprovar o plano anual da
escola.

1.8. Documentos normativos


De facto uma escola não trabalha sem a documentação que garante e facilita o processo de
ensino e aprendizagem.
Após o estudo e análise desta documentação constata-se de facto que a escola trabalha
conforme regem os princípios e a política Nacional de Educação em Moçambique.
Tive a oportunidade de ver os seguintes documentos normativos:
 Regulamento interno da Escola que estabelece a ordem, disciplina, e responsabilidade
dos Alunos e Professores;
 Regulamento geral das Escolas do Ensino Secundário Geral;
 Regulamento de avaliação do ensino secundário geral;
 Plano anual de Actividades e Curriculares;
 Estatuto Geral dos Funcionários do Aparelho do Estado;
 Estatuto do professor;
 Instruções e Despachos Ministeriais;
 Livros de Turmas;
 Plano de estudos e regulamento do MINED; e
Mapas Estatísticos.

1.9. Secção Pedagógica


Durante o processo de observação como sendo o método eficaz para a concretização
das situações reais permitiu-me conhecer o conselho pedagógico da escola que garante e
controla a aplicação dos programas, das metodologias do ensino e da avaliação da
aprendizagem definidas; promover estudo de natureza pedagógica que lhe sejam
propostos; coordenar, planificar e avaliar as actividades de grupos de disciplinas.
A área pedagógica deverá anualmente formar turmas e turnos dos anos; indicar os directores
de turma e delegados de disciplina para garantir uma boa estruturação e
funcionamento ordenado da instituição; elaborar horário para uma boa orientação dos alunos
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e professores; reunir os grupos de disciplinas; planificar a realização das avaliações; datar as


assistências das aulas para a troca de experiências entre os professores; definir os dias de
conselho de notas durante o ano e de divulgação dos resultados; projectar os seminários de
capacitação e as reuniões de turma; fazer o levantamento estatístico para conhecer o número
real dos alunos e professores; preparar os jogos escolares e entregar os mapas estatísticos
regularmente.
Pude ver os planos de estudos de classes e ciclos que são programações de estudos das
classes. Soubemos que o grupo de disciplinas tem a competência de dosificar, no início de
cada ano ou trimestre os conteúdos programáticos; planificar as aulas, as avaliações,
as assistências às aulas e, por fim, analisar o resultado das avaliações e propor medidas para o
melhoramento do processo de ensino e aprendizagem.

1.9.1. O Efectivo do Corpo Docente e não Docente /2022


Para o ano de 2022, a escola conta com um efectivo de professores num total de 44 dos quais
5 mulheres e 39 homens a partir do 1º e 2º ciclos, leccionando em diversas áreas ou
disciplinas. E corpo não docente num total de 10 funcionários dos quais 5 homens e 5
mulheres, perfazendo um universo de 54 funcionários. Conforme a força de trabalho em
anexo.
Tabela 1: Corpo Docente e outros Funcionários e Agentes do Estado da ESM
Pessoal Docente e Administrativo M H TOTAL
Corpo docente 5 39 44
Corpo não docente (funcionários) 5 5 10
Total 10 45 54
Fonte: Sector Administrativo, 2022

Tabela 2: Formação Profissional dos Professores da Escola Secundaria de Memba

Professores M H HM

Número de Professores sem Formação 0 0 0

Número de Professores com nível básico 0 1 1

Número de Professores com nível médio 1 10 11

Número de Professores com nível superior 3 26 29

Número de Professores em formação superior 1 2 3

Número total dos professores 5 39 44


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Fonte: Sector Administrativo, 2022

1.9.2. Efectivo dos estudantes da escola


Os dados foram obtidos em contacto com os directores adjunto pedagógicos do 1º ciclo e do
2º ciclo. Não houve acesso à distribuição dos alunos em turnos ou em cursos.
Tabela 3: Efectivo dos estudantes/2022
Alunos
Ciclo Classe Nº de Turmas
M H HM
1º 8ª 6 113 188 301

9ª 5 72 162 234

10ª 4 72 127 199

2º 11ª 5 69 140 209

12ª 4 34 93 127

TOTAL 24 360 710 1070


Fonte: Sector Pedagógico do I Ciclo

2. INTERVENIENTES DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO

2.1. Professores Orientadores/Supervisores


A Prática de Ensino Supervisionada, realizou-se na Escola Secundária de Memba sob
orientação pedagógica do Prof. Doutor Manecas Cândido Azevedo e de forma integrada com
os professores supervisores. Durante a prática de ensino supervisionada, cada professor
supervisor efectuou a observação de uma aula da sua área disciplinar (Biologia). As aulas
assistidas pelos orientadores supervisores ocorreram sempre mediante uma combinação prévia
com o orientador cooperante, mas sem aviso prévio aos professores estagiários e tiveram uma
duração variável. No final de cada aula assistida, as apreciações críticas efectuadas pelos
mesmos também ocorreram de modo diferente consoante o orientador supervisor, no entanto,
considero que cada uma delas, independentemente da estratégia utilizada, foi muito produtiva,
reveladora dos pontos fortes e fracos de cada aula assistida e do modo de actuação do
professor estagiário. Foram sobretudo orientações no que diz respeito a novas metodologias e
estratégias a adoptar em aulas futuras. O acompanhamento diário e constante do professor
cooperante foi uma mais-valia, em todo este processo de ensino/aprendizagem, na
planificação e execução da aula, no debate de ideias e na avaliação de todos os aspectos
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relacionados com a prática lectiva e não lectiva. As suas apreciações críticas e o currículo
oculto que me transmitiu ao longo deste ano lectivo, dentro e fora da sala de aula,
contribuíram de modo significativo para o meu desenvolvimento pessoal e profissional.

2.2. Núcleo de estágio


O núcleo de estágio da Escola Secundaria de Memba no ano lectivo 2022 foi composto por
mim, pelo professor estagiário Rosário Caetano Manuel e Cássimo Abdala Amade e pelo
professor cooperante Celestino Ernesto. Ter alguém com quem trabalhar, dividir tarefas,
debater ideias e partilhar opiniões é fundamental em todo este processo de ensino que é
sobretudo de aprendizagem, pelo que o colega de estágio se reveste de grande importância,
quer pela cumplicidade necessária, quer pelo espírito de trabalho, entreajuda e cooperação.

Apesar de não nos ter sido facultada a possibilidade de escolher o colega de estágio com
quem partilhar esta experiencia de ensino/aprendizagem, e de nunca ter trabalhado com os
colegas Rosário Caetano Manuel e Cássimo Abdala Amade, considero que construímos uma
boa relação de tolerância, respeito e apoio mútuo ao longo do estágio supervisionado.

Segundo Estanqueiro (2000, p. 21) a “cooperação é um sinal de qualidade na educação” e o


estágio pedagógico, com todas as suas actividades inerentes, promoveu o trabalho de pares, a
cooperação e o desenvolvimento de competências para trabalhar em equipa e de forma
organizada. Esta cooperação foi, sem dúvida, um factor de motivação e um instrumento eficaz
no combate ao desânimo e às dificuldades sentidas ao longo da prática de ensino
supervisionada.

2.3. Os Alunos
Segundo o dicionário da língua portuguesa, um aluno é “toda a pessoa que recebe formação
de um ou mais professores, geralmente num estabelecimento de ensino, de forma a adquirir
e/ou aumentar os seus conhecimentos em diversas áreas” (Infopédia, 2022).

Cada aluno contribui com a sua identidade, cultura, necessidades e interesses distintos para a
construção da turma como um todo, e como tal, representa para o professor, um desafio
acrescido. São eles que dão verdadeiro significado ao acto de ensinar. Ao longo do ano lectivo
2022 foi-me dada a oportunidade de trabalhar com duas turmas de alunos muito distintos,
embora igualmente desafiantes, uma de 9ª classe (turma 4) e outra de 11ª classe (turma 1).

Os alunos da 9ª classe faziam parte de uma turma com 25 alunos (13 rapazes e 12 raparigas).
Á excepção de três ou quatro alunos, a maioria não demonstrava interesse pela escola ou pelo
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estudo. Nas aulas comportavam-se de forma indisciplinada, pelo que em termos de avaliação
apresentavam resultados muito fracos. Apesar do comportamento desinteressado e/ou
indisciplinado, a maioria possuía competências para um desempenho muito superior àquele
que apresentava. Esta turma pelas características já supracitadas exigiu de todos os
professores muita determinação, acompanhamento, autoridade e atenção. Em termos de
exigência pedagógico-científica representou também aquela que maiores dificuldades senti e,
curiosamente, aquela que mais dificuldades consegui superar.

Os alunos da 11ª classe, ao contrário da turma da 9ª classe, faziam parte de uma turma
reduzida, com 22 alunos (10 rapazes e 12 raparigas). Era uma turma maioritariamente
disciplinada, dentro e fora da sala de aula e interessada nos conteúdos abordados, porém
muito pouco dinâmica ou participativa. Nesta turma pude constatar o bom relacionamento que
havia entre todos e a liderança de um aluno em relação aos demais. Este “aluno líder” apesar
das suas qualidades, pela insolência, postura e influência, por vezes negativa sobre os colegas,
representou para mim, um desafio acrescido. Trabalhar com estes alunos do secundário, numa
turma de dimensões pequenas, foi um privilégio e um desafio aliciante e motivador. Com
estes alunos, pude trabalhar a um ritmo diferente da turma da 9ª classe e superar algumas das
minhas limitações, no que diz respeito à dinamização de actividades, gestão da turma e
sequenciação de conteúdos. Foi um desafio e um longo percurso, com muitos avanços e
retrocessos, mas que no final se veio revelar compensador e sobretudo enriquecedor.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO ESTÁGIO PEDAGÓGICO

3.1. Prática Pedagógica Geral


Segundo DIAS et all (2008:123) o relatório de práticas pedagógicas “resulta de um trabalho
científico destinado a pesquisa de determinadas questões pedagógicas relacionadas com
prática pedagógica escolar. Através dele o estudante articula os saberes científicos com os
Psico-pedagógicos e didácticos”.

A prática pedagógica geral constitui uma primeira aproximação à realidade acompanhada de


um suporte teórico adequado. O professor precisa de construir diariamente saberes teóricos e
práticos que lhe permitam desenvolver a autonomia para gerir as várias situações de ensino e
aprendizagem.

E, o professor que se pretende formar na Universidade Rovuma deve ser um profissional com
qualidade em todos os aspectos. Para isso, se investe para a sua formação para que possa ter
19

competências, habilidades e atitudes necessários para a profissão docente, tentando articular


adequadamente a teoria adquirida na Universidade com a prática de ensino nas escolas.

3.2. PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA (PES)

3.2.1. Prática Lectiva


Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou
construção (Freire, 2012, p. 38).

Todas as profissões têm os seus saberes, valores e autonomia, no entanto, nenhuma deve
limitar o seu ideal de profissionalidade à dimensão funcional e instrumental. Na profissão
docente não basta haver um código deontológico. É necessário que os valores, princípios,
deveres e direitos que regem a conduta profissional de um professor entrem na sua formação
profissional. Mais do que um funcionário do saber, um professor é sobretudo um profissional
do ser, é uma questão de consciência e excelência (Monteiro, 2005).

A profissão docente é por natureza delicada e complexa. É dever do professor “despertar a


curiosidade, desenvolver a autonomia, estimular o rigor intelectual e criar as condições
necessárias para o sucesso da educação” (Delors et al., 1996: p. 152). Assim, o professor tem
um papel determinante na formação de atitudes perante o estudo e a Ciência. Segundo a
legislação que aprova o Estatuto do Aluno e a Ética Escolar, os professores são os principais
responsáveis pela condução do processo de ensino. A eles compete a missão de “promover
medidas de caráter pedagógico que estimulem o harmonioso desenvolvimento da educação,
em ambiente de ordem e disciplina, na sala de aula e na escola” (Lei n.º 51/2012, artigo 41).
No entanto, ensinar ciências implica criar oportunidades para que os alunos se envolvam na
pesquisa, na resolução de problemas e no trabalho laboratorial de forma autónoma,
reconstruindo o seu conhecimento e desenvolvendo capacidades de comunicação (Coelho da
Silva & Vieira, 2012).

Um bom professor é aquele cujo trabalho não deve consistir na simples transmissão de
informações e conhecimentos, deve sobretudo, ser um facilitador. É alguém que cria as
condições necessárias à condução de uma aprendizagem eficiente e que aborda os conteúdos
sob a forma de problemas a resolver, situando-os num dado contexto, de modo que o aluno
possa estabelecer uma ligação entre a sua solução e outras soluções mais abrangentes.
Alguém que ambiciona no futuro que os seus alunos sejam capazes de prever e adaptar-se às
20

mudanças, continuando a aprender ao longo da vida (Delors et al., 1996; Estrela, 2010;
Formosinho, 2009; Freire, 2012; Mesquita, 2011).

A força de um professor de Ciências reside sobretudo no exemplo que dá, manifestando gosto
pelo estudo e pelo conhecimento, demonstrando a sua curiosidade e abertura de espírito e
mostrando a sua disponibilidade e humildade intelectual para reconhecer os seus próprios
erros. Segundo Freire (2012) “o preparo científico do professor deve coincidir com a sua
rectidão ética” (p. 33). Segundo este autor, “não há docência sem discência” porque “quem
ensina aprende ao ensinar e quem aprende, ensina ao aprender” (p. 39). Ensinar exige
competência profissional, rigor, pesquisa, respeito pelos saberes dos alunos, rejeição de
qualquer forma de discriminação, reflexão sobre a prática e bom senso. Exige liberdade e
autoridade, uma tomada consciente de decisões, disponibilidade para o diálogo, compromisso
e a compreensão de que a educação é uma forma de intervenção no mundo (Freire, 2012).

3.3. Disciplinas leccionadas


Ao longo do ano lectivo 2022 tive a oportunidade de leccionar uma disciplina em dois ciclos
diferentes, no 1º e 2ºciclos do ensino secundário (9ª e 11ª) – Biologia.

Segundo as Orientações Curriculares do Ministério da Educação (ME) para o 1º ciclo do


ensino secundário, a disciplina de biologia, tem um papel fundamental na vida e evolução dos
alunos, uma vez que explora, através dos conteúdos que aborda, o desenvolvimento de várias
competências (gerais e específicas), e contribui para a literacia científica e para uma melhor
compreensão do mundo em que vivemos (Galvão et al., 2001). O ensino das Ciências a este
nível corresponde apenas, a uma fase de preparação inicial que só irá ser aprofundada
posteriormente no 2º ciclo do ensino secundário por alguns alunos, no entanto, visa
proporcionar ao aluno a possibilidade de despertar a curiosidade para o mundo natural à sua
volta, motivar e interessar pela Ciência, compreender as ideias, estruturas e procedimentos da
investigação científica, abordar questões científicas e tecnológicas com confiança, questionar
o comportamento humano perante o mundo e o impacto da Ciência e Tecnologia no nosso
ambiente e cultura (Galvão et al., 2001). Esta disciplina teve uma carga lectiva semanal de 4
horas, organizadas em 1 aula de 45 minutos.

A disciplina de Biologia, segundo o programa do Ministério de Educação é uma disciplina


cujo principal objectivo “é expandir conhecimentos e competências relativas às áreas
científicas da Biologia”. Visa intervir na construção de cidadãos informados, responsáveis e
intervenientes, promovendo a mudança de atitudes e a literacia científica do aluno, ajudando-
21

o a compreender o mundo que o rodeia e a participar activamente no seio de uma sociedade


cada vez mais global (Amador et al., 2001, p. 3).

3.4. Concepção e organização


Durante o ano lectivo 2022, todas as actividades de planificação, intervenção pedagógica e
avaliação desenvolvidas no âmbito da PL, decorreram de forma rotativa e alternada, nas duas
turmas atribuídas ao orientador cooperante da escola de acolhimento, na turma da 9ª classe e
na turma da 11ª classe.

3.5. Horário
A cada professor estagiário foi atribuído o horário lectivo do orientador cooperante da escola
de acolhimento. A este horário foram acrescidos todos os tempos extra lectivos dedicados às
reuniões da direcção de turma, do grupo disciplinar, da coordenação pedagógica, do apoio
disciplinar aos alunos e à preparação e organização das actividades lectivas. Os tempos extra
lectivos nem sempre ocorreram nos horários assinalados e tiveram uma duração variável
consoante os assuntos abordados. As reuniões do grupo de disciplina ou da coordenação
pedagógica tiveram sempre uma frequência mensal e o apoio disciplinar dado aos alunos
ocorreu ao longo do ano lectivo, em datas previamente agendadas com os mesmos. Os tempos
relativos à preparação e organização das actividades lectivas foram, regra geral, uma
continuação das reuniões do núcleo de estágio onde eram debatidas algumas reflexões pós-
aula e preparados novos conteúdos e materiais para as aulas seguintes, sempre sob orientação
do professor cooperante.

3.6. Planificação
Depois de termos conhecimento do horário escolar a cumprir e de definirmos a calendarização
da prática lectiva, passamos à planificação dos conteúdos a abordar ao longo do ano lectivo.
Esta planificação teve sempre em consideração a rotação dos professores estagiários entre as
turmas da 9ª classe e 11ª classe.

Planificar segundo alguns autores (Escudero, Clark & Peterson cit in Zabalza, 2001) “é uma
actividade mental interna do professor”, representa um conjunto de processos através dos
quais uma pessoa visualiza o futuro, faz um inventário de fins e meios e define um plano de
ação (p. 48). A planificação não deve, no entanto, ser considerada como um fim em si mesma,
mas sim, como um meio auxiliar, realista e resumido da prática pedagógica. Em termos
globais, qualquer planificação deve ter em consideração o perfil geral dos alunos, o programa
22

curricular, o manual escolar adoptado, os recursos disponíveis e necessários, os métodos e


estratégias de ensino a utilizar, os conhecimentos prévios do aluno e os resultados que se
pretende obter, ou seja, os objectivos (conceptuais, processuais e atitudinais) (Zabalza, 2001).
O acto de planificar serve sobretudo para ajudar o professor a tomar decisões e a preparar a
sua prática de ensino, atribuindo um sentido a todo o processo de ensino/aprendizagem, quer
em termos de organização, objectivos ou metas a atingir. Permite ao professor ter um maior
domínio sobre todas as variáveis que possam influenciar o processo.

A planificação pode apresentar designações distintas consoante o referencial de tempo ou de


conteúdos que assume. Em termos temporais podemos considerar as planificações a longo,
médio e curto prazo. Consoante os conteúdos os planos assumem a designação de plano
anual, plano de unidade e plano de aula (Arends, 1995). A planificação a longo prazo,
também associada à planificação anual, representa o suporte organizador da planificação a
médio prazo ou planificação da unidade, que por sua vez, constitui o suporte da planificação a
curto prazo ou do plano de aula (Zabalza, 2001).

Enquanto professores estagiários, em todas as actividades de planificação efectuadas,


tentamos sempre seguir as decisões do grupo disciplinar, atender às sugestões do programa
curricular proposto pelo Ministério da Educação, às características de cada turma e às
orientações do professor cooperante.

3.7. Intervenção Pedagógica


Aprender a ensinar antes de ensinar é uma tarefa complexa, para a qual não há fórmulas
únicas e definitivas (Coelho da Silva & Vieira, 2012: p. 205).

Biologia – 9ª e 11ªclasses

Aulas lecionadas

As aulas de Biologia da 9ª e 11ªclasses, também foram acordadas e agendadas em conjunto


com o professor cooperante e com os colegas de estágio, de uma forma flexível, no decorrer
do ano lectivo. Estas aulas foram distribuídas ao longo dos dois períodos lectivos, tendo
abrangido uma unidade na componente de Biologia, num total de 2 aulas.
23

4. Metodologias e estratégias de ensino/aprendizagem utilizadas


Segundo Vieira e Vieira (2005, p. 18) todo o professor que pretenda um ensino/aprendizagem
verdadeiramente efectivo deve escolher estratégias que proporcionem maior interesse,
envolvimento, participação dos alunos e um elevado grau de realidade ou concretização.
Tendo por base o “princípio da realidade” defendido por estes autores, e com o objectivo de
alcançar os objectivos didácticos assinalados em cada unidade curricular para cada classe,
utilizei várias estratégias e metodologias de ensino relacionadas com simulações e abstracções
da vida real, propostas pelo programa curricular (Amador et al., 2001), pelo manual escolar
adoptado (versão do professor) (Matias & Martins, 2007 a, b), por outros autores consultados
(Aires, 2010; Andrade, 1991; Estanqueiro, 2010; Oliveira, 1991; Vieira & Vieira, 2005) e
pelo professor cooperante. Entre essas metodologias e estratégias, destaco principalmente a
exploração das situações-problema apresentadas ao longo do programa, a observação
microscópica de células eucarióticas (animal e vegetal), a realização de actividades práticas, o
trabalho cooperativo, o uso de analogias, a análise e discussão de evidências, de relatos e de
descobertas, a influência da sociedade sobre a ciência, o questionamento, a exposição de
conteúdos, a leitura, a escrita e algumas demonstrações.

5. Recursos utilizados e materiais didácticos produzidos


Como já foi referido, todas as aulas leccionadas implicaram a utilização de vários recursos
pedagógicos facultados pela escola de acolhimento e pelos professores do núcleo de estágio, e
a concessão de diversos materiais didácticos, uns produzidos para os alunos e outros, embora
também concebidos para os alunos, utilizados sobretudo no âmbito da acção pedagógica e da
prática lectiva.

Os materiais produzidos para os alunos, nomeadamente as fichas formativas de trabalho e


guias de orientação para a realização de trabalhos de pesquisa e de relatórios práticos,
visavam sobretudo, promover aprendizagens significativas, consolidar conhecimentos e
auxiliar ou orientar os alunos na realização de trabalhos de pesquisa e de relatórios científicos.
Os materiais produzidos no âmbito da acção pedagógica, nomeadamente os planos de aula, os
mapas de conceitos, os testes de avaliação sumativa e respectivas propostas de correcção,
matriz de cotações e grelhas de avaliação, visavam organizar e auxiliar a prática lectiva,
promover aprendizagens significativas e garantir equidade e justiça nos momentos de
avaliação. Todos os materiais didácticos produzidos foram orientados, revistos e corrigidos
pelo orientador cooperante, de modo a garantir a qualidade e excelência dos mesmos.
24

6. Reflexão sobre a Prática lectiva na 9ª e 11ª classes


A minha prática lectiva no âmbito deste estágio pedagógico foi iniciada com as aulas de
Biologia nas duas classes. Esta foi a minha primeira experiência de leccionação em contexto
real, pelo que, com estas turmas em particular aprendi imenso. Em termos globais, os
objectivos por mim delineados para cada aula foram alcançados, embora os planos de aula
nem sempre tenham sido concretizado na totalidade. Os conteúdos foram transmitidos através
de várias estratégias, actividades e recursos, debatidos em conjunto com os alunos e
desenvolvidos através do questionamento e da resolução de situações-problema. Com estas
turmas, as principais dificuldades estiveram sobretudo relacionadas com a planificação das
actividades curriculares, nomeadamente a formulação de objectivos gerais e específicos, do
domínio cognitivo, processual e atitudinal, a sequenciação lógica dos conteúdos, a selecção
das melhores estratégias de motivação a desenvolver na aula e, por fim, com a melhor forma
de dinamizar as aulas, dotando-as de um ritmo adequado à aprendizagem. A falta de
empenho e envolvimento dos alunos, foi também desde as primeiras aulas, um desafio para
todos os professores deste núcleo de estágio. Para ultrapassar esta situação, tentei ao longo do
ano período implementar várias estratégias sugeridas pelo orientador cooperante e referidas na
bibliografia consultada (Aires, 2010; Andrade, 1991; Estanqueiro, 2010; Novak & Gowin,
1996; Oliveira, 1991; Vieira & Vieira, 2005).

Apesar das dificuldades, considero que ao longo do período melhorei muito, quer em termos
de segurança e domínio na exposição dos conteúdos, quer em termos de projecção da voz,
escolha e aplicação de diferentes estratégias de motivação. Aprendi a ajustar o ritmo da aula à
aprendizagem dos alunos e a compreender a importância de repetir, relembrar ou esclarecer
conceitos, sempre que necessário.

Em termos conclusivos, apesar das dificuldades assinaladas, considero que o balanço final
referente à minha intervenção pedagógica no ensino secundário foi muito positivo.

7. ACTIVIDADES DE INTEGRAÇÃO NO MEIO ESCOLAR


As actividades de integração no meio escolar estavam inseridas no âmbito das actividades de
Direcção de Turma e compreenderam uma caracterização da turma e um estudo de caso. Estas
actividades tiveram como objectivo conhecer melhor uma das turmas com que trabalhamos ao
longo do período, bem como envolver o professor estagiário na comunidade escolar
promovendo uma maior interacção entre alunos e professores. Apesar de aparentemente
distintas, estas actividades estavam directamente relacionadas entre si, num saber agir
25

profissional que envolveu, para além de uma prática reflexiva fundamentada na experiência,
na investigação e em vários recursos, um compromisso pessoal com a aprendizagem dos
alunos e o desenvolvimento profissional do professor estagiário no contexto escola.
26
27

Conclusão
Durante o processo observatório das práticas pedagógicas e depois da realização do relatório
final, concluí que a Escola Secundária de Memba possui aspectos organizacionais, pois
apresenta uma íntima relação com a comunidade. Quando aos componentes, ela possui uma
vedação que garante a segurança, contém documentos que garante o PEA e tem alguns
expositivos de contra incêndio.
Este relatório é de extrema importância pois reúne um conjunto de conhecimentos que
integram progressivamente o estudante em contexto real, contribua na formação do professor
que saiba fazer uma gestão curricular.
As Práticas Pedagógicas cingiram de forma objectiva na observação directa para a aquisição
de dados informativos sobre o conhecimento da instituição escolar e a comunidade
envolvente, dai que durante as praticas pedagógicas deparei-me com o problema do insucesso
escolar que derrivam de atrasos e falta de atencao por parte de alguns alunos.
28

Referências Bibliográficas
ALARCÃO, Isabel (org.). Formação Reflexiva de Professores. Estratégias de
Supervisão. Porto, Porto Editora, 1996.
Alarcão, I. (2010). Professores reflexivos em uma escola reflexiva. (7ª edição). São Paulo:
Editora Cortez.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia de Trabalho Científico,
Procedimento Básico, Pesquisa bibliográfica. São Paulo, Altas, 2001.
MINED. Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Editora Escolar. Maputo, 2008.
UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA. Normas para Produção e Publicação de Trabalhos
Científicos na Universidade Pedagógica. Maputo, U.P. 2003.
UP, Regulamento académico para os cursos de graduação e de Mestrado, aprovado
na primeira sessão ordinária do conselho Universitário através da deliberação no 01/CUP/201,
Maputo. 2010.
FORMOSINHO, J. (1987). Currículo uniforme pronto a vestir de tamanho único. In AAVV,
O Insucesso Escolar em Questão (pp. 41 – 50). Braga, Universidade do Minho.
Arroteia, J. (1991). Análise Social da Educação. Leiria: Roble Edições.
Fontes Orais
Bernardo Pires Lucanga (Director da Escola Secundária de Memba);
Ambrósio Jaime Muhocoroco (DAE do 1º ciclo diurno);
Ibraimo Ismael Chemane (Chefe da Secretaria da Escola Secundária de Memba).
Professores da Escola Secundária de Memba.
xxix

APÊNDICES
Imagens da Escola Secundária de Memba

Fonte: Autor 2022


xxx

Fonte: Autor 2022


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Planos de Aula

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
PROVÍNCIA DE NAMPULA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE MEMBA
PLANO DE AULA

Docente: Faustino Azevedo Vancela Braimo


Ano: 2022
Trimestre: I
Data: 21 á 25 de Fevereiro de 2022
Disciplina: Biologia
Turmas: 4
Classe: 9ª
Lição nº: 45
Unidade Temática II: MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DAS PLANTAS
Tema da Aula: Composição Química da Célula
Tipo de Aula: Inicial
Tempo: 45'
Pré-requisitos: Conhecer a composição química da célula
Objectivos Específicos da Aula: No fim desta aula o aluno tem que ser capáz de:
Nível Cognitivo Nível Psico-motor Nível Afectivo
 Identificar os componentes inorgânicos  Conhecer os componentes de uma  Comparar e diferenciar os
e orgânicos de uma célula célula; componentes orgânicos e inorgânicos
 Conhecer as funções de cada
constituinte da célula
xxxii

REALIZAÇÃO DA AULA

Tempo Função Conteúdo Actividades do Metodologia de Meios de Obs.


Didáctica Professor Aluno Ensino Ensino
Controle de presenças; Responde a Saúda o professor, Elaboração Livro de Ponto;
Introdução e Apresentação dos saudação; Verifica presta atenção e Conjunta (APP) Esferográfica;
5' Motivação objectivos; a sala e Controla responde; Quadro preto;
- Correcção do TPC presenças; - Apresenta o TPC Giz;
- Corrige o TPC resolvido Apagador.

Introduz a aula Escuta e concede,


fazendo a Contribui,
Mediação e Composição química recapitulação da Toma nota dos Expositivo; e
25' Assimilação da célula aula anterior, apontamentos; Material básico
explica o Presta atenção e Elaboração de Ensino
conteúdo, escuta e questiona conjunta
concede, esclarece
as dúvidas
Continua a Presta atenção;
Consolidação Composição química explicar o Contribui; Elaboração Material básico
10' e da célula conteúdo e dita Expõe as suas conjunta; e de Ensino
Repetição apontamentos. dúvidas; Passa Expositivo
apontamentos
Copia o T.P.C no Trabalho Quadro preto;
Controle e Passa o T.P.C no caderno Independente Giz;
5' Avaliação T.P.C quadro Apagador.
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QUADRO MURAL

Composiҫão Química da célula


A matéria viva é formada por dois grandes tipos de substâncias: orgânica e inorgânica.
As substâncias inorgânicas, como a água, os sais minerais e os iões são muito simples e existem também em materiais não biológicas.
As substâncias orgânicas são de complexidade variável, possuindo uma estrutura baseada em cadeias de carbono (C) a que se ligam outros
elementos, em especial o hidrogénio (H), o oxigénio (O) e o azoto (N). Outros elementos, como o magnésio, ferro, fósforo, enxofre e o cálcio,
também estão presentes, mas em menor quantidade.
Existe uma grande variedade de substâncias orgânicas, pertencentes a quatro grandes grupos:
 Glícidos ou hidratos de carbono;
 Lípidos ou gorduras;
 Prótidos;
 Ácidos nucléicos.
A água
O composto mais importante nas células é a água, podendo atingir entre 75 a 90% do total da sua massa. A água tem uma estrutura molecular
simples. É formada por dois átomos de hidrogénio ligados a um átomo de oxigénio.
Funções da água
 Movimenta dentro da célula as substâncias nutritivas dissolvidas;
 É responsável por numerosas reacções químicas;
 É moderadora da temperatura, protegendo a célula de grandes variações de temperatura do meio.
Os prótidos
São compostos orgânicos constituídos por C, H, O e N, podendo também conter outros elementos, como, por exemplo, enxofre (S), fósforo (P) e
o ferro (Fe).
De acordo com a sua complexidade, os prótidos podem classificar-se em:
 Aminoácidos;
 Peptideos;
 Proteínas
xxxiv

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
PROVÍNCIA DE NAMPULA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE MEMBA
PLANO DE AULA

Docente: Faustino Azevedo Vancela Braimo


Ano: 2022
Trimestre: I
Data: 21 á 25 de Fevereiro de 2022
Disciplina: Biologia
Turmas: 1
Classe: 11ª
Lição nº: 45
Unidade Temática II: DO REINO MONERA AO REINO PLANTAE
Tema da Aula: Os vírus
Tipo de Aula: Inicial
Tempo: 45'
Pré-requisitos: Diferenciar os vírus das bactérias

Objectivos Específicos da Aula: No fim desta aula o aluno tem que ser capáz de:
Nível Cognitivo Nível Psico-motor Nível Afectivo
 Definir o termo vírus;  Conhecer as características dos vírus;  Prevenir-se de doenças causadas por
 Diferenciar os vírus das bactérias.
vírus
xxxv

REALIZAÇÃO DA AULA

Tempo Função Conteúdo Actividades do Metodologia de Meios de Obs.


Didáctica Professor Aluno Ensino Ensino
Controle de presenças; Responde a Saúda o professor, Elaboração Livro de Ponto;
Introdução e Apresentação dos saudação; Verifica presta atenção e Conjunta (APP) Esferográfica;
5' Motivação objectivos; a sala e Controla responde; Quadro preto;
- Correcção do TPC presenças; - Apresenta o TPC Giz;
- Corrige o TPC resolvido Apagador.

Introduz a aula Escuta e concede,


fazendo a Contribui,
Mediação e Os vírus recapitulação da Toma nota dos Expositivo; e
25' Assimilação aula anterior, apontamentos; Material básico
explica o Presta atenção e Elaboração de Ensino
conteúdo, escuta e questiona conjunta
concede, esclarece
as dúvidas
Continua a Presta atenção;
Consolidação Os vírus explicar o Contribui; Elaboração Material básico
10' e conteúdo e dita Expõe as suas conjunta; e de Ensino
Repetição apontamentos. dúvidas; Passa Expositivo
apontamentos
Copia o T.P.C no Trabalho Quadro preto;
Controle e Passa o T.P.C no caderno e resolve Independente Giz;
5' Avaliação T.P.C quadro em casa Apagador.
xxxvi

QUADRO MURAL

Os Vírus
Embora os vírus não sejam considerados organismos vivos, não estando, portanto, incluído em nenhum reino, o seu estudo é de extrema
importância devido o seu impacto na saúde humana, animal e vegetal.
Um Vírus (do latim vírus, veneno) é um corpo molecular complexo, basicamente constituído por proteínas, que só podem existir e expressar-se
em células de outros organismos. O termo “vírus” usa-se geralmente para as partículas que infectam células eucariotas. Contrariamente, as
partículas que infectam células procariotas chamam-se bacteriófagos, ou simplesmente fagos. Os vírus têm entre 10 e 800nm.
Existem ainda os priões (do inglês “prion”que significa Proteinaceous Infectious Only Particle – Partícula Infecciosa Puramente Proteica) que
são agentes proteicos ainda mais simples do que os vírus, não possuindo ácido nucleíco, mas responsável por patologias graves.
Os vírus não podem ser considerados seres vivos pelas seguintes razões:
 Não efectuam trocas de substâncias e energia com o meio;
 Fora da célula hospedeira, são inactivos (não podendo replicar-se autonomamente). Os vírus apenas conseguem induzir a célula
hospedeira a sua replicação.

TPC
1. Desenhe o esquema de um vírus.
2. Mencione três doenças causadas por vírus
3. Que tipo de microrganismo causa o SIDA?
xxxvii

ANEXOS

Anexo 1: LEVANTAMENTO DE FORÇA DE TRABALHO NA ESCOLA SECUNDÁRIA DE MEMBA/2022

Situação de Formação Hab.


Local de Nao Classe que
Carreira Lecciona Funcao Vínculo   Classe Esc. Obs.
Trabalho Lecciona lecciona
VT Lit
Nº Nome Completo C P D A Sem Com Tipo
1 Afonso Ibraimo Mussa DN1 ESM Sim   Docente 9ª e 10ª X         X UP Licenc. E 1  
2 Afido Momade DN3 ESM Sim   Docente 8ª   X   X   X 12ª+1 12ª E 1  
3 Amisse Sumalge DN3 ESM Sim   Docente 9ª e 10ª   X X X   X 12ª+1 12ª E 1  
12ᵃ +
4 Aliante Silva DN3 ESM Sim   Docente 8ª X         X 90 12ª E 1  
5 Ambrósio Jaime M. Muhocoroco DN1 ESM Sim   DAE I D 12ª     X X   X UP Licenc. E 1  
6 Anastácio Jorge Girepue DN3 ESM Sim   Docente 8ª,9ª   X   X   X 12ᵃ +1 12ᵃ E 1  
7 Arlindo Francisco DN3 ESM Sim   Docente 8ª X   X X   X UP Licenc. E 1  
8 Arsénio M. G. Joaquim Nkabwede DN1 ESM Sim   Docente 8ª,11ª   X   X   X UP Licenc. E 1  
9 Assane Sualê Ossufo DN1 ESM Sim   Docente 11ª e 12ª X     X   X UP Licenc. E 1  
10 Augusto de Nascimento J. Maquetxe DN3 ESM Sim   Docente 8ª     X X   X 12ᵃ +1 12ᵃ C 1  
11 Bernardo Pires Lucanga DN1 ESM Sim   DAE II N 12ª   X X X   X UP Licenc. E 1  
12 Cacilda Francisco Busse DN4 ESM Nao Nao Bibliotec.     X   X   X 10ª+1 10ª E 1  
13 Cardoso Acácio DN1 ESM Sim   Docente 12ª X         X UP Licenc. E 1  
14 Carolina Sitoe Macamo DN1 ESM Sim   Docente 11ª e 12ª     X X   X UP Licenc. C 2  
15 Casimiro F. Jeronimo F. Quisito DN1 ESM Sim   Docente 11ª X         X UP Licenc. E 1  
16 Cassimo António DN1 ESM Sim   Docente 12ª   X   X   X UP Licenc. E 1  
17 Catarina Muassabão Tecnica ESM Nao Nao Tecnica     X   X       12ᵃ E 1  
18 Celestino Ernesto DN1 ESM Sim   Dir. Centr. I 11ª     X X   X UP Licenc. E 1  
19 Cipriano Vanicuaia Abacar Auxiliar ESM Nao Nao Guarda     X   X       7ᵃ E 1  
20 Constância B. E. N. Tavares DN3 ESM Sim   Docente 9ª,10ª     X X   X 12ᵃ +1 12ᵃ E 1  
21 Costa Gil Morgado DN3 ESM Sim   Docente 8ª, 9ª   X   X   X 12ᵃ +1 12ᵃ E 1  
22 Emilio João Cassimo DN1 ESM Sim   Docente 9ª,10ª   X   X   X UP Licenc. E 1  
23 Ermelinda R. dos Santos Mobril Auxiliar ESM Sim   Auxiliar     X   X       7ᵃ U 2  
24 Fatima Teresa Humberto DN3 ESM Sim   Docente 9ª     X X   X 12ᵃ +1 12ᵃ C 1  
xxxviii

25 Faustino Joao Azevedo DN3 ESM Sim   Docente 9ª,10ª   X X X   X 12ᵃ +2 12ᵃ E 1  
26 Fatima José Tulua Auxiliar ESM Sim   Auxiliar       X X       7ᵃ U 1  
27 Fernando Teófilo DN1 ESM Sim   DAE II D 12ª     X X   X UP Licenc. C 2  
28 Fiorina Castigo DN1 ESM Sim   Docente 9ª     X X   X UCM Licenc. E 1  
29 Genito Armando Eduardo DN3 ESM Sim   Docente 10ª     X X   X 12ᵃ +1 12ᵃ C 1  
30 Gubila Mucuiria Julio DN3 ESM Sim   DAE I N 10ª     X X   X 12ᵃ +1 12ᵃ C 1  
31 João Joaozinho DN1 ESM Sim   Docente 12ª     X X   X UP Licenc. E 1  
32 Joaquim Paulo DN1 ESM Sim   Docente 10ª, 11ª, 12ª     X X   X UP Licenc. E 1  
33 José Augusto Maquichone DN1 ESM Sim   Docente 11ª, 12ª     X X   X UP Licenc. E 1  
34 José Augusto Sataca DN3 ESM Nao Nao CHEF. SEC       X X   X ADPP 12ª E 1  
35 José Januário Francisco Chiporo DN1 ESM Sim   Docente 8ª, 9ª,10ª     X X   X UP Licenc. E 1  
36 Lutencio Betito Luciasse DN1 ESM Sim   Docente 8ª, 9ª X           UP Licenc.      
37 Mariamo Arnaldo DN1 ESM Sim   Docente 9ª,10ª,11ª X           UP Licenc.      
38 Mosito Juma Auxiliar ESM Nao Nao Auxiliar     X   X       7ª E 1  
39 Muhamedi Assani DN1 ESM Sim   Docente 11ª     X X   X UP Licenc. E 1  
40 Paulo Gonçalves DN1 ESM Sim   Docente 8ª, 9ª,10ª     X X   X UP Licenc. E 1  
41 Pedro César Machanguia DN1 ESM Sim   Docente 11ª, 12ª     X X   X UP Licenc. E 1  
42 Pedro David Matos DN3 ESM Sim   Docente 8ª, 9ª   X   X   X 12ᵃ +1 12ᵃ E 1  
43 Ricardo Nogueira de Natal Felix DN1 ESM Sim   Docente 11ª, 12ª   X   X   X UP Licenc. E 1  
44 Soares Marcelino Auxiliar ESM Nao Nao Guarda                        
45 Telmo Fernando DN4 ESM Sim   Docente 11ª             UP        
46 Sylla Oliveira Antiónio João DN1 ESM Sim   Docente 8ª, 9ª     X X   X UP Licenc. E 1  
47 Teófilo Constantino João Calua DN2 ESM Sim   Docente 11ª, 12ª X         X UP Bach. E 1  
48 Tomás Agostinho DN2 ESM Sim   Docente 12ª   X   X   X UP Bach. E 1  
49 Veronica Maria Ernesto Mutatiua DN1 ESM Sim   Docente 11ª, 12ª X           UP Licenc.      
50 Victorino Viena Muriquia Auxiliar ESM Nao Nao Auxiliar        X  X        10ª U   1  
51 Ilda Mendonça Auxiliar ESM Nao Nao Auxiliar       X X       12ª U 1  
52 Isildo Caetano Inlapucha DN1 ESM Sim   Docente 10ª, 11ª, 12ª X     X   X UP Licenc. E 1  
53 Ismael Ibraimo Chemane DN3 ESM Sim   Docente 10ª, 11ª, 12ª   X   X   X 12ᵃ +1 12ᵃ E 1  
54 Zito Daniel Lopes Tecnico ESM Auxiliar Nao Guarda       X X       12ª U 2  

Fonte: Sector Pedagógico 2022


xxxix

Anexo 2: ORGANIGRAMA DA ESCOLA SECUNÁRIA DE MEMBA

DIRECTOR DA ESCOLA

ADJ. PEDAGÓGICOS ADJ. PEDAGOGICOS CHEFE DIRECTOR


DO I e II CICLOS DO I e II CICLOS DA DO
NOCTURNO DIURNO SECRETARIA INTERNATO

DIRECTORES DIRECTORES
DE DE DELEGADOS
TURMA CLASSE DE ALUNOS
DISCIPLINA INTERNOS

INTERNATO

PROFESSORES

ALUNOS

Fonte: Gabinete do Director


xl

Anexo 3:

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
PROVÍNCIA DE NAMPULA
GOVERNO DO DISTRITO DE MEMBA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE MEMBA

Lista dos Alunos da 9ª Classe Turma 4 Curso Diurno / 2022


1. Adelaide Anastácio
2. Aicha Antonio Saide
3. Amândio Faustino Alexandre
4. Amandio Jose Santos M. F. Cortez
5. Amina Ambasse Mussavula
6. Ancha Salimo Abacar
7. Assane Geraldo Joaquim
8. Assumane Frederico
9. Benadito Molde Benedito Luis
10. Cheila Sousa Saíde
11. Claudia Rogerio
12. Eduardo Victor Caetano
13. Elzita Albano Uatherra
14. Estefania António J. Alberto
15. Esvaldinha Germano
16. Faete Francisco
17. Fátima Manuel Samuel
18. Filomena Américo
xli

19. Florindo Victor samuel


20. Fortunato Horácio Pedro
21. Graciano Ibraimo Salimo
22. Ibraimo Julião
23. Inocêncio Momade
24. Ivódio J. Manuel
25. Jaime Joaquim António

Memba _____/_____/2022
DAE
_______________________

Fonte: Sector Pedagógico


xlii

Anexo 4:

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
PROVÍNCIA DE NAMPULA
GOVERNO DO DISTRITO DE MEMBA
ESCOLA SECUNDÁRIA DE MEMBA

Lista dos Alunos da 11ª Classe Turma 1 Curso Diurno / 2022


1. Abacar Sirima Omar
2. Abdul Chale
3. Abujahama Adelino
4. Adelino Cassimo Mucusse
5. Afito Vasco
6. Ali Alberto Paiola
7. Amorane Alfredo Petine
8. Ana Sousa Saíde
9. Anabela Mutage
10. Anabela Óscar dos Santos Abujate
11. Bachir Francisco
12. Belito Burais
13. Cássimo Carlos
14. Celso Adelino Mussossiua
15. Celso Manuel Vaz
16. Clara Leandro
17. Clemência Félix André Mazulia
xliii

18. Delfina Luís


19. Diorino Clemente
20. Dulce Atanásio Omar
21. Ernesto João trinta
22. Estefânio Fernando

Memba _____/_____/2022
DAE
_______________________
Fonte: Sector Pedagógico

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