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Felismino Domingos Mirasse

Relatório
(Licenciatura em Psicologia Educacional)

Universidade Pedagógica
Lichinga
2016
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Felismino Domingos Mirasse

Relatório
(Licenciatura em Psicologia Educacional)

Trabalho de Praticas Psicológicas a ser


aentregue ao departamento Ciências de
Educação e Psicologia com fins avaliativo sob
orientação de dr: Herminia das Dores Bucuto.

Universidade Pedagógica
Lichinga
2017
9

Índice
Lista de Siglas e Abreviaturas...................................................................................................iii

Agradecimentos.........................................................................................................................iv

Resumo.......................................................................................................................................v

Introdução...................................................................................................................................6

CAPÍTULO I..............................................................................................................................8

1. Actividades desenvolvidas na sala de aulas.....................................................................8

1.1 Debate dos pontos Didácticos essenciais..................................................................8

1.1.1 Actividades desenvolvida na Escola Integrada.....................................................9

1.1.2 Elaboração do relatório de EPP................................................................................9

1.1.3 Identificação e localização da escola....................................................................9

1.1.4 Localização Geográfica da Escola......................................................................10

1.2 Breve Historial da Escola Secundaria Paulo Samuel Kamkhomba...........................10

1.2.1 A Leccionação....................................................................................................11

1.2.2 Distribuição do Horário......................................................................................11

1.3 Planificação de Ensino...............................................................................................11

1.3.1 Análise da Planificação.......................................................................................12

CAPITULO II...........................................................................................................................12

2. Descrição e Análise de Actividades...............................................................................12

2.1.1 Avaliação das aulas dadas pela colega praticante...............................................13

2.2 Estrutura e organização das aulas...............................................................................14

2.2.1 Momentos...........................................................................................................14

2.2.2 Meios de ensino..................................................................................................14

2.2.3 Estratégias de Ensino..........................................................................................15

2.2.4 Avaliação............................................................................................................15

2.2.5 Objectivos...........................................................................................................15

2.3 Experiência na participação dinâmica da Escola e da Sala de Aulas.........................15


10

CAPITULO III..........................................................................................................................16

3. Observação da Turma....................................................................................................16

3.1 Caracterização dos Alunos.....................................................................................16

3.2 Organização Administrativa da Turma......................................................................17

3.2.1 Caracterização do Professor................................................................................17

3.2.2 As Condições da Sala de Aula............................................................................17

3.3 Análise Crítica das Observações................................................................................17

3.4 Relação Pedagógica do Professor - Aluno da E.S.G Paulo Samuel Khamkhomba...18

Constrangimentos.....................................................................................................................20

Sugestões...................................................................................................................................21

Bibliográfica.............................................................................................................................23
iii

Lista de Siglas e Abreviaturas

E.S.G Escola Secundaria Geral,


EPP Estagio de Praticas Psicológicas;
Nº Numero.
PEA Processo de Ensino e Aprendizagem,
T.P.C Trabalho Para Casa,
UP Universidade Pedagógicas
XIII Decimo Terceiro,
iv

Agradecimentos

Em princípio, agradecer a Deus e a docente da cadeira de práticas Pedagógicas, por nos ter
dado a oportunidade aos estagiários onde pode colher alguns aspectos fundamentais
(profissionais e éticos) no período de estágio.

A seguir, o meu apreço vai a Direcção da Escola Secundaria Geral Paulo Samuel
Khamkhomba, pela paciência, coragem e hospitalidade que teve durante todo o período das
Praticas Psicológicas. Um forte abraço ao metodólogo, pela simplicidade e disponibilidade
imediata, colaboração e apoio na realização das actividades.

Agradeço também aos meus pais pela dedicação e o carinho que tiveram de dar todo o seu
esforço pela minha vida e aos meus irmãos que tiveram a união de apoiar nos meus estudos.
v

Resumo
Neste presente trabalho de cadeira de Praticas Psicológicas tem como tema a Observação da
Interacção do Professor-Aluno na sala de aula. O trabalho foi realizado na Escola Secundaria
Geral Paulo Samuel Khamkhomba e este trabalho tem como objectivo geral: Conhecer a
interacção do professor e o Aluno na sala de aula da Escola Secundaria Geral Paulo Samuel
Khamkhomba e tem como objectivos específicos: identificar a relação do e o Aluno na sala de
aula da Escola Secundaria Geral Paulo Samuel Khamkhomba e Descrever relação do e o
Aluno na sala de aula da Escola Secundaria Geral Paulo Samuel Khamkhomba. Neste
trabalho final no CAPÍTULO I encontramos: Actividades desenvolvidas na sala de aulas.
CAPÍTULO II encontra-se: Descrição e Análise de Actividades e por fim no CAPITULO III
encontra-se: Observação da Turma. As Condições da Sala de Aula As condições das salas de
aula na escola integral apresentam boas condições para o decurso do processo de ensino e de
aprendizagem, tendo em conta o nível de desenvolvimento do nosso país. A Escola é muito
limpa, possui melhores edifícios comparativamente a outras escolas da cidade de Lichinga.
A assistência das aulas constituiu a base fundamental do Estágio psicológico. Entretanto, tive
a oportunidade de assistir várias aulas leccionado pelo professor chamado Miriate
Pensamento, onde as aulas dadas foram “O surgimento do nacionalismo africano e a segunda
aula foi as causas do nacionalismo africano”; isto na disciplina de Historia.

Palavra-chave: Escola; Aluno; Professor; Sala e Aulas.


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Introdução
O presente relatório, visa descrever as actividades realizadas no estágio de Praticas
Psicológicas que teve como alvo para os trabalhos de campo a Escola Secundária Geral de
Khamkhomba na turma “D” da 12ªclasse. Trata-se de um trabalho que tem como objectivo
geral, colocar o praticante em contacto directo com a realidade profissional, proporcionando-
lhe novas abordagens, treino e consolidação de conhecimentos adquiridos anteriormente,
troca de experiências com os colegas em exercício de suas funções docente-educativas.
Especificamente, o relatório tem como objectivos de desenvolver habilidades durante o curso;
oferecer diferentes caminhos ao estudante praticante para que se defronte com problemas
concretos de processo de aprendizagem e da dinâmica própria do espaço escolar, buscando
alternativas de solução em conjunto e proporcionar segurança ao aluno no início de suas
actividades profissionais, dando-lhe a oportunidade de executar tarefas relacionadas às suas
áreas de interesse e do domínio adquirido.

Objectivos Geral:

 Compreender das Actividades Realizadas na E.S.G Paulo Samuel Khamkhomba.

Objectivos Específicos.

 Identificar aspectos importantes as Actividades realizadas na E.S.G Paulo Samuel


Khamkhomba.
 Descrever aspectos importantes as Actividades realizadas na E.S.G Paulo Samuel
Khamkhomba.

No entanto, o estágio Pedagógico de Praticas Psicológicas compreendeu três fases,


nomeadamente:

 Pré-observação - (actividades realizadas na sala de aulas);


 Observação - (descrição e análise de actividades de leccionação e avaliação das aulas
dadas por mim e pela colega praticante);
 Pós-observação - (actividades realizadas após a leccionação das aulas).

Essas actividades pedagógicas são partes integrantes do programa de formação de professores


do curso Licenciatura em Psicologia Educacional com Habilitações de Educação de Infância
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Universidade Pedagógica de Moçambique que visa levar o estudante ao conhecimento da


realidade educativa mediante ao contacto com os professores e alunos.

A metodologia usada para a elaboração do trabalho foi a indução e comparação, auxiliada


pelas técnicas de consulta bibliográfica e observação. A bibliografia usada centrou-se em
temas como, Estagios Psicologicos (conceito, seus objectivos e suas fases).
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CAPÍTULO I

1. Actividades desenvolvidas na sala de aulas.

Segundo PIMENTA e LIMA (2004:156). “A sala de aulas é o espaço de encontro entre o


professor e os alunos com suas histórias de vida, das possibilidades de ensino e
aprendizagem da construção do conhecimento partilhado.”

Os Trabalhos desenvolvidos na sala de aulas concretamente no campus da UP, tiveram início


no dia 23 de Março de 2017.
Os seminários compreenderam três fases fundamentais dos quais destacam-se:
 1ª Fase: representada por debate dos pontos didácticos essenciais;
 2ª Fase: representada por apresentação de seminários;
 3ª Fase: representada pela orientação aos praticantes para a elaboração do relatório de
EPP.
1.1 Debate dos pontos Didácticos essenciais.

Na primeira fase dos seminários foram apresentados cinco pontos essenciais dos quais
destacam-se:

1º Ponto - Educação e o Professor: a drª forneceu-nos o conhecimento sobre:

 Aula ideal e o professor ideal;


 Desafios para um bom professor;
 Aspectos a ter em conta com o desenvolvimento de uma aula;
 A posição do professor dentro da educação, aquisição e mediação de conteúdos
sistematizados;
 Tarefas do estudante estagiário;
 Observação e integração no ambiente escolar.

2º Ponto – O critério de avaliação na cadeira de Estagio de Psicopedagogia. Primeiramente,


apresentou-se as duas etapas do EPP, apresentação dos objectivos da Disciplina e distribuição
dos temas para os seminários na sala de aulas com temas:
 Planificação de uma aula activa;
 Método de descoberta;
 Método de solução de problemas;
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 Técnica de seminário;
 Método de projecto;

3º Ponto: Avaliação no processo de ensino e aprendizagem: apresentou-se a importância e


alguns cuidados a ter na orientação dos trabalhos em grupo. Explanou-se ainda sobre o
objectivo do professor ao avaliar o indivíduo para sua formação no sentido geral (nos aspectos
físicos, psicológicos, comportamentais, entre outros aspectos).

1.1.1 Actividades desenvolvida na Escola Integrada

A realização dos trabalhos de campo nas Práticas Psicológicas na disciplina de


Psicopedagogia e de História, foi feita na Escola Secundária Geral Paulo Samuel
Khamkhomba.

A escola Secundária Geral Paulo Samuel Khamkhomba é uma instituição oficial obedecendo
a um programa previamente definido transmitindo informações, desenvolvendo capacidades
de verbalização e aprendendo a trabalhar em equipa na resolução de problemas. De um modo
geral a escola proporciona conhecimentos e desenvolve capacidades que permitem aos
indivíduos adquirir as competências básicas necessárias a sua vida de adulto e a sua
integração numa sociedade em mudanças.

1.1.2 Elaboração do relatório de EPP

Do princípio debate sobre o título que devia constar na capa do relatório de EPP. Realcei que
o Relatório deve ser constituído por dois capítulos, assim sendo, o primeiro capítulo deve
abordar todas actividades desenvolvidas na sala de aulas e o segundo capítulo deve constar as
actividades desenvolvida na escola integrada. Ou por outra havendo necessidades de
apresentar os conceitos básicos, o relatório deve ser constituído por três capítulos,
apresentando assim os conceitos básicos no primeiro capítulo; actividades desenvolvidas na
sala de aulas no segundo capítulo e as actividades desenvolvida na escola integrada no
terceiro capítulo.
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1.1.3 Identificação e localização da escola

Segundo FRIGOTTI (1999), ˮA escola é uma instituição social que, mediante sua prática no
campo do conhecimento, dos valores, atitudes e, mesmo por sua desqualificação, articula
determinados interesses e desarticula outros”.

Antigamente esta escola, denominava-se Escola Secundária de Nzinge, fundada antes da


independência. Após a independência, em 1976, a escola deixa de ser missionária passando às
mãos do governo e no mesmo ano entra em funcionamento. Actualmente esta escola é
conhecida como Escola Secundária Geral Paulo Samuel Khamkhomba,

1.1.4 Localização Geográfica da Escola

A Escola Secundaria Paulo Samuel Kamkhomba localiza-se na capital da província de Niassa,


a sul da cidade de Lichinga, concretamente na localidade urbano nº 01, avenida Júlio Nherere
ao lado do Instituto de Formação de Professores de Lichinga, e, tem como limites:

Sul – É limitado pelo lar feminino dos estudantes de diversas escolas;


Norte – Pelo lar masculino dos estudantes da escola Paulo Samuel Kamkhomba;
Este – É limitado pela estrada nacional nº 249.
Oeste – É limitado pela nascente do rio Nzinge.

1.2 Breve Historial da Escola Secundaria Paulo Samuel Kamkhomba

As missões católicas em Moçambique historicamente foram criadas com base na assinatura da


concordata Missionaria que ocorreu em 1940, entre o Estado Português e o Vaticano, onde se
estabelecia que a Educação dos indígenas passava a responsabilidade das Missões Católicas a
que lhe atribuíram um determinado subsidio para o funcionamento.

A missão era construída por um edifício que servia de internato denominado por lar Papa João
XXIII e albergava cerca de 60 a 80 rapazes vindos de várias missões católicas nomeadamente,
a Massangulo, Unango; Mecanhelas, Cobue, Mitucue; Mepanhira, Maua, Maica.

Os alunos seleccionados nas missões existentes destinavam-se numa primeira fase para
frequentarem a Escola Técnica Elementar “Comandante Augusto Cardoso”, aberta ao 10 de
Outubro de 1962 cujo primeiro director foi Firmino Siborro Ferreirinho.
11

Em 1967 foi criada a Escola de formação de professores do posto escolar; cujo primeiro
director foi Padre carreira. No mesmo ano foram inauguradas as novas instalações para o
funcionamento da Escola técnica Elementar que passou a designar-se por Escola Comercial
Comandante Augusto Cardoso, a actual Escola industrial e Comercial Ngungunhane.

A 24 de Julho de 1976 é anunciada a nacionalização da Educação abarcando as Missões


católicas. Assim, a Missão de Nossa Senhora da Conceição em Nzinge passa para o Estado
com a designação de Escola secundaria Nzinge.

Em 1985, a escola Secundária de Nzinge passa a designar-se Escola Geral Paulo Samuel
Kamkhomba e a leccionar-se a 8ª, 9ª e a 10ª classe. A partir do ano lectivo de 02 de Fevereiro
de 1996, foi introduzido a 2º Ciclo do Ensino Secundaria Geral (11ª e 12ª classe).

1.2.1 A Leccionação

O processo de observação da aula decorreu na turma “D” da 12ª classe, onde a turma tinha o
seguinte horário: nas 3ªs e 4ªs feiras, 4º; 1º e 2ºs tempos respectivamente, (conforme o horário
da turma).

Durante o período de realização do trabalho de campo, que começou no dia26 de Abril a 22


de Maio do ano em curso (2017) foram desenvolvidas as seguintes actividades: Distribuição
do horário; Avaliação das aulas leccionada por tutor das aulas.

1.2.2 Distribuição do Horário

A pois a distribuição dos estudantes praticantes por escolas, o grupo escolhido para leccionar
na Escola Secundaria Geral Paulo Samuel Kamkhomba, reuniu-se e marcou as horas para se
fazer presente na escola integrada. O grupo apresentou-se no estabelecimento de ensino
acompanhado pela supervisora, onde foi recebido pela Director Adjunto Pedagógica, que fez
conhecer a pasta de Disciplina, o funcionamento da Escola e, no mesmo dia fomos dado a
resposta acerca do dia que começariam as actividades no campo.

1.3 Planificação de Ensino

De acordo DIAS at all (2008) "A planificação do ensino é uma actividade que orienta o
professor com vista a alcançar objectivos"
12

Esta desempehna uma função importante porque ela evita o improviso da aula assegura o
alcance dos objectivos promovem a eficácia do processo do ensino e aprendizagem e garante
a economia do tempo, pode levantar-se a hipótese de que o professor não pretendia alcançar
nenhum objectivo com as suas aulas, pois seguia os momentos de uma aula nem o tempo para
cada momento.

Segundo PILLETE (1991) "Planificação do ensino é relação de matérias ou disciplinas com


o seu corpo de conhecimentos estruturados numa sequência lógica".

Com vista o comprimento dos objectivos preconizados no processo de ensino e aprendizagem


surge a necessidade de efectuar-se a planificação, como um processo de racionalização da
acção docente.

1.3.1 Análise da Planificação

Segundo a UNESCO  (1987) “a análise de planificação da educação tornou-se uma


necessidade em meados do século e tinha como finalidade responder às exigências sociais, ou
seja, uma mudança sem precedentes nos modos de vida e cultura”.

Entretanto o processo de planificação das aulas conheceu um andamento normal, pois


observou-se e cumpriu-se todas as tarefas previstas, sem qualquer obstáculo. Os planos foram
feitos num ambiente de trabalho tranquilo, com discussões que sempre facilitaram o processo
de aprendizagem.

Dai chega-se a conclusão que uma boa planificação deve conter as seguintes características:
ser flexível, Clara e precisa, Elaborada com íntimo com relação, com objectivos visados, Deve
ser elaborada, tendo em vista as condições reais e imediatas do local, tempo, dos recursos
disponíveis, Deve ser elaborada em função da realidade e necessidade apresentada pelos
alunos.

CAPITULO II

2. Descrição e Análise de Actividades

A assistência das aulas constituiu a base fundamental do Estágio psicológico. Entretanto, tive
a oportunidade de assistir várias aulas leccionado pelo professor chamado Miriate
13

Pensamento, onde as aulas dadas foram “O surgimento do nacionalismo africano e a segunda


aula foi as causas do nacionalismo africano”; isto na disciplina de Historia.

Foram assistidas cerca de 18 aulas possíveis, sendo a segunda aula da terceira semana de
estágio. A primeira aula foi leccionada na terça-feira do dia 09 de Setembro e a segunda foi
exactamente no dia 4 do mesmo mês do ano corrente na sala número quatro (4), turma: D, 12ª
classe, pelas 07:15 à 08:10h, e a segunda aula foi das 08:15 à 09:20h e 09:25 à 10:50h.

Quanto a subjectividade do professor, ele mostrou domínio científico dos conteúdos, boa
atitude educativa, boa apresentação e pontualidade. No que concerne a mediação do PEA,
tem-se a dizer que, o docente em todas as aulas teve uma única “tradição” no princípio da
aula, começava com a revisão da aula anterior através de pequenas perguntas e objectivas faz
correcção do T.P.C que no fim de cada aula sempre orientava os alunos a responderem
satisfatoriamente os trabalhos para casa.

Expôs claramente a nova matéria usando o método expositivo, através de perguntas da aula
anteriormente relacionada, prosseguindo com o método elaboração conjunta, tende os alunos
mostrando boa assimilação dos conteúdos. O professor criou um ambiente interactivo e
mostrou-se disponível na satisfação de dúvidas e inquietações.

Ainda há que referir que o professor utilizou devidamente os meios de ensinos, sobretudo o
quadro preto, o giz, o livro do aluno, o apagador e o próprio plano de aula.

Segundo LIBÂNEO (1994) “os meios de ensino servem para obtenção de noções concretas
sensuais e de conhecimentos de factos sobre certos objectos de reconhecimentos”.

Entretanto com isso cada meio de ensino tem efeitos determinados, convenientes a serem
empregados, no ensino onde justamente estes efeitos aparecem como desejáveis.

2.1.1 Avaliação das aulas dadas pela colega praticante

Após a assistência da leccionação da aula dada pelo professor (tutor), seguiu-se então a fase
da leccionação das aulas pelos estudantes praticantes. Tal como referimos anteriormente que
cada turma era composta por 2 a 3 estagiários. A leccionação das aulas foi distribuída por
igual, sendo aulas intercaladas por estudante praticante.
14

As aulas assistidas tiveram como tema: A Educação em Moçambique na disciplina de


Psicopedagogia e na disciplina de Historia as aulas assistidas foram as seguinte: As potências
europeias diante do movimento nacionalista; A independência do Congo ao Zaire e Unidade
Africana: Criação da UA. Isso foi no dia 22 de Abril a 27 de Abril do ano em curso,
respectivamente.

Partindo do pressuposto de que não existe, na prática, professor ideal e aula ideal, pode-se
dizer que as aulas do professor de um modo geral, foram boas, uma vez que, as aulas não
eram improvisadas, pois procurou sempre entrar na sala de aulas com planos e conseguia
alcançar seus objectivos. Em todas aulas, os professores procuraram cumprir com todas etapas
da aula.

Como sendo primeiro contacto com os alunos, o receio e o nervosismo não ficaram isento na
parte do colega praticante, emoções estas que iam desaparecendo nas aulas subsequentes.
Desde a sua primeira aula o colega conseguiu dominar a turma, motivou necessariamente, na
sua leccionação usava todos métodos de ensino (expositivo, elaboração conjunta e trabalho
independente), sempre foi aberta a interacção, e usou adequadamente os meios de ensino.

Não obstante, notou-se em algumas vezes, o uso incorrecto na pronúncia de alguns ter como:
Danquah, Kwame Nkrumah, Tschombé e Kassavubu. Esta questão de lapso língua foi
polémica na medida em que se pretendia leccionar as aulas subsequentes, mas esta falha
técnica foi superada.

2.2 Estrutura e organização das aulas

Desde o primeiro dia de leccionação, as aulas estavam estruturadas de seguinte maneira:


Momentos, Meios, Estratégias de ensino Avaliação e Objectivos.

2.2.1 Momentos
Para facilitar a compreensão dos conteúdos, cada aula teve quatro (4) momentos a saber:
Introdução e Motivação; Mediação e Assimilação; Domínio e Consolidação e Controle e
Avaliação.

2.2.2 Meios de ensino

Segundo PILETTI (1997)  define-os como: componentes do ambiente da aprendizagem que


dão origem à estimulação para o aluno.
15

GONZÁLEZ; Castro (1986) “define os Meios de Ensino como Todos os componentes do


processo docente – educativo que actuam como suporte material dos métodos (instrutivos ou
educativos) com o propósito de conseguir os objectivos propostos ”

Entretanto os meios de ensino são médios de ensinar a pensar, um bom método pedagógico,
um modo acertado de expor ideias e argumentá- lás, um diálogo do maestro com o colectivo
da sala de aula,  no que se trocam opiniões; o desenvolvimento gradual e por passos de uma
classe.

Meios: para a concretização das aulas, usou-se como meios didácticos o manual do aluno da
12ª classe; o livro da turma; apagador; quadro preto; o giz; caderno, esferográficas; lista de
presença e mapas.

2.2.3 Estratégias de Ensino

Estratégias de ensino: no processo de leccionação, interligava-se os conhecimentos dos


alunos com o conteúdo previamente planificado, para além de que possui uma vivacidade tal
que domine a turma, ou seja embora a turma fosse meio agitada, tinha formas como apaziguar
o ambiente desastroso esporádico dos alunos;

2.2.4 Avaliação

Segundo professor Cipriano Carlos Luckesi citado por LIBANEO, (S/D, P. 196) “A avaliação
é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem
que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho”.

Segundo professor LUCKSI apud LIBANEO (1994:199) ‟Avaliação é uma apreciação


qualitativa sobre dados relevantes do PEA que auxilia o professor a tornar decisões sobre
seu trabalho.

Avaliação: nas aulas, usava-se avaliação Diagnostica; avaliação Continua ou Formativa por
meio de questionamento aos aprendentes e avaliação Sumativa.

2.2.5 Objectivos

Segundo CASTANHO (1989) “Podemos definir objectivos educacionais como os resultados


que o educador espera alcançar por meio de uma acção educativa intencional e sistemática”.
16

Objectivos: foram formulados os objectivos em três âmbitos (conhecimento, capacidades e


habilidades) durante a elaboração dos planos de aula.

2.3 Experiência na participação dinâmica da Escola e da Sala de Aulas

Nesta actividade quase nada foi feito, visto que a escola não promoveu nenhum trabalho que
nos envolveu.

O tutor nunca mostrou disponibilidade em marcar encontros com os estudantes praticantes


para nos orientar formas ideais de leccionação das aulas, a correcção dos erros comuns,
elaboração dos apontamentos, de modo haver um melhoramento na leccionação.

CAPITULO III

3. Observação da Turma
De acordo ALARCAO e TAVARES apud DIAS et all (1987) ‘‘ Observação é o conjunto de
actividades destinadas à obter dados e informações sobre o que se passa no processo de
ensino/aprendizagem com finalidades de mais tarde, procederá um processo de análise''.

3.1 Caracterização dos Alunos

a) Classe - Os alunos por mim leccionado, estão na 12ª classe, turma D, na Escola
Secundária Geral Paulo Samuel Kamkhomba.

Quanto a composição da turma, ela era constituída por 126 alunos (segundo a organização da
escola). Deste universo, oito (8) foram transferidas para outras Escolas, o restante dos alunos
ainda não se fez o levantamento para saber a real posição. Mas, neste universo só faz-se
presente na sala no máximo 84 alunos.

De acordo com o REGULAMENTO DO ENSINO SECUNDARIO GERAL , no seu Artigo 65 que


respeita a “Organização das Turmas” no nr.3, diz que “ a organização das turmas é feita
tendo-se em conta a harmonia das idades, a ordem alfabética dos nomes sem, porem,
distinção do sexo, raça, nem religião”.

O mesmo Regulamento, no Artigo 66 que respeita ao “ Número de Alunos por Turma” no nº.
1, diz que “ admite-se um universo de 45 alunos como o número máximo de alunos por cada
turma do 1º ciclo”.
17

b) Idade: as idades variam entre os 16 a 26 anos, cumprindo desta feita o artigo 65 do


Regulamento do ensino médio Geral.

c) Residência: todos alunos residem na cidade de Lichinga, e encontram-se dispersas pelos


diferentes Bairros desta Cidade.

d) Hábitos: não há informações certas, só posso adiantar que os hábitos têm muito a ver com
a tribo a que o cidadão pertence. O grosso número dos alunos pertencem a tribo Yão, os
outros pertencem a tribo Macuas e Nyanjas.

3.2 Organização Administrativa da Turma

A turma é compostas administrativamente por um director da turma, chefe da turma e seu


adjunto, chefe de grupo, chefe de higiene e de informação. Segundo a estrutura administrativa
da sala de aulas apresentada, os representantes da turma são os executores das tarefas
transcritas pela direcção das turmas.

3.2.1 Caracterização do Professor

Trata-se de uma turma leccionada pelo professor Mussa Mario Mauride Majadine, docente de
N1, do sexo masculino por sinal director de turma. O professor tem 10 horas de carga horária
por semana, leccionando curso diurno e nocturno.

3.2.2 As Condições da Sala de Aula

As condições das salas de aula na escola integral apresentam boas condições para o decurso
do processo de ensino e de aprendizagem, tendo em conta o nível de desenvolvimento do
nosso país. A Escola é muito limpa, possui melhores edifícios comparativamente a outras
escolas da cidade de Lichinga. A escola está iluminada, todas salas possuem o número de
carteiras suficiente e são de alta qualidade, o espaço disponível para circulação dos
professores é suficiente.

3.3 Análise Crítica das Observações

Como forma de analisar os dados recolhidos, tem se a dizer que o elevado índice de faltosos
por parte dos alunos, que até hoje a direcção da escola ainda não adoptou métodos adequados
para mitigar este fenómeno, cria muitos transtornos que concorrem para a ameaça da
qualidade do ensino e aprendizagem em História.
18

Verifica-se que maior parte dos professores efectivos motivam bastantemente para a
permanência do fenómeno, uma vez que estes não marcam as presenças no livro de Turma,
devido a insuficiência de tempo e a fadiga para o efeito.

Os alunos quando ocasionalmente aparecem na aula, principalmente no dia de teste escrito, os


professores não actuam de modo a mostrar uma posição bem definida para os faltosos.

Nos estamos da opinião que a direcção da Escola pudesse validar os PPF nas disciplinas e
suspender os alvos por um período de 2 anos sem frequência, o que normalmente tem
acontecido em algumas escolas.

Outras alternativas, que implementamos durante as nossas actividades de observação das


aulas são que, os professores devem impedir a realização do teste escrito ao aluno que for a
cometer três (3) faltas consecutivas na disciplina antes do dia marcado para teste.

Quanto aos métodos usados durante as aulas, em muitas vezes foram o expositivo e a
elaboração conjunta e também a forma de utilização do método expositivo é a exposição oral
do professor na perspectiva activa com a demonstração, ilustração e exemplificação;
intercalar ou ouvir e o ver, utilizando o quadro, giz, modelos e outros meios didácticos
apropriados.

3.4 Relação Pedagógica do Professor - Aluno da E.S.G Paulo Samuel Khamkhomba

A relação professor - aluno esteve em larga medida dependente daquilo que os professores
foram: do seu grau de maturidade afectiva, e da sua e experiencia pessoal. Da mesma maneira
foram tolerantes, simpáticos e carinhosos, o que serviu de instrumentos essenciais para o seu
trabalho na sala de aula.

Segundo ANTUNES (2003) “é essencial que: o espaço da sala de aula seja o espaço da
discussão, da oposição, das divagastes interpretações”.

Quando se enfatiza sobre “que tipo de escola se quer” e “que tipo de alunos almeja-se”, a
resposta é sempre uma escola democrática e um aluno crítico, participativo e actuante
socialmente e, para que isto se realize, é necessário usar metodologias que abram cada vez
mais espaço, para que o aluno tenha oportunidade de se expressar e de dialogar na troca de
informações e que muitas vezes a falta de conhecimento do que está sendo trabalhado, isto é,
19

de domínio de conteúdo, faz com que os professores proíbam a fala do aluno, temendo não
conseguir retorno ao assunto abordado.

Os alunos interagiram positivamente com o professor eu soube motivar os alunos durante


todos momentos das aulas, embora que em algumas ocasiões os alunos deixavam estar
motivados, mas sentiu se de facto um clima de confiança em ambas partes.

Na perspectiva de PILETTI (2004:250) “afirma que o professor como líder, é grande


responsável pelo bom relacionamento”.

De facto entendo que a postura que um professor deve tomar na sala de aula é de extrema
importância e a criação de um ambiente meramente psicológico que contribua positiva ou
negativamente na aprendizagem da matéria que é ministrada, depende necessariamente do
professor, pois, boa aprendizagem requer que haja alunos alegres, bem motivados e que se
sintam seguros e confiantes enquanto desenvolvem certas actividades de aprendizagem.

Para os professores assistidos conseguiram criar tais situações na sala de aula apesar de
estarem a falar muito, poucas vezes elogiaram aos alunos e eles mesmo encerravam os
trabalhos.
20

Constrangimentos

Durante a realização do Estágio de práticas Psicológicas, encaramos várias dificuldades, só


para mencionar algumas: não tivemos a oportunidade de ser assistido pelo supervisor, o que
não é ideal nos estágios pedagógicos, visto que, o estudante praticante necessita de assistência
ou acompanhamento para ser explicado as dificuldades que ele poderá encontrar durante a sua
leccionação. Tivemos ainda outro impasse nas aulas das quartas-feiras em que tínhamos aulas
até ultimo tempo no campus, onde consequentemente registava-se atrasos nos primeiros
tempos no estágio, não só como também o nosso horário não estava bem esboçado, há dias
que largávamos 12 horas e, pela distância onde está localizada a escola integrada não era
possível assistir as aulas dos últimos tempos, acabando criar um atraso na leccionação.
21

Sugestões

Após a realização e feitas a cerca do trabalho de campo (relatório das praticas psicológicas)
foi possível notar alguns pontos que necessitam de ser melhorados por parte da Escola
Integrada, das comunidades e a nível do governo. Assim, destaca-se as seguintes
recomendações e ou sugestões:

E.S.G Paulo Samuel Khamkhomba

Sugere-se a escola para que sejam melhoradas as casas de banhos, para um bom ambiente
de higiene sanitária; porque os alunos faziam as necessidades menores no ar livre e isso
não é admissível;

 Para que arranjem carteiras para o bom posicionamento dos alunos na sala de
aulas; porque algumas salas de aula não tinham carteiras suficientes;
 Para que crie um posto de saúde para atendimentos de pequenas enfermidades
porque houve varias desmaios na escola e não houve nenhuma ajuda de
emergência para os estudantes que desmaiaram;
 Para que aumentem mais Livros na biblioteca para facilitar os professores e os
alunos a desenvolverem o PEA;

À Universidade Pedagógica

 Sugere-se que as próximas práticas psicológicas haja interrupção do decurso normal


das aulas de modo a permitir que não hajam impactos negativos para o estudante em
matérias de simultaneidade de horários entre a escola integrada com as aulas na
universidade.

Ao governo distrital

 Sugere-se ao governo distrital para que enfatize mais o nível de palestras em matéria
de uso conservação das carteiras escolares, visto que algumas salas de aulas já
deparam-se com insuficiência de carteiras escolares.
 Sugere-se ao governo distrital para desencorajar a contratação de docentes não
qualificados, visto que havia rumores na escola a cerca de alguns professores sempre
que há alguma visita por parte dos estudantes da universidade pedagógica do curso de
psicologia.
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Conclusão
O professor exerce uma atividade que não é tão fácil como pode se imaginar, pois ele tem
uma grande missão de conduzir todo o PEA com autoestima por forma a garantir a boa
aquisição e assimilação dos conteúdos por parte dos seus alunos. O relacionamento entre o
professor e alunos, dita muito nesse processo, para incentivar mais a motivação dos alunos. O
uso de diversos métodos é muito importante, pois estes facilitam o professor alcançar os seus
objetivos da aula. As vivências positivas do êxito na escola também são determinantes para
motivação da criança para aprendizagem. O reforço positivo do aluno por parte do professor,
na realização das suas actividades escolares nas diferentes disciplinas, a consideração de suas
particularidades através de um acompanhamento, orientação do aluno em suas dificuldades
individuais.
23

Bibliográfica

MULLER, Susann. Didáctica das Ciências Naturais. Maputo, Texto Editora, 2005.
MINISTERIO DE EDUCAÇÃO. Manual de Apoio `a Supervisão Pedagógica. 1ed. Maputo
IBÂNEO, J Carlos. Didáctica: Corteis Edições. São Paulo.2006
LIBÂNEO, J, C. Didáctica.14ed. São Paulo. Cortez Editora. 1994.
PAULO, Cortez, 2004. regulamento do ensino secundario geral, Artigo 65, Maputo, 2005.
PILETTI, Cláudio. Didáctica Geral. 14ª Edição. S. Paulo, Ática, 1991.
PIMENTA, Selma Garrido & LIMA, Maria Socorro L. Estágio e Docência. São Paulo; 2004
24

APENDICE
25

Imagem 1: Descrição frontal da escritura da E.S.G Paulo Samuel Khamkhomba.

Fonte: Autor 2017.

Imagem 2: Descrição dos alunos na sala de aula.

Fonte: Autor 2017.

Imagem 3: Os alunos na sala de aula na disciplina de Psicopedagogia


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Fonte: Autor 2017.

Imagem 4: Director adjunto da E.S.G Paulo Samuel Khamkhomba.

Fonte: Autor 2017.

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