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Dívidas públicas
Estudante: Docente:
Dívidas públicas
Estudante: Docente:
Ano de Frequência: 3º
2.Dívidas públicas.......................................................................................................................4
2.3.4.Dívida Pública............................................................................................................9
2.4.2.Implicações.................................................................................................................9
3.Conclusão...............................................................................................................................10
Bibliografia...............................................................................................................................11
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1.Introdução
No estudo sobre as Dividas publicas. Importa referenciar que o endividamento público
é um instrumento fundamental para a distribuição intertemporal óptima das políticas públicas.
É por meio dele que a provisão dos bens públicos pode ser temporalmente dissociada da
arrecadação dos recursos para lhe fazer face. Para que o instrumento do endividamento possa
cumprir de forma adequada seu papel, faz-se necessário que o emissor adopte uma política
crível, em que os valores contratualmente estipulados sejam honrados. Em outras palavras, a
política fiscal tem de ser sustentável.
2.Dívidas públicas
Basicamente, dívida pública são empréstimos que o governo contrai para financiar as
despesas que não consegue pagar com a arrecadação de tributos nem com outras fontes de
receita.
O país tem uma dívida muito grande, o que se traduz em uma grande quantidade de
juros a serem pagos; ou
Em outras palavras, o governo vende títulos públicos e usa o dinheiro para pagar os
títulos que estão vencendo, trocando uma dívida velha por uma nova.
De forma geral, é o orçamento anual do governo que define de onde vão sair os
recursos para pagar a dívida pública se por meio de refinanciamento ou por meio de outras
fontes, como juros recebidos de empréstimos concedidos pelo governo e arrecadação de
tributos.
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Nota-se que, mesmo com essa especificação extremamente simples, algumas questões
precisam ser esclarecidas. Em primeiro lugar, a ênfase nos valores especificados no contrato
(ou título) é fundamental, no sentido de que queremos evitar a circularidade associada à
utilização do valor de mercado. Em segundo, na maior parte do que se segue consideraremos
dívida em termos reais, já que o nível de preços pode ser visto como uma variável de ajuste no
valor da dívida e criar circularidade semelhante à referente ao uso do valor de mercado
quando se trata da dívida pública, como voltaremos a discutir mais adiante.
De acordo com FMO 2016. Análise sobre a Conta Geral do Estado 2014 e respectivo
Relatório e Parecer do Tribunal Administrativo.
Quando o Governo diz que a dívida pública é sustentável fá-lo com base nos
chamados “indicadores de sustentabilidade da dívida”, a saber: a dívida pública, o PIB, as
receitas correntes e o nível de exportações – todos apresentados no quadro acima. Ora,
afirmar que a dívida pública moçambicana é sustentável com base nos indicadores do quadro
acima é, simplesmente, falacioso por diversas razões, sendo as mais importantes as seguintes:
Grande parte da nossa dívida foi contraída para execução de projectos de investimento
cuja prioridade é absolutamente discutível, não sendo sequer capazes de pagarem por si muito
menos geram ou catapultarem oportunidades económicas de geração de rendimento alargado
e diversificado ao ponto de contribuir para a resolução dos principais problemas de pobreza
no país: fome, desnutrição crónica, falta de acesso à água potável e saneamento do meio, para
além das doenças crónicas.
avultada dívida para o país e sobretudo para o bolso do cidadão, a quem a soberania pertence
nos termos constitucionais;
Esclareça que estratégia tem para pagar as dívidas existentes e anuncie medidas
concretas de responsabilização dos autores da actual crise;
Recorra ao endividamento interno apenas quando for necessário, evitando assim criar
demasiados encargos financeiros para o Estado, dada a onerosidade das taxas de juro da
dívida pública interna;
Estabeleça uma matriz de prioridades para o endividamento futuro, por forma a que
nenhum governo ou dirigente do país possa contrair dívidas para projectos de viabilidade e
prioridade discutíveis e duvidosos.
Crie uma lei de Responsabilização Fiscal que penaliza a violação do limite máximo de
avales estabelecidos na lei orçamental e que garanta que os gestores públicos que lesam o
Estado sejam exemplarmente punidos;
Crie uma comissão de inquérito para acompanhar a questão da dívida pública junto do
Governo.
2.3.4.Dívida Pública
Nos últimos cinco anos, a Dívida Pública moçambicana cresceu a uma taxa anual
superior a 20%, tendo atingido um valor nominal de, pelo menos, 8,1 biliões de dólares
americanos. No entanto, desde o ano passado, com a renegociação da dívida da EMATUM, e
agora com a “descoberta” da dívida da ProIndicus e da Base Logística de Pemba, o Estado
moçambicano acumulou mais de 2 biliões de dólares americanos em dívida pública.
Dados divulgados no dia 22 de Abril de 2016 pela RDP África (noticiário das 15
horas), citando um documento confidencial elaborado pelo Ministério da Economia e
Finanças (MEF), indicam que a dívida pública representa actualmente 73,4% de toda a
produção do país (PIB).
por parte do governo aos agentes privados residentes, geralmente por intermédio dos bancos
comerciais (Massarongo 2011).
2.4.2.Implicações
Ausência de tectos de médio prazo para a contratação da dívida pública externa, torna
o país refém da vontade do Governo-dia, com implicações para:
3.Conclusão
A posterior conclui-se que a dívida surge e aumenta sempre que o governo gasta mais
do que arrecada. Assim, quando os impostos e demais receitas não são suficientes para cobrir
as despesas, o governo é financiado por seus credores (pessoas físicas, empresas, bancos etc),
dando origem à dívida pública.
Assim como o bom uso do crédito por um cidadão facilita o alcance de grandes
conquistas (a compra de sua casa própria, por exemplo), o endividamento público, se bem
administrado, permite ampliar o bem-estar da sociedade e favorece o bom funcionamento da
economia. Especialistas costumam destacar a importante função que o endividamento público
exerce ao garantir níveis adequados de investimento e de prestação de serviços pelo governo à
sociedade, ao mesmo tempo em que propicia maior equidade entre gerações.
Bibliografia
Castel-Branco, C. N. 2015. Desafios da sustentabilidade do crescimento económico –
uma “bolha económica” em Moçambique? In Desafios para Moçambique 2015; pp. 157-200.
IESE. Maputo.
Financial Times. 2016. IMF Halts Mozambique aid after finding undisclosed debts of
$1 billion. Edição de 18 de Abril. Londres