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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO POLITÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS Nº 5144 (IPAS)

CONTABILIDADE PÚBLICA

DESPESAS PÚBLICAS

Docente:

Luanda, 2024
DESPESAS PÚBLICAS

Grupo nº: 04
Classe: 12ª
Sala: 20
Período: Tarde
Turma: AP12BT
Disciplina: Contabilidade Pública

INTEGRANTES DO GRUPO
Nomes Nº Classificação
Kariamba Quintas 29
Kinavuide Carolina Mário 30
Liaury de Sousa 31
Lourenço Contreiras 32
Luzia João 33
Madalena Dala 34
Manuela Bernardo 35
Maria Clara da Cruz Sebastião 36
Maria Maquimba Paulino 37
Maria Domingos 38

Luanda, 2024
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

CAP Nº 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 2

1.1. CONCEITOS ............................................................................................................ 2

1.2. DESPESAS PÚBLICAS ........................................................................................... 3

1.3. EXECUÇÃO ORÇAMENTAL ................................................................................ 4

1.3.1. Execução Orçamental das Despesas .................................................................. 5

1.4. CARACTERÍZAÇÃO DAS DESPESAS................................................................. 7

1.4.1. Despesas Orçamentárias e Despesas Extraorçamentárias...................................... 7

1.4.4. Despesas Efectivas e Não Efectivas ...................................................................... 7

1.5. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL E ESTRUTURA PROGRAMÁTICA .............. 8

1.5.1. Classificação funcional: ......................................................................................... 8

1.5.2. Estrutura programática ........................................................................................... 8

1.6. CLASSIFICAÇÃO POR CATEGORIAS ECONÔMICAS ................................... 10

1.6.1. Despesas correntes ............................................................................................... 10

1.6.2. Despesas de capital .............................................................................................. 11

1.7. GRUPO DE NATUREZA DE DESPESA ............................................................. 12

1.7.1. Modalidade De Aplicação.................................................................................... 14

1.7.2. Elemento de Despesa ........................................................................................... 15

1.8. ESTÁGIOS DA DESPESA .................................................................................... 16

1.8.1. Casos Especiais de Despesa ............................................................................ 20

CONCLUSÃO .................................................................................................................... 21

REFERENCIAS .................................................................................................................. 22
INTRODUÇÃO

Como sabemos, toda e qualquer economia procura sempre atingir o máximo


desenvolvimento económico possível. Para tal este desenvolvimento, é atingido utilizado
racionalmente os recursos existentes e aplicando políticas viáveis.

A Despesa Pública, vem se desenvolvendo de forma acentuada desde o início do século XX.
Este desenvolvimento é fruto da intervenção do Estado na economia que proporcionou o
crescimento acelerado de vários países. Está intimamente ligada ao orçamento público pois é dele
que saem os recursos para a liquidação dos débitos oriundos dela (Despesa Pública). O orçamento
público desenvolveu-se bastante nas últimas décadas, pois os gastos do Estado avolumaram-se
bastante, gerando uma necessidade de classificá-los e programá-los de acordo com as suas
necessidades.

O estudo da Despesa Pública é bastante complexo, devido a escassez de material para


pesquisa. Poucos são os profissionais que se dedicam a estudar este tema, pelo fato de o seu campo
de aplicação, restnngir-se apenas aos órgãos governamentais.

Para promover o desenvolvimento e o equilíbrio macroeconómico, o estado utiliza alguns


instrumentos a seu dispor como: como as políticas fiscais (Despesas Públicas e impostos) e as
políticas monetárias.

No entanto, em países onde a dimensão do sector público é excessiva, as despesas públicas


podem ter um impacto negativo no crescimento económico, ou seja, por existirem vários tipos de
despesas públicas, nem todas as despesas levam ao desenvolvimento económico. Neste caso o
estado deve atribuir maior percentagem das suas receitas naquelas despesas que levam a um
desenvolvimento económico.

Neste âmbito, este trabalho, traz alguns fundamentos de intervenção do estado na economia,
algumas abordagens sobre classificação das despesas públicas e ainda a estrutura das despesas
públicas.

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CAP Nº 1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. CONCEITOS
O orçamento é o instrumento programático aprovado por lei específica, de que se serve a
administração do Estado e a administração autárquica, incluindo os correspondentes fundos e
serviços autónomos, as instituições sem fins lucrativos financiadas maioritariamente por si e a
segurança social, para gerir os recursos públicos, de acordo com os princípios de unidade,
universalidade, anualidade e publicidade. O orçamento estima as receitas e fixa os limites das
despesas.

Despesas Públicas São todos os pagamentos efetuados pelo Estado com obras e serviços que
beneficiarão a comunidade. Esses recursos são provenientes da arrecadação de receitas, e só podem
ser gastos até o montante fixado peio orçamento para cada dotação orçamentária.

(ANGÉLICO, João. Contabilidade Pública - ATLAS), define despesa pública como "todo
pagamento efetuado a qualquer título pelos agentes pagadores. Saídas, desembolsos, dispêndios
ou despesa pública são expressões sinônimas”.

"Constituem Despesa Pública os gastos listados na lei orçamentária ou em leis especiais e


destinados à execução dos serviços públicos e dos aumentos patrimoniais: à satisfação dos
compromissos da divida publica, ou ainda à restituição ou pagamento de importâncias recebidas a
titulo de cauções, depósitos, consignações etc.” (KOHAM A, Héilio. Contabilidade Pública,
Teoria e Prática, 3o. Edição - ATLAS).

De acordo com os conceitos expostos acima, fica claro que a Despesa Pública, não é apenas
aquela autorizada na lei orçamentária, ela também se compõe dos créditos adicionais autorizados
no decorrer do período e das despesas extra- orçament árias que não precisam ser autorizadas por
lei.

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1.2. DESPESAS PÚBLICAS

Receitas e despesas são termos de estudos da contabilidade e finanças em geral, onde é


ensinado que as despesas, são gastos para direta ou indiretamente gerarem receitas, seja para
pessoas físicas ou jurídicas.

Para a contabilidade, uma despesa representa uma diminuição do ativo e aumento do


passivo; e assim como as receitas provocam um aumento do patrimônio líquido, as despesas
diminuem o valor do mesmo.

As Despesas só poderão ser assumidas durante o ano económico para o qual estiverem
orçamentadas e deverão sempre respeitar os princípios de Economia (minimizarão dos custos),
eficiência (minimizarão dos resultados) e eficácia (obtenção dos resultados pretendidos). O
processo de execução das despesas é bastante mais complexo que o das receitas.

1º - A despesas tem de ser legal, tem de estar inscrita numa classe e verba prevista no
Orçamento do Estado, e tem de ter cabimento orçamental (ou seja, tem de haver verba disponível).
No caso das despesas obrigatórias, a utilização da dotação orçamental - do montante inscrito na
rubrica de despesas - é obrigatória, enquanto que no caso das despesas facultativas a sua utilização
é opcional. Assim:

2º - A execução das despesas deverá obedecer a regra dos duodécimos, segundo a qual em
cada mês do ano não poderá ser utilizada uma verba superior a 1/12 da verba global fixada no
orçamento, acrescida dos duodécimos dos meses anteriores vencidos e não gastos. De acordo com
esta regra, as despesas distribuir-se-ão uniformemente ao longo do ano ou concentrar-se-ão na
parte final do ano, quando a Tesouraria já dispõe de maiores recursos.

Pretende-se, desta forma, impedir que as despesas se concentrem nos primeiros meses do
ano, quando a tesouraria ainda não dispõe de recursos suficientes, por ainda não ter sido cobrada
a maior parte das receitas. Existem, todavia, excepções autorizadas por Lei. Estas excepções
resultam da necessidade de realizar o grosso de certas despesas durante um determinado período
do ano. Abrangem as despesas com o pessoal, os encargos da dívida, transferências ao exterior,
outras despesas correntes, exercícios findos e Encargos Aduaneiros. As excepções previstas por

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Lei incluem ainda despesas que pela sua especificidade beneficiem de um regime especial de
utilização das dotações orçamentais.

3º - A realização de uma despesa implica um longo e complicado processo burocrático, que


inclui:

 A autorização das despesas pela entidade competente;


 O processamento ou inscrição do gasto na folha de despesa;
 A verificação da despesa em termos de legalidade e cabimento na respectiva rubrica;
 A liquidação ou determinação do montante exacto da dívida;
 A autorização do pagamento; e
 O próprio pagamento, implicando a saída de dinheiros dos cofres do Estado.

1.3. EXECUÇÃO ORÇAMENTAL

A execução do orçamento das receitas e despesas deve obedecer a um princípio de


segregação de funções de liquidação e de cobrança no caso das primeiras e de autorização de
despesa, de autorização de pagamento e de pagamento no caso das segundas. Essa segregação, que
visa obter maior segurança e racionalidade, deve estabelecer-se entre diferentes serviços ou entre
agentes diferentes no mesmo serviço.

No caso das despesas públicas as dotações constantes da autorização orçamental constituem


o limite máximo para a respectiva realização. Fala-se de tipicidade quantitativa. Assim, nenhuma
despesa pode ser autorizada ou paga, sem o respeito pela legalidade (“o facto gerador da despesa”
deve respeitar “as normas legais aplicáveis”), pelo cabimento orçamental (deve dispor de inscrição
orçamental, ter cabimento na correspondente dotação, ser adequadamente classificada e obedecer
ao princípio da execução do orçamento por duodécimos) e pelo respeito do princípio da economia,
eficiência e eficácia.

A regra dos duodécimos tem excepções, designadamente no tocante à despesas de capital,


em virtude da respectiva natureza. O cabimento orçamental afere-se pela classificação económica,
pelas rubricas de nível mais desagregado. A economia, eficiência e eficácia têm a ver com a melhor
utilização dos recursos, designadamente na óptica de custo / benefício, com a susceptibilidade de
produzir um determinado resultado querido e com o resultado efectivamente alcançado, devendo
ter em consideração a continuidade no tempo e o dispêndio significativo de dinheiros públicos.

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Quando haja a consignação excepcional de receitas a determinada despesa fica esta condicionada
à cobrança de receita de igual montante.

1.3.1. Execução Orçamental das Despesas

A execução do orçamento das despesas traduz-se na utilização das autorizações de pagar


(créditos orçamentais) durante o período financeiro, já que o orçamento é gerência. Por isso
nenhum pagamento pode ser feito sem que a despesa se encontre discriminada no orçamento e
tenha cabimento no correspondente credito orçamental, nem nenhum encargo pode ser assumido
sem que a despesa esteja prevista e haja cabimento. Os créditos orçamentais constituem o limite
máximo a utilizar na realização das despesas, e nesta medida, o regime jurídico a que estão sujeitas
é mais rigoroso do que o regime jurídico aplicável à execução do orçamento das receitas, não
sendo suficiente que sejam legais e se encontrem previstas no orçamento. (RANGEL, 2009: 160).

Existe um conjunto de princípios e regras que se aplica à execução do orçamento das


despesas, nomeadamente: cabimentação, legalidade, regra dos duodécimos vencidos, economia,
eficiência e eficácia.

A realização de qualquer despesa obedece a um processo que compreende várias etapas. A


actual LQOG (Lei n.º 15/10, de 14 de Julho) a exemplo do que acontecia na anterior (Lei n.º 9/97,
de 17 de Outubro), apenas dispõe sobre três dessas etapas: cabimentação (artigo 31.º), liquidação
(artigo 32.º) e pagamento (artigo 33.º). no entanto existem outras etapas que as precedem,
nomeadamente a autorização e processamento. Portanto nos termos do artigo 30.º n.º 2 da lei que
vimos citando a execução orçamental da despesa observa as seguintes etapas sucessivas:

a) A cabimentação;

b) A liquidação;

c) O pagamento.

1.3.1.1. Cabimentação

A cabimentação da despesa é o acto emanado pela autoridade competente que consiste em


se deduzir do saldo de determinada dotação do orçamento a parcela necessária à realização da

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despesa aprovada e que assegura ao fornecedor que o bem ou serviço é pago, desde que observadas
as condições acordadas.

É vedada a realização de despesas, o início de obras, celebração de contratos administrativos


ou a requisição de bens sem prévia cabimentação, observado o limite para cabimentação
estabelecido na programação financeira ou em montante que exceda o limite dos créditos
orçamentais autorizados. O seu incumprimento gera para o Estado qualquer obrigação de
pagamento e sujeita a autoridade que praticou o acto, às sanções disciplinares, civis ou penais
aplicáveis.

Para a cabimentação da despesa é extraído um documento denominado Nota de


Cabimentação, onde consta o nome do beneficiário, a especificação e a importância da despesa e
sua dedução do saldo do crédito orçamental correspondente.

1.3.1.2. Liquidação

A liquidação da despesa é a verificação do direito do credor, com base nos títulos e


documentos comprovativos do respectivo crédito. A liquidação da despesa tem por objectivo
apurar:

a) A origem e a natureza do credito que se deve pagar;

b) A importância exacta a pagar;

c) A quem se deve pagar, para extinguir a obrigação.

A liquidação da despesa tem por base:

 O contrato, acordo respectivo ou factura;


 A Nota de Cabimentação
 Os comprovativos de entrega dos bens ou prestação efectiva do serviço.
1.3.1.3. Pagamento

O pagamento é a quitação do débito após a sua regular liquidação. O pagamento é efectivado


através da emissão da correspondente Ordem de Saque, após despacho exarado por entidade
competente, determinando que a despesa seja paga. O pagamento da despesa é efectuado por
estabelecimento bancário credenciando e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.

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1.4. CARACTERÍZAÇÃO DAS DESPESAS

1.4.1. Despesas Orçamentárias e Despesas Extraorçamentárias

Quanto ao orçamento a Despesa pública é classificada em dois grupos a saber: Despesa


Extraorçamentária e Despesa orçamentária.

1.4.1.1. Despesa Orçamentária

São aquelas cujas realizações depende de autorização legislativa c que não pode efetivar-
se sem crédito orçamentário correspondente. Em outras palavras, são as que integram o orçamento
e derivam dos créditos adicionais.

1.4.1.2. Despesa Extraorçamentária

Constituem despesas extra orçamentárias os pagamentos que não dependem de autorização


legislativa; aqueles que não fazem parte da execução orçamentária, portanto não integram o
orçamento. Correspondem à restituição ou á entrega de valores arrecadados sob o título de receita
extraorçamentária, por isto constituem-se obrigações de terceiros.

São exemplos de despesa desta natureza; salários e vencimentos não reclamados,


pagamentos de Restos a Pagar, restituição de depósitos, resgate de operações de crédito por
antecipação da receita, etc.

1.4.4. Despesas Efectivas e Não Efectivas

Sob aspecto da contabilidade, podemos dividir a despesa orçamentária quanto ao impacto na


situação patrimonial em efetiva e não efetiva:

Despesa orçamentária efetiva: Corresponde àquela despesa que reduz a situação líquida
patrimonial, e decorre em fato contábil modificativo diminutivo.

Despesa orçamentária não efetiva: Corresponde aquela despesa não interfere na situação
líquida patrimonial, e decorre em fato contábil permutativo.

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1.5. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL E ESTRUTURA
PROGRAMÁTICA

1.5.1. Classificação funcional:

A classificação funcional, segrega as dotações orçamentárias em funções e subfunções,


buscando responder basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será
realizada, e é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como agregador
dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de Governo.

A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à


função, enquanto que os três últimos dígitos representam a subfunção, que podem ser traduzidos
como agregadores das diversas áreas de atuação do setor público, nas esferas legislativa, executiva
e judiciária. A classificação funcional compreende os seguintes níveis de agregação:

 Função
 Subfunção
Função - corresponde ao mais elevado nível de agregação da acção governamental, nos
diferentes sectores. A função se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo,
educação, saúde, cultura, transporte, direitos da cidadania etc. A função “encargos especiais”
engloba as despesas orçamentárias em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço,
tais como dívida, transferências constitucionais a municípios etc, sendo subdivididas em sub
funções.

Subfunção: representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve


evidenciar cada área de atuação governamental.

1.5.2. Estrutura programática

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual – PPA para o período de quatro anos.
Conforme estabelecido no artigo 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e
identificação, respeitados os conceitos e determinações nela contidos.

Programa: é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um


conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido,

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mensurado por indicadores instituídos no plano (PPA), visando à solução de um problema ou ao
atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.

O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento.

Ações ou Sub-programas: Compreendem despesas de um programa correspondente a


projectos ou actividades, bem especificados e caracterizados que articulam e complementam entre
si e concorrem para a concretização dos objectivos do programa em que se inserem. As ações,
conforme suas características podem ser classificadas como atividades, projetos ou operações
especiais.

a) Atividade: É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um


programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e
permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de
Governo.
b) Projeto: São acções limitadas no tempo, associadas a metas, que concorrem para a
expansão ou o aperfeiçoamento dos encargos cometidos aos órgãos que integram a
Administração do Estado ou estejam sob a sua tutela.
c) Operação Especial: Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou
aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

A classificação funcional-programática tem por escopo vincular a despesa orçamental a


acções e aos objectivos e metas, observado, para esse efeito, opções de política económica.

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1.6. CLASSIFICAÇÃO POR CATEGORIAS ECONÔMICAS

A classificação por Categoria Econômica, Elemento ou Objeto de Gastos, agrupa despesas


comuns destinadas à consecução dos seus objetivos de acordo com a legislação que estatui normas
de Direito Financeiro. Os recursos para a consecução destes objetivos, classificam-se nas seguintes
categorias econômicas: Despesas Correntes e Despesas de Capital.

1.6.1. Despesas correntes

Classificam-se nesta categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para a
formação ou aquisição de um bem de capital. Ou seja, todas as despesas realizadas com a
manutenção dos equipamentos e com o funcionamento dos serviços públicos em geral, quer
através da Administração Direta, quer através da Administração Indireta.

As Despesas Correntes apresentam-se subdividas em: despesas de custeio e transferências


correntes.

Despesa de custeio: estão relacionadas ou destinadas a manutenção de serviços


anteriormente criados, assim como os gastos destinados a atender a obras de conservação e
adaptação de bens imóveis.

Exemplos: despesas com material de consumo, pessoal, serviços de terceiros etc.

As Despesas de Custeio por sua vez são divididas em

 Pessoal Civil - destinadas a custear despesas com remuneração de recursos humanos, de


natureza civil, com vínculo empregai í cio.
 Pessoal Militar - idêntico ao pessoal civil, porém os recursos são de natureza militar.
 Obrigações Patronais - encargos que a Administração é levada a atender pela sua
condição de empregadora e resultantes de pagamentos de pessoal Ex: INSS.
 Material de Consumo - é o material que em razão de seu uso. perde normalmente à sua
identidade física, tem sua duração limitada a dois anos.

Transferências Correntes: são as dotações para as quais não corresponda contraprestação


direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções que são destinadas a atender
a manutenção de outras entidades, sejam elas de direto público ou privado.

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Exemplos: contribuições correntes, subvenções sociais e econômicas, ou seja, são os
dispêndios que o Estado tem que fazer para manter funcionando os seus serviços e com isso atender
as necessidades da comunidade em geral.

1.6.2. Despesas de capital

São despesas de capital, as destinadas à formação ou aquisição de activos permanentes, à


amortização da dívida, à concessão de financiamentos ou a constituição de reservas, bem como as
transferências realizadas com igual propósito. Classificam-se nesta categoria aquelas despesas que
contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

As despesas de capital apresentam-se em três desdobramentos: os investimentos, as


inversões financeiras e as transferências de capital.

Investimentos: correspondem à aquisição ou formação de novos bens ou adicionam novo


valor aos já existentes. São as despesas relacionadas com planejamento e execução de obras; com
a aquisição de imóveis que são considerados necessários para realização destas obras, compra de
instalações, equipamentos, material permanente; constituição ou aumento do capital de empresas
que não sejam de caráter comercial ou financeiro.

Exemplos: construção de uma escola, aquisição de um terreno necessário à construção de


um hospital, aquisição de computadores novos, subscrição e realização de ações de uma indústria.

Inversões financeiras: Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de


capital já em utilização.

Exemplos: aquisição de imóveis ou de bens de capital em utilização; aquisição de títulos


representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie já constituídas, quando a
operação não resulte em aumento de capital; constituição ou aumento do capital de entidades ou
empresas com caráter comercial ou financeiro, inclusive operações bancárias ou de seguros.

Transferências de Capital: as dotações destinadas à amortização da dívida pública, bem


como a investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado
devam realizar e a que não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, auxílios ou
contribuições, segundo derivem diretamente da lei do Orçamento ou de lei especial anterior.

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1.7. GRUPO DE NATUREZA DE DESPESA

É a agregação de elementos de despesa que apresentam as mesmas características quanto ao


objeto de gasto. A classificação por natureza da despesa tem por finalidade possibilitar a obtenção
de informações macroeconômicas sobre os efeitos dos gastos do setor público na economia.

O GND é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao


objeto de gasto, conforme discriminado a seguir:

Código Grupos de natureza da despesa


1 Pessoal e Encargos Sociais
2 Juros e Encargos da Dívida
3 Outras Despesas Correntes
4 Investimentos
5 Inversões Financeiras
6 Amortização da Dívida

1 - PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS

Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativas a mandatos


eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer
espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e
vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas
pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar
nº 101, de 2000.

2 - JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA

Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de


operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

3 - OUTRAS DESPESAS CORRENTES

Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias,


contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da

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categoria econômica "Despesas Correntes", não classificáveis nos demais grupos de natureza de
despesa.

4 - INVESTIMENTOS

Despesas orçamentárias com software e com o planejamento e a execução de obras, inclusive


com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição
de instalações, equipamentos e material permanente.

Incluem-se também neste grupo as despesas necessárias à realização de programas especiais


de trabalho, custeadas com recursos de operações de crédito.

5 - INVERSÕES FINANCEIRAS

Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização;


aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já
constituídas, quando a operação não importe aumento do capital, e com a constituição ou aumento
do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.

6 - AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA

Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da


atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

Para Burkhead (apud GIACOMONI, 2000), um estudioso do orçamento público, esse tipo
de classificação pode proporcionar informações relevantes sobre a contribuição do governo à renda
nacional e se essa contribuição está aumentando ou diminuindo.

Esse tipo de classificação pode ainda informar qual o impacto das atividades
governamentais: se por meio de transferências ou pelo uso direto de recursos. Além disso, facilita
o controle contábil do gasto.

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1.7.1. Modalidade De Aplicação

A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados


diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da
Federação e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela
unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. Ela
também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento.

A modalidade de aplicação, basicamente, enfatiza como serão aplicados os recursos e consta


da seguinte codificação atual:

Código Título
20 Transferências à União
22 Execução Orçamentária Delegada à União
30 Transferências a Estados e ao Distrito Federal
31 Transferências a Estados e ao Distrito Federal – Fundo a Fundo
32 Execução Orçamentária Delegada a Estados e ao Distrito Federal
40 Transferências a Municípios
41 Transferências a Municípios – Fundo a Fundo
42 Execução Orçamentária Delegada a Municípios
50 Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos
60 Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos
70 Transferências a Instituições Multigovernamentais
71 Transferências a Consórcios Públicos
72 Execução Orçamentária Delegada a Consórcios Públicos
80 Transferências ao Exterior
90 Aplicações Diretas
Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal
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e da Seguridade Social
99 A Definir

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1.7.2. Elemento de Despesa

Na classificação da natureza da despesa tem por finalidade identificar o objeto do gasto.


Segue abaixo, alguns elementos de despesa comumente utilizados na execução orçamentária dos
órgãos e entidades:

01 – Aposentadorias do RPPS
11 – Vencimentos e Vantagens Fixas
13 – Obrigações Patronais
14 – Diárias
30 – Material de Consumo
33 – Passagens
36 – Serviços de Terceiros - PF
39 – Serviços de Terceiros - PJ
41 – Contribuições
42 – Auxílios
43 – Subvenções Sociais
45 – Subvenções Econômicas
51 – Obras E Instalações
52 – Equipamentos e Material Permanente
61 – Aquisição de Imóveis
65 – Constituição ou Aumento de Capital
91 – Sentenças Judiciais
92 – Despesas de Exercícios Anteriores
93 – Indenizações e Restituições
96 – Ressarcimento Pessoal Requisitado

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1.8. ESTÁGIOS DA DESPESA

Constituem estágios da despesa: fixação, empenho, liquidação e pagamento.

FIXAÇÃO

A fixação compreende a estimação da despesa através do orçamento, ou seja, nesse estágio


o Legislativo autoriza o Executivo a gastar na execução de projetos e atividades programadas, ao
tempo que fixa limites.

EMPENHO

O empenho é definido como sendo ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado, obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.

Logo o Estado se compromete a pagar pela obra ou serviço quando de sua conclusão/entrega.

O ato de empenhar despesas é da responsabilidade do ordenador de despesa, que é pessoa


abalizada e autorizada a exercer sua função. Ao se empenhar despesas deve ser observado o fixado
pela lei, no que concerne a observância do valor a ser empenhado estar dentro do limite dos créditos
concedidos à dotação específica. Sabendo-se também que deve ter dotação para realizar despesas
não significa necessariamente ter disponibilidade financeira para pagá-las. Porque podem ser
empenhadas despesas com base na dotação existente e quando do pagamento seja constatado a
inexistência de recursos financeiros em caixa.

Claro que o Estado deve se utiliza dessa prática perde credibilidade junto aos fornecedores,
pois se compromete a pagar despesas sabendo que não dispõe de recursos suficientes para cumprir
o que foi acertado quando do empenho.

O empenho é prévio, ou seja, a despesa não pode ser efetuada antes que este seja feito.

São três as fases do empenho: licitação ou dispensa, autorização e formalização.

Na licitação é verificado entre diversos fornecedores, qual deles oferece melhores condições,
ficando entendido que nem sempre melhor condição significa preço mais baixo, o que deve ser
velado em consideração é a qualidade do serviço prestado, ou a obra executada.

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Conforme a natureza e o valor do serviço ou obra a ser executada pode ser escolhida a
modalidade de licitação a ser usada. O Diário Oficial publica mensalmente os limites de cada
modalidade. Ficando estabelecido que valores abaixo do mínimo dispensam a licitação.

As modalidades utilizadas são: a Concorrência, a Tomada de Preçoa e o Convite.

O Estado possui um cadastro de empresas que normalmente se habilitam às suas licitações.

Quando o serviço ou obra a ser executada é de vulto, utiliza-se a Concorrência, onde há


uma fase inicial de habilitação preliminar, onde os interessados têm que comprovarem que
atendem aos requisitos de qualificação exigidos.

Na Tomada de Preços os valores envolvidos já são menores do que na Concorrência e o


Convite é a escolha entre três ou mais interessados, que não precisam ser necessariamente
cadastrados, levando-se em consideração o melhor preço aliado a qualidade.

As despesas realizadas sem as devidas licitações, acima dos limites de dispensa, são
irregulares, fazendo com que os órgãos fiscalizadores multem os ordenadores de despesa e em
alguns casos, peçam a devolução dos recursos aplicados irregularmente.

Nesses casos somente haverá dispensa de licitação, pelos motivos mencionados no Artigo
126 do Decreto-Lei n° 200, de 25/02/67, tais como: casos de guerra, grave perturbação da ordem
ou calamidade pública, casos de emergência, onde seja caracterizado a vigência do atendimento,
tendo em vista comprometer a segurança de pessoas, obras, bens, equipamentos e outras situações
referidas no citado artigo. Essas despesas poderão ser efetuadas com autorização do dirigente
máximo de cada poder, como seja, o Presidente da República, Governadores e Prefeitos.

A segunda fase do empenho denominada autorização é o despacho dado pela autoridade


competente permitindo a realização da despesa. A formalização se dá quando o ordenador da
despesa deduz do saldo da dotação específica, o valor a ser empenhado, comprovando o ato com
a emissão da Nota de Empenho.

O Estado do Ceará possui um Sistema Integrado de Contabilidade (SIC), que liga o Tesouro
do Estado com todos os outros órgãos (Secretarias de Estado, Autarquias e Fundações). O sistema
de computação possui o cadastro de fornecedores e lançamentos de todos os créditos

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orçamentários, permitindo que através de um simples código se possa efetuar o empenho da
despesa com as devidas deduções orçamentárias e financeiras.

Na nota de empenho constam:

1) O nome do órgão e da Unidade orçamentária com respectivo código.

2) Tipos de créditos - se é ordinário/suplementar, especial ou extraordinário.

3) Codificação da Unidade Orçamentária, Programa de Trabalho e natureza da despesa.

4) Nome do credor, endereço e número da conta bancária.

5) Tipo de licitação efetuada.

6) Especificação da despesa e sua importância.

7) Saldos Orçamentários e Financeiros com devidas deduções.

8) Assinatura do emissor, do ordenador da despesa e respectiva data.

Os tipos de empenho são: Ordinário, Por Estimativa e Global.

Ordinário - quando o pagamento da despesa se processa de uma só vez.

Por estimativa - quando não há possibilidade de determinar o valor exato da despesa a ser
paga, como por exemplo, contas de energia, telefone, água. Enquadrando-se neste tipo os
adiantamentos concedidos a funcionários para realizar despesas que não se subordinam ao
processo normal de aplicação.

Caso seja verificado que o valor estimado foi menor que a despesa a ser paga é feito empenho
complementar no valor da diferença. Se a estimativa for feita a maior, anula-se a parte referente à
diferença, voltando este valor para a dotação própria.

Este tipo de empenho existe, exatamente porque não há como se saber o quanto será pago
com essas despesas.

Global - para atender despesas sujeitas a parcelamento, desde que o valor exato possa ser
determinado.

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Um empenho pode ser cancelado, desde que o fornecedor não cumpra as condições acertadas
ou quando a Administração Pública de forma unilateral, alega interesse do serviço público, sendo
que neste caso a Administração não fica isenta de uma eventual ação de perdas e danos.

Pode haver cancelamento também, por erros de empenhamento ou saldos de empenhos feitos
por estimativas.

Dado a importância deste estágio da despesa, efetivo controle deve ser feito quando da
realização. Na Licitação devem ser resguardadas todas as exigências legais, pois o que se verifica
algumas vezes na prática, são irregularidades no processo, beneficiando firmas que estão ligadas
a determinados interesses políticos e econômicos.

Qualquer problema dessa natureza que venha a surgir deve ser rigorosamente observado,
feito diligências no sentido de certificar-se quanto a sua veracidade. Tem que haver controle
também quanto ao empenho de gastos ilegais ou ilegítimos.

LIQUIDAÇÃO

Neste estágio é verificado através da documentação o direito do credor receber ou não seu
pagamento. O órgão contábil apura a origem e o objeto de que se deve pagar, a importância e a
quem deve ser paga. Quando do pagamento extingue a obrigação.

Munido de documentação, que poderá ser um contrato, ajuste ou acordo, da nota de


empenho, onde estão definidos o credor, a importância e o valor empenhado, bem como dos
comprovantes de entrega do material porventura comprado ou da prestação do serviço ou da obra.

O credor deve comprovar também que quitou todas as obrigações fiscais que incidiram sobre
o objeto de verificação. Neste estágio deve ser verificado se o material entregue está em
consonância com o que foi acordado ou se a obra ou serviço foi executado na forma estipulada.

Essa verificação é feita “in loco” e deve se prender a todos os detalhes para que não sejam
pagas despesas que não atenderam as condições acertadas quando do empenho.

PAGAMENTO

Neste estágio é que haverá efetiva saída de recursos financeiros para o pagamento de
credores, referente a despesas empenhadas e liquidadas. Os pagamentos poderão ser efetuados

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através de crédito em conta, emissão de cheques nominativos ou em espécie através de tesourarias
ou pagadorias.

O documento utilizado geralmente é a nota de pagamento ou extrato de pagamento onde


constam as respectivas contas debitadas e creditadas, sendo assinado pelos ordenadores de
despesas ou dirigentes máximos de cada órgão.

1.8.1. Casos Especiais de Despesa

Restos a pagar - Restos a Pagar são as despesas empenhadas, mas não pagas até o último
dia do ano financeiro, ou seja, 31 de dezembro. Ainda conforme mencionado, observa-se que os
Restos a Pagar se classificam em dois modos:

 Restos a Pagar Processados - entende-se como tal, as despesas com fornecimento de


material, execução de obras ou prestação de serviços realizadas até a data do encerramento
do exercício financeiro. Houve liquidação da despesa.
 Restos a Pagar não Processados - são as despesas que ainda não passaram pulo estágio
de liquidação da despesa, até a data do encerramento do exercício financeiro.

Quando do pagamento dos Restos a Pagar, a Administração ao programá-los dará prioridade


aos advindos das despesas processadas no exercício anterior. A inscrição em Restos a Pagar, far-
se-á no encerramento do exercício da emissão da Nota de Empenho e terá validade até 31 de
dezembro do ano subsequente.

Despesas de Exercícios Anteriores - o orçamento pode consignar dotação especial para o


processamento de despesas relativas a exercícios encerrados que por razões diversas não puderem
ser pagas no exercício de origem, ou que a Administração só tomou conhecimento após o
encerramento do exercício financeiro.

Suprimento de Fundos - Suprimento de Fundos ou Adiantamento, é a entrega de numerário


a um servidor da Administração, para que o mesmo possa aplicar em despesas expressamente
definidas em lei e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

Diante do exposto podemos perceber claramente que não é qualquer despesa que se pode
processar por adiantamento, mas somente aquelas previamente especificadas em lei.

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CONCLUSÃO

A despesa envolve uma série de procedimentos em todos os seus estágios, que devem ser
fielmente seguidos no aspecto legal.

Após a explanação de como se processa a despesa pública, fica claro que a responsabilidade
do Estado em lidar com os recursos arrecadados dos cidadãos através dos tributos, é grande e deve
ser bem administrada.

A questão da utilização do dinheiro público é ampla e a Administração Pública deve


direcionar seus gastos com obras e serviços que beneficiem a comunidade, no que diz respeito a
educação, saúde, moradia, etc., dando prioridade às necessidades mais urgentes, não se deixando
levar por interesses políticos ou econômicos.

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REFERENCIAS

 GIACOMON1, James. Orçamento Público 4 ed. São Paulo: Atlas, 1992.


 KOAMA, Héilio, Contabilidade Pública- teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1992.
 MARIOTTI, Francisco C. E. As receitas e as despesas públicas
(https://web.archive.org/web/20090521083323/http://www.unifra.br/pos/gestaopublica/do
wnloads/03_-_AS_RECEITAS_E_AS_DESPESAS_P%C3%9ABLICAS.ppt)
 PISCITELLI, Roberto Bocaccio. Contabilidade pública . 2 .ed. São Paulo: Alias, 1990.
 SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
 BRUNET, Julio Francisco Gregory; BERTE, Ana Maria de Aveline e BORGES, Clayton
Brito. Estudo Comparativo das Despesas Públicas: um Índice de Qualidade do Gasto
Público.

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