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GESTÃO PUBLICA

ANTONIO CARLOS BARBOSA

PRODUÇÃO INTERDISCIPLINAR:
“DESAFIOS DE UM PREFEITO: BUSCANDO UMA GESTÃO
MUNICIPAL EFETIVA EM UM CONTEXTO PREOCUPANTE”

UBERLÂNDIA
2021
ANTONIO CARLOS BARBOSA

PRODUÇÃO INTERDISCIPLINAR:
“DESAFIOS DE UM PREFEITO: BUSCANDO UMA GESTÃO
MUNICIPAL EFETIVA EM UM CONTEXTO PREOCUPANTE”

Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como


requisito parcial para a obtenção de média semestral nas
disciplinas de Finanças Públicas; Gestão de Custos no
Setor Público; Contabilidade Pública; Auditoria e
Controle no Setor Público; Administração Pública.

UBERLÂNDIA
2021

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO..........................................................................................5
TAREFA 1: FINANÇAS PÚBLICAS.........................................................................5
TAREFA 2: GESTÃO DE CUSTOS NO SETOR PÚBLICO.....................................8
TAREFA 3: CONTABILIDADE PÚBLICA.................................................................8
TAREFA 4: AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO............................10
TAREFA 5: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA..............................................................11
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................13
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 14

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1 INTRODUÇÃO

O questionamento sobre a implantação das políticas públicas que são


apresentadas pelos administradores públicos quando estão no comando da gestão
pública é nítida. Questionamentos esses que alertam para a implantação de políticas
públicas mal planejadas e que no final não atendem à demanda e os anseios da
população. Existe até hoje uma dificuldade por parte dos agentes públicos em
adquirir esse conceito de planejamento para com as ações públicas.
Planejar as ações governamentais é obrigatório e necessário, pois o
planejamento pode se tornar muito mais que uma mera recomendação. Trata-se de
uma exigência das normas constitucionais e legais, e, que está levando os órgãos
de fiscalização, como os Tribunais de Contas, a exigirem uma maior
responsabilidade por parte dos gestores públicos.
A análise das normas que regulam a atividade pública cria uma nítida
necessidade de se planejar ações, sob pena de ser impossível dar cumprimento às
regras. Implantar a cultura de planejamento é uma atitude assaz ousada, mais
ainda, se o quadro técnico considerar o planejamento como uma exigência formal. O
trabalho do auditor assegura ao cidadão o direito de uma boa gestão dos recursos
públicos. A auditoria cumpre esta função de prover de informações o
gestor público para que esteja preparado a atender as principais demandas da
sociedade com eficiência.

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2 DESENVOLVIMENTO

TAREFA 1: FINANÇAS PÚBLICAS

O modelo orçamentário brasileiro é definido na Constituição Federal


de 1988 do Brasil. Os instrumentos de planejamento financeiro de um município em
termos de curto, médio e longo prazo compõe-se de três instrumentos: o Plano
Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária
Anual - LOA.
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o
plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias e III - os orçamentos anuais.
Por ser conduzido ao cargo por eleição popular, o Prefeito torna-se o
porta-voz natural dos interesses municipais perante a Câmara Municipal, demais
esferas de Governo e outros setores que possam contribuir para o bem-estar da
população e o progresso do Município. Em seu primeiro não de mandato o prefeito
precisa trabalhar com base no planejamento efetuado na gestão anterior.
Dentro de todo este contexto, tem-se o planejamento financeiro na
gestão pública que esclarece, através da legislação, formas de controle, de
descentralização entre outras alternativas de mesma relevância. A descentralização
administrativa, em conjunto com novos parâmetros de financiamento dos órgãos
públicos, apresenta uma possibilidade de alteração significativa no processo
orçamentário. A minimização do controle centralizado na execução do Orçamento
Público e o acréscimo de novos dados de hierarquização de recursos, advindos dos
Contratos de Gestão, trarão mudanças nas formas de controle. Essas mudanças
referem-se ao papel que o Orçamento poderá ser minimizado enquanto instrumento
de barganha política; a apresentação de novos dados associados ao Orçamento
poderá exigir a reorganização administrativa com a criação ou alteração dos órgãos
de controle interno e externo do Estado; há um potencial de recuperação dos
atributos técnicos relacionados à integração entre planejamento e Orçamento,
perseguidos há décadas desde as primeiras tentativas de introdução do Orçamento-
Programa.
Considerando que um dos problemas do município em questão é
financeiro, os mecanismos básicos de busca do equilíbrio financeiro por meio do
orçamento público refletem que o planejamento de orçamento permite a formulação

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da previsão das receitas, despesas e investimentos de uma organização para
determinado período ou para determinado projeto. Entretanto, mais importante do
que isto, ele permite posteriormente acompanhar se o que foi planejado está sendo
realizado satisfatoriamente ou não.
Neste caso, o PREFEITO deverá independente da origem, para uma
gestão eficiente dos recursos financeiros planejar tanto as operações cotidianas
(pagamento de salários, de materiais, de serviços básicos) quanto os investimentos
(aquisição de imóveis, equipamentos, veículos, móveis…) necessários para o
alcance das finalidades sociais previstas nos estatutos. Para obter sucesso nesse
planejamento, recomenda-se a elaboração de orçamentos relativos às atividades
permanentes, e principalmente aos projetos temporários executados pela entidade.
Ao final, todos esses orçamentos devem ser consolidados para que seja possível
identificar o volume total de recursos necessários, bem como as possíveis fontes de
captação.
Faz-se mister esclarecer que austeridade fiscal é uma medida
adotada pelo Estado para manter um equilíbrio entre seus gastos e sua
arrecadação. Existem quatro maneiras de austeridade fiscal: aumentar impostos e
cortar gastos, aumentar impostos e manter o mesmo número de gastos, manter
impostos inalterados e cortar gastos, reduzir impostos e cortar gastos em uma
proporção maior que a redução de impostos (cortar mais gastos que impostos).
Na modalidade de aumento de impostos e corte de gastos, as
atividades econômicas que se sustentam graças ao apoio do governo
enfraquecerão, como empreiteiras que possuem lucros por causa das grandes obras
que fazem para o governo. Por outro lado, aumento de impostos confisca mais
capital da sociedade, especialmente do setor produtivo, que seria quem absorveria a
mão-de-obra das empresas que quebraram pelo corte de gastos do governo. Há,
então, aumento do desemprego, porque o setor privado fica com menos capital para
contratar, assim como menor poder de compra para os consumidores. Tal tipo de
austeridade gera uma grande recessão.
Aumentar impostos e manter o mesmo número de gastos é pior, pois
aumenta o confisco de capital da sociedade e do setor produtivo privado enquanto o
governo continua sustentado atividades de empresas ineficientes (que têm o
governo como principal ou único cliente).

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Embora a recessão seja menos intensa, os desequilíbrios
econômicos de longo prazo não são corrigidos, porque o setor privado gera riqueza
de acordo com a demanda do mercado, enquanto o governo só pode gastar. Uma
economia com o confisco de bens do setor produtivo indo para aqueles que só
gastam (o governo e suas empresas fornecedoras) é desequilibrada. Manter
impostos inalterados e cortar gastos é uma austeridade fiscal mais eficiente que as
formas anteriores. Embora o governo continue confiscando a mesma quantidade de
bens do setor produtivo da economia, ele liberou recursos que estavam indo para
empresas que só sobreviviam às suas custas. A recessão nesta austeridade é mais
branda que a primeira, parecida com a segunda.
A austeridade fiscal que reduz tantos gastos como impostos, mas
corta mais gastos que impostos é mais equilibrada. A redução de gastos do governo
faz com que as empresas que o tinham como prioridade ou único cliente sejam
enxugadas ou quebrem, liberando mão-de-obra para empresas e iniciativas
econômicas realmente demandadas pelos cidadãos. As empresas que produzem
de acordo com a demanda de mercado terão mais capacidade para contratar novos
funcionários, porque a redução de impostos lhe garante mais capital e mais poder de
compra para os consumidores. O setor privado se torna maior que o setor público.
A quarta forma de austeridade fiscal reduz em dobro o desperdício
de capital, e permite maior acumulação de capital, que implica em mais abundancia
de bens e melhora da qualidade de vida em longo prazo. Não haveria uma recessão
profunda; exceto se o governo impuser medidas que retardem a realocação
empregatícia de um setor para outro, por exemplo, aumentando o seguro-
desemprego, o salário mínimo ou impondo encargos sociais que encareçam a
demissão e contratação.
As áreas de gasto do governo municipal estão descritas na
Constituição exige que os municípios apliquem ao menos 25% de sua receita
resultante de impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento da
Educação. A lei é a mesma para os estados e, no caso da União o percentual
mínimo era de 18% até 2017. A Emenda Constitucional 95, conhecida como lei do
teto, estipulou que a partir de 2018 a União investirá o mesmo valor de 2017 mais o
acréscimo da inflação do ano anterior medida pelo IPCA. Isso significa que o
investimento em educação não vai acompanhar o crescimento do PIB.

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TAREFA 2: GESTÃO DE CUSTOS NO SETOR PÚBLICO
Custo Valor Sec. Sec. Sec.
Saúde Educação Segurança
Aluguel do edifício R$33.000,00 R$8.580,00 R$16.170,00 R$8,250,00
Salário dos empregados de 1 R$6,300,00 R$6.300,00 R$5.400,00
copa e cozinha R$8.000,00
Salário dos empregados de R$5.900,00 R$1.770,00 R$2.655,00 R$1.475,00
limpeza
Consumo de material de R$4.500,00 R$2.250,00 R$1.350,00 R$900,00
escritório
Energia elétrica R$11.500,00 R$2.300,00 R$5.750,00 R$3.450,00
Total R$72.900,00 R$21.200,00 R$32.225,00 R$19.475,00

Tem-se aqui o cálculo dos custos totais (Diretos + indiretos) de cada


secretaria:
Secretaria Custo Direto Custo Indireto Custo Total
Sec. Saúde R$68.840,00 R$21.200,00 R$90.040,00
Sec. Educação R$85.320,00 R$32.225,00 R$117.545,0
0
Sec. Segurança R$120.550,0 R$19.475,00 R$32.025,00
0

TAREFA 3: CONTABILIDADE PÚBLICA


Uma das principais funções da LDO é estabelecer parâmetros
necessários à alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir,
dentro do possível, a realização das metas e objetivos contemplados no PPA. É
papel da LDO ajustar as ações de governo, previstas no PPA, às reais
possibilidades de caixa do Tesouro Nacional e selecionar dentre os programas
incluídos no PPA aqueles que terão prioridade na execução do orçamento
subsequente.
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

Observe-se que prioridade pode ser entendida como o grau de


precedência ou de preferência de uma ação ou situação sobre as demais opções.
Em geral, é definida em razão da gravidade da situação ou da importância de certa
providência para a eliminação de pontos de estrangulamento. Também se considera

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a relevância do empreendimento para a realização de objetivos estratégicos de
política econômica e social.
A lei orçamentária da União estima receitas e fixa as despesas para
um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos
no universo dos contribuintes e, de outro, quem são os beneficiários desses
recursos. Reza o § 5º do artigo 165 da Constituição de 1988:

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:


I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função estabelecer


as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Cabe à
LDO, anualmente, enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o
exercício seguinte. Já a LOA tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a
programação das despesas para o exercício financeiro. Assim, a LDO ao identificar
no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte torna-se o elo
entre o PPA, que funciona como um plano de médio-prazo do governo, e a LOA, que
é o instrumento que viabiliza a execução do plano de trabalho do exercício a que se
refere.
De acordo com a Constituição Federal, o exercício da função do
planejamento é um dever do Estado, tendo caráter determinante para o setor público
e indicativo para o setor privado.
O Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo
e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o
setor privado.
Assim, o planejamento expresso no Plano Plurianual assume a
forma de grande moldura legal e institucional para a ação nacional, bem como para
a formulação dos planos regionais e setoriais. Infere-se que o Plano Plurianual
(PPA) de uma prefeitura pode ser equiparado com um planejamento estratégico de
uma empresa privada, pois em ambos os casos as situações financeiras devem ter

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sua aplicabilidade de forma correta e de acordo com a legislação. Em ambos os
casos se confere mais legitimidade e responsabilização coletiva sobre seus
resultados, como ajuda a evitar desvios de recursos e fiscalizar a execução dos
serviços públicos

TAREFA 4: AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO

O patrimônio público é propriedade coletiva que deve ser vigiado por


todos, além disso, a sociedade brasileira vem exigindo cada vez mais a
transparência na aplicação dos recursos públicos. Os órgãos públicos alcançam
mais facilmente esta transparência quando têm o auxílio da auditoria, pois, suas
atividades servem como um meio de identificação de que todos os procedimentos
internos, políticas definidas e a própria legislação estão sendo devidamente
seguidos, e também para constatação de que todos os dados registrados merecem
a verdadeira confiança; então, pode-se dizer que a importância da auditoria interna
se torna indispensável.
A auditoria interna no setor público é indispensável, sendo uma
ferramenta de controle social formada por um conjunto de procedimentos e técnicas,
que tem por objetivo examinar a adequação, a eficácia e legitimidade dos controles
internos, dos atos e das informações contábeis, financeiras, operacionais e físicas
das unidades públicas. O controle interno é o principal instrumento da auditoria
interna, juntamente com a contabilidade contribuem diretamente para a realização
de um bom trabalho de auditoria interna.
A auditoria interna presta avaliação ao examinar e reportar sobre a
eficácia dos processos de governança, de gerenciamento de riscos e de controle
desenvolvidos para ajudar a organização a alcançar seus objetivos estratégicos,
operacionais, financeiros e de conformidade. A auditoria interna pode contribuir na
atuação e gestão dos profissionais, pois ela pode atuar de muitas maneiras dentro
de uma empresa, tanto como ferramenta de apoio à gestão medindo a eficácia e
eficiência dos procedimentos, quanto na prevenção e detecção de fraudes e erros,
além de averiguar se as normas e políticas necessárias estão sendo obedecidas.
As formas de controles internos estão mais sofisticadas e a cada
momento são mais importantes para a gestão empresarial, propõem mudanças nos
processos, na estrutura e nas estratégias de negócios. A auditoria interna presta

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avaliação ao examinar e reportar sobre a eficácia dos processos de governança, de
gerenciamento de riscos e de controle desenvolvidos para ajudar a organização a
alcançar seus objetivos estratégicos, operacionais, financeiros e de conformidade.

TAREFA 5: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


A palavra nepotismo, que deriva do latim nepos, nepotis (neto e
sobrinho, respectivamente) traduz o favorecimento de parentes em detrimento de
pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou
elevação de cargos públicos. De acordo com os historiadores, a prática do
nepotismo iniciou-se no Renascimento, com os papas e outras autoridades
eclesiásticas da Igreja Católica que, por não terem filhos, costumavam proteger seus
sobrinhos, nomeando-os a cargos importantes dentro da igreja. A prática passou da
igreja ao funcionalismo público, onde teve abrigo na concessão de privilégios e de
cargos a parentes daqueles que ocupam uma das esferas do Poder.
O maior problema do nepotismo está no favorecimento cego aos
parentes em detrimento à qualificação profissional. Num Estado Democrático de
Direito todos devem ser tratados de forma efetivamente igual e as instituições devem
primar pelo serviço eficaz, célere e escorreito a todos os cidadãos. Dessa forma, a
prática do nepotismo macula todo um sistema democrático construído a duras penas
e normatizado pela Constituição Federal. É essa conduta desprezível que órgãos de
proteção à ordem social e democrática do País, como o Ministério Público e o
Conselho Nacional de Justiça, dentre outros, visam coibir e reprimir por meio dos
instrumentos de garantia oferecidos pela Carta Constitucional.
Em regra, os cargos ou empregos públicos são ocupados por
pessoas aprovadas em concursos públicos de provas ou provas e títulos (art. 37, II,
da CF). Assim, para ocupar um cargo ou emprego público a pessoa tem de
demonstrar sua capacidade profissional e intelectual por meio de uma prova, onde
concorrerá com milhares de outras pessoas, que também terão as mesmas chances
de mostrar suas aptidões, sendo aprovado aquele candidato que apresentar as
melhores qualificações técnicas para o preenchimento da vaga disputada.
Porém, alguns cargos, empregos ou funções públicas exigem que
sejam ocupados por pessoas de confiança do superior hierárquico, para que possa
haver harmonia e melhor desempenho das atividades exercidas nesse setor. Como
exemplo, podemos citar a Presidência da República, que além do Chefe do

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Executivo, também é composta pelos Ministros de Estado. Impossível seria o
exercício de suas funções, se o Presidente da República não pudesse escolher
livremente seus ministros segundo critério de confiança. Pensando em situações
desse tipo, foi que o legislador constituinte criou a ressalva do art. 37, II, da
Constituição Federal:
...II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com
a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração.
Também chamado de Princípio da Finalidade, é o resultado pela
busca dos interesses da sociedade, regulamentado pela Lei 9.784/99, que trata dos
processos administrativos no âmbito da Administração Pública Federal.
Com o nome de interesse público, a Lei 9.784/99 coloca-o como um
dos princípios de observância obrigatória pela Administração Pública,
correspondendo ao atendimento a fins de interesse gerais vedados a renúncia total
ou parcial de poderes ou competência, salvo autorização em lei. Assim, este
princípio é o dispositivo que trata dos interesses da coletividade. Visa contribuir com
a maioria dos indivíduos da sociedade, e o Estado tem papel relevante nisto, uma
vez que foi criado para garantir uma organização e cumprir os interesses gerais da
sociedade com o bem-estar da coletividade.
O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse
privado é princípio geral de direito inerente a qualquer sociedade. E a própria
condição de sua existência. Assim, não se radica, em seu dispositivo específico
algum da Constituição, ainda que inúmeros aludam ou impliquem manifestações
concretas dele, como por exemplo, os princípios da função social da propriedade, da
defesa do consumidor ou do meio ambiente (art. 170, incisos III, V, VI) ou em tantos
outros. Afinal, o princípio em causa é um pressuposto lógico do convívio social.
Relaciona-se aqui o Art. 37- A administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte. Os princípios constitucionais
controladores da atuação da Administração Pública estão previstos no caput do
artigo 37 da Constituição Federal, sendo eles: Legalidade, Impessoalidade,
Moralidade, Publicidade e Eficiência Estes princípios devem ser seguidos à risca
pelos agentes públicos, não podendo se desviar destes princípios sob pena de

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praticar ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar civil ou criminal
dependendo do caso.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em muitos setores da administração pública ainda realizam trâmites


com documentação em papel, dificultando a organização e o controle das contas.
Para alcançar o objetivo de desburocratizar os serviços prestados aos cidadãos, o
gestor precisa buscar soluções constantemente. Por fim, cabe a sociedade o
exercício do controle social sobre os atos praticados pela Administração Pública e
exigir a observância em todos os atos praticados, utilizando-se de meios legais para
denunciar a corrupção e abusos por parte dos agentes públicos.
A auditoria interna fortalece a governança corporativa por meio de
auditorias baseadas em riscos que prestam avaliação e oferecem conhecimentos
sobre os processos e as estruturas que levam a organização ao sucesso. À medida
que os riscos crescem e se tornam mais complexos, o papel da auditoria interna
provavelmente se expandirá em áreas como governança de riscos, cultura e
comportamento, sustentabilidade e outros tipos de reporte não financeiro.
Conforme as organizações lidam com a crescente variedade de
riscos criados pelas novas tecnologias, geopolítica, cibe segurança e inovação
destrutiva, uma função vibrante e ágil de auditoria interna pode ser um recurso
indispensável em apoio à boa governança corporativa. A proposta de uma gestão
pública, se baseia na excelência de valores e de resultados, pois o ganho social é de
extrema importância e alcança o topo em uma pirâmide de prioridade, pois cria valor
público para o cidadão.
Observou-se que a gestão pública é focada em resultados e
orientada para o cidadão e a melhoria da qualidade ofertada pelos serviços público
também é de responsabilidade da gestão pública que deve sempre estar elencada
para uma “devida contribuição à competitividade do país.

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REFERÊNCIAS

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para uma nova gestão. Curitiba: InterSaberes, 2016.

NETO, O. A. P. et al. Publicidade e transparência das contas públicas:


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https://www.redalyc.org/pdf/1970/197014728005.pdf

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http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/orcamento-publico

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