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CAPANEMA
2022
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
CAPANEMA
2022
GESTÃO FINANCEIRA EM ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto
no trabalho”.
RESUMO- É notório o crescente espaço dado a contabilidade pública em tempos recentes, que embora
seja campo de extrema complexidade, é essencial ao trazer para o setor público objetivos de melhor
administração dos recursos, algo que vem sendo demanda social; servindo também para que haja uma
reestruturação do modelo administrativo para rever as condições financeiras dos entes, algo que também
é de crescente exigência dos diferentes órgãos de fiscalização. O objetivo desse trabalho é demonstrar a
importância da gestão pública e a existência de instrumentos que auxiliam na elaboração do orçamento
bem como apresentar os meios de controle que os cidadãos podem utilizar para acompanhar o
orçamento e gastos públicos e efetivar o exercício de sua cidadania. O Orçamento Público é um
instrumento que teve a sua origem histórica derivada da necessidade de impor um limite à arrecadação
de impostos. Posteriormente, o ideário liberal, presente na primeira revolução industrial na Inglaterra,
formulou um princípio de equilíbrio entre as receitas e as despesas públicas. Esse princípio, que
propunha a busca permanente de um controle de restrição financeira dos governos, passou a ser o
principal fundamento à existência de orçamentos públicos, aprovados, desde então, na forma de lei. A
complexidade da administração pública, e da gestão financeira pública, em particular, não permite inferir
diretamente as mudanças profundas trazidas pela LRF e, dada a experiência brasileira, poderia mesmo
haver dúvida sobre a efetividade da Lei.
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taianetsc14@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
Os órgãos públicos não possuem como objetivo o lucro, porém, eles adquirem
direitos e possuem obrigações além de comprarem, construírem e produzirem, ou seja,
eles realizam várias operações contábeis que vão desde o financeiro a variação de seu
patrimônio, estes ainda praticam atos administrativos em relação aos elementos que
compõem seus bens, direitos e obrigações, como por exemplo, os convênios, as
concessões e os contratos.
A Contabilidade Pública é a responsável por acompanhar a evolução do
patrimônio, através do orçamento, elemento principal do setor público, já que esta
ciência verifica a execução da arrecadação das receitas e a realização das despesas, o
orçamento é característica fundamental do setor público. Assim fica evidente que a
Contabilidade Pública estuda, registra e demonstra: “O orçamento, os atos
administrativos e o patrimônio público e suas variações”. (HADDAD e MOTA 2012, p.
63).
O orçamento público é uma lei, segundo Silva Junior (2010), que descreve em
termos financeiros a alocação dos recursos públicos.
Entende-se como entidade pública “todo serviço prestado pela administração,
direta ou indireta, ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para
satisfazer a necessidades essenciais ou secundárias da coletividade” (ANDRADE,
2002, p. 35).
O uso de mecanismos contábeis ajuda a administração a ter uma melhor
previsão e execução de seu orçamento em pese também auxiliando no processo de
tomada de decisões quanto a forma de gerir, uma vez que como será demonstrado, o
gestor das finanças públicas encontra-se atrelado a essa contabilidade de diversas
formas, o que em si representa alguns desafios a serem vencidos. Um dos principais
aspectos que fez com que tal limitação fosse imposta fora a promulgação da Lei
Complementar 101/2000 que é a Lei de Responsabilidade Fiscal que trouxe ainda mais
a tona a necessidade e visou efetivar uma contabilidade pública. A lei representou
marco no sentido de dar novas visões a administração, fazendo necessário que haja
planejamento, transparência e controle das finanças públicas.
A estrutura organizacional brasileira, segundo Chiavenato (2008), em um sentido
amplo é dividida em três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, e em três níveis,
União, estados e municípios. Esta divisão recebe o nome de aparelho do Estado.
Silva (1983) define que os gastos públicos podem ser classificados em três
principais pontos de vista:
• finalidade do gasto;
• natureza do dispêndio;
• agente encarregado da execução do gasto.
Podem ainda ser classificados os gastos nas categorias de funções, programas e
subprogramas. Quanto à natureza do gasto, Silva (1983) identifica quatro principais
categorias: custeio, investimento, transferências e inversões financeiras.
As finanças da Administração Pública são regidas por regras orçamentárias
visando maior controle e transparência, tanto na arrecadação quanto na aplicação
dos recursos públicos.
Esse conjunto de regras é conhecido no meio acadêmico e profissional como
Administração Financeira e Orçamentária (AFO). O profissional ou estudante da área
deve dominar o conjunto normativo sobre a matéria para entender os mecanismos de
receitas e despesas públicas.
Especificamente quanto à legislação, podemos destacar a Constituição
Federal de 1988, a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000), a
Lei 4.320/64, o Decreto-Lei 200/67, a Lei 10.180/2001 e as portarias que tratam das
classificações das receitas e das despesas.
Faz parte ainda do conjunto normativo de orçamento público, o Plano
Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária
Anual (LOA), cujo conteúdo geral está estipulado na Constituição Federal e,
especificamente, quanto à LDO, na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Tanto é que a Lei de Responsabilidade Fiscal assevera que, se verificado, ao
final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de
Metas Fiscais, a Administração Pública deverá promover limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo critérios fixados na lei de diretrizes orçamentárias.
É o denominado contingenciamento da despesa pública.
A base para o orçamento público, conforme Matias (1999), está apoiada na
Constituição Federal, que determina uma sequência de camadas lógicas e sistêmicas
do planejamento de ação governamental, contendo o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e os orçamentos anuais. Existe uma interação entre o plano plurianual e
a lei de diretrizes orçamentárias, acompanhada da lei orçamentária anual, assim
cumprindo a função legislativa de ligação entre plano e orçamento (MATIAS, 1999).
Plano Plurianual (PPA), segundo Matias (1999), é a base do orçamento público,
pois tem o objetivo de formular as diretrizes para finanças públicas no período do plano,
buscando alocar os recursos de forma eficiente e racional. Ao se tratar das Diretrizes
Orçamentárias (LDO), Lunelli (2015, s.p.) afirma que:
KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública – teoria e prática. 10. ed. São Paulo: Atlas,
2006.