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Logo, destaca-se a importância do processo de consulta pública para a elaboração das normas
contábeis, pois permite que diversos agentes possam participar da elaboração da norma por
razões diversas, pressionando o normatizador para que os normativos sejam compatíveis com
seus interesses. São divulgados os Documentos de Consulta para que o conteúdo das normas
seja debatido em detalhes via consulta pública.
Posteriormente, são elaborados quesitos para divulgação nas Minutas de Exposição. Nessa
etapa, os participantes enviam as cartas comentários expondo suas razões para concordar ou
discordar com os tópicos discutidos, além de fornecerem propostas alternativas com o
objetivo de exercerem influência durante sua elaboração. Por fim, tem-se a publicação final da
norma.
Ainda destaca que, no âmbito do IASB, a discussão que envolve essa temática tem alcançado
amplo espaço. As pesquisas desenvolvidas objetivam compreender quem são os participantes
na definição das normas, seus incentivos e a influência que exercem sobre o regulador. Já no
setor público, as contribuições ainda são incipientes, com poucos estudos buscando
compreender quem são os agentes participantes e como atuam durante o processo.
Desse modo, destaca que diversos países ao redor do mundo estão em processo de
convergência aos padrões internacionais e tomando como base os normativos elaborados e
divulgados pelo IPSASB. O Brasil, além de estar em processo de convergência, aderiu a
"Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral
pelas Entidades do Setor Público" a partir de 2017 para todos os entes da federação, incluindo
Tribunais de Contas, Defensorias e Ministério Público.
O artigo ainda apresenta informações importantes sobre o processo de elaboração das normas
contábeis para o setor público e destaca a importância da participação de diversos agentes no
processo. No entanto, não apresenta uma análise crítica mais aprofundada sobre a eficácia do
processo de consulta pública e sobre os possíveis interesses envolvidos nesse processo. Além
disso, poderia trazer mais exemplos de países que estão em processo de convergência aos
padrões internacionais e como isso tem impactado a gestão financeira pública desses países.
A contabilidade tem como objetivo registrar, controlar e interpretar os eventos que alteram o
patrimônio de uma entidade, fornecendo informações úteis para tomada de decisões pelos
usuários internos e externos. Este artigo aborda a importância da elaboração dos relatórios
contábeis e sua divulgação para a tomada de decisões em relação ao futuro da entidade.
O autor afirma que a contabilidade não é mais uma ferramenta apenas para atender às
exigências do fisco, mas sim, uma ferramenta indispensável na tomada de decisões de seus
diversos usuários.
Nessa lógica, o autor apresenta o conceito oficial de contabilidade formulado pelo Primeiro
Congresso Brasileiro de Contabilistas, e destaca a importância da metodologia especial
concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar situações que alteram o
patrimônio das entidades.
Por fim, o artigo destaca a importância da elaboração e divulgação dos relatórios contábeis,
que devem conter informações do andamento da empresa durante determinado período, para
fornecer informações contábil-financeiras úteis aos investidores existentes e em potencial.
Essas informações permitem planejar orçamentos com base em resultados anteriores,
controlar o que se passa na entidade e tomar decisões a partir dos resultados obtidos.
O artigo aborda a depreciação de bens no contexto das entidades públicas e privadas, como
uma forma de reconhecimento da perda de valor dos ativos tangíveis e intangíveis. Os autores
citados destacam a depreciação como uma despesa que deve ser contabilizada para refletir a
redução do potencial de serviços dos bens utilizados na geração de benefícios presentes e
futuros. Os custos de propriedade desses bens devem ser alocados durante sua utilização, seja
por desgaste físico, ação da natureza ou obsolescência.
Ainda, enfatiza a importância de identificar, reconhecer, mensurar e registrar como despesa a
depreciação, que tem impacto negativo na composição do resultado da entidade. De acordo
com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), uma despesa é reconhecida
imediatamente na demonstração do resultado quando um gasto não produz benefícios
econômicos futuros ou quando os benefícios econômicos futuros não se qualificam para
reconhecimento no balanço patrimonial como um ativo.
REF: DANTAS, C. B.; PAIVA, A. C. N.; ARRUDA, M. P. de; PAULO, E. DEPRECIAÇÃO NO SERVIÇO
PÚBLICO: RECONHECIMENTO E EVIDENCIAÇÃO NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DOS
ESTADOS E MUNICÍPIOS BRASILEIROS. Revista de Contabilidade da UFBA, [S. l.], v. 6, n. 2, p.
56–65, 2013. DOI: 10.9771/rcufba.v6i2.5955. Disponível em:
https://periodicos.ufba.br/index.php/rcontabilidade/article/view/5955. Acesso em: 5 abr.
2023.
Este texto provê uma análise comparativa entre as Normas Brasileiras de Contabilidade
aplicadas ao setor público e a legislação contábil pública brasileira, com o apoio da teoria
contábil. A contabilidade é vista como uma ferramenta útil à gestão pública, pois permite o
monitoramento e avaliação das operações financeiras e orçamentárias. As Normas Brasileiras
de Contabilidade aplicadas ao setor público (NBCASP) foram criadas com base nas Normas
Internacionais de Contabilidade do Setor Público e buscam padronizar os procedimentos
contábeis ao setor. Por outro lado, a legislação contábil pública brasileira conta com uma série
de leis e normas que regem as operações contábeis do setor público.
Em contrapartida, a NBCASP é uma norma que tem sido amplamente aceita pelos governos
locais e entidades públicas em sua estruturação contábil. Ela dá ênfase à adoção de práticas
contábeis que permitam o registro adequado de transações, bem como o controle orçamentário
e financeiro. Por seu turno, a legislação contábil pública brasileira busca a transparência na
gestão, governança, ética, com o objetivo de evitar fraudes e corrupção.
Ademais, a NBCASP tem se mostrado mais flexível na abordagem de questões contábeis, como
a classificação e mensuração de ativos e passivos, permitindo a adoção de diferentes
abordagens e parâmetros contábeis. Por fim, a lei brasileira tem uma abordagem mais
prescritiva, pois ela tem muitas regras específicas que as entidades públicas devem obedecer
em suas transações contábeis.