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Universidade Veiga de Almeida

Curso de graduação em Ciências Contábeis

Diego Alves Cruz dos Santos

Metodologia Científica: A ciência e os diversos caminhos de pesquisa.

Rio de Janeiro

2023
Evolução e Ciência são dois conceitos complementares
quando falamos sobre tecnologia na história humana e
do trabalho, os avanços científicos moldaram e moldam
até hoje diversas ferramentas para a execução de
profissões, não foi diferente na área de ciências
contábeis onde hoje em dia, lançamentos contábeis,
escrituração e conciliação de contas, são operações
onde a tecnologia e recursos científicos são essências
para resultados eficientes e as ferramentas são cada vez
mais utilizadas para melhores resultados. As novas
abordagens científicas e métodos cada vez mais
avançados estão evoluindo a Contabilidade para uma
ciência que deve se apegar cada vez mais a estas
ferramentas, o maior exemplo está na escrituração
digital onde antes os lançamentos eram executados em
livros contábeis físicos e hoje com o advento da
tecnologia, existem programas governamentais para
trabalhar esse método.

• Mapa mental: Escrituração contábil:


1 – O que é a escrituração contábil?

• Registro de todos os fatos contábeis e movimentos


financeiros de uma empresa, em ordem cronológica.

1.2 – O que são os fatos contábeis?

• São as operações que ocorrem na empresa e que tem


impacto no fluxo de caixa, lucros ou patrimônio líquido.

1.3 – Como os fatos contábeis são registrados?

• São registrados através de lançamentos de débito ou


crédito, podendo ou não alterar o patrimônio da
entidade.
2 – Como executar a escrituração
contábil?

• A escrituração deve ser preenchida em idioma nacional


(Português) e moeda corrente nacional (Real).

• A ordem cronológica deverá ser respeitada rente aos


acontecimentos contábeis da empresa.

• Cada lançamento deverá ter seu documento base como


justificativa para cada um dos lançamentos, sem
exceção.

• Não pode haver rasuras, espaços em brancos,


emendas, ou qualquer outro fator que sugira ou permita
fraudar os dados apresentados pela empresa. Caso haja
alguma dessas situações, a empresa deverá retificar sua
transmissão junto ao governo, podendo as vezes pagar
por isso.

• A escrituração possui alguns requisitos, dentre eles: o


método das partidas dobradas (não há débito sem um
crédito correspondente), a aparência e apresentação nos
quais podem ser tipo de encadernação, informação
quanto ao número de páginas, termo de abertura e
encerramento e forma de escrita desenvolvida.
3 – Processo de Escrituração, quais
ferramentas e métodos?

• Manual – Onde a escrituração é executada a mão e


registrada em livros contábeis autenticados.

• Maquinizado ou semimecanizado – Realizado por


máquinas específicas para o processo.

• Computadorizado – É o maior avanço científico da


contabilidade, onde atualmente encontram-se os
diversos programas de escrituração como ECD, SPED.
Foi criada para substituir a entrega e transmissão de
informações das empresas em papel pela versão digital
e mais eficaz, pois os programas são sempre atualizados
a fim de melhorar continuamente o processo de
escrituração e análise contábil.

REFERÊNCIAS:

• Unidade I e II
• https://www.crcsc.org.br/noticia/view/5979
• BV - BASTOS, Cleverson Leite. Aprendendo a
aprender: introdução à metodologia científica. 13. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. 104 p.
• BV - GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de
pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 159 p.

A contabilidade é uma das ciências mais adaptáveis as mudanças na sociedade,


economia e mercado financeiro, paralelas ao avanço científico e tecnológico. Desde o
início das implementações técnicas e conceitos primordiais, diversos países e regiões
adotaram normas e conceitos contabilísticos variados para informações essenciais das
empresas e seus resultados, esses padrões foram mudando ao longo das décadas com
implementações de leis federais e modernização, visando acompanhar a globalização
econômica. No Brasil não foi diferente já que em 1976, foi criada a Lei das Sociedades
por Ações, ou Lei das S/A, que visava regulamentar e constituir a prática operacional
deste tipo societário no país. Destaca-se que essa Lei tem grande importância na história
da contabilidade brasileira, onde muitas vezes não possuía uma Lei consolidada, sendo
que as instruções ou normativas eram emitidas ou direcionadas pelos órgãos reguladores
e não tinham uma emissão comum, podendo ser emitidas pelo Banco Central do Brasil
(BC), pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ou mesmo pela Receita Federal do
Brasil (RF).
Em meados dos anos 2000, em conformidade com as normas e padrões internacionais
no que tange a avaliação das demonstrações financeiras e contábeis das companhias,
foram criadas as Leis 11.638/07 e 11.941/09 que são alterações na Lei 6.404/76,
resultando assim numa adaptação as mudanças globais e formas econômicas que
ganharam força no mundo inteiro. As principais mudanças no fornecimento das
informações foram nos critérios avaliativos referentes à mensuração de ativos, passivos
e resultados e seu quadro informativo, acrescentando e retirando alguns elementos:
Estrutura e elementos das Demonstrações Contábeis: O Balanço Patrimonial sofreu
alterações quanto à sua demonstração, transformando Ativo e Passivo em Circulante e
Não Circulante, além de introduzir o subgrupo “Intangível” (marcas, licenças, direitos
autorais) no Ativo Não Circulante e retirada do Ativo Diferido (Medida Provisória nº
449/08).
Critérios de Avaliação: As bases que servem como critérios para a mensuração dos
elementos patrimoniais são o: Custo Histórico, que fornece informações monetárias
sobre ativos, passivos e respectivas receitas e despesas, utilizando informações
derivadas, pelo menos em parte, do preço da transação ou outro evento que deu origem
a eles. Outro critério seria o Valor Atual para certos ativos e passivos, e a necessidade
de testes para ativos que possam estar desvalorizados (Depreciação). As mensurações ao
valor atual fornecem informações monetárias sobre ativos, passivos e respectivas
receitas e despesas, utilizando informações atualizadas para refletir condições na data de
mensuração.
As bases de mensuração do valor atual incluem:

 valor justo;
 valor em uso de ativos e valor de cumprimento de passivos; e
 custo corrente.

Com todas essas mudanças e alterações, esses foram os resultados com o advento das
Leis 11.638/07 e 11.941/09:
Transparência e Comparabilidade - A Lei nº 11.638/07 buscou aumentar a
transparência nas demonstrações contábeis, permitindo uma comparação mais eficiente
entre empresas e setores.
Qualidade da Informação Contábil - Melhoria na qualidade das informações
contábeis, proporcionando aos usuários uma base mais sólida para tomada de decisões.
Adoção de Padrões Internacionais - Aproximação com as normas internacionais de
contabilidade, contribuindo para a inserção do Brasil no cenário global.

O confronto com a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório


Contábil-Financeiro seria detalhado da seguinte forma:
Relevância: A Lei nº 11.638/07 reforça a relevância das informações contábeis ao
proporcionar maior detalhamento e transparência, alinhando-se com o princípio da
relevância da Estrutura Conceitual.
Confiabilidade: A introdução do valor justo e ajuste a valor presente visa aumentar a
confiabilidade das demonstrações contábeis, alinhando-se com o conceito de
confiabilidade da Estrutura Conceitual.
Comparabilidade: Ambas buscam a comparabilidade, sendo a Lei nº 11.638/07 um
instrumento para alcançar esse objetivo, enquanto a Estrutura Conceitual estabelece os
fundamentos para a elaboração de informações comparáveis.
Portanto, todos esses ajustes previstos em Lei foram essenciais para a modernização das
relações contábeis-financeiras no âmbito global, visto que a economia dos países cada
vez mais tendem a se expandir exponencialmente para além de seus territórios e áreas
de operação, e um sistema universal de demonstrações de resultados das empresas
facilita a interação, a busca e o interesse para investimentos e acordos comerciais com o
exterior, fomentando assim o mercado internacional, além de alinhar-se aos avanços
tecnológicos e científicos, pois a lei em vigor estava prevista desde a década de 70 e da
lá para cá ocorreram mudanças significativas quanto ao exercício contábil de
demonstrações e avaliações das empresas e a tendência sempre será a de adaptação
como falamos no início, faz parte das Ciências Contábeis!

REFERÊNCIAS:
• CPC 00 - CPC 00 (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-Financeiro (Revogado)
• CPC 01 - CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos

A economia mundial possui diversas propriedades e nomenclaturas para designar e segmentar


as características nas quais os impactos sócio/econômicos os atingem e dentre elas está a
divisão em 3 partes dos termos sociológicos/econômicos que definem o que seriam:
organizações governamentais (Primeiro Setor - Governo), de iniciativa privada (Segundo Setor -
Mercado/Empresas), ou até mesmo as de iniciativa privada porém sem a finalidade lucrativa
(Terceiro Setor). O terceiro setor, que engloba as associações, fundações, templos religiosos e
partidos políticos possuem suas particularidades no tocante as suas obrigações tributárias e
encargos, pois está previsto na constituição em seu Art. 150 que a mesma as isenta, mas isso
não quer dizer que as declarações de obrigações acessórias não sejam obrigatórias para esses
tipos de instituição, ainda que sejam imunes ao pagamento de diversos impostos federais (IRPJ
- com exceção nos lucros sobre aplicações financeiras de renda fixa e variável), impostos
estaduais (ICMS) e impostos municipais (ISS). Essas demonstrações à serem entregues e
declaradas ao governo seguem a maioria das normas contábeis brasileiras e algumas
substituições, como por exemplo: no Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital
deve ser substituída por Patrimônio Social, nas Demonstrações do Resultado do Período, nas
Mutações do Patrimônio Líquido e nos Fluxos de Caixa, as palavras lucro ou prejuízo devem ser
substituídas por superávit ou déficit do período. A respeito da apropriação das receitas e
despesas, as entidades sem finalidade lucrativa devem seguir princípios contábeis e normas
específicas para registro e divulgação de suas transações financeiras. As receitas podem advir
de doações, subvenções governamentais, eventos beneficentes, entre outras fontes, e devem
ser utilizadas de forma a cumprir os objetivos estatutários da entidade. Já as despesas incluem
gastos com pessoal, manutenção de instalações, custos operacionais e despesas
administrativas, sendo essenciais para a execução dos projetos e programas sociais.

Muito se especula sobre a época e a origem real das ciências contábeis, porém todas chegaram a
um ponto comum, é considerada uma das profissões mais antigas e executadas da história do
homem, suas formas primitivas de contabilização antes mesmo do surgimento da escrita e dos
números, demonstraram que as necessidades de informações sobre o patrimônio da época já
poderiam ser consideradas essenciais e de suma importância. Com o passar dos anos pode-se
perceber os períodos que marcaram uma trajetória evolutiva da contabilidade, tanto no seu
reconhecimento perante a sociedade e a importância de controle e apuração de capital e do
patrimônio do homem. O estado por si só usufrui dos bens informativos que á contabilidade
pode trazê-los através das leis e decretos, pois essa ciência está presente não só nas empresas
como também nos órgãos governamentais e nas organizações sem fins lucrativos, além da
medição de patrimônio individual. Dentre os períodos que marcaram época na história da
profissão, destacam-se as primeiras civilizações que estabeleceram acordos comerciais e venda
ou troca de utensílios ou produtos, desde a sua forma de armazenagem, técnicas para diminuir
as avarias e custos.

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