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Mariano Yoshitake

Doutor em Controladoria e Contabilidade pela Uni-


versidade de São Paulo (USP). Mestre em Controladoria e
Contabilidade pela USP. Bacharel em Ciências Contábeis
pela USP. Bacharel em Administração de Empresas pela
USP. Tem experiência nas áreas de Contabilidade, Contro-
ladoria, Auditoria e Administração, com ênfase em Teoria
do Controle Gerencial ou de Gestão. Atua principalmente
nos seguintes temas: Teoria do Controle de Gestão, Conta-
biliade Gerencial, Contabilidade Financeira, Contabilidade
de Custos, Auditoria, Metodologia de Pesquisa, Custo Se-
quência e Plano-sequência. É professor de cursos de gra-
duação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu.

Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,


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Auditoria contábil

Breve história da auditoria e da contabilidade


A origem da auditoria como profissão
Segundo O´Reilly et al. (1990), as primeiras auditorias na Grã-Bretanha eram de
dois tipos: (1) auditoria de cidades; (2) auditoria de vilas. As auditorias de cidades e
vilas eram realizadas publicamente diante de funcionários do governo e cidadãos, e
consistia em “ouvir as contas” lidas pelo tesoureiro.

Até meados do século XVI, os auditores de cidades frequentemente anotavam as


contas com frases como “ouvida pelos auditores abaixo assinados”. Desta forma, no de-
senvolvimento da moderna auditoria, o processo de ouvir passou a envolver o exame
minucioso de registros escritos e o teste de suportes de evidências.

Os citados autores apresentam alguns eventos importantes na história da contabi-


lidade e da auditoria. No ano 4000 a.C., ocorreram as primeiras auditorias de cobrança
de impostos na Babilônia. Em 1887, foi fundado o Instituto Americano de Contadores,
hoje Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (American Institute of
Certified Public Accountants – AICPA). Modernamente, os contadores e auditores são
representados pelas seguintes entidades internacionais: Associação Interamericana
de Contabilidade (AIC), fundada em 1949, em Porto Rico; a International Federation of
Accountants (IFAC), fundada em 1977, em Munich na Alemanha; e a International
Accounting Standards Board (IASB), fundada em 1.º abril de 2001, em Londres, na
Inglaterra.

A origem da contabilidade como profissão


A contabilidade é tão antiga quanto a própria civilização. Assim, a história da con-
tabilidade acompanha o progresso do homem em direção ao bem-estar. Contudo, sua
verdadeira revolução ocorreu com o aparecimento das partidas dobradas. As partidas
dobradas foram consequências naturais do desenvolvimento da sociedade no Pré-
-Renascimento italiano, quando aconteceram vários eventos econômicos e sociais que
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criaram base para que tal método se firmasse. O reflorescimento do comércio, o desen-
volvimento industrial e dos transportes, foram acontecimentos que proporcionaram,
de forma natural, o aumento do controle das operações, através do registro e, com isso,
a utilização do método para esse fim.

Segundo Sá (2004), o Frei Luca Pacioli editou em Veneza, em 1494, a sua Summa de
Aritmética, Geometria, Proporção e Proporcionalidade, na qual está inserido o Tratado de
Computo e Escrituração, ensinando a partida dobrada que é a base da contabilidade.

Figura 1 – Frei Luca Pacioli. Domínio público.

Pode-se afirmar que a profissionalização da contabilidade partiu da ampla disse-


minação das partidas dobradas como método de registro contábil.

No Brasil, os serviços de auditoria independente foram regulamentados pelo


Conselho Federal de Contabilidade (CFC), através da Resolução CFC 321/72, elaborada
pelo então Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, hoje, Ibracon. Atualmente,
as Normas de Auditoria Independente são reguladas pela Resolução CFC 820/97 que
revogou as Resoluções 700 e 701/91.

No cenário mundial, o desenvolvimento e harmonização de normas e procedi-


mentos de contabilidade está a cargo de duas entidades: a International Accounting
Standard Board (IASB) e a International Federation of Auditing Committee (IFAC). Assim,
Auditoria contábil

atuando em nível internacional, essas entidades são apoiadas por 110 membros de 88
países, contando com mais de um milhão de profissionais.

Quanto à adesão do Brasil às Normas Internacionais de Contabilidade, veja a seguir as


informações retiradas da reportagem de 18 de maio de 2007, do jornal Valor Econômico.

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CVM quer regras internacionais até 2010
(VIEIRA, 2007)

[...]

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), estipulou o ano de 2010 como marco


para que as companhias abertas passem a adotar suas Demonstrações Financeiras
anuais consolidadas no padrão contábil internacional, estipulado pelo Conselho de
Padrões de Contabilidade Internacionais (IASB, na sigla em inglês).

[...]

Para Reginaldo Alexandre, vice-presidente da Apimec-SP, as novidades intro-


duzidas pela CVM são muito bem-vindas. “Os estrangeiros compram cada vez mais
ativos brasileiros e o mercado está cada vez mais global. Ter um padrão unificado
facilita muito a vida de analistas e investidores”, afirma, lembrando que o mercado
americano vai facultar às empresas estrangeiras listadas a contabilidade pelos pa-
drões do IASB e não pelos padrões dos EUA.

“A tendência é a convergência de padrões. Acredito que a médio prazo essa mu-


dança que vai ocorrer no Brasil possa até ter impacto sobre o custo de capital, pois uma
das coisas mais difíceis de explicar são as diferenças nos números. O interesse pelos
ativos locais pode aumentar”, conclui Alexandre.

Relação entre contabilidade e auditoria


A expressão “auditoria contábil” pressupõe que há relacionamento entre contabili-
dade e auditoria. A contabilidade produz informação que pode ser auditada em razão de
ser quantificável, verificável e haver um critério ou padrão que possa ser utilizado neste
confronto. Isto significa, portanto, que o auditor precisa conhecer a contabilidade para
poder, criticamente, avaliar a informação e comunicar o resultado de sua opinião para
terceiros interessados na informação contábil de uma empresa específica (auditada).

Importância da auditoria contábil


Auditoria contábil

A auditoria contábil no mundo moderno evoluiu substancialmente a partir de


1934, com a criação da Security Exchange Comission (SEC), nos Estados Unidos. Os

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investidores de ações na Bolsa de Valores americana passaram a utilizar os serviços de
auditoria para obter maior credibilidade nas Demonstrações Contábeis, das quais se
serviam para avaliar os seus investimentos nas empresas cotadas na referida bolsa de
valores. A auditoria adiciona valor no sentido de contribuir para a transparência, credi-
bilidade e segurança quanto à qualidade das informações contábeis.

Os diversos segmentos da economia estão convencidos da importância da audi-


toria. As áreas políticas, sociais e econômicas, o governo, empregados e empregadores
formam a sociedade economicamente ativa, geram negócios e impulsionam o país. É
necessário estabelecer um nível de cumplicidade e de responsabilidade total entre eles.

Todos esses fatores interligam-se com os aspectos sociais, portanto, qualquer enti-
dade tem responsabilidade diante de sua comunidade, pelo bem-estar e qualidade de
vida. Na satisfação desses interesses, desenvolve-se uma nação motivada e produtiva.

Conceitos de auditoria contábil


Conceito das Normas Brasileiras de Contabilidade
Conceito de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC T 11, 1997):
11.1.1.1 – A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos
técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios
Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente,
a legislação específica.

Conceito da American Accounting Association (AAA)


A entidade American Accounting Association (AAA), em 1973, definiu auditoria da
seguinte forma:
Auditoria é um processo sistemático de objetivamente obter e avaliar a evidência considerando as
afirmações a respeito de ações e eventos econômicos para assegurar o grau de correspondência
entre aquelas afirmações e estabelecidos critérios de comunicação de resultados para os usuários
interessados.

Conceito de Franco e Marra


Franco e Marra (2000, p. 26), definem auditoria de maneira mais extensa, como:
Auditoria contábil

[...] a técnica contábil que – através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados
no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de informações e confirmações,
relacionados com o controle do patrimônio de uma entidade – objetiva obter elementos de

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convicção que permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios
fundamentais e normas de contabilidade e se as Demonstrações Contábeis deles decorrentes
refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período
administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.

A literatura especializada em auditoria contábil registra inúmeros conceitos,


muitos com ênfases diferenciadas, porém, convergentes entre si, de certa forma.

Em outras palavras, as definições de auditoria contábil procuram mostrar que se


trata de uma atividade ou ações contínuas dentro de um cenário da contabilidade – os
relatórios financeiros conhecidos como Demonstrações Contábeis – que permitem ao
auditor avaliar o grau de conformidade que as demonstrações mantêm com as Normas
Brasileiras de Contabilidade. Na primeira definição, da AAA, o padrão a ser seguido é a
asserção ou afirmações feitas pela empresa, que precisam estar em conformidade com
critérios estabelecidos pela profissão contábil. Na segunda, de Franco e Marra, o padrão
a observar é a conformidade dos relatórios contábeis com os Princípios Fundamentais
de Contabilidade. Observar ou seguir os citados princípios já implica na aplicação de
procedimentos, obtenção de evidências (provas) e julgamentos, se os relatórios finan-
ceiros refletem a situação econômico-financeira e de resultados do período auditado.

Plano de auditoria
O planejamento e execução de um plano ou programa de auditoria são transfor-
mados em “procedimentos de auditoria”. Segundo as normas de auditoria, NBC T 11
(CFC 820/97) os procedimentos de auditoria são: “o conjunto de técnicas que permi-
tem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar
sua opinião sobre as Demonstrações Contábeis auditadas e abrangem testes de obser-
vância e testes substantivos”.

Os testes de observância visam à obtenção de razoável segurança de que os pro-


cedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em efetivo
funcionamento e cumprimento. Os testes substantivos visam à obtenção de evidência
quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo sistema contábil
da entidade, dividindo-se em:

testes de transações e saldos;

procedimentos de revisão analítica.


Auditoria contábil

O processo de auditoria é realizado sequencialmente, segundo o gráfico 1.

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Gráfico 1 – Sequência de um processo de auditoria

Mariano Yoshitake.
Sq 2 Sq 4
Planejamento Controle
estratégico (observância)

Sq 1 Sq 6
Pesquisa Testes Parecer do
ambiental auditor

Sq 3
Sq 5
Controle
Substantivo
interno

Sequência 1 – Pesquisa ambiental


Sequência 2 – Planejamento estratégico
Sequência 3 – Controle interno
Sequência 4 – Teste de observância
Sequência 5 – Teste substantivo
Sequência 6 – Parecer do auditor

Sequência 1 – Pesquisa ambiental


Nesta primeira sequência, o auditor obtém um entendimento preliminar das
operações do cliente, ou seja, coleta informação a respeito da indústria, negócios e
organização da entidade em particular; identifica a natureza e significância de vários
segmentos de auditoria; considera os riscos relacionados que podem afetar significa-
tivamente a estratégia de auditoria. O auditor consulta os manuais da indústria e asso-
ciações comerciais; e, mais restritamente, obtém informações por meio de papéis de
trabalho – em caso de continuidade a auditorias anteriores –, por revisão de manuais
de procedimentos do cliente, por inspeção física às instalações e escritórios do cliente.

Sequência 2 – Planejamento de auditoria


Na segunda sequência, objetiva-se escolher as estratégias para cada conta ou
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grupo de contas, que serão efetivas e eficientes em uma situação particular. Especifica-
-se a natureza, extensão e tempestividade1 dos testes e procedimentos de auditoria para
a obtenção de evidência como suporte à opinião a ser dada sobre as Demonstrações
1
Tempestividade: oportunidade.
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Contábeis. As alternativas básicas da estratégia, repousam na confiabilidade de apli-
cação direta de testes substantivos de saldos de conta ou sobre específicos controles
contábeis internos, após a aplicação de testes de observância com os correspondentes
ajustes de natureza, extensão e tempestividade de procedimentos substantivos.

Sequência 3 – Controle interno


Pressupõe-se, na terceira sequência, que a estratégia adotada está baseada na con-
fiança sobre o controle, assim, o auditor precisa documentar em detalhes o sistema con-
tábil e controles contábeis internos sobre os quais é possível confiar. A preocupação do
auditor com o entendimento do sistema contábil e controles a eles relacionados, deter-
mina que seja confirmado entendimento por intermédio do seguimento de uma transa-
ção pelo sistema, pela técnica conhecida como walk-through (rastreio) antes da execu-
ção de testes de controles. Após essa documentação, cada um desses controles deve ser
avaliado como base preliminar para determinar os pontos fortes e fracos do sistema.

Sequência 4 – Teste de controle


Aplica-se, na quarta sequência, o teste de controle (ou observância na nomenclatura
antiga) para determinar se o controle está sendo cumprido de acordo com as normas
prescritas. Assim, os testes de controle ou observância, visam à obtenção de razoável se-
gurança de que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração
estão em efetivo funcionamento e cumprimento das normas aplicáveis.

Sequência 5 – Teste substantivo


Na quinta sequência, o auditor desenvolve e executa os procedimentos substantivos
para assegurar a exatidão dos valores (e outras informações) constantes das Demonstra-
ções Contábeis e das notas explicativas anexas. A seleção de testes substantivos é base-
ada na estratégia de auditoria e no grau de confiança colocado nos controles contábeis
internos. Os testes substantivos incluem os testes de detalhes de transações e saldos de
contas e outros procedimentos de auditoria, tais como: os procedimentos analíticos e a
determinação da natureza, tempestividade e extensão dos testes substantivos.

Sequência 6 – Parecer do auditor


Auditoria contábil

Na sexta e última sequência, o auditor avalia os resultados obtidos e revisa a apre-


sentação das Demonstrações Contábeis e notas explicativas quanto à sua adequação.
Finalmente, o auditor prepara o “Parecer de Auditoria”, segundo as Normas Brasileiras
de Auditoria (NBC T 11).

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Papéis de trabalho
Conceito de papéis de trabalho
Segundo a resolução CFC 820/97, nos itens 11.1.3.1 e 11.1.3.2:
11.1.3.1 – Os papéis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos com informações
e provas coligidas pelo auditor, preparados de forma manual, por meios eletrônicos ou por outros
meios, que constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento de sua opinião.

11.1.3.2 – Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do auditor, responsável por sua
guarda e sigilo.

Documentação da auditoria
O auditor deve documentar, através de papéis de trabalho, todos os elementos
significativos dos exames realizados e que evidenciam ter sido a auditoria executada
de acordo com as normas aplicáveis. Os papéis de trabalho devem ter abrangência e
grau de detalhe suficiente para propiciar o entendimento e o suporte da auditoria exe-
cutada, compreendendo a documentação do planejamento, a natureza, a oportuni-
dade e a extensão dos procedimentos de auditoria, bem como o julgamento exercido
pelo auditor e as conclusões alcançadas. Os papéis de trabalho devem ser elaborados,
organizados e arquivados de forma sistemática e racional. Quando o auditor se utilizar
de análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos fornecidos pela entida-
de, deve certificar-se da sua exatidão.

Documentação do planejamento inicial


Para a obtenção de uma documentação organizada do esforço de planejamen-
to inicial, todos os papéis de trabalho devem ser incluídos em uma seção separada
dos papéis de trabalho. Essa seção específica, que documenta o planejamento inicial,
compõe-se de:

memorando do planejamento de auditoria;


papéis de trabalho das considerações ambientais (exemplo: memorando de
discussões com os executivos das áreas operacionais e financeiras);
informação financeira usada para desenvolver o plano de auditoria geral, in-
Auditoria contábil

cluindo papéis de trabalho dos procedimentos analíticos;


agenda e memorando de reuniões de planejamento com o pessoal do cliente
e da própria equipe da auditoria;

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estimativa geral de tempo, plano de composição da equipe de auditores e
quadros demonstrativos de contas e transações;

relatórios do comitê de auditoria mostrando as principais linhas do plano de


auditoria e o correspondente memorando da reunião com o comitê.

Em complemento a essas ações, pode ser apropriado fazer referência cruzada,


i.e.2, comparar determinados assuntos contidos nos papéis de trabalho, de planeja-
mento, com outras seções dos papéis de trabalho, que incluem materiais usados para
identificar desenvolvimentos significantes.

Programa inicial de auditoria


Obter dados preliminares sobre a organização auditada
Uma das ações deste processo é a obtenção de dados preliminares sobre a orga-
nização sob auditoria (a auditada), reconhecimento de possíveis pontos de concen-
tração e desenvolvimento participativo de trabalho. As atividades que compreendem
essa ação são as seguintes:

Estudo dos objetivos da organização


Nesta etapa, o auditor deverá procurar conhecer:

a estrutura da organização, suas funções e papéis;

canais formais e informais de comunicação;

a estrutura de poder da organização e que lugar este poder ocupa na


comunidade;

que opinião tem a organização sobre seu funcionamento.

Interação dos elementos da auditada com o auditor


A interação dos elementos da auditada com o auditor compreende atividades como:
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reunião entre as partes contratantes, com leitura e discussão dos termos do


contrato de prestação de serviços;

2
Id est (i.e.): termo latim que significa “isto é”.
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discussão sobre a situação e organização de dados anteriormente coletados
sobre o sistema contratante;

participação dos elementos do sistema contratante nas atividades de audi-


toria independente, identificando os tipos de papéis de trabalho que serão
de responsabilidade, preparação e autorização dos elementos do sistema
contratante;

aquiescência ou não da contratante (cliente) sobre o fornecimento de cartas


de gerência, assim conhecidas as declarações por escrito sobre assuntos rele-
vantes dos procedimentos contábeis adotados pela contratante, como cliente
da empresa de auditoria.

Identificação da auditada em contratos iniciais


Entendimento dos negócios do cliente e indústria na qual opera
Para novos contratos ou em situações em que os clientes atuais adquirem novos
negócios, um entendimento dos negócios e indústria pode ser obtido por meio de:

discussão com auditores, da mesma empresa de auditoria, com conhecimen-


tos em áreas especializadas, com membros do comitê do cliente, e outros es-
pecialistas que possam auxiliar no novo contrato;

referência a várias publicações, incluindo pronunciamentos profissionais de


auditoria e publicações da área contábil;

revisão de relatórios anuais e arquivos da Comissão de Valores Mobiliários


(CVM), no caso brasileiro, e da Securities Exchange Comission (SEC), no caso
americano, a respeito do cliente e de outras empresas da mesma indústria;

discussão com a administração com respeito a fatores que são importantes ou


únicos para seus negócios;

visitas ao estabelecimento do cliente ou instalações de serviços.

Nos trabalhos em continuidade, o pessoal envolvido no planejamento do contrato


de auditoria pela primeira vez, também precisa executar os aludidos procedimentos e,
concomitantemente, avaliar com as pessoas familiarizadas com o trabalho em questão,
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se os resultados realmente exprimem a situação em que se encontram os trabalhos na


empresa auditada.

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Informações sobre as obrigações legais da auditada
Alguns tipos de documentos e registros legais precisam ser antecipadamente exa-
minados: o contrato social e suas alterações, as atas de assembleias gerais e de reuniões
da diretoria e os contratos.

Algumas informações, tais como os contratos, precisam ser evidenciadas nas De-
monstrações Contábeis. Outras, como as autorizações estabelecidas nas atas de reu-
niões da diretoria, são úteis para o trabalho da auditoria. O conhecimento antecipado
desses documentos e registros legais, portanto, possibilita ao auditor interpretar a evi-
dência relacionada ao longo do trabalho de auditoria e assegurar adequada evidencia-
ção nas Demonstrações Contábeis.

Constituição legal da empresa


O contrato de constituição de empresas é averbado pelas autoridades onde está
estabelecida a empresa que se está formando legalmente. Esse contrato inclui o nome
exato da entidade, a data de formação, os tipos e montantes de capital social que a em-
presa está autorizada a emitir, e os tipos de atividades empresariais que deve conduzir.

Ao especificar os tipos de ações ou quotas do capital, há também incluído infor-


mações, tais como: os direitos de voto de cada classe de ações ou quotas, ao par ou
valor declarado da ação ou quota, preferências e condições necessárias para dividen-
dos e direitos anteriores em liquidação.

Os estatutos incluem as regras e procedimentos adotados pelos acionistas ou quotis-


tas da empresa. Especificam coisas como o ano fiscal, a frequência de reuniões dos sócios,
o método de eleger os diretores, e os deveres e poderes dos executivos da organização.

Os auditores devem entender os requisitos do contrato social e os estatutos de


modo a determinar se as Demonstrações Financeiras estão adequadamente apre-
sentadas. A evidenciação correta do patrimônio líquido, incluindo o adequado pa-
gamento de dividendos, depende muito desses requisitos.

Atas de reuniões
As atas de assembleia da empresa constituem o registro oficial das reuniões da
diretoria e acionistas ou quotistas. Elas incluem sumários dos tópicos mais importantes
Auditoria contábil

discutidos nessas reuniões e as decisões tomadas pelos seus participantes. Se o auditor


falha no exame das atas, pode descuidar-se de informação essencial para determinar
se as Demonstrações Financeiras estão materialmente corretas.

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Enquanto examina as atas de reuniões, o auditor normalmente identifica infor-
mação significante para a adequada apresentação das Demonstrações Contábeis. O
auditor inclui a informação nos papéis de trabalho, elaborando um sumário das atas
ou obtendo uma cópia e destacando as partes significativas.

O auditor deve fazer um seguimento (follow up) dessa informação para assegurar-
-se de que a administração cumpriu as determinações emanadas dos sócios e comitê
de diretores.

Como uma ilustração, os benefícios autorizados aos executivos devem ser exa-
minados individualmente através do registro na folha de pagamento, efetuando um
teste se a compensação devida foi paga. O auditor deve comparar as autorizações de
compra de equipamento conforme as atas com os registros de equipamento; e se o
comitê de diretores deve aprovar todas as novas aquisições de equipamento acima de
um montante especificado.

Texto complementar

Informação de campo
(YOSHITAKE, 2004)

1 – Conhecimento do ambiente de negócios da Auditada


Um conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais
da Auditada é essencial segundo a norma técnica NBC T 11.

“11.2.1.2 – O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre


o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade”.

Para interpretar adequadamente o significado da informação obtida através da


auditoria, é essencial entender a indústria na qual pertence a Auditada. Os aspectos
únicos de diferentes indústrias estão refletidos nas Demonstrações Contábeis.

Nos Estados Unidos, o entendimento razoável da indústria a que a Auditada


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pertence é obrigatório segundo normas vigentes.

O conhecimento da indústria na qual a Auditada se insere, pode ser obtido


de diferentes modos. Entre esses, as discussões entre o auditor responsável pelos

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serviços de anos passados e os auditores atuais em trabalhos similares; assim como
as conferências com o pessoal da Auditada.

Outros meios incluem a leitura de jornais, livros e textos especializados nos


vários ramos industriais. Pode-se também obter os referidos conhecimentos pela
participação ativa em associações industriais e programas de treinamento.

Um conhecimento sobre aspectos de estrutura organizacional, práticas de


distribuição e marketing, métodos de valoração de estoques e outras são caracte-
rísticas únicas dos negócios da Auditada, devem ser entendidos antes do início da
auditoria. Tais fatos são usados continuamente na interpretação da informação de
auditoria na medida de sua obtenção.

O FASB 14 determina a evidenciação da informação seguimentada para as di-


ferentes linhas de negócio nas Demonstrações Contábeis. O SAS 21 (AU 435) forne-
ce os guias de auditoria para a informação segmentada.

Os auditores devem possuir conhecimento suficiente sobre os negócios da Au-


ditada para permitir-lhes avaliar se há seguimentos que requeiram evidenciação em
separado.

Os arquivos permanentes do auditor frequentemente incluem a história da


empresa Auditada, uma lista das maiores linhas de negócios e um registro das
mais importantes políticas contábeis de anos anteriores. Os estudos desta in-
formação e discussões com o pessoal da Auditada ajudam o entendimento do
negócio.

2 – Visita às instalações operacionais e administrativas


Pode-se obter melhor entendimento dos negócios e operações da Auditada
através de uma visita às suas instalações. Consegue-se a oportunidade de encontrar
o pessoal-chave e observar as operações diretamente. Contatos com funcionários
fora da área contábil, durante a visita e na realização da auditoria, é útil para manter
uma perspectiva ampla.

A visão atual das instalações físicas ajuda a entender a salvaguarda física sobre
ativos e a interpretar os dados contábeis em razão da faixa de referência na qual
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visualizar tais ativos, como os estoques em processo e maquinárias da fábrica.

O conhecimento do layout também facilita obter respostas a questões futuras


na auditoria.

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3 – Revisão das políticas da Auditada
Muitas políticas e autorizações da empresa, refletidas nas Demonstrações Con-
tábeis, são parte da estrutura de controle interno, mas fora do escopo do sistema
contábil. Esses incluem assuntos como as autorizações para negociar uma parte dos
negócios, políticas de crédito, empréstimos a afiliadas e políticas contábeis para re-
gistrar ativos e reconhecer receita.

Quaisquer decisões sobre política básica devem sempre ser cuidadosamente


avaliadas como parte da auditoria para determinar se a administração tem autoriza-
ção do comitê de diretores para tomar certas decisões e, para estar seguro de que as
decisões da gerência são adequadamente refletidas nas Demonstrações Contábeis.

Um enfoque útil seguido por muitas empresas de auditoria independente é in-


cluir um registro nos arquivos permanentes das mais importantes políticas seguidas
pela Auditada e o nome da pessoa ou grupo autorizado a mudar a política.

A inclusão nos arquivos permanentes dos princípios fundamentais de conta-


bilidade, tais como os custos a serem incluídos na valoração dos estoques, é espe-
cialmente útil para ajudar o Auditor a determinar se a Auditada mudou os princí-
pios fundamentais de contabilidade. É importante efetuar uma revisão periódica da
informação.

4 – Identificações de partes relacionadas


As transações com partes relacionadas devem ser evidenciadas nas Demons-
trações Contábeis, considerando a materialidade dessas.

A NBC T 11 estabelece que “o auditor deve obter evidências suficientes para


identificar as partes relacionadas na fase de planejamento, possibilitando detectar,
no decorrer dos trabalhos, quaisquer transações relevantes que as envolvam.

O Auditor deve examinar as transações relevantes com partes relacionadas, apli-


cando os procedimentos necessários à obtenção de informações sobre a finalidade,
natureza e extensão das transações, com especial atenção àquelas que pareçam anor-
mais ou envolvam partes relacionadas não identificadas quando do planejamento”.
Auditoria contábil

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Pelos princípios americanos, a parte relacionada é definida no SAS 45 (AU 334)
como as companhias afiliadas, os principais acionistas da empresa cliente, ou qualquer
outra parte com a qual o cliente lida onde uma das partes pode influenciar as políticas
gerenciais ou operacionais da outra.

Já a transação com a parte relacionada significa qualquer transação entre o cliente


e a parte relacionada. Exemplos disso são as vendas ou compras entre a companhia
controladora e suas subsidiárias, troca de equipamento entre duas companhias per-
tencentes a uma mesma pessoa, e empréstimos a executivos. Um exemplo menos
comum é a influência gerencial significativa sobre uma empresa auditada exercida
pelo seu cliente mais importante.

Em razão da necessária evidenciação das transações com a parte relacionada,


é importante que todas as partes relacionadas sejam identificadas e incluídas nos
arquivos permanentes.

5 – Avaliações da necessidade de especialistas externos


Pode o Auditor, quando deparar-se com situações, onde há necessidade de
conhecimento especializado, utilizar-se de especialistas como forma de propiciar a
realização de seu trabalho. A responsabilidade do auditor independente fica restrita
à sua competência profissional, quando o especialista for contratado pela entidade
auditada, para executar serviços que tenham efeitos relevantes nas Demonstrações
Contábeis. A menção do fato no parecer fica a critério do auditor independente.
Essa orientação está declarada no item 1.8 das NBC P 1 – Normas Profissionais de
Auditor Independente, aprovada pela Resolução CFC 701/91. Nos Estados Unidos,
a SAS 11 (AU 336) estabelece os requisitos necessários para a seleção de especia-
listas e a revisão de seus trabalhados. Por exemplo, usa-se um especialista em dia-
mantes para avaliar o custo de reposição de diamantes; um atuário para determinar
a adequacidade do valor registrado de seguros menos reservas. Outra forma de
contratação de especialista é a consulta com advogados especializados em inter-
pretação legal de contratos e títulos, ou em questões tributárias e societárias.

Assim, o Auditor deve ter suficiente entendimento dos negócios da entidade au-
ditada para reconhecer a necessidade de um especialista. Deve-se incluir a necessida-
de de especialistas por ocasião do planejamento da auditoria.
Auditoria contábil

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Atividades

1. O processo de auditoria inicia-se com a pesquisa ambiental. Em que consiste


esta primeira sequência do trabalho do auditor?

2. Pressupõe-se, na terceira sequência do trabalho do auditor, que a estratégia


adotada está baseada na confiança sobre o controle exercido pela empresa. O
que o auditor precisa fazer para planejar sua estratégia de trabalho?
Auditoria contábil

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3. O auditor precisa documentar, por meio de papéis de trabalho, todos os ele-
mentos significativos dos exames realizados e que evidenciam ter sido a audi-
toria executada de acordo com as normas aplicáveis. Quais os principais requi-
sitos e conteúdos dos papéis de trabalho para efetuar essa documentação?

Gabarito

1. Consiste na coleta de informação a respeito da indústria, negócios e organi-


zação da entidade em particular; identifica a natureza e significância de vários
segmentos de auditoria; considera os riscos relacionados que podem afetar sig-
nificativamente a estratégia de auditoria.

2. O auditor precisa documentar em detalhes o sistema contábil e controles con-


tábeis internos sobre os quais é possível confiar.
Auditoria contábil

3. Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para


propiciar o entendimento e o suporte da auditoria executada, compreendendo
a documentação do planejamento, a natureza, a oportunidade e a extensão
dos procedimentos de auditoria, bem como o julgamento exercido pelo audi-
tor e as conclusões alcançadas.
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