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INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO E

PESQUISA
ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO DO
TRABALHO, PROCESSO DO TRABALHO E
DIREITO PREVIDENCIÁRIO

RUTH SOUZA ARAÚJO BARROS

POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIO


PREVIDENCIÁRIO COM O DE PENSÃO ESPECIAL
VITALÍCIA DE SERINGUEIRO “SOLDADO DA
BORRACHA”

JACAREÍ-SP
2018
2
RUTH SOUZA ARAÚJO BARROS

POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO COM O DE
PENSÃO ESPECIAL VITALÍCIA DE
SERINGUEIRO “SOLDADO DA BORRACHA”

Monografia apresentada para obtenção do Título de Especialista em Direito do


Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Previdenciário da Faculdade INESP.
Orientador(a): Profa. Mestre Juliana Ribeiro

JACAREÍ - SP
2018
POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO COM O DE PENSÃO ESPECIAL
VITALÍCIA DE SERINGUEIRO “SOLDADO DA
BORRACHA”

RUTH SOUZA ARAÚJO BARROS

Monografia apresentada para obtenção do Título de Especialista em Direito do


Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Previdenciário da Faculdade INESP.

Data da Aprovação: ____/____/_____

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________
Faculdade INESP
_______________________________________
Prof. Orientador

_______________________________________
Prof. Coordenador

CONCEITO FINAL: __________


Dedico este trabalho a Deus que é a minha justiça, pelo imenso amor e pelas
vitórias alcançadas,
Ao meu esposo e filhos e por estarem sempre presentes,
Aos meus irmãos pela consideração,
Aos familiares pela dedicação,
Aos amigos poucos, porém verdadeiros.
Aos professores, Orientadores e corpo docente que nos ensinou de forma
grandiosa.
AGRADECIMENTOS

Aos Professores que apesar de todas as dificuldades, inclusive a


distância, estavam sempre dispostos a nos passar conhecimento.

Aos Diretores da Faculdade INESP, pela oportunidade ofertada.

Esse momento é uma oportunidade de reconhecer aqueles que


me ajudaram na caminhada e que fizeram parte desse sonho.

Agradeço a Deus que esteve presente durante essa caminhada,


a cada hora árdua, e que não deixou que o desânimo se abatesse sobre mim, ao
meu esposo que abriu mão da minha companhia para o meu aprendizado, aos
meu filhos que amo e foi uma das grandes fontes de inspiração, a meus pais que
são exemplo de amor, paciência e determinação.

Aos amigos que conheci durante essa caminhada, amigos de


aula, de vida, velhos amigos, aos novos, em especial a minha amiga Viviane,
enfim a todos que estão presente até hoje e aqueles que por algum motivo
deixaram essa caminhada.
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém
ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.” (Arthur Schopenhauer).”
BARROS, RUTH. POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO COM O DE PENSÃO ESPECIAL VITALÍCIA DE
SERINGUEIRO “SOLDADO DA BORRACHA”. Jacareí-SP. 2018. (coloque aqui o
número de folhas do seu trabalho, da capa ate o final) f. Especialista em Direito
do Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Previdenciário. – Faculdade INESP,
Jacareí-SP, 2018.

RESUMO

Esta pesquisa se deu pela necessidade de acumulo do benefício previdenciário


com a pensão especial vitalícia de seringueiro conhecida como soldado da
borracha. Selecionar os reais motivos que levaram a essa mudança, se foi a
preocupação com os pensionistas ou se existem outras razoes, o surgimento dos
soldados da borracha os critérios para o recebimento, como se deu o acumulo
do benefício, para que desta forma pudesse fornecer respostas melhores em
relação ao questionamento de grande parte dos juristas que cotidianamente são
envolvidos direta e indiretamente com o tema. Mostrando muito além da parte
história e da evolução do tema, como também a competência para conhecer e
julgar, inclusive com as mais atuais jurisprudências. A pesquisa ora realizada
pode-se encontrar e expor parte das doutrinas e mudanças realizadas no
ordenamento jurídico, na esfera previdenciária, conferindo a relevância cabível a
tal tema, percebe-se que ainda haverá muitas discussões acerca do tema, por
ter muitas contradições em sua escrita.

Palavras-chave: Constituição Federal. Direito Previdenciário. Pensão Especial


Vitalícia de Seringueiro
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

art. Artigo

DER Data da Entrada do Requerimento

CPC Código de Processo Civil

CRFB Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

EC Emenda Constitucional

Inc. Inciso

INSS Instituto Nacional de Seguro Social

LBP Lei de Benefícios Previdenciários

LOAS Lei Orgânica da Assistência Social

ONU Organização das Nações Unidas

PBC Período Básico de Cálculo

RE Recurso Extraordinário

REPS Regime Especial de Previdência Social

RGPS Regime Geral de Previdência Social

RMI Renda Mensal Inicial

TRF Tribunal Regional Federal

SB Salário-de-benefício

SC Salário-de-contribuição

STJ Superior Tribunal de Justiça

STF Supremo Tribunal Federal


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 9

2 SOLDADO DA BORRACHA.............................................................................10
2.1 O processo histórico de surgimento dos soldados da
borracha..............................................................................................................11
2.2 Benefício de pensão mensal vitalícia aos seringueiros ...............................12
2.3 Condições de vida e trabalho na Região Amazônica...................................13
2.4 Emenda Constitucional n.º 78: criação da pensão aos soldados da
borracha ..................................................................................................................
...........13
2.5 Critérios de concessão da pensão mensal vitalícia aos soldados da
borracha...............................................................................................................14

3 CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS......................................................................15
3.1 Objeções a cumulação de benefícios............................................................16
3.2 Portaria Ministério da Previdência e Assistência Social n° 4.630/90 e a
Instrução Normativa n° 20/2007..........................................................................17
3.3 Entendimento jurisprudencial acerca da cumulação de benefícios
previdenciários e pensão mensal vitalícia aos seringueiros
recrutados............................................................................................................18

4 DA POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO


COM O DE PENSÃO ESPECIAL VITALÍCIA DE SERINGUEIRO......................19

5 CONCLUSÃO...................................................................................................20
10

1 INTRODUÇÃO

É certo as normais processuais passam diariamente por


alterações e melhorias constantes. No presente trabalho iremos mostrar a
importância do soldado da borracha.

Os soldados da borracha homens que eram considerados como


trabalhadores a serviços das forças armadas.

Além disso, procuravam comprovação de sua condição de


Soldado de Borracha para conseguir o benefício de 02(dois) salários mínimos,
junto ao INSS, sendo negado quase sempre por não ter nada no sistema.

Houve o Decreto-Lei nº 5.813, de 14 de setembro de 1943,


trouxe como um dos principais pontos aos direitos daqueles trabalhadores,
avigorando e fortificando, comumente preconizado como o elo mais fraco.

Diante da grande importância desses homens e mulheres houve


a concessão da pensão mensal vitalícia aos soldados da borracha, e
posteriormente depois de muitas conquistas, consagrou-se a possibilidade o
acumulo de outros benefícios.

Mostrando quais os critérios necessários para a concessão dos


benefícios, tais como ser pessoa carente, que tenha contribuído para o esforço
de guerra, trabalhado na produção de borracha, na Região Amazônica, durante a
Segunda Guerra Mundial. Os referidos benefícios são transferíveis aos
dependentes reconhecidamente carentes.

Possibilidade da cumulação de benefícios previdenciários e


11

pensão mensal vitalícia aos seringueiros recrutados, pois existe divergência, se


pode ou não haver a cumulação de benefícios.

Nesse diapasão, o tema “soldado da borracha” vem auferindo


destaque no ordenamento jurídico pátrio, seja na criação de jurisprudências,
através de decisões do Poder Judiciário, que visa a proteção daqueles
trabalhadores que tiveram de alguma forma sua vida alterada.

Por este motivo, e por ser considerado tema novo, razão esta
que o trabalhador irá se basear e elucidar para futuros esclarecimentos.
12

2 SOLDADO DA BORRACHA

Delinear o contexto histórico do surgimento dos chamados


“soldados da borracha” não é uma missão fácil, principalmente em
decorrência de inexistir uma ordem cronológica exata que explique a origem
dessa nomenclatura, do movimento e, evidentemente, desses trabalhadores.
Mesmo assim, serão abordados os elementos históricos mais expressivos,
objetivando, dessa forma, traçar um conciso processo histórico de surgimento
dos soldados da borracha.

2.1 O PROCESSO HISTÓRICO DE SURGIMENTO DOS SOLDADOS DA


BORRACHA

A Revolução Industrial, movimento concebido na Europa, mais


precisamente na Inglaterra, aproximadamente entre os anos de 1760 a 1780, isto
é, no final do século XVIII, tornou-se responsável pela ascensão de fatores
econômicos, sociais e políticos no mundo, tal como a consolidação do
capitalismo industrial ou industrialismo.

O capitalismo industrial, em específico, ocasionou o surgimento


do trabalho assalariado, do crescimento urbano e êxodo rural, bem como
intensificou as relações comerciais no âmbito internacional, a desigualdade
social, dentre outros, de maneira que essas características apresentadas se
destacam em razão das significativas mudanças desse processo, cujo resultado
– se pode dizer – foi fator decisivo para o nascimento das pessoas que
receberam a denominação de soldados da borracha.

No ponto, em decurso ao fenômeno da industrialização, houve


precípua separação no que diz respeito ao poder econômico e político de cada
país, onde os países industrializados passaram a ser elencados como
desenvolvidos, enquanto os demais, que não conseguiam seguir o mesmo ritmo
da industrialização, eram explorados, permanecendo na condição de
13

fornecedores de matérias primas e produtos agrícolas para os países


industrializados (BEZERRA, p.1, s.d).

O Brasil, como se sabe, por ser um país em que o processo da


industrialização ocorreu tardiamente, estando – talvez – longe de ser
considerado desenvolvido, enquadrou-se como fonte de exploração de recursos
materiais para os países desenvolvidos, notadamente em virtude das inúmeras
matérias-primas encontradas em solo brasileiro.

Nesse contexto, num cenário até mesmo anterior ao capitalismo


industrial, Assunção (2002, p. 5) ensina que o Brasil, desde o início, veio à luz
como local de exploração constituído para fornecer gêneros alimentícios e
matérias-primas tropicais a outros países. Ora, a colonização portuguesa do
território brasileiro foi firmada por meio da exploração, sem discussão.

Desse modo, muito embora a prática de exploração seja antiga,


o industrialismo reforçou as diretrizes do fornecimento de matérias-primas para
as nações mais desenvolvidas, as quais eram situadas como potências mundiais
pela força econômica, política e outras.

Com o passar dos anos, evidentemente, as disputas acirradas


entre as nações, a exemplo dos mercados internacionais dos países
industrializados, culminaram na Grande Guerra ou Primeira Guerra Mundial,
travada nos anos de 1914 a 1918 essencialmente por países da Europa e da
Ásia, de graves consequências para o cenário mundial.

Posteriormente, no segundo semestre do ano de 1939,


novamente, as maiores nações do mundo, a época, – França, Reino Unido,
União Soviética e os Estados Unidos, os países aliados, de um lado, Alemanha,
Itália e Japão, os países do eixo, do outro -, se envolveram em mais uma guerra
de escala mundial, considerada como o maior conflito bélico de todos os tempos,
a Segunda Guerra Mundial.
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Durante o período da Segunda Guerra Mundial, vislumbrou-se a


imprescindibilidade de utilização da borracha natural, matéria-prima extraída do
látex da árvore seringueira da espécie hevea brasiliensis, encontrada na bacia
hidrográfica do rio Amazonas, por ser necessária para a fabricação de pneus,
autopeças e vários artefatos de uso de modo geral, em especial quando se está
na guerra, apesar de Lima (2013, p. 26) esclarecer que, já no final do século
XVIII, no denominado primeiro ciclo da borracha, “a borracha tornou-se
gradativamente um produto essencial para a expansão da produção industrial,
com as primeiras fábricas se instalando nos arredores de Paris (1803), em Viena
(1811) e na Inglaterra (1820)”.

Com efeito, a Amazônia, lugar até então pouco povoado,


transformou-se em território visado para fins de extração do látex e a decorrente
produção e importação de borracha, de tamanha importância para o suporte
estratégico dessa matéria prima para a guerra, principalmente para suprir a
necessidade bélica dos países aliados, ainda mais quando os países do eixo
possuíam seringais cultivados na Ásia que produziam borracha em quantidades
suficientes, criando concorrência com a borracha produzida no Brasil.

No entanto, adverte-se que o Brasil não se encontrava


diretamente envolvido na Segunda Guerra Mundial, razão pela qual poderia,
inclusive, colaborar com os países do eixo, já que, num plano internacional, seria
sim possível ao Brasil pactuar alianças com o eixo.

Assim, os Estados Unidos, na figura de seu presidente Franklin


Roosevelt, temendo pelo resultado da guerra na hipótese de os países do eixo
retivessem os maiores centros de produção da borracha, impulsionou o Brasil
para reiterar e firmar a aliança com os países ocidentais, evitando a todo custo o
favorecimento aos inimigos da guerra.

Diante disso, no mês de março de 1942, os Estados Unidos e o


Brasil celebraram acordos, conhecidos como Acordos de Washington, que:
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incluíam: a) criação de uma corporação destinada a promover a


expansão econômica brasileira, com cooperação técnica e financeira
dos Estados Unidos; b) projeto de modernização da mina de Itabira
(minério de ferro) e da ferrovia Vitória-Minas; c) fundo para o
desenvolvimento da produção de borracha. (ABREU et al, s.d.).

Foi, então, durante a Segunda Guerra Mundial que o território


brasileiro passou a atuar incisivamente em favor dos americanos, dando suporte
primordial para o êxito dos aliados na guerra.

Contudo, para tanto, havia a premência de pessoas aptas a


realizar essa atividade, uma vez que, conforme acima mencionado, os locais de
extração de látex da seringueira, matéria-prima essencial e um dos objetos do
acordo de Washington – repise-se, careciam de população.

Por essa razão, o governo de Getúlio Vargas, em detrimento da


promulgação do Decreto-Lei n° 5.813 de 14 de setembro de 1943, o qual
aprovou o acordo relativo ao recrutamento, encaminhamento e colocação de
trabalhadores para a Amazônia, promoveu propagandas e incentivos
governamentais para concentrar o maior número possível de mão de obra para
extrair o látex da seringueira, onde muitos sequer tinham essa preparação,
promovendo, assim, o surgimento dos chamados “soldados da borracha”.

Nesse seguimento, frisa-se que o recrutamento governamental


brasileiro em prol do acordo de Washington, cuja campanha possuía como
premissa a ilusão de um processo migratório aos seringais para a conquista de
riquezas e terras, atingiu maior destaque na região nordestina. Isso porque,
motivados pela superação da pobreza ante a escassez de recursos e miséria,
enquanto se vivia um dos piores períodos de seca no Nordeste, cerca de 55 mil
trabalhadores se viram compelidos, e forçados, a mudar para a região
amazônica com o intuito de buscar uma vida nova prospera.

A fim de melhor ilustrar tal circunstância, Pereira (s.d., p. 6)


exemplifica que

No Ceará, foi criado o centro de operação de guerra que incluía o


recrutamento e o transporte para os seringais de milhares de
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nordestinos. Como a região do nordeste brasileiro estava passando por


uma grande seca, que havia sido mais forte no ano anterior, deixando a
maioria da população desamparada naquilo que diz respeito à
subsistência, vivendo na miséria e sem muita perspectiva de mudança,
o maior efetivo recrutado era da região seca.
Naquele momento, os nordestinos não tinham muitas opções, ou eles
lidavam com a mendicância na capital, lutavam nos campos de batalha
da Segunda Guerra Mundial, enfrentavam a seca no Ceará ou se
aventuravam na Floresta Amazônica.

Nesse cenário, ainda que em breves linhas, restou demonstrado o


processo histórico de surgimento dos soldados da borracha, consequência
indubitável do preço da guerra e o axiomático esforço pelo poder, construindo e
modificando a vida de diversos trabalhadores nordestinos que migraram para os
seringais, deveras, por falta de outra opção que os dessem melhores condições
de vida.

2.2 CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO NA REGIÃO AMAZÔNICA

Pereira (s.d., p. 8) assevera que, no ato de recrutamento, os soldados da


borracha recebiam um kit básico “composto de uma calça de mescla azul, uma
blusa de morim branco, chapéu de palha, um par de alparcatas de rabicho, uma
caneca de flandres, um prato fundo, um talher, uma rede, uma carteira de
cigarros Colomy e um saco de estopa”, itens que deveriam ser utilizados para a
sobrevivência e trabalho, bem como “eram obrigados a realizar atividades físicas
como preparatório militar”.

Ao chegarem nos seringais, os soldados da borracha recebiam instruções


acerca da extração do látex com “professores dos soldados da borracha”, que
eram pessoas que detinham esse conhecimento desde o primeiro ciclo da
borracha.

Entretanto, a sobrevivência na floresta era muito distinta à sobrevivência


nordestina, não somente por efeito das características geográficas da região
(clima, revelo, hidrografia e vegetação), mas também em virtude de problemas
com animais, exigindo dos soldados a apreensão de defesa contra animais
selvagens tais como onças, cobras e jacarés.
17

Além disso, graças à falta de condições adequadas de moradia, dado que


cada soldado apenas tinha uma rede para dormir, a qual foi entregue com o kit, a
Amazônia se revelou como área de médio e alto risco para contaminação de
doenças como a malária, de tal maneira que, considerando que “a transmissão
da maioria das doenças desta região se dá por meio da picada de mosquitos,
não lhes restava muita proteção sob a cobertura de palhas que geralmente eles
construíam como abrigo” por cima das redes (PEREIRA, s.d., p. 10).

Destarte, a maior problemática, arrisca-se, em relação à vida dos


soldados da borracha na região amazônica diz respeito à condição de
escravidão vivenciada por esses trabalhadores, é o que relata Lobão (2015, p.
7):

Ilusão e desengano foi o resultado das promessas governamentais de


antes, durante e depois da relação de trabalho, de tudo que foi
prometido durante o recrutamento, resultou a esses bravos homens a
viverem em condição análoga a de escravos, acordando às 4h00 da
manhã para um dia exaustivo de trabalho, percebendo remuneração
irrisória, no mais das vezes sendo enganados no valor remunerado pelo
fruto do trabalho, já que o desconto era muito grande em virtude da
aquisição de mantimentos, no comércio do próprio seringalista
(barracão/venda).
Também não foram cumpridas as promessas feitas aos nossos
SOLDADOS DA BORRACHA de que, finda a guerra, estes retornariam
a terra de origem, e que seriam proporcionadas condições para tal e
que além do mais teriam garantia de casa própria. Na verdade isto não
aconteceu, na prática, para a maioria foi uma viagem sem volta, muitos
acabaram morrendo por ataque de índios e animais selvagens,
moléstias e doenças tropicais entre elas a malária, como a mais
comum. Ainda, por vezes eram vítimas dos próprios seringalistas
quando na tentativa de por um fim a exploração escravagista, tentavam
receber seus saldos, ao serem pagos eram imediatamente assaltados e
em muitos casos assassinados. Assim, conclui-se que na realidade,
esse grupo de homens foi abandonado à própria sorte na floresta
inóspita, sendo explorados, sofrendo perigos e doenças, desassistidos
e longe da civilização.
A maioria desses homens morreu nos seringais, outros se
transformaram e a duras penas tiveram que se adaptar integrando as
populações tradicionais e ribeirinhas, desassistidos e em estado de
carência, outros vivem com seus filhos netos e bisnetos em extrema
pobreza no interior da floresta ou ainda nas periferias das cidades
amazônicas.

Nessa conjectura, esses valorosos trabalhadores para o cenário vitorioso


na guerra à custa do suporte de material bélico, que lutavam contra a pobreza e
miséria no Nordeste, chegaram até a floresta amazônica com sonhos, mas, na
18

realidade, imediatamente se tornaram trabalhadores em circunstâncias análogas


à escravidão.

2.2 BENEFÍCIO DE PENSÃO MENSAL VITALÍCIA AOS SERINGUEIROS

Os homens conhecidos como soldados da borracha foram


atraídos pela promessa de melhoria de vida formulada pelo Governo, sendo
recrutados para a extração do látex, contribuindo inclusive para reforço na
guerra.
Vale esclarecer que o referido benefício do artigo 54 do
ADCT/88,é um benefício de natureza assistencial, sendo devido aos carentes,
independente de recolhimento de contribuição previdenciária, não gerando
inclusive a gratificação natalina, assemelhando ao beneficio assistencial de
prestação continuada previsto no artigo 203, V, da Constituição Federal e artigo
20, da Lei 8.742/93.

Art. 203, V, da CF. A assistência social será prestada a


quem dela necessitar, independentemente de contribuição
à seguridade social, e tem por objetivos:
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem
não possuir meios de prover à própria manutenção ou de
tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
LAS - Lei nº 8.742 de 07 de Dezembro de 1993
Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá
outras providências.

Art. 20, da Lei 8.742/93. O benefício de prestação


continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à
pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e
cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de
prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua
família. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)

Enquanto o benefício previdenciário como e de conhecimento


precisa de uma contrapartida, que é a contribuição.

Apesar de ser um benefício assistencial, pode ser transferida aos


dependentes, desde que estes também sejam carentes, na forma do artigo
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54,§2º, do ADCT/88, e do art. 2º da Lei 7.986/89, que regulamenta o referido


dispositivo constitucional.

Art. 2º, da Lei 7.986/89. O benefício de que trata esta Lei é


transferível aos dependentes que comprovem o estado de
carência.

Existe divergência em relação ao termo carente, pois alguns


doutrinadores entendem que não deve ser considerado o do artigo 20, §3º, da
Lei 8.742/93, contudo, o STF no julgamento da ADI 1.232, considerou que o
referido critério só prevalece para os benefícios assistencial de prestação
continuada regulamentado para o benefício assistencial de prestação continuada
regulamentado pela Lei 8.742/97.

Esses benefícios foram criados para tentar amenizar os prejuízos


físicos, mentais que os soldados da borracha tiveram no período que estão à
disposição do Governo, lembrando que muitos homens morreram antes mesmo
de rever seus familiares, através de doenças, bichos, entre outros.

2.3 EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 78: CRIAÇÃO DA PENSÃO AOS


SOLDADOS DA BORRACHA

A Emenda Constitucional n. 78 é um projeto que estava em andamento


desde 2002, apresentado a primeira vez pela então deputada estadual Vanessa
Graziottin PCdoB.

Depois que mais de 12(doze) anos foi aprovada a referida emenda


constitucional, que segue:
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 78, DE 14 DE MAIO DE
2014
Acrescenta art. 54-A ao Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, para dispor sobre indenização
devida aos seringueiros de que trata o art. 54 desse Ato.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,
nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal,
promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
20

Art. 1º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias


passa a vigorar acrescido do seguinte art. 54-A:
"Art. 54-A. Os seringueiros de que trata o art. 54 deste Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias receberão
indenização, em parcela única, no valor de R$ 25.000,00
(vinte e cinco
mil reais)."
Art. 2º A indenização de que trata o art. 54-A do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias somente se
estende aos dependentes dos seringueiros que, na data de
entrada em vigor desta Emenda Constitucional, detenham a
condição de dependentes na forma do § 2º do art. 54 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, devendo
o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) ser rateado
entre os pensionistas na proporção de sua cota-parte na
pensão.
Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor no
exercício financeiro seguinte ao de sua publicação.
Brasília, em 14 de maio de 2014

A base do referido projeto, ocorreu pelo descumprimento das


promessas feitas aos nossos Soldados da Borracha,

Quando ocorreu o fim da guerra, os soldados da borracha,


retornaram a terra de origem, e deveriam receber condições básicas, tais como
uma residência própria, entre outros.
Infelizmente não aconteceu, ressaltando que grande parte dos
soldados acabou nem voltando, pois morreram durante a viagem.

Logo, foi promulgado pelo Congresso Nacional a Emenda


Constitucional 78/2014 – a PEC dos Soldados da Borracha, que compensa em
R$ 25 mil às viúvas e aos seringueiros que foram convocados para extrair o látex
na selva amazônica, durante a Segunda Guerra Mundial.

Como é de conhecimento, a maioria desses seringueiros são


pessoas idosas, que precisam de uma assistência psicológica, médica, auxilio
para realizar as tarefas diárias e passam por dificuldades financeiras (sendo
esse inclusive um dos requisitos para o recebimento).

O abono é calculado da mesma forma que a gratificação de


21

Natal, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro
de cada ano.

A referida pensão se estende aos dependentes dos seringueiros


que, na data de entrada em vigor da Emenda Constitucional, comprovem ser
dependentes do segurado falecido e que comprovem não possuírem outros
meios para sua subsistência também.

O Acre é um dos maiores estados beneficiados com o


recebimento do pensão do soldado da borracha, contendo (6.871), seguido do
Amazonas (1.792) e Rondônia (1.640). Serão investidos na economia do país R$
294,8 milhões.

2.4 CRITÉRIOS DE CONCESSÃO DA PENSÃO MENSAL VITALÍCIA AOS


SOLDADOS DA BORRACHA

A pensão vitalícia outorgada aos chamados "soldados da


borracha” está prevista no art. 54 do ADCT:

Art. 54. Os seringueiros recrutados nos termos do Decreto-


Lei nº 5.813, de 14 de setembro de 1943, e amparados pelo
Decreto-Lei nº 9.882, de 16 de setembro de 1946,
receberão, quando carentes, pensão mensal vitalícia no
valor de dois salários mínimos. (grifo nosso)
§ 1º O benefício é estendido aos seringueiros que,
atendendo a apelo do Governo brasileiro, contribuíram
para o esforço de guerra, trabalhando na produção de
borracha, na Região Amazônica, durante a Segunda
Guerra Mundial.
§ 2º Os benefícios estabelecidos neste artigo são
transferíveis aos dependentes reconhecidamente carentes.
§ 3º A concessão do benefício far-se-á conforme lei a ser
proposta pelo Poder Executivo dentro de cento e cinquenta
dias da promulgação da Constituição.

Existem alguns critérios para o recebimento dos 02(dois) salários


mínimos do soldado da borracha, o primeiro é que sejam homens que
contribuíram para o esforça de guerra, sendo eles carentes.
22

O artigo 3º da Lei nº. 9.711/98, foi alterada, conforme segue:


Art. 3º. A comprovação da efetiva prestação de serviços
a que alude esta Lei, inclusive mediante justificação
administrativa ou judicial, só produzirá efeito quando
baseada em início de prova material, não sendo
admitida prova exclusivamente testemunhal. (Redação
dada pela Lei nº 9.711, de 1998).(grifo nosso)

Sendo inclusive esse o entendimento do STJ:


"Para recebimento do benefício previsto no art. 54 do ADCT/88,
a justificação administrativa ou judicial é, por si só, meio de prova hábil para
comprovar o exercício da atividade de seringueiro quando requerida na vigência
da Lei n. 7.986/1989, antes da alteração legislativa trazida pela Lei n.
9.711/1998, que passou a exigir início de prova material.

Precisa da prova do trabalho e que a sobrevivência dependia da


produção agrícola da terra e da extração do látex, durante a Segunda Guerra
Mundial, sendo inclusive pessoas carentes. Não esquecendo o requisito idade.

Necessário inclusive a comprovação do alegado baseando-se


em início de prova material corroborando sempre com testemunhas, que
normalmente são as bases para as sentenças previdenciárias na Justiça
Federal.

Vale ressaltar que, a carência econômica que é um dos


requisitos para o recebimento do benefícios, acaba sendo fácil de demonstrar,
pois os “soldados da borracha”, sobreviviam com o LOAS ou aposentadoria de
01(um) salário mínimo, já que os mesmos normalmente não sabiam realizar
outros trabalhos e normalmente não faziam os recolhimentos previdenciários.

Logo, buscavam administrativo normalmente sem êxito, e


posteriormente judicial.

A Lei 9.711/98 impõe a exigência de início de prova material


para que o direito seja reconhecido, tratando-se de uma prova tarifada, exceção
23

dentro do sistema do livre convencimento motivado, que é a regra em matéria de


direito probatório.

O Regime Geral de Previdência Social, exigência também a


comprovação da prova material, no seu art. 55, § 3º, que cuida da comprovação
do tempo de serviço para fins previdenciários.

Lei 8.213/91, artigo 55: O tempo de serviço será comprovado na


forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente
às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11
desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado:
§ 3º A comprovação do tempo de serviço para os efeitos desta
Lei, inclusive mediante justificação administrativa ou judicial, conforme o disposto
no art. 108, só produzirá efeito quando baseada em início de prova material,
não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrência de
motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento.(grifo
nosso)

SÚMULA N. 149: A prova exclusivamente testemunhal não basta


a comprovação da atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício
previdenciário.

Alguns tribunais entendem que somente depois da Lei 9.711/98,


houve a exigência de início de prova material para que a condição de "soldado
da borracha”, logo, antes de 22/11/1998, não se podia exigir a presença de início
de prova material, sendo aceita a prova exclusivamente testemunhal.

A Turma Recursal do Juizado Federal Especial de Rondônia


(JEF/RO) concordou com os argumentos da AGU e negou as solicitações do
servidor público aposentado. "O benefício almejado não foi criado para
complementar a renda da família do segurado, mas para amparar o postulante
ou os dependentes que realmente demonstrem estado de carência, não sendo
está a situação retratada nos autos", destacou a decisão.
24

Por fim, entende-se que os critérios para que os dependentes


recebam os benefícios são que os mesmos sejam carentes.

Apesar do critério início de prova material, entende-se que essa


prova não pode ser tão rigoroso, pois como é de conhecimento naquela época a
maioria dos soldados eram analfabetos, trabalhavam praticamente como
escravos em razão das “dividas”, totalmente descabido que se esperasse que
depois de quase 50 anos tivessem ainda os livros ou algo do tipo, razão pela
qual se admitia como meio de prova documento de identificação, apontando
como seu local de nascimento região de seringal na Amazônia e idade suficiente
para trabalhar na produção da borracha na época da II Guerra Mundial.
25

3 CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS

3.1 OBJEÇÕES A CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS

3.2 PORTARIA MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL N°


4.630/90 E A INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 20/2007

3.3 ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ACERCA DA CUMULAÇÃO DE


BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS E PENSÃO MENSAL VITALÍCIA AOS
SERINGUEIROS RECRUTADOS
26

4 DA POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO


COM O DE PENSÃO ESPECIAL VITALÍCIA DE SERINGUEIRO
27

5 CONCLUSÃO

O atual trabalho de conclusão de curso teve o escopo principal


de mostrar de forma clara e didática a necessidade e relevância do tema
“soldado da borracha”.

Adiante, em relação ao breve relato sobre a evolução histórica


dos homens conhecidos como soldados da borracha, mostra-se imperioso
destacar que inúmeros instrumentos foram desenvolvidos e criados para diminuir
o sofrimento desses homens que foram seringueiros participantes do esforça de
guerra.

Assim, após a evolução histórica, demonstrou-se através dos


princípios alicerces, a razão da existência dos soldados da borracha, bem como,
os benefícios criados para auxiliar.

Em relação as condições de vida e trabalho na região Amazônica


ficou demonstrado que cada soldado recebia o mínimo para sobreviver, sendo
inclusive “escravizados” para pagar suas contas, não podendo voltar para suas
residências, posto que sempre estavam devendo.

Porém, o cerne do estudo residiu na pensão mensal vitalícia que


os seringueiros recebiam, demonstrando os requisitos para a concessão. Notório
que se trata de um benefício assistencial, que não necessita de uma
contrapartida.

Foram explanados inclusive os critérios e os benefícios recebidos


pelos soldados das borracha e pelos seus dependentes.

Assim, diante de todo o exposto neste trabalho de conclusão de


curso, verificada inclusive que a emenda constitucional n. 78, aprovada em 2014,
tentou de alguma forma amenizar os sofrimentos do soldados da borracha,
autorizando o pagamento de uma indenização de R$ 25.000,00(vinte e cinco) mil
28

reais, que pode inclusive ser pago os dependentes.

Foram neste estudo demonstrada os principais critérios para o


recebimento da pensão mensal vitalícia aos soldados da borracha, que seriam,
o estado de carência, e terem contribuído para o esforça de guerra, trabalhado
na produção de borracha, na Região Amazônica, durante a Segunda Guerra
Mundial.
No trabalho de conclusão também foi demonstrado a evolução
em relação a cumulação de benefícios, as objeções da cumulação, as portarias
ministeriais, e principalmente os atuais entendimentos jurisprudenciais acerca da
referida cumulação.

Diante disto e em como vários ramos do direito e do


ordenamento jurídico, parte do entendimento de que, melhor buscar a longo
prazo a prevenção dos problemas que possam vir a serem criados, do que tentar
solucionar as referidas situações após a sua configuração, uma vez que o
prejuízo material ou imaterial já estará causado.

Evidente que os prejuízos causados ao longo da história sofridos


pelos soldados da borracha são altos, servindo os benefícios de assistência e a
indenização para diminuir os danos morais, materiais, físicos, psíquicos e
financeiros.

Portanto, é claro que o instituto dos homens conhecidos como


soldados da borracha está incluído no direito previdenciário, o qual encontra-se
todos os dias em processo de evolução, tendo em vista que é dever nestes
casos da jurisprudência e doutrina melhor abordarem a discussão a respeito do
referido tema, uma vez que o mesmo não se encontra devidamente codificado e
expresso no ordenamento jurídico brasileiro.
29

REFERÊNCIAS

ASSIS, Armando de Oliveira. Em busca de uma concepção moderna de


“risco social”. Revista dos Industriários. Publicação do extinto IAPI, 1960.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das


seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.

______. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de


Janeiro, 2003.

______. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de


Janeiro, 2003.

______. NBR 6033: ordem alfabética. Rio de Janeiro, 1989.

______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos:


apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos:


apresentação. Rio de Janeiro, 2005.

BALERA, Wagner. Sistema de Seguridade Social. 3. ed. São Paulo: LTr, 2003.

BRASIL.Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>.
Acesso em: 27 out. 2008.

______.Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L5869.htm>. Acesso em: 27 out. 2008.

______.Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm>. Acesso em: 27 out.
2008.

______.Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm>. Acesso em: 27 out.
2008.

______.Lei nº 11.418, de 19 de dezembro de 2006. Disponível em:


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30

https://idd.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2016/04/Soldados-da-borracha-
os-her%C3%B3is-esquecidos-na-Amaz%C3%B4nia.pdf. Acesso em: 21 dez.
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https://www.dizerodireito.com.br/2014/05/emenda-constitucional-782014.html.
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https://www.emagis.com.br/area-gratuita/que-negocio-e-esse/soldado-da-
borracha/ Acesso em: 21 dez. 2018
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ANEXO A – XXXXXXXXXXX

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