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Curso de Direito
Maceió
2018
Ananete Bruna Cavalcante Gomes
Maceió
2018
Ananete Bruna Cavalcante Gomes
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Orientador: Prof. Me. Davi Antônio Gouvêa Costa Moreira
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1º Examinador:
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2º Examinador:
Este trabalho tem o objetivo de fazer um estudo das legislações brasileiras que
regulamentam a questão da deficiência no País no tocante às dificuldades
enfrentadas pelas pessoas com deficiência auditiva, na tentativa de reconhecimento
judicial da sua limitação, principalmente em relação às reservas de vagas nos
concursos públicos, diante dos critérios estabelecidos com a edição do Decreto
Regulamentador nº 3.298/99. A partir da análise dos atos normativos, tem-se o
objetivo de mostrar ao leitor a evolução do conceito normativo e jurídico de
deficiente, bem como o comportamento jurisprudencial dos tribunais brasileiros, em
especial o Superior Tribunal de Justiça - STJ, em virtude das alterações
consolidadas com o advento da Convenção Internacional sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência e, posteriormente, o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Para tanto, fora realizada pesquisa normativa, jurisprudencial e doutrinária, com o
fulcro de elucidar a necessidade de reformulação do entendimendo consolidado no
STJ, com o interesse de adequá-lo às novas disposições normativas.
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 7
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais muito se discute sobre a evolução dos direitos concedidos às
pessoas com deficiência, a necessidade de inserção da categoria no mercado de
trabalho, bem como a necessidade de reconhecimento de que essas pessoas,
mesmo com limitações físicas, psíquicas ou sensoriais, podem e devem ser tratadas
com igualdade perante os demais, fez com que a antiga imagem de incapacidade
atribuída aos deficientes fosse substituída por um olhar inclusivo e acolhedor.
A legislação, às vezes de forma tardia, vem buscando acompanhar a
evolução no tratamento das pessoas com deficiência e trazendo mecanismos legais
que possibilitem a efetivação prática dos direitos das pessoas com deficiência, de
modo que a letra de lei não se torne apenas palavras sem aplicação e resultados
efetivos.
Uma das formas de aprimorar o alcance das normas que regulamentam a
matéria em tratativa foi o amadurecimento do conceito de “pessoa com deficiência”
no ordenamento jurídico brasileiro e internacional. Assim, a legislação brasileira,
bem como os tratados e convenções internacionais, nos últimos anos tem buscado
um conceito que amplie de forma significativa a abrangência do termo “deficiência”.
Portanto, para a melhor compreensão do tema, faz-se necessário uma análise
da evolução das principais normas jurídicas do ordenamento jurídico nacional e
internacional no tocante aos direitos das pessoas com deficiência.
Inicialmente, a Constituição Federal de 1988, seguindo o cenário mundial de
evolução no tratamento conferido às pessoas com deficiência, dispõe em seu art. 7º,
XXXI, que é defeso qualquer discriminação nos salários e critérios de admissão ao
trabalhador com deficiência; No âmbito da Administração Pública, o art. 37, VIII,
consagra que a lei deverá reservar cargos e empregos públicos aos deficientes, bem
como os critérios de sua admissão; Já o art. 203, inciso IV, elenca que um dos
objetivos da assistência social consiste na habilitação e reabilitação das pessoas
com deficiência e sua integração à comunidade; O art. 227, II, com redação dada
pela Emenda Constitucional nº 65/2010, atribui como dever do Estado à instituição
de programas que visem a “prevenção e atendimento especializado para as pessoas
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Consoante disposto alhures, a Lei. 7.853/89, ainda que de forma sucinta, foi
um importante marco histórico na defesa dos direitos dos deficientes, principalmente
no tocante ao direito ao trabalho e a formação profissional.
Isto porque em seu art. 2ª, parágrafo único, inciso III, alíneas a, b, c, d, in
verbis, a legislação traz as medidas a serem efetivadas pelos órgãos e entidades da
administração pública direta e indireta no âmbito da formação profissional e do
trabalho, incluindo a obrigatoriedade de edição de lei específica para regulamentar a
“reserva de mercado de trabalho” na Administração Pública e no setor privado:
Art.2º [...]
a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia de acesso
aos serviços concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à
formação profissional;
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à manutenção de
empregos, inclusive de tempo parcial, destinados às pessoas portadoras de
deficiência que não tenham acesso aos empregos comuns;
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos setores
públicos e privado, de pessoas portadoras de deficiência;
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de
trabalho, em favor das pessoas portadoras de deficiência, nas entidades da
Administração Pública e do setor privado, e que regulamente a organização
de oficinas e congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação,
nelas, das pessoas portadoras de deficiência; (BRASIL, 1989)
Assim, diante das inúmeras críticas, fora editado o Decreto nº 5.296/04 que,
consoante exposto, considera a deficiência auditiva de acordo a junção da perda dos
elementos graus de decibéis e frequências sonoras, sendo, mesmo que imperfeito,
mais justo do que a antiga regulamentação, a qual abrangia aqueles que tinham
perda auditiva mínima.
Em que pese à mudança normativa, o Decreto nº 5.296/04 trouxe à tona outro
problema no tocante ao enquadramento da pessoa com deficiência auditiva:
diferentemente da antiga redação que incidia sobre os que tinham perda auditiva
ínfima, a nova regulamentação acabou por afastar da aplicação da norma pessoas
que, apesar de não cumprirem os novos requisitos, possuem acentuada perda
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auditiva, como os surdos unilaterais e bilaterais que não possuem perda de 41dB em
um dos ouvidos.
Assim, conforme será analisado no capítulo subsequente, existe grande
demanda dos deficientes auditivos unilaterais bem como daqueles que têm perda de
mais de 41db em um dos ouvidos, porém, no outro não contém a perda auditiva
suficiente para a aplicabilidade das normas protetoras, pelo reconhecimento da
condição de deficiente, a fim de ter seus direitos efetivados.
De tal modo, conforme se verá adiante, a Convenção Internacional Sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência e o Estatuto da Pessoa com Deficiência
introduziram ao ordenamento jurídico brasileiro um novo parâmetro para a análise
da deficiência, o qual reconhece que a deficiência é um conceito ainda em evolução
e que deve ter como base a análise biopsicossocial do indivíduo.
estarão revogados em tudo o que lhe for incompatível, devido à hierarquia da norma
constitucional.
Além da própria CF/88 prever que as leis e atos normativos deverão,
obrigatoriamente, obedecer às disposições inseridas no texto constitucional, a
CDPD, igualmente, tem menção expressa à obrigatoriedade que os Estados Partes
têm de “adotar todas as medidas necessárias, inclusive legislativas, para modificar
ou revogar leis, regulamentos, costumes e práticas vigentes, que constituírem
discriminação contra pessoas com deficiência” (artigo 4, 1. b), bem como de “Abster-
se de participar em qualquer ato ou prática incompatível com a presente Convenção
e assegurar que as autoridades públicas e instituições atuem em conformidade com
a presente Convenção” (artigo 4, 1.d). (BRASIL, 2009).
Assim, todas as disposições da CDPD têm aplicação hierárquica no
ordenamento jurídico brasileiro, de forma que os demais atos normativos inferiores,
tais como decretos, portarias, regulamentos, da mesma maneira as leis
infraconstitucionais, no tocante à regulamentação da matéria em tratativa, devem ter
como base o texto da Convenção.
Exposto e fundamentado a constitucionalização e hierarquia da Convenção
Internacional, passa-se à análise dos conceitos, objetivos, princípios, metas e
obrigações inseridos na CDPD.
Inicialmente, a CDPD insere no preâmbulo importante dispositivo ao
reconhecer que a deficiência ainda é um conceito em evolução, o que denota que
ainda há muito que se pesquisar para alcançar um conceito de deficiência que reflita
à evolução da sociedade e os interesses e necessidades desses indivíduos.
Eis o disposto no preâmbulo da CDPD, item ‘e’:
limitações, físicas, psíquicas ou sensoriais. Além disso, há uma busca por quebrar o
“pré-conceito” existente de que a deficiência é uma doença ou uma anormalidade,
bem como a concepção de que a presença de uma limitação é pretexto para a
exclusão da liberdade de escolha do indivíduo e da sua capacidade física e mental
para interagir com os demais em igualdade de condições.
Pode parecer, em primeira análise, que incluir como princípios basilares da
CDPD o “respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como
parte da diversidade humana e da humanidade”, bem como “o respeito pela
dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias
escolhas, e a independência das pessoas” não traria quaisquer efeitos práticos,
tendo em vista que no Brasil, principalmente, há uma grande dificuldade em efetivar
na prática os direitos e princípios fundamentais dos cidadãs.
No entanto, com base nesses princípios, fora dado um grande avanço na
consolidação da autonomia das pessoas com deficiência, quando, na edição do
Estatuto da Pessoa com Deficiência, fora reconhecido em seu art. 6º que a
“deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa”, excluindo,
acertadamente, os deficientes do conceito de incapacidade civil, seja ela relativa ou
absoluta.(BRASIL, 2015)
Portanto, as novas disposições da Convenção Internacional Sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência, inclusive, o novo conceito de “pessoa com deficiência”
são um importante marco histórico no reconhecimento da igualdade entre os
indivíduos que integram a sociedade.
Gugel (2016), brilhantemente, fez um estudo acerca do novo modelo de
concepção da deficiência introduzido pela CDPD e, posteriormente, pelo Estatuto da
Pessoa com Deficiência, indicando que o novo modelo tem como base a
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), que visa
“descrever situações relacionadas à funcionalidade da pessoa e suas restrições,
causadas pela estrutura do corpo (caso de deficiência) em relação ao ambiente
físico, social e de trabalho” , conforme abaixo transcrito:
estrutura que garanta a sua plena locomoção em igualdade com os demais, o que
suprime de forma considerável a qualidade de vida e inclusão social, tendo em vista
que o indivíduo não conseguiu acesso às escolas, às creches, dentre outras
atividades rotineiras. Assim, esse entrave deverá ser considerado na análise do grau
de deficiência por parte do Poder Público, de sorte a permitir que este indivíduo
tenha todos os seus direitos assegurados e supridos.
Quanto aos fatores sociais, estes dizem respeito às particularidades que cada
indivíduo enfrenta na vida particular e social, as quais tornam ainda mais difícil
enfrentar os limites impostos pela deficiência, tem-se como exemplo uma pessoa
que sofre com deficiência na audição ou na fala, porém, diante da situação de
pobreza em que vive, nunca houve um estimulo para o seu desenvolvimento, bem
como não teve acesso ao tratamento adequado para minimizar as consequência das
limitações, esses fatores devem ser compreendidos quando do exame do grau de
deficiência, de forma que o estudo do grau da deficiência não deve ter como base
apenas o grau da perda auditiva e da frequência sonora.
É importante destacar que o próprio Estatuto trouxe um prazo de 02 (dois)
anos a partir de 03 de janeiro de 2018 para a entrada em vigor do dispositivo que
instituiu a avaliação biopsicossocial da deficiência, assim, a partir de 03 de janeiro
de 2018 é preciso que todos os Entes Públicos tenham criado mecanismo para a
efetivação da avaliação biopsicossocial. (BRASIL, 2015)
Desta forma, considerando que o dispositivo já se encontra vigente no
ordenamento jurídico, a análise da deficiência deve se dar nos moldes traçado pelo
Estatuto da Pessoa com Deficiência, com a promoção de uma equipe multidisciplinar
capaz de observar os diversos fatores de medição do grau da deficiência, garantindo
o acesso às políticas públicas de inclusão social por todos os indivíduos que se
encontram em estado de desigualdade física, mental ou sensorial em relação às
demais pessoas.
A importância de se efetivar a avaliação biopsicossocial é primordial à
inclusão dessas pessoas no convívio social, principalmente, ao considerar que é
destinado às pessoas com deficiência reserva de vagas em concurso público, em
todos os âmbitos da administração pública e, conforme exposto, não é raro
encontrar nos tribunais brasileiros processos que tratam do enquadramento da
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Assim, caso o texto venha a ser aprovado em todos os seus termos, haverá
grande evolução na tratativa das pessoas com deficiência no ordenamento jurídico
brasileiro, de sorte a garantir a melhor interpretação da matéria e ao acesso amplo
às políticas públicas.
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[...] A relação entre a norma que regula a produção de uma outra e a norma
assim regularmente produzida pode ser figurada pela imagem espacial da
supra-infra-ordenação. A norma que regula a produção é a norma superior,
a norma produzida segundo as determinações daquela é a norma inferior. A
ordem jurídica não é um sistema de normas jurídicas ordenadas no mesmo
plano, situadas umas ao lado das outras, mas é uma construção
escalonada de diferentes camadas ou níveis de normas jurídicas. [...] Se
começarmos levando em conta apenas a ordem jurídica estadual, a
Constituição representa o escalão de Direito positivo mais elevado. A
Constituição é aqui entendida num sentido material, quer dizer: com esta
palavra significa-se a norma positiva ou as normas positivas através das
quais é regulada a produção das normas jurídicas gerais [...].
(1)ato; (2) efeito de tal ato e suas variantes; (2a) expulsão da norma do
sistema (perda da validade); (2b) perda da vigência; (2c) perda da eficácia;
(2d) perda da possibilidade de ser aplicada; (3) fato jurídico da repristinação
(também como efeito do ato de revogação); (4) ab-rogação; (5) derrogação;
(6) anulação; (7) conflito de normas; (8) nulidade; (9) negação; (10)
dessuetude; (11) ato jurídico unilateral (revogação de mandato); (12) ato
administrativo discricionário (no direito administrativo); (13) expressão
descritiva como “a norma A foi revogada pela norma B
Vale e Máximo (2018) inserem que a vinculação do precedente não deve ser
“justificativa para engessar o direito e chancelar decisões descompassadas com a
realidade esquadrinhada em um novo contexto fático”, portanto, diante da
necessidade de “contínua interpretação do direito” os autores defendem a
“possibilidade de realização do overruling ou superação total do precedente judicial,
que exige, em face da proteção do histórico institucional decisório do Tribunal,
razões sérias e fortes para a sua ocorrência.
Peixoto (2016, p.200-201) denota que, em regra, deverar-se-á buscar a
manutenção do entendimento, sendo a superação a “última opção a ser feita pela
Corte”, tendo em vista que a reformulação de um entendimento tende a causar forte
“instabilidade no ordenamento jurídico”.
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Ataíde Junior (2012, p.95) pondera que “os requisitos básicos para a
revogação de um precedente são a perda da congruência social e o surgimento de
inconsistência sistêmica”.
Segundo Peixoto (2016, p.203):
Diante do que fora vastamente exposto, denota-se que ratio decidendi do STJ
e dos tribunais inferiores para manter efetivo o conceito de deficiente auditivo do
Decreto nº 3.298/99 não contém mais congruência social e sistêmica que
fundamente à sua vigência.
Isto porque a base da ratio decidendi dos acórdãos do STJ é a necessidade
observência à jurisprudência consolidada, sem adentrar no mérito dos novos atos
normativos que regulamentam a matéria, conforme os seguintes julgados: Agravo
Regimental no Agravo em Recurso Especial nº 484.787 – ES; Agravo Interno em
Recurso Especial nº 1.475.401 – SE; Recurso Especial nº 1.525.686 – CE.
Ao observar os julgados da Corte é perceptível a ausência de fundamentação
analítica nas suas decisões, não apreciando os novos argumentos deduzidos pelas
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Art. 489
[...]
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo
concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o
caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento. (grifo nosso)
A atual conjutura nos julgamentos do STJ incide nas hipóteses inseridas nos
incisos IV e V, retro, ausentando-se de enfrentar os argumentos inseridos pelas
partes e limitando-se a invocar precedente sem identificar seus fundamentos
determinantes, contrariando o contraditório substancial e dificultando o exercício da
ampla defesa pelas partes processuais.(BRASIL, 2015).
É difícil, senão impossível, encontrar um julgado no STJ que trate da
congruência social e sistêmica do Decreto nº 3.298/99 em face da CDPD e do
Estatuto da Pessoa com Deficiência. Portanto, a melhor fundamentação dos
julgados do STJ é primordial para a evolução da matéria em tratativa nos tribunais
brasileiro.
O que se vê é uma Corte que insiste na aplicabilidade de um precedente
superado tanto no meio social quanto no ordenamento jurídico como um todo, com o
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CUNHA, Rogério Sanches; FARIAS, Cristiano Chaves de; PINTO, Ronaldo Batista.
Estatuto da pessoa com deficiência comentado artigo por artigo. Salvador:
JusPODIVM, 2016
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas,
2014
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. [tradução João Baptista Machado]. 6ª ed. -
São Paulo: Martins Fontes, 1998
ONU. Assembleia Geral das Nações Unidas. Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência (2007). Onu-Brasil. Disponível em <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm>
Acesso em: 03 de ago de 2018