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FACULDADE ASCES
BACHARELADO EM DIREITO
CARUARU – PE
2013
ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR – ASCES
FACULDADE DE DIREITO DE CARUARU
CARUARU – PE
2013
MARIA MIRELLE DA SILVA
APROVADA em ____/____/2014.
Banca examinadora:
____________________________________________________
Presidente: Prof.
____________________________________________________
Avaliador: Prof.(a)
____________________________________________________
Avaliador: Prof.(a)
CARUARU – PE
2013
À minha amada mãe, Bernadete Bezerra,
que incansavelmente me ajudou nessa
jornada acadêmica, sempre preocupada com
meu desempenho e dedicada ao zelar pela
minha felicidade. Ao meu maravilhoso pai,
Sebastião Manoel da Silva, que esteve
presente não só na minha vida acadêmica,
mas em todos os momentos de minha
caminhada estudantil, incentivando meu
crescimento na carreia jurídica. À minha
linda irmã, Milene Silva, nítida torcedora do
meu sucesso, pessoa de grandiosa paz e de
enorme coração.
AGRADECIMENTOS
INTRODUÇÃO...................................................................................................... 9
1. A RELEVÂNCIA PRÁTICA DOS PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO..........12
1.1. A DISCUSSÃO SOBRE A POSIÇÃO DOS PRINCÍPIOS
NO ORDENAMENTO JURÍCIO E SUA FUNÇÃO PRECÍPUA ..................... 16
1.2. O PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE COMO VETOR DA
JUSTIÇA ....................................................................................................... 19
1.3. UM PANORAMA SOBRE OS PRINCÍPIOS
PROCESSUAIS PENAIS.............................................................................. 23
2. O FENÔMENO JURISPRUDENCIAL NO PROCESSO PENAL.................. 28
2.1. BREVES COMENTÁRIOS SOBRE ATIVISMO JUDICIAL,
JURISPRUDENCIALIZAÇÃO E JUDICIALIZAÇÃO............................ 35
2.2. A VISÃO DICOTÔMICA DA JURISPRUDÊNCIA NO ORDENAMENTO
JURÍDICO............................................................................................ 39
2.3. UMA REFLEXÃO ACERCA DA FORMA DE AFETAÇÃO AOS
PRINCÍPIOS, DENTRO DA REALIDADE JURISPRUDENCIAL
BRASILEIRA........................................................................................ 44
3. DIREITOS E GARANTIAS DO CIDADÃO FRENTE ÀS ANTINOMIAS
JURISPRUDENCIAIS.................................................................................... 49
3.1. O USO DA MÁQUINA JURISPRUDENCIAL COMO VEDAÇÃO À
MITIGAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ................................ 52
3.2. A INTEGRAÇÃO DAS NORMAS COM O ESCOPO
JURISPRUDENCIAL: A MELHOR FORMA DE GARANTIA DOS
DIREITOS DO CIDADÃO.................................................................... 56
CONCLUSÃO...................................................................................................... 60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 63
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INTRODUÇÃO
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casuístico (case low), ou seja, uma atuação ativista (activism). O ponto de formação
crítica do presente trabalho é justamente esta realidade, em que determinados
conceitos do Direito vem sendo reformados e princípios constitucionais do processo
penal, cada vez mais ameaçados.
Apesar de toda crítica lançada em volta da prática judiciária de forma
legislativa, ressalta o presente trabalho que a razão de ser da jurisprudência, traz
fundamento jurídico-social nobre e sustenta uma identidade de tutela dos direitos
dos cidadãos. Sobre o tema, basicamente tem se posicionado alguns autores,
juristas e professores, no sentido de que a jurisprudência possui, na atualidade, três
funções muito nítidas: a primeira se limita ao que diz respeito à função “automática”
de aplicar a lei, ou seja, ao papel de dar efetividade ao ordenamento jurídico; a
segunda ressalta a função adaptadora, consistente em pôr a lei em harmonia com
as ideias contemporâneas, tornando mais próxima possível a relação entre a lei e o
anseio social, com atenção às necessidades modernas; e por fim, uma função
criadora, destinada a preencher as lacunas das lei.
Na busca da carga histórica trazida pela jurisprudencialização, bem como
constatações realizadas através da observância de sua incidência prática, tende-se,
posteriormente, encontrar de maneira específica, o alcance do seu teor legal,
demonstrando o confronto existente entre o processo de judicialização e os
princípios que regem o processo penal, levantando uma relação com princípios
constitucionais, no intuito de analisar seus efeitos nos direitos (processuais) dos
cidadãos que envolvem a relação jurídica, onde, a partir daí, levar essa discussão
para quem atua nessa realidade (MP, advogados e juízes), elaborando opiniões de
cada sujeito processual, operadores do direito, no sentido de demonstrar o que os
julgados possibilitam a esses operadores do direito.
Diante de toda a problemática que pode ser observada através do estudo do
papel jurisprudencial nas sentenças penais, destacam-se como princípios
processuais-penais que são diretamente atingidos e analisados neste trabalho o
princípio da verdade real, do livre convencimento motivado, da presunção de
inocência, princípio da legalidade e por fim o princípio do In dubio pro reo, realizando
uma discussão em torno dos temas: o desafio enfrentado pelos operadores do
direito em enxergar a melhor decisão para o caso concreto (subjetividade); em
sendo encontrado um benefício no uso da jurisprudência, qual seria a melhor forma
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de aplicá-la (como deveriam ser trabalhadas as questões materiais e processuais
que a atividade jurisprudencial normatiza) e por fim, definir a função jurisprudencial e
seus efeitos nos princípios processuais penais (discutir sobre a garantia dos direitos
do cidadão).
Assim, este trabalho tem como foco, inicialmente, verificar quais princípios
constitucionais aplicam-se ao processo penal, para, depois, centrar atenção nas
diretrizes específicas desse ramo da “grande árvore” processual, que estabelece
suas raízes no solo constitucional. A partir daí desenvolver relações entre as
decisões mais questionadas no âmbito de aplicação no processo penal, analisando-
se como ponto de partida, a base histórica e chegando até a realidade prática deque
envolve o fenômeno de jurisprudencialização, especialmente as que incidem nas
sentenças penais condenatórias, pretendendo finalmente, explorar as soluções
trazidas por estudiosos do direito, acerca da problemática em comento.
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