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PÓS - GRADUAÇÃO
DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL
BRASÍLIA, DF
2014
BRASÍLIA, DF
2014
BIRAMY MARQUES DE MATOS VILELA
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
ORIENTADORA: Profª. Fabiana Oliveira Beda Macêdo
_________________________________________________________
Prof. Examinador
_________________________________________________________
Prof. Examinador
AGRADEÇO
Mais uma vez, porque nunca é demais, agradeço a Deus. Ser supremo, e por ser
assim, encheu-me de discernimentos, paciência, amor, compreensão, perseverança
e muita alegria ao concluir esse trabalho monográfico.
A minha tutora, que tem mostrado total atenção aos seus orientandos, professora
Fabiana Oliveira Beda Macêdo.
Ao meu marido, Daniel Vilela, que também me desafiou a dar continuidade a minha
maratona acadêmica, vez que, graduei-me em Ciências Contábeis no 1º semestre
de 2006, quando Março de 2007 já estava iniciando mais uma graduação em Direito.
Em fase final, já ofertava me a oportunidade de uma pós graduação em Direito
Penal e Processual, disciplina que enfrentei muitas dificuldades no curso regular de
Direito. Obrigada, meu querido, por encorajar-me, sempre, a continuar. Faço das
palavras dele, as minhas: ”você consegue, basta fazer o que é certo”. Obrigada,
marido, amo você.
Aos meus filhos, Lucas e Aylana Mayara, que sempre acreditaram em meu
potencial, além das cobranças, as satisfações quando vos apresentava menção
satisfatória. Apesar de registrar que, o importante nem sempre é a menção, mas
sim, a informação armazenada que fará parte do aprendizado por longo período no
tempo.
Aos meus pais, meus irmãos, sobrinhos, sobrinhas, cunhados, cunhadas, amigos e
amigas que sempre compreenderam as minhas ausências em reuniões ou
confraternizações, porque sabiam que havia um motivo justo.
The presente work has for finality analise the possibility of put, primarily, the Elder
criminal in guideline of the jury court’s judgement, which is defined in the article no.
429 of the brazilian penal code: “unless by relevant motive that authorize alteration in
judgements order, will have preference: I – the arrested accused; II – between the
arrested accused, the ones who are most time in jail; III – in equal conditions, the
precedents announceds”. However, is noticed that Elder criminal in any moment is
not cited on this article. Considerating this absence, it has the probable application of
the article no. 1.211-A of the brazilian process code, which gives priority of
processing in all the instances for people who are sixty or more years. Also, in this
meaning, the Elder code confirmes this reality in its article no. 71: “ it is priority in
processing of codes and procedure and in execution of judicial acts and diligences in
which figure as part or intervenient people with age equal or superior to sixty years,
in any instance.” It observes that the legislature trated to standartize the condition of
Elder when the victim, given it priority or preference, making the conclusion of its
election faster. However, nothing is told about the Elder condition when asked in
criminal process jury court’s competence. Considering the silence of the legislature in
this question, this work will use the diverse contends existing in brazilian juridic
system for definition the Elder condition while the accused in criminal process.
Key-words: criminal process; jury court; Elder law; Elder accused; guideline of
judgement.
7
Sumário
RESUMO.................................................................................................................................................5
ABSTRAT.................................................................................................................................................6
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................7
1. DO TRIBUNAL DO JÚRI..................................................................................................................10
1.1. O Tribunal do Júri no Brasil...................................................................................................10
1.2 Os Princípios Constitucionais que Regem o Tribunal do Júri Brasileiro......................................14
1.2.1 A Plenitude de Defesa: ART. 5º, XXXVIII, Alínea “A”............................................................15
1.2.2. O Sigilo das Votações: ART. 5º, XXXVIII, Alínea “B”.............................................................16
1.2.4 A Competência para o Julgamento dos Crimes Dolosos Contra a Vida: ART. 5º, XXXVIII,
Alínea “D”.....................................................................................................................................18
1.3. A Reforma do Código de Processo Penal e Inovações nos Procedimentos do Tribunal do Júri 19
2. O CONCEITO DE PESSOA IDOSA....................................................................................................25
2.1. O Idoso e sua Proteção: Uma Questão de Vulnerabilidade.......................................................26
2.2. Direitos Tutelados aos Idosos pela Legislação Brasileira...........................................................30
2.3. Direitos Tutelados aos Idosos Demandados pela Justiça Criminal Brasileira.............................34
2.4. A Preferência do Idoso em Tramitações Processuais................................................................38
3. DA ORGANIZAÇÃO DA PAUTA DE JULGAMENTO..............................................................................39
3.1. A Organização da Pauta do Tribunal do Júri Brasileiro e a Prerrogativa do Acusado Idoso na
ordem de preferência.......................................................................................................................40
3.2. A Ordem de Preferência na Organização da Pauta do Tribunal do Júri Brasileiro, Elencada no
art. 429 do Código de Processo Penal Contempla Prioridade ao Acusado Idoso?............................42
CONCLUSÃO.........................................................................................................................................47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................................48
INTRODUÇÃO
1
DENKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e Pesquisas. São Paulo: futura, 1998. p.125.
10
1. DO TRIBUNAL DO JÚRI
Ainda que tenha passado por inovações desde a sua origem, o Tribunal do
Júri permanecera reconhecido pelas constituições vindouras. Com a Magna carta de
1988 fora assegurados princípios constitucionais basilares ao Tribunal do Júri.
Advém informar que o júri foi instituído no Brasil, durante o império, pela Lei
de imprensa de 18 de junho de 1822. Adstrito a julgar, tão somente, os crimes de
imprensa, com aplicação de penas corporais e pecuniárias. Passou a viger antes da
independência do Brasil e de sua primeira Constituição, época em que estava sob o
domínio português e forte influência inglesa. A lei de imprensa instituída por decreto
tinha por finalidade impedir o anonimato. Implicavam, também, os abusos contra o
Estado. Nesse decreto, preceituava a forma de julgamento dos abusos cometidos
pela imprensa.
3
MACHADO, Antônio Alberto. Curso de Processo Penal. São Paulo: Ed. Atlas. 2013.
12
A palavra júri vem do latim jurare, que significa “fazer juramento”, referindo-se
precisamente ao juramento prestado pelas pessoas que irão compor o Conselho de
Sentença. Este, formado por sete jurados que deliberarão sobre a condenação ou a
absolvição do acusado, por meio de votação em sala secreta e de forma individual.
8
ibid. p.56.
9
ibid. p.50.
10
ibid. p.36.
14
Tal como cita André Estefam: “Os princípios constitucionais devem atuar
como balizas para a correta interpretação e o justo emprego das normas penais, não
se podendo cogitar de uma aplicação meramente rebotizada dos tipos
incriminadores.”16
Céspedes e Juliana Nicoletti. Constituição Federal de 1988. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012.
15
NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Júri. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2011, p.23.
16
ESTEFAM, Andre. Direito Penal 1. Parte Geral. 4 ed. São Paulo. Editora Saraiva, 2008, p.14.
16
17
BONFIM, Edilson Mougenet. Curso de Processo Penal. Editora Saraiva, 2008, p.492.
18
NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Júri. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008, p.29.
17
Para Guilherme Nucci, o sigilo das votações está adstrito à segurança dos
próprios jurados.
Em primeiro lugar, deve-se salientar ser do mais alto interesse público que
os jurados sejam livres e isentos para proferir seu veredicto. Não se pode
imaginar um julgamento tranquilo, longe de qualquer pressão, feito à vista
do público, no plenário do júri.19
A sentença final pode sofrer apelação no prazo de 05 (cinco), desde que for a
decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 22 Ainda assim, não
será reformada pelo juiz de direito. Ocorrerá na verdade, a realização de um novo
júri na composição do Conselho de Sentença com pessoas diferentes daquelas que
atuaram no júri que originou a anulação.
21
MARQUES, Jose Frederico. A instituição do Júri. Campinas.Bookseller, 1997, p.80.
22
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:[...] III- das decisões do Tribunal do Júri, quando [...]d)
for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. VADE MECUM – obra coletiva de autoria
da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código
Processo Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012. P.637.
23
TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Processo Penal. 9ª. Ed. Bahia: Juspodivm, 2014,
p.976.
19
Além dos crimes listados para serem julgados pelo Tribunal do Júri, a Magna
Carta, especificou as pessoas, enquanto, ocupantes de cargos públicos que não
seriam levadas a julgamento pelo Tribunal do Júri. É a exceção do Tribunal do Júri.
24
Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organização judiciária, salvo a
competência privativa do Tribunal do Júri. § 1º. Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos
nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126, e 127[...] VADE MECUM – obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código
Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012.
25
MACHADO, Antônio Alberto. Curso de Processo Penal. São Paulo. Ed. Atlas. 2013.p.292.
26
Art. 84. A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de
Justiça, dos Tribunais Regionais Federais [...] Art. 87. Competirá, originalmente, aos Tribunais de apelação o
julgamento de governadores ou interventores de Estado [...] VADE MECUM – obra coletiva de autoria da
Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo
Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012.
27
Art. 78. Na determinação de competência por conexão ou continência [...] I- no concurso entre a competência
do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri. VADE MECUM – obra
coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana
Nicoletti. Código Processo Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012.
20
A prerrogativa de função está adstrita não a pessoa que ocupa o cargo, mas
ao cargo. Por isso, esses artigos devem guardar sintonia com os preceitos
constitucionais relativos à competência dos órgãos do Poder Judiciário para
processar e julgar autoridades públicas.
28
MACHADO, Antonio Alberto. Curso de Processo Penal. 5ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2013, p.297.
21
29
TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Processo Penal. 9ª. Ed. Bahia: Juspodivm,
2014, p.978.
30
MAMELUQUE, Leopoldo. Manual do Novo Júri. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais. 2008 p.25.
31
Art. 406. O juiz ao receber a denuncia ou queixa, ordenará citação do acusado para responder a acusação,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a
colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Penal. 13ª ed.
Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012.p.621.
32
Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á a tomada de declarações do ofendido, [...] §1º Os
esclarecimentos dos peritos [...]; §2º As provas serão produzidas em uma só audiência [...]; §3º Encerrada a
instrução probatória, [...]; §4º As alegações serão orais,[...]; §5º Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo
previsto para a acusação será [...]; §6º Ao assistente do Ministério Público, após manifestação, serão concedidos
10 (dez) minutos,[...]; §7º Nenhum ato será adiado, salvo [...]; §8º A testemunha que comparecer será
inquirida[...]; §9º Encerrados os debates o juiz proferirá a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias,[...] VADE
MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia
Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012.p. 622.
22
Antes da reforma do CPP o artigo 400 citava que os documentos podiam ser
oferecidos em qualquer fase do processo. Com a reforma, o art. 411 § 2º reza: as
provas serão produzidas em uma só audiência, podendo o juiz indeferir as
consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.
33
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo [...] I- provada a inexistência do fato; II- provado
não ser ele o autor ou participe do fato; III- o fato não constitui infração penal; IV- demonstrada causa de isenção
de pena ou de exclusão de crime. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a
colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Penal. 13ª ed.
Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012.p. 622.
23
Antes da reforma do CPP o artigo 607 previa o protesto por novo júri, recurso
exclusivo da defesa, quando a sentença condenatória de reclusão por tempo igual
ou superior a vinte anos. Com a reforma, o artigo foi revogado pela Lei 11.689/2008.
34
Art. 429-Caput, incisos I,II,III. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a
colaboração de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Penal. 13ª ed.
Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012.p. 624.
35
Súmula Vinculante nº 11. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração
de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Súmulas STF. 13ª ed. Atualizada – São Paulo:
Saraiva, 2012.p. 1.811.
24
Das decisões proferidas, tanto por juiz singular como pelo Conselho de
Sentença do Tribunal do Júri e ou o seu Presidente, caberá apelação, no prazo de
05 (cinco) dias.
36
Art. 593 caput, inciso III, d) VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração
de Luiz Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Penal. 13ª ed. Atualizada – São
Paulo: Saraiva, 2012.p. 637.
25
37
ACORDÃO. HCRJ nº 77.686-4. STF. Relator Sydney Sanches. Julgado em 20.10.1988 pela Primeira Turma.
Disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=77489.Acessado em 07 de
setembro de 2014.
26
Idoso é uma pessoa considerada de terceira idade, ou seja, quem tem muitos
anos de vida.38 No entanto, para definir um indivíduo como ser idoso há necessidade
de verificar fatores biológicos ligados ao seu estilo de vida. Continuar a trabalhar,
praticar esportes, manter vida social, adotar uma dieta saudável são atividades que
despertam o sentido cognitivo do idoso, além de configurar novas possibilidades de
envelhecimento saudável.
Colabora, Fernanda Paula Diniz: Para Noberto Bobbio, existem três tipos de
velhice: a cronológica (irrelevante às características do indivíduo); a burocrática
(correspondente aos beneficiários da aposentadoria, passe livre, preferencial etc.) e
a subjetiva (depende do sentir de cada indivíduo idoso). 39
Artigo XXV
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a
sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação,
cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à
segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou
outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. 42
Ainda que a Declaração dos Direitos Humanos não faça referencia a pessoa
idosa, os seus dispositivos são alcançados por todas as classes sociais de qualquer
faixa etária.
42
Art. XXV. Declaração Universal Dos Direitos Humanos. Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)
da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
43
Art. 5º Caput. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Constituição Federal de 1988. 13ª ed. Atualizada – São
Paulo: Saraiva, 2012.p. 7.
29
44
Art. 230 caput. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Constituição Federal de 1988. 13ª ed. Atualizada – São
Paulo: Saraiva, 2012.p. 73.
45
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição
Federal de 1988. Porto Alegre: Livraria do Advogado Ed., 2001 apud GARCIA, Maria. Biodireito
Constitucional. Questões atuais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p.313.
46
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
30
Para que o idoso tenha uma vida digna, além do direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade, à educação, ao lazer, cultura e esporte, também devem ser
assegurados o direito a alimentação, à saúde, à habitação, à previdência social, à
assistência social, ao transporte público. Para que ocorra, basta fazer cumprir as
determinações dispostas no Estatuto do Idoso e leis codificadas que regulam e
asseguram a proteção aos idosos, bem como as políticas sociais voltadas para o
atendimento dessas pessoas de força fragilizada e discernimento limitado.
47
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
31
48
Art. 203 caput. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Constituição Federal de 1988. 13ª ed. Atualizada – São
Paulo: Saraiva, 2012.p. 67.
49
Art. 226 caput. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Constituição Federal de 1988. 13ª ed. Atualizada – São
Paulo: Saraiva, 2012.p. 72.
50
Art. 230 caput. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Constituição Federal de 1988. 13ª ed. Atualizada – São
Paulo: Saraiva, 2012.p. 73.
51
Art. 229 caput. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Constituição Federal de 1988. 13ª ed. Atualizada – São
Paulo: Saraiva, 2012.p. 73.
52
Art. 1698 caput. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Civil. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva,
2012.p. 259.
32
53
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
54
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
55
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
56
Art. 1641 caput, II. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Civil. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva,
2012.p. 256.
57
Súmula 377 do Supremo Tribunal Federal.
33
A Lei nº 8.842/94 dispõe sobre a política nacional do idoso, e tem por objetivo
assegurar os direitos sociais do idoso. A referida lei cria o Conselho Nacional do
Idoso com o compromisso de mapear e planejar as políticas públicas voltadas para o
envelhecimento ativo. Está diretamente ligada à Secretaria de Direitos Humanos.
58
Art. 134 caput §2º. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. CLT. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva, 2012.p. 857.
59
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
60
Art. 437 caput, IX. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo:
Saraiva, 2012.p. 625
61
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
34
Além das leis codificadas, a proteção jurídica dos idosos está consagrada por
leis esparsas, como exemplo, o Estatuto do Idoso, qual reforça a garantia dos
direitos sociais consagrados, anteriormente, na Constituição Federal de 1988.
64
STJ - RHC: 13053 RJ 2002/0075824-5, Relator: Ministro GILSON DIPP, Data de Julgamento: 06/03/2003,
T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ 28/04/2003 p. 210 RSTJ vol. 172 p. 50. Disponível em
http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/7465481/recurso-ordinario-em-habeas-corpus-rhc-13053-rj-
2002-0075824-5. Acesso em 07 de setembro de 2014.
65
Art.115 caput, VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva,
2012.p. 521.
66
TJ-SP - APL: 167346120078260590 SP 0016734-61.2007.8.26.0590, Relator: Amado de Faria, Data de
Julgamento: 13/09/2012, 8ª Câmara de Direito Criminal, Data de Publicação: 20/09/2012 Disponível em
http://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/22406522/apelacao-apl-167346120078260590-sp-0016734-
6120078260590-tjsp. Acesso em 07 de setembro de 2014.
36
67
Art. 77 caput, § 2º. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva,
2012.p. 517.
68
TRF-4 - ACR: 77682 RS 2003.71.00.077682-2, Relator: TADAAQUI HIROSE, Data de Julgamento:
23/02/2010, SÉTIMA TURMA, Data de Publicação: D.E. 03/03/2010. Disponível em http://trf-
4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/17167857/apelacao-criminal-acr-77682-rs-20037100077682-2-trf4/
inteiro-teor-17167858. Acesso 07 de setembro de 2014.
69
Art. 5º. Todos são iguais [...] XLVII- a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado. Constituição Federal. 1988.
37
Como também, na mesma lei, no art. 117 caput, inciso I que somente se
admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular
quando se tratar de condenado maior de 70 (setenta) anos. 70
70
Art. 117 caput, I . BRASIL. Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. DOU,
Brasília, DF, 13 julho 1984.
71
Art.318, I VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz Roberto
Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo: Saraiva,
2012.p. 613.
72
TJ-MG, RECURSO EM SENTIDO ESTRITO nº: 10056130061957001, Relator: Furtado de Mendonça,
Data de Julgamento: 03/12/2013, Câmaras Criminais / 6ª CÂMARA CRIMINAL. Disponível em: http://tj-
mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/118701480/rec-em-sentido-estrito-10056130061957001-mg. Acesso em
07 de setembro de 2014.
38
73
Art.5º. [...] LXXVIII- a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. Constituição Federal de 1988.
74
BRAGA, Pérola Melissa V. Direitos do idoso de acordo com o Estatuto do Idoso. Quartier Latin do Brasil
Editora. São Paulo, 2005, p.175.
75
Art. 1.211-A. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Civil. 13ª ed. Atualizada – São Paulo:
Saraiva, 2012.p. 447
76
Art. 1.211-C. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Civil. 13ª ed. Atualizada – São Paulo:
Saraiva, 2012.p. 447
39
79
MACHADO, Antônio Alberto. Curso de Processo Penal. São Paulo: Ed. Atlas. 2013.p.308.
80
Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a
segurança do acusado, o Tribunal, a requerimento[...] poderá determinar o desaforamento do julgamento[...].
Código de Processo Penal atualizado pela Lei n. 11.689.2008.
41
Art. 429: Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos
julgamentos, terão preferência:
I - os acusados presos;
II - dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na
prisão;
III - em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados.
Ainda que a lei inovadora não cite o acusado idoso, o Estatuto do idoso, por não
ter estabelecido distinção entre idoso réu ou autor, garante ao idoso que figure como
parte em processos, execuções ou diligências judiciais, a prioridade na tramitação
de processos, seja em qualquer instância, assim dispõe o art. 71:
[...]
2.1. Observações quanto à ROTINA 01:
Obs1: Ocorrendo uma das hipóteses previstas na alínea “f”, deve
haver a certificação nos autos e imediata conclusão do feito ao Juiz para o
fim de decidir sobre a declinação da sua competência.
2.2. Procedimentos preliminares aos termos do art. 422 do CPP
Preclusa a decisão de pronúncia, inicia-se a fase de preparação do
processo para o julgamento em plenário, com a providência primeira
determinada no art. 422 do CPP, o qual indica a necessidade de intimação
43
81
MANUAL PROCEDIMENTO DA 2ª FASE DO TRIBUNAL DO JÚRI. Disponível em:
http://corregedoria.tjrn.jus.br/files/manual-criminal-parte2-juri.pdf. Acesso em 07 de setembro de 2014.
82
Art. 77 caput, § 2º. VADE MECUM – obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Luiz
Roberto Curia, Lívia Céspedes e Juliana Nicoletti. Código Processo Penal. 13ª ed. Atualizada – São Paulo:
Saraiva, 2012.p.517.
44
83
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
84
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
85
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
86
BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, e dá outras
providências. DOU, Brasília, DF, 03 out. 2003.
45
87
PROVIMENTO GERAL DA CORREGEDORIA APLICADO AOS JUÍZES E OFÍCIOS JUDICIAIS -
nº 4 de 27 de Maio de 2013 http://www.tjdft.jus.br/publicacoes/publicacoes-oficiais/provimentos/2013/
provimento-4-de-27-05-2013. Acesso em 07 de setembro de 2014.
46
CONCLUSÃO
Evidencia- se, pois, que a prioridade de tramitação processual imposta por lei
específica, é uma conquista relevante para a classe idosa, que muitas vezes vêm os
seus direitos exaurirem por questão de morosidade judicial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAMELUQUE, Leopoldo. Manual do Novo Júri. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais. 2008.
MARQUES, Jose Frederico. A instituição do Júri. Campinas. Bookseller, 1997.
MOSSIN, Heráclito Antônio. Júri: crimes e processo. São Paulo: Atlas, 1999.
NUCCI, Guilherme de Souza. Tribunal do Júri. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2011.
OKUMA, Silene Sumire. O idoso e a atividade física: Fundamentos e Pesquisas.
4ª. Ed. São Paulo: Papirus Editora, 1998.
SACCONI, Luiz Antonio. Minidicionário da Língua Portuguesa. 1ª. Ed. São Paulo:
Escala Educacional, 2007.