Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MESTRADO EM DIREITO
São Paulo
2012
2
MESTRADO EM DIREITO
São Paulo
2012
3
Banca examinadora
________________________________________
________________________________________
________________________________________
4
Dedicatória
AGRADECIMENTOS
Jesus Cristo
Mateus, capitulo IV, 11-12
7
RESUMO
ABSTRACT
The present paper intends to demonstrate the victim´s historical position in the penal
process and their evolution as a character in the penal process, starting at the time of
their greatest protagonism, with the revenge, up to their present situation at the time
of the State´s monopoly, where the victim must be supported by the State and
compensated by the delinquent for the crime.
We intend to demonstrate that the victim, under the protection of the Rule of Law
and the Principle of the Dignity of the Human Being, which are eternity clauses in the
federal Constitution of 1988 and guiding lines of this study, in face of the moral and
material damages suffered as a result of the crime needs to have those damages,
both moral and material, repaired, the delinquent being required to do so as well as
the State, which must provide the conditions for their total rehabilitation.
The study of the legislative reform introduced by Law 11.719/2008, interpreted under
the constitutional realm, supported by principles and jurisprudence, still incipient,
proves those aspects with their clear re-valuation, in this context.
Furthermore, we point out the need for extensive action by the Criminal Court, which
had added to its scope of actions the ascertainment of the defendant´s responsibility
as related to the victim´s damages, with no offense to the already accomplished
constitutional principles of the penal process, and the need for the consequent
determination of an effective compensation so that the victim´s claims can be
satisfied, so that the international treaties can be validated, and so that the civil court
can be released of the extra burden of unnecessary filing for new requests of
compensation.
Key-words: victim, Rule of Law, Principle of the Dignity of the Human, repaired.
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11
CONCLUSÃO .................................................................................................. 98
INTRODUÇÃO
1
FERNANDES, Antonio Scarance.O papel da vítima no processo criminal. São Paulo: Malheiros
Editores, 1995, p. 11.
2
KOSOVSKI, Éster et al. Vitimologia em debate. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1990. p. 192.
13
3
SILVA, De Plácido e Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro: Cia Editora Forense, 2000, p. 870.
4
MASON, Sean F. História da Ciência.Trad. de José Vellinho de Lacerda. Porto Alegre: Editora
Globo, 1957 apud em OLIVEIRA, Edmundo.Vitimologia e direito penal: o crime precipitado ou
programado pela vítima. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2005, p. 7.
5
BITTENCOURT, Edgard de Moura. Vitimologia como Ciência. Revista Brasileira de Criminologia e
Direito Penal, ano 1, nº 1, p. 480, abril/maio de 1963.
6
FERNANDES, Antonio Scarance. O papel da vítima no processo criminal. São Paulo: Malheiros
Editores, 1995, pp. 31-32.
14
7
MARQUES, José Frederico.Elementos de direito processual penal, v. I, Campinas, SP: Editora
Bookseller, 2000.
8
FERNANDES, Antonio Scarance.O papel da vítima no processo criminal. São Paulo: Malheiros
Editores, 1995, pp. 40-43.
9
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa.Processo penal, v.2, 20ª edição, São Paulo: Editora
Saraiva, 1998, p. 438.
15
10
FERNANDES, Antonio Scarance. O papel da vítima no processo criminal. São Paulo: Malheiros
Editores, 1995, pp. 48-50.
11
Ibidem, p. 50.
12
Ibidem, p. 51. (Artigos do Código de Processo Penal da época da obra do autor citado, anteriores
as reformas, atualmente renumerados e modificados em sua redação).
16
13
MARQUES, José Frederico. Curso de Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva, 1956, volume II,
p. 56.
14
GRECO, Alessandra Orcesi Pedro. A autocolocação da vítima em risco. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2004, p. 24.
15
FERNANDES, Antonio Scarance. O papel da vítima no processo criminal. São Paulo: Malheiros
Editores, 1995, p. 52.
17
Aquelas vítimas que criaram o risco para si, ou que consentiram para
que outro a criasse; e aquelas que não tiveram nenhuma colaboração
no risco para si próprias.16
16
GRECO, Alessandra Orcesi Pedro. A autocolocação da vítima em risco. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2004, p. 27.
18
O estudo histórico não tem por escopo abordar toda a matéria referente à
evolução do papel da vítima, mas trazer uma visão dos principais momentos
históricos da vítima em face do processo penal.
Erich Fromm, por sua vez, descreve a vingança como uma instituição
social aceita e organizada, tendo-a observado entre diversas etnias da Índia,
Polinésia, Córsega e dos índios americanos que a definem como um dever sagrado
que recai sobre um membro de determinada família, clã ou de uma tribo que tem
que matar um membro de uma unidade familiar correspondente, se um de seus
companheiros tiver sido morto.19
17
BETTIOL, Giuseppe. Direito penal. Tradução e notas de Paulo José da Costa Junior e de Alberto
Silva Franco. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1977, volume I.
18
GRECO, Alessandra Orcesi Pedro. A autocolocação da vítima em risco. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2004, p. 28.
19
FROMM, Erich. Anatomia da destrutividade humana. Tradução de Marco Aurélio de Moura Matos,
Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 1975, p. 364.
20
NORONHA, Edgar Magalhães. Direito penal. São Paulo: Editora Saraiva, 1968. v.1, p. 20.
20
21
ZAFFARONI, Eugenio Raúl, PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal brasileiro: parte
geral. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1997, volume I, p. 181.
22
NORONHA, Edgar Magalhães. Direito penal. São Paulo: Editora Saraiva, 1968. p. 21.
23
OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A vítima e o direito penal. Uma abordagem do movimento
vitimológico e de seu impacto no direito penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999, p. 20.
21
24
FROMM, Erich. Anatomia da destrutividade humana. Tradução de Marco Aurélio de Moura Matos,
Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 1975, pp. 365-366.
22
25
GONZAGA, João Bernardino. O direito penal indígena à época do descobrimento. São Paulo:
Editora Max Limonad, 1970, pp. 18-19.
26
BRUNO, Aníbal. Direito penal. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1984, volume 1, pp. 65-69.
23
27
MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. Fundamentos da pena. 2 ed. São Paulo: Livraria Martins
Fontes, 2008, pp. 12-13.
24
30
BRUNO, Aníbal. Direito Penal, parte geral. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1967, tomo I, pp.
54-55.
31
OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A vítima e o direito penal. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 1999, pp. 22-23.
26
32
BOUZON, Emanuel. Código de Hammurabi. Introdução e tradução do texto cuneiforme e
comentários. 10 ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2003, p. 223.
27
33
BOUZON, Emanuel. Código de Hammurabi. Introdução e tradução do texto cuneiforme e
comentários. 10 ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2003, introdução.
28
34
Bíblia Sagrada, Livro do Êxodo, 21, 12-13. Bíblia de Jerusalém. Tradução em língua portuguesa
diretamente dos originais. São Paulo: Editora Paulus, 2002.
35
Bíblia Sagrada, Livro do Êxodo, 21, 18-19. Bíblia de Jerusalém. Tradução em língua portuguesa
diretamente dos originais. São Paulo: Editora Paulus, 2002.
36
Bíblia Sagrada, Livro do Êxodo, 22, 1-4. Bíblia de Jerusalém. Tradução em língua portuguesa
diretamente dos originais. São Paulo: Editora Paulus, 2002.
29
39
MOREIRA Alves, José Carlos. Direito Romano. 13 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2001.
40
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de direito penal: a nova parte geral. Rio de Janeiro: Editora
Forense, 1985, p. 28.
32
41
HASSEMER, Winfried. Direito Penal, fundamentos estrutura, política. Organização e tradução de
Carlos Eduardo de Oliveira Vasconcelos e Adriana Beckman Meirelles. Porto Alegre: Sérgio Antonio
Fabris Editores, 2008, p. 74.
33
aplicação do talião, o agressor era obrigado a compensar o dano com uma quantia
em dinheiro, gado ou outros bens.
42
ASSIER-ANDRIEU, Louis. O direito nas sociedades humanas. Tradução de Maria Ermantina
Galvão. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2000, p. 139.
34
43
BRUNO, Aníbal. Direito penal. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1984.
44
FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. In: OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A vítima
e o direito penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999, p. 30.
35
45
BECCARIA, Cesare. Dos Delitos e das Penas. Tradução de Torrieri Magalhães. São Paulo: Editora
Hemus, 1983, p . 20.
36
46
BRUNO, Aníbal. Direito penal. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1984, v. I, p. 97.
37
Nessa evolução que tende a acabar com a justiça privada, fica bastante
restrito o papel da vítima que apenas pode acusar em um pequeno número de
casos, cabendo-lhe, nos demais, somente noticiar o fato e testemunhá-lo perante o
tribunal.
47
Código Penal Brasileiro, artigo 25.
48
Ibidem, artigo 100.
39
Artigo 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do
inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a
iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues
ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
Artigo 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
49
Código de Processo Penal. Artigos 19 e 24.
50
Código Penal Brasileiro, artigo 345.
40
51
OLIVEIRA, Ana Sofia Schmidt de. A vítima e o direito penal. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 1999, pp. 32-33.
52
OLIVEIRA, Edmundo. Vitimologia e direito penal: O crime precipitado ou programado pela vítima.
Rio de Janeiro: Editora Forense, 2005, p. 9.
41
Para este fim o mal que resultar à pessoa e bens do ofendido será
avaliado em todas as suas partes e consequências.53
A Lei nº 261, de 3.12.1841, por sua vez, que reformou o código criminal
do império, revogou estes dispositivos, estabelecendo uma distinção clara entre a
matéria de jurisdição criminal da jurisdição civil, remetendo a indenização para ser
discutida no Juízo cível54. É interessante notar que este dispositivo legal, com pouca
alteração, foi implantado no Código Civil Brasileiro de 1916, em seu artigo 1.525 e
ratificado no artigo 935 do novo código de 2002, vigente.55
53
PIERANGELI, José Henrique. Códigos Penais do Brasil, evolução histórica. 2. ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 240.
54
Art. 68. A indenização em todos os casos será pedida por ação cível, ficando revogado o art. 31 do
Código Criminal, e o § 5º do art. 269 do Código do Processo. Não se poderá, porém, questionar mais
sobre a existência do fato, e sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem
decididas no crime. Idem obra citada.
55
Idem, obra citada.
42
56
PATENTE, Antonio Francisco. O assistente de acusação. Belo Horizonte: Editora Del Rey, 2002,
p. 3.
57
JESUS, Damásio Evangelista de. Penas alternativas. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2000. pp.
25-27.
43
Verificamos, por fim, que a Lei nº 9.714/98, com a reforma citada, trouxe
inúmeras inovações no que tange à aplicação de penas substitutivas e também em
amparo à vítima e tem por mérito segundo Damásio Evangelista de Jesus:
58
JESUS, Damásio Evangelista de. Penas alternativas. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2000,
p. 27.
59
OLIVEIRA, Edmundo. Vitimologia e direito penal: O crime precipitado ou programado pela vítima.
Rio de Janeiro: Editora Forense, 2005, p. 220.
60
JESUS, Damásio Evangelista de. Penas alternativas. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2000,
p. 28.
61
JESUS, Damásio Evangelista de. Penas alternativas. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2000,
p. 27.
44
No mesmo sentido há o artigo 94, inciso III do Código Penal que também
elenca como requisito para o deferimento da reabilitação, a reparação da vítima,
salvo novamente a inequívoca demonstração da impossibilidade de fazê-lo.
62
NUCCI, Guilherme de Souza.Código de Processo Penal Comentado. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2002 , p. 153.
45
63
BALTAZAR Junior, Paulo José. A sentença penal de acordo com as leis da reforma. In: NUCCI,
Guilherme de Souza (org.). Reformas do Processo Penal. Porto Alegre: Editora Verbo Jurídico, 2008,
p. 255.
64
MARQUES, José Frederico. Curso de Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva, 1956, volume II,
p. 83.
65
GRINOVER, Ada Pellegrini et al. Juizados especiais criminais:Comentários à Lei 9.099/95 de
26/09/1995. 5. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005.
46
66
DIAS, Gilberto Antonio Farias. Manual Faria de Trânsito: as infrações de trânsito e suas
consequências para a aplicação do Código de Trânsito Brasileiro. 10. ed. São Paulo: Editora Juarez
de Oliveira, 2007.
67
AZEVEDO, David Teixeira de. A colaboração premiada num direito ético. In: Revista dos Tribunais,
vol. 771. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, jan./2000, p. 449.
47
68
BENJAMIN, Antonio Herman de Vasconcelos. O princípio do poluidor-pagador e a reparação do
dano ambiental. In. Antonio Herman de Vasconcelos BENJAMIM (org.). Dano Ambiental: prevenção,
reparação e repressão. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1993, p. 223.
69
GOMES FILHO, Antonio Magalhães. Provas, Lei 11.690, de 09.06.2008. In: Maria Thereza Rocha
de Assis Moura (coord.). As Reformas do Processo Penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2008, pp. 281-282.
48
inserindo-se nos efeitos civis da sentença penal, entretanto nada impede que o
Estado venha a prestar esta assistência por seus vários órgãos.
70
Apelação Criminal nº 1.113.125/1. Relator Desembargador Renato Nalini, 11º Câmara Criminal.
TJSP.
71
Apelação Criminal nº 1.126.905/4. Relator Desembargador Péricles Piza, 4º Câmara Criminal,
TJSP.
72
Apelação Criminal nº 1.120.120/0. Relator Desembargador Renato Nalini, 11ª Câmara Criminal.
TJSP.
73
Apelação Criminal nº 1.224.215/9. Relator Desembargador Marco Nahum, 4ª Câmara Criminal.
TJSP.
74
Apelação Criminal nº 1.253.025/6. Relator Desembargador Almeida Sampaio, 6ª Câmara Criminal.
TJSP.
51
75
Apelação Criminal nº 1.226.737/5. Relator Desembargador Marco Nahum, 4ª Câmara Criminal.
TJSP
52
José Afonso da Silva, por sua vez, afirma que a configuração do Estado
Democrático de Direito não significa apenas unir formalmente os conceitos de
Estado Democrático e Estado de Direito, consistindo na realidade na criação de um
conceito novo e importa frisar que na locução do autor que o Brasil se constitui em
legítimo Estado Democrático de Direito, não como mera promessa, mas como
realidade, posto que a Constituição aí já o está proclamando e fundando nos estritos
termos do Artigo 1º da Constituição Federal de 1988.77
76
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 22 ed. São Paulo: Editora
Saraiva, 2001. Onde cita Carta Encíclica, “Pacem in terris”, do Sumo Pontífice PAPA JOÃO XXIII,
intitulada: A paz de todos os povos na base da verdade, justiça, caridade e liberdade, publicada em
11/04/1963. Publicado em http://www.vatican.va/ Acessado em 16/07/2012.
77
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 13. ed. São Paulo: Malheiros
Editores, 1997, pp. 119-120.
53
78
SANTOS, Aloysio Vilarino dos. A Defesa da Constituição como Defesa do Estado: Controle de
Constitucionalidade e Jurisdição Constitucional. São Paulo: RCS Editora, 2007, p. 21.
79
CF – Artigo 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos: ...III – a dignidade da pessoa humana.
80
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 35. ed. São Paulo: Malheiros
Editores, 2012, p. 410.
54
81
Artigo 245 da CF: A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Poder Público dará
assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso, sem
prejuízo da responsabilidade civil do autor.
82
PIOVESAN Flávia. Temas de Direito Humanos. São Paulo: Editora Max Limonad, 2003, p. 389.
56
83
Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa, realizada na Finlândia, Helsinki, em 1975,
fonte: www.onu-brasil.org.br/www.un.org/
84
Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial (1965), Pacto
internacional dos direitos civis e políticos (1966), Convenção para a prevenção e repressão do crime
de genocídio (1948), Pacto internacional dos direitos econômicos, sociais e culturais. (1966),
Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher (1979),
Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes (1984),
Convenção sobre os direitos da criança (1989), Convenção internacional sobre a proteção dos
direitos de todos os trabalhadores migrantes e seus familiares (1990). Fonte: www.un.org/.
85
Convenção interamericana para prevenir e punir a tortura (1985), Convenção interamericana para
prevenir punir e erradicar a violência contra a mulher – Convenção de Belém do Pará (1994),
Convenção interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoas
portadoras de deficiência (1999). Fonte: www.un.org/.
86
MEDEIROS, Ana Letícia Baraúna Duarte et al. Código de Direito Internacional dos Direitos
Humanos Anotado. São Paulo: DPJ Editora, 2008, p. 4. Organizadora: Prof.ª Dra. Flávia Piovesan.
57
Não se quer dizer com isso que apenas as religiões de origem Judaico-
Cristãs tenham desenvolvido o esse conceito, posto que há conceitos semelhantes
junto ao livro dos Vedas, na Índia, que possui mais de cinco mil anos e também em
outras grandes religiões do oriente, mas tomaremos como premissa religiosa apenas
essas duas grandes correntes religiosas citadas, até porque a igreja Católica depois
se utilizará de todo esse conhecimento e desenvolverá também o conceito, deixando
vigoroso legado à sociedade ocidental.
87
Silva, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros Editores, 2005,
p. 37.
88
Bíblia Sagrada. Livro do Êxodo, 21, 12-13. Bíblia de Jerusalém, tradução em língua portuguesa
diretamente dos originais. São Paulo: Editora Paulus, 2002.
59
Já em torno do ano 440 d.C., com a igreja Cristã já designada por Igreja
Católica Apostólica Romana e também na condição de religião oficial do império
romano do ocidente, o Papa São Leão Magno sustentou que o ser humano possuía
dignidade pelo fato de que Deus os criou a sua imagem e semelhança e que, ao
tornar-se homem, em alusão à vinda do Cristo numa visão dada com base no dogma
da Santíssima Trindade, dignificou a natureza humana e revigorou os laços entre a
humanidade e Deus,que culminou com a crucificação de Jesus Cristo.91
89
Estoicismo: O estoicismo (do grego: Στωικισµός) é uma escola de filosofia helenística fundada
em Atenas por Zenão de Cítio, no início do século III a.C.. Os estoicos ensinavam que as emoções
destrutivas resultavam de erros de julgamento, e que um sábio, ou pessoa com “perfeição moral e
intelectual” não sofreria dessas emoções. Fonte Enciclopédia Barsa, Editorial Planeta, 3. ed. Madrid,
volume VII.
90
Sarlet, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constituição
Federal de 1988. 9. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2011.
91
SOLIMEO, Plínio Maria. São Leão Magno, o Papa que deteve Atila, publicado em
www.catolicismo.com.br, consultado em 20/05/2012.
60
92
Filósofo cristão nascido em Roma em 479 ou 480/524, autor de inúmeras obras de matemática e
filosofia, um dos principais tradutores de Aristóteles. Fonte Enciclopédia Barsa, Editorial Planeta, 3.
ed. Madrid, volume III, p. 933.
93
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constituição
Federal de 1988. 9. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2011, p. 37.
94
AQUINO, Tomás de. Os pensadores. Tradução publicada sob licença de Alexandre Correa. 2. ed.
São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996, p. 25.
61
si mesmo o mais alto valor possível, apesar disso seu verdadeiro valor
não será superior ao que lhe for atribuído pelos outros.95
95
HOBBES, Thomas. Os Pensadores. 2. ed. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996, p. 54.
96
KANT, Immanuel. Fundamentos da metafísica dos costumes. In: HOBBES, Thomas. Os
Pensadores. 2. ed. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996, pp. 134 a 141.
97
KANT, Immanuel. Fundamentos da metafísica dos costumes. In: HOBBES, Thomas. Os
Pensadores. 2. ed. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996, pp. 134-135.
62
(...) no reino dos fins tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando
uma coisa tem preço, pode-se por em vez dela, qualquer outra como
equivalente, mas quando uma coisa está acima de todo o preço e,
portanto, não permite um equivalente, então ela tem dignidade. Esta
apreciação dá, pois a conhecer como dignidade o valor de uma tal
disposição de espírito e põe-na infinitamente acima de todo o preço.
Nunca ela poderia ser posta em cálculo ou confronto com qualquer
coisa que tivesse um preço, sem de qualquer modo ferir sua
santidade.98
98
Ibidem, p. 140.
99
Neste sentido, Tomás de Aquino aceita e justifica a pena de morte como forma de extirpar o indigno
com a analogia do anjo caído.
100
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constituição
Federal de 1988. 9. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2011, p. 45.
63
101
A melhor maneira de educar eticamente um filho comenta Hegel a resposta de um pitagórico, “é
fazendo-o cidadão de um Estado com boas leis”. WEBER, Thadeu. Pessoa e Autonomia na filosofia
de Hegel. In: Revista Veritas, v. 55, nº 3, set./dez. 2010, p. 59-82. Disponível em:
www.revistaseletrônicas.pucrs.br, acessado em 26/06/2012.
102
BITTAR, Carlos Alberto. Reparação civil por danos morais. Atualizado por Eduardo Carlos Bianca
Bittar. 3. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999, p. 14.
64
103
O autor já alterou sua definição por duas vezes desde a primeira edição publicada, sendo esta a
mais atual e completa.
104
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constituição
Federal de 1988. 9. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2011, p. 73.
65
105
Idem, obra supracitada.
106
SILVA, José Afonso da. A dignidade da pessoa humana como valor supremo da democracia.
Revista de Direito Administrativo, v. 212, pp. 84-94, abr./jun., 1998.
107
Miranda, Jorge. Manual de Direito Constitucional. 3. ed. Coimbra: Coimbra Editora, 2000, volume
IV, p. 183.
66
108
Em Física e Cosmologia, o Princípio antrópico estabelece que qualquer teoria válida sobre o
universo tem que ser consistente com a existência do ser humano. Em outras palavras, o único
universo que podemos ver é o universo que possui vida. Se existe outro tipo de universo, nós não
podemos existir para vê-lo.
109
Giovanni Pico dela Mirandola, filósofo neoplatônico e humanista, autor de Discurso sobre a
Dignidade do Homem, exerceu influência também sobre Tomás de Aquino.
110
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e teoria da Constituição. 3. ed.
Coimbra: Editora Almedina, 1999, p. 219.
111
SILVA, José Afonso da. A dignidade da pessoa humana como valor supremo da democracia.
Revista de Direito Administrativo, v. 212, pp. 84-94, abr./jun. 1998.
67
112
Silva, José Afonso da. Aplicabilidade das Normas Constitucionais. 5. ed. São Paulo: Malheiros
Editores, 2001, pp. 81-82.
113
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 26. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2011,
p. 273.
114
Ibidem, p. 282.
68
115
Trecho do voto da Juíza Jutta Limbach, presidente à época do Tribunal Constitucional Federal da
Alemanha, transcrito por Ingo Wolfgang Sarlet na obra Dignidade da pessoa humana e direitos
fundamentais na Constituição Federal de 1988. 9. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora,
2011, p. 54.
116
Artigo 245 da CF: A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Poder Público dará
assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso, sem
prejuízo da responsabilidade civil do autor.
117
Artigo 3º da Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948. Disponível em
<http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/legislacao-pfdc/trabalho-
escravo/docs_acordos_internacionais/declaracao_universal.pdf>. Acesso em maio de 2012.
69
118
ARENDT, Hannah. As Origens do Totalitarismo. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1990,
pp. 324-325.
119
Artigo 387, inciso IV: O juiz, ao proferir sentença condenatória: ...IV – Fixará valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido.
Redação dada ao Código de Processo Penal, em seu artigo 387, inciso IV, determinado pela lei
11.719/2008, publicado no Diário Oficial da União em 23/06/2008, com vigência após sessenta dias
da sua publicação. Código de Processo Penal. Obra coletiva de autoria da Editora Revista dos
Tribunais, 14ª edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009.
70
Artigo 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
120
DIAS, José de Aguiar. Da Responsabilidade Civil. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1987, p.
852.
72
concluir que o dano moral está relacionado à violação específica dos direitos da
personalidade ou personalíssimos.
121
BITTAR, Carlos Alberto. Os direitos da personalidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense
Universitária, 1995, p. 22.
122
CAVALIERI, Sérgio Filho. Programa de Responsabilidade Civil. 7. ed. São Paulo: Editora Atlas,
2007, pp. 74-78.
123
BITTAR, Carlos Alberto. Os direitos da personalidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense
Universitária, 1995, p. 41.
73
124
CAHALI, Youssef Said. Dano Moral. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000.
74
3.2. A reparação dos danos com a atuação do Juízo Criminal em face da Lei nº
11.719/2008 de 11/06/2008
(...)
125
Santos, Leandro Galluzzi dos, As Reformas no Processo Penal: as novas Leis de 2.008 e os
projetos de Reforma, sob a coordenação de Maria Thereza Rocha de Assis Moura, Editora Revista
dos Tribunais, São Paulo, 2.008, pag. 298.
Leandro Galluzzi dos Santos foi coordenador geral de Atos Normativos da Secretária de Assuntos
Legislativos do Ministério da Justiça. Integrou o grupo de trabalho da Câmara dos Deputados, como
representante do Ministério da Justiça, encarregado de analisar os projetos de Lei para reforma do
Código de Processo Penal. Juiz de Direito em São Paulo.
75
126
Código de Processo Penal Brasileiro, artigo 387, inciso IV com a nova redação dada pela Lei
11.719/2.008 (Publicado no Diário Oficial da União de 23/06/2.008, entrando em vigor sessenta dias
após a publicação).
76
Pedido implícito é qualquer tutela não pedida pelo autor que a lei
permite que o juiz conceda de ofício e ainda exemplifica para ilustrar a
definição citando o pedido de alimentos, que está implícito na demanda
de investigação de paternidade, em função do disposto no artigo 7º da
Lei Federal nº 8.560/92 (Lei de Investigação de Paternidade). O autor
ainda explicita que os termos contidos na Lei ‘sempre e fixarão’
demonstram a forma imperativa que nessa espécie de processo os
alimentos deverão ser concedidos e fixados pelo Juiz, ainda que a
127
Mendonça, Andrey Borges de, Nova Reforma do Código de Processo Penal, 1ª edição, São Paulo,
Editora Método, 2.008, pag. 243
77
128
Neves, Daniel Amorim Assumpção, Manual de Direito Processual Civil, Editora Método, São
Paulo, 4ª edição, 2.012.
129
Dinamarco, Candido Rangel, Capítulos de Sentença, 3ª edição, São Paulo, Malheiros Editores,
2008, pag, 65 e 66.
78
130
MENDONÇA, Andrey Borges de. Nova Reforma do Código de Processo Penal. 1. ed. São Paulo:
Editora Método, 2008, pp. 240-241.
80
“A Justiça Criminal fixa ’X’, mas se não estiver contente pode demandar
no âmbito civil, onde poderá conseguir o que realmente merece”. Essa
situação nos soa absurda. Ou o ofendido vai diretamente ao Juízo civil,
como se dava anteriormente, ou consegue logo o que almeja – em
definitivo – no contexto criminal.
131
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 8. ed. revista, atualizada e
ampliada. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, p. 691.
81
Nesse sentido, com supedâneo no artigo 127 e 129133 incisos III e IX,
todos da Constituição Federal de 1988, combinados com a Lei nº 7.347 de
24/07/1.985 que rege a Ação Civil Pública, pode e deve o Ministério Público
promover a reparação dos delitos causados à sociedade por crimes ambientais,
crimes contra os consumidores, enfim delitos que atinjam os direitos difusos da
sociedade, mediante ações civis públicas.134
133
Artigo 127 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.
Artigo 129: São funções institucionais do Ministério Público. Inciso III - promover o inquérito civil e a
ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos. Inciso IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de
entidades públicas.
134
Para aprofundamento da questão, consultar: Ada Pellegrini GRINOVER. O Ministério Público na
Reparação do Dano às Vítimas do Crime. JUS – Revista Jurídica do Ministério Público do Estado de
Minas Gerais, volume 18, 1995.
84
O artigo 387, inciso IV, fala em fixar valor mínimo para indenização, mas
nada obsta que o Juízo, de posse das provas, instrua a causa para aferir o dano
material ocorrido, pois o valor mínimo fixado na sentença deve corresponder ao
efetivo dano sofrido, para evitar que a vítima retorne ao Poder Judiciário para buscar
a complementação do valor em ação de liquidação junto ao Juízo Cível, o que
contraria o espírito da lei e neutraliza a tão buscada celeridade processual.
135
Artigo 402 do Código Civil Brasileiro de 2002, salvo as exceções expressamente previstas em lei,
as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu o que
razoavelmente deixou de lucrar.
85
O dano moral, por sua vez, como já vimos nas conceituações trazidas,
compõe-se de dor da alma, a angústia, o abalo psíquico às vezes irreversível
gerando traumas que em última análise se traduz no sofrimento da vítima.
O dano moral decorre ‘in re ipsa’, ou seja, dos próprios fatos, daí a sua
forte presunção de existência, pois o Juiz ouvirá os fatos e analisará os seus efeitos
sobre o homem médio, a quem se destina lei, portanto da simples narração de um
abjeto estupro ou do terror sofrido durante um roubo, ou ainda da fala de uma mãe
ou esposa sobre a perda trágica de seu filho ou marido, enfim o Juiz fixará a sanção
pelo dano moral, dando-o por certo e de fato ocorrido.
Deverá ainda ser fixado um valor de indenização pelo dano moral que
busque compensar a dor sofrida, ainda que este raciocínio seja muito subjetivo, de
sorte a evitar a desencorajar a reiteração da prática da conduta delituosa e de fato
136
Artigo 944 do Código Civil Brasileiro de 2.002. A indenização mede-se pela extensão do dano.
86
compensar a vítima, não sendo tida como insignificante e desta forma atingindo seus
precípuos objetivos.
137
Vitimizar é converter ou reduzir alguém na condição de vítima e a revitimização é a recondução
dessa pessoa aos mesmos patamares psicoemocionais já experimentados, gerando um acréscimo de
sofrimento. Fato comum em depoimentos traumáticos em que as vítimas necessitam recontar os
fatos, muitas vezes, próximas de seus algozes. Conceitos extraídos da obra Vitimologia e Direito
Penal, de Edmundo Oliveira.
87
138
Convenção Europeia de 24 de Novembro de 1983 relativa à indenização de vítimas de infrações
violentas afirma: Todos os Estados-Membros deverão assegurar que a sua legislação nacional
preveja a existência de um regime de indemnização das vítimas de crimes dolosos violentos
praticados nos respectivos territórios, que garanta uma indenização justa e adequada das vítimas. A
presente directiva cria um sistema de cooperação entre as autoridades nacionais destinado a facilitar
o acesso à indemnização às vítimas em situações transfronteiras. As vítimas de uma infracção
cometida fora do seu Estado-Membro de residência habitual podem dirigir-se a uma autoridade do
Estado-Membro onde residem (autoridade de assistência) para obter as informações de que
necessitam para apresentar o seu pedido de indemnização. A autoridade do Estado-Membro de
residência habitual transmite directamente esse pedido à autoridade do Estado-Membro onde a
infracção foi cometida (autoridade de decisão), que é responsável pela avaliação do pedido e pelo
pagamento da indenização. http://europa.eu/legislation_summaries/index_pt.htm, acessado em
25/06/2012.
88
139
Proposta de DIRECTIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO que estabelece
normas mínimas relativas aos direitos, ao apoio e à protecção das vítimas da criminalidade.
COM/2011/0275-final-2011/0129. http://europa.eu/legislation_summaries/index_pt.htm, acessado em
25/06/2012.
89
140
CAHALI, Yussef Said. Responsabilidade civil do Estado 2. ed. ampliada revista e atualizada. São
Paulo: Malheiros Editores, 1995, pp. 599-602.
141
CARLETTI, Amilcare. Dicionário de Latim Forense. 7. ed. São Paulo: Livraria e Editora
Universitária de Direito, 1997, p. 464.
91
142
MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1996, p.
398.
92
143
DELGADO, José Augusto. A demora na entrega da prestação jurisdicional: responsabilidade do
Estado – indenização. Revista Trimestral de Direito Público, 14:256/257. São Paulo: Malheiros
Editores, 1996.
93
144
Art. 37, §6º- “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
145
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil interpretada e legislação constitucional. São Paulo:
Atlas, 2002, p. 896.
146
BANDEIRA DE MELO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 15. ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2003.
94
147
Apud em DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 1º volume, 20. ed. São Paulo:
Saraiva, 2003, p. 244.
95
I – Policia Federal;
IV – Policias Civis;
148
Daniel de Resende Salgado é procurador da República, membro do Conselho Penitenciário e
coordenador criminal do Ministério Público Federal em Goiás e publicou este artigo no site jornal
goiano: O Popular, estado disponível na internet em http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/7/docs/
artigo_fundamental_dir_seguranca_procur._republica.pdf, acessado em 16/07/2012.
96
A falta de segurança pessoal para viver que reina nas grandes metrópoles
principalmente afronta o conceito do mínimo existencial, conceito este de criação
doutrinaria com supedâneo na doutrina alemã em que se busca exigir do Estado
ações que tornem efetivas e eficazes as garantias mínimas de coexistência em
sociedade de seus cidadãos.
149
SARLET, Ingo Wolfgang; TIMM, Luciano Benetti (orgs.). Direitos Fundamentais: Orçamento e
Reserva do Possível. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008, p. 23.
97
vista que a condição intrínseca de pessoa humana digna não dispensa a garantia
absoluta das condições mínimas de existência.
Assim o Estado deve prover segurança e uma vez que não consiga
garantir efetivamente esta segurança e a integridade física dos cidadãos, deve
remediar esta omissão ou, por assim dizer, a sua insuficiência enquanto Estado,
amparando os cidadãos que já se tornaram vítimas da criminalidade.
150
SARLET, Ingo Wolfgang; TIMM, Luciano Benetti (orgs.). Direitos Fundamentais: Orçamento e
Reserva do Possível. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008, p. 29.
98
CONCLUSÃO
14. O acusado, por sua vez, poderá e deverá sempre promover sua ampla
defesa, defendendo-se também desse efeito extrapenal da sentença,
consistente na obrigação de reparar o dano, portanto o Juízo lhe dará
oportunidade de defender-se da obrigação de indenizar e tal ônus só se
convalidará com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
_______ Tradução de Roberto Raposo. A condição humana. 10. ed. Rio de Janeiro:
Forense Universitária,2003.
ASSIS, Araken de. Eficácia Civil da Sentença Penal. 2 ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2000.
AZEVEDO, David Teixeira de. A colaboração premiada num direito ético. Revista
dos Tribunais, volume 771. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000.
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Trad. Torrieri Magalhães. São Paulo:
Hemus, 1983.
103
Bíblia Sagrada. Livro do Êxodo, 21, 12-13. Bíblia de Jerusalém, tradução em língua
portuguesa diretamente dos originais. São Paulo: Editora Paulus, 2002.
BITTAR, Carlos Alberto. Reparação civil por Danos Morais. 3. ed. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais,1999.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 26. ed. São Paulo: Malheiros
Editores,2011.
BRUNO, Aníbal. Direito Penal. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1967.
CAHALI, Yussef Said. Responsabilidade Civil do Estado. 2 ed. São Paulo: Malheiros
Editores, 1995.
_______ Dano Moral. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000.
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 2. ed. São Paulo: Editora Ática. 2005.
Código Penal. Obra coletiva de autoria da Editora Revista dos Tribunais, 14. ed. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009.
COSTA, André Luiz de Souza. O lugar dos direitos humanos e das vítimas de
violência na questão da segurança pública. Boletim IBCCRIM. São Paulo,
v.11, n.128, p. 4-5, jul., 2003.
COSTA, Daniel Tempski Ferreira da. A tutela reparatória civil da vítima, no processo-
crime, em face das reformas do Código Penal e do Código de Processo Penal
brasileiros. Disponível em: www.ibccrim.org.br. Acesso em 19 ago. 2008.
CRETELLA, José Junior. Curso de Direito Romano. 10. ed. Rio de Janeiro: Editora
Forense,1986.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 22. ed. São
Paulo: Editora Saraiva, 2001.
105
DELMANTO, Celso. Código Penal comentado. 8. ed. São Paulo: Editora Saraiva,
2010.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 1º volume, 20. ed. São Paulo:
Editora Saraiva, 2003.
______ Processo Penal Constitucional. 2.ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2000.
106
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de direito penal: a nova parte geral. Rio de
Janeiro: Forense, 1985.
GOMES FILHO, Antonio Magalhães. Provas, Lei 11.690, de 09.06.2008. In: Maria
Thereza Rocha de Assis Moura (coord.). As Reformas do Processo Penal.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008, pp. 281-282.
GOMES, Luiz Flávio et al. Criminologia, introdução aos seus fundamentos teóricos.
6. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988. 10. ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2005.
GRINOVER, Ada Pellegrini et al. Juizados especiais criminais: Comentários à Lei 9.099/95
de 26/09/1995. 5. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005.
KOSOVSKI, Ester et al. Vitimologia em debate. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1990.
LAZZARINI, Álvaro. Estudos de direito administrativo. 1. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1996.
LIMA, Alvino. Culpa e Risco. 2. ed. Atualizada por Ovidio Rocha Barros Sandoval.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999.
LIMONGI, Maria Isabel. Hobbes. 1.ed. São Paulo: Editora Jorge Zahar, 2002.
MARQUES, José Frederico. Curso de Processo Penal. São Paulo: Editora Saraiva,
1956, volume II.
MEDEIROS, Ana Letícia Baraúna Duarte in: Código de Direito Internacional dos
Direitos Humanos Anotado. Organizadora: Flávia Piovesan, São Paulo: DPJ
Editora, 2008.
MONTORO, André Franco. Introdução a Ciência do Direito. 27. ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2008.
MOREIRA Alves, José Carlos. Direito Romano. Volume I, 13. ed. Rio de Janeiro:
Editora Forense, 2001.
NADER, Paulo. Curso de direito civil – parte geral. 1. ed. São Paulo: Forense, 2.003.
NORONHA, Edgar Magalhães. Direito Penal. São Paulo: Editora Saraiva, 1968.
Volume 1.
109
PIOVESAN, Flávia. Temas de Direito Humanos. São Paulo: Editora Max Limonad,
2003.
PORTO, Mário Moacyr. Temas de responsabilidade civil. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1989.
PRADO, Luis Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro - parte geral. 2. ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2000.
110
_______ Bem jurídico – Penal e Constituição. 3. ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2003.
REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 20 ed. São Paulo: Editora Saraiva. 2002.
_______ Lições preliminares de Direito. 27. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2002.
ROXIN, Claus. “La posizione della vittima nel sistema penale”, L'IndicePenale,
Padova, ano XXIII, 1989.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais; uma teria geral dos
direitos na perspectiva constitucional. 10. ed. Porto Alegre: Livraria do
Advogado Editora, 2010.
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. 17. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense,
2000.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 13. ed. São Paulo:
Malheiros Editores. 1997.
_______ Curso de Direito Constitucional Positivo. 35. ed. São Paulo: Malheiros
Editores, 2012.
SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 3. ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2011.
SOLIMEO, Plínio Maria. São Leão Magno, o Papa que deteve Atila. Disponível em
www.catolicismo.com.br. Acessado em 20/05/2.012.
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal. Volume 2. 20. ed. São
Paulo: Editora Saraiva, 1998.