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INDRODUÇÃO
A linguagem da informação contabilística não é homogênea e varia conforme o país.
Facto disso é a classificação da contabilidade como sendo uma ciência social aplicada.
Isso significa dizer que ela recebe grande influência do meio em que está inserida.
Ela está estruturada a partir do estudo das normas contabilísticas vigentes em cada país e
tem como objetivo a transformação de relatórios a diferentes regras normativas, conforme
os interesses comerciais relacionados a operações de exportação/importação ou entre
empresa matriz e filial situada no exterior, por exemplo.
O seu estudo tem sido essencial, pois possibilita a integração de informações econômicas
entre o mercado internacional e a interação de pesquisas e trabalhos acadêmicos com
compreensão lógica mesmo que através de técnicas contábeis distintas.
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2. Sistemas contabilísticos internacionais
Em uma organização, decisões são tomadas de acordo com a forma como elas irão afetar
o desempenho e a saúde financeira futura da entidade. As Normas Internacionais de
Contabilidade (ou IFRS – International Financial Reporting Standards) afetam várias
áreas e setores nas organizações: contabilidade, gestão financeira, auditoria, marketing,
produção, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, entre outras.
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conceito de manutenção do capital financeiro nominal. O objetivo global das normas
internacionais de contabilidade é fornecer informações que sejam úteis para tomadas de
decisões e para os investidores.
Harmonização contabilística
Processo que visa o aumento da comparabilidade das praticas contabilísticas através da
fixação de limites ao seu grau de variação.
Harmonização Comparabilidade
informativa inter-
Globalização contabilística
empresarial
internacional mundial
Avaliação da
Eficácia na tomada
eficácia de cada
de decisões sobre
empresa num
investimentos
cenário mundial
bolsistas
Exemplos:
Estados (Moçambique/Portugal) através de diplomas legais baseados em
propostas de Comissões Técnicas.
International Accounting Standards Board (IASB)
International Federation of Accountants ( IFAC)
Financial Accounting Standards Board (FASB)
Banco Mundial
Organizações da Nações Unidas (UNCTAD/ISAR)
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União Europeia
A resposta a estas necessidades tem levado ao estabelecimento cada vez em maior escala,
de normas, políticas e práticas contabilísticas que genericamente são enquadradas no
âmbito da normalização contabilística.
Devemos, desde de já notar que o seu desenvolvimento não tem sido uniforme. De facto
tendo a contabilidade como objectivo o fornecimento de informação quantitativa de
natureza predominantemente financeira sobre entidades económicas é naturalmente,
influenciada pelo meio envolvente. Esta influência levou a que os sistemas, práticas e
conceitos se tenham desenvolvido de maneira diferente nos diversos países, dependendo
do seu nível de desenvolvimento, mas também das suas tradições legais, políticas e da
natureza, dimensão e complexidade das unidades económicas, bem como de outras
condicionantes de natureza social. Por exemplo é considerada normal e desejável a
codificação de normas contabilísticas e planos de contas nos países influenciados pelo
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direito romano enquanto nos países de influências anglo-saxonica ( common law) são as
organizações profissionais que lideram tais processos.
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Comunidade Europeia, no entanto o mais importante órgão de normalização internacional
é o International Accounting Standards Board - IASB.
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forma que inicialmente, 6 eram da América do Norte, 6 da Europa, 4 da Ásia Pacífico e
3 de outras áreas desde que o equilíbrio geográfico fosse mantido.
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Paço 2 O IASB desenvolve e publica um Discussion Document para comentários pelo
público.
Paço 4 Depois de receber e rever os comentários o IASB então emite a versão final da
Norma Internacional de Relato Financeiro (IFRS).
O IASB está explorando formas de integrar o seu processo de formulação de normas com
os processos de países individuais. Particularmente, o IASB está a explorar o seguinte
procedimento para projectos que têm implicações internacionais:
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membros de organismos nacionais iriam considerar ao decidirem votar na emissão
de normas nacionais.
c) O IASB iria continuar a publicar os seus próprios Exposure Drafts e outros
documentos para comentário.
d) Os organismos nacionais iriam publicar os seus Exposure Documents
aproximadamente na mesma altura que os Exposure Drafts do IASB e procurar
comentários específicos nas áreas onde existirem diferenças significativas entre
os dois documentos. Nalguns casos, os organismos nacionais podem incluir no
seu Exposure Document comentários específicos em questões de relevância
particular para o seu país ou incluir orientações mais claras do que constar do
documento equivalente do IASB.
e) Os organismos nacionais iriam seguir o seu próprio processo de formulação de
normas que iriam idealmente escolher integrar com o processo do IASB. Esta
integração iria evitar atrasos desnecessários na conclusão de normas e também
iria minimizar a possibilidade de surgimento de diferenças desnecessárias nas
normas que forem a surgir.
Os países com tais membros que têm responsabilidades de coordenação são Austrália e
Nova Zelândia, Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido e EUA.
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Entretanto, com a revisão das normas, muitas alternativas estão a ser eliminadas.
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O IASB concentrou no essencial ao produzir as IFRS. Isto significa que o IASB evitou
fazer com que as IFRS fossem muito complicadas porque doutra forma seria impossível
a sua aplicação a volta do mundo.
O IASB, e antes deste o seu sucessor, o IASC, existe já a 25 anos e interessa olhar para o
seu impacto desde aquele tempo.
No Japão, a influência das IFRS tinha, até recentemente sido quase nula. Isto era
principalmente devido a mistura entre a fiscalidade e o relato financeiro (como é o caso
em Moçambique). O Ministério Japonês das
Isto foi visto como uma tentativa de atrair empresas estrangeiras para cotarem naquela
bolsa, particularmente as empresas de Hong Kong e Singapura. Como estes países
baseiam a sua Contabilidade nas normas internacionais, esta acção é por isso um
reconhecimento implícito das IFRS, pelo Ministério Japonês das Finanças.
Os EUA e o Japão foram dois dos países desenvolvidos que foram os mais relutantes na
aceitação de contas preparadas de acordo com as IFRS, mas desenvolvimentos recentes
sugerem que tais demonstrações financeiras podem brevemente ser aceites nas bolsas de
valores destes dois países.
Nos EUA, o Securities and Exchange Comission (SEC) concordou em 1993 permitir
empresas estrangeiras cotadas nas bolsas Americanas a seguir as IFRS em certas questões
incluindo as demonstrações de fluxo de caixa de acordo com a IAS 7. O efeito geral é que
onde o tratamento duma IFRS diferir do US GAAP, estes tratamentos serão aceites. O
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SEC já está a apoiar o IASB porque também quer atrair empresas estrangeiras para as
bolsas Americanas.
Algumas vezes argumenta-se que as empresas devem ser dadas alternativas em questões
de relato financeiro pois as normas de Contabilidade as vezes são detrimentais ao relato
financeiro. Existem argumentos em ambos lados:
Nos argumentos a favor das normas (tanto nacionais como internacionais) constam os
seguintes:
Muitas empresas resistem a divulgação de informações que são requeridas pela legislação
nacional. Entretanto existem os seguintes argumentos contra a padronização das normas
e a favor da escolha livre:
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Por exemplo, nos EUA, a norma FAS 19 sobre a Contabilidade nas empresas de
Óleo e Gás resultou num lobby muito forte das petrolíferas que persuadiu o SEC
a interferir. A norma FAS 19 foi por isso suspensa.
Muitas normas nacionais não são baseadas numa estrutura conceptual, embora as
IFRS tenham esta base.
Pode haver uma tendência de rigidez em vez de simplicidade na aplicação das
regras.
Os países em vias de desenvolvimento estão a ser apoiados dalguma forma pela emissão
da norma sobre a agricultura, que é mais relevante para estes países.
Existem também tensões entre os modelos de relato financeiro nos EUA contra o Reino
Unido e o modelo da
União Europeia. O modelo dos EUA/UK é baseado no relato para o investidor enquanto
o modelo da União
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Precisas estar actualizado com o processo de desenvolvimento de normas do IASB e os
problemas que enfrenta tal como relatados nos media. Tens de saber discutir:
Os impactos com a implantação do IFRS são muitos. Segundo analistas da ERNST &
YOUNG, a implantação do IFRSs traz um conjunto considerável de barreiras a serem
transpostas. Uma das que mais chamam a atenção é a necessidade de afinar a
comunicação com os leitores dos demonstrativos desde a primeira publicação. É possível
que erros aconteçam durante o primeiro exercício de divulgação pelo modelo no País,
afirmam aqueles analistas. As empresas ainda terão de incorporar as diferenças culturais
das normas internacionais. Com o IFRS, quem prepara os balanços tem de participar
ativamente da definição das políticas de gestão de risco. Empresas que atuam nos ramos
de energia, telecomunicações, imobiliário, varejo e bens de consumo, aumentam
consideravelmente o grau de subjetividade e interpretação, enfrentaram maiores
dificuldades para aplicar as novas normas contabilísticas. É evidentemente, audacioso, o
que irá requerer esforço adicional e treinamento por parte dos preparadores das
demonstrações financeiras. Essa falta de preparo trará certo ônus para as empresas tendo
em vista que essas empresas que nunca investiram em capital humano agora deverão
investir pesado para se inserirem no mercado mundial. Por outro lado, com esse
significativo progresso, varias entidades instaladas no mundo, avançam no processo de
globalização e acompanham mais de 100 outros países que já usam as normas
internacionais da Contabilidade. Além disso, passam a reportar suas informações
financeiras com um grau de transparência sem precedentes, fortalecendo, por
consequência, todo o ambiente de negócios. A implantação do IFRS trará grandes
mudanças nas organizações, devendo-se observar os aspectos culturais, fiscais e relativos
à elaboração das demonstrações financeiras. Saber se a mudança atinge os resultados
mundiais da organização. A estratégia do processo de mudança deve reconhecer a
necessidades de competências técnicas. É necessária uma organização que gere
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oportunidades para a formação e a preparação de seus colaboradores. Deve haver um
planeamento detalhado com sugestões de alterações para entender as informações
faltantes e as melhorias necessárias. Todas as novas normas, que se aplicam a
organização, precisam ser entendidas para que se determinem as respostas. Podemos
afirmar que, com a convergência às normas internacionais, as empresas deverão se
adaptar tanto cultural quanto fisicamente, ou seja, devem investir em pessoas, processos
e sistemas para que garantam uma aplicabilidade por inteiro, forte e coesa das normas
internacionais.
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IAS 20: Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo
(reformatada em 1994)
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profissão procuram activamente aplicá-las, bem como cada vez mais, muitas companhias
internacionais, havendo até diversos exemplos de algumas mencionando que as suas
contas são preparadas de acorco com as Normas Internacionais. Será mesmo de salientar,
que alguns países em desenvolvimento tais como, o Paquistão, o Botswana e Malawi,
aceitam e implementam as Normas Internacionais logo que são postas em vigor.
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