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INTRODUÇÃO À

INTERNATIONAL ACCOUNTING STANDARDS


BOARD:
As normas emitidas pelo IASC foram
CONTABILIDADE estabelecidas com o objetivo principal de fornecer
informação útil para o mercado de capitais.
NORMALIZAÇÃO E HARMONIZAÇÃO
CONTABILÍSTICA Em Portugal, as normas eram designadas de
NIC (Normas Internacionais de contabilidade).
A IMPORTÂNCIA DA HARMONIZAÇÃO
CONTABILÍSTICA INTERNACIONAL: Em síntese, o IASB é um organismo privado, o

Harmonizar os procedimentos contabilísticos qual emite normas contabilísticas para o setor privado e

significa criar uma metodologia comum, a ser seguida tem como objetivos gerais desenvolver um conjunto

pelos diferentes países, visando fundamentalmente, a único de normas de contabilidade aplicáveis em todo

comparação da informação financeira e a sua o mundo, promover o uso e a aplicação rigorosa dessas

compreensibilidade pelos diversos utilizadores. normas e apoiar os organismos de contabilidade


nacionais na convergência das diretrizes nacionais com
Trata-se de estabelecer os chamados princípios as IAS/IFRS (International Financial Reporting Standards).
contabilísticos geralmente aceites (PCGA).
O SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO
No início, a contabilidade era elaborada sem CONTABILÍSTICA PORTUGUÊS:
quaisquer regras, de acordo com as necessidades de
A evolução da normalização contabilística em
cada empresa.
Portugal pode ser expressa em 4 fases.

Com a revolução industrial e a expansão


Na 1º fase (1976 – 1985) foi criada a Comissão
económica mundial, com o consequente surgimento
de Normalização Contabilística (CNC) e foi aprovado o
das sociedades de capital e do recurso ao crédito,
Plano Oficial de Contabilidade (POC).
surgiu a necessidade de estabelecer regras
contabilísticas – Princípios Contabilísticos Geralmente Na 2º fase (1986 – 1991), Portugal com a adesão
Aceites (PCGA). à União Europeia foi obrigado a obedecer às regras da
UE.
Em síntese, a harmonização contabilística
internacional tornava-se cada vez mais imprescindível, Na 3º fase (1992 – 2009) inicia-se a fase de
uma vez que numa economia global não é aceitável aproximação às normas no IASB.
existirem diferentes contabilidades com diferentes
Na 4º fase (2010 - …) é aprovado o novo sistema
resultados, consoante o país onde a informação fosse
de Normalização Contabilística (SNC).
elaborada.

Para as empresas cotadas na bolsa ou que CARACTERIZAÇÃO DO SNC:


operem em diferentes mercados, a inexistência de
A necessidade do SNC deveu-se a:
normas contabilísticas conduz a 2 tipos de problemas:
• Profundas alterações na conjuntura económica e
• Custos de reconversão da informação financeira
financeira – concentrações empresariais,
muito elevados, em conformidade com as normas
desenvolvimento dos grandes espaços económicos
vigentes em cada país.
(UE; Mercosul…) e liberalização do comércio e
• Menor credibilidade da informação financeira num
globalização da economia.
mundo global. A apresentação de informação
• Contínuo crescimento do movimento de
financeira diversa gera confusão nos mercados e
internacionalização das empresas, através de, por
contribui para o descrédito da informação
exemplo, fusões, aquisições, etc.
contabilística como um todo.
NORMAS CONTABILÍSTICAS E DE RELATO FINANCEI RO:
VANTAGENS DO SNC:
O sistema contabilístico baseia-se nas Normas As NCRF são o núcleo do SNC e foram

Internacionais favorecendo, desta forma, a adaptadas das normas do IASB, adotadas pela UE.

comparação da informação financeira entre os


Constituem um instrumento de normalização
diversos países.
onde, de forma aprofundada, se estabelecem os
aspetos técnicos a adotar no reconhecimento,
INSTRUMENTOS DO SNC:
mensuração, apresentação e divulgação dos
1. Bases para a Apresentação de Demonstrações
acontecimentos económicos e financeiros das
Financeiras (BADF);
entidades.
2. Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF);
3. Código de Contas (CC); NORMAS CONTABILÍTICAS E DE RELATO
4. Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF); FINANCEIRO PARA AS PEQUENAS ENTIDADES:
5. Norma Contabilística e de Relato Financeiro para A NCRF – PE estabelece, de forma unificada, os
Pequenas Entidades (NCRF-PE); aspetos relacionados com o reconhecimento,
6. Norma Contabilística para Microentidades; mensuração, apresentação e divulgação que são
7. Normas Interpretativas. considerados indispensáveis e mínimos a serem adotas
por entidades de pequena dimensão.
Todos estes instrumentos estão subordinados a
uma única estrutura conceptual e permitem garantir a
ESTRUTURA LEGAL DO SNC:
comparabilidade nas decisões de investimento em
Decreto-Lei – cria o SNC / Entidades a que se aplica /
diferentes mercados, sendo essa comparabilidade
Aplicação das NIC / Contas Consolidadas / Normas
sustentada por normas de reconhecimento,
para pequenas entidades.
mensuração, apresentação e de relato comuns a todas
as empresas. Portaria – Modelos de Demonstrações Financeiras /
Código de Contas.
BASES PARA APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (BADF): Aviso – NCRF / NCRF – PE / NI
As BADF estabelecem as regras e princípios
fundamentais a que devem obedecer um conjunto ESTRUTURA CONCEPTUAL SNC:
completo de demonstrações financeiras, o qual inclui o A estrutura conceptual não é uma norma

balanço, a demonstração de resultados, a propriamente dita, mas antes um conjunto de conceitos

demonstração das alterações no capital próprio, a contabilísticos estruturantes que fundamentas e

demonstração dos fluxos de caixa e o anexo. estruturam todo o sistema contabilístico. Estes conceitos
estão subjacentes à preparação e apresentação das
MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: demonstrações financeiras para utentes externos.
Os MDF estabelecem formatos personalizados,
embora flexíveis para as demonstrações de balanço, ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO SNC:
de resultados, de alterações no capital próprio e dos • Sociedades abrangidas pelo CSC;
fluxos de caixa, assim como um modelo orientador para • Empresas individuais reguladas pelo código
o anexo. comercial;
• Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade
CÓDIGO DE CONTAS: Limitada;
O código de Contas representa uma estrutura • Empresas públicas;
codificada e uniforme de contas e tem por objetivo • Cooperativas;
responder às necessidades dos diferentes utentes da • Agrupamentos Complementares de Empresas e
contabilidade. Agrupamentos Europeus de Interesse económico;
• Entidades do setor não lucrativo.

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