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Intuito de fornecer informações indispensáveis para

INTRODUÇÃO À

a tomada de decisões de qualquer interessado
nessa entidade.
CONTABILIDADE A contabilidade é fundamental para a gestão

ORIGEM DA CONTABILIDADE das empresas. A realização de previsões assenta em


grande parte na informação fornecida pela
A contabilidade teve a sua origem nas
contabilidade.
sociedades primitivas a partir do momento em que o
homem deixou de ser capaz de produzir tudo o que Todas as empresas precisam de conhecer,
necessitava, começando a trocar os bens que lhe prever e controlar a sua atividade.
sobravam por aqueles que lhe faltavam.
● Conhecer: os resultados das operações que
Estas trocas foram-se desenvolvendo e realizam, os bens que controlam, as dividas
intensificando e começou a ser difícil conservar na contraídas, os empréstimos concedidos, o dinheiro
memória a sua extensão. disponível, etc.
● Prever com base no conhecimento do passado e
A contabilidade nasceu então da necessidade
do presente a assim planificar a futura atividade.
sentida pelo homem de registar certos factos da vida
● Controlar: avaliar o resultado da atividade
económica que a memória não conseguia abarcar.
desenvolvida e introduzir as correções adequadas

Génese da contabilidade – preencher face a eventuais desvios verificados.

limitações da memória.
EM SÍNTESE
Objetivo – recordar facilmente a variações de A contabilidade é uma ciência da natureza
determinada grandeza para que em qualquer económica que tem como objetivo divulgar
momento pudesse ser conhecida a sua extensão. informação essencialmente quantitativa acerca da
realidade económica passada, presente e futura de
Mas tinha outra função importante – era um
qualquer entidade, com a finalidade de facilitar a
meio de prova entre partes discordantes ou em litígio.
tomada de decisões financeiras por parte dos

A contabilidade evoluiu ao ritmo do interessados nessa entidade.

desenvolvimento económico, social e cultural da


sociedade.
A CONTABILIDADE COMO SISTEMA DE
INFORMAÇÃO
O movimento económico e político da
O conceito de contabilidade foi evoluindo ao
revolução industrial foi o grande motor de
longo dos anos.
desenvolvimento da contabilidade. Foram as unidades
de produção capitalistas que determinaram o Definição (anos 50) – “…o ato de registar,

aperfeiçoamento do método contabilístico. classificar e sumarizar de forma organizada e em termos


de unidades monetárias, as transações e
CONCEITO DE CONTABILIDADE acontecimentos que são de natureza financeira de
forma a permitir a sua interpretação subsequente”
O QUE É E PARA QUE SERVE?

A contabilidade é uma ciência de natureza Definição (anos 70) – atividade cuja “…função

económica. é a de fornecer informação quantitativa, de natureza


financeira, sobre entidades económicas, que seja útil
● Objetivo: a realidade económica de qualquer para a tomada de decisões de natureza económica”
entidade, pública ou privada.
● Analisada em termos essencialmente quantitativos.
Concluindo, o conceito de contabilidade FLUXOS DA EMPRESA E INFORMAÇÃO
passou de uma mera atividade de registo de transações CONTABILÍSTICA
para uma função muito mais complexa – fornecer
informação com o objetivo de permitir a tomada de
decisões fundamentadas.

Atualmente a contabilidade é considerada um


sistema de informação indispensável para a tomada de
decisões. A contabilidade estabelece, então, a
comunicação entre a entidade e os utilizadores dessa
informação (acionistas, clientes, fornecedores, Estado,
trabalhadores, financiadores, gestores, …).

● Ótica económica – rendimentos / gastos


UTILIZADORES DA INFORMAÇÃO ● Ótica monetária (caixa) – recebimentos /
CONTABILÍSTICA pagamentos

Internos – aqueles que tomam decisões ● Ótica financeira – receitas / despesas

relativamente à gestão da empresa.


FLUXOS REAIS

Externos – aqueles que não participam na tomada Conceito – quantidade de bens e serviços
de decisões internas da empresa, ou seja, aqueles que transferida em determinado período entre dois agentes
estão fora do negócio. económicos.

FLUXOS MONETÁRIOS

Conceito – quantidade de meios monetários

transferida em determinado período entre dois agentes


económicos.
NATUREZA DOS FLUXOS

CONCEITO DE PATRIMÓNIO
Qualquer entidade, para exercer a sua
atividade, necessita de um dado conjunto de
elementos (máquinas, edifícios, mercadorias, dinheiro,
etc.). o conjunto de valores utilizados pela entidade na
sua atividade económica constitui o seu património.
A entidade ao estabelecer relações com
terceiros no desenvolvimento da sua atividade, origina
um conjunto de direitos e de obrigações – dívidas a
pagar e dívidas a receber. Estes valores são
considerados partes integrantes do património.
Património complexivo
Qualquer que seja a natureza dos elementos ou global – abrange o conjunto de bens, direitos e
patrimoniais, todos apresentam carácter pecuniário –
obrigações (componentes ativa e passiva).
representação monetária (€).

Património bruto – abrange apenas os bens e os


O património pode ser visto segundo 2 aspetos:
direitos (todos os elementos do ativo).
● Aspeto qualitativo – o património é analisado pela
natureza dos seus elementos (dinheiro, dívidas a Património líquido – soma algébrica dos valores

receber e a pagar, máquinas, mercadorias, etc.); ativos e passivos (ativo – passivo).


● Aspeto quantitativo – expressão monetária das
Ativo – Passivo = Situação Líquida
componentes patrimoniais em termos de valores
económicos ou monetários. ● Ativo: conjunto de bens e direitos que uma
entidade detém para prosseguir a sua
COMPOSIÇÃO E VALOR DO
atividade.
PATRIMÓNIO
● Passivo: conjunto de obrigações.
O património pode ser igualmente encarado ● Situação líquida: são os recursos originários dos
como um conjunto de bens, direitos e obrigações. sócios e os rendimentos auferidos.

● Elementos positivos: bens e direitos – ATIVO. Situação Líquida = Capital Próprio = Património Líquido
● Elementos negativos: obrigações – PASSIVO.
INVENTÁRIO
Direitos – valores que a empresa tem de receber de
“É uma relação de elementos patrimoniais (lista, rol,
terceiros ou valores de propriedade (que se encontram
arrolamento) com a indicação dos seus valores”
em posse de terceiros) decorrentes ou não da sua
atividade principal. QUANTO AO ÂMBITO

Podem ser classificados como gerais ou


Bens – coisas úteis, suscetíveis de avaliação
parciais, consoante figuram todos os elementos (ativos
económica e que estejam à disposição de uma
e passivos) ou não de um património.
entidade para realizar os seus objetivos. (corpóreos:
materiais ou tangíveis / incorpóreos: imateriais ou
QUANTO À SUA DISPOSIÇÃO
intangíveis)
Podem ser classificados como simples / corridos

Obrigações – valores a pagar que resultam de ou classificados, consoante os elementos patrimoniais

dívidas ou compromissos de qualquer natureza que aparecem dispostos ao acaso, sem qualquer

assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se ordem ou aparecem agrupados segundo a sua

encontrem em posse da entidade, sobre os quais esta natureza característica ou função.

possui uma responsabilidade, quer pela devolução


QUANTO À PERIODICIDADE
(empréstimo), quer pela indemnização ou pelo
pagamento. Podem ser classificados como ordinários se se
realizarem periodicamente em obediência aos
normativos da entidade ou como extraordinários se se
efetuarem em consequência de circunstâncias Ativos = Fontes Próprias + Fontes Alheias
excecionais (cessão, liquidação).

FASES DA INVENTARIAÇÃO DE UM
PATRIMÓNIO

IDENTIFICAÇÃO E ARROLAMENTO:
Descrição sumária dos elementos patrimoniais a
considerar.
DISPOSIÇÃO HORIZONTAL DO BALANÇO

DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO:
Apresentação e repartição pelas diferentes
classes de acordo com a sua natureza.

AVALIAÇÃO OU VALORIZAÇÃO:
Atribuição de um valor fiável como expressão
do elemento em causa.
DISPOSIÇÃO VERTICAL DO BALANÇO

O BALANÇO
“O balanço é a expressão da relação existente entre o
ativo, o passivo e a situação líquida.”

“O balanço é o quadro dos componentes do ativo, do


passivo e da situação líquida, o mapa sintético da
situação patrimonial da empresa em dado momento
da sua existência” DECOMPOSIÇÃO DO BALANÇO QUANTO

Ativo = Passivo + Situação Líquida

● Se o ativo é superior ao passivo, a situação líquida é


ativa;
● Se o ativo é igual ao passivo, a situação líquida é
nula;
● Se o ativo é inferior ao passivo, a situação líquida é
AO DESTINO
passiva.
ORDENAÇÃO DOS SEUS ELEMENTOS Conceito – é uma operação ou acontecimento que
DECOMPOSIÇÃO DO ATIVO QUANTO AO imprime uma variação na composição e/ou valor do
SEU DESTINO património.

Ativo não corrente – são os recursos que uma


empresa detém com carácter de continuidade ou de
permanência e que não se destinam a ser vendidos ou
transformados. / aqueles cujo período de realização é
superior a 1 ano (M/LP)

Ativo corrente – aqueles que têm a ver com o ciclo


de atividade normal da empresa, não têm, portanto,
Factos patrimoniais permutativos – aqueles que
carácter de continuidade ou de permanência. /
apenas alteram a composição do património.
aqueles cujo período de realização (transformação em
disponibilidades) é inferior a 1 ano (CP).
Factos patrimoniais modificativos – aqueles que
alteram tanto a composição como o valor do
Ativos monetários – aqueles que sejam dinheiro ou
património.
que deem direito a receber uma quantia fixa de
dinheiro.

Ativos Não Monetários – todos os restantes ativos:


inventários, ativos fixos tangíveis e intangíveis, etc…

DECOMPOSIÇÃO DO PASSIVO

Passivo Corrente – exigível até 1 ano.

Passivo Não Corrente – exigibilidade superior a 1


ano.

Passivos Monetários – é uma obrigação de pagar


uma quantia fixa de dinheiro.

Passivos Não Monetários – todos os restantes.

QUANTO À SUA ORIGEM:

Passivo de Funcionamento – aqueles que derivam


da aquisição de bens e serviços destinados à atividade
normal da empresa.

Passivo de Financiamento – aqueles que,


geralmente, têm como contrapartida a obtenção ou
entrada na empresa de numerário. Poderão, também,
eventualmente, aparecerem fornecedores de
equipamentos a efetuar financiamentos através da
concessão de prazos mais alargados.

FACTOS PATRIMONIAIS:

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