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16/03/2014

A Contabilidade e sua Importância para as Entidades.

Administrar em tempos atuais tem-se tornado


Contabilidade Gerencial e um desafio constante aos administradores, a
velocidade com que produtos são substituídos ou
Estratégica mesmo sofrem modificações tem lhes tirado o sono.

Conduzir uma entidade, qualquer que seja seu ramo


de atividade ou mesmo até seu tamanho seja ele em
espaço físico ou em volume de vendas requer
conhecimentos constantes da estrutura e das
modificações desta entidade oriunda de sua
atividade.
Prof. Ms. José Antonio Cescon

A Contabilidade e sua Importância para as Entidades. A Contabilidade e sua Importância para as Entidades.
Não é de hoje que as decisões de cunho estratégico dos Para abordarmos a importância da contabilidade para
administradores necessitam além do conhecimento as empresas, precisamos antes de tudo conceitua-la:
profundo dos seus produtos e de seus mercados, também
o real conhecimento da situação econômica patrimonial
destas entidades, conhecimento este que se da através da “Contabilidade é a ciência que estuda, registra,
correta leitura e interpretação das demonstrações analisa e interpreta todos os fatos ocorridos dentro de
contábeis.
uma entidade, tendo como propósito o de fornecer
informações da composição de um patrimônio, suas
Estas informações precisam ser em tempo real, pois se
assim não o forem, poderão embora corretas, não serem variações e resultado econômico proveniente da
mais úteis para a tomada de decisão. Daí a real aplicação da riqueza empregada na formação deste
importância da contabilidade para as entidades. patrimônio”.

A Contabilidade e sua Importância para as Entidades. Contabilidade

A contabilidade tem por objetivo, “o estudo do


patrimônio destas entidades”.

A contabilidade tem pôr finalidade prestar


informações aos gestores de uma entidade para que “ A verdade não esta nas histórias ,
os mesmos possam ter o controle destas entidades, às mas sim nos livros contábeis”.
tomadas de decisões bem como o planejamento de
uma entidade está intimamente ligado à
contabilidade.

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Contabilidade – Campo de Atuação e Usuário Contabilidade – Campo de Atuação e Usuário


O campo de aplicação da contabilidade é vasto, incluindo As demonstrações Contábeis são as melhores fontes de dados
todas as entidades, sejam elas públicas ou privadas, com ou para delinear a situação socioeconômica de uma entidade.
sem fins lucrativos Um dos mecanismos utilizados para se obter este
conhecimento da situação das entidades é através das analises
É importante lembrar que as informações contábeis, não são das demonstrações contábeis.
somente para os administradores destas entidades (empresas), O objetivo da análise das demonstrações contábeis é traduzir
mas também aos que necessitam e utilizam estas informações, em informações úteis, os números apresentados nas
mesmo estando fora da entidade. (ex: acionistas, fornecedores, demonstrações.
clientes, bancos, etc.). As maiores dificuldades dos administradores, gestores e
empresários em geral é entender de modo racional as
A maneira correta de se conhecer o mundo econômico a sua demonstrações contábeis.
volta é saber interpretar dados das demonstrações econômicas Traduzir em informações úteis os números apresentados pela
das entidades que se mantêm relações ou se pretenda ter. contabilidade não é tarefa fácil para muitos destas pessoas.

Qual estrutura fornece mais informações


Ativo Ativo I
Demonstrativos Financeiros
Circulante Circulante Demonstrações Financeiras (Contábeis)
Disponível Disponível
(Obrigatórios pela legislação brasileira)
Caixa Créditos Dados
Reais Estoque Coletados
Dolares Americanos Dados
Euro Coletados Dados
Bancos Usuários
Aplicações
Coletados
Créditos
Clientes
Boleto/DP
Cheque prédatado
Cartão de Crédito
Visa Relatórios
Relatórios
Relatórios
MasterCard Contabilizados Contábeis
Dinners
Amex

Principais Demonstrativos Demonstrações Contábeis


Mas o que é um patrimônio: “patrimônio é o conjunto de bens,
Financeiros direitos (ATIVO) e obrigações (PASSIVO), pertencentes a uma
ou a um conjunto de pessoas, quer sejam pessoas físicas ou
jurídicas”.
Balanço Patrimonial (BP)
Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) Ativo - Bens e Direitos
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)
O que são Bens e Direitos : “Algo que satisfaz uma necessidade
Demonstrações de Fluxo de Caixa (DFC) (geram beneficios no presente e no futuro), podem ser
Notas Explicativas identificado, quantificado, mensurado e esta sob minha posse
Relatório da Administração direta (bens) ou indireta (direitos).
Parecer dos Auditores Independentes

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Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis


Obrigações Obrigações

E o que são Obrigações: “São sacrifícios futuros de um bem ou E o que são Obrigações: “São sacrifícios futuros de um bem ou
direito, para a manutenção de um bem ou direito adquirido no direito, para a manutenção de um bem ou direito adquirido no
passado”. Ex.: Fornecedores; Impostos a pagar, Salários a pagar, passado”. Ex.: Fornecedores; Impostos a pagar, Salários a pagar,
Empréstimos contraídos, etc. Empréstimos contraídos, etc.

As obrigações se dividem em obrigações para com terceiros e As obrigações se dividem em obrigações para com terceiros e
obrigações para com os sócios ou acionistas. obrigações para com os sócios ou acionistas.

Demonstrações Contábeis DRE


Receita Bruta – São as entradas (vendas a vista) ou prováveis DINÂMICA DAS DECISÕES FINANCEIRAS
entradas (vendas a prazo), decorrentes da venda de um
produto e/ou serviço – É o objeto social da entidade.
Deduções da receita – São as devoluções de vendas,
descontos incondicionais (após o reconhecimento da receita);
os impostos e contribuições que incidem diretamente sobre as
receitas, tais como o Pis, Cofins, Icms, Issqn (atentar para o DECISÃO DECISÃO
regime tributário da empresa). DE DE
Custos - São os sacrifícios incorridos na produção de um bem INVESTIMENTO FINANCIAMENTO
ou serviço. (CPV – CMV – CSP) (aplicações de recursos) (captações de recursos)
Despesas Operacionais – São os sacrifícios incorridos para
se gerar uma receita – Salários e encargos, aluguéis, material
de expediente, uso e consumo, propaganda e publicidade,
despesas com vendas, etc. (Exceto o que já foi alocado como
custo de produção).

RISCOS ASSOCIADOS
AS DECISÕES FINANCEIRAS
Interdependência Econômica e Financeira
Inerente a própria atividade
RISCO ECONÔMICO da empresa e às características
ECONÔMICO: FINANCEIRO: do mercado que opera. Reflete
(operacional)
Relação entre Sincronia as decisões de investimento.
TOMADA entre a
o retorno do DE Sazonalidade do mercado
Investimento e capacidade de
DECISÃO geração de Tecnologia
o custo de
Captação. caixa e o fluxo Fatores Concorrência
de desembolsos de risco Estrutura de Custos
Qualidade dos produtos
Variação na taxa de juros

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Influências na gestão financeira


RISCOS ASSOCIADOS
AS DECISÕES FINANCEIRAS
Variáveis Macro
• SETOR DE ATIVIDADE: Capital x MDO, ciclo de produção, concorrência, poder de
clientes e fornecedores, etc.
Reflete o risco associado às • INTERFERÊNCIA GOVERNAMENTAL: Regulação, tributação, etc.
RISCO FINANCEIRO decisões de financiamento.
Com a capacidade liquidar Estrutura de capital
seus compromissos financeiros. • Juros x Dividendos, Riscos de performance, Tipo de Credor, Tipo e porte de
acionistas, etc.
Descompasso de fluxo de caixa
Localização
Fatores Má administração do capital de giro • Custo de capital, benefícios fiscais, efeitos da logística, custos operacionais,
de risco Uso inadequado das fontes de financiamento
“custo Brasil”.

Dependência de recursos de terceiros Internacionalização de mercados e recursos


• OPORTUNIDADES: Ampliação de mercado, maior suprimento, tecnologia, fontes
de recursos, etc.
• AMEAÇAS: Competição, protecionismos, escala, acesso diferenciado a capital,
logística, governos.

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O mundo em mudança Ferramentas de gestão financeira


PRESSÕES ORÇAMENTO
DO AMBIENTE Orçamento é o processo pelo qual se estabelecem futuras expectativas e ações
EXTERNO operacionais, administrativas e financeiras, visando conduzir a organização aos
objetivos traçados pelos acionistas, com ações definidas pelo planejamento estratégico
e dentro das limitações impostas pela realidade de mercado.
DINÂMICA, INSTÁVEL, EVOLUTIVA, COMPLEXA Conceitos fundamentais:
• Origem nos objetivos da empresa (e dos acionistas)
Exemplo: Comércio eletrônico de US$ 9 Bi a US$ 2 Tri em 5 anos • Consideração extensiva a fatores externos, macro e microeconômicos
ÚNICA CERTEZA: TUDO VAI MUDAR • Responsabilidade e envolvimento de toda a organização
• Instrumento de gestão
SOBREVIVÊNCIA EXIGE ADAPTAÇÃO A ESSA REALIDADE
ELABORAÇÃO ==> ACOMPANHAMENTO ==> AJUSTE / REVISÃO
Tom Peters : “só existirão os ágeis e os mortos DEMONSTRATIVO DE “FLUXO DE CAIXA”
1 MUDAR OU MORRER 3 Demonstrativo que resume os valores de entradas e saídas de recursos monetários de
um empreendimento, de uma atividade ou projeto, em determinado período de tempo.
ALTERNATIVA: VENDER 2 Reflete a capacidade de geração de recursos monetários do projeto ou da empresa,
bem como a necessidade de recursos em determinado período.

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Decisões de alocação do capital


Decisões de investimentos envolvem a alocação de um recurso SEMPRE escasso: CAPITAL.
Ferramentas de gestão financeira Portanto, existe a necessidade de optarmos pelos melhores investimentos.
AVALIAÇÃO DE PERFORMANCE INVESTIMENTOS DEVEM TER EM MENTE
AUMENTAR RESULTADOS
• CAPACIDADE DE SALDAR DÍVIDAS (LIQUIDEZ) Moratória • Reduzir custos
• COBERTURA DE CAPITAL DE TERCEIROS (SOLVÊNCIA) Falência • Aumentar receitas
REDUZIR RISCOS
• GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA (“EBITDA”) AUMENTAR O VALOR DA EMPRESA
• RETORNO AOS ACIONISTAS ALTERNATIVAS DE ALOCAÇÃO DE CAPITAL
- Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) AUMENTAR ATIVOS
ROE = LL / PTLQ = função da “lucratividade”, da “atividade” e - Estoques CUSTO
“estrutura de capital” - Duplicatas (Prazo de venda) X
- Ativos fixos BENEFÍCIO
- Valor Econômico Agregado (“EVA”)
Valor adicionado por investimentos que geram retornos - Aplicações financeiras, etc
superiores ao custo REDUZIR PASSIVOS
do capital investido EVA = (r – c ) x Capital empregado - Liquidar empréstimos
- Recomprar ações
BALANCED SCORE CARD (“BSC”)
OPTAR ENTRE INVESTIMENTOS É TAREFA GERALMENTE DIFÍCIL, POIS PRECISAMOS COMPARAR
Estabelecimento de metas e medidas de desempenho, financeiras e RESULTADOS DE PROJETOS QUE DIFEREM NO VOLUME DE INVESTIMENTOS, TEMPO DE RETORNO (OU
não-financeiras, nas MATURAÇÃO), TEMPO DE VIDA, GRAU DE CERTEZA DOS RETORNOS (i.e., RISCO) E IMPORTÂNCIA
dimensões relativas a “Clientes”, “Processos”, “Aprendizado e ESTRATÉGICA PARA A COMPANHIA
Crescimento” e “Finanças”
• “Payback descontado”
Métodos de “timing” do retorno: • “Valor Presente Líquido” (NPV)
• “Taxa Interna de Retorno” (TIR)
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Capital de giro e investimentos Decisões de fontes de capital


REDUÇÃO DE ATIVOS
CAPITAL DE GIRO AVALIAÇÃO DE NECESSIDADES, USOS E FONTES RESGATE DE APLICAÇÕES
AS CONTAS CRÍTICAS CESSÃO DE CRÉDITOS

FONTES INTERNAS
MÁ GESTÃO GERA ENDIVIDAMENTO E CUSTOS REDUÇÃO DE ESTOQUES INFLUÊNCIAS DA
REDUÇÃO DE PRAZOS DE VENDA INTERNACIONALIZAÇÃO
CERTEZA DOS PAGAMENTOS E PROBABILIDADE DOS RECEBIMENTOS DOS MERCADOS
VENDA DE PARTICIPAÇÕES / INVESTIMENTOS
A CARÊNCIA DE CAPITAL DE GIRO SIGNIFICA A MORTE DA EMPRESA MAIOR ACESSO A
VENDA DE IMOBILIZADO CRÉDITO
MODERNAMENTE É MAIS IMPORTANTE DO QUE O INVESTIMENTO FIXO E CAPITAL
GERAÇÃO DE RESULTADOS
CONCORRÊNCIA COM
AUMENTO DE PASSIVOS OUTROS TOMADORES
INVESTIMENTO FIXO AVALIAÇÃO DE CUSTOS x BENEFÍCIOS CRÉDITO DE FORNECEDORES EXIGÊNCIAS DE
QUALIDADE,

FONTES EXTERNAS
ANÁLISE DE CUSTOS, BENEFÍCIOS E DE SEU EFEITO LÍQUIDO ADIANTAMENTO DE CLIENTES GOVERNANÇA E
CONSIDERAÇÕES DE
EMPRÉSTIMOS RISCO
ANÁLISE DO FLUXO DE RECURSOS
ADIANTAMENTO DE CONTRATOS (empresa e país)
ESCOLHA DO MÉTODO DE DECISÃO
LEASING
CRIAÇÃO DE VALOR: > RETORNO OU < RISCO
DEBÊNTURES
AUMENTO DE CAPITAL (Lançamento de Ações)
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Custo de capital Estrutura de capital


ESTRUTURA DE CAPITAL = COMPOSIÇÃO ENTRE RECURSOS
CUSTO DE CAPITAL (k) É O RETORNO EXIGIDO / COBRADO PELOS SUPRIDORES DE PRÓPRIOS E DE TERCEIRO
CAPITAL DAS EMPRESAS, I.E., POR ACIONISTAS, INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E OUTROS
CREDORES. OBJETIVO: Maximizar o valor da empresa para os acionistas
O CUSTO DE CAPITAL (k) É UMA VARIÁVEL PROSPECTIVA, OU SEJA, LIGADA A AÇÕES
FUTURAS. (Decisões de investimentos, de fontes de recursos e de estrutura de capital QUAL A ALAVANCAGEM MÁXIMA ?
são tomadas com base no custo de capital dos NOVOS recursos a serem captados e não
dos que foram captados no passado).
“A ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL É AQUELA QUE
CUSTO DE CAPITAL é derivado do RETORNO EXIGIDO pelos supridores de recursos - MAXIMIZA O VALOR DA EMPRESA PARA OS ACIONISTAS e
Acionistas = taxa de risco zero + inflação + prêmio de risco - A PARTIR DA QUAL O CUSTO DE CAPITAL SOBE”
Financiadores = taxa de captação + lucro + inflação + prêmio de risco
ou também definida como aquela que:
- AUMENTA A GERAÇÃO POSITIVA DE CAIXA E/OU
- REDUZ OS SEUS RISCOS

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Valoração da empresa
COMO AVALIAR UMA EMPRESA ? Ferramentas de Decisão Financeira
CIA ABERTA / AÇÕES NEGOCIADAS EM BOLSA
* Preço em Bolsa / Market Capitalization
A análise vertical mostra a participação
CIA FECHADA / SEM NEGOCIAÇÃO
* Diversos métodos percentual de cada item das demonstrações
MÉTODOS: financeiras em relação ao somatório de seu grupo.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONTÁBIL Essa análise permite avaliar a composição de itens e
PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO
PAY BACK sua evolução no tempo.
VALOR DE REPOSIÇÃO
FLUXO DE CAIXA DESCONTADO (= GERAÇÃO DE RESULTADOS)
MÚLTIPLO DE LUCROS (ÍNDICE P / L) A análise horizontal toma por base dois ou mais
VALOR DE LIQUIDAÇÃO
exercícios sociais para verificar a evolução ou
QUAL O MELHOR ? QUAL O MAIS USADO ?
CONFLITOS ENTRE AS PARTES involução de seus componentes. Observando o
A QUESTÃO DO VALOR DA MARCA / DO FUNDO DE COMÉRCIO comportamento dos diversos itens do patrimônio e,
FATORES:
COMO AUMENTAR
principalmente, dos índices, pode-se fazer uma
O VALOR ? PERCEPÇÃO > RENTABILIDADE análise de tendência.
+ Receitas / - Custos / + Eficiência
< RISCO
+ Capital / - K / + Fluxo de Caixa
MELHOR GESTÃO / TECNOLOGIA / PODER
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Análises através de Índices


A avaliação da empresa através de índices exige obrigatoriamente a comparação com b) Índices de Estrutura de Capital
padrões e a fixação da importância relativa de cada índice.

a) Índices de Liquidez Endividamento Geral


(Passivo Total – Patrimônio Líquido)
☺ Liquidez Geral
Ativo Circulante + Realizável a longo prazo Passivo Total
Passivo Circulante + Exigível a longo prazo
Cobertura de Juros
☺ Liquidez Corrente Lucro Operacional
. Ativo Circulante . Juros
Passivo Circulante
Índice de composição do endividamento
☺ Liquidez Seca . Passivo Circulante .
(Ativo Circulante – Estoques)
Capitais de Terceiros
Passivo Circulante

c) Índices de Medidas de Giro d) Índices de Rentabilidade

Giro de estoque Margem de Lucro


CMV ÷ Estoque Médio Lucro Líquido ÷ Vendas Líquidas

Giro de contas a receber Retorno do Ativo


Vendas Líquidas ÷ Contas a receber
Lucro Líquido ÷ Ativo Total
Giro de contas a pagar
CMV ÷ Contas a pagar Retorno do Capital Próprio
Lucro Líquido ÷ Patrimônio Líquido
Giro do ativo total
Vendas Líquidas ÷ Ativo Total

Como Avaliar os Índices


Como Avaliar os Índices ANÁLISE FINANCEIRA
R
HO

Avaliação intrínseca do índice: Importa em tirar conclusões a partir Estrutura de Capital


EL

2000 2001 2002


M

da intuição do analista, de sua experiência anterior, etc. Aconselha-


se somente em situações em que não há índice-padrão para Composição do Endividamento 49% 44% 60% <
comparar;
Cobertura de Juros 482% 345% 210% >
Comparação dos índices no tempo: Mostra as tendências seguidas Endividamento Geral 68% 59% 87% <
pela empresa no decorrer do tempo. É muito importante;
Liquidez

Comparação com padrões: Consiste em comparar um índice em Liquidez Geral 0,97 0,98 1,01 >
relação a um universo de índices, e, a partir daí, tirar conclusões a Liquidez Corrente 1,39 1,59 1,12 >
partir de parâmetros bem definidos.
Liquidez Seca 0,95 1,15 0,88 >
Os índices não devem ser considerados isoladamente, e sim num contexto
mais amplo, onde cabe interpretar também outros indicadores e variáveis. Rentabilidade

O analista deve sempre ponderar sobre o ramo de atividade e as Giro do Ativo 61% 72% 120% >
peculiaridades do negócio da empresa, comparar os índices aos das empresas
concorrentes. Margem Líquida 1,3% 1,2% 2,8% >
Rentabilidade do Ativo 0,8% 0,9% 3,4% >

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Situações o CCL Fontes de capital de giro


Capital Circulante Líquido
Aplicações Fontes

CCL = AC - PC
CCL = (PL + PNC) - (ANC) ATIVO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE

ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO (aplicação de


capital de giro) PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo
corrente corrente corrente corrente corrente corrente

CCL CCL

Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo ATIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
não não não não não não
corrente corrente corrente corrente corrente corrente

CCL Positivo CCL Negativo CCL Nulo

Necessidade de Capital de Giro


Pode ser calculada de duas formas: Ciclos
Compra de Pagamento Venda Recebimento
Matéria-prima Fornecedor da Venda

a) Através do Saldo das Contas do Balanço – NCG = PMPF PMC

Valor das Contas a Receber + Valor do Estoque - IME

Valor de Contas a Pagar


Ciclo Operacional
Ciclo Econômico
b) Através do Ciclo Financeiro – NCG = Ciclo
Ciclo de Caixa
Financeiro X Vendas/dia ou (PME + PMR – PMP)
CO = IME + PMC Ciclo Operacional
CC = CO - PMPF Ciclo de Caixa
CC = IME + PMC - PMPF

Ciclos
Ciclos
O ciclo operacional (CO) abrangendo o período entre a
compra de mercadoria e o recebimento da venda.

O ciclo econômico (CE) considera unicamente os Compra de


Matéria-prima
Início da Fim da Venda Recebimento
eventos de natureza econômica, envolvendo a compra Fabricação Fabricação da Venda

de materiais até a respectiva venda.


PME(Mp) PMF PMV PMC

O ciclo de caixa [financeiro] (CC) é definido como o IME


período de tempo que vai do ponto em que a empresa
faz um desembolso para adquirir matérias-primas, até
o ponto em que é recebido o dinheiro da venda do IME ou PME= Idade Médio de Estoque ou Prazo médio de estocagem
produto acabado. PME(Mp) = Prazo Médio de Estocagem de Matéria-prima
PMF = Prazo Médio de Fabricação
PMV = Prazo Médio de Venda
PMPF = Prazo Médio de Pagamento do Fornecedor
PMC = Prazo Médio de Cobrança

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Giro de Caixa Caixa Mínimo Operacional


O objetivo do Caixa Mínimo Operacional (CMO) é fazer com que a
empresa opere de modo a precisar de um mínimo de caixa,
O Giro de Caixa (GC) refere-se ao número de vezes por planejando o montante de caixa que permitirá a mesma saldar suas
ano que o caixa da empresa realmente se reveza. contas no vencimento e com margem de segurança para efetuar
pagamentos não programados ou operar sem a entrada das receitas
O Giro de Caixa é calculado dividindo o suposto número programadas.
de dias do ano (360) pelo ciclo de caixa:
Um dos métodos utilizados consiste em determinar o nível mínimo
de caixa com base em um percentual (%) sobre as vendas. Ex. 8 % das
360 vendas faturadas.
GC =
CC Outro método é dividir os Desembolsos Totais Anuais (DTA) da
empresa pelo seu Giro de Caixa (GC).
DTA
CMO =
GC

Alavancagem Financeira
Grau de Alavancagem Financeira
Existe uma medida (na realidade um índice), denominado GRAU DE
A alavancagem financeira ocorre quando o capital de ALAVANCAGEM FINANCEIRA. Esse índice mede o quanto uma
terceiros (de longo prazo) produz efeitos sobre o empresa está ganhando (ou perdendo) por conta da utilização de
patrimônio líquido. O processo é como se o capital de CAPITAL DE TERCEIROS;
terceiros, utilizando-se de uma “alavanca”, produzisse
efeitos (positivos ou negativos) sobre o patrimônio
líquido. Para calcular a GAF, podemos utilizar o ROE (Retorno
sobre o Patrimônio Líquido) e o ROA (Retorno sobre o
As riquezas de uma empresa são geradas pelos ativos, Ativo Total), simplificando a metodologia de cálculo,
que são financiados pelo capital próprio e de terceiros. conforme ilustra a fórmula a seguir:
Portanto, para aumentar a riqueza dos acionistas ou GAF = ROE / ROA
sócios, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RPL) deve
ser superior ao Retorno sobre o Ativo Total (RAT).

Recapitulando, ROE = LL / PL e ROA = LAJIR / ATIVO


TOTAL

Interpretação do GAF ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NO CÁLCULO RENTABILIDADE


Quando comparamos lucro com Ativo, ou lucro com Patrimônio
Líquido devemos considerar dois aspectos:
GAF = 1 Alavancagem financeira nula
Muitos conceitos de lucro poderão ser utilizados: lucro líquido,
lucro operacional, lucro bruto etc. é imprescindível que o
numerador seja coerente com o denominador. Se utilizarmos o
lucro líquido no numerador, utilizaremos o Ativo Total no
GAF > 1 Alavancagem financeira favorável numerador. Utilizando o lucro operacional no numerador,
utilizaremos o Ativo Operacional no denominador, e assim
sucessivamente.

Tanto o Ativo como o Patrimônio Líquido, utilizados no


GAF < 1 Alavancagem financeira desfavorável denominador para calculo da taxa de retorno, poderiam ser
médio:
A razão é que nem o Ativo Final e nem o Ativo Inicial geraram o
resultado, mas a média do Ativo utilizado no ano. Idem para o
Patrimônio Líquido.

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RENTABILIDADE DA EMPRESA X RENTABILIDADE DO EMPRESARIO (ROI X RENTABILIDADE DA EMPRESA X RENTABILIDADE DO EMPRESARIO (ROI X
ROE ROE

Em inglês ROI é Return On Investment (retorno sobre


investimento, que é a mesma coisa que retorno sobre Ativo A rentabilidade é medida em função dos investimentos. As
ou TRI). fontes de financiamento do Ativo são Capital Próprio e
ROE é Return On Equity (retorno sobre o capital investido Capital de Terceiros. A administração adequada do Ativo
pelos proprietários, que é a mesma coisa que retorno sobre proporcionam maior retorno para a empresa. Por outro lado,
patrimônio líquido ou TRPL). os donos da empresa querem saber quanto esse retorno (LL)
Assim: representa em relação ao capital que eles (donos)
investiram.
ROI = TRI = Lucro Líquido
Ativo
É possível que essas duas formas de medir rentabilidade
ROE = TRPL = Lucro Líquido pareçam à mesma coisa, sem trazer grande contribuição
Patrimônio Líquido para tomada de decisão.

RENTABILIDADE DA EMPRESA X RENTABILIDADE DO EMPRESARIO (ROI X RENTABILIDADE DA EMPRESA X RENTABILIDADE DO EMPRESARIO (ROI X
ROE ROE
Exemplo - admitimos que a Empresa Sucesso Ltda. No Admitimos que o gerente do Banco Oportunista ofereça um
ano 1, obteve um lucro de $ 185.162m, tendo o credito de $ 700.000 por um ano, renovável. O contador faz
seguinte Balanço Patrimonial. diversas simulações. Admitindo-se que a empresa aceite os $
700.000 emprestados do Banco Oportunista (ele pressupõe
ATIVO PASSIVO todas as alternativas de usar os recursos emprestados tanto
Circulante 220.000 Capital Terceiros 185.100
no Ativo Circulante como no Ativo Não Circulante
Imobilizado):
Não Circulante 705.744 PL 740.644
A melhor é um acréscimo no lucro de $ 50.000 (acréscimo
Capital 555.644 no lucro já deduzindo os juros), se aplicar $ 400.000 no
Lucro Liquido 185.000 Circulante e $ 300.000 no Não Circulante Imobilizado.

Total Ativo 925.744 Total Passivo 925.744 a) Se você fosse o dono?


b) Se você fosse o administrador?

RENTABILIDADE DA EMPRESA X RENTABILIDADE DO EMPRESARIO (ROI X RENTABILIDADE DA EMPRESA X RENTABILIDADE DO EMPRESARIO (ROI X
ROE ROE

Administrado Formula Antes do Depois do Resultado


ATIVO Antes Depois PASSIVO Antes Depois r empréstimo Empréstimo
Circulante 220.000 + 400.000 Capital Terceiros 185.100 + 700.000 Liquidez AC/PC (CT) 220.000/185.100 620.000/825.100= Piorou
220.000 = 620.000 185.100 = 825.100 = 1,19 0,70
Endividamento CT/PT 185.100/925.744 825.100/1.625.744 Piorou
= 20% = 55%
Não Circulante 705.744 + 300.000 PL 740.644 + 0 =
705.744 = 1.005.744 740.644 740.644 Rentabilidade LL/AT 185.000/925.744 185.000 + 50.000/
= 20% 1.625.744 = 14% Piorou
Payback 5 anos Payback 7 anos
Total Ativo 925.744 + 700.000 Total Passivo 925.744 + 700.000 =
925.744 = 1.625.744 925.744 1.625.744
Empresário LL/PL 185.000/740.644 185.000 + 50.000/
TR/PL = 25% 740.664 = 32% Melhorou
Payback 4 anos Payback 3 anos

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RENTABILIDADE DA EMPRESA X RENTABILIDADE DO EMPRESARIO (ROI X


ROE DADOS INCONSISTENTES
Neste caso, para o proprietário a aquisição do empréstimo é Ativo Passivo Resultado
bom negocio, pois aumenta a rentabilidade de 25% para
Circulante Circulante RB 2.000
32%, reduzindo o payback em um ano. Disponível 230 Fornecedores 120 Deduções (320)
Créditos 180 Empréstimos 200 CMV (1.200)
Estoques 200 Financiamentos 50 = MC 480
No ponto de vista do administrador, cai a liquidez, aumenta Não Circulante Não circulante Despesas (180)
o endividamento e reduz o payback da empresa em mais de RLP 70 Empréstimos 0 IR e CS (72)
2 anos. Investimentos 110 Financiamentos 130 =
Imobilizado 210 LO 108
Patrimônio Líquido 500
Parece que esse empréstimo faria o proprietário mais rico e a
empresa mais pobre. Assim do ponto de vista gerencial, não TOTAL 1.000 TOTAL 1.000
é interessante aceitar esse empréstimo, pois o tripé pioraria.

Referências Bibliográficas
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Paulo: Atlas, 2000.
BRIGHAM, Eugene; Gapenski C.; Ehrhardt, Michael C. Administração
Financeira Teoria e Prática. São Paulo: Editora Atlas, 2001.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: teoria e prática.
São Paulo: Atlas, 2008
GITMAN, Lawrence & MADURA, Jeff. Administração Financeira, uma
abordagem gerencial. São Paulo: Editora Pearson, 2003.
GITMAN, Lawrence. Princípios de Administração Financeira . São Paulo:
Ed. Pearson, 2010.
HORGREEN, C.; SUNDEN, G. L.; STRATTON, W. A. Contabilidade
Gerencial. São Paulo: Prentice Hall, 2008
IUDÍCIBUS, Sergio de. Contabilidade Gerencial. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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