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Turma Audazes

Fiscos e Controle

Inclui
Pronunciamentos Clássicos
Turma Audazes Fiscos e Controle - Prof. Gilmar Possati

SUMÁRIO
Resumos de Contabilidade ................................................................................ 2
Aspectos Introdutórios.......................................................................................................................... 2
Patrimônio ..................................................................................................................................................... 4
Contas ............................................................................................................................................................... 6
Atos e Fatos................................................................................................................................................... 8
Escrituração .................................................................................................................................................. 9
Balanço Patrimonial .............................................................................................................................. 12
Reservas e Dividendos .........................................................................................................................16
Demonstração do Resultado do Exercício ............................................................................ 18
CPC 00 (R2) – Estrutura Conceitual ........................................................................................... 20
Orientação Básica Pronunciamentos Contábeis ............................................................. 30
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos .......................................................... 31
CPC 04 – Ativo Intangível .................................................................................................................. 32
CPC 16 – Estoques ................................................................................................................................... 37
CPC 25 – Provisões, Passivos e Ativos Contingentes ..................................................... 38
CPC 27 –Ativo Imobilizado ................................................................................................................39

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RESUMOS DE CONTABILIDADE
Prezado Audaz! Nesse ebook vamos trazer os principais tópicos de Contabilidade
Geral de maneira esquematizada para que você possa usar especialmente como
ferramenta de revisão. Separamos os resumos por tópicos a fim de facilitar o
raciocínio e as revisões. Além disso, para cada tópico trouxemos uma breve
orientação. Avante!

Aspectos Introdutórios
Orientação: Os aspectos introdutórios da disciplina englobam conhecimentos básicos que
nos ajudam a entender os diversos assuntos da disciplina. Algumas bancas, a exemplo do
CESPE, têm explorado esses pontos básicos em prova. Logo, é interessante você saber esses
detalhes que estão resumidos abaixo.
CONCEITO: é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de
registro dos atos e fatos de uma administração econômica.

OBJETO: Patrimônio = conjunto de bens, direitos e obrigações.


CAMPO DE APLICAÇÃO: Aziendas = Gestão + Patrimônio = entidades econômico-
administrativas (com ou sem fins lucrativos). “Entidade que Reporta” (CPC 00 – R2)

▪ Controlar o patrimônio administrado;


OBJETIVO/FINALIDADE: ▪ Fornecer informações sobre a composição e as variações
patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades
econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus
fins.

Função Administrativa = controle do patrimônio;


FUNÇÕES:
Função Econômica = apuração do resultado líquido (rédito).
patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades
econômicas
Conjunto desenvolvidas pela entidade
de procedimentos para alcançar
utilizados seus fins.
pela contabilidade para
registrar ou levantar os fatos contábeis.
Escrituração: técnica utilizada para registrar os fatos contábeis;
Demonstrações Contábeis: técnica utilizada para evidenciar os fatos
contábeis escriturados;
TÉCNICAS:
Análise das Demonstrações Contábeis: técnica utilizada para extrair
informações sobre a situação financeira, econômica e patrimonial da
entidade, a fim de subsidiar o processo de tomada de decisões;
Auditoria: técnica utilizada para examinar a escrituração e
evidenciação das informações financeiras, verificando se essas
informações foram elaboradas de acordo com as normas vigentes e os
princípios contábeis.

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USUÁRIOS: A doutrina costuma classificar os usuários da informação contábil em


dois grandes grupos: internos e externos.
Os usuários internos estão ligados aos objetivos e às atividades da entidade. Como a
própria classificação indica, são internos à entidade. Eles influenciam na gestão
administrativa da entidade (funções de planejamento, aspectos gerenciais, como
políticas de preços, gestão de pessoal, etc). Basicamente, são os administradores e
acionistas/sócios controladores.
Os usuários externos, por sua vez, não compõem como regra a estrutura da
entidade. Estão interessados em diversas informações, de acordo com o seu objetivo.
Basicamente, englobam os acionistas/sócios não controladores (investidores),
bancos, fornecedores, governo, entre outros.

Usuários dos Relatórios Financeiros (CPC 00 R2)

▪ Investidores
existentes e
▪ credores por empréstimos usuários principais
potenciais
▪ Outros credores

▪ “Outras partes”
- Reguladores
usuários “secundários"
- Público em geral
- Administração
(...)

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Patrimônio
Orientação: Aqui nós devemos saber bem os conceitos dos elementos patrimoniais (Ativo,
Passivo e PL). Esses conceitos são encontrados no CPC 00 (R2) e resumidamente estão
descritos abaixo.
Além desses conceitos devemos ter o entendimento da equação fundamental do
patrimônio. Atenção para o estudo dos sinônimos patrimoniais, conforme tabela abaixo.

Sinônimos para os componentes patrimoniais

Ativo Passivo Patrimônio Líquido

Patrimônio Bruto Passivo Exigível Situação Líquida

Capital Aplicado Capital de Terceiros Capital Próprio

Capital Investido Capital Alheio Recursos Próprios

Aplicações dos Recursos Recursos de terceiros Passivo Não Exigível

Investimentos Riqueza Própria


(líquida)

Conforme você pode observar no ebook de questões comentadas CESPE, os


examinadores costumam jogar com esses sinônimos. Aqui temos um campo fértil
para exigências. Dominar esses sinônimos é muito importante. Portanto, vá para a
prova com essa tabelinha incorporada... tem que estar na “massa do sangue”.
Fique alerta para a nomenclatura “passivo” na equação fundamental. Às vezes o
termo passivo na verdade está se referindo apenas ao passivo exigível. Outras vezes,
esse termo engloba o passivo total (exigível + não exigível). Assim, na hora da prova
tenha isso em mente ao julgar o item.
Por fim, devemos saber os estados patrimoniais. Identificar as situações possíveis é
básico (sabendo as situações possíveis, qualquer afirmação fora dessas situações
configura uma situação patrimonial impossível de ocorrer).

Anotações
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COMPONENTES PATRIMONIAIS

Bens: itens avaliados em moeda capazes de satisfazer às necessidades das entidades,


sejam pessoas físicas ou jurídicas;
Direitos: valores a receber de terceiros, gerados por meio de operações da entidade;
Obrigações: representam as dívidas que a entidade contrata junto a terceiros;

Ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como


resultado de eventos passados.
Recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir
benefícios econômicos.
Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso
econômico como resultado de eventos passados.
Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após
a dedução de todos os seus passivos.

EQUAÇÃO PATRIMONIAL (A = PE + PL)


ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

EQUAÇÃO PATRIMONIAL “AMPLIADA”

Ativo + Despesa (inclui perdas) = Passivo + PL + Receitas (inclui ganhos)

APLICAÇÕES ORIGENS

SL > 0 Situação Líquida positiva (total de bens e direitos é maior


ESTADOS que o total das obrigações).
PATRIMONIAIS:
SL = 0 Situação Líquida Nula
SL < 0 Situação Líquida negativa (passivo a descoberto)

Anotações
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Contas
Orientações: Nesse tópico precisamos saber dois pontos básicos centrais da Contabilidade:
o método das partidas dobradas e a natureza das contas.
Saber o mecanismo de débito e crédito simplesmente é a base para você entender os fatos
contábeis e toda a metodologia de escrituração. Portanto, jamais vá para uma prova de
Contabilidade sem entender esse ponto.
Além disso, saber a natureza das contas também é importantíssimo. No início do estudo,
vale até mesmo memorizar (com um pequeno tempo de estudo naturalmente estará
incorporado ao seu conhecimento).
CONCEITO: são nomes que qualificam os elementos patrimoniais e quantificam-nos
por meio de saldos devedores e credores.
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS
A todo o débito corresponde um ou mais créditos, sendo que o total de débito é
exatamente igual ao total de crédito;
A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos;
Um ou mais débitos em uma ou mais contas deve corresponder a um ou mais
créditos de valor equivalente em uma ou mais contas.
NATUREZA DAS CONTAS
▪ Devedora – Aumenta a Débito e diminui a Crédito → Ativo, Despesa, Redutora de
Passivo e Redutora do PL.
▪ Credora – Aumenta a Crédito e diminui a Débito → Passivo, Receita, Redutora de
Ativo
▪ Entrada no Ativo → Bens e Direitos → Debitar
▪ Saída no Ativo → Bens e Direitos → Creditar
▪ Entrada no Passivo → Obrigações → Creditar
▪ Saída no Passivo → Obrigações → Debitar
▪ Despesas → apropriação (reconhecimento) → Debitar
▪ Receitas → apropriação (reconhecimento) → Creditar
FUNÇÃO DAS CONTAS: representar os itens patrimoniais e de resultado.
ESTRUTURA DAS CONTAS: A conta é composta pelos elementos essenciais: data;
histórico; débito; crédito; e saldo.
PLANO DE CONTAS

Conceito: conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina as tarefas do setor


de contabilidade;

Objetivo: uniformizar os registros contábeis de uma entidade;

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Elementos essenciais: elenco de contas, manual de contas (código, intitulação,


função, funcionamento, natureza, critérios de avaliação, exemplos de lançamentos,
roteiros para conciliações) e modelos de demonstrações padronizadas.

TEORIA DAS CONTAS

TEORIA DAS CONTAS

PERSONALISTA MATERIALISTA PATRIMONIALISTA

Proprietários Contas Integrais Contas


Patrimoniais
PL, Receitas e Despesas Ativo e Passivo
Ativo, Passivo, PL

Agentes Consignatários Contas Diferenciais PL,


Receitas e Despesas Contas de
Pessoa a quem o proprietário
Resultado
confia a guarda dos bens da
empresa. Receitas e
Despesas

Agentes Correspondentes
Pessoas que não pertencem
à entidade. São os direitos e
as obrigações da empresa.

Anotações
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Atos e Fatos
Orientações: Esse assunto não possui mistérios. Sabendo o que está no resumo abaixo você
pode garantir o acerto em uma eventual exigência.
Lembre-se que os fatos modificativos envolvem o reconhecimento de uma despesa (fatos
modificativos diminutivos) ou o reconhecimento de uma receita (fatos modificativos
aumentativos).
Já nos fatos mistos além de envolver um fato permutativo, há a ocorrência de um fato
modificativo.

TIPOS DE FATOS:

Permutativos: são os fatos que não alteram o Patrimônio Líquido;


Modificativos: são os fatos que alteram o Patrimônio Líquido. Podem ser:
aumentativos ou diminutivos;
Mistos ou Compostos: são os fatos que envolvem simultaneamente um fato
permutativo e um fato modificativo.

Anotações
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Escrituração
Orientações: Aqui começamos a entender como funcionam os registros contábeis, como se
efetiva a escrituração das principais operações contábeis.
Devemos saber aspectos básicos dos livros contábeis. Nesse ponto, oriento focar sua revisão
nas formalidades extrínsecas e intrínsecas dos livros.
Além disso, você deve revisar quais são os elementos essenciais do lançamento, quais as
fórmulas (a nossa tabelinha descrita no resumo abaixo) e as formas de correção dos
lançamentos (todos esses pontos estão objetivamente resumidos abaixo).
Nas operações típicas, sugiro dar especial atenção às operações com duplicatas
descontadas. Revise as 3 hipóteses que podem ocorrer no vencimento da duplicata (1ª – o
cliente paga a duplicata; 2ª – o cliente não paga a duplicata; 3ª – o cliente paga apenas uma
parte do valor da duplicata).

ESCRITURAÇÃO
Técnica utilizada para o registro dos fatos contábeis;
A escrituração é obrigatória, exceto para produtor rural e pequeno empresário
(receita bruta anual de até R$ 81.000,00);
Método das Partidas Dobradas: a todo o débito corresponde um ou mais créditos.
Débitos = Créditos.
LIVROS DE ESCRITURAÇÃO
RAZÃO
Obrigatório: pelo Regulamento do Imposto de Renda (RIR/2018) somente para as
entidades obrigadas a declarar o IR com base no lucro real.
Facultativo: pela legislação societária.
Principal: registra todos os fatos contábeis.
Sistemático: os fatos contábeis são registrados por tipo de contas (bancos, duplicatas
a receber, fornecedores, capital social, etc).
Pode ser considerado também cronológico.
DIÁRIO
Obrigatório: exigido pelo Código Civil;
Principal: registra todos os fatos contábeis;
Comum: para todas as empresas;
Cronológico: fatos contábeis registrados em ordem cronológica.
FORMALIDADES
Extrínsecas (forma de apresentação material)
Encadernado; folhas numeradas e rubricadas; autenticado; termo abertura e
encerramento;

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Objetivo: dificultar a adulteração do livro;


A inobservância das formalidades extrínsecas invalida todo o livro.
Intrínsecas (relacionadas com o lançamento contábil)
Ordem cronológica; não deve haver rasuras, borrões, sinais, linhas em branco,
entrelinhas, folhas em branco, etc; língua e moeda nacionais;
Objetivo: resguardar a fidedignidade dos fatos ocorridos em relação aos fatos
registrados;
A inobservância das formalidades intrínsecas invalida apenas o registro onde
ocorrem.
ELEMENTOS ESSENCIAIS
▪ local e data;
▪ conta(s) debitada(s);
▪ conta(s) creditada(s);
▪ histórico;
▪ valor.
FÓRMULAS

Fórmula Macete Estrutura do Lançamento Classificação

1ª 11 1 débito e 1 crédito simples

2ª 12 1 débito e 2 créditos ou mais


composta
3ª 21 2 débitos ou mais e 1 crédito

4ª 22 2 débitos ou mais e 2 créditos ou mais complexa

FORMAS DE CORREÇÃO
Estorno: lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o integralmente.
Transferência: estorno parcial.
Complementação: consiste em complementar (suplementar) o valor registrado a
menor (registro original).

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BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Demonstrativo auxiliar, não obrigatório, levantado para fins operacionais;
É composto por todas as contas com os seus respectivos saldos, extraídos do Livro
Razão;
Objetivo: verificar se o método das partidas dobradas foi obedecido ao longo do
processo de escrituração dos fatos contábeis;
Existem erros que não podem ser detectados pelo levantamento do balancete.
O fato de o somatório dos saldos devedores ser igual ao somatório dos saldos
credores não significa que a escrituração está 100% correta.
Tipo Estrutura
(colunas)

Duas saldo devedor (D); saldo credor (C)

Quatro movimentos (D/C); saldo devedor (D); saldo credor (C)

Seis saldo anterior (D/C), movimento (D/C); saldo atual (D/C)

Oito saldo anterior (D/C); movimento (D/C) e Saldos (D/C); saldo atual (D/C)

Anotações
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Balanço Patrimonial
Orientações: Aqui você deve revisar quais as demonstrações contábeis que são
obrigatórias, quais são dispensadas... enfim, o que está no resumo abaixo.
Além disso, revise as características de cada grupo e subgrupo (ativo circulante, não
circulante, investimentos, imobilizado, etc).
Vale dar uma atenção também no estudo das reservas de lucro e de capital, suas
características, formas de constituição, as regras previstas na Lei n. 6.404/76.
CONCEITO
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os
bens e direitos (Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da
entidade em uma determinada data.
ESTRUTURA
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Bens e Direitos (curto prazo) Obrigações (curto prazo)
(-) contas retificadoras (-) contas retificadoras

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante


Obrigações de Longo Prazo
Ativo Realizável a Longo Prazo (-) contas retificadoras
Bens e Direitos (longo prazo)
(-) contas retificadoras Patrimônio Líquido
Capital Social
Investimentos (-) Capital a Integralizar
Bens (-) Gastos com Emissão de Ações
(-) contas retificadoras Reservas de Capital
(+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial
Imobilizado Reservas de Lucros
Bens tangíveis (-) Ações em Tesouraria
(-) contas retificadoras (-) Prejuízos Acumulados

Intangível
Bens Intangíveis
(-) contas retificadoras
Total Total

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CONTEÚDO DOS GRUPOS E SUBGRUPOS

▪ Disponibilidades;
AC ▪ Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente;
▪ Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (despesas antecipadas).
▪ Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
ARLP
▪ Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual.
▪ Participações permanentes em outras sociedades;
Investimento ▪ Direitos de qualquer natureza não classificáveis no AC;
▪ Propriedades para Investimento.
▪ Bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da
companhia;
Imobilizado
AÑC ▪ Bens “adquiridos” por meio de Arrendamento Financeiro.
▪ USO e MAIS de 1 PERÍODO (definição CPC 27).
▪ Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido.
Intangível
▪ Deve ser: (i) identificável; (ii) controlável; e (iii) gerador de
benefícios futuros.
▪ Não Monetário, Identificável, Sem Substância Física (CPC 04)
▪ Contas representativas das obrigações cujos vencimentos ocorram durante o
PC
exercício seguinte. (CURTO PRAZO)
▪ Mesmas contas representativas de obrigações classificadas no Passivo Circulante,
PÑC porém vencíveis após o término do exercício social seguinte. Nesse grupo são
classificadas as Receitas Diferidas. (LONGO PRAZO)
PL ▪ Contas representativas aos capitais próprios da entidade.

RESERVAS DE CAPITAL
→ Valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros que não transitam pelo
resultado do exercício;
→ São Receitas de Capital:
(i) Reserva para ágio na emissão de ações; (ii) Produto da alienação de partes
beneficiárias e bônus de subscrição.
→ Podem ser utilizadas para:
(i) Absorção de Prejuízos; (ii) Resgate, reembolso ou compra de ações; (iii) Resgate de
partes beneficiárias; (iv) Incorporação ao capital social; (v) Pagamento de dividendo a
ações preferenciais.
→ As doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de
debêntures não são mais classificados como reservas de capital. Atualmente,
devemos registrar como receita do exercício.

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RESERVAS DE LUCROS
→ Extraídas do lucro líquido do exercício. Possuem o objetivo de preservar o
patrimônio líquido.
→ Reserva Legal (antes de qualquer destinação)
(i) 5% do Lucro Líquido do Exercício; (ii) Limitada a 20% do capital social;
(iii) A entidade poderá deixar de destinar recursos à reserva legal se o somatório desta
reserva com as reservas de capital exceder o montante de 30% do capital social
(limite facultativo);
(iv) A reserva legal é a única reserva de lucro que possui constituição obrigatória para
a empresa;
(v) somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital
social.
→ Reserva Estatutária; → Reserva de Retenção de Lucros;
→ Reserva para Contingências; → Reserva de Lucros a Realizar;
→ Reserva de Incentivos Fiscais; → Reserva Específica de Prêmio de
Debêntures.
→ Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído.

DIVIDENDOS
→ Dividendos obrigatórios: são contabilizados no Passivo, na data do fechamento
das demonstrações financeiras.
→ Dividendos adicionais:
(i) Declarados após o período contábil: não são contabilizados, devendo ser
divulgados em Nota Explicativa.
(ii) Declarados antes do período contábil: são contabilizados no Patrimônio
Líquido, até a aprovação pela assembleia, momento em que são transferidos para o
Passivo.

OUTRAS CONTAS PL
Opções Outorgadas Reconhecidas → relacionada ao pagamento de serviços de
seus administradores baseado em ações.
Pagamentos liquidados com instrumentos patrimoniais = conta do patrimônio
líquido (juntamente com as reservas de capitais);
Pagamentos realizados em dinheiro = conta do passivo.

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Gastos na emissão de ações → não devem ser reconhecidos como despesa, mas sim
como acréscimo do custo de emissão em conta retificadora do capital social.
Ajustes acumulados de conversão
(i) Ativo e Passivo: usamos a taxa de fechamento da data do balanço;
(ii) Patrimônio Líquido: usamos a taxa histórica (taxa de conversão da data em que foi
contabilizado o item no PL).
(iii) Resultado do exercício: deve ser usada a taxa da data da transação, sendo
aceitável usar uma taxa média.

Anotações
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Reservas e Dividendos
Orientações: Considerando que o seu edital coloca expressamente a Lei n. 6.404/76, esses
assuntos se tornam necessários. Não se preocupe com aquelas questões mais complicadas
de cálculos, pois acreditamos que se for cobrado algo na sua prova, seja algo mais teórico.
Revise os principais pontos da teoria abaixo!
RESERVAS DE LUCROS
Extraídas do lucro líquido do exercício. Possuem o objetivo de preservar o
patrimônio líquido.
→Reserva Legal (antes de qualquer destinação)
(i) 5% do Lucro Líquido do Exercício;
(ii) Limitada a 20% do capital social;
(iii) A entidade poderá deixar de destinar recursos à reserva legal se o somatório desta
reserva com as reservas de capital exceder o montante de 30% do capital social
(limite facultativo);
(iv) A reserva legal é a única reserva de lucro que possui constituição obrigatória para
a empresa;
(v) somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital
social.
→ Reserva Estatutária; → Reserva de Retenção de Lucros;
→ Reserva para Contingências; → Reserva de Lucros a Realizar;
→ Reserva de Incentivos Fiscais; → Reserva Específica de Prêmio de Debêntures.
→ Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído.
DIVIDENDOS
→ Dividendos obrigatórios: são contabilizados no Passivo, na data do fechamento
das demonstrações financeiras.
→ Dividendos adicionais:
(i) Declarados após o período contábil: não são contabilizados, devendo ser
divulgados em Nota Explicativa.
(ii) Declarados antes do período contábil: são contabilizados no Patrimônio
Líquido, até a aprovação pela assembleia, momento em que são transferidos para o
Passivo.
Lucro Líquido Ajustado (LLA) = Lucro Líquido do Exercício – Reserva Legal –
Reserva para Contingências + Reversão de Reserva para Contingências –
Reserva de Incentivos Fiscais (facultativo) – Reserva Específica de Prêmio
na Emissão de Debêntures (facultativo).
Regra: Distribuição de Dividendos Obrigatórios
Percentual é definido em Estatuto.

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Estatuto Omisso = percentual deve ser 50%.


Exceções:
a) O dividendo obrigatório pode deixar de ser distribuído ou pode ser distribuído por
valor inferior ao determinado no estatuto social da entidade, quando não houver
lucro realizado em montante suficiente (art. 202, II).
b) Quando o dividendo obrigatório, devido por força do estatuto social ou da própria
lei, excede o montante do lucro líquido do exercício realizado financeiramente, pode
a parcela não distribuída ser destinada à constituição da reserva de lucros a realizar.
c) A lei societária ainda prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de ser
distribuído quando os órgãos da administração informarem à Assembleia Geral
Ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia (art. 202, § 4º).
d) O dividendo obrigatório pode também deixar de ser distribuído, ou pode ser
distribuído por um valor inferior ao determinado no estatuto social da entidade ou na
lei, por decisão soberana e unânime da Assembleia Geral de Acionistas (art. 202, § 3º).
Além do dividendo obrigatório, existe a possibilidade de o estatuto de uma sociedade
por ações prever o pagamento de dividendo intermediário (antecipados).
O dividendo deverá ser pago, salvo deliberação em contrário da assembléia-geral,
no prazo de 60 (sessenta) dias da data em que for declarado e, em qualquer caso,
dentro do exercício social.
Anotações
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Demonstração do Resultado do Exercício


Orientações: Nesse assunto você deve preferencialmente memorizar a estrutura da DRE
abaixo transcrita. Somente com o conhecimento da estrutura resolvemos um bom
percentual de questões envolvendo a DRE. Não podemos ir para uma prova de
Contabilidade sem esse conhecimento. Dê uma revisada também no cálculo das
participações. Por fim, entenda as diferenças existentes entre a estrutura prevista pela Lei
6.404/76 e a estrutura estabelecida pelo CPC 26.
Conceito: é a demonstração contábil que apresenta a confrontação entre receitas
e despesas da entidade.
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei n. 6.404/76)
Faturamento Bruto
(-) IPI faturado
(=) Receita Operacional Bruta (ROB)
(-) devoluções e vendas canceladas
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep)
(=) Receita Operacional Líquida (ROL)
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados
(=) Lucro Operacional Bruto (LOB)
(-) Despesas Operacionais
- Despesas com vendas
- Despesas gerais e administrativas
- Despesas financeiras
- Resultado negativo de equivalência patrimonial
- Variações monetárias passivas
(+) Receitas Operacionais
+ Receitas financeiras
+ Resultado positivo de equivalência patrimonial
+ Variações monetárias ativas
+ Receitas de aluguel
+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo)
(=) Lucro Operacional Líquido (LOL)
(+) Outras Receitas
(-) Outras Despesas
(=) Resultado antes do IR e CSLL (RAIR)
(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
(-) Imposto de Renda (IR)
Resultado do Exercício antes das Participações
(-) Participações
Debêntures
Empregados
Administradores
Partes Beneficiárias
Contribuição p/ Fundos Assistência e Previdência Social dos empregados
(=) Resultado Líquido do Exercício
(÷) número de ações do capital social
(=) Lucro Líquido por Ação do Capital

CMV = Estoque inicial + compras líquidas – estoque final

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Compras Brutas
(-) Devolução de Compras ou Compras Anuladas
(-) Abatimentos sobre Compras
(+) Fretes e Seguros sobre Compras
(-) Descontos Incondicionais Obtidos
(=) Compras Líquidas

Formas de análise das despesas na DRE

Método da natureza da despesa: As despesas são agregadas na demonstração do


resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, compras de
materiais, despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de
publicidade.

Método da função da despesa: As despesas são classificadas de acordo com a sua


função como parte do custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das
despesas de distribuição ou das atividades administrativas.
No Brasil, por força da Lei n. 6.404/76, as empresas utilizam o método da função da
despesa (funcional).
Anotações
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CPC 00 (R2) – Estrutura Conceitual


Orientações: Como o próprio nome do CPC indica (Estrutura Conceitual), trata-se de um
Pronunciamento básico que deve ser bastante estudado, pois nos fornece além dos
conceitos básicos, importantes pontos teóricos que são frequentemente explorados em
provas. Leia o resumo abaixo quantas vezes for possível. Nele está o essencial que você deve
saber para enfrentar as questões. Esse resumo pode te garantir mais de uma questão.
Praticamente certo que será explorado algo relacionado à Estrutura Conceitual.

Aspectos Introdutórios
A Estrutura Conceitual (EC) não é um pronunciamento propriamente dito. Nada
contido na Estrutura Conceitual se sobrepõe a qualquer pronunciamento ou
qualquer requisito em pronunciamento.

Objetivos das Demonstrações Financeiras


O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras
sobre a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por
empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões
referente à oferta de recursos à entidade.

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Relatórios Financeiros para Fins Gerais (Demonstrações Contábeis)


objetivam...

FORNECER INFORMAÇÕES
NÃO fornecem nem podem
financeiras sobre a entidade que
fornecer todas as informações;
reporta que sejam ÚTEIS para
investidores, credores por NÃO se destinam a fornecer o
empréstimos e outros credores, valor da entidade que reporta;
existentes e potenciais, na NÃO são direcionados a outros
TOMADA DE DECISÕES referente à grupos (usuários “secundários).
oferta de recursos à entidade.

Usuários dos Relatórios Financeiros (CPC 00 R2)

▪ Investidores
existentes e usuários principais
▪ credores por empréstimos
potenciais
▪ Outros credores

▪ “Outras partes”
- Reguladores
usuários “secundários"
- Público em geral
- Administração
(...)

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Características Qualitativas
Fundamentais

Característica Conceito

Informação financeira relevante é aquela capaz de


fazer diferença nas decisões que possam ser
Relevância
tomadas pelos usuários. Devem possuir valor
preditivo ou valor confirmatório, ou ambos.

Para ser representação perfeitamente fidedigna, a


Representação realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem
Fidedigna que ser completa, neutra e livre de erro (isenta de
erros).

De Melhoria

Característica Conceito

Permite que os usuários identifiquem e


Comparabilidade compreendam similaridades dos itens e diferenças
entre eles.

Significa que diferentes observadores bem


informados e independentes podem chegar ao
Capacidade de
consenso, embora não a acordo necessariamente
Verificação
completo, de que a representação específica é
representação fidedigna.

Significa disponibilizar informações aos tomadores


de decisões a tempo para que sejam capazes de
Tempestividade
influenciar suas decisões. Quanto mais antiga a
informação, menos útil ela é.

Classificar, caracterizar e apresentar informações de


Compreensibilidade
modo claro e conciso as torna compreensíveis.

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Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta


O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações financeiras sobre
os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da entidade que
reporta que sejam úteis aos usuários das demonstrações contábeis na avaliação
das perspectivas para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos para a entidade que
reporta e na avaliação da gestão de recursos da administração sobre os recursos
econômicos da entidade.
A EC destaca que às vezes, a entidade (controladora) tem o controle sobre outra
entidade (controlada). Assim, a EC nos retorna três situações:
Situação 1: a entidade que reporta compreende tanto a controladora como suas
controladas
As demonstrações contábeis da entidade que reporta são denominadas
“demonstrações contábeis consolidadas”.
Situação 2: a entidade que reporta é apenas a controladora
As demonstrações contábeis da entidade que reporta são denominadas
“demonstrações contábeis não consolidadas”.
Situação 3: a entidade que reporta compreende duas ou mais entidades que não
são todas vinculadas pelo relacionamento controladora-controlada
As demonstrações contábeis da entidade que reporta são denominadas
“demonstrações contábeis combinadas”.
Demonstrações contábeis consolidadas não se destinam a fornecer informações
separadas sobre ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas de qualquer
controlada específica. As demonstrações contábeis próprias da controlada destinam-
se a fornecer essas informações.
Demonstrações contábeis não consolidadas destinam-se a fornecer informações
sobre os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da controladora e,
não, sobre aquelas de suas controladas.
Elementos das Demonstrações Contábeis

ATIVO é um recurso econômico presente controlado pela entidade como


resultado de eventos passados. Recurso econômico é um direito que tem o
potencial de produzir benefícios econômicos.
PASSIVO é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso
econômico como resultado de eventos passados.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO é a participação residual nos ativos da entidade após a
dedução de todos os seus passivos.
RECEITAS são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em
aumentos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de
detentores de direitos sobre o patrimônio.

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DESPESAS são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em
reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos
detentores de direitos sobre o patrimônio.

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Reconhecimento e Desreconhecimento
Reconhecimento é o processo de captação para inclusão no balanço patrimonial ou
na demonstração do resultado e na demonstração do resultado abrangente de item
que atenda à definição de um dos elementos das demonstrações contábeis – ativo,
passivo, patrimônio líquido, receita ou despesa.
O reconhecimento vincula os elementos, o balanço patrimonial e a demonstração
do resultado e a demonstração do resultado abrangente:

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O custo restringe decisões de reconhecimento, pois há um custo no


reconhecimento de ativos e passivos tanto para os responsáveis (preparadores) das
informações como para os usuários.
O ativo ou passivo deve ser reconhecido se é provável que os benefícios das
informações fornecidas aos usuários das demonstrações contábeis pelo
reconhecimento justifiquem os custos de fornecer e utilizar essas informações.
Desreconhecimento é a retirada de parte ou da totalidade de ativo ou passivo
reconhecido do balanço patrimonial da entidade.
O desreconhecimento normalmente ocorre quando esse item não atende mais à
definição de ativo ou passivo:
a) para o ativo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade perde
o controle da totalidade ou de parte do ativo reconhecido; e
b) para o passivo, o desreconhecimento normalmente ocorre quando a entidade não
possui mais uma obrigação presente pela totalidade ou parte do passivo
reconhecido.
Mensuração
Mensurar = quantificar monetariamente determinado elemento patrimonial.
A base de mensuração é uma característica identificada – por exemplo, custo
histórico, valor justo ou valor de cumprimento – de item sendo mensurado.
O CPC 00 (R2) dividiu as bases de mensuração em dois grupos: custo histórico e
valor atual, esta por sua vez, subdividida em: valor justo, valor em uso de ativos e valor
de cumprimento de passivos e custo corrente.
Bases de Mensuração (CPC 00 – R2)

O custo histórico de ativo quando é adquirido ou criado é o valor dos custos


incorridos na aquisição ou criação do ativo, compreendendo a contraprestação paga
para adquirir ou criar o ativo mais custos de transação.

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Custo Histórico de Ativo

Contraprestação
Custo Histórico Adquirido ou
Custos Incorridos paga + Custos de
de Ativo criado
Transação

O custo histórico de passivo quando é incorrido ou assumido é o valor da


contraprestação recebida para incorrer ou assumir o passivo menos custos de
transação.
Custo Histórico de Passivo

Contraprestação
Custo Histórico de
Incorrido ou assumido recebida - Custos de
Passivo
Transação

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de ativo ou que seria pago pela
transferência de passivo em transação ordenada entre participantes do mercado na
data de mensuração.

Como o valor justo não é derivado, mesmo em parte, do preço da transação ou


de outro evento que deu origem ao ativo ou passivo, o valor justo não é
aumentado pelos custos de transação incorridos ao adquirir o ativo e não é
diminuído pelos custos de transação incorridos quando o passivo é incorrido
ou assumido.

Valor em uso é o valor presente dos fluxos de caixa, ou outros benefícios econômicos,
que a entidade espera obter do uso de ativo e de sua alienação final.
Valor de cumprimento é o valor presente do caixa, ou de outros recursos
econômicos, que a entidade espera ser obrigada a transferir para cumprir a
obrigação.
Custo corrente de ativo é o custo de ativo equivalente na data de mensuração,
compreendendo a contraprestação que seria paga na data de mensuração mais os
custos de transação que seriam incorridos nessa data.
Custo corrente de passivo é a contraprestação que seria recebida pelo passivo
equivalente na data de mensuração menos os custos de transação que seriam
incorridos nessa data.

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Entrada
Observável no Específica à
Base de mensuração ou
mercado? entidade?
saída?

Geralmente
Custo histórico Entrada Sim
observável

Valor Justo Saída Sim Não

valor em uso de ativos e valor


Saída Não Sim
de cumprimento de passivos

Custo Corrente Entrada Sim Sim

Apresentação e Divulgação
Princípios da Comunicação Efetiva (apresentação e divulgação)

Concentração em
princípios e objetivos

Agregação

Flexibilidade

Comparabilidade

Especificidade

Compreensibilidade

Classificação é a organização de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou


despesas com base em características compartilhadas para fins de divulgação e
apresentação.
Compensação ocorre quando a entidade reconhece e mensura tanto ativo como
passivo como unidades de conta separadas, mas as agrupa em um único valor
líquido no balanço patrimonial. A compensação classifica diferentes itens em
conjunto e, portanto, geralmente não é adequado.
Agregação é a soma de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas ou despesas que
possuem características compartilhadas e são incluídas na mesma classificação.

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Conceito de Capital e Manutenção de Capital


Capital Financeiro: Ativo líquido ou patrimônio líquido.
Capital Físico: Capacidade produtiva da entidade.
Manutenção do capital financeiro: o lucro é considerado auferido somente se
o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim do período
exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois
de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital
durante o período.
Manutenção do capital físico: o lucro é considerado auferido somente se a
capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou os
recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do período
exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas
quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o
período.
O conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo
corrente como base de mensuração. O conceito de manutenção do capital
financeiro, entretanto, não requer o uso de uma base específica de
mensuração.
Anotações
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Orientação Básica Pronunciamentos Contábeis


Para a maioria dos editais para fiscos e controle com formação generalista não
precisamos estudar os Pronunciamentos mais específicos.
Nesse sentido, a seguir inserimos resumos dos principais tópicos dos
"Pronunciamentos Clássicos", os mais importantes para praticamente qualquer
prova das áreas fiscal e controle.
Em um outro e-book, a ser disponibilizado no módulo de Contabilidade Avançada
(CPCs), vamos disponibilizar um resumo com todos os CPCs.

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CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos

Estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar


OBJETIVO que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não
exceda seus valores de recuperação.

TESTE DE RECUPERABILIDADE

O teste de recuperabilidade (impairment) consiste no confronto entre o valor


contábil de um ativo com seu valor recuperável.
O valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois
da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e
ajuste para perdas.
O valor recuperável, por sua vez, é definido como o maior valor entre o valor líquido
de venda do ativo e o valor em uso desse ativo.
O valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda do ativo em uma transação
em condições normais envolvendo partes conhecedoras e independentes, deduzido
das despesas necessárias para que essa venda ocorra.
O valor em uso de um ativo é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados
(benefícios econômicos futuros esperados do ativo) decorrentes do seu emprego ou
uso nas operações da entidade.
A entidade deve reconhecer uma perda por desvalorização de um ativo no resultado
do período apenas se o valor contábil desse ativo for superior ao seu valor
recuperável.
Se Valor Contábil > Valor Recuperável = Perda por desvalorização
Nessa situação, a entidade deve reduzir o valor contábil do ativo ao seu valor
recuperável. A perda por desvalorização a ser reconhecida no resultado do período é
mensurada com base no montante em que o valor contábil do ativo supera seu valor
recuperável.
A contabilização da perda é a seguinte:

D – Perda por desvalorização (despesa: resultado)


C – Perda estimada por valor não recuperável (retificadora do ativo)

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CPC 04 – Ativo Intangível


ALCANCE
O CPC 04 se aplica a todos os ativos intangíveis de um modo geral.
Exceções: ativos financeiros; ativos advindos da exploração e avaliação de recursos
minerais; gastos com desenvolvimento e extração de minerais, óleo, gás natural e
recursos naturais não renováveis similares; ativos intangíveis mantidos por uma
entidade para venda no curso ordinário dos negócios; ativos fiscais diferidos;
arrendamentos mercantis; ativos advindos de planos de benefícios a empregados;
ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) adquirido em combinação de
negócios; custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos
contratuais de seguradora; ativos intangíveis não circulantes classificados como
mantidos para venda.
DEFINIÇÃO
“Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física”.
Não Monetário: não deve ser representado por dinheiro ou por direitos que gerem
dinheiro.
Identificável: um ativo intangível é identificável quando for separável ou resultar de
direitos contratuais ou outros direitos legais.
Sem substância física: o ativo intangível deve ser deve ser incorpóreo/imaterial.
RECONHECIMENTO

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PARTICULARIDADES NO RECONHECIMENTO DE ATIVOS INTANGÍVEIS


AQUISIÇÃO SEPARADA

Custo de ativo intangível adquirido separadamente


Preço de Compra
(+) impostos de importação e impostos não recuperáveis
(+) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a
finalidade proposta
(-) descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes

Custos diretamente atribuíveis (exemplos)


Custos de benefícios aos empregados incorridos diretamente para que o
ativo fique em condições operacionais (de uso ou funcionamento)
Honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo fique
em condições operacionais
Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente

Não fazem parte do custo de ativo intangível


custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais)
custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento)
custos administrativos e outros custos indiretos.
AQUISIÇÃO COMO PARTE DE COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
Se um ativo intangível for adquirido em uma combinação de negócios, o seu custo
deve ser o valor justo na data de aquisição.
Os dois critérios para reconhecimento de um ativo intangível (provável geração de
benefícios econômicos e custo mensurado com confiabilidade) sempre são
considerados atendidos.
AQUISIÇÃO POR MEIO DE SUBVENÇÃO OU ASSISTÊNCIA GOVERNAMENTAIS
Ocorre quando um governo transfere ou destina a uma entidade ativos intangíveis,
como direito de aterrissagem em aeroporto, licenças para operação de estações de
rádio ou de televisão, licenças de importação ou quotas ou direitos de acesso a outros
recursos restritos.
Uma entidade tem a faculdade de reconhecer inicialmente ao valor justo tanto o
ativo intangível quanto a concessão governamental.
Se uma entidade optar por não reconhecer inicialmente ao valor justo o ativo, ela
deve reconhecer o ativo inicialmente ao valor nominal acrescido de quaisquer gastos
que sejam diretamente atribuídos à preparação do ativo para o uso pretendido.

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PERMUTA DE ATIVOS
O custo de ativo intangível é mensurado pelo valor justo a não ser que:
i. a operação de permuta não tenha natureza comercial; ou ii. o valor justo do ativo
recebido e do ativo cedido não possa ser mensurado com confiabilidade.

O ativo adquirido deve ser mensurado dessa forma mesmo que a entidade não
consiga dar baixa imediata ao ativo cedido.
Se o ativo adquirido não for mensurável ao valor justo, seu custo deve ser
determinado pelo valor contábil do ativo cedido.
ÁGIO DERIVADO DE EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE FUTURA
O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado
internamente não deve ser reconhecido como ativo porque não é um recurso
identificável (ou seja, não é separável nem advém de direitos contratuais ou outros
direitos legais) controlado pela entidade que pode ser mensurado com confiabilidade
ao custo.
ATIVO INTANGÍVEL GERADO INTERNAMENTE

O custo de ativo intangível gerado internamente se restringe à soma dos gastos


incorridos a partir da data em que o ativo intangível atende aos critérios de
reconhecimento que estudamos.
O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos
diretamente atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação do ativo
para ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração.

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Custos diretamente atribuíveis a ativos intangíveis gerados


internamente (exemplos)
Gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do
ativo intangível;
Custos de benefícios a empregados relacionados à geração do ativo
intangível;
Taxas de registro de direito legal; e
Amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo
intangível.

Não fazem parte do custo de ativo intangível gerado internamente


gastos com vendas, administrativos e outros gastos indiretos, exceto se
tais gastos puderem ser atribuídos diretamente à preparação do ativo
para uso;
ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos
antes do ativo atingir o desempenho planejado; e
gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo.
MENSURAÇÃO
Lei n. 6.404/76: os direitos classificados no intangível são avaliados pelo custo
incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;
CPC 04: “Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo”.
Posteriormente...
Método de Custo ou Método de Reavaliação (no Brasil não é permitido)
Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao
custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada.
VIDA ÚTIL
A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou indefinida.
A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base
na análise de todos os fatores relevantes, não existe um limite previsível para o
período durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos para a
entidade.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível
com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo intangível
com vida útil indefinida não deve ser amortizado.

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ATIVO INTANGÍVEL COM VIDA ÚTIL DEFINIDA


Amortização
Início da amortização: A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que
o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas
condições necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela
administração.
Término da amortização: A amortização deve cessar na data em que o ativo é
classificado como mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos
classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que ele é baixado, o
que ocorrer primeiro.
Métodos de Amortização
▪ Método Linear (método de linha reta);
▪ Método dos Saldos Decrescentes; e
▪ Método de Unidades Produzidas.
ATIVO INTANGÍVEL COM VIDA ÚTIL INDEFINIDA
Vida Útil Indefinida: NÃO amortiza
No entanto, seguindo a orientação do CPC 01, a entidade deve testar a perda de
valor dos ativos intangíveis com vida útil indefinida, comparando o seu valor
recuperável com o seu valor contábil anualmente e sempre que existam indícios de
que o ativo intangível pode ter perdido valor.
A vida útil de ativo intangível que não é amortizado deve ser revisada periodicamente.
A mudança na avaliação de vida útil de indefinida para definida deve ser
contabilizada como mudança de estimativa contábil.
BAIXA E ALIENAÇÃO
O ativo intangível deve ser baixado:
▪ por ocasião de sua alienação; ou
▪ quando não são esperados benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou
alienação.
Ganho/Perda = Valor Líquido da Alienação – Valor Contábil
Esses ganhos ou perdas devem ser reconhecidos no resultado quando o ativo é
baixado, mas os ganhos não devem ser classificados como receitas de venda.

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CPC 16 – Estoques
Estoques são ativos:
a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;
b) em processo de produção para venda; ou
c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados
no processo de produção ou na prestação de serviços.
Valor realizável líquido: valor que a entidade espera receber pela venda do estoque;
Valor Justo: preço pelo qual ocorreria a venda do estoque no mercado.
Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável
líquido, dos dois o menor.
Custo do Estoque: O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de
aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.
Custos de Aquisição
Preço de Compra
(+) impostos não recuperáveis (caso não estejam inclusos no preço de compra)
(+) custos de transporte (frete), seguro, manuseio
(+) outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de produtos
acabados, materiais e serviços
(-) Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
(-) Impostos recuperáveis (caso estejam inclusos no preço de compra)
Custos de Transformação
Custos diretamente relacionados com as unidades produzidas
(+) alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis,
que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados
Itens não incluídos no custo dos estoques (reconhecidos como despesa)
Valor anormal de desperdício
Gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao
processo produtivo
Despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao
seu local e condição atuais
Despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e
serviços aos clientes.
Perdas Normais: apropriadas aos estoques (custo de produção)
Perdas Anormais: apropriadas ao resultado (despesa do exercício)

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CPC 25 – Provisões, Passivos e Ativos Contingentes


Definição: Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.
Reconhecimento: Uma provisão deve ser reconhecida quando:
▪ a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado
de evento passado;
▪ seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos para liquidar a obrigação; e
▪ possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser
reconhecida.
i. Se a saída futura de recursos for provável, deve ser contabilizada a provisão e
divulgada em nota explicativa.
ii. Se a saída for possível (mas não provável), não deve ser contabilizada, mas deve ser
divulgada em nota explicativa.
iii. Se a possibilidade de saída de recursos for remota, não deve ser contabilizada, nem
divulgada.
Passivo Contingente é:
a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos
não totalmente sob controle da entidade; ou
b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é
reconhecida porque:
▪ não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
▪ o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
Ativo Contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos
futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.
Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros
não esperados que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos
para a entidade. Um exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando
por meio de processos legais, em que o desfecho seja incerto.
Reconhecimento: a entidade não deve reconhecer um ativo contingente.

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CPC 27 –Ativo Imobilizado


Reconhecimento
O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e
apenas se (princípio do reconhecimento):
a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a
entidade; e
b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.
Custos Subsequentes (CPC 27)
Manutenção Periódica: não compõe o custo do ativo imobilizado. Valor é
reconhecido como despesa no resultado. Inclui o custo de pequenas peças.
Substituição de peças (importantes) em intervalos regulares: a entidade
reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da peça
reposta (compõe o custo do ativo imobilizado).
Inspeções regulares importantes (paradas programadas): custo da inspeção é
reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma
substituição (compõe o custo do ativo imobilizado).

Mensuração no Reconhecimento
Os direitos classificados no imobilizado serão avaliados pelo custo de aquisição,
deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão (art.
183, V, Lei n. 6.404/76).
Custo de ativo imobilizado
Preço de Aquisição
(+) impostos de importação e impostos não recuperáveis
(+) qualquer custo diretamente atribuível para colocar o ativo no local e
condição necessárias ao seu funcionamento
(-) descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:
Custos diretamente atribuíveis (exemplos)
Custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da
construção ou aquisição de item do ativo imobilizado
Custos de preparação do local
Custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação)
Custos de instalação e montagem
Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente
Honorários profissionais.
Exemplos de custos que não fazem parte do custo de ativo imobilizado:

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Não fazem parte do custo de ativo imobilizado


Custos de abertura de nova instalação;
Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento);
Custos administrativos e outros custos indiretos.
O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado
cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela
administração. Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou
reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil...
Mensuração após o Reconhecimento
Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser
apresentado ao custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor
recuperável acumuladas (CPC 01).
Depreciação
Depreciação, segundo o CPC 27, é a alocação sistemática do valor depreciável de um
ativo ao longo da sua vida útil. A depreciação tem por objeto os bens materiais
(tangíveis), integrantes do ativo imobilizado (computadores, instalações, móveis,
veículos, edifícios, etc)
Métodos de depreciação
O método de depreciação adotado deve refletir o padrão de consumo pela entidade
dos benefícios econômicos futuros (CPC 27). Os métodos que costumam ser exigidos
em concursos são os seguintes:
Método Linear: consiste na aplicação de taxas constantes durante o tempo de vida
útil estimado para o ativo. É o método mais comum. Também denominado de
método das quotas constantes.
Método da soma dos algarismos dos anos: consiste em estipular taxas variáveis
crescentes ou decrescentes durante o tempo de vida útil do ativo. Para tanto, utiliza-
se o seguinte critério: somam-se os algarismos dos anos que formam o tempo de vida
útil do ativo, obtendo-se, assim, o denominador da fração que determinará a taxa de
depreciação de cada ano.
Método das horas de trabalho: consiste em estipular a taxa de depreciação
tomando-se como base o número de horas trabalhadas em cada período. Para tanto,
utiliza-se o seguinte critério: estima-se em horas o tempo de vida útil do ativo. A taxa
de depreciação do período será calculada proporcionalmente ao número de horas
trabalhadas no respectivo período.
Método das unidades produzidas: o uso desse método resulta em despesa baseada
no uso ou produção esperados. Consiste em estipular a taxa de depreciação
tomando-se como base o número de unidades produzidas em cada período. Para
tanto, utiliza-se o seguinte critério: estima-se a quantidade de unidades que o ativo

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produzirá durante o tempo de vida útil do ativo. A taxa de depreciação do período


será calculada proporcionalmente à quantidade de unidades produzidas no
respectivo período.
O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado pelo menos ao final
de cada exercício e, se houver alteração significativa no padrão de consumo previsto,
o método de depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança. Tal mudança
deve ser registrada como mudança na estimativa contábil, de acordo com o CPC 23.
A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando
está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela
administração. Assim, se um ativo for adquirido em janeiro e estiver disponível para
uso em março, a depreciação desse ativo será iniciada em março.
Não se depreciam:

▪ Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções;


▪ Prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na
produção dos seus rendimentos ou destinados à revenda;
▪ Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte
e antiguidades;
▪ Bens para os quais seja registrada quota de exaustão;
▪ Bens de pequeno valor, caso em que devem ser contabilizados diretamente em
contas representativas de despesas ou custos;

Bens cujo tempo de vida útil econômica seja inferior a um ano. Nesse caso, também,
o valor gasto será contabilizado diretamente em conta de despesa operacional.

....

Prezados, com isso fechamos esse e-book com os principais tópicos que você precisa
saber sobre Contabilidade Geral e alguns Pronunciamentos Clássicos. Estaremos
juntos até o dia da prova!
Bons estudos!
Prof. Gilmar Possati
@profgilmarpossati (Instagram)

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