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Resumos/ aulas de auditoria

Aula 1 (breves noções)


Para saber auditoria é necessário combinar as modalidades da contabilidade, quer financeira,
quer pública. Sendo assim é necessário saber quais os objectivos e os instrumentos das
modalidades de contabilidade supra citadas.

Mas o que é auditoria?

A auditoria valida os dados da contabilidade, é feita por 1 auditor independente da instituição


que depois vai admitir se a actividade financeira de 1 instituição está ou não correctamente
elaborada.

Existem 3 tipos de auditoria:

Auditoria financeira: Auditoria especifica que se relaciona com


os balanços, é baseada na contabilidade.

Auditoria de gestão: ou auditoria interna, visa a instituição na sua


totalidade e procura saber se a esta cumpre as regras de eficácia,
eficiência e economicidade correctamente.

Auditoria de cumprimentos específicos: que diz respeito a 1 determinado


assunto.

Tal disciplina (a auditoria) é feita pelos auditores financeiros ou revisores oficiais de contas e se
equiparam aos magistrados do tribunal de contas e actuam no universo de cerca de 36 000
empresas que são sujeitas a auditoria.
Ficam alguns exemplos de instituições nas quais os auditores podem actuar:

Câmaras, EPEs (entidades publicas empresariais), sociedades na bolsa, sociedades


anónimas, sociedades por cotas (dentro de certos limites), cooperativas, IPSS
(Instituições particulares de solidariedade social) com determinada dimensão, etc…

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Aula 2 (o inicio da matéria)
Como já vimos anteriormente a auditoria comporta a auditoria financeira, a interna (ou de
gestão) e a auditoria de cumprimentos específicos. Tem por objectivo validar a informação dos
dados contabilísticos, e esta validação é facultada pelos profissionais que se dedicam á
auditoria (auditores).

Para ser capaz de validar esta informação é necessário ter uma valência reconhecida de
conhecimento elevado sobre determinada matéria para que a informação validada seja aceite
pelas pessoas… Vejamos as exigências comuns para que isso aconteça:

-estatuto profissional

-sanções disciplinares

-código de ética e deontologia

- Entrada na ordem

-actualização

Auditores do tribunal de contas são os que tiverem formação (licenciatura, mestrado,


doutoramento) e treino e formação na entidade e depois caracterizam-se entre:

- Auditores internos

- Revisores oficiais de contas (ROC)

Se estivermos focados em balanços, demonstrações de resultados e demonstrações


contabilísticas estamos interessados na auditoria financeira.

Se por outro lado quisermos abranger toda a instituição estamos sob a auditoria
interna ou de gestão.

Ainda, se estivermos interessados em algo especifico (exemplo: fundo de


solidariedade) estamos perante 1 auditoria de cumprimento especifico.

A sociedade actual é conhecida como a sociedade de auditoria (audit society), por outro lado
as organizações activas têm de se submeter as regras da accountability.

A prestação de contas é uma característica essencial na audit society e é 1 marco essencial na


formação de sociedades desenvolvidas

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A audit society, para funcionar, pressupõe uma responsabilização dos agentes (auditores)
pelos erros que estes possam cometer e que possam levar os interessados das demonstrações
erradamente a tomar decisões que possam ser prejudiciais.

A sociedade contas tem que prestar contas às finanças, os hospitais, as escolas, as câmaras, as
empresas, etc…

Mas será que estaque as contas estão correctamente efectuadas, apresentadas e divulgadas?

R: Ao pôr-se esta interrogação, a sociedade veio a criar os auditores para validar a informação
apresentada pelas entidades sujeitas á prestação de contas. A essa disciplina chamou-se
auditoria.

Auditoria financeira

Ela chama-se assim porque é essencialmente qualitativa e foca os balanços, as


demonstrações de resultados e outros documentos contabilísticos das organizações e das
empresas. Os documentos abaixo citados são as demonstrações financeiras:

- Balanço

- Demonstração de resultados

- Anexo

- Mapa de fluxos de caixa

- Etc…

Sendo o balanço, a demonstração de resultados e o anexo os mais importantes.

A contabilidade é um instrumento de gestão para controlar as receitas e despesas da


instituição para fazer um levantamento e registo da informação e dos passivos e activos, dos
ganhos e rendimentos, dos custos e proveitos da instituição e da sua actividade

A contabilidade das instituições é feita segundo o SNC (sistema de normalização contabilística)


e adoptada às IFRS (“A sigla IFRS em inglês significa International Financial Reporting
Standards, que traduzido para a nossa linguagem quer dizer Normas e Padrões Internacionais
de Contabilidade.”)

A normalização protagonizada no SNC é feita segundo as normas internacionais IFRS nos


termos de: registo, controlo de, activos/passivos, receitas/despesas, custos/proveitos,
gastos/rendimentos.
A grande vantagem de adoptar o SNC é que este está adoptado em termos
europeus/internacionais para uma análise mais eficaz da informação, porém esta informação
ainda não se encontra totalmente regularizada porque ainda não existe uma convergência

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total entre as normas dos Estados Unidos com as normas internacionais de contabilidade (IASB
- International Accounting Standards Board).

A partir do momento em que estas normas contabilísticas se unirem estaremos perante 1 plano
mundial de contabilidade.

Isto para igualar os critérios de avaliação contabilística em todo o mundo de modo a obter
critérios únicos de comparabilidade, para que no mundo em que estamos, a informação possa
ser fornecida da mesma maneira, e mais facilmente entendida.

Desde Sempre o registo que é informação que se transforma em conhecimento e


consequentemente é usado para produzir bens culturais ou bens transaccionais. No fundo a
informação serve para produzir riqueza

Registo é um sistema de informação para a gestão, e vai registar, exprimir (em termos de SNC),
medir/mensurar (para atingir grandezas económicas) e analisar (e definir sobre esses
resultados) as transacções/factos ou acontecimentos ocorridos.

Posto de outro modo, a contabilidade é a linguagem dos negócios

(os movimentos contabilísticos são feitos


através do método digrafico)

Contabilidade
(Sistema de informação) produz informação

Balanço: - activos
- Passivos
Demonstração de resultados - Fundos próprios

Gastos da organização Rendimentos da organização

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O método digráfico

“Todo o débito numa conta origina crédito noutra ou noutras, e vice- Em adenda deixo aqui a
versa. Cada facto patrimonial determina um registo em duas ou mais fórmula de cálculo do
contas, por forma a que o valor de cada débito (ou crédito) corresponda PIB – Produto interno
sempre a um crédito (ou débito) de igual valor… assim e na teoria com as bruto:
grandezas contabilísticas o balanço terá que ser efectuado deste modo:
PIB = Consumo privado +
Balanço
Consumo publico +
Activo Passivo investimento + variação
de stocks +exportações -
Capital próprio importações

Mas será que a informação dada pelos agentes está correcta? Será que
cumpriram as regras da accountability? Foi cumprido o SNC? Foram
cumpridos os Pocs Sectoriais? Forma cumpridas as leis de
enquadramento orçamental? Foram cumpridos os estatutos? Foi
cumprida a lei comercial e outras leis de igual importância?

Estas são as perguntas que os auditores têm que responder quando


elaboram os seus relatórios sobre as instituições que auditam, e quando
nos interrogamos desta maneira estamos a fazer referências aos pactos
acima mencionados assim como ao bechmarking (que é a busca das
melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior. É
visto como um processo positivo e pró-activo por meio do qual uma
empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de
melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O processo
de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado
de benchmarking, e as cargas usadas são chamadas de benchmark).

Como se tira/minimiza a duvida presente nestas interrogações sobre os


relatos da contabilidade?

Através da auditoria como bem publico e como instrumento de controlo


das modernas sociedades

Quais os factores que justificam a existência da auditoria?

- Afastamento dos investidores relativamente á


empresa/organização

Tem subjacente - Complexidade das empresas da contabilidade e


dos sistemas de informação

a teoria da agência - Como instrumento de tomada de decisões

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A teoria da agência é uma teoria que explica a existência da auditoria nos tempos modernos.

Vejamos o exemplo do BCP:

Administração

- Existe 1 afastamento

- tem 1 sistema complexo

- pode ser decisivo na tomada

de decisões

Accionistas

Os accionistas têm 1 relação de agência com a administração e é com base nessa relação que a
auditoria actua emitindo pareceres sobre as contas que a administração apresenta. Estes
pareceres ficam a cargo de 1 auditor ou de uma sociedade de auditoria e impõe uma
responsabilização do auditor no processo de avaliação de contas.

Em Portugal os auditores que tratam das empresas cotadas no PSI 20 têm que ter uma
margem de manobra (seguro de erro) de 2,5M de euros de responsabilidade.

O resultado de uma auditoria é o relatório de auditoria. Este pode ser feito:

Sem reservas: Não há nada a dizer sobre as contas apresentadas pela administração ao auditor
e neste relatório o auditor concorda, e confirma que tudo está conforme os parâmetros de
bom funcionamento.

Sem reservas mas com enfâse: não existe nada a dizer sobre as contas, no entanto existem
algumas considerações que são conotadas e registadas como possíveis de serem
problemáticas.

Com reservas: o auditor já não está totalmente de acordo com o balanço e contas
apresentadas pela administração e por isso ele coloca reservas que podem ser, quer por
limitação do âmbito, quer por divergências com a administração sobre determinada matéria.

- Por limitação de âmbito, quando é limitado o acesso de determinada conta


ao auditor.

- por divergências, relativamente á política de imparidades e amortizações

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Com reservas e ênfases: é uma mistura dos dois conceitos anteriores ou seja, o auditor não
está de acordo com o balanço apresentado pela administração e por isso ele coloca reservas
que podem ser, quer por limitação do âmbito, quer por divergências com a administração
sobre determinada matéria e ainda faz algumas considerações que são conotadas e registadas
como possíveis de serem problemáticas.

Adverso: é emitido 1 relatório adverso quando as contas apresentadas pela administração não
representam de todo a realidade económica e financeira da instituição que o auditor observa.

Impossibilidade de emitir relatório: a situação em que o auditor se depara com situações em


em que não consegue concluir a sua análise, exemplo, falta de documentos.

O relatório acarreta responsabilidades para o auditor/ROC, isto porque provando-se


negligência do auditor na validação de resultados, as pessoas prejudicadas com esse falso
testemunho podem lançar um intento nos tribunais para se ressarcir dos prejuízos que
tiveram. Mas também nisso existem diferentes tipos de responsabilidade.

- responsabilidade cível: pequenos erros no relatório, não passiveis de serem analisados como
má vontade ou negligência criminal, exemplo um esquecimento de determinada matéria

- responsabilidade criminal: quando o relatório encobre crimes como lavagem de dinheiro ou


corrupção

Responsabilidade disciplinar: Má actuação e não cumprimento do código deontológico e de


ética. Pode levar a um processo disciplinar dentro da ordem dos oficiais de contas e
consequentemente á expulsão dessa mesma ordem.

Dentro da auditoria, na profissão de auditor/ROC existem categorias:

- Partener

- Coordenadores

- Seniores

- Juniores ou “lambe papéis”

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Aula 3 (a problemática da contabilidade)

A contabilidade é um sistema de informação para a gestão de empresa

Tem que ter características

Qualitativas Quantitativas

Se analisar-mos o SNC, na estrutura conceptual/técnica, as mais importantes


são:

Relevância;
Materialidade;
Fiabilidade;
Representação fidedigna;
Substância sobre a forma;
Neutralidade;
Prudência ou conservadorismo;
Plenitude ou integralidade;
Comparabilidade;

Relevância: A informação que o sistema de informação contabilística presta, tem que ser
utilizável no processo de tomada de decisões. 1 informação contabilística é relevante se
obedecer a essa característica.

Materialidade: A informação da materialidade é 1 característica relativa que tem de ser vista


caso a caso e está ligada á relevância e pode ou não afectar a capacidade de tomada de
decisões.
1 informação contabilística é materialmente relevante se a sua omissão ou inexactidão afectar
a capacidade de decisão.

Ex: “ No balanço da UC em que os activos andam na ordem dos 100M de euros, 1 erro
ou inexactidão de 5000 euros não é susceptível de influenciar 1 tomada de decisão.
Por outro lado 1 omissão de 5000 euros num activo de 20 000 euros já pode
influenciar 1 tomada de decisão.

A materialidade é relativa e deve ser vista caso a caso.

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Fiabilidade: 1 informação para ser relevante e útil/utilizável tem que ser fiável.

Representação fidedigna: A informação, para ser fidedigna, tem de ser exprimida de acordo
com o sistema de contas do SNC. Esta informação, para ser fidedigna, tem de ser integral, isto
é, todas as acções ocorridas na empresa têm de ser retratadas através do sistema de
normalização contabilística (SNC)

Ex: 1 instituição comprou um agrafador por 1000 euros, ora como o agrafador tem
uma utilização que dura vários anos (plurianual) é levado directamente para os gastos
para a conta 62 3 1 (classe 6 – gastos, conta 62 – fornecimentos e serviços externos,
modulo 3 – materiais, especificação 1 – ferramentas e utensílios de desgaste rápido),
ao invés de cair na conta 4 3 5 (classe 4 – investimentos, conta 3 – activos fixos
tangíveis, modulo 5 – equipamento administrativo).

Substância sobre a forma: A substância está relacionada com a parte económica, ao passo que
a forma está relacionada com a vertente jurídica, isto é, a informação tem que ser prestada de
acordo com a substância económica e não tanto com a substância jurídica.

Ex: 1 hospital adquire uma máquina para a cardiologia em leasing, ou seja, utiliza essa
máquina mediante o pagamento de uma renda/prestação. O proprietário legal da
máquina é a empresa que a vendeu (até que o hospital pague a maquina na
totalidade). No entanto o princípio da substância sobre a forma obriga as entidades
que recorrem ao leasing a contabilizar estas aquisições como activos.

Neutralidade: A informação contabilística deve ser registada independentemente de qualquer


juízo de valor. Por isso a informação tem de ser neutra, isto é livre de preconceitos. Os juízos
de valor não devem influenciar a informação contabilística.

Prudência ou conservadorismo: Esta característica obedece a 1 conceito que diz que todos os
riscos que impendem sobre a organização têm de ser reflectidos no momento em que foram
geradas no momento em que há probabilidade de ocorrer e não no momento em que ocorre.
A situação de prudência está reflectida nas imparidades e provisões. Esta situação é reflectida
numa conta do SNC (2 2 9 – perdas por imparidade acumuladas). Esta situação de prudência
também se reflecte na classe 3 pela conta 3 2 9 e na classe 4 nas contas 4 1 9| 4 2 9| 4 3 9 |
4 4 9 | 4 6 9. todas essas contas reflectem o princípio de prudência e são movimentadas por
contrapartida na conta 65 (perdas por imparidade).

Ex: se os alunos da UC estiverem a dever as suas propinas no montante total de 100


000 euros, este montante pode ser registado como imparidade.

Contabilisticamente falando:

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UC Contas de gastos

Clientes/alunos 65 1 1 – perdas por imparidades


100 000 euros
100 000 euros
Existe risco Write off

A informação tem
de ser prudente

Deve ser contabilizada


como imparidade

2 1 9 – perdas por imparidades


acumuladas

100 000 euros

Se a entidade tem lucros, os lucros vão baixar, senão, os prejuízos aumentam.

Plenitude ou integralidade: toda a informação financeira tem de ser registada, não pode haver
falhas ou erros, a informação deve ser total.

Comparabilidade: dito de outro modo, consistência. Para haver contabilidade deve haver
consistência. As políticas de contabilidade têm que ser trabalhadas sempre da mesma forma. A
consistência traduz-se na manutenção das políticas e critérios ao longo do ano e dos anos, e só
assim a informação contabilística pode ser comparável. Há 1 movimento internacional de
contabilidade e relato financeiro (IFRS) emitido por um organismo mundial IASB) cujos países
aderentes são obrigados a adoptar as essas normas.

As características acima descritas (relevância, materialidade, fiabilidade, representação


fidedigna, substância sobre a forma, neutralidade, prudência, plenitude e comparabilidade)
têm que ser validadas pelo auditor que para fazer essa validação terá que fazer testes.

Para haver auditoria é necessário 1 referencial de comparação que é composto pelas


características dispostas no SNC.

Testes : Nenhum auditor analisa a universalidade dos documentos, então a auditoria é feita
por amostragem. Estes testes podem ser de conformidade, substantivos ou duais
(contem características dos 2 anteriores). O que quer dizer que os auditores

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trabalham sobre amostras e é com base no trabalho dessa amostra que fazem a
extrapolação para o universo da instituição.

Testes de conformidade: Feitos nas organizações têm como objectivo se o sistema dentro
dessas organizações é operante e funcional

Ex: As normas de controlo interno (NCI). Havendo normas de controlo interno estas
são tomadas como padrão/referencia.

Testes de substanciação: estes testes destinam-se a certificar/validar saldos e transacções, ou


seja, destinam-se a confirmar se os montantes presentes na transacção são efectivos ou não.

Testes duais: Estes testes resultam na junção dos dois anteriores e têm os mesmos objectivos.

Demonstrações financeiras:

- Balanços As demonstrações financeiras estão


baseadas em pressupostos que também
- Demonstrações de resultados constam na estrutura conceptual do SNC.
- Anexos ao balanço O Pressuposto do acréscimo e o da
continuidade das operações.
- Mapa dos fluxos de caixa

A contabilidade pode ser feita em 2 modalidades:

- Regime de caixa (cash basis) onde se contabilizam apenas os recebimentos/receitas e


os pagamentos/despesas.

- Regime de acréscimo (accrual basis) onde estão em conta os custos, os proveitos, os


gastos e os rendimentos

A diferença é que a contabilidade em regime de caixa só está direccionada para os fluxos


financeiros enquanto que a contraparte está orientada para os fluxos económicos.

Ex: 1 empresa constituiu-se a 15 de Dezembro com 1 capital de 50 000 euros

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Balanço inicial

Caixa ou banca capital Nota:

A entrada de capital é contabilizada em termos

50 000 50 000 digraficos onde há 1 conta de activo e outra de

Capital, cada uma com 50 000 euros

2) No dia 20 de Janeiro comprou-se 40 000 euros em mercadoria, então:

2º Balanço

Caixa ou banca capital

10 000 50 000

Mercadorias 40 000

3) Vendeu a mercadoria a 2 de Fevereiro pelo montante de 70 000 euros

3º Balanço

Caixa ou banca capital

80 000 50 000

Mercadorias 30 000 lucros

A compra é um fluxo económico que coincide com o fluxo financeiro de pagar.

Quando pagamos tudo a pronto e vendemos tudo a pronto, os fluxos económicos coincidem
com os fluxos financeiros.

O lucro ou prejuízo que a empresa tem, deve ser reconhecido quando se efectiva os fluxos
económicos ou financeiros? De outra maneira devemos optar por 1 regime financeiro em cash
basis ou em accrual?

Vejamos o exemplo: Se um construtor assumir o risco de construir uma obra e só depois


receber pelo trabalho e materiais empenhados nessa obra, como devemos proceder?

- Se adoptar-mos o regime de caixa, devem registar-se os dados da informação


contabilística quando se faz, ou seja no momento em que acontecem os gastos,

- Por outro lado se seguir-mos o regime de acréscimo deve registar-se a informação


financeira quando se recebe pela obra.

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No entanto, devemos sempre registar aquando do fluxo económico e não do fluxo financeiro…

Contabilisticamente falando: se o construtor em Dezembro de 2012 constrói um edifício no


valor de 40 000 euros e o vende por 80 000 euros.

Em cash basis fica registado assim:

Dezembro de 2012

40 000 80 000

Despesa 40 000

Receita 80 000

Lucro 40 000

Em accrual basis, supondo que o construtor só recebe no mesmo mês do próximo ano, fica do
seguinte modo:

Dezembro 2012 Dezembro 2013

40 000 80 000

Prejuízo 40 000 Lucro de 80 000

Ou seja, só recebe no ano seguinte mesmo que a venda seja feita no ano anterior, e num ano
fica registado um prejuízo de 40 000 euros e no ano seguinte um lucro limpo de 80 000 euros.

Regime de continuidade:

Parte-se do princípio que 1 organização/empresa quando é criada é criada para a continuidade


eterna. Assim os métodos do passado de contabilidade para serem fidedignos devem ser
reproduzidos sempre no mesmo modo como no passado agora no presente.

No entanto coloca-se uma questão, 1 empresa que se encontrar na falência deve adoptar os
mesmos critérios de sempre no seu final? A questão é esta, será que os activos registados em
continuidade devem ser registados do mesmo modo ou em liquidação, uma vez que a empresa
está em falência?

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R: Se a instituição fechar e se a sua actividade cessar, os activos
deverão ser registados em liquidação, isto porque embora esses activos Sugestão de
sejam de continuidade, eles não terão mais o valor de activos, mas sim o estudo da aula 3:
valor que o mercado apresenta por eles.
Estrutura
Quando a empresa fecha, os activos valem o valor do mercado e não o valor
conceptual do
real dos activos.
SNC referente a
características,
pressupostos e
Constrangimentos á informação relevante ou fiável:
constrangimentos

Tempestividade: Produzir a informação atempadamente, pois «não se pode


conduzir uma organização a olhar para o espelho retrovisor».

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Aula 4 (1 introdução á pratica)

Auditoria na sociedade

Relações de accountability – Relações de prestações de contas: A auditoria é 1 instrumento de


controlo nas sociedades modernas e para que haja auditoria é preciso haver bases de
referência/ padrões de referência/ pontos com os quais se possa confrontar a prática, e nesta
filosofia temos a contabilidade.

A contabilidade é efectuada com base em pressupostos/características qualitativas da


informação financeira. A contabilidade é feita com base nas normas de contabilidade e
relatório financeiro.

A contabilidade tem tendência a vir a ser uniforme em, todo o mundo com recurso às IFRS,
portanto a contabilidade é efectuada com bases nestes princípios, com base em normas
legislativas, em normas de controlo interno, em regulamentos, em leis. Feita a contabilidade
com base no supracitado interessa saber se esta está ou não correctamente elaborada, e é
aqui que entra a auditoria financeira com o objectivo de validar a informação prestada pelos
agentes.

Ex: O estado faz transferências para a UC pagar despesas relacionadas com o ensino
superior, os alunos pagam propinas, as faculdades têm projectos de investigação.
Cerca de 80 milhões de euros entram na UC todos os anos. A UC tem 1 contabilidade
feita no POCP. No fim do ano, a UC apresenta o seu balanço, a sua demonstração de
resultados e outros documentos de prestação de contas. Coloca-se a questão de saber
se tudo está bem elaborado e para isso existe o tribunal de contas para saber se os
fundos foram bem aplicados. Para saber a resposta a isso, todos os anos é efectuada 1
auditoria financeira á UC, para validar as demonstrações financeiras.

Na contabilidade, do registo, faz-se as chamadas demonstrações financeiras (balanço,


demonstrações de resultados, mapas de fluxos de caixa e outros documentos).

Mas como se efectua o registo?

Em contabilidade, é feito segundo o método dualista/método das partidas dobradas/ método


digráfico, ou seja, a cada registo que é efectuado são afectadas 2 contas. Este método destina-
se a fazer o levantamento das transacções e acontecimentos ocorridos através de anotações
em pelo menos 2 contas do SNC

O registo é feito no razão presente no “livro2 de contas da entidade que pode estar
informatizado.

As contas do SNC desdobram-se em 3 grandes categorias:

Contas do activo;

Contas do passivo;

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Contas de capital ou fundos próprios;

Um balanço é estruturado, conforme o exemplo abaixo, com os activos de um lado e com os


passivo e os capitais próprios do outro.

Balanço

Activo passivo

Capital próprio

E as operações podem ser de 3 tipos:

Operações que envolvam contas do activo e do passivo;

Operações que envolvam contas do activo e do capital próprio;

Operações que envolvam contas do passivo e do capital próprio;

Regras da movimentação de contas em regime digráfico:

As contas do activo quando aumentam debitam-se, e quando diminuem creditam-se;

As contas do passivo, quando aumentam creditam-se, e quando diminuem debitam-se;

As contas do capital próprio são iguais as contas do activo, quando a aumentam


debitam-se, e quando diminuem creditam-se;

Quando não estamos nem perante contas do activo, nem contas do passivo, nem do capital
próprio (ao nível do balanço), as regras de manutenção de contas da classe 6 – custos/gastos e
classe 7 – rendimentos, são:

Classe 6 – custos/gastos: iguais ás do activo, ou seja, quando aumentam debitam-se, e


quando diminuem creditam-se;

Classe 7 – rendimentos: são iguais ás do passivo, isto é, quando aumentam creditam-


se, e quando diminuem debitam-se;

Quando falamos nas classes 6 e 7, estamos ao nível de demonstração de resultados que


reflecte os gastos e rendimentos.

Esquematicamente falando, vemos a situação seguinte:

Activo gastos passivos capitais próprios rendimentos


D C D C D C D C D C

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A teórica em prática.

Exe. 1

Vejamos as seguintes operações referentes á contabilidade.

1- Constituição da organização com 500.000 euros de capital


2- Aquisição de um imóvel, no valor de 200.000 euros
3- Foram adquiridos medicamentos para venda, no valor de 80.000 euros, adquiridos no
prazo de 90 dias
4- Pagamento ao fornecedor de uma quantia de 40.000 euros. (fornecedor tem que
passar recibo!)
5- Reforço de caixa com 5000 euros
6- Obtenção de financiamento bancário no montante de 200.000 euros
7- Pagamento da electricidade no valor de 1000 euros
8- Forma pagos “recados” por cheque na importância de 2000 euros
9- Os medicamentos adquiridos anteriormente foram agora vendidos por 170.000 euros
10- Compra de obrigações, da GALP por 150.000 euros
11- As obrigações renderam um juro de 7000 euros
12- A organização pagou 20.000 euros de despesas com pessoal
13- Foram pagos juros do financiamento bancário no valor de 10.000 euros
14- A organização prestou serviços de investigação á EDP tendo facturado 50.000 euros
(nota: facturação não prevê o pagamento imediato da quantia)
15- Foram pagos impostos no valor de 2000 euros
16- Foi pago em dinheiro, água, no valor de 4000 euros
17- Foi feito um aumento de capital de 200.000 euros
18- O cliente anterior a quem foi vendida a mercadoria, devolveu, do valor dessa
mercadoria 7000 euros
19- Foram pagos seguros no valor de 1000 euros
20- A organização adquiriu por 1000 euros um cão para guardar as instalações durante 10
anos

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Tudo isto se traduz no razão da seguinte forma:

11- Caixa 51- Capital 12- Depósitos à ordem 43- AFT


5 5000 7 1000 1 500.000 1 500.000 2 200.000 2 200.000
15 2000 17 200.000 6 200.000 4 40.000 20 1000
19 1000 11 7000 5 5000
20 1000 17 200.000 8 2000
10 150.000
12 20.000
13 10.000
16 4000

22- Fornecedores 31- Compras 25-Financiamentos

4 40.000 3 80.000 3 80.000 6 200.000

62- Fornecimentos e serv. Externos 21- Clientes 71- Vendas


7 1000 9 170.000 18 7000 18 7000 9 170.000
8 2000 14 50.000
16 4000
19 1000

14- Outros investimentos 79- Juros 63- Gastos com pessoal


10 150.000 11 7000 12 20.000

69- Gastos e financiamentos 72- Prestações de serviços 68- Outros gastos e perdas
13 10.000 14 50.000 15 2000

Para sabermos se o que registamos está correcto, temos de fazer um balancete de todas as
contas do razão, isto com o objectivo de verificar se as contas de crédito são iguais às de
débito.
O balancete é uma listagem de todas as contas do razão que é elaborado para efeitos de
controlo de balanceamento. É elaborado para saber se o balanceamento das contas está
correctamente elaborado/efectuado.
Para resumir rapidamente o que nos indica o balancete, devemos olhar para a equação
fundamental abaixo:
∑ Débito = ∑ Crédito
∑ Saldo devedor = ∑Saldo credor

Sempre que isto sucede, podemos afirmar que o balancete está balanceado.

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Balancete antes do apuramento dos resultados 01- 12- 2012
Saldo
Nº Conta ∑ Débito ∑ Crédito Débito Crédito
11 Caixa 5.000 5.000
12 Depósitos á ordem 907.000 431.000 476.000
14 Outros instrumentos financeiros 150.000 150.000
21 Clientes 220.000 7.000 213.000
22 Fornecedores 40.000 80.000 40.000
25 Financiamentos obtidos 200.000 200.000
31 Compras 50.000 80.000
43 Activos fixos Tangíveis 201.000 201.000
51 Capital 700.000 700.000
62 Fornecimentos e serviços externos 80.000 80.000
63 Despesas com o pessoal 20.000 20.000
68 Outros gastos e perdas 2.000 1.000
69 Gastos e perdas financeiros 10.000 10.000
71 Vendas 7.000 17.000 16.000
72 Prestação de serviços 50.000 50.000
79 Juros, dividendos e outros orçamentos 7.000 7.000
TOTAL 1.650.000 1.650.000 1.160.000 1.160.000

Do balancete antes do apuramento de resultados até ao que vem depois do apuramento de


resultados há uma contabilização no final do ano que diz respeito aos gasto de depreciação e
amortizações – conta 64, e imparidades (quando não pagas) – conta 65.

Então:

- Amortizações que tínhamos de contabilizar: Conta 43 - Activos fixos tangíveis

- Imparidades: Conta 21 – clientes (eventualmente tinha que se começar a contabilizar


imparidades aos clientes)

Depois de contabilizar estas 2 situações, podemos agora, fazer o apuramento de resultados,


então:

Segundo a lei, o edifício tem de ser amortizado em 2% e o cão em 20%. Isto pressupõe que só
se espere receber dos clientes 210.000 euros

- Contabilização das depreciações e amortizações

1 – Pelo edifício: 200.000 euros x 0.02 = 4000 euros

2 – Pelo cão: 1000 x 0.2 = 200 euros

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ou seja, o valor de 4200 euros será o valor de amortizações e depreciações a contabilizar.

Operações de fecho de contas e apuramento de resultados.

64 – Gastos de depreciação e amortização 438 – Depreciações acumuladas


21 4200 21 4200

Como explicar as imparidades

Vejamos, se os clientes devem 213.000 euros e a organização só está a contar receber 210.000
euros, ou seja, estamos perante uma imparidade entre o real e o contabilístico, ou, dito
noutras palavras, estamos perante um desfaçamento entre a contabilidade e o real. Isto
porque o que temos de receber são 213.000 euros e o nosso conhecimento de causa só prevê
que se receba 210.000 euros. Há uma imparidade de 3000 euros. Registando tal no razão
teremos a seguinte imagem:

65- Perdas por imparidade 21- Clientes


22 3000 22 3000

Redução dos activos, perdas por imparidade.

Apuramento dos resultados

81 – resultados líquidos do período

Gastos Rendimentos
61 80.000 71 163.000
62 5000 72 50.000
63 20.000 79 7000
64 4200
65 3000
68 2000
69 10.000
Total 127.200 220.000 de proveitos RESULTADO: 220.000 – 127.200 = 92.800

O balancete de apuramento dos resultados é igual ao outro com mais contas, (por exemplo, a
conta 438, neste próximo balancete já passa a ter um crédito de 4200, a conta 21, passa a ter
no credito mais 3000 e no saldo devedor 210.000). As contas 62, 63, 64, 65, 68, 69 ficam a zero
porque transferiram tudo para a conta 81. Os gastos e rendimentos ficam selados porque
transferiram tudo para a conta 81. Assim verificamos um acumulado devedor de 127.000
euros e um acumulado credor de 220.000 euros, o que perfaz 1 saldo credor de 92.800.

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Existem alterações, do balancete anterior visto e do resultado final, são elas:

- Contabilização do crédito por imparidade;

- a conta 31 transfere saldo para a 61 e fica com saldo 0

- a 43 passa a ter um crédito de 42.000 por contabilização dos gastos por depreciação e
amortização

- conta 51 é igual á conta 61 e fica com um débito de 80.000 que vem das compras com um
crédito de 80.000 euros e é transferido para a 81

- a conta 62 fica saldada e com um crédito que é transferido para a conta 81

- a conta 63, 68, 69, 72, e 79 ficam todas saldadas (débito = crédito) por transferência de
saldos para a conta 81.

Tudo isto para dizer que as contas das classes 6 e 7 desaparecem no final do ano pois passam
os seus montantes a ser incluídos na classe 8.

Assim e para terminar a exposição da aula hoje o balancete depois do apuramento de contas
apresenta-se da seguinte forma:

Balancete depois do apuramento de resultados

Nº Conta ∑ Débito ∑ Crédito Débito Crédito


0 Caixa 5.000 5.000
12 Depósitos á ordem 907.000 431.000 476.000
14 Outros instrumentos financeiros 150.000 150.000
21 Clientes 220.000 10.000 210.000
22 Fornecedores 40.000 80.000 40.000
25 Financiamentos obtidos 200.000 200.000
31 Compras 0
43 Activos fixos Tangíveis 201.000 4.200 196.800
51 Capital 700.000 700.000
61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 80.000 80.000 80.000
62 Fornecimentos e serviços externos 80.000 80.000
63 Despesas com o pessoal 20.000 20.000
68 Outros gastos e perdas 2.000 2.000
69 Gastos e perdas financeiros 10.000 10.000
71 Vendas
72 Prestação de serviços 50.000 50.000
79 Juros, dividendos e outros orçamentos 7.000 7.000
81 Resultados 32.700 217.000 184.300

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Aula 5 (Revisões e nova matéria)

Contabilização Balancete antes do Apuramento Balancete depois


da transacção apuramento dos dos resultados do apuramento de
resultados resultados

O apuramento de resultados nasce de uma parte contabilística que é a demonstração de


resultados. Se os rendimentos são maiores que os gastos, a empresa tem resultado liquido
positivo, se os rendimentos forem menores que os gastos então a empresa tem resultado
líquido negativo, ou nulo.

Pressupostos/ filosofia da Auditoria

O 1º pressuposto da Auditoria é que todas as demonstrações financeiras são verificadas, por


isso é que a auditoria tem padrões de referência (SNC, Normas de contabilísticas, leis,
estatutos, disposições oficiais, etc…). Só é verificável aquilo que for possível de
comparação/benchmarking, caso contrário, sem esse padrão de referência não pode haver
auditoria.

Isto quer dizer que a auditoria está mais focada no passado. Pôs-se o problema de saber se a
auditoria é toda retrospectiva, ou se por exemplo, a análise do orçamento de estado para o
próximo ano, produz outro tipo de auditoria. Resposta: A auditoria tem 2 tipos, a Ex post ou
histórica, baseada no passado, nas transacções ocorridas. Mas também pode ser
prospectiva/do futuro que se baseia nos pressupostos micro e macros económicos da
auditoria provisional.

O 2º diz que não há necessariamente 1 conflito entre a administração da organização e o


auditor, todavia, a curto prazo, conflitos deste tipo podem ocorrer. O problema da sociedade
actual é que ela está focada nos resultados a curto praz ao invés de um cenário de médio/
longo prazo. No curto prazo há mais possibilidade desses conflitos acontecerem.

Exemplo: Os gastos das obras de reparação da torre d”a Cabra” foram classificados na
classe 6 (gastos) pela administração. No entanto os gastos auferiram aos 5M de euros, então o
auditor considerou que estes, não deveriam ser considerados gastos, mas sim como activos, e
isto resultou numa reserva nas contas da UC no relatório do auditor.

O pressuposto nº3 diz que a existência de um controlo interno adequado reduz a


probabilidade de fraude e irregularidades na organização.

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Ex: O acesso livre dos estudantes da UC aos serviços de tesouraria, ou o
estacionamento reservado apenas para docentes e funcionários da UC em frente á
FDUC, são normas de controlo interno.

Portanto, se houver controlo interno OPERATIVO dentro de uma instituição, a probabilidade


de fraudes e irregularidades é muitíssimo reduzida. Há diferenças entre apenas existir normas
de controlo interno e ele ser operativo, isto é, posto em prática. O controlo interno nas
instituições públicas é nuclear!

4º Pressuposto afirma que a aplicação do SNC permite existir transparência no registo das
transacções, isto porque sempre que há um referencial contabilístico há também mais
confiança e transparência no material apresentado.

O 5º pressuposto sentencia que até prova encontrar, o que foi verdadeiro no passado também
o será no futuro.

Ex: Se num relatório de um ano anterior estiver uma reserva em relação ao sistema de
controlo interno não funcionar correctamente, no ano seguinte o auditor irá pensar
que o sistema de controlo interno continua a ser ineficiente a não ser que sejam
realizadas mudanças estruturais e se resolva tal problema.

O pressuposto nº 6 segue a filosofia que as demonstrações financeiras são elaboradas sem


intenção fraudulenta, e que não contêm irregularidades.

Ex: Se o auditor partisse do princípio de que a administração é corrupta, teria de rever


todas as contas da instituição o que seria impossível principalmente em grandes
companhias como a EDP ou a PT onde quando se terminasse e apurasse os resultados
da auditoria a mesma administração provavelmente já não estaria em funções.

O 7º relata que ao examinar as demonstrações financeiras, com o objectivo de exprimir uma


opinião independente, o auditor, utiliza somente a sua capacidade de auditor. Quero dizer,
tendo o auditor o estatuto de magistrado do tribunal de contas este deve seguir o código
profissional e deontológico que lhe é inerente e tudo o resto (relações de amizade,
ressentimentos e outros exemplos com a administração/instituição) deve ser deixado de lado
e não deve impedir o bom julgamento do auditor.

Objectivos básicos da auditoria

Objectivo Primário:

- Dar credibilidade á informação financeira para que esta seja o mais próxima possível da
realidade. – Este é o objectivo primário da auditoria.

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Objectivos secundários:

- Detectar erros e fraudes: não é o objectivo primário da auditoria, a não ser que o
auditor seja contratado especificamente para esse efeito. No entanto, no decorrer de uma
auditoria normal pode encontrar esses erros e fraudes e manda que se corrijam.

- Fornecer informações sobre o controlo interno: A par da sua actividade, o auditor vai
conhecendo o sistema de controlo interno da instituição mandando corrigir erros se os
encontrar.

- Prestar serviços de assessoria económica e financeira.

Factores que motivam a necessidade da auditoria e o avanço da Audit Society

Conflito de interesses:

Ex: As acções da EDP. A EDP tem administradores e accionistas (que elegem os


primeiros). Os accionistas querem obter dividendos, mas a administração quer abrir outras
sucursais e alargar o negócio, então, para reduzir estes conflito de interesses entre a
administração e os accionistas, existe a auditoria na forma de relação de agência.

Consequências das decisões:

A auditoria informa os interessados nas demonstrações financeiras, de que


esta está correcta e isso dá desde logo uma garantia no processo de tomada de decisões
desses mesmos interessados.

Complexidade:

Não existe ninguém capaz de analisar as demonstrações financeiras a um nível


total, então, graças á auditoria, essa informação, que é demasiado complexa, é simplificada.

Afastamento:

Ex: A auditoria é um bom instrumento para se saber se a instituição, na qual eu


investi em acções está a ser bem gerida ou não.

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Benefícios económicos da auditoria

1) Acesso ao mercado de capitais…


a. Para uma empresa ter direito a este acesso tem que ser auditada
2) Menores custos de financiamento
a. As empresas auditadas têm mais vantagens em termos de juros bancários, em
relação às que não estão auditadas
3) Prevenção de fraudes
4) Implementação de controlo interno benéfico para a organização

Limitações da auditoria

A auditoria é processada com base na amostragem das evidências (que são os factos
ocorridos na instituição) e depois disto vai colher uma amostra, analisa-la e extrapolar os
resultados para o universo da instituição, ora isto torna-se um problema porque a recolha da
amostra errada pode tornar-se um problema para o resultado final do relatório de contas.

Algumas evidências são obtidas por via verbal ou escrita, isto é, pela via de declarações
de responsabilidade. Que assumem que as demonstrações financeiras estão correctas. Esta
limitação tem que ser contradita com o princípio que diz que o auditor deve confiar que a
administração é fiável e segura, e não corrupta.

A fraqueza humana, o cansaço, ou a falta de cuidado podem afectar tanto o resultado


das demonstrações financeiras, como a escolha das amostras.

Que tipos de auditoria existem?

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Responsabilidades dos auditores:

- Responsabilidade civil

- Responsabilidade criminal

- Responsabilidade pecuniária

- Responsabilidade disciplinar

Diferença entre Contabilidade e auditoria

Com o objectivo de comunicar as informações aos interessados

As normas de auditoria dividem-se em 3 capítulos fundamentais:

1 As normas gerais - Dizem respeito á formação técnica e responsabilidade, independência,


profissionalismo e segredo profissional do auditor

2 As normas de trabalho – São normas de planificação, de avaliação de controlo interno e de


obtenção de evidencias

3 As normas de relatório – Fazem referencia às normas das demonstrações financeiras,


opinam sobre elas no seu conjunto, e têm concordância, ou
discordam com o relatório de gestão

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Modelos de abordagem da auditoria

Componentes básicos

Componente estática (A lei, o SNC, os Componente dinâmica (demonstrações


regulamentos) – as coisas que não mudam de financeiras) – muda de ano para ano
ano para ano.
- SNC - o processo de auditoria:
- ISA - materialidade, risco, evidencia,
- Regulamentação legal da auditoria aspectos preliminares e amostragem,
- Ética e responsabilidade compõe a estratégia da auditoria;
- Estrutura de controlo interno
- Auditoria por ciclos e transacções

No planeamento da auditoria, o auditor deve considerar os seguintes aspectos:

O risco inerente ao cliente, ao sector de economia em geral. Se eles são ou não


confiáveis, e se o país, a economia ou e a actividade tem risco

O risco de controlo, isto é quanto melhor for o sistema de controlo interno, menor é o
risco de controlo

Julgamento inicial sobre a materialidade, que está simbioticamente ligada com a


relevância e é a margem de erro que o auditor admite. Vejamos o exemplo:

Ex: se o auditor definir que a materialidade para uma empresa que tem de
activos 100M de euros de 1% então a margem de erro que o auditor tem será
de 1M ou seja, o auditor admite 1M de inexactidão na sua análise às contas.

Mas como controlar a materialidade?


R: Em função dos resultados das grandezas contabilísticas, vejamos o seguinte exercício:

Exe. 2 – Aplicação do conceito de materialidade na UC

Balanço da UC Demonstração de resultados


Activo Capitais próprios Gastos Rendimentos
70M 20M 60M 2M
Passivo
50M RESULTADO = 2M

70M 70M = TOTAL

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Limites mínimos e máximos
Resultado liquido 5% a 10%

Resultado líquido dos 5% a 10%


impostos
Receitas/proveitos ½% a 1%

Total do activo ½% a 1%

Total do capital 2% a 4%
próprio

1)Vejamos então como calcular a materialidade com base no resultado líquido:

Materialidade =5% a 10%


Resultados = 2M

Limite mínimo = a 5% x 2M =100.000 euros


Limite máximo = a 10% x 2M = 200.000 euros
Nota: se o auditor ajuizar, ao que considera
ser um resultado ao nível da UC, ele, provavelmente
escolherá o limite mínimo com margem de erro, caso
contrário poderá fornecer o limite máximo.

2)Vejamos agora segundo os proveitos:

62M x 0.5% = 3.1M


62M x 1% = 6.2M

3) Com base no activo:

0,5% x 70M = 3.5M


1% x 70M = 7M

4)Pelos capitais próprios:

2% x 20M = 400.000
4% x 20M = 800.000

Após isto, para saber o erro de cada conta, o auditor vai afectar a materialidade já definida
conforme os padrões a cada conta do balanço, que somadas terão que ter um valor igual á
materialidade prevista no balanço anterior.

A par da materialidade existe o risco:

O risco inerente;

O risco de controlo

O risco de detecção

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E há risco porque a auditoria trabalha sobre amostras, mas o esquema
seguinte irá certamente clarificar as ideias acerca do risco: Para melhor
entender as
duas ultimas
Risco da Auditoria Risco que o auditor corre em emitir uma aulas, estão
opinião sobre as contas da instituição como disponíveis na
estando correctas mesmo estas não o FLUC os
estando, ou vice-versa
apontamentos
= /livro
seleccionados
Risco inerente Riscos relacionados com o sector de
pelo docente
actividade e economia, estes riscos não
da cadeira
podem ser mudados.
(ano
X 2012/2013).

Risco de controlo Está associado com o sistema de controlo A propósito


interno. É responsabilidade da disso o
administração. Para validar o sistema de professor
controlo interno (SCI), o auditor faz testes
indicou o que
para ver se este está a funcionar correcta ou
deve ser lido
incorrectamente.
desse livro, a
X saber: Do
CAP1 o
Risco de detecção Está relacionado com o trabalho que o
subcapítulo
auditor faz, assim como nos erros, e na
recolha da amostra. Imputa a 1.1, 1.3 e 1.4
responsabilidade no auditor caso houver (também, os
erros, ou distracções. 1.2, 1.5 e 1.6,
mas sem,
grande rigor).
O risco de controlo influencia o trabalho do auditor, se o SCI for Do CAP2, 2.1,
bom, e estiver operacional o auditor não tem necessidade de colher o 2.1.1, o 2.4
uma amostra grande, caso contrario terá que o fazer, para eliminar o 2.6 e o 2.7
desconfianças que possam existir. (e também o
2.3)

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Aula 6 (continuação da aula anterior, ultima aula antes da frequência)

Materialidade é o que em auditoria se designa como um conceito ancora, e está ligada


aos erros, omissões e irregularidades. Ora a materialidade é definida como o risco, dessas
irregularidades, que o auditor está disposto a assumir sem por em causa o resultado das
contas da entidade que audita. Numa auditoria existem sempre falhas e a soma dessas falhas
nunca pode ser ser superior a materialidade imposta pelo auditor.

Como se determina a quantitativa de materialidade?

R: A quantitativa da materialidade pode ser calculada através dos itens previstos no balanço –
activos, Capitais próprios e resultados líquidos (antes e depois de impostos) - ou pelas
demonstrações financeiras – proveitos.

EX: Se a na UC o activo fosse de 100 e a materialidade de 2%, o auditor tolerava o erro


de 2 (100 x 2% =2) - erro tolerável

A materialidade pode ser determinada em função do balanço e depois é determinada em


função da conta.

EX: balanço da organização “x”

Capitais próprios 500


Activo Passivo
Caixa/banca 500 Empréstimos 600
Existências 300 Fornecedores 100
Imobilizados 700 Total do passivo 700
Créditos a curto prazo 200
TOTAL 1300 TOTAL 1300

A materialidade do activo é 5%, ou seja, 1300 x 5% =65. A partir daqui a afectação ás contas
faz-se da seguinte maneira: Regra de 3 simples.

Caixa/ banca Se para 1300 – são 65 = 15


Então para 100 – serão x

Existencias Se para 1300 – são 65 =5


Então para 300 – serão x

Imobilizados Se para 1300 – são 65 = 35


Então para 700 – serão x

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Créditos Se para 1300 – são 65 = 10
Então para 200 – serão x

Total = 65 de materialidade definida anteriormente.

Imaginando que não houve movimentos nos imobilizados é necessário fazer uma reafectação
da materialidade em função do controlo interno, isto é, o que acabamos de fazer é abstracto, e
é em função do controlo interno que é feito o ajustamento.

Passo a explicar, já vimos que muito ligado á materialidade está o risco. Em auditoria o risco é
composto por 3 modalidades de risco: O inerente, o de controlo e o de detecção.
Matematicamente diríamos que:

Risco de auditoria = Risco inerente x Risco de Controlo x Risco de detecção

Questão: Porque é que existe risco em auditoria?

R: A auditoria é feita sobre uma amostragem, ora, isto faz com que haja possibilidades de se
cometerem erros. O risco de auditoria traduz-se na possibilidade de o auditor emitir um
parecer errado (“dizer que as contas estão incorrectas quando podem estar certas ou dizer
que estão correctas quando podem estar erradas”).

Risco inerente Risco associado ao país, Não pode ser trabalhado


ao sector, á industria etc… e ou influenciado pelo auditor.
relacionado com a
complexidade do sistema
contabilístico.
Quanto mais complicada
for a contabilidade, mais
possibilidade de erro existe.
Risco de controlo Controlo interno bom = Não pode ser trabalhado
risco de controlo interno ou influenciado pelo auditor.
baixo.
Controlo interno mau =
risco de controlo interno alto.
Este é verificado através
de testes de conformidade
para saber se as instituições
cumprem as regras
Risco de detecção Relacionado com o saldo O auditor pode ter
das contas e com as influencia neste ultimo.
transacções.

Matematicamente o risco de detecção pode ser representado como:

Risco de detecção = Risco da auditoria RD = RA


Risco inerente x risco de controlo = RI x RC

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EX: Em determinada organização o risco de auditoria é de 5% , o de controlo é
de 40% e o risco inerente é de 90%.
Determine qual o risco de detecção.

RD = 5% = 5% = 13,89 %
90% x 40% 36%

O SCI deveria funcionar bem em todos as áreas, porém isso não sucede e as áreas em que não
funciona são chamadas de áreas problemas e onde podem ocorrer os potenciais erros como:
- operações não registadas;
- operações registadas mas não validadas;
- operações não autorizadas;
- operações valorizadas incorrectamente;
- operações classificadas incorrectamente;

Modelos de auditoria

Componentes básicos

Componente estática – componente que Componente dinâmica – componente que


varia muito pouco com o tempo muda de ano ou características susceptíveis
de mudança
- Princípios contabilísticos (POC/SNC) - o processo de auditoria (A materialidade, o
- Normas gerais de auditoria (ISAs) risco, a evidencia, os aspectos preliminares e
-Regulação legal da auditoria (ex: RJIES) a estratégia da auditoria – composta pelos
- Ética e responsabilidade (valores dos conceitos anteriores- a estrutura do controlo
auditores e dos seus códigos deontológicos) interno, a amostragem em auditoria e a
auditoria de ciclos e transacções
- Relatórios de auditoria

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Processo de Auditoria
Auditoria de ciclos e transacções

Os ciclos e classes de transacções mais usados são:

Ciclos Classe de transacções


De proveitos ou rendimentos Vendas, recebimentos e ajustamentos nas
vendas
De despesas Compras e pagamentos
De pessoal Pagamentos
De produção Fabrico
De investimento Investimentos temporários e a longo prazo
De financiamento Debito a longo prazo e capital próprio

Exe.3 Ciclo de proveitos ou rendimentos.

De onde as seguintes instituições retiram os seus rendimentos?

UC H.U.C Camara munincipal


- propinas - Taxas moderadoras - impostos/multas/coimas
-Transferencias do -Transferencias do -rendimentos de
orçamento de estado orçamento de estado propriedades
- rendimentos de - rendimentos de - vendas de propriedade
investigações investigações -Transferencias do
- vendas de propriedade - vendas de propriedade orçamento de estado
-outros -outros - Receitas diversas
- rendimentos de prestações
de serviços
- outras

Quando estamos a auditar os proveitos temos que audita a conta 21 – clientes, a prestações
de serviços e o ajustamento das contas.

Relatórios de auditoria

Existem dois tipos de relatório: o long form report, onde o auditor especifica tudo aquilo que
fez, e o short form report que foca a conclusão do trabalho do auditor de uma forma sintética.

Regras gerais dos relatórios de auditoria

1. O relatório deve expor se as demonstrações financeiras estão elaboradas de acordo


com os princípios contabilísticos geralmente aceites
2. O relatório deve identificar as circunstancias que justificam a não consistência na
aplicação dos princípios em relação ao ano anterior (por exemplo a adopção do SNC
em 2010, e as diferencias com o POC)

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3. As divulgações informativas presentes nas demonstrações financeiras são
consideradas como adequadas
4. O relatório deve conter a opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras
consideradas como 1 todo, bem como o grau de responsabilidade que o auditor
assumiu.

Relatórios de Auditoria (Short form report)

Modalidades de opinião: - Opinião sem reservas;

- Opinião sem reservas, mas com enfases;

- Opinião com reservas:

- Por limitações de âmbito;

- Por desacordo;

- Impossibilidade de opinião (Não há verdade material)

- Opinião adversa (tudo está feito, mas tudo está mal feito)

A propósito dos ciclos de auditoria, o que é que o auditor vai indagar nos ciclos?

R: os critérios presentes abaixo, são as interrogações dos ciclos

Existências – todos os activos e passivos da entidade a uma determinada dita


existências. O auditor coloca-se na duvida metódica se aquilo que se pensa existir,
existe na realidade, e procura responder a essa questão
Estas são as 5
afirmações Integridade/integralidade – Todas as demonstrações estão incluídas nas
presentes nos demonstrações financeiras
ciclos e as quais
o auditor vai Direitos e obrigações – os activos são propriedade da empresa e os passivos
verificar se são representam obrigações efectivas a determinada data
representadoras
Valorização e afectação – Activos, passivos, capitais próprios, rendimentos e proveitos
da verdade
estão incluídos nas demonstrações financeiras por valores correctos

Apresentação/divulgação – os componentes de demonstrações financeiras estão


adequadamente classificados e divulgados

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Qualificação da materialidade

Métodos existentes:

a) Método da escala móvel de valores (a base é o activo ou os proveitos, da comparação


entre o 1º e o 2º o que tiver o valor mais elevado). Como aplicar este método

Escala móvel de valores

Total de activos ou Escala Balanço UC


rendimentos
Activo 100
50 M até 99,99999….M 4,0
100 M até 299,99999…M 3,5 Rendimentos 120
300M até 599,9999…M 3,0

Será escolhido o valor base de rendimentos.

b) Método de base única (utiliza apenas 1 indicador)

c) Método da base múltipla (usa vários indicadores e depois calcula-se a media


ponderada

Se calcular-mos só com base no activo estamos perante o método b) Método de base única,
mas se calcular-mos a percentagem do activo (A) do proveito (B), dos capitais próprios (C), e
do resultado liquido (D).

ex:

A+B+C+D = X Método da base múltipla


4

O método b) e c) existem para determinar o valor global da materialidade. Depois disso temos
as técnicas de afectação do valor da materialidade:

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Técnicas de afectação do valor da materialidade

1) Técnica do valor relativo;

Ex: Tendo 1 materialidade de 200


1 imobilizado de 6 000
1 Total do activo de 10 000

O erro tolerável /materialidade do imobilizado é feito da seguinte forma:

Imobilizado X Materialidade
Total activo

Ou seja:

6 000 X 200 = 60 Unidades monetárias


10 000

Supondo que os fornecedores são 1000, a técnica é a mesma:

1 000 X 200 =20


10 000

2) A técnica de variação relativa;

Ex: Para executarmos esta técnica precisamos de comparar 2 anos consecutivos,


vejamos por exemplo a materialidade do imobilizado:

2010 = (n-1) 2011 = (n) Variação relativa


Caixa/ Banca 100 80 20
Capital próprio 300 370 70
Imobilizados 1000 1400 400
Existências 70 30 40
530 - TOTAL

Valores do imobilizado de 2010 - os de 2011 e depois a fórmula:

Resultado da operação acima X Materialidade anteriormente determinada em 1)


Total da variação relativa

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As técnicas 1) e 2) são técnicas quantitativas.
Para entender
melhor os
3) Juizo profissional exercícios
Esta técnica é qualitativa e depende da experiencia expostos,
profissional do auditor (e portanto é 1 técnica subjectiva) encontra-se na
FLUC 1 caderno
de exercícios que
o Professor
deixou para
consulta dos
alunos para a
preparação da
prova. Além
disso o docente
encarregou-nos
de saber os
seguintes
conceitos:

- Relatório marc
na auditoria
europeia;

- Livro Verde;

- IOSCO -
(International
Organization of
Securities
Commissions)

- FESCO

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