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Faculdade de Direito da Universidade

de Coimbra, LAPP

2017/2018
Daniel Taborda
Enquadramento
• A palavra Auditoria tem sua origem no latim, vem de
"Audire", que significa ouvir.
• Auditoria consiste num processo de julgamento, que
assenta na recolha de evidência apropriada e
suficiente, que conduz e fundamenta a opinião do
auditor.
• O auditor é um profissional detentor de
competências técnicas que lhe permite formar bons
juízos, expressos na forma de opinião. Esta,
naturalmente, tem como limitação intrínseca o risco
de auditoria.
Enquadramento
• Auditoria é um exame ou verificação de uma
dada matéria, tendente a analisar a
conformidade da mesma com determinadas
regras, normas ou objectivos, conduzido por uma
pessoa idónea, tecnicamente preparada,
realizado com observância de certos princípios,
métodos e técnicas geralmente aceites, com vista
a possibilitar ao auditor formar uma opinião e
emitir um parecer sobre a matéria analisada.
• Prova + Opinião
Tipos de auditoria
Interna vs Externa

Financeira vs de gestão (operacional e aos resultados)


A auditoria de gestão:
- tipo de auditoria interna
- avaliar o grau de correspondência entre as normas emanadas
do órgão de gestão e o respectivo cumprimento.
-julgar a adequação da escolha e da
oportunidade/tempestividade das decisões.

A auditoria financeira:
-verificar a conformidade com os PCGA

Privada vs pública (ROC e TC)


QUADRO INSTITUCIONAL DO TRIBUNAL
DE CONTAS
• Poder judicial (art. 202º e 209º da CRP)
• Órgão de soberania (art. 110º da CRP)
• Órgão supremo de fiscalização da legalidade das
despesas públicas e de julgamento das contas
que a lei lhe submeter (art. 214º CRP).
• Órgão supremo de controlo externo, que
fiscaliza a legalidade e a regularidade das
receitas e despesas públicas, aprecia a gestão
financeira e efectiva responsabilidades por
infracções financeiras (art. 1º nº1 Lei 98/97).
Âmbito do Controlo do TC
Estão sujeitas à jurisdição e aos poderes de
controlo financeiro do Tribunal de Contas as
entidades integradas no sector público
administrativo, as entidades do sector público
empresarial, as entidades de qualquer
natureza que tenham participação de capitais
públicos ou sejam beneficiárias, a qualquer
título de dinheiros ou outros valores públicos
(art. 2º da Lei 98/97 ).
Natureza do controlo do TC

• Critério do posicionamento do órgão de controlo: controlo


externo e independente.
• Critério do momento do controlo: controlo prévio,
concomitante ou sucessivo, consoante se posicione numa fase
anterior, simultânea ou posterior, à realização das operações
auditadas.
• Critério do conteúdo do controlo: fiscaliza a legalidade e
regularidade das receitas e das despesas públicas e aprecia a
economia, eficiência e eficácia, segundo critérios técnicos de
gestão financeira. Ao consagrar de forma expressa a
apreciação da gestão financeira o legislador clarificou a
natureza do controlo financeiro do TC.
Modalidades de Controlo
1. Fiscalização prévia: tem por fim verificar se os actos ou contratos sujeitos a este tipo de
controlo respeitam a legalidade genérica e a legalidade específica (regularidade financeira ou
cabimento).
• Nos instrumentos geradores de dívida pública a fiscalização prévia verifica ainda a
observância dos limites e sublimites de endividamento e as respectivas finalidades.
• Constitui fundamento de recusa do visto a desconformidade dos actos ou contratos e demais
instrumentos sujeitos a “visto” com a lei que implique: (art. 44º nº3)
- Não cabimento em rubrica orçamental própria ou violação directa de normas
financeiras;
-Ilegalidade susceptível de alterar o resultado financeiro;
- Nulidade.
2. Fiscalização concomitante: O TC pode realizar fiscalização concomitante de despesas
emergentes dos actos ou contratos que não devam ser remetidos para fiscalização prévia
(art. 38º nº 1b)) e através de auditorias à actividade financeira exercida antes do
encerramento da respectiva gerência (art. 49º). Os relatórios de auditoria realizados no
âmbito da fiscalização concomitante podem servir de base à verificação da respectiva conta
ou ao processo de efectivação de responsabilidades financeiras (art. 49º, nº4).
3. Fiscalização sucessiva: A fiscalização sucessiva tem por finalidade avaliar os sistemas de
decisão e de controlo interno e apreciar a legalidade, a correcção financeira, a economia,
eficiência e eficácia da gestão financeira das entidades sujeitas à sua jurisdição e/ou controlo
financeiro, incluindo os fluxos da União Europeia (art. 50º). Para a prossecução dos objectivos
definidos pelo Tribunal no âmbito do controlo sucessivo, o Tribunal desenvolve auditorias e
verificação de contas (art. 53º a 55º).
Aquisição de Aplicação de
Recursos Recursos

Resultados

ECONOMIA EFICIÊNCIA
(opção menos onerosa) (rendimento máximo)

Qualidade Resultados Obtidos


Quantidade (R)
Preço Meios Utilizados
Tempo (M)

(R/M)
EFICÁCIA
(realização dos
objectivos)

Resultados Obtidos
(R)
Objectivos Fixados
(O)

(R/O)
AUDITORIAS do TC
1. Verificação das Contas
• Na actividade do TC assume certa importância a verificação das contas que lhe são
submetidas, nos termos legais, pelas entidades a tal obrigadas (art. 51º).
• As contas são prestadas por anos económicos ou por gerências (art. 52º) e são
elaboradas e documentadas de acordo com as instruções emitidas pelo TC (art. 6º).
2. Outro tipo de Auditorias
• O TC pode realizar auditorias de qualquer tipo ou natureza (art. 55º), orientando-se
para uma actividade de controlo integrado. Assim, sem deixar de atribuir o devido
papel e importância à auditoria financeira, o legislador orientou a estratégia de
controlo do TC manifestamente para a auditoria de gestão e abriu portas à realização
de auditorias de qualquer tipo ou natureza.
• Os processos de auditoria são concluídos com a elaboração e aprovação de um
relatório, o qual deverá ser sempre remetido ao Ministério Público, eventualmente
acompanhado do respectivo processo e documentação pertinente, a fim de serem
desencadeados eventuais procedimentos jurisdicionais.
• O TC pode, nos termos e para os efeitos consignados no art. 56º, recorrer a empresas
de auditoria ou a consultores técnicos para a realização de tarefas indispensáveis ao
exercício das suas funções.
Fases de Auditoria Gerais

Planeamento
Execução
Relato

No TC, as fases de planeamento e execução agrupam-se na


fase de trabalho de campo
TIPOS de AUDITORIA do TC
• Auditoria Financeira
• Auditorias operacionais ou de resultados
• Auditorias integradas
• Auditorias orientadas
• Auditorias de projectos ou de programas
• Auditorias de sistemas
• Auditorias ambientais
Auditoria Financeira
• tem como objecto a análise das contas e da situação
financeira de uma entidade, bem como a legalidade e
regularidade das suas operações, com vista a emitir ou não
um parecer sobre:
a) As contas e a situação financeira da entidade fiscalizada
(averiguar se as contas anuais traduzem, de forma verdadeira
e apropriada, a situação patrimonial e financeira da entidade
fiscalizada);
b) A legalidade e a regularidade (confirmar se as operações
foram realizadas e registadas de acordo com preceitos legais e
contabilísticos estabelecidos).
Auditoria operacional ou aos resultados
Tem como objectivo básico a avaliação da gestão de uma determinada entidade, consistindo aquela
avaliação na apreciação dos resultados face aos objectivos fixados, da segurança e da gestão dos meios
utilizados nas decisões tomadas e nas acções empreendidas, bem como da conformidade legal destas
últimas. É uma auditoria da empresa como um todo para julgar a adequação da escolha e da
oportunidade/tempestividade das decisões.

-Conformidade legal – pressupõe a existência de lei que autorize a despesa;


-Segurança – existência de sistemas de controlo interno para salvaguarda e controlo dos bens;
-Gestão de meios – aplicação de critérios de medida que servirão de orientação às decisões dos
responsáveis;
-Critérios de medida utilizados na avaliação da gestão – economia, eficiência e eficácia.

Não basta que as demonstrações financeiras reflictam a situação patrimonial e os resultados de


determinada entidade, sentindo-se cada vez mais a necessidade de se conhecer em que medida e de
que modo os mesmos atingiram os objectivos previamente fixados e se estes foram correctamente
definidos.

Assim, o auditor deverá ajuizar de que forma se desenvolveu a actividade financeira e caracterizar se a
gestão foi correcta, boa ou meritória.
A sua aplicação permite concluir que:
1. Uma gestão é eficaz se o objectivo fixado foi atingido;
2. É económica se tiverem sido escolhidos os meios menos onerosos para atingir um dado objectivo;
3. É eficiente se os meios utilizados tiverem sido aplicados da maneira mais apropriada.
Outras
• Auditoria Integrada – Examina tanto a informação financeira de uma empresa
como o desempenho da gestão, ou seja, nesta auditoria é realizada
simultaneamente uma auditoria financeira e uma auditoria operacional.

AUDITORIA INTEGRADA

Auditoria Financeira Auditoria Operacional e


de Resultados

Análise das
Análise da Análise da gestão sob o ponto
contas e da
legalidade e da de vista da economia, eficiência
situação
regularidade e eficácia
financeira

Análise do controlo interno e do processo de decisão


Outras
• Auditoria orientada –Analisa de forma direccionada um sector, área ou actividade
particular ou mesmo um procedimento em concreto, estando por isso, também,
especialmente vocacionada para verificações que permitem recolher evidência que
possa resolver problemas ou dúvidas ou fundamentar uma opinião ou juízo em zona
restrita bem delimitada.
• Auditoria de projectos ou programas – Consiste no acompanhamento, exame e
avaliação da execução de programas e projectos específicos, podendo suscitar a
realização de auditorias horizontais, isto é, o exame de um tema específico de controlo
junto de várias entidades ou serviços, tendo como finalidade abarcar o objecto do
controlo junto das actividades.
• Auditoria de sistemas – Tem como objecto o estudo dos sistemas implementados, em
especial o estudo do sistema de controlo interno e de decisão da entidade fiscalizada,
tendente à identificação dos eventuais pontos fortes e/ou deficiências desse controlo.
• Auditoria ambiental – É um exame especialmente orientado à análise dos sistemas de
gestão, tendo por objectivos avaliar a observância das políticas ambientais e do quadro
legal que regula a preservação do meio ambiente e a conservação dos recursos
naturais e auxiliar o gestor a reduzir e a eliminar os riscos de impactos ambientais
negativos.
Avaliação dos sistemas de controlo implantados na
organização
A existência de uma entidade organizada pressupõe a
subordinação da sua conduta a regras que disciplinem o seu
funcionamento e garantam um auto-controlo da organização.
A avaliação do SCI integra as seguintes fases:
• Identificação e descrição dos sistemas implementados;
• Testes de procedimento (acompanhamento de uma
operação);
• Identificação dos pontos-chave do controlo e avaliação
preliminar dos controlos;
• Realização dos testes de controlo (testes de conformidade);
• Apreciação do funcionamento do sistema.
Identificação e descrição dos sistemas

Reunião de toda a informação relevante, designadamente:


• Legislação, regulamentos e normas internas;
• Identificação de funções e responsabilidades e delegação de competências;
• Manuais de procedimentos
• Sistemas administrativos, contabilísticos e financeiros implantados;
• Dados relativos às principais operações;
• Informação contabilístico-financeira relevante.
• O registo dos procedimentos deve ser feito de uma forma clara e objectiva.

Para tanto, na descrição dos sistemas podem ser utilizados, isolada ou conjuntamente, os
seguintes métodos:
•Descrições narrativas;
•Fluxogramas
Confirmação dos sistemas
Após efectuada a descrição do sistema é necessário verificar a exactidão da informação
registada mediante a realização de testes de procedimento que consistem em
seleccionar uma operação e acompanhá-la através de todo o circuito.

Identificação dos pontos-chave de controlo e avaliação preliminar


Através de testes de conformidade o auditor visa confirmar se o sistema de controlo
interno descrito é considerado adequado e se funciona efectivamente e de modo
uniforme ao longo de todo o período em análise.

Apreciação do funcionamento dos sistemas


Decorridas as etapas anteriores, o auditor já formou a sua opinião sobre a validade,
adequação e eficácia do sistema, estando, portanto, em condições de fazer a sua
avaliação.

Elaboração e aprovação do programa de auditoria


Em função do conhecimento da entidade, dos pontos fortes e fracos do controlo interno
e da origem das informações financeiras, o auditor deve elaborar o programa detalhado
de auditoria, onde identificará as áreas, as operações, registos ou documentos a analisar,
de acordo com os objectivos específicos da auditoria.
Palavras-chave
confirmação

verificação fiscalização

História,
Definições e supervisão
exame
Tipos de
Auditoria

credibilização julgamento

comprovação
A profissão de Revisor Oficial de
Contas
ESTATUTO DA ORDEM DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS - Lei n.º 140/2015, de 07/09

• A presente lei entra em vigor a 1 de janeiro de


2016
• Os revisores oficiais de contas e as sociedades
de revisores oficiais de contas realizam as
revisões, legal ou voluntária, das contas de
acordo com as normas internacionais de
auditoria adotadas pela Comissão Europeia,
exceto (…)
• Enquanto não forem adotadas pela Comissão
Europeia, as normas internacionais de
auditoria (ISA) são diretamente aplicáveis
Competências exclusivas dos ROC
(interesse público) - 42
1)Auditoria
Revisão legal das contas (legal ou estatutária) - CLC
Revisão voluntária de contas – Relatório de Auditoria
Serviços relacionados (com os anteriores; finalidade específica ou limitada; ex.
relatórios de revisão limitada das DF).

2)Outras funções atribuídas por lei

Ex. regularização do IVA, entradas em espécie; Fusões, Transformações

Qualquer uma destas funções origina um relatório

Outras funções não exclusivas: docente do ensino superior, consultor, gestor


judicial, administrador ou gerente de SROC, ou membro de comissão de
auditoria ou de órgãos de fiscalização e supervisão.
No CSC - Sociedades Anónimas
• tradicional: conselho de administração e conselho fiscal ou fiscal único
(Excluem-se as sociedades cotadas e as que ultrapassem durante dois anos consecutivos dois dos três
limites estabelecidos n.º2 do art. 413º do CSC (B:20M;VN:40M e 250 trab.);
• monístico ou anglo-saxónico: conselho de administração,
compreendendo uma comissão de auditoria e ROC.
• dualista ou germânico: conselho de administração executivo, conselho
geral e de supervisão e ROC.
Nota: as empresas grandes e/ou abertas devem:
 modelo 1: acrescentar um ROC separado do Conselho Fiscal e de um dos membros deste ter “curso
superior adequado e conhecimentos em contabilidade e auditoria e que seja independente” ;
 modelo 2: um dos membros da comissão de auditoria “deve ter curso superior (…)”;
 modelo 3: um dos membros da comissão para as matérias financeiras incluída no CGS “deve ter curso
superior (…)”
Nas Câmaras Municipais
• As contas dos municípios e das associações de municípios que detenham
participações no capital de entidades do sector empresarial local são
remetidas ao órgão deliberativo para apreciação juntamente com a
certificação legal das contas e o parecer sobre as contas apresentados pelo
revisor oficial de contas ou sociedade de revisores oficiais de contas. (art. 47.º
/2 LFL).
• As contas anuais dos municípios e das associações de municípios que
detenham capital em fundações ou em entidades do sector empresarial local
devem ser verificadas por auditor externo. (art. 48.º/1 LFL)
• Os documentos de prestação de contas das entidades referidas no n.º 1, que
sejam obrigadas, nos termos da lei, à adoção de contabilidade patrimonial, são
remetidos ao órgão deliberativo para apreciação juntamente com a
certificação legal das contas e o parecer sobre as mesmas apresentados pelo
revisor oficial de contas ou sociedade de revisores oficiais de contas, nos
termos previstos no artigo seguinte. (art. 76.º/3 Lei n.º 73/2013, 3 de
Setembro - regime financeiro das autarquias locais e das entidades
intermunicipais)
Certificação legal das contas (451º/3 CSC)
o revisor oficial de contas deve emitir documento de certificação legal das contas, o qual deve incluir:

a) Uma introdução que identifique, pelo menos, as contas do exercício que são objecto da revisão
legal, bem como a estrutura de relato financeiro utilizada na sua elaboração;
b) Uma descrição do âmbito da revisão legal das contas que identifique, pelo menos, as normas
segundo as quais a revisão foi realizada;
c) Um parecer sobre se as contas do exercício dão uma imagem verdadeira e apropriada de acordo
com a estrutura do relato financeiro e, quando apropriado, se as contas do exercício estão em
conformidade com os requisitos legais aplicáveis, sendo que o parecer de revisão pode traduzir
uma opinião sem ou com reservas, uma opinião adversa ou, se o revisor oficial de contas não
estiver em condições de expressar uma opinião, revestir a forma de escusa de opinião;
d) Uma referência a quaisquer questões para as quais o revisor oficial de contas chame a atenção
mediante ênfases, sem qualificar a opinião de revisão;
e) Um parecer em que se indique se o relatório de gestão é ou não concordante com as contas do
exercício; se foi elaborado de acordo com os requisitos legais aplicáveis e se, tendo em conta o
conhecimento e a apreciação da empresa, foram identificadas incorreções materiais no relatório
de gestão, dando indicações quanto à natureza das mesmas
f) Data e assinatura do revisor oficial de contas.
Revisão legal das contas e revisão voluntária das contas - FORMA POSITIVA:
Garantia razoável de fiabilidade (reduzir o risco de trabalho a um nível
aceitavelmente baixo)
segurança elevada mas não absoluta.

Porquê?
julgamentos no relato financeiro; fraude;
oportunidade do relato

Quais os tipos de CLC?


Reservas
Ênfases
Exemplos de entidades de interesse
público
• emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação num mercado
regulamentado;
• instituições de crédito;
• sociedades de capital de risco, as sociedades de investimento em capital
de risco e os fundos de capital de risco
• empresas de seguros e de resseguros;
• sociedades gestoras de participações sociais, quando as participações
detidas, direta ou indiretamente, lhes confiram a maioria dos direitos de
voto nas instituições de crédito
• sociedades gestoras de participações sociais no sector dos seguros e as
sociedades gestoras de participação de seguros mistas;
• fundos de pensões;
• empresas públicas que, durante dois anos consecutivos, apresentem um
volume de negócios superior a (euro) 50 000 000, ou um ativo líquido total
superior a (euro) 300 000 000.
Opinião não modificada - ênfases
• Nas entidades de interesse público, as ênfases
são incluídas entre as Bases para a opinião e as
Matérias relevantes de auditoria.
• Nas entidades que não são de interesse público,
as ênfases são incluídas entre as Bases para a
opinião e a Continuidade.

De acordo com a ISA 706 (Revista), a seguir ao(s)


texto(s) das ênfases, deve aditar-se a expressão “A
nossa opinião não é modificada em relação a
esta(s) matéria(s).”
ISA 706
• Parágrafo de Ênfase – refere-se a uma matéria
apropriadamente apresentada ou divulgada nas
demonstrações financeiras que, no julgamento do
auditor, é de importância tal que é fundamental para a
compreensão das demonstrações financeiras por parte
dos utentes.
• Parágrafo de Outras Matérias – refere-se a uma matéria
que não as matérias apresentadas ou divulgadas nas
demonstrações financeiras que, no julgamento do
auditor, é relevante para a compreensão da auditoria, das
responsabilidades do auditor ou do seu relatório por
parte dos utentes.
ISA 706
A inclusão de um parágrafo de Ênfase sobre uma
matéria exige que
• Tenha sido obtida prova de auditoria suficiente
e apropriada de que essa matéria não se
encontra materialmente distorcida nas
demonstrações financeiras.
• Seja referente apenas à informação
apresentada ou divulgada nas demonstrações
financeiras
ISA 706
Exemplos de situações que levam a ênfases
• Uma incerteza relativa ao desfecho futuro de litígios ou
acções regulatórias excepcionais.
Exemplo de Problemas de continuidade - incerteza material
divulgada relacionada com o acontecimento ou condição que
pode colocar dúvidas significativas sobre a capacidade da
entidade para prosseguir em continuidade
• A aplicação antecipada (quando permitida) de uma nova
norma contabilística (por exemplo, uma nova Norma
Internacional de Relato Financeiro) que tenha um efeito
profundo nas demonstrações financeiras antes da data da sua
entrada em vigor.
• Uma catástrofe importante que tenha tido ou continue a
ter um efeito significativo na posição financeira da entidade.
ISA 705
• Reservas por desacordo – distorções
• Reservas por limitação do âmbito – falta de
prova
Distorção - diferença entre a quantia, classificação, apresentação ou divulgação de um item relatado nas
demonstrações financeiras e a quantia, classificação, apresentação ou divulgação que seria exigida para o
item ficar de acordo com o referencial de relato financeiro aplicável. Esta pode ocorrer em relação:

1) Apropriação das Políticas Contabilísticas Seleccionadas. As distorções podem surgir quando:


• (a) as políticas contabilísticas seleccionadas não são consistentes com o referencial de relato financeiro
aplicável;
• (b) as demonstrações financeiras, incluindo as respectivas notas, não representam as transacções e
acontecimentos subjacentes de uma maneira que atinja uma apresentação apropriada.

2) Aplicação das Politicas Contabilísticas Seleccionadas. As distorções podem surgir quando:


• (a) a gerência não tiver aplicado as politicas contabilísticas seleccionadas de uma forma consistente
com o referencial de relato financeiro (entre períodos ou a transacções e acontecimentos similares );
• (b) má aplicação das políticas contabilísticas seleccionadas (por exemplo devido a um erro de aplicação
não intencional).

3) Apropriação ou Adequação das Divulgações nas Demonstrações Financeiras. As distorções podem surgir
quando:
• (a) As demonstrações financeiras não incluem todas as divulgações exigidas pelo referencial de
relato financeiro aplicável;
• (b) As divulgações nas demonstrações financeiras não estão apresentadas de acordo com o
referencial de relato financeiro aplicável;
• (c) As demonstrações financeiras não proporcionam as divulgações necessárias para atingir uma
apresentação apropriada.
Limitação do âmbito da auditoria
Incapacidade do auditor para obter prova de
auditoria suficiente e apropriada (uma incapacidade
para executar um procedimento específico não
constitui uma limitação do âmbito da auditoria se o
auditor conseguir obter prova de auditoria suficiente
e apropriada através de procedimentos alternativos).
Pode surgir por:
(a) Circunstâncias fora do controlo da entidade;
(b) Circunstâncias relacionadas com a natureza ou
oportunidade do trabalho do auditor;
(c) Limitações impostas pela gerência.
Circunstâncias fora do controlo da
entidade
• Os registos contabilísticos da entidade foram
destruídos.
• Os registos contabilísticos de um componente
significativo foram apreendidos
indefinidamente por autoridades
governamentais.
circunstâncias relacionadas com a natureza ou
oportunidade do trabalho do auditor
• Exige-se que a entidade use o método da equivalência
patrimonial para uma entidade associada e o auditor
não é capaz de obter prova de auditora suficiente e
apropriada acerca da informação financeira mais
recente para avaliar se o método da equivalência
patrimonial foi adequadamente aplicado.
• A data da designação do auditor é tal que não lhe
permitiu observar a contagem dos inventários físicos.
• O auditor determina que a execução exclusiva de
procedimentos substantivos não é suficiente, mas os
controlos da entidade não são eficazes.
limitação do âmbito da auditoria
imposta pela gerência
• A gerência não permite que o auditor observe
a contagem dos inventários físicos.
• A gerência não permite que o auditor peça
confirmações externas de saldos de contas
específicas.

(deve renunciar)
CLC
CLC com opinião não modificada
CLC com reservas por limitação do âmbito
CLC com reservas por desacordo
opinião modificada- opinião adversa
1) O título da secção “Opinião” é alterado para “Opinião adversa”, e o título da
secção “Bases para a opinião” é alterado para “Bases para a opinião adversa”.

2) Na secção “Opinião adversa” o início do segundo parágrafo deve ser substituído


por “Em nossa opinião, devido à relevância da(s) matéria(s) referida(s) na secção
“Bases para a opinião adversa”, as demonstrações financeiras anexas não
apresentam… ”.

3) Na secção “Bases para a opinião adversa”, devem ser descritas as situações que
motivam a opinião modificada antes do parágrafo que começa por “A nossa
auditoria foi efetuada de acordo com…”. O último parágrafo desta secção deve ser
substituído por “Estamos convictos que a prova de auditoria que obtivemos é
suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião adversa”.
opinião modificada- escusa de opinião
1) O título da secção “Opinião” é alterado para “Escusa de opinião”, e o título da secção

“Bases para a opinião” é alterado para “Bases para a escusa de opinião”.

2) Na secção “Escusa de opinião” o início do primeiro parágrafo deve ser substituído por

“Fomos contratados para auditar as demonstrações financeiras….”, e o segundo parágrafo

deve ser substituído por “Não emitimos uma opinião sobre as demonstrações financeiras

anexas. Devido à relevância da(s) matéria(s) referida(s) na secção “Bases para a escusa de

opinião”, não obtivemos prova de auditoria suficiente e apropriada que nos proporcionasse

uma base para emitirmos uma opinião sobre as demonstrações financeiras anexas.

3) Na secção “Bases para a escusa de opinião” devem ser descritas as situações que

motivaram a escusa de opinião, e o parágrafo que começa por “A nossa auditoria foi efetuada

de acordo com…” é eliminado.


1.A empresa A é acusada num processo judicial relativo a infração de direitos de patente. O advogado
confirmou que não se conhece o desfecho da ação. Não se fez qualquer provisão nas demonstrações
financeiras.
a) Qual a sua posição, no caso de este assunto estar descrito no Anexo?
b) Qual a sua posição, no caso negativo?

2.A empresa A está numa situação muito difícil e tem os capitais próprios inferiores a metade do capital social. O
Anexo inclui uma nota referindo que os acionistas assegurarão os fundos necessários ao funcionamento da
empresa. Qual a sua posição?

3.A empresa A utiliza o MEP para uma associada. Esta associada não enviou as contas auditadas relativas a N. O
reconhecimento foi feito com base em contas internas. O valor do investimento é de 5 M dos quais 500k foram
considerados ganhos por aplicação do MEP. Qual a sua posição?

4.A empresa A negociou durante o exercício N a rescisão de contratos com trabalhadores por mútuo acordo por 1 500 k.
Dada a poupança futura decidiu reconhecê-los ao longo de três anos. Qual a sua posição?
1.
a) Não é obrigatório, mas pode fazer-se uma ênfase, assim: chamamos a atenção para a situação referida na nota X do Anexo, cujo
desfecho é desconhecido e, como tal, não foi feita qualquer provisão nas DF para qualquer passivo que possa daí resultar. A nossa
opinião não é modificada em relação a esta(s) matéria(s).

Se estiver em causa a continuidade, pode utilizar-se a secção “Incerteza material relacionada com a continuidade” (ver ex. 2)

b) Esta incerteza tem de ser divulgada, portanto origina uma reserva por desacordo: O Anexo não divulga uma incerteza quanto ao
processo judicial X. O seu desfecho não pode ser determinado pelo que não foi feita qualquer provisão nas DF para qualquer passivo
que possa daí resultar.

O título da secção “Opinião” é alterado para “Opinião com reservas”, e o título da secção “Bases para a opinião” é alterado para “Bases
para a opinião com reservas”.
Na secção “Opinião com reservas” o início do segundo parágrafo deve ser substituído por “Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos
da matéria referida na secção “Bases para a opinião com reservas”, as demonstrações financeiras anexas apresentam…”.
Na secção “Bases para a opinião com reservas”, devem ser descritas as situações que motivam a opinião modificada antes do parágrafo
que começa por “A nossa auditoria foi efetuada de acordo com…”. O último parágrafo desta secção deve ser substituído por “Estamos
convictos que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa opinião com
reservas”.
2.
Incerteza material relacionada com a continuidade
(Esta secção apenas é utilizada quando, nos termos do artigo 45.º, número 2, alínea f) do Estatuto da OROC, existir
“…qualquer incerteza material relacionada com acontecimentos ou condições que possam suscitar dúvidas
significativas sobre a capacidade da Entidade para dar continuidade às suas atividades.”)

Esta secção só deve ser utilizada “quando existir incerteza material relacionada com acontecimentos ou condições
que possam suscitar dúvidas significativas sobre a capacidade da Entidade para dar continuidade às suas
atividades.”, e quando é feita divulgação adequada da situação nas demonstrações financeiras.

Isto significa que o ROC terá que obter prova suficiente e apropriada sobre os acontecimentos e condições que coloquem dúvida
(que deve ser significativa) sobre a continuidade das operações. O facto de uma entidade ter metade do capital social perdido (isto
é, absorvido por prejuízos), é um indicador (uma condição) sobre a eventual incapacidade de continuar as atividades. Essa prova
(esse indicador) deve ser avaliada pelo ROC em conjunto com outras, por exemplo, se existe um plano de negócios coerente e
credível para o futuro, se continua a existir apoio dos acionistas, se existe algum plano de financiamento bancário, etc. Tudo isto
pode ser prova para ajudar o ROC a determinar se existe ou não dúvida significativa sobre a capacidade da entidade em continuar
as operações. Assim, o simples facto de uma entidade estar na condição de perda de metade do capital prevista no artigo 35.º do
CSC pode não ser suficiente para a sua consideração nesta secção do relatório.
A situação a existir deve, porém, ser objeto de referência no relatório do órgão de fiscalização, nomeadamente nos casos em que o
ROC é o Fiscal Único, chamando a atenção para as medidas que o órgão de administração tomou, ou deveria ter tomado, para
cumprimento das disposições legais aplicáveis.
Incerteza material relacionada com a continuidade

O ROC coloca no relatório:


(a) Chamar a atenção para a nota nas demonstrações financeiras que divulga as matérias
(b) Mencionar que estes acontecimentos ou condições indicam que existe uma incerteza material que
pode colocar dúvidas significativas sobre a capacidade da entidade para prosseguir em continuidade e que
a sua opinião não é modificada com respeito a essa matéria (ISA 570, 2). (A nossa opinião não é modificada
em relação a esta(s) matéria(s), à semelhança do parágrafo de ênfases)

Se o ROC tiver a certeza da inadequação do pressuposto da continuidade, faz uma


opinião adversa. Se não estiver divulgado (e achar que é apropriado), terá de colocar
uma reserva por desacordo.
3.
Reserva por limitação do Âmbito (estão em causa a existência e a valorização, daí a importância do livro de registo das
ações. Trata-se de uma reserva por limitação do âmbito QUANTIFICADA, o que é apenas comum nos desacordos):
não obtivemos as DF da associada cujo investimento está contabilizado segundo o MEP. Não nos é, portanto, possível
avaliar o valor de 5 M incluído em investimentos financeiros nem o montante de 500 k incluído no resultado do
exercício.

O título da secção “Opinião” é alterado para “Opinião com reservas”, e o título da secção “Bases para a opinião” é alterado para

“Bases para a opinião com reservas”.

Na secção “Opinião com reservas” o início do segundo parágrafo deve ser substituído por “Em nossa opinião, exceto quanto aos

possíveis efeitos da matéria referida na secção “Bases para a opinião com reservas”, as demonstrações financeiras anexas

apresentam…”.

Na secção “Bases para a opinião com reservas”, devem ser descritas as situações que motivam a opinião modificada antes do

parágrafo que começa por “A nossa auditoria foi efetuada de acordo com…”. O último parágrafo desta secção deve ser substituído

por “Estamos convictos que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a nossa

opinião com reservas”.


4.
Reserva por desacordo: Foram contabilizados como gastos a reconhecer indeminizações pagas por
rescisão de contrato com trabalhadores da empresa, totalizando 1500k. Este montante deveria ter sido
considerado como gasto do exercício, pelo que o ativo e os resultados antes de impostos estão
sobreavaliados em 1000k.
No ano seguinte (N+1), a reserva por desacordo seria: Foram contabilizados em N como gastos a
reconhecer indeminizações pagas por rescisão de contrato com trabalhadores da empresa, totalizando
1500k. Este montante deveria ter sido considerado como gasto do exercício em N, pelo que o ativo está
sobreavaliado em 500k, os resultados do exercício subavaliados em 500k e os capitais próprios
sobreavaliados em 500k (diferença entre 1000k de RT do ano anterior e 500k do resultado deste ano).
Quadro de responsabilidade
CSC
• O ROC responde nos termos do art. 82.º, quando apenas faz
a certificação legal das contas e responde nos ternos do
81.º, quando é membro do órgão de fiscalização.
• É de notar que a business judgement rule tem aplicação aos
membros do órgão de fiscalização, dado que fiscalizar é uma
actividade com grande margem de discricionariedade.

Art. 72/2: A responsabilidade é excluída se alguma das pessoas


referidas no número anterior provar que actuou em termos
informados, livre de qualquer interesse pessoal e segundo
critérios de racionalidade empresarial.
Quadro de responsabilidade
CSC
81.º Responsabilidade dos membros de órgãos de
fiscalização
1 - Os membros de órgãos de fiscalização respondem nos
termos aplicáveis das disposições anteriores.
2 - Os membros de órgãos de fiscalização respondem
solidariamente com os gerentes ou administradores da
sociedade por actos ou omissões destes no
desempenho dos respectivos cargos quando o dano se
não teria produzido se houvessem cumprido as suas
obrigações de fiscalização.
Quadro de responsabilidade
CSC
82.º - Responsabilidade dos revisores oficiais de
contas
1 - Os revisores oficiais de contas respondem
para com a sociedade e os sócios pelos danos
que lhes causarem com a sua conduta culposa,
sendo-lhes aplicável o artigo 73.º
2 - Os revisores oficiais de contas respondem
para com os credores da sociedade nos termos
previstos no artigo 78.º
Quadro de responsabilidade CSC
Artigo 73.º - Solidariedade da responsabilidade
Artigo 78.º - Responsabilidade para com os credores sociais
1 - Os gerentes ou administradores respondem para com os credores da
sociedade quando, pela inobservância culposa das disposições legais ou
contratuais destinadas à protecção destes, o património social se torne
insuficiente para a satisfação dos respectivos créditos.
2 - Sempre que a sociedade ou os sócios o não façam, os credores sociais
podem exercer, nos termos dos artigos 606.º a 609.º do Código Civil, o
direito de indemnização de que a sociedade seja titular.
3 - A obrigação de indemnização referida no n.º 1 não é, relativamente
aos credores, excluída pela renúncia ou pela transacção da sociedade
nem pelo facto de o acto ou omissão assentar em deliberação da
assembleia geral.
4 - No caso de falência da sociedade, os direitos dos credores podem ser
exercidos, durante o processo de falência, pela administração da massa
falida.
5 - Ao direito de indemnização previsto neste artigo é aplicável o disposto
nos n.ºs 2 a 6 do artigo 72.º, no artigo 73.º e no n.º 1 do artigo 74.º
Quadro de responsabilidade -LGT
1 - Os administradores, directores e gerentes e outras pessoas que exerçam, ainda
que somente de facto, funções de administração ou gestão em pessoas
colectivas e entes fiscalmente equiparados são subsidiariamente responsáveis
em relação a estas e solidariamente entre si:
a) Pelas dívidas tributárias cujo facto constitutivo se tenha verificado no período
de exercício do seu cargo ou cujo prazo legal de pagamento ou entrega tenha
terminado depois deste, quando, em qualquer dos casos, tiver sido por culpa
sua que o património da pessoa colectiva ou ente fiscalmente equiparado se
tornou insuficiente para a sua satisfação;
b) Pelas dívidas tributárias cujo prazo legal de pagamento ou entrega tenha
terminado no período do exercício do seu cargo, quando não provem que não
lhes foi imputável a falta de pagamento.
2- A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos membros dos órgãos de
fiscalização e revisores oficiais de contas nas pessoas colectivas em que os
houver, desde que se demonstre que a violação dos deveres tributários destas
resultou do incumprimento das suas funções de fiscalização.
3- A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos técnicos oficiais de
contas desde que se demonstre a violação dos deveres de assunção de
responsabilidade pela regularização técnica nas áreas contabilística e fiscal ou
de assinatura de declarações fiscais, demonstrações financeiras e seus anexos.
Código de Ética - princípios

• Integridade (honestidade)
• Objetividade (imparcialidade/isenção)
• Competência e zelo profissional (conhecimento e
habilitações técnicas)
• Confidencialidade (sigilo)
• Comportamento profissional (cumprimento de
leis e regulamentos e dignificação da profissão)
Código de Ética – ameaças (ao
cumprimento destes princípios)
• Auto-revisão (fazer e julgar)
• Interesse pessoal (conflitos de interesse)
• Representação (advocacia que impede
isenção)
• Familiaridade (relacionamento que impede
isenção)
• Confiança ou intimidação (ameaças à isenção)

DATAS
A assembleia geral, segundo os art. 65º, n.º5 e 376º do CSC (este último aplicável às
sociedades anónimas), deverá apreciar os documentos de prestação de contas do exercício
anual nos prazos de três ou cinco meses a contar do respectivo encerramento. Este último
prazo é aplicável às sociedades obrigadas à elaboração de consolidação de contas ou que
apliquem o método de equivalência patrimonial na valorização das suas participações
financeiras.
• O CSC prescreve ainda no art. 289º, n.º1, alínea e) o direito de consulta pelos accionistas na
sede da sociedade, para além de outros, de todos os referidos documentos durante os 15 dias
anteriores à data da assembleia geral anual.
• O conselho de administração, ou o conselho de administração executivo, deve enviar o
relatório de gestão e as demonstrações financeiras ao ROC “até 30 dias antes da data da
assembleia geral” (art. 451º, n.º1 e 453º, n.º1 do CSC).
• Considerando finalmente que nas sociedades com conselho fiscal, comissão de auditoria, ou
conselho geral e de supervisão (incluindo comissão para as matérias financeiras) deve ser
elaborado por este órgão um parecer sobre o relatório de gestão, as contas do exercício e a
certificação legal das contas (art. 452º, n.º1 e 453º, n.º3), que deve ser remetido ao órgão de
gestão “no prazo de 15 dias a contar da data em que tiver recebido os referidos elementos de
prestação de contas” (art. 452º, n.º4), resulta que, nas sociedades anónimas, deverá a
certificação legal das contas estar disponível entre a data de emissão das demonstrações
financeiras e a data de envio dos documentos do órgão de fiscalização para o de gestão.
• Tal significa, no limite dos prazos legais, respectivamente, 30 e 15 dias anteriores à data de
realização da assembleia geral, ou seja 1 de Março e 15 de Março ou 1 de Maio e 15 de
Maio, consoante as assembleias gerais tenham de reunir até 31 de Março ou até 31 de Maio.
Quanto à data da certificação legal das contas, deverá ser a data em que é terminado o
trabalho de campo, necessariamente posterior à data do relatório de gestão e das
demonstrações financeiras.
Prova de auditoria
• A prova é a convicção razoável obtida pelo auditor que os registos
contabilísticos incluídos nas DF’s estão devidamente suportados e que foram
adequadamente registados, ou seja, que as asserções são verdadeiras.
• A prova de auditoria poderá ser obtida em relação a cada uma das asserções,
sendo a sua credibilidade influenciada pela respectiva fonte (externa ou
interna) e pela sua natureza (oral, visual ou documental).
• Para se obter prova em auditoria é indispensável efectuar um ou vários
(combinados entre si ou não) procedimentos de auditoria.
• A documentação da prova deve ser apropriada e suficiente para possibilitar que
um auditor experiente compreenda:
– A natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria
– Os resultados dos procedimentos de auditoria e a prova de auditoria obtida
– As matérias significativas de auditoria, as conclusões atingidas e os
julgamentos profissionais significativos efetuados para atingir essas
conclusões

ATENÇÃO!!! A PROVA EM AUDITORIA É MAIS PRESUASIVA QUE CONCLUSIVA


PROVA DE AUDITORIA MAIS CREDÍVEL

Exemplos de prova de
auditoria

Prova gerada externamente e directamente Respostas aos pedidos de


recebida pelo auditor confirmação

Prova gerada externamente e mantida pela Extractos bancários; facturas


empresa e recibos de fornecedores

Prova gerada internamente com Cópias de facturas e guias de


circulação externa remessa para clientes

Prova gerada internamente sem Guias de recepção e de


circulação externa entrada em armazém

PROVA DE AUDITORIA MENOS CREDÍVEL


A ISA 230 trata da prova, mas existem Requisitos Específicos de Documentação noutras ISA:

ISA 210 – Acordar os Termos de Trabalhos de Auditoria (parágrafos 10-12)


ISA 220 – Controlo de Qualidade numa Auditoria de DF (# 24-25)
ISA 240 – As Responsabilidades do Auditor Relativas a Fraude (# 44-47)
ISA 250 – Consideração de Leis e Regulamentos (# 29)
ISA 260 – Comunicação com os Encarregados da Governação (# 23)
ISA 300 – Planear uma Auditoria de DF (# 12)
ISA 315 – Identificar e Avaliar Riscos de Distorção Material (# 32)
ISA 320 – Materialidade (# 14)
ISA 330 – Respostas do Auditor aos Riscos Avaliados (# 28-30)
ISA 450 – Avaliação de Distorções Identificadas (# 15)
ISA 540 – Auditoria de Estimativas Contabilísticas (# 23)
ISA 550 – Partes Relacionadas (# 28)
ISA 600 – Considerações Especiais – Auditoria de Grupos (# 50)
ISA 610 – Usar o Trabalho de Auditores Internos (# 13)
As asserções (ISA 315)
(a) Asserções acerca de classes de transacções e acontecimentos relativos ao período em auditoria:
(i) Ocorrência – transacções e acontecimentos que foram registados ocorreram e dizem respeito à
entidade.
(ii) Plenitude – todas as transacções e acontecimentos que deveriam ser registados foram registados.
(iii) Rigor – quantias e outros dados relativos a transacções e acontecimentos registados foram
apropriadamente registados.
(iv) Corte – transacções e acontecimentos foram registados no período contabilístico correcto.
(v) Classificação – transacções e acontecimentos foram registados nas contas devidas.

(b) Asserções acerca de saldos de conta no final do período:

(i) Existência – activos, passivos e interesses de capital próprio existem.


(ii) Direitos e obrigações – a entidade detém ou controla os direitos a activos, e os passivos são as
obrigações da entidade.
(iii) Plenitude – todos os activos, passivos e interesses de capital próprio que deveriam ter sido
registados foram registados.
(iv) Valorização e imputação – activos, passivos e interesses de capital próprio estão incluídos nas
demonstrações financeiras pelas quantias apropriadas e quaisquer ajustamentos resultantes de
valorização e imputação estão apropriadamente registados.
As asserções (NIA 315)
(c) Asserções acerca da apresentação e divulgação:

(i) Ocorrência e direitos e obrigações – os acontecimentos, transacções e outras matérias


divulgados ocorreram e dizem respeito à entidade.
(ii) Plenitude – todas as divulgações que devam ter sido incluídas nas demonstrações financeiras
foram incluídas.
(iii) Classificação e compreensibilidade – a informação financeira está apropriadamente
apresentada e descrita, e as divulgações estão claramente expressas.
(iv) Rigor e valorização – a informação financeira e outra estão razoavelmente divulgadas e por
quantias apropriadas.

Nota: Podem ser combinadas!


Prova de auditoria (ISA 500)
Prova de auditoria obtém-se:

a) Procedimentos de avaliação do risco; e


b)Procedimentos de auditoria adicionais, que
compreendem:
(i) Testes aos controlos
(ii)Procedimentos substantivos: testes de
pormenor/detalhe e procedimentos analíticos
substantivos
As respostas aos riscos (ISA 330)
Há dois tipos de resposta para tratar os riscos avaliados de distorção material: Ao nível das
DF e ao nível da asserção.

AS Respostas ao RDM avaliado ao nível das DF incluem:


• necessidade de manter maior cepticismo profissional na equipa
• necessidade de constituir equipas com pessoal mais experiente e/ou peritos
• necessidade de aumentar a supervisão
• alteração da tempestividade e extensão dos procedimentos de auditoria

Estas respostas são afectadas pelo conhecimento do Ambiente de Controlo.


• Se eficaz - pode permitir mais confiança no CI e na fiabilidade da prova de auditoria
gerada, permitindo a realização de mais trabalho interino em vez de no final do período
• Se ineficaz – implica: (i) a realização de mais trabalho no final do período em vez do
interino; (ii) obtenção de mais prova de auditoria a partir de procedimentos
substantivos.

Daqui resulta uma abordagem substantiva (PS) ou


combinada (TC + TPS)
As respostas aos riscos (ISA 330)
• As Respostas ao RDM avaliado ao nível da asserção
(classes de transações e acontecimentos do período;
Saldos de contas no final do período e Apresentação e
divulgação)incluem os testes de resposta aos riscos (ou
testes adicionais aos procedimentos de avaliação do
risco):

• Testes aos controlos


• Procedimentos substantivos
Definir procedimentos de resposta ao RDM
Implica:

• Identificar os riscos ao longo de todo o processo, incluindo


controlos internos relevantes que se relacionem com os
riscos
• Avaliar esses riscos e verificar se se relacionam de forma
mais profunda com as DF como um todo
• Relacionar os riscos identificados com o que possa estar
errado, atendendo a controlos relevantes
• Considerar a probabilidade de distorção e se a potencial
distorção assume uma dimensão que possa ser material
• Determinar se algum dos riscos identificados é, no seu
julgamento, um risco significativo
Duas NOTAS
Para Classes de transacções, saldos de contas e divulgações materiais:
Conceber e executar procedimentos substantivos, independentemente do
RDM avaliado, porque:
a) a avaliação do risco pelo auditor é um julgamento e pode portanto não
identificar todos os riscos de distorção material;
b) existem limitações inerentes ao CI, incluindo a possibilidade de derrogação
pela Gerência

Para alguns riscos, o auditor pode considerar que não é possível obter prova
apenas através de procedimentos substantivos. Nestes casos, os controlos são
relevantes para a auditoria
Procedimentos

• Natureza: finalidade (testes aos controlos ou


procedimentos substantivos) e tipo (indagação,
inspecção, observação, confirmação, recálculo,
reexecução ou procedimentos analíticos)

• Oportunidade: momento em que os procedimentos


são executados ou o período/data a que a prova de
auditoria se aplica

• Extensão: quantidade de procedimentos específicos


a serem executados (p.e. dimensão duma amostra )
Documentação deve incluir:

• Respostas globais para tratar os RDM ao nível das DF´s,


assim como a natureza, tempestividade e extensão dos
procedimentos de auditoria adicionais
• Ligação desses procedimentos com os riscos avaliados ao
nível de asserção
• Resultados dos procedimentos de auditoria
• Se usada prova de auditoria acerca da eficácia
operacional de controlos obtida em auditorias anteriores:
Conclusões atingidas com respeito à confiança em tais
controlos que foram testados nessa auditoria (se o Risco
for significativo, os controlos devem voltar a ser testados
no período corrente)
Procedimentos substantivos

Testes realizados com o objectivo de se detectarem distorções


materialmente relevantes nas demonstrações financeiras.
Incluem os testes de detalhes de classes de transacções, saldos
de contas e divulgações (a auditoria percorre um caminho
inverso ao da contabilidade. No entanto, não basta verificar a
concordância de valores constantes dos documentos e registos.
Haverá necessidade de confirmar se os documentos são
autênticos, se foram objecto de conferência e aprovações exigidas
pelo sistema de controlo existente e se o seu conteúdo reflecte a
operação em causa) e os procedimentos analíticos substantivos
que consistem na análise de rácios e de tendências significativos,
referindo-se a todas as comparações realizadas com base nas
informações contabilístico-financeiras e de gestão.
Procedimentos analíticos (substantivos - 520 e de
avaliação do risco - 315)
Os procedimentos analíticos incluem a consideração de comparações da informação financeira da
entidade com, por exemplo:
• A informação comparável de períodos anteriores.
• Os resultados antecipados da entidade, tais como orçamentos ou previsões, ou expectativas
do auditor, tal como uma estimativa de depreciação.
• A informação similar do sector, tal como a comparação do rácio vendas/contas a receber da
entidade com as médias do sector ou com outras entidades de dimensão comparável dentro
do mesmo sector.
Os procedimentos analíticos também incluem a consideração de relacionamentos, por exemplo:
• Entre elementos da informação financeira que se esperaria que se conformassem com um
modelo predizível baseado na experiência da entidade, tal como percentagens de margens
brutas.
• Entre informação financeira e informação não financeira relevante tal como custos das folhas
de férias para número de empregados.
Testes aos controlos
• Testes que se realizam para obter prova de auditoria acerca da
adequada concepção e da eficaz operacionalidade do sistema de
controlo interno.
• Utilizam-se as técnicas de selecção de amostras para estes testes
• Quando se realiza um teste de controlo e se detectam deficiências
no SCI, adianta aprofundar o teste?

Dito de outro modo, se forem detectados desvios aos controlos em


que o auditor pretende confiar, deve efectuar indagações específicas
e determinar se:

• Os testes executados proporcionam uma base apropriada para ter


confiança nesses controlos
• São necessários testes de controlo adicionais; ou
• Potenciais riscos de distorção terão de ser tratados usando
procedimentos substantivos
ISA 520 – Procedimentos Analíticos
Âmbito:
• Utilização de procedimentos analíticos como
procedimentos substantivos (“procedimentos analíticos
substantivos”)

• Necessidade da sua execução em data próxima do final


da auditoria como formação de uma conclusão global
sobre as DF´s - Auditor deve conceber e executar
procedimentos analíticos em data próxima do final da
auditoria que o ajudem na formação de uma conclusão
global sobre se as DF´s são consistentes com o
conhecimento que tem da entidade
Planeamento
• Objetivo: procedimentos eficazes; daí
anteceder a execução de testes

• Componentes: desenvolver uma estratégia


global e um plano de auditoria
Fases do Planeamento
1. Aceitação do trabalho: identificar e avaliar
acontecimentos ou circunstâncias que podem
afetar adversamente a sua capacidade para planear
e executar o trabalho de auditoria
2. Avaliação de requisitos éticos:
• o auditor é independente e competente para
executar o trabalho
• não existem questões relativas à integridade da
gerência
• não existe qualquer mal entendido do cliente
relativamente aos termos do trabalho
3.Estratégia Global de Auditoria (Apêndice 1)
4. Plano de auditoria
3 - Estratégia Global de Auditoria
A-Características do trabalho que definem o seu âmbito
• Referencial de relato financeiro utilizado na preparação da informação financeira
• Requisitos de relato específicos do setor de atividade (por exemplo, os exigidos pelos respetivos reguladores).
• Existência e disponibilidade do trabalho de auditores internos
• Utilização esperada de prova de auditoria obtida em auditorias anteriores
B-Objetivos do trabalho
• Calendário de relato da entidade
• Organização da agenda de reuniões com a gerência
• Discussão com a gerência com respeito ao tipo e datas esperados dos relatórios a emitir e outras comunicações,
não só escritas como orais
C-Fatores significativos para direcionar os esforços da equipa de trabalho
• Identificação das áreas de maior risco de distorção material
• Forma como a equipa de trabalho uma atitude de ceticismo profissional na recolha e avaliação da prova de
auditoria
• Resultados de auditorias anteriores que envolveram a avaliação da eficácia operacional do controlo interno,
incluindo a natureza das deficiências identificadas e as ações empreendidas para as corrigir
• Ambiente de controlo interno e empenho da gerência no controlo interno
• Volume de transações e desenvolvimentos do negócio e do setor de atividade
D-Resultados dos trabalhos preliminares e de outros trabalhos executados para a entidade
E-Recursos necessários para executar o trabalho
• Recursos a afetar a áreas específicas da auditoria
• Momento em estes recursos devem ser afetados, se na fase de auditoria intercalar, se em datas de fecho
• Como são geridos, orientados e supervisionados tais recursos
• Envolvimento de peritos
• Orçamento do trabalho
4 - Plano de auditoria
• Natureza, oportunidade e extensão dos
procedimentos de avaliação do risco
planeados (ISA 315)
• Natureza, oportunidade e extensão dos
procedimentos de auditoria adicionais
planeados ao nível de asserção (ISA 330)
• Outros procedimentos de auditoria planeados
NOTAS IMPORTANTES
• O planeamento dos procedimentos de auditoria realiza-se no
decurso da auditoria à medida que se desenvolve o plano de
auditoria.
• A modificação da estratégia global de auditoria e do plano de
auditoria (e dos procedimentos de auditoria) em resultado de
acontecimentos inesperados, alterações nas condições ou de
prova de auditoria obtida e que façam reconsiderar os riscos
avaliados.
• Tem de haver documentação no planeamento sobre:
– Estratégia global de auditoria
– Plano de auditoria
– Alterações significativas feitas durante o trabalho a estes dois
documentos e razões para tais alterações
O RISCO
Os procedimentos de avaliação do risco devem incluir o seguinte:
(a) Indagações à gerência e a outros dentro da entidade que no julgamento do auditor possam ter informação que
seja provável que ajude a identificar os riscos de distorção material devido a fraude ou a erro. (Ref; Parág. A6);
(b) Procedimentos analíticos (Ref: A7-A10)
• Úteis para identificar a existência de transações ou eventos não usuais e tendências que possam indicar matérias
com impacto nas DF e na auditoria
• Desenvolvem expectativas acerca de relacionamentos plausíveis que se espera que existam
• Os resultados da sua execução devem ser considerados conjuntamente com outra prova recolhida ao identificar os
RDM (são apenas prova corroborativa ou indicativa)
(c) Observação e inspecção (Ref; Parág. A11) - Podem suportar/corroborar/confirmar as indagações efetuadas
anteriormente, assim como proporcionar informação acerca da entidade e do seu ambiente:
• Efetuar uma visita às instalações do cliente, incluindo fábricas e armazéns.
• Conhecer o pessoal chave do cliente
• Inspeção de documentação do cliente (manuais, atas, contratos, etc.)

É necessário conhecer
- entidade e o seu negócio (compreender o risco do negócio, que é mais vasto do que o RDM)
-controlo interno :
• ambiente de controlo;
• processo de avaliação do risco pela entidade;
• sistema de informação;
• Procedimentos de controlo (actividades de controlo relevantes para a auditoria);
• monitorização dos controlos.
RISCOS
• RDM (RI x RC)
• RD
• O risco de distorção material ao nível da
asserção é inversamente proporcional ao risco
de deteção
Documentação da avaliação do RDM

• Discussão da equipa de trabalho e decisões


relevantes tomadas
• Elementos chave sobre o conhecimento da
entidade e do seu ambiente, incluindo cada um
dos componentes do CI, as fontes de informação
e os procedimentos de avaliação do risco
• Os RDM identificados e avaliados ao nível das DF
e da asserção
• Os riscos identificados como riscos significativos
A materialidade
• Grau de influência nas decisões dos utentes das DF como um grupo.
• É determinada tanto no planeamento, como na execução e no relato (este
último na avaliação do efeito de distorções identificadas e não
corrigidas, ISA 450).
• Materialidade do desempenho ou de execução: quantias inferiores à
materialidade das DF como um todo, de modo a que o efeito agregado das
distorções imateriais por detectar ou corrigir seja inferior àquela.
• Na estratégia global de auditoria, deve determinar-se a materialidade para
as DF como um todo (referenciais: RL, Réditos, Activo, CP);
• Na estratégia global pode-se ainda determinar a materialidade para itens
específicos (legislação).
• No plano de auditoria deve-se determinar a materialidade do desempenho.
• Antes da emissão da opinião, há que comparar a soma das distorções
identificadas com a materialidade.
• A estimativa do que é materialmente relevante é uma questão de juízo
profissional.

A RELAÇÃO INVERSA COM O RISCO DE AUDITORA

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