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PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 (R1)

Redução ao Valor Recuperável de Ativos


Correlação com a IAS 36

Profª. Me. Isabella Valentim


E-mail: isabellavalentim.prof@gmail.com
Conteúdo Programático

 Unidade Geradora de Caixa


 Ágio por Expectativa de Rentabilidade
Futura (goodwill)
 Reversão das Estimativas por Perdas
Unidade Geradora de Caixa
Unidade Geradora de Caixa:

◦ é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas


de caixa, entradas essas que são em grande parte
independentes das entradas de caixa de outros ativos ou
outros grupos de ativos.
Unidade Geradora de Caixa

◦ Quando não é possível estimar o valor recuperável de um


ativo individualmente, a entidade deve determinar o valor
recuperável da UGC à qual o ativo pertence.

◦ Exemplo: linhas de produção em que cada máquina


separadamente não geram entradas de caixa para a
entidade.
Unidade Geradora de Caixa

Mensuração do valor recuperável de ativo intangível com


vida útil indefinida:

◦ Esse tipo de ativo intangível deve ser testado com


relação ao valor recuperável no mínimo anualmente
Unidade Geradora de Caixa
No entanto, o cálculo do período anterior poderá ser utilizado
no teste para o período atual se todas as condições abaixo
forem atendidas:

◦ O ativo intangível é parte de uma UGC e esta não sofreu


alteração significativa de valor desde o último cálculo
realizado;

◦ O valor recuperável do cálculo mais recente excedeu


substancialmente o valor contábil do ativo;

◦ A probabilidade de que o valor recuperável atual seja


menor que o valor contábil do ativo é remota.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)

O ágio pode ser derivado de diferença entre o valor contábil e


o valor justo.

Por exemplo, um veículo pode estar totalmente depreciado,


com valor residual pequeno, e ter um valor justo bem maior.
Este tipo de ágio agora é chamado de "mais valia". Fica
contabilizado em Investimentos, no balanço individual; e vai
para junto dos ativos e passivos que o originaram, no balanço
consolidado. É amortizado de acordo com a realização dos
itens que o originaram.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)

O ágio também pode ser resultado de expectativa de lucros


futuros. Nesse caso, é chamado "Goodwill". Fica em
Investimentos, no balanço individual, e vai para o
Intangível, no balanço consolidado. Não é amortizado, mas
deve ser submetido ao teste de recuperabilidade.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)
Um exemplo: A empresa LSR adquiriu 100% da empresa
ABC. O valor patrimonial da empresa ABC era de 10.000, o
valor justo de 12.000 e a empresa LSR pagou 15.000.

D - Controlada ABC (Investimento)...........................10.000


D - Mais Valia (investimento).................................... 2.000
D - Goodwill (Investimento)..................................... .3.000
C - Banco............................................. ...................15.000

O valor de 2000 será amortizado na mesma proporção dos itens que o


originaram.
O valor de 3.000 (goodwill) não é mais amortizado, deve ser submetido ao
teste de recuperabilidade.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)
Mensuração do ágio por expectativa de rentabilidade futura
em uma combinação de negócios:

◦ O ágio (goodwill) pago em uma combinação de negócios


deverá ser alocado às UGC’s que se beneficiarem da
aquisição.

◦ Geralmente essa alocação é feita de forma arbitrária.

◦ Caso a entidade se desfaça da operação que compõe a


UGC, o goodwill deverá ser incluído no valor contábil da
operação.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)

Momento de realização do teste de Redução ao Valor


Recuperável:

◦ O teste anual para a UGC pode ser realizado em


qualquer época do ano, desde que seja realizado todos
os anos na mesma época.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)
Alocação das Perdas das UGC’s:

◦ Na contabilização das perdas por imparidade, a


redução do valor contábil dos ativos que compõem a
UGC deverá ser reconhecida na seguinte ordem:

◦ Primeiro reduz-se o valor contábil do ágio (goodwill);

◦ Em seguida reduz-se o valor dos ativos da UGC


proporcionalmente ao seu valor contábil.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)

Ao alocar a perda por desvalorização, a entidade não


deve reduzir o valor contábil de um ativo abaixo do valor
mais alto na comparação entre:

◦ seu valor justo líquido de despesas de alienação (se


puder ser mensurado);
◦ seu valor em uso (se puder ser determinado);
◦ zero.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)

O valor da perda por desvalorização que de outra forma


teria sido alocado ao ativo deve ser alocado
proporcionalmente aos outros ativos da unidade.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)

Exemplo:

◦ Aquisição de Táxi:

◦ Táxi $ 150
◦ Licença $ 50
◦ Goodwill $ 10

◦ Total $ 210
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)
Exemplo:

◦ Aquisição de Táxi:

◦ Táxi $ 150
◦ Licença $ 50
◦ Goodwill $ 10
◦ Total $ 210

Chegou o Uber, fazendo com que o valor recuperável seja


reduzido para $ 170.
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)
A perda a ser reconhecida é de $ 40 ($ 210 - $ 170).
O valor justo do Táxi é $ 140.

Devem ser alocadas as seguintes parcelas das perdas:

◦ Goodwill $ (10)
◦ Táxi $ (10)
◦ Licença $ (20)

◦ Total $ (40)
Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)
Temos então os seguintes saldos finais e lançamento:

Na aquisição alocação da perda saldo final


◦ Táxi $ 150 ( $ 10) $ 140
◦ Licença $ 50 ( $ 20) $ 30
◦ Goodwill $ 10 ( $ 10) $ 0
◦ Total $ 210 ( $ 40) $ 170
Reversão das Estimativas por Perdas

 É possível ocorrer a reversão das perdas por redução


ao valor recuperável de ativos.

 Isso pode ocorrer caso as fontes de informação


indiquem a redução ou eliminação das perdas.
Reversão das Estimativas por Perdas

Observação:

Essa reversão não se aplica ao ágio por expectativa


de rentabilidade futura (goodwill)
Reversão das Estimativas por Perdas

O limite para aumento do valor do ativo por conta da


reversão da perda será o valor contábil do ativo líquido,
caso a perda não tivesse sido reconhecida.
Reversão das Estimativas por Perdas

Exemplo:
Uma máquina de uma linha de produção cujo valor ao final de um
exercício apresente o seguintes valores:

Máquina

Valor original (custo de aquisição) R$ 100.000,00


(-) Depreciação acumulada R$ 41.666,67
(=) Valor contábil R$ 58.333,33
Reversão das Estimativas por Perdas

Exemplo:
Após o teste de Impairment, foi detectada uma perda por
desvalorização:

Valor recuperável R$ 55.665,92


Valor contábil R$ 58.333,33
Perda por desvalorização
- R$ 2.667,41
(impairment)

D – Despesa perda por desvalorização (Resultado)


C – (-) Perda por desvalorização de ativos ( RA) R$ 2.667,41
Reversão das Estimativas por Perdas
Exemplo:
Ano 2
No segundo ano, por um aumento da demanda do mercado
pelos produtos fabricados por essa máquina as expectativas
com relação a geração de caixa aumentaram de forma
significativa, por exemplo:

Máquina em Data Base Ano 2


Valor original (custo de aquisição) R$ 100.000,00
(-) Depreciação acumulada (12 quotas a mais) R$ 51.666,67
(=) Valor contábil R$ 48.333,33
Reversão das Estimativas por Perdas
Exemplo:
Agora a empresa apresenta a partir de um novo fluxo de caixa
futuro um valor em uso diferente

Valor recuperável (valor em uso) R$ 65.118,08


Valor contábil R$ 48.333,33
Perda por desvalorização (impairment) - R$ 0,00

Como o valor recuperável é maior do que o valor contábil não há


Impairment, entretanto, no ano anterior quando as premissas eram
diferentes foi contabilizada uma perda. Nesse caso, a empresa deve
efetuar a reversão total da perda constituída no exercício anterior:
Reversão das Estimativas por Perdas
Exemplo:
Reconhecimento da reversão:

D - Reversão da Perda por desvalorização (RA)


C - Receita com perda por desvalorização (resultado) R$ 2.667,41

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