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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio Do Patrimônio deriva o conceito de Patrimônio Líqui-
das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por do, mediante a equação considerada como básica na con-
metodologia racional, com as condições de generalidade, tabilidade:
certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhante
às demais ciências sociais. (Bens+Direitos) – (Obrigações) = Patrimônio Líquido
A Resolução alicerça-se na premissa de que a Conta-
bilidade é uma ciência social com plena fundamentação Quando o resultado da equação é negativo, conven-
epistemológica. Por consequência, todas as demais classifi- ciona-se denominá-lo de “Passivo a Descoberto”.
cações – método, conjunto de procedimentos, técnica, sis- O Patrimônio Líquido não é uma dívida da Entidade
tema, arte, para citarmos as mais correntes – referem-se a para com seus sócios ou acionistas, pois estes não empres-
simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente tam recursos para que possa ter vida própria, mas, sim, os
concernentes à sua aplicação prática, na solução de ques- entregam, para que com eles forme o Patrimônio da Enti-
tões concretas. dade.
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciên- O conhecimento que a Contabilidade tem do seu ob-
cia, tanto nas ciências formais quanto nas factuais, das quais jeto está em constante desenvolvimento como, aliás, ocor-
fazem parte as ciências sociais. Na Contabilidade, o objeto re nas demais ciências em relação aos respectivos obje-
é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definido como tos. Por esta razão, deve-se aceitar como natural o fato da
um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com ter- existência de possíveis componentes do patrimônio cuja
ceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto de apreensão ou avaliação se apresenta difícil ou inviável em
pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a uma determinado momento.
sociedade ou instituição de qualquer natureza, independen-
temente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro. OBJETIVO
O essencial é que o patrimônio disponha de autonomia em
relação aos demais patrimônios existentes, o que significa Objetivo principal da contabilidade > permitir que
que a Entidade dele pode dispor livremente, claro que nos os usuários avaliem a situação financeira e econômica da
limites estabelecidos pela ordem jurídica e, sob certo aspec- entidade e possam inferir sobre as tendências futuras da
to, da racionalidade econômica e administrativa. mesma.
O Patrimônio também é objeto de outras ciências so- Os objetivos da contabilidade devem contribuir para o
ciais – por exemplo, da Economia, da Administração e do processo decisório dos usuários, não se justificando por si
Direito – que, entretanto, o estudam sob ângulos diversos mesma. Antes, deve ser um instrumento útil à tomada de
daquele da Contabilidade, que o estuda nos seus aspectos decisões.
quantitativos e qualitativos. A Contabilidade busca, primor- Para tal, devem ser observados dois pontos:
dialmente, apreender, no sentido mais amplo possível, e
entender as mutações sofridas pelo Patrimônio, tendo em 1. As empresas devem evidenciar ou divulgar todas
mira, muitas vezes, uma visão prospectiva de possíveis va- aquelas informações que contribuem para a adequada ava-
riações. As mutações tanto podem decorrer de ação do ho- liação de sua situação patrimonial e de resultados, permi-
mem, quanto, embora quase sempre secundariamente, dos tindo inferências em relação ao futuro. As informações que
efeitos da natureza sobre o Patrimônio. não estiverem explícitas nas demonstrações, devem constar
Por aspecto qualitativo do patrimônio entende-se a em Notas Explicativas ou Quadros Complementares.
natureza dos elementos que o compõem, como dinheiro,
valores a receber ou a pagar expressos em moeda, máqui- 2. A contabilidade tem íntimo relacionamento do com
nas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. os aspectos jurídicos os quais, muitas vezes não conse-
A delimitação qualitativa desce, em verdade, até o guem retratar a essência econômica. Visando bem infor-
grau de particularização que permita a perfeita compreen- mar, a contabilidade deve seguir a essência ao invés da
são do componente patrimonial. Assim, quando falamos forma.
em “máquinas” ainda estamos a empregar um substantivo
coletivo, cuja expressão poderá ser de muita utilidade em Exemplo:
determinadas análises. Uma empresa faz a venda de um ativo, assumindo o
Mas a Contabilidade, quando aplicada a um patrimô- compromisso de efetuar sua recompra por um certo valor
nio particular, não se limitará às “máquinas” como catego- em determinada data. Obedecendo a essência ao invés da
ria, mas se ocupará de cada máquina em particular, na sua forma, deve-se registrar na contabilidade uma operação de
condição do componente patrimonial, de forma que não financiamento (essência) e não de compra de venda (forma).
possa ser confundida com qualquer outra máquina, mes- A não utilização da informação contábil ou utilização
mo de tipo idêntico. restrita pode ser resultado de:
O atributo quantitativo refere-se à expressão dos com- a) deficiências na estrutura do modelo informativo;
ponentes patrimoniais em valores, o que demanda que a b) limitações do próprio usuário;
Contabilidade assuma posição sobre o que seja “Valor”, c) baixa credibilidade por parte dos usuários;
porquanto os conceitos sobre a matéria são extremamente d) linguagem inadequada nas demonstrações contá-
variados. beis.
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Antigamente a contabilidade tinha por objetivo infor- correntes seria ver como estão as vendas, pagamentos a
mar ao dono qual foi o lucro obtido numa empreitada co- fornecedores da empresa analisada, com isso podendo
mercial. No capitalismo moderno isto somente não é mais adotar padrões diferentes.
suficiente. Os sindicatos precisam saber qual a capacidade Pode-se afirmar, então, que as principais finalidades da
de pagamento de salários, o governo demanda a agrega- utilização das informações contábeis são: como controle e
ção de riqueza à economia e a capacidade de pagamento como planejamento.
de impostos, os ambientalistas exigem conhecer a contri-
buição para o meio ambiente, os credores querem calcular FUNÇÕES DA CONTABILIDADE
o nível de endividamento e a probabilidade de pagamento
das dívidas, os gerentes da empresa precisam de informa- FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: Controlar o patrimônio
ções para ajudar no processo decisório e reduzir as incer- da entidade, tanto sob o aspecto estático quanto ao dinâ-
tezas, e assim por diante. mico.
Diante deste quadro pode-se afirmar que o grande ob- FUNÇÃO ECONÔMICA: Apurar o resultado (rédito),
jetivo da contabilidade é planejar e colocar em prática um isto é, apurar o lucro ou o prejuízo da entidade
sistema de informação para uma organização, com ou sem FUNÇÃO FUNDAMENTAL DA CONTABILIDADE: For-
fins lucrativos. necer informações úteis para TOMADA DE DECISÃO ECO-
FINALIDADE NÔMICA.
Quanto as finalidades é social, uma vez que por suas CAMPO DE APLICAÇÃO/ USUÁRIOS/ ORIGEM DOS
avaliações do progresso das entidades, permite conhe- CAPITAIS
cer-se a posição de rentabilidade e financeira, e de forma
indireta auxilia os acionistas, tomadores de decisões, inves- Abrange todas as entidades econômico-administrati-
tidores a aumentar a riqueza da entidade. vas, e até as pessoas de direito público, como a: União,
As empresas realizam operações econômico-financei- Estados, Municípios, Autarquias etc.
ras, com a finalidade de ampliar seu patrimônio. São os Entidades econômico–administrativas são organiza-
dados decorrentes destas operações que vão para a conta- ções que reúnem: pessoas, patrimônio, titular, ação admi-
bilidade, que se faz presente através dos demonstrativos nistrativa e fim determinado.
contábeis. Estes, por sua vez, servem para dar subsídios aos As entidades econômico-administrativas, de acordo
diversos setores da empresa para tomada de decisões. com o fim a que se destina, podem ser classificadas como:
Quando falamos em operações econômico-financeiras, INSTITUIÇÕES (sociedades civis) E EMPRESAS (sociedades
o econômico é medido através da D.R.E (Demonstração comerciais).
do Resultado do Exercício). Isso é, mede a lucratividade As empresas de acordo com a origem do seu capital
(qual a margem da empresa), mede a produtividade (efi- podem ser: públicas, particulares e mistas.
ciência da empresa), e a rentabilidade. O financeiro através Públicas: Constituídas com o capital do governo ex:
do Balanço Patrimonial (B.P.) fornece informações como, por CEF, Correios.
exemplo, se a empresa tem valores disponíveis para honrar Privadas: constituídas com capital de particulares ex:
seus compromissos. A análise dos índices, com dados das padaria do seu Zé, bar da esquina, indústria tal e qual...
demonstrações Contábeis, que se têm estas certezas. Por- Mistas: constituída parte com capital privado e parte
tanto, estas evidencias são obtidas pela analise dos relató- com capital do governo ex: Banco do Brasil, Petrobrás, Ban-
rios contábeis (Demonstrações Contábeis), pelos índices de co do Estado do Rio de Janeiro.
liquidez, rentabilidade, endividamento, como liquidez cor-
rente, liquidez seca etc, análise capital de giro, etc.
Estes demonstrativos contábeis (D.R.E e B.P.) faci-
litam que diversos interessados pela situação financeira 2 PATRIMÔNIO: COMPONENTES, EQUAÇÃO
e econômica da empresa tenham estas informações. São FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO, SITUAÇÃO
eles: LÍQUIDA, REPRESENTAÇÃO GRÁFICA.
Investidores: investem mais, menos ou se deixam de
empregar seu capital nesta empresa,
Administradores: orientam-se através destes relató-
rios no que se refere às decisões mais favoráveis à empresa,
Os fornecedores: através destes relatórios, julgam se
PATRIMÔNIO
a empresa tem condições de quitar suas obrigações para
A escola Patrimonialista, mais aceita atualmente, define
com eles, se abrem mais crédito ou se restringem para
a Contabilidade como sendo a ciência que estuda o patri-
este cliente;
mônio, em seus aspectos dinâmico e estático.
Governo: verifica se o valor dos impostos pagos por
Se a contabilidade analisa e controla o patrimônio das
essa empresa esta de acordo com o informado;
empresas, vamos começar nosso estudo pelo patrimônio.
Stakeholders: Acionistas, Comunidade, Concorrentes.
Estes poderão tomar certas decisões com base nas infor-
PATRIMONIO = BENS + DIREITOS E OBRIGAÇÕES
mações contábeis da sua empresa. O interesse dos con-
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem Em caso de bens imóveis específicos, o valor justo
vida útil econômica limitada, ficam sujeitos a depreciação, pode ser estimado utilizando-se o valor de reposição do
amortização ou exaustão sistemática durante esse período, ativo devidamente depreciado.
sem prejuízo das exceções expressamente consignadas. O valor de reposição de um ativo depreciado pode
Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a ser estabelecido por referência ao preço de compra ou
título gratuito deve ser considerado o valor resultante da construção de um ativo semelhante com similar poten-
avaliação obtida com base em procedimento técnico ou cial de serviço.
valor patrimonial definido nos termos da doação. Os acréscimos ou os decréscimos do valor do ativo
O critério de avaliação dos ativos do imobilizado ob- em decorrência, respectivamente, de reavaliação ou re-
tidos a título gratuito e a eventual impossibilidade de sua dução ao valor recuperável (impairment) devem ser re-
mensuração devem ser evidenciados em notas explicativas. gistrados em contas de resultado.
Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de ele-
mento do ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor PASSIVO EXIGÍVEL
desse ativo quando houver possibilidade de geração de be- Para mensuração do passivo exigível é necessário
nefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Qual- que, anteriormente, ele seja reconhecido, ou seja , é ne-
quer outro gasto que não gere benefícios futuros deve ser cessário que os critérios de reconhecimento de um pas-
reconhecido como despesa do período em que seja incorrido. sivo sejam observados.
No caso de transferências de ativos, o valor a atribuir
deve ser o valor contábil líquido constante nos registros da RECONHECIMENTO DE PASSIVOS
entidade de origem. Em caso de divergência deste critério O reconhecimento de uma despesa é o elemento
com o fixado no instrumento de autorização da transferên- mais importante para o reconhecimento de um passivo,
cia, o mesmo deve ser evidenciado em notas explicativas. pois é um evento contábil que vai afetar o resultado do
Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem período, em função do registro contábil dessa exigibili-
recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos dade.
em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da
entidade responsável pela sua administração ou controle, Para que um passivo seja apresentado numa de-
estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. monstração financeira é preciso que seja reconhecido e
A mensuração dos bens de uso comum será efetuada, mensurado, conforme dispõe as regras usuais do SFAC
sempre que possível, ao valor de aquisição ou ao valor de 5. Segundo as regras citadas uma obrigação deve ser
produção e construção. reconhecida como passivo quando satisfaz quatro crité-
rios gerais:
INTANGÍVEL Corresponde à definição de passivo;
Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos É mensurável;
destinados à manutenção da atividade pública ou exerci- É relevante;
dos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com É precisa.
base no valor de aquisição ou de produção.
O critério de mensuração ou avaliação dos ativos intangí- MENSURAÇÃO DE PASSIVOS EXIGÍVEIS
veis obtidos a título gratuito e a eventual impossibilidade de Para mensurar os passivos exigíveis devemos segre-
sua valoração devem ser evidenciados em notas explicativas. gá-los em duas categorias, os passivos exigíveis mone-
Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de tários e os não monetários.
elemento do ativo intangível devem ser incorporados ao
valor desse ativo quando houver possibilidade de geração MENSURAÇÃO DE PASSIVOS EXIGÍVEIS MONETÁ-
de benefícios econômicos futuros ou potenciais de servi- RIOS
ços. Qualquer outro gasto deve ser reconhecido como des- São as obrigações que envolvem o pagamento de
pesa do período em que seja incorrido. um valor predeterminado, portanto são exigibilidades
denominadas em valores nominais.
REAVALIAÇÃO E REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL Normalmente a avaliação corrente da obrigação a
As reavaliações devem ser feitas utilizando-se o valor ser paga no futuro é determinada no contrato ou acordo
justo ou o valor de mercado na data de encerramento do que deu origem ao passivo.
Balanço Patrimonial, pelo menos: No caso de passivo a ser liquidado no curto prazo,
(a) anualmente, para as contas ou grupo de contas passivo circulante, o montante apresentado é o valor de
cujos valores de mercado variarem significativamente em face (valor pago no vencimento), sendo que a relevância
relação aos valores anteriormente registrados; do desconto nesse cálculo tende a ser imaterial.
(b) a cada quatro anos, para as demais contas ou gru- Para os passivos a longo prazo, o montante do des-
pos de contas. conto é normalmente significativo, portanto, a avaliação
Na impossibilidade de se estabelecer o valor de mer- corrente deve ser apresentada pelo somatório do valor
cado, o valor do ativo pode ser definido com base em pa- presente de todos os pagamentos futuros a serem feitos
râmetros de referência que considerem características, cir- conforme discriminado no contrato.
cunstâncias e localizações assemelhadas.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
MENSURAÇÃO DE PASSIVOS EXIGÍVEIS NÃO MONE- Vejam: O total dos bens mais o total dos Direitos me-
TÁRIOS nos o total das obrigações denomina-se SITUAÇÃO LÍ-
São os passivos exigíveis provenientes da obrigação QUIDA PATRIMONIAL. Logo:
de fornecer bens ou serviços em quantidade e qualida-
de predeterminadas. Normalmente são classificados no Ativo..........................R$ 150
circulante e decorrem de pagamentos adiantados por (-) Passivo(Obr)........R$ 80
serviços, a serem prestados aos clientes. A assinatura de ............................... R$ 70
jornais, revistas e a compra de ingressos para uma tem- SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL
porada são exemplos de passivos não monetários.
Entretanto, nem todos adiantamentos são de nature- BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES = SITUAÇÃO LÍQUI-
za monetária. As obrigações não monetárias são expres- DA
sas em termos de preços predeterminado ou convencio-
nados referentes a bens ou serviços específicos. Portanto, O título correto para esta forma de (T), será daqui pra
o valor monetário dos bens e serviços poderia variar, mas frente chamada de BALANÇO PATRIMONIAL.
não sua quantidade ou qualidade. Ex: PATRIMÔNIO
PROVISÃO PARA RISCOS FISCAIS E OUTROS PASSI- SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAIS POSSÍVEIS
VOS CONTINGENTES
Existe uma preocupação mais acentuada por parte 1º Ativo MAIOR que Passivo:
da contabilidade quando se trata de contingências, pois Bens.......................................................................................R$ 200
estas representam uma situação de risco existente que Direitos.................................................................................R$ 100
envolvem um grau de incerteza quanto à sua efetiva rea- Obrigações.........................................................................R$ 180
lização, pois dependem de decisões futuras. O resultado
também não é ainda conhecido, podendo o mesmo se Veja:
configurar num ganho ou numa perda para a empresa. Os dois lados não têm o mesmo total. Logo, precisa-
Portanto, quando se trata de contingência passiva mos igualá-los. Como:
cuja ocorrência seja julgada provável de se realizar, num A diferença R$ 120 é chamada SITUAÇÃO LÍQUIDA, e
período futuro e a empresa dispõem de informações sufi- será colocada do lado do Passivo e adicionada ao valor das
cientes para estimar o seu valor, esta deverá ser registra- obrigações, já que a situação líquida é positiva.
da contabilmente em conta própria que indica formação Logo, o Balanço Patrimonial fica assim:
de provisão para riscos fiscais, trabalhistas ou outros pas-
sivos contingentes. Mas, se as informações disponíveis
não são suficientes para estimar um valor, o fato deve Neste caso, a Situação Líquida chama-se:
ser divulgado nas notas explicativas com as respectivas a-Situação Líquida Positiva
informações. b-Situação Líquida Ativa
Uma exceção geral a essa regra poderia ocorrer c-Situação Líquida Superavitária
quando se verificar um declínio relevante (material) no
preço dos bens, logo após a assinatura de um contrato a) Situação Líquida Positiva: Ativo MAIOR que Pas-
de compra de longo prazo. Neste caso, deveríamos re- sivo(ISSO É, BENS E DIREITOS MAIOR QUE OBRIGAÇÕES.
gistrar os direitos e as obrigações, que superam o valor O QUE QUER DIZER ISSO?) então se têm lucros(A QUEM
daqueles, a fim de não diminuir o poder preditivo de ten- PERTENCE ESSES LUCRO?) e este pertence aos sócios que
dência dos demonstrativos financeiros. verão a melhor forma de utilizá-lo, ou reinvestem ou dis-
tribuem-no.
b) Situação Líquida Ativa: Ativo MAIOR que Passivo,
SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL Porque o total do Ativo (B + D) supera o total do Passivo
(O) em 120.
É A DIFERENÇA ENTRE O ATIVO E O PASSIVO c) Situação Líquida Superavitária: Vendendo os
bens (no caso de liquidar a empresa).
Somando os bens os direitos têm-se o total do ativo
e o total das obrigações denomina-se passivo. 2º- Ativo MENOR que Passivo
O total do ativo (-) o total das obrigações (passivo) Bens.......................................................................................R$ 200
resulta na Situação Líquida Patrimonial. Direitos.................................................................................R$ 100
Bens+ direitos (-) obrigações = Situação Líquida Pa- Obrigações.........................................................................R$ 340
trimonial. O total da situação líquida é sempre colocado
do lado direito do T.
Deve-se ter a soma e o lado do ativo + o passivo de Vejamos:
forma a igualar a situação. Sendo a diferença NEGATIVA (pois está do lado do pas-
Exemplos: sivo)
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Neste caso, a Situação Líquida chama-se: CAPITAL A REALIZAR - é o capital com que a enti-
dade foi registrada mas que por algum motivo ainda não
a)Situação Líquida Negativa foi colocado totalmente à disposição da entidade. Com
b) Situação Líquida Passiva o desenrolar dos negócios, este capital será posto à dispo-
c) Situação. Líquida. Deficitária sição da entidade, seja através de dinheiro ou outros bens.
d)Passivo a Descoberto
As Obrigações são maiores que os direitos. Com isso, CAPITAL TOTAL A DISPOSIÇÃO DA EMPRESA - cor-
se for preciso liquidar a empresa ao preço de custo tem-se responde à soma do capital próprio com o capital de
R$ 200. Recebendo os direitos, vendendo os bens ter-se-ia terceiros. É também igual ao total do ATIVO da entidade.
R$ 100, portanto, a empresa teria disponível R$ 300 em
mãos. para saldar seus compromissos. Entretanto, preci-
sar-se-ia de R$ 340, que é o valor das obrigações. Logo DIFERENÇA ENTRE CAPITAL E PATRIMÔNIO
faltam R$ 40. Por isso, a situação líquida é deficitária. O
total dos elementos positivos é insuficiente para saldar os CAPITAL: é o conjunto de elementos que o proprie-
compromissos. tário da empresa possui para iniciar suas atividades. Ex.:
PASSIVO A DESCOBERTO: PORQUE O TOTAL DO ATIVO Lúcia vai abrir uma papelaria. Ela possui, para esse fim,
NÃO É SUFICIENTE PARA COBRIR O TOTAL DO PASSIVO. R$ 10.000 em dinheiro. Logo, esses R$ 10.000 em dinheiro
constituem o seu Capital Inicial.
3º Ativo = ao lado do Passivo
O Capital Inicial pode ser composto por:
Bens.......................................................................................R$ 200 • Dinheiro
Direitos.................................................................................R$ 100 • Móveis
Obrigações.........................................................................R$ 300 • Veículos
• Imóveis
Neste caso, o ativo é inteiramente absorvido pelas • Promissórias a Receber etc.
Obrigações, e a SIT. LÍQ NULA, Inexistente ou nula.
Situação Líquida Nula: Ativo = Passivo, com isso, caso PATRIMÔNIO: é o conjunto que COMPREENDE os
os sócios queiram liquidar esta empresa, tudo que preci- bens da empresa (dinheiro em caixa, contas a receber,
sam fazer será apurar as vendas dos bens e efetuar o rece- imóveis, veículos., etc), seus direitos (contas a receber) e
bimento dos direitos para cobrir as obrigações. suas obrigações para com terceiros (contas a pagar)
Com isso vemos que a situação líquida de uma empre-
sa é sempre apresentada no passivo e deve ser chamada de
PATRIMÔNIO LÍQUIDO. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO
O total do grupo patrimônio líquido é igual ao valor da EQUAÇÃO PATRIMONIAL
situação líquida de uma empresa.
Ex: se a situação líquida for positiva o Patrimônio Líqui- Origens e Aplicações de Recursos
do será positivo. Idem o contrário. Enfim a situação líquida
refletirá sempre no grupo do PL. Ao observarmos um Balanço Patrimonial, podemos vi-
O PL é composto por: sualizar o total de recursos que a empresa obteve e que
Capital: principal fonte do PL. É a soma dos valores estão à sua disposição. O lado do Passivo mostra onde a
investidos pelos proprietários. empresa conseguiu esses recursos; o lado do Ativo, onde
ela aplicou os referidos recursos.
CAPITAL SOCIAL - é a obrigação da empresa para
com os sócios originária da entrega de recursos para a for- PASSIVO – Origem dos Recursos
mação do capital da entidade. Corresponde ao patrimônio Os recursos totais que estão à disposição da empresa
líquido (PL) podem originar-se de duas fontes:
CAPITAL PRÓPRIO - são os recursos originários dos Recursos de terceiros: correspondem às obrigações,
sócios ou acionistas da entidade ou decorrentes de suas isto é, são recursos de terceiros que a empresa utiliza no
operações sociais. seu giro normal. Esses recursos, por sua vez, provêm de
duas fontes:
CAPITAL DE TERCEIROS - representam recursos origi- • Dívidas de funcionamento: obrigações que sur-
nários de terceiros utilizados para a aquisição de ativos de gem das atividades normais de gestão da organização, tais
propriedade da entidade. Corresponde ao passivo exigível como obrigações com fornecedores, salários a pagar, im-
(PE) postos a pagar, etc.
• Dívidas de financiamentos: são recursos obtidos
CAPITAL REALIZADO - corresponde ao valor dos re- pela organização junto a instituições financeiras, destina-
cursos entregues pelos sócios e à disposição da entida- das a financiar as atividades normais da empresa.
de (em caixa, nos bancos, em imóveis, etc).
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Recursos Próprios – também podem provir de duas Obrigações para com terceiros: refere-se às operações
fontes: da empresa com outras empresas ou, até mesmo, com pes-
• Proprietários ou sócios: parcela do capital que foi soas físicas. (Ex: Duplicatas a Pagar).
investida na empresa pelo titular ou pelos sócios; Obrigações com os Sócios: São relacionadas no Patri-
• Resultado da gestão: acréscimos ocorridos no mônio Líquido (ex: Capital, Reservas).
Patrimônio Líquido em decorrência da gestão normal da Com isso os bens e direito formam o grupo dos ele-
empresa. Esses acréscimos são obtidos pelos lucros, que mentos positivos, o que ela tem efetivamente (bens), e
poderão ser representados na conta de Lucros Acumulados o que ela tem para receber (direitos), formando estes
ou em Conta de Reservas. os componentes do Ativo. As obrigações formam o gru-
po dos elementos negativos ou o que a empresa tem que
ATIVO - Aplicação de Recursos pagar (obrigações), formando este o componente do Pas-
O lado do Ativo mostra onde a empresa aplicou os re- sivo.
cursos que têm à sua disposição. O Ativo representa o con-
junto de bens e direitos à disposição da empresa.
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Fato contábil modificativo são os que provocam alte- Duplicatas Descontadas: As empresas, com a finalida-
rações no valor do Patrimônio Líquido (PL), sendo que esta de de conseguir disponível, entregam suas duplicatas em
modificação é refletida na Situação Líquida. Esta modifica- troca de dinheiro que será depositada em conta bancária
ção citada acima, na situação Líquida Patrimonial, pode ser descontados os juros e as despesas bancárias. É conta re-
para mais ou para menos, por este motivo os Fatos Con- dutora (ou retificadora) do ativo circulante.
tábeis Modificativos podem ser Aumentativos ou Diminu- Adiantamento de Salários: Adiantamentos concedidos
tivos. aos funcionários por conta do salário.
São Fatos Contábeis Modificativos aumentativos: Rece- Adiantamento a Fornecedores: Adiantamentos feitos a
bimentos de juros, recebimento de alugueis, recebimento fornecedores por conta de entrega futura de uma encomenda.
de comissões etc. etc. Empréstimos a Receber: Direitos a Receber – até 12
São Fatos Contábeis Modificativos Diminutivos: Paga- meses – representados pelos empréstimos concedidos. Se-
mento de imposto, pagamento de juros, pagamentos de rão classificados no Ativo não circulante os empréstimos a
comissões, etc. etc. receber após 12 meses.
Fato contábil misto são os que combinam fatos per- Impostos a Recuperar: São impostos de possível recu-
mutativos com fatos modificativos, determinando variação peração. Por exemplo: ICMS, IPI.
qualitativa e quantitativa do patrimônio, ou VARIAÇÃO Aplicações Financeiras: Valor aplicado em produtos
PATRIMONIAL MISTA. São aqueles que ao mesmo tempo bancários.
permutam (trocam) e modificam valores dentro do Patri- Estoque: A conta estoques pode significar mercadorias
mônio e consequentemente alteram a Situação Líquida (para empresa comercial), matéria-prima e produtos em
Patrimonial. elaboração (para empresa industrial).
As alterações provocadas pelos Fatos Contábeis Mis- Despesas Antecipadas: São despesas pagas antecipa-
tos, também podem ser para mais ou para menos, por este damente. Exemplos: Seguros a Vencer.
motivo, eles também são classificados em Aumentativos e Imóveis para Renda: Não são utilizados pela empresa.
Diminutivos. São investimentos feitos com o objetivo de obter rendi-
São Fatos Contábeis Mistos Aumentativos: Pagamento mentos.
de uma Duplicata com descontos, recebimentos de uma Móveis, Utensílios, Máquinas e outros bens: Classifica-
Duplicata com acréscimo de juros etc. etc. dos no Imobilizado da empresa, destinam-se à manuten-
São Fatos Contábeis Mistos Diminutivos: Recebimento ção da atividade da empresa. Por exemplo: uma empresa
de duplicatas com descontos, pagamentos de uma Dupli- industrial
cata com acréscimo de juros, etc. etc. Utiliza suas máquinas para produzir os produtos que
irá vender e consequentemente obter receita.
Depreciações Acumuladas: Desgastes dos bens pelo
uso ou pela ação do tempo. A cada período, a empresa
4 CONTAS: CONCEITOS, CONTAS DE calcula o valor da depreciação que irá se acumulando no
DÉBITOS, CONTAS DE CRÉDITOS E SALDOS. balanço. É conta redutora (ou retificadora) do Ativo Per-
manente.
Duplicatas a Pagar: Deve registrar as obrigações assu-
midas com a compra de mercadorias para revender e, na
CONTAS empresa industrial, a matéria-prima necessária ao processo
Conta é o nome dado aos componentes patrimoniais produtivo.
(Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido) e aos ele- Financiamentos e Empréstimos: São dívidas assumidas
mentos de Resultado (Despesas e Receitas). para financiar a compra de um ativo ou para obter capital
de giro. Dependendo do prazo podem ser classificados no
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS Passivo não circulante.
Contas Patrimoniais Salários a Pagar: Com base na contabilização da folha
São as contas que representam os Bens, Direitos, Obri- de pagamento, devem ser calculados os salários que serão
gações e Patrimônio Líquido, ou seja, as contas que figu- pagos no mês seguinte.
ram no Balanço Patrimonial. Adiantamento de Clientes: Valores recebidos de clien-
tes por conta da entrega futura de uma encomenda.
FUNÇÕES DAS CONTAS PATRIMONIAIS Provisões Passivas: São obrigações cujos valores po-
Caixa: Representa dinheiro em espécie (notas, moedas). dem ser alterados. Incluímos nas provisões passivas: Férias,
Bancos: Valor que está depositado em conta corrente. 13º Salários, Contingências. Essas provisões são utilizadas,
Duplicatas a Receber: Direitos a receber - até 12 me- pois muitas vezes a empresa tem certeza da obrigação,
ses – dos clientes por vendas a prazo. Serão classificadas mas não o valor exato, ou não tem certeza quanto a data.
no Ativo não circulante as Duplicatas a Receber após 12 Por exemplo, férias dos empregados serão pagas apenas
meses. quando do período aquisitivo. Um outro exemplo é o das
Provisão para Devedores Duvidosos: De cálculo estima- reclamações trabalhistas na Justiça por ex-empregados,
do, é uma provisão para suprir as possíveis perdas com clien- cujos valores podem ser apenas estimados e classificados
tes. É conta redutora (ou retificadora) do ativo circulante. no passivo circulante como Provisões para Contingências.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Todo fato da entidade deverá ser escriturado, para decer a um método de escrituração mercantil uniforme, em
este fim devem ser utilizados livros contábeis, que devem língua e moeda nacionais, com individualização e clareza,
seguir critérios intrínsecos e extrínsecos, de acordo com a ser escriturado em rigorosa ordem cronológica, não conter,
legislação. Alguns livros são obrigatórios, tais como o Li- rasuras, emendas, entrelinhas, borrões ou raspaduras, es-
vro Diário e o Livro Razão que de acordo com a Resolução paços em branco, observações ou escritas à margem.
do Conselho Federal de Contabilidade devem ser registros
permanentes da empresa, outros são facultativos, pois, por MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO
não serem exigidos por lei, podem ser adotados ou não a
critério da empresa. Método de escrituração é a forma de registro dos Fa-
A contabilidade de uma entidade deverá ser centraliza- tos Administrativos, bem como dos Atos Administrativos
da, sendo que é facultado às pessoas jurídicas que possuí- relevantes.
rem filiais, sucursais ou agências, manter contabilidade não
centralizada, devendo incorporar na escrituração da Matriz Método das Partidas Dobradas
os resultados de cada uma delas, conforme artigo 252 do
Decreto n. º 3.000/99, o mesmo se aplica a filiais, sucursais, Esse método, que é de uso universal e foi divulgado no
agências ou representações, no Brasil, das pessoas jurídicas século XV (1494) na cidade de Veneza, na Itália, por Luca
com sede no exterior, devendo o agente ou representante Pacioli, consiste no seguinte:
escriturar os seus livros comerciais, de modo que demons-
trem, além dos seus próprios rendimentos, os lucros reais Não há devedor sem que haja credor e não há credor
apurados nas operações alheias em que agiu como inter- sem que haja devedor, sendo que a cada débito correspon-
mediário. de um crédito de igual valor.
A Resolução n. º 684/90, editada pelo Conselho Fede- Daí, em dado momento, ser a soma dos débitos igual à
ral de Contabilidade, estabelece que a empresa que tiver soma dos créditos. É esse princípio que determina a equa-
unidade operacional ou de negócios, quer com filial, agên- ção entre o ativo e o passivo do patrimônio. Os valores
cia, sucursal ou assemelhada, e que optar por sistema de ativos representam sempre saldo devedor. E, os passivos,
escrituração descentralizado deverá ter registros contábeis saldo credor, sendo a soma do ativo sempre igual à do pas-
que permitam a identificação das transações de cada uma sivo.
dessas unidades, a escrituração de todas as unidades de- Por esse método, registramos todos os acontecimen-
verá integrar um único sistema contábil, sendo que o grau tos que se verificam no patrimônio, conhecendo-se, a qual-
de detalhamento dos registros contábeis ficará a critério quer momento, o valor da cada componente do patrimô-
da empresa. nio, suas variações e os resultados, positivos ou negativos
As contas recíprocas relativas às transações entre ma- da atividade econômica.
triz e unidades, ou vice-versa, serão eliminadas quando
da elaboração das demonstrações contábeis. As despesas LANÇAMENTO
e receitas que não possam ser atribuídas às unidades se- CONCEITO
rão registradas na matriz, enquanto o rateio de despesas Lançamento é o meio pelo qual se processa a Escritu-
e receitas, da matriz para as unidades, ficará a critério da ração.
administração. Lançamento é o registro de um fato contábil, e esse
O método utilizado para a escrituração contábil é o mé- registro, pelo método das partidas dobradas, é feito em
todo das partidas dobradas, desenvolvido pelo frade Luca ordem cronológica e obedecendo a determinada disposi-
Pacioli em 1494, neste método todo lançamento deverá ção técnica. O método das partidas dobradas exige o apa-
conter a origem e o destino do mesmo, ou seja, para todo recimento do devedor e do credor, aos quais se seguem o
débito haverá um crédito de mesmo valor, ou vice-versa. histórico do fato ocorrido e a importância em dinheiro. Daí
os seguintes elementos essenciais do lançamento
Desenvolvimento
Na escrituração dos livros contábeis algumas formali- FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS
dades devem ser observadas, estas formalidades se subdi- Vimos que o lançamento deve sempre indicar o deve-
videm em dois tipos: dor e o credor, representados pelas contas. O mesmo lan-
Formalidades Extrínsecas: São as formalidades re- çamento pode, entretanto, apresentar mais de uma conta
lacionadas à apresentação ou aparência dos livros, esta debitada e mais de uma conta creditada. Podemos usar,
formalidade exige por exemplo que os livros, sejam enca- nestes casos, a expressão Diversos, que não é conta, mas
dernados, que tenham suas folhas numeradas tipografica- apenas a indicação existência de mais de uma conta debi-
mente, possuam termo de abertura e de encerramento em tada ou creditada.
que conste entre outras informações a assinatura do res- Daí a existência de quatro fórmulas de lançamentos no
ponsável, a identificação da empresa e do livro, espécie de Diário, de acordo com o número de contas debitadas ou
livro, número de páginas e número de ordem, etc... creditadas.
Formalidades intrínsecas: São as formalidades rela-
cionadas à escrituração propriamente dita, segundo as for- 1ª FÓRMULA: quando aparece apenas uma conta de-
malidades intrínsecas os livros de escrituração devem obe- bitada e uma creditada.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
D - MERCADORIAS
Compra do saldo de mercadorias pertencentes
à extinta firma Leão & Sousa Ltda. = 80.000
D - MÓVEIS E UTENSÍLIOS
Compra de móveis:
Máquinas de escrever e calcular = 11.500
Prateleiras e balcões = 12.000
Mesas e cadeiras = 2.500 = 26.000 = 106.000
C - CAIXA
Pago a vista = 50.000
C - DUPLICATAS A PAGAR
M/aceite de dupl. Para 31-8-20.. = 56.000 = 106.000
Observação: A 4ª fórmula é pouco usada atualmente, e apenas utilizada em casos especiais, como o do exemplo ante-
rior, que representa operação bastante incomum.
Elementos Essenciais
Local e data da ocorrência do Fato;
Conta a ser Debitada;
Conta a ser Creditada;
Histórico;
Valor.
Exemplo:
Brasília-DF, 10/01/2000
D - Caixa
C – Estoque de Mercadorias
Histórico: Valor referente a venda de mercadorias com recebimento a vista.
Valor: R$ 100.000,00
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
DÉBITO E CRÉDITO
DÉBITO de uma conta
Situação de dívida de responsabilidade da conta. As contas que representam bens, direitos, despesas e custos têm
saldo devedor.
Exemplo:
A empresa Teixeira iniciou suas atividades com capital inicial de R$ 200.000,00 em dinheiro;
Lançamento:
D – Caixa
C- Capital
Vlr. R$ 200.000,00
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens Patrimônio Líquido
Caixa................................200.000 Capital................................200.000
Total.................................200.000 Total...................................200.000
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens Patrimônio Líquido
Caixa................................170.000 Capital................................200.000
Mercadorias...................... 30.000
Total...................................200.000
Total.................................200.000
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa................................170.000 Fornecedores..................... 50.000
Mercadorias...................... 80.000
Patrimônio Líquido
Capital................................200.000
Total.................................250.000 Total...................................250.000
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa................................170.000 Fornecedores..................... 50.000
Mercadorias...................... 60.000
Direitos Patrimônio Líquido
Clientes............................. 20.000 Capital................................200.000
Total.................................250.000 Total...................................250.000
Compra de um automóvel no valor de R$ 60.000,00, 40% pago a vista (dinheiro) e o restante a prazo (Duplicatas a
pagar).
Lançamento:
D – Veículo R$ 60.000,00
C – Caixa R$ 24.000,00
C – Duplicatas a Pagar R$ 36.000,00
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens Obrigações
Caixa................................146.000 Fornecedores..................... 50.000
Mercadorias...................... 60.000 Duplicatas a pagar............. 36.000
Veículo.............................. 60.000
Patrimônio Líquido
Direitos Capital................................200.000
Clientes............................. 20.000
Total...................................286.000
Total.................................286.000
CONTAS DE RESULTADO
RECEITAS
São exemplos de Receitas: Receitas de Vendas de Mercadorias; Receitas de Vendas de Produtos; Receitas de Prestação
de Serviços; Descontos Obtidos; Aluguéis Ativos; Juros Ativos, etc.
DESPESAS
As Despesas representam o sacrifício ou esforço da empresa para se obter Receita. Todo consumo de bens ou serviços
com o objetivo de gerar Receita é considerado Despesa. O consumo de materiais, por exemplo, é considerado uma Des-
pesa. Neste caso, no ato em que o material dá entrada no Almoxarifado, o valor é contabilizado como bem no Ativo Circu-
lante, e quando o mesmo é requisitado por alguma área para ser consumido, o valor do bem é transferido para Despesa.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
4.3) Mercadorias Consignadas (Quando a Mercadoria MERCADORIAS – são os diversos produtos que as
è Vendida) empresas comerciais adquirem com o objetivo de reven-
D – Caixa (só a diferença) derem. As transações que envolvem a compra e a venda
C – Consignadores (o valor de entrada) de mercadorias constituem a atividade principal ou opera-
D – Mercadorias em consignação (o valor de venda) cional das empresas comerciais.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
2) INVENTÁRIO PERMANENTE – consiste no controle contínuo ou permanente dos estoques na medida em que
ocorrem as operações de compra e venda. Dessa forma, os estoques de mercadorias são mantidos atualizados e pode-se
conhecer o custo das mercadorias vendidas e o resultado com essas mercadorias a qualquer momento.
OBS: Utilizaremos nos próximos conceitos e exemplos práticos, lançamentos baseados no sistema de inventário per-
manente.
EXEMPLO
Considere que uma determinada Empresa Comercial ao final de janeiro, tenha em seu estoque o valor de 30.000 em
mercadorias para revenda. No início de fevereiro ela adquire mais 20.000 em mercadorias a prazo e, ao final de fevereiro
vende mercadorias por 50.000 a vista, sendo o custo das mercadorias que foram vendidas de 30.000. Como será a conta-
bilização dessa operação?
3) Baixa do Estoque
D – CMV
C – Estoque de Mercadorias – 30.000
LIVRO RAZÃO
CMV = EI + C – EF
CMV = 30.000 + 20.000 – 20.000 = 30.000
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
O saldo da conta de Resultado do Exercício, após os lançamentos anteriores é transferido para a conta de Lucros e
Prejuízos.
Se esse saldo for Credor, a conta de Resultado do Exercício será debitada, creditando-se a conta de Lucros e Prejuízos.
Se o saldo da conta Resultado do Exercício for Devedor, ela será creditada, debitando-se a conta de Lucros e Prejuízos.
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
O balancete de verificação é um demonstrativo auxiliar que relaciona os saldos das contas remanescentes no diário.
Imprescindível para verificar se o método de partidas dobradas está sendo observado pela escrituração da empresa.
Por este método cada débito deverá corresponder a um crédito de mesmo valor, cabendo ao balancete verificar se a
soma dos saldos devedores é igual a soma dos saldos credores.
Este demonstrativo poderá ser utilizado para fins gerenciais, com suas informações extraídas dos registros contábeis
mais atualizados. O grau de detalhamento do balancete de verificação deverá estar adequado a finalidade do mesmo. Caso
o demonstrativo seja destinado a usuários externos o documento deverá ser assinado por contador habilitado pelo conse-
lho regional de contabilidade (CRC).
Geralmente o balancete é disponibilizado mensalmente, servindo assim como suporte aos gestores para visualizar a
situação da empresa diante dos saldos mensurados, sendo um demonstrativo de fácil entendimento e de grande relevância
e utilidade prática.
É o demonstrativo que relaciona cada conta com o respectivo saldo devedor ou credor, de tal forma que se os lan-
çamentos foram corretamente efetuados, de acordo com o Método das Partidas Dobradas, o total da coluna dos saldos
devedores é igual ao total da coluna dos saldos credores.
O balancete de verificação é um demonstrativo auxiliar de caráter não obrigatório, que relaciona os saldos das con-
tas remanescentes no diário. Imprescindível para verificar se o método de partidas dobradas está sendo observado pela
escrituração da empresa. Por este método cada débito deverá corresponder a um crédito de mesmo valor, cabendo ao
balancete verificar se a soma dos saldos devedores é igual a soma dos saldos credores.
Este demonstrativo deve ser levantado mensalmente segundo a NBC T 2.7, unicamente para fins operacionais, não
tendo obrigatoriedade fiscal, com suas informações extraídas dos registros contábeis mais atualizados. O grau de detalha-
mento do balancete de verificação deverá estar adequado a finalidade do mesmo. Caso o demonstrativo seja destinado a
usuários externos o documento deverá ser assinado por contador habilitado pelo conselho regional de contabilidade (CRC).
Geralmente o balancete é levantado antes do início de um novo exercício, servindo também como suporte aos gestores
para visualizar a situação da empresa diante dos saldos mensurados, sendo um demonstrativo de fácil entendimento e de
grande relevância.
Objetivo
Testar se o método das partidas dobradas foi respeitado, evidenciando as contas de acordo com seus respectivos sal-
dos e verificando a igualdade entre a soma dos saldos devedores e credores.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial está regulamentado nos Artigos 178 a 184 da Lei nº 6.404/1976, com as alterações implementa-
das pela Lei nº 11.638/2007 e 11.941/2009.
No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos
seguintes grupos: Ativo Circulante; Ativo Não-Circulante, composto por Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos,
Imobilizado e Intangível.
No Passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: Passivo Circulante; Passivo Não-Circulante; e Patrimônio
Líquido, dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em
Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Ativo
As contas no Ativo serão classificadas do seguinte modo:
a) no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplica-
ções de recursos em despesas do exercício seguinte;
b) no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os deri-
vados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (Art. 243 da Lei nº 6.404/1976),
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do ob-
jeto da companhia;
c) em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não clas-
sificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
d) no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades
da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
30
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
e) no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exer-
cidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no
circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Passivo
As contas no Passivo serão classificadas do seguinte modo:
a) no Passivo Circulante deverão ser registradas as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição
de direitos do ativo permanente, quando vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem
vencimento em prazo maior;
b) no Passivo Não-Circulante deverão ser registradas as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aqui-
sição de direitos do ativo permanente, quando vencerem após o exercício seguinte;
c) no Patrimônio Líquido:
c.1) na conta do Capital Social será discriminado o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada;
c.2) nas Reservas de Capital serão classificadas as contas que registrarem a contribuição do subscritor de ações que
ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição e o resultado da correção monetária do capital rea-
lizado, enquanto não-capitalizado;
c.3) serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em
obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do
ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou em normas expedidas
pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3º do art. 177 da Lei nº 6.404/1976;
c.4) nas Reservas de Lucros serão lançadas as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia;
c.5) as Ações em Tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que
registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
31
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Na determinação do resultado do exercício serão computados as receitas e os rendimentos ganhos no período, inde-
pendentemente da sua realização em moeda, e os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, corresponden-
tes a essas receitas e rendimentos. Na Demonstração do Resultado do Exercício deverão estar demonstradas as seguintes
informações:
a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e
outras despesas operacionais;
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resul-
tado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses.
Some:
Receitas financeiras (como as variações monetárias ativas, descontos condicionais obtidos, etc).
Outras Receitas Operacionais
=
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Subtraia:
Outras Despesas Não Operacionais (inclua o custo de venda de ativo imobilizado, etc)
Some:
Outras Receitas Não Operacionais (inclua a receita de venda de ativo imobilizado, etc)
=
Lucro/prejuízo antes do Imposto de Renda e da contribuição social sobre o lucro líquido
Subtraia
Despesa com Imposto de Renda
Despesa com Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
=
Lucro ou Prejuízo líquido antes das participações
(As participações abaixo precisam ser calculadas obrigatoriamente nesta ordem, isto porque para o cálculo da próxima deve ser
abatido o valor da participação anteriormente calculada)
Subtraia:
Debêntures (dedutível do Imposto de Renda)
Empregados (dedutível do Imposto de Renda)
Administradores
Partes Beneficiárias
Fundos de Assistência e Previdência para Empregados
=
Lucro ou Prejuízo líquido do exercício
Se desejar saber qual o lucro ou prejuízo de cada ação, basta dividir o Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício pelo total de ações.
É um calculo trabalhoso, mas relativamente simples que dá uma visão geral do andamento do negócio, possibilitando análise de
gastos e receitas e, portanto, dicas claras de como aumentar o faturamento do negócio.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 1o O requerimento deverá ser apresentado no tados e instruído com os documentos relativos aos bens
prazo de 15 (quinze) dias da divulgação do valor da oferta avaliados, e estarão presentes à assembleia que conhecer
pública, devidamente fundamentado e acompanhado de do laudo, a fim de prestarem as informações que lhes fo-
elementos de convicção que demonstrem a falha ou im- rem solicitadas.
precisão no emprego da metodologia de cálculo ou no cri- § 2º Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela
tério de avaliação adotado, podendo os acionistas referi- assembleia, os bens incorporar-se-ão ao patrimônio da
dos no caput convocar a assembleia quando os administra- companhia, competindo aos primeiros diretores cumprir as
dores não atenderem, no prazo de 8 (oito) dias, ao pedido formalidades necessárias à respectiva transmissão.
de convocação. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) § 3º Se a assembleia não aprovar a avaliação, ou
§ 2o Consideram-se ações em circulação no merca- o subscritor não aceitar a avaliação aprovada, ficará sem
do todas as ações do capital da companhia aberta menos efeito o projeto de constituição da companhia.
as de propriedade do acionista controlador, de diretores, § 4º Os bens não poderão ser incorporados ao
de conselheiros de administração e as em tesouraria. (In- patrimônio da companhia por valor acima do que lhes tiver
cluído pela Lei nº 10.303, de 2001) dado o subscritor.
§ 3o Os acionistas que requererem a realização de § 5º Aplica-se à assembleia referida neste artigo o
nova avaliação e aqueles que votarem a seu favor deverão disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 115.
ressarcir a companhia pelos custos incorridos, caso o novo § 6º Os avaliadores e o subscritor responde-
valor seja inferior ou igual ao valor inicial da oferta públi- rão perante a companhia, os acionistas e terceiros, pelos
ca. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) danos que lhes causarem por culpa ou dolo na avaliação
§ 4o Caberá à Comissão de Valores Mobiliários dos bens, sem prejuízo da responsabilidade penal em que
disciplinar o disposto no art. 4o e neste artigo, e fixar prazos tenham incorrido; no caso de bens em condomínio, a res-
para a eficácia desta revisão. (Incluído pela Lei nº 10.303, ponsabilidade dos subscritores é solidária.
de 2001)
CAPÍTULO II Transferência dos Bens
Capital Social Art. 9º Na falta de declaração expressa em con-
SEÇÃO I trário, os bens transferem-se à companhia a título de pro-
Valor priedade.
Fixação no Estatuto e Moeda Responsabilidade do Subscritor
Art. 10. A responsabilidade civil dos subscritores
Art. 5º O estatuto da companhia fixará o valor do ou acionistas que contribuírem com bens para a formação
capital social, expresso em moeda nacional. do capital social será idêntica à do vendedor.
Parágrafo único. A expressão monetária do valor Parágrafo único. Quando a entrada consistir em
do capital social realizado será corrigida anualmente (arti- crédito, o subscritor ou acionista responderá pela solvên-
go 167). cia do devedor.
CAPÍTULO III
Alteração Ações
Art. 6º O capital social somente poderá ser modi- SEÇÃO I
ficado com observância dos preceitos desta Lei e do esta- Número e Valor Nominal
tuto social (artigos 166 a 174). Fixação no Estatuto
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 6o O estatuto pode conferir às ações preferen- § 1º A infração do disposto neste artigo importa
ciais com prioridade na distribuição de dividendo cumu- nulidade do certificado e responsabilidade dos infratores.
lativo, o direito de recebê-lo, no exercício em que o lucro § 2º Os certificados das ações, cujas entradas não
for insuficiente, à conta das reservas de capital de que consistirem em dinheiro, só poderão ser emitidos depois
trata o § 1o do art. 182.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de cumpridas as formalidades necessárias à transmissão de
de 2001) bens, ou de realizados os créditos.
§ 7o Nas companhias objeto de desestatização § 3º A companhia poderá cobrar o custo da substi-
poderá ser criada ação preferencial de classe especial, de tuição dos certificados, quando pedida pelo acionista.
propriedade exclusiva do ente desestatizante, à qual o es-
tatuto social poderá conferir os poderes que especificar, Requisitos
inclusive o poder de veto às deliberações da assembleia- Art. 24. Os certificados das ações serão escritos em
-geral nas matérias que especificar.(Incluído pela Lei nº vernáculo e conterão as seguintes declarações:
10.303, de 2001) I - denominação da companhia, sua sede e prazo
de duração;
Vantagens Políticas II - o valor do capital social, a data do ato que o
Art. 18. O estatuto pode assegurar a uma ou mais tiver fixado, o número de ações em que se divide e o valor
classes de ações preferenciais o direito de eleger, em vo- nominal das ações, ou a declaração de que não têm valor
tação em separado, um ou mais membros dos órgãos de nominal;
administração. III - nas companhias com capital autorizado, o
Parágrafo único. O estatuto pode subordinar limite da autorização, em número de ações ou valor do ca-
as alterações estatutárias que especificar à aprovação, em pital social;
assembleia especial, dos titulares de uma ou mais classes IV - o número de ações ordinárias e preferenciais
de ações preferenciais. das diversas classes, se houver, as vantagens ou preferên-
cias conferidas a cada classe e as limitações ou restrições a
Regulação no Estatuto que as ações estiverem sujeitas;
Art. 19. O estatuto da companhia com ações pre- V - o número de ordem do certificado e da ação,
ferenciais declarará as vantagens ou preferências atribuí- e a espécie e classe a que pertence;
das a cada classe dessas ações e as restrições a que fica- VI - os direitos conferidos às partes beneficiárias,
rão sujeitas, e poderá prever o resgate ou a amortização, se houver;
a conversão de ações de uma classe em ações de outra e VII - a época e o lugar da reunião da assembleia-
em ações ordinárias, e destas em preferenciais, fixando as -geral ordinária;
respectivas condições. VIII - a data da constituição da companhia e do
arquivamento e publicação de seus atos constitutivos;
SEÇÃO IV IX - o nome do acionista; (Redação dada pela Lei nº
Forma 9.457, de 1997)
X - o débito do acionista e a época e o lugar de seu
Art. 20. As ações devem ser nominativas. (Reda- pagamento, se a ação não estiver integralizada; (Redação
ção dada pela Lei nº 8.021, de 1990) dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
XI - a data da emissão do certificado e as assinatu-
Ações Não-Integralizadas ras de dois diretores, ou do agente emissor de certificados
Art. 21. Além dos casos regulados em lei especial, (art. 27). (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
as ações terão obrigatoriamente forma nominativa ou en- § 1º A omissão de qualquer dessas declarações
dossável até o integral pagamento do preço de emissão. dá ao acionista direito à indenização por perdas e danos
contra a companhia e os diretores na gestão dos quais os
Determinação no Estatuto certificados tenham sido emitidos.
Art. 22. O estatuto determinará a forma das ações § 2o Os certificados de ações emitidas por compa-
e a conversibilidade de uma em outra forma. nhias abertas podem ser assinados por dois mandatários
Parágrafo único. As ações ordinárias da compa- com poderes especiais, ou autenticados por chancela me-
nhia aberta e ao menos uma das classes de ações ordiná- cânica, observadas as normas expedidas pela Comissão de
rias da companhia fechada, quando tiverem a forma ao Valores Mobiliários.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de
portador, serão obrigatoriamente conversíveis, à vontade 2001)
do acionista, em nominativas endossáveis.
Títulos Múltiplos e Cautelas
SEÇÃO V Art. 25. A companhia poderá, satisfeitos os requi-
Certificados sitos do artigo 24, emitir certificados de múltiplos de ações
Emissão e, provisoriamente, cautelas que as representam.
Art. 23. A emissão de certificado de ação somente Parágrafo único. Os títulos múltiplos das compa-
será permitida depois de cumpridas as formalidades ne- nhias abertas obedecerão à padronização de número de
cessárias ao funcionamento legal da companhia. ações fixada pela Comissão de Valores Mobiliários.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 4o A propriedade das ações em custódia fungí- § 3º Os certificados de depósito de ações serão
vel será provada pelo contrato firmado entre o proprietário nominativos, podendo ser mantidos sob o sistema escritu-
das ações e a instituição depositária.(Incluído pela Lei nº ral. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
10.303, de 2001) § 4º Os certificados de depósito de ações poderão,
§ 5o A instituição tem as obrigações de depositária a pedido do seu titular, e por sua conta, ser desdobrados
e responde perante o acionista e terceiros pelo descum- ou grupados.
primento de suas obrigações.(Incluído pela Lei nº 10.303, § 5º Aplicam-se ao endosso do certificado, no
de 2001) que couber, as normas que regulam o endosso de títulos
cambiários.
Representação e Responsabilidade
Art. 42. A instituição financeira representa, perante SEÇÃO X
a companhia, os titulares das ações recebidas em custódia Resgate, Amortização e Reembolso
nos termos do artigo 41, para receber dividendos e ações Resgate e Amortização
bonificadas e exercer direito de preferência para subscrição
de ações. Art. 44. O estatuto ou a assembleia-geral extraor-
§ 1º Sempre que houver distribuição de dividen- dinária pode autorizar a aplicação de lucros ou reservas no
dos ou bonificação de ações e, em qualquer caso, ao me- resgate ou na amortização de ações, determinando as con-
nos uma vez por ano, a instituição financeira fornecerá à dições e o modo de proceder-se à operação.
companhia a lista dos depositantes de ações recebidas nos § 1º O resgate consiste no pagamento do valor das
termos deste artigo, assim como a quantidade de ações de ações para retirá-las definitivamente de circulação, com re-
cada um. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) dução ou não do capital social, mantido o mesmo capital,
§ 2º O depositante pode, a qualquer tempo, ex- será atribuído, quando for o caso, novo valor nominal às
tinguir a custódia e pedir a devolução dos certificados de ações remanescentes.
suas ações. § 2º A amortização consiste na distribuição aos
§ 3º A companhia não responde perante o acionis- acionistas, a título de antecipação e sem redução do capital
ta nem terceiros pelos atos da instituição depositária das social, de quantias que lhes poderiam tocar em caso de
ações. liquidação da companhia.
§ 3º A amortização pode ser integral ou parcial e
SEÇÃO IX abranger todas as classes de ações ou só uma delas.
Certificado de Depósito de Ações § 4º O resgate e a amortização que não abran-
gerem a totalidade das ações de uma mesma classe serão
Art. 43. A instituição financeira autorizada a fun- feitos mediante sorteio; sorteadas ações custodiadas nos
cionar como agente emissor de certificados (art. 27) pode termos do artigo 41, a instituição financeira especificará,
emitir título representativo das ações que receber em de- mediante rateio, as resgatadas ou amortizadas, se outra
pósito, do qual constarão: (Redação dada pela Lei nº 9.457, forma não estiver prevista no contrato de custódia.
de 1997) § 5º As ações integralmente amortizadas poderão
I - o local e a data da emissão; ser substituídas por ações de fruição, com as restrições fi-
II - o nome da instituição emitente e as assinaturas xadas pelo estatuto ou pela assembleia-geral que deliberar
de seus representantes; a amortização; em qualquer caso, ocorrendo liquidação da
III - a denominação “Certificado de Depósito de companhia, as ações amortizadas só concorrerão ao acervo
Ações”; líquido depois de assegurado às ações não a amortizadas
IV - a especificação das ações depositadas; valor igual ao da amortização, corrigido monetariamente.
V - a declaração de que as ações depositadas, seus § 6o Salvo disposição em contrário do estatuto
rendimentos e o valor recebido nos casos de resgate ou social, o resgate de ações de uma ou mais classes só será
amortização somente serão entregues ao titular do certifi- efetuado se, em assembleia especial convocada para deli-
cado de depósito, contra apresentação deste; berar essa matéria específica, for aprovado por acionistas
VI - o nome e a qualificação do depositante; que representem, no mínimo, a metade das ações da(s)
VII - o preço do depósito cobrado pelo banco, se classe(s) atingida(s).(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
devido na entrega das ações depositadas;
VIII - o lugar da entrega do objeto do depósito. Reembolso
§ 1º A instituição financeira responde pela origem Art. 45. O reembolso é a operação pela qual, nos
e autenticidade dos certificados das ações depositadas. casos previstos em lei, a companhia paga aos acionistas
§ 2º Emitido o certificado de depósito, as ações dissidentes de deliberação da assembleia-geral o valor de
depositadas, seus rendimentos, o valor de resgate ou de suas ações.
amortização não poderão ser objeto de penhora, arresto, § 1º O estatuto pode estabelecer normas para
sequestro, busca ou apreensão, ou qualquer outro emba- a determinação do valor de reembolso, que, entretan-
raço que impeça sua entrega ao titular do certificado, mas to, somente poderá ser inferior ao valor de patrimônio
este poderá ser objeto de penhora ou de qualquer medida líquido constante do último balanço aprovado pela as-
cautelar por obrigação do seu titular. sembleia-geral, observado o disposto no § 2º, se estipu-
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
42
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
VI - a data da constituição da companhia e do § 1o A debênture poderá conter cláusula de cor-
arquivamento e publicação dos seus atos constitutivos; reção monetária, com base nos coeficientes fixados para
VII - o nome do beneficiário; (Redação dada pela correção de títulos da dívida pública, na variação da taxa
Lei nº 9.457, de 1997) cambial ou em outros referenciais não expressamente ve-
VIII - a data da emissão do certificado e as assi- dados em lei. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
naturas de dois diretores. (Redação dada pela Lei nº 9.457, § 2o A escritura de debênture poderá assegurar
de 1997) ao debenturista a opção de escolher receber o pagamento
do principal e acessórios, quando do vencimento, amor-
Forma, Propriedade, Circulação e Ônus tização ou resgate, em moeda ou em bens avaliados nos
Art. 50. As partes beneficiárias serão nominativas termos do art. 8o. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
e a elas se aplica, no que couber, o disposto nas seções V a
VII do Capítulo III. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) Vencimento, Amortização e Resgate
§ 1º As partes beneficiárias serão registradas em Art. 55. A época do vencimento da debênture deverá
livros próprios, mantidos pela companhia. (Redação dada constar da escritura de emissão e do certificado, podendo
pela Lei nº 9.457, de 1997) a companhia estipular amortizações parciais de cada sé-
§ 2º As partes beneficiárias podem ser objeto de de- rie, criar fundos de amortização e reservar-se o direito de
pósito com emissão de certificado, nos termos do artigo 43. resgate antecipado, parcial ou total, dos títulos da mesma
série.
Modificação dos Direitos § 1o A amortização de debêntures da mesma série
Art. 51. A reforma do estatuto que modificar ou deve ser feita mediante rateio. (Redação dada pela Lei nº
reduzir as vantagens conferidas às partes beneficiárias só 12.431, de 2011).
terá eficácia quando aprovada pela metade, no mínimo, § 2o O resgate parcial de debêntures da mesma série
dos seus titulares, reunidos em assembleia-geral especial. deve ser feito: (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
§ 1º A assembleia será convocada, através da I - mediante sorteio; ou (Incluído pela Lei nº 12.431, de
imprensa, de acordo com as exigências para convocação 2011).
das assembleias de acionistas, com 1 (um) mês de antece- II - se as debêntures estiverem cotadas por preço in-
dência, no mínimo. Se, após 2 (duas) convocações, deixar ferior ao valor nominal, por compra no mercado organiza-
de instalar-se por falta de número, somente 6 (seis) meses do de valores mobiliários, observadas as regras expedidas
depois outra poderá ser convocada. pela Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei nº
§ 2º Cada parte beneficiária dá direito a 1 (um) 12.431, de 2011).
voto, não podendo a companhia votar com os títulos que § 3o É facultado à companhia adquirir debêntures de
possuir em tesouraria. sua emissão: (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
§ 3º A emissão de partes beneficiárias poderá ser I - por valor igual ou inferior ao nominal, devendo o fato
feita com a nomeação de agente fiduciário dos seus titulares, constar do relatório da administração e das demonstrações
observado, no que couber, o disposto nos artigos 66 a 71. financeiras; ou (Incluído pela Lei nº 12.431, de 2011).
II - por valor superior ao nominal, desde que obser-
CAPÍTULO V ve as regras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliá-
Debêntures rios. (Incluído pela Lei nº 12.431, de 2011).
Características § 4o A companhia poderá emitir debêntures cujo ven-
cimento somente ocorra nos casos de inadimplência da
Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que obrigação de pagar juros e dissolução da companhia, ou
conferirão aos seus titulares direito de crédito contra ela, nas de outras condições previstas no título. (Incluído pela Lei
condições constantes da escritura de emissão e, se houver, nº 12.431, de 2011).
do certificado.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
Juros e Outros Direitos
SEÇÃO I Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titu-
Direito dos Debenturistas lar juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da com-
Emissões e Séries panhia e prêmio de reembolso.
Art. 53. A companhia poderá efetuar mais de uma emis- Conversibilidade em Ações
são de debêntures, e cada emissão pode ser dividida em séries. Art. 57. A debênture poderá ser conversível em
Parágrafo único. As debêntures da mesma série ações nas condições constantes da escritura de emissão,
terão igual valor nominal e conferirão a seus titulares os que especificará:
mesmos direitos. I - as bases da conversão, seja em número de ações
Valor Nominal em que poderá ser convertida cada debênture, seja como
Art. 54. A debênture terá valor nominal expresso relação entre o valor nominal da debênture e o preço de
em moeda nacional, salvo nos casos de obrigação que, emissão das ações;
nos termos da legislação em vigor, possa ter o pagamento II - a espécie e a classe das ações em que poderá
estipulado em moeda estrangeira. ser convertida;
43
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
III - o prazo ou época para o exercício do direito IV - as condições da correção monetária, se houver;
à conversão; V - a conversibilidade ou não em ações e as condições
IV - as demais condições a que a conversão acaso a serem observadas na conversão;
fique sujeita. VI - a época e as condições de vencimento, amortiza-
§ 1º Os acionistas terão direito de preferência para ção ou resgate;
subscrever a emissão de debêntures com cláusula de con- VII - a época e as condições do pagamento dos juros,
versibilidade em ações, observado o disposto nos artigos da participação nos lucros e do prêmio de reembolso, se
171 e 172. houver;
§ 2º Enquanto puder ser exercido o direito à con- VIII - o modo de subscrição ou colocação, e o tipo das
versão, dependerá de prévia aprovação dos debenturistas, debêntures.
em assembleia especial, ou de seu agente fiduciário, a alte- § 1o Na companhia aberta, o conselho de administra-
ração do estatuto para: ção pode deliberar sobre a emissão de debêntures não
a) mudar o objeto da companhia; conversíveis em ações, salvo disposição estatutária em
b) criar ações preferenciais ou modificar as van- contrário. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
tagens das existentes, em prejuízo das ações em que são § 2o O estatuto da companhia aberta poderá autorizar
conversíveis as debêntures. o conselho de administração a, dentro dos limites do ca-
pital autorizado, deliberar sobre a emissão de debêntures
SEÇÃO II conversíveis em ações, especificando o limite do aumento
Espécies de capital decorrente da conversão das debêntures, em va-
lor do capital social ou em número de ações, e as espécies
Art. 58. A debênture poderá, conforme dispuser a e classes das ações que poderão ser emitidas. (Redação
escritura de emissão, ter garantia real ou garantia flutuante, dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
não gozar de preferência ou ser subordinada aos demais § 3o A assembleia geral pode deliberar que a emissão
credores da companhia. terá valor e número de série indeterminados, dentro dos
§ 1º A garantia flutuante assegura à debênture pri- limites por ela fixados. (Redação dada pela Lei nº 12.431,
vilégio geral sobre o ativo da companhia, mas não impede de 2011).
a negociação dos bens que compõem esse ativo. § 4o Nos casos não previstos nos §§ 1o e 2o, a assem-
§ 2º As garantias poderão ser constituídas cumu- bleia geral pode delegar ao conselho de administração a
lativamente. deliberação sobre as condições de que tratam os incisos VI
§ 3º As debêntures com garantia flutuante de nova a VIII do caput e sobre a oportunidade da emissão. (Incluí-
emissão são preferidas pelas de emissão ou emissões an- do pela Lei nº 12.431, de 2011).
teriores, e a prioridade se estabelece pela data da inscrição
da escritura de emissão; mas dentro da mesma emissão, as Limite de Emissão
séries concorrem em igualdade. Escritura de Emissão
§ 4º A debênture que não gozar de garantia po- Art. 61. A companhia fará constar da escritura de
derá conter cláusula de subordinação aos credores quiro- emissão os direitos conferidos pelas debêntures, suas ga-
grafários, preferindo apenas aos acionistas no ativo rema- rantias e demais cláusulas ou condições.
nescente, se houver, em caso de liquidação da companhia. § 1º A escritura de emissão, por instrumento
§ 5º A obrigação de não alienar ou onerar bem público ou particular, de debêntures distribuídas ou admi-
imóvel ou outro bem sujeito a registro de propriedade, as- tidas à negociação no mercado, terá obrigatoriamente a
sumida pela companhia na escritura de emissão, é oponível intervenção de agente fiduciário dos debenturistas (artigos
a terceiros, desde que averbada no competente registro. 66 a 70).
§ 6º As debêntures emitidas por companhia in- § 2º Cada nova série da mesma emissão será ob-
tegrante de grupo de sociedades (artigo 265) poderão ter jeto de aditamento à respectiva escritura.
garantia flutuante do ativo de 2 (duas) ou mais sociedades § 3º A Comissão de Valores Mobiliários poderá
do grupo. aprovar padrões de cláusulas e condições que devam ser
adotados nas escrituras de emissão de debêntures desti-
SEÇÃO III nadas à negociação em bolsa ou no mercado de balcão, e
Criação e Emissão recusar a admissão ao mercado da emissão que não satis-
Competência faça a esses padrões.
44
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
II - inscrição da escritura de emissão no registro X - o nome do debenturista; (Redação dada pela
do comércio; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) Lei nº 9.457, de 1997)
III - constituição das garantias reais, se for o caso. XI - o nome do agente fiduciário dos debenturis-
§ 1º Os administradores da companhia respondem tas, se houver; (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
pelas perdas e danos causados à companhia ou a terceiros XII - a data da emissão do certificado e a assina-
por infração deste artigo. tura de dois diretores da companhia; (Redação dada pela
§ 2º O agente fiduciário e qualquer debenturis- Lei nº 9.457, de 1997)
ta poderão promover os registros requeridos neste artigo XIII - a autenticação do agente fiduciário, se for
e sanar as lacunas e irregularidades porventura existentes o caso. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
nos registros promovidos pelos administradores da com-
panhia; neste caso, o oficial do registro notificará a admi- Títulos Múltiplos e Cautelas
nistração da companhia para que lhe forneça as indicações Art. 65. A companhia poderá emitir certificados
e documentos necessários. de múltiplos de debêntures e, provisoriamente, cautelas
§ 3º Os aditamentos à escritura de emissão serão que as representem, satisfeitos os requisitos do artigo 64.
averbados nos mesmos registros. § 1º Os títulos múltiplos de debêntures das com-
§ 4o Os registros do comércio manterão livro es- panhias abertas obedecerão à padronização de quanti-
pecial para inscrição das emissões de debêntures, no qual dade fixada pela Comissão de Valores Mobiliários.
serão anotadas as condições essenciais de cada emissão. § 2º Nas condições previstas na escritura de
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) emissão com nomeação de agente fiduciário, os certifica-
dos poderão ser substituídos, desdobrados ou grupados.
SEÇÃO IV
Forma, Propriedade, Circulação e Ônus SEÇÃO VI
Agente Fiduciário dos Debenturistas
Art. 63. As debêntures serão nominativas, apli- Requisitos e Incompatibilidades
cando-se, no que couber, o disposto nas seções V a VII do
Capítulo III. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
Art. 66. O agente fiduciário será nomeado e deverá
§ 1o As debêntures podem ser objeto de depósito
aceitar a função na escritura de emissão das debêntures.
com emissão de certificado, nos termos do art. 43. (Reda-
§ 1º Somente podem ser nomeados agentes fidu-
ção dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
ciários as pessoas naturais que satisfaçam aos requisitos
§ 2o A escritura de emissão pode estabelecer que
para o exercício de cargo em órgão de administração da
as debêntures sejam mantidas em contas de custódia, em
companhia e as instituições financeiras que, especial-
nome de seus titulares, na instituição que designar, sem
mente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, tenham
emissão de certificados, aplicando-se, no que couber, o
disposto no art. 41.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) por objeto a administração ou a custódia de bens de ter-
ceiros.
SEÇÃO V § 2º A Comissão de Valores Mobiliários poderá esta-
Certificados belecer que nas emissões de debêntures negociadas no
Requisitos mercado o agente fiduciário, ou um dos agentes fiduciá-
rios, seja instituição financeira.
Art. 64. Os certificados das debêntures conterão: § 3º Não pode ser agente fiduciário:
I - a denominação, sede, prazo de duração e objeto a) pessoa que já exerça a função em outra emissão da
da companhia; mesma companhia, a menos que autorizado, nos termos
II - a data da constituição da companhia e do ar- das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliá-
quivamento e publicação dos seus atos constitutivos; rios; (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
III - a data da publicação da ata da assembleia-ge- b) instituição financeira coligada à companhia emis-
ral que deliberou sobre a emissão; sora ou à entidade que subscreva a emissão para distri-
IV - a data e ofício do registro de imóveis em que buí-la no mercado, e qualquer sociedade por elas con-
foi inscrita a emissão; trolada;
V - a denominação “Debênture” e a indicação da c) credor, por qualquer título, da sociedade emissora,
sua espécie, pelas palavras “com garantia real”, “com ga- ou sociedade por ele controlada;
rantia flutuante”, “sem preferência” ou “subordinada”; d) instituição financeira cujos administradores te-
VI - a designação da emissão e da série; nham interesse na companhia emissora;
VII - o número de ordem; e) pessoa que, de qualquer outro modo, se coloque
VIII - o valor nominal e a cláusula de correção em situação de conflito de interesses pelo exercício da
monetária, se houver, as condições de vencimento, amor- função.
tização, resgate, juros, participação no lucro ou prêmio de § 4º O agente fiduciário que, por circunstâncias pos-
reembolso, e a época em que serão devidos; teriores à emissão, ficar impedido de continuar a exercer
IX - as condições de conversibilidade em ações, a função deverá comunicar imediatamente o fato aos de-
se for o caso; benturistas e pedir sua substituição.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
IV - o número, a espécie e a classe das ações que c) o prospecto, organizado e assinado pelos fun-
poderão ser subscritas, o preço de emissão ou os critérios dadores e pela instituição financeira intermediária.
para sua determinação; § 2º A Comissão de Valores Mobiliários poderá
V - a época em que o direito de subscrição po- condicionar o registro a modificações no estatuto ou no
derá ser exercido e a data do término do prazo para esse prospecto e denegá-lo por inviabilidade ou temeridade do
exercício; empreendimento, ou inidoneidade dos fundadores.
VI - o nome do titular; (Redação dada pela Lei nº
9.457, de 1997) Projeto de Estatuto
VII - a data da emissão do certificado e as assi- Art. 83. O projeto de estatuto deverá satisfazer a
naturas de dois diretores. (Redação dada pela Lei nº 9.457, todos os requisitos exigidos para os contratos das socieda-
de 1997) des mercantis em geral e aos peculiares às companhias, e
conterá as normas pelas quais se regerá a companhia.
CAPÍTULO VII
Constituição da Companhia Prospecto
SEÇÃO I Art. 84. O prospecto deverá mencionar, com pre-
Requisitos Preliminares cisão e clareza, as bases da companhia e os motivos que
justifiquem a expectativa de bom êxito do empreendimen-
Art. 80. A constituição da companhia depende do to, e em especial:
cumprimento dos seguintes requisitos preliminares: I - o valor do capital social a ser subscrito, o modo
I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de sua realização e a existência ou não de autorização para
de todas as ações em que se divide o capital social fixado aumento futuro;
no estatuto; II - a parte do capital a ser formada com bens, a
II - realização, como entrada, de 10% (dez por cen- discriminação desses bens e o valor a eles atribuídos pelos
to), no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas fundadores;
em dinheiro; III - o número, as espécies e classes de ações em
III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro que se dividirá o capital; o valor nominal das ações, e o
estabelecimento bancário autorizado pela Comissão de Va- preço da emissão das ações;
lores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. IV - a importância da entrada a ser realizada no
Parágrafo único. O disposto no número II não se ato da subscrição;
aplica às companhias para as quais a lei exige realização V - as obrigações assumidas pelos fundadores, os
inicial de parte maior do capital social. contratos assinados no interesse da futura companhia e as
quantias já despendidas e por despender;
Depósito da Entrada VI - as vantagens particulares, a que terão direito
Art. 81. O depósito referido no número III do artigo os fundadores ou terceiros, e o dispositivo do projeto do
80 deverá ser feito pelo fundador, no prazo de 5 (cinco) estatuto que as regula;
dias contados do recebimento das quantias, em nome do VII - a autorização governamental para constituir-
subscritor e a favor da sociedade em organização, que só -se a companhia, se necessária;
poderá levantá-lo após haver adquirido personalidade ju- VIII - as datas de início e término da subscrição e
rídica. as instituições autorizadas a receber as entradas;
Parágrafo único. Caso a companhia não se consti- IX - a solução prevista para o caso de excesso de
tua dentro de 6 (seis) meses da data do depósito, o banco subscrição;
restituirá as quantias depositadas diretamente aos subscri- X - o prazo dentro do qual deverá realizar-se a
tores. assembleia de constituição da companhia, ou a preliminar
para avaliação dos bens, se for o caso;
SEÇÃO II XI - o nome, nacionalidade, estado civil, profissão
Constituição por Subscrição Pública e residência dos fundadores, ou, se pessoa jurídica, a fir-
Registro da Emissão ma ou denominação, nacionalidade e sede, bem como o
número e espécie de ações que cada um houver subscrito,
Art. 82. A constituição de companhia por subs- XII - a instituição financeira intermediária do lança-
crição pública depende do prévio registro da emissão na mento, em cujo poder ficarão depositados os originais do
Comissão de Valores Mobiliários, e a subscrição somente prospecto e do projeto de estatuto, com os documentos a
poderá ser efetuada com a intermediação de instituição que fizerem menção, para exame de qualquer interessado.
financeira.
§ 1º O pedido de registro de emissão obedecerá Lista, Boletim e Entrada
às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários Art. 85. No ato da subscrição das ações a serem
e será instruído com: realizadas em dinheiro, o subscritor pagará a entrada e as-
a) o estudo de viabilidade econômica e financeira sinará a lista ou o boletim individual autenticados pela ins-
do empreendimento; tituição autorizada a receber as entradas, qualificando-se
b) o projeto do estatuto social; pelo nome, nacionalidade, residência, estado civil, profis-
48
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
são e documento de identidade, ou, se pessoa jurídica, pela a) a qualificação dos subscritores, nos termos do
firma ou denominação, nacionalidade e sede, devendo es- artigo 85;
pecificar o número das ações subscritas, a sua espécie e b) o estatuto da companhia;
classe, se houver mais de uma, e o total da entrada. c) a relação das ações tomadas pelos subscritores
Parágrafo único. A subscrição poderá ser feita, nas e a importância das entradas pagas;
condições previstas no prospecto, por carta à instituição, d) a transcrição do recibo do depósito referido no
com as declarações prescritas neste artigo e o pagamento número III do artigo 80;
da entrada. e) a transcrição do laudo de avaliação dos peri-
tos, caso tenha havido subscrição do capital social em bens
Convocação de Assembleia (artigo 8°);
Art. 86. Encerrada a subscrição e havendo sido f) a nomeação dos primeiros administradores e,
subscrito todo o capital social, os fundadores convocarão a quando for o caso, dos fiscais.
assembleia-geral que deverá:
I - promover a avaliação dos bens, se for o caso SEÇÃO IV
(artigo 8º); Disposições Gerais
II - deliberar sobre a constituição da companhia.
Parágrafo único. Os anúncios de convocação men- Art. 89. A incorporação de imóveis para formação
cionarão hora, dia e local da reunião e serão inseridos nos do capital social não exige escritura pública.
jornais em que houver sido feita a publicidade da oferta de Art. 90. O subscritor pode fazer-se representar na
subscrição. assembleia-geral ou na escritura pública por procurador
com poderes especiais.
Assembleia de Constituição Art. 91. Nos atos e publicações referentes a com-
Art. 87. A assembleia de constituição instalar-se-á, panhia em constituição, sua denominação deverá ser adi-
em primeira convocação, com a presença de subscritores tada da cláusula “em organização”.
que representem, no mínimo, metade do capital social, e, Art. 92. Os fundadores e as instituições financei-
em segunda convocação, com qualquer número. (Vide ras que participarem da constituição por subscrição pú-
Decreto-Lei nº 2.296, de 1986) blica responderão, no âmbito das respectivas atribuições,
§ 1º Na assembleia, presidida por um dos funda- pelos prejuízos resultantes da inobservância de preceitos
dores e secretariada por subscritor, será lido o recibo de legais.
depósito de que trata o número III do artigo 80, bem como Parágrafo único. Os fundadores responderão,
discutido e votado o projeto de estatuto. solidariamente, pelo prejuízo decorrente de culpa ou dolo
§ 2º Cada ação, independentemente de sua espé- em atos ou operações anteriores à constituição.
cie ou classe, dá direito a um voto; a maioria não tem poder Art. 93. Os fundadores entregarão aos primeiros
para alterar o projeto de estatuto. administradores eleitos todos os documentos, livros ou
§ 3º Verificando-se que foram observadas as for- papéis relativos à constituição da companhia ou a esta
malidades legais e não havendo oposição de subscritores pertencentes.
que representem mais da metade do capital social, o presi-
dente declarará constituída a companhia, procedendo-se, a CAPÍTULO VIII
seguir, à eleição dos administradores e fiscais. Formalidades Complementares da Constituição,
§ 4º A ata da reunião, lavrada em duplicata, de- Arquivamento e Publicação
pois de lida e aprovada pela assembleia, será assinada por
todos os subscritores presentes, ou por quantos bastem à Art. 94. Nenhuma companhia poderá funcionar
validade das deliberações; um exemplar ficará em poder sem que sejam arquivados e publicados seus atos consti-
da companhia e o outro será destinado ao registro do co- tutivos.
mércio. Companhia Constituída por Assembleia
SEÇÃO III Art. 95. Se a companhia houver sido constituída
Constituição por Subscrição Particular por deliberação em assembleia-geral, deverão ser arquiva-
dos no registro do comércio do lugar da sede:
Art. 88. A constituição da companhia por subscri- I - um exemplar do estatuto social, assinado por
ção particular do capital pode fazer-se por deliberação dos todos os subscritores (artigo 88, § 1º) ou, se a subscrição
subscritores em assembleia-geral ou por escritura pública, houver sido pública, os originais do estatuto e do prospec-
considerando-se fundadores todos os subscritores. to, assinados pelos fundadores, bem como do jornal em
§ 1º Se a forma escolhida for a de assembleia-geral, que tiverem sido publicados;
observar-se-á o disposto nos artigos 86 e 87, devendo ser II - a relação completa, autenticada pelos funda-
entregues à assembleia o projeto do estatuto, assinado em dores ou pelo presidente da assembleia, dos subscritores
duplicata por todos os subscritores do capital, e as listas ou do capital social, com a qualificação, número das ações e o
boletins de subscrição de todas as ações. total da entrada de cada subscritor (artigo 85);
§ 2º Preferida a escritura pública, será ela assinada III - o recibo do depósito a que se refere o número
por todos os subscritores, e conterá: III do artigo 80;
49
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
IV - duplicata das atas das assembleias realiza- Responsabilidade dos Primeiros Administrado-
das para a avaliação de bens quando for o caso (artigo res
8º); Art. 99. Os primeiros administradores são so-
V - duplicata da ata da assembleia-geral dos lidariamente responsáveis perante a companhia pelos
subscritores que houver deliberado a constituição da prejuízos causados pela demora no cumprimento das
companhia (artigo 87). formalidades complementares à sua constituição.
Parágrafo único. A companhia não responde
Companhia Constituída por Escritura Pública pelos atos ou operações praticados pelos primeiros ad-
Art. 96. Se a companhia tiver sido constituída ministradores antes de cumpridas as formalidades de
por escritura pública, bastará o arquivamento de certi- constituição, mas a assembleia-geral poderá deliberar
dão do instrumento. em contrário.
50
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 2o Nas companhias abertas, os livros referidos nos Parágrafo único. A companhia deverá dili-
incisos I a V do caput deste artigo poderão ser substi- genciar para que os atos de emissão e substituição de
tuídos, observadas as normas expedidas pela Comissão certificados, e de transferências e averbações nos livros
de Valores Mobiliários, por registros mecanizados ou sociais, sejam praticados no menor prazo possível, não
eletrônicos. (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011). excedente do fixado pela Comissão de Valores Mobiliá-
rios, respondendo perante acionistas e terceiros pelos
Escrituração do Agente Emissor prejuízos decorrentes de atrasos culposos.
Art. 101. O agente emissor de certificados (art. 27)
poderá substituir os livros referidos nos incisos I a III do art. Exibição dos Livros
100 pela sua escrituração e manter, mediante sistemas ade- Art. 105. A exibição por inteiro dos livros da
quados, aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários, companhia pode ser ordenada judicialmente sempre
os registros de propriedade das ações, partes beneficiárias, que, a requerimento de acionistas que representem,
debêntures e bônus de subscrição, devendo uma vez por pelo menos, 5% (cinco por cento) do capital social,
ano preparar lista dos seus titulares, com o número dos tí- sejam apontados atos violadores da lei ou do estatu-
tulos de cada um, a qual será encadernada, autenticada no to, ou haja fundada suspeita de graves irregularidades
registro do comércio e arquivada na companhia. (Redação praticadas por qualquer dos órgãos da companhia.
dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 1° Os termos de transferência de ações nomi- CAPÍTULO X
nativas perante o agente emissor poderão ser lavrados em Acionistas
folhas soltas, à vista do certificado da ação, no qual serão SEÇÃO I
averbados a transferência e o nome e qualificação do ad- Obrigação de Realizar o Capital
quirente. Condições e Mora
§ 2º Os termos de transferência em folhas soltas serão
encadernados em ordem cronológica, em livros autenticados Art. 106. O acionista é obrigado a realizar,
no registro do comércio e arquivados no agente emissor. nas condições previstas no estatuto ou no boletim de
subscrição, a prestação correspondente às ações subs-
Ações Escriturais critas ou adquiridas.
Art. 102. A instituição financeira depositária de § 1° Se o estatuto e o boletim forem omissos
ações escriturais deverá fornecer à companhia, ao menos quanto ao montante da prestação e ao prazo ou data
uma vez por ano, cópia dos extratos das contas de depó- do pagamento, caberá aos órgãos da administração
sito das ações e a lista dos acionistas com a quantidade efetuar chamada, mediante avisos publicados na im-
das respectivas ações, que serão encadernadas em livros prensa, por 3 (três) vezes, no mínimo, fixando prazo,
autenticados no registro do comércio e arquivados na ins- não inferior a 30 (trinta) dias, para o pagamento.
tituição financeira. § 2° O acionista que não fizer o pagamento nas
condições previstas no estatuto ou boletim, ou na cha-
Fiscalização e Dúvidas no Registro mada, ficará de pleno direito constituído em mora, su-
Art. 103. Cabe à companhia verificar a regularida- jeitando-se ao pagamento dos juros, da correção mo-
de das transferências e da constituição de direitos ou ônus netária e da multa que o estatuto determinar, esta não
sobre os valores mobiliários de sua emissão; nos casos dos superior a 10% (dez por cento) do valor da prestação.
artigos 27 e 34, essa atribuição compete, respectivamente,
ao agente emissor de certificados e à instituição financeira Acionista Remisso
depositária das ações escriturais. Art. 107. Verificada a mora do acionista, a
Parágrafo único. As dúvidas suscitadas entre o companhia pode, à sua escolha:
acionista, ou qualquer interessado, e a companhia, o agen- I - promover contra o acionista, e os que com
te emissor de certificados ou a instituição financeira de- ele forem solidariamente responsáveis (artigo 108),
positária das ações escriturais, a respeito das averbações processo de execução para cobrar as importâncias de-
ordenadas por esta Lei, ou sobre anotações, lançamentos vidas, servindo o boletim de subscrição e o aviso de
ou transferências de ações, partes beneficiárias, debêntu- chamada como título extrajudicial nos termos do Códi-
res, ou bônus de subscrição, nos livros de registro ou trans- go de Processo Civil; ou
ferência, serão dirimidas pelo juiz competente para solu- II - mandar vender as ações em bolsa de valo-
cionar as dúvidas levantadas pelos oficiais dos registros res, por conta e risco do acionista.
públicos, excetuadas as questões atinentes à substância do § 1º Será havida como não escrita, relativa-
direito. mente à companhia, qualquer estipulação do estatuto
ou do boletim de subscrição que exclua ou limite o
Responsabilidade da Companhia exercício da opção prevista neste artigo, mas o subs-
Art. 104.A companhia é responsável pelos prejuí- critor de boa-fé terá ação, contra os responsáveis pela
zos que causar aos interessados por vícios ou irregularida- estipulação, para haver perdas e danos sofridos, sem
des verificadas nos livros de que tratam os incisos I a III do prejuízo da responsabilidade penal que no caso cou-
art. 100. (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997) ber.
51
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
52
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Abuso do Direito de Voto e Conflito de Interes- presa, os que nela trabalham e para com a comunidade
ses em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente
Art. 115. O acionista deve exercer o direito a respeitar e atender.
voto no interesse da companhia; considerar-se-á abusi- Art. 116-A. O acionista controlador da compa-
vo o voto exercido com o fim de causar dano à compa- nhia aberta e os acionistas, ou grupo de acionistas, que
nhia ou a outros acionistas, ou de obter, para si ou para elegerem membro do conselho de administração ou mem-
outrem, vantagem a que não faz jus e de que resulte, ou bro do conselho fiscal, deverão informar imediatamente
possa resultar, prejuízo para a companhia ou para outros as modificações em sua posição acionária na companhia à
acionistas.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) Comissão de Valores Mobiliários e às Bolsas de Valores ou
§ 1º o acionista não poderá votar nas delibera- entidades do mercado de balcão organizado nas quais os
ções da assembleia-geral relativas ao laudo de avaliação valores mobiliários de emissão da companhia estejam ad-
de bens com que concorrer para a formação do capital mitidos à negociação, nas condições e na forma determi-
social e à aprovação de suas contas como administrador, nadas pela Comissão de Valores Mobiliários.(Incluído pela
nem em quaisquer outras que puderem beneficiá-lo de Lei nº 10.303, de 2001)
modo particular, ou em que tiver interesse conflitante
com o da companhia. Responsabilidade
§ 2º Se todos os subscritores forem condômi- Art. 117. O acionista controlador responde pelos
nos de bem com que concorreram para a formação do danos causados por atos praticados com abuso de poder.
capital social, poderão aprovar o laudo, sem prejuízo da § 1º São modalidades de exercício abusivo de
responsabilidade de que trata o § 6º do artigo 8º. poder:
§ 3º o acionista responde pelos danos causados a) orientar a companhia para fim estranho ao
pelo exercício abusivo do direito de voto, ainda que seu objeto social ou lesivo ao interesse nacional, ou levá-la a
voto não haja prevalecido. favorecer outra sociedade, brasileira ou estrangeira, em
§ 4º A deliberação tomada em decorrência do prejuízo da participação dos acionistas minoritários nos lu-
voto de acionista que tem interesse conflitante com o cros ou no acervo da companhia, ou da economia nacional;
da companhia é anulável; o acionista responderá pelos b) promover a liquidação de companhia prós-
danos causados e será obrigado a transferir para a com- pera, ou a transformação, incorporação, fusão ou cisão da
panhia as vantagens que tiver auferido. companhia, com o fim de obter, para si ou para outrem,
§ 5o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de vantagem indevida, em prejuízo dos demais acionistas, dos
2001) que trabalham na empresa ou dos investidores em valores
§ 6o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de mobiliários emitidos pela companhia;
2001) c) promover alteração estatutária, emissão de valo-
§ 7o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de res mobiliários ou adoção de políticas ou decisões que não
2001) tenham por fim o interesse da companhia e visem a causar
§ 8o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de prejuízo a acionistas minoritários, aos que trabalham na
2001) empresa ou aos investidores em valores mobiliários emiti-
§ 9o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de dos pela companhia;
2001) d) eleger administrador ou fiscal que sabe inapto,
§ 10. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de moral ou tecnicamente;
2001) e) induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal
a praticar ato ilegal, ou, descumprindo seus deveres defi-
SEÇÃO IV nidos nesta Lei e no estatuto, promover, contra o interesse
Acionista Controlador da companhia, sua ratificação pela assembleia-geral;
Deveres f) contratar com a companhia, diretamente ou
através de outrem, ou de sociedade na qual tenha inte-
Art. 116. Entende-se por acionista controlador a resse, em condições de favorecimento ou não equitativas;
pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vincu- g) aprovar ou fazer aprovar contas irregulares de
ladas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: administradores, por favorecimento pessoal, ou deixar de
a) é titular de direitos de sócio que lhe asse- apurar denúncia que saiba ou devesse saber procedente,
gurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas ou que justifique fundada suspeita de irregularidade.
deliberações da assembleia-geral e o poder de eleger a h) subscrever ações, para os fins do disposto no art.
maioria dos administradores da companhia; e 170, com a realização em bens estranhos ao objeto social
b) usa efetivamente seu poder para dirigir as ati- da companhia. (Incluída dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
vidades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos § 2º No caso da alínea e do § 1º, o administrador
da companhia. ou fiscal que praticar o ato ilegal responde solidariamente
Parágrafo único. O acionista controlador deve com o acionista controlador.
usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o § 3º O acionista controlador que exerce cargo de
seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e administrador ou fiscal tem também os deveres e respon-
responsabilidades para com os demais acionistas da em- sabilidades próprios do cargo.
53
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
SEÇÃO V SEÇÃO VI
Acordo de Acionistas Representação de Acionista Residente ou Domici-
liado no Exterior
Art. 118. Os acordos de acionistas, sobre a compra Art. 119. O acionista residente ou domiciliado
e venda de suas ações, preferência para adquiri-las, exer- no exterior deverá manter, no País, representante com po-
cício do direito a voto, ou do poder de controle deverão deres para receber citação em ações contra ele, propostas
ser observados pela companhia quando arquivados na sua com fundamento nos preceitos desta Lei.
sede.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) Parágrafo único. O exercício, no Brasil, de qualquer
§ 1º As obrigações ou ônus decorrentes des- dos direitos de acionista, confere ao mandatário ou repre-
ses acordos somente serão oponíveis a terceiros, depois sentante legal qualidade para receber citação judicial.
de averbados nos livros de registro e nos certificados das
ações, se emitidos. SEÇÃO VII
§ 2° Esses acordos não poderão ser invocados para Suspensão do Exercício de Direitos
eximir o acionista de responsabilidade no exercício do di-
reito de voto (artigo 115) ou do poder de controle (artigos Art. 120. A assembleia-geral poderá suspender o
116 e 117). exercício dos direitos do acionista que deixar de cumprir
§ 3º Nas condições previstas no acordo, os acionis- obrigação imposta pela lei ou pelo estatuto, cessando a
tas podem promover a execução específica das obrigações suspensão logo que cumprida a obrigação.
assumidas.
§ 4º As ações averbadas nos termos deste artigo CAPÍTULO XI
não poderão ser negociadas em bolsa ou no mercado de Assembleia-Geral
balcão. SEÇÃO I
§ 5º No relatório anual, os órgãos da administra- Disposições Gerais
ção da companhia aberta informarão à assembleia-geral
as disposições sobre política de reinvestimento de lu- Art. 121. A assembleia-geral, convocada e instalada de
cros e distribuição de dividendos, constantes de acordos acordo com a lei e o estatuto, tem poderes para decidir
de acionistas arquivados na companhia. todos os negócios relativos ao objeto da companhia e to-
§ 6o O acordo de acionistas cujo prazo for fixado mar as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e
em função de termo ou condição resolutiva somente pode desenvolvimento.
ser denunciado segundo suas estipulações. (Incluído pela Parágrafo único. Nas companhias abertas, o acionista
Lei nº 10.303, de 2001) poderá participar e votar a distância em assembleia geral,
§ 7o O mandato outorgado nos termos de acordo nos termos da regulamentação da Comissão de Valores
de acionistas para proferir, em assembleia-geral ou espe- Mobiliários. (Incluído pela Lei nº 12.431, de 2011).
cial, voto contra ou a favor de determinada deliberação,
poderá prever prazo superior ao constante do § 1o do art. Competência Privativa
126 desta Lei.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) Art. 122. Compete privativamente à assembleia ge-
§ 8o O presidente da assembleia ou do órgão ral: (Redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
colegiado de deliberação da companhia não computará o I - reformar o estatuto social;(Redação dada pela Lei nº
voto proferido com infração de acordo de acionistas devi- 10.303, de 2001)
damente arquivado.(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) II - eleger ou destituir, a qualquer tempo, os administra-
§ 9o O não comparecimento à assembleia ou às dores e fiscais da companhia, ressalvado o disposto no inci-
reuniões dos órgãos de administração da companhia, bem so II do art. 142;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
como as abstenções de voto de qualquer parte de acordo III - tomar, anualmente, as contas dos administrado-
de acionistas ou de membros do conselho de administra- res e deliberar sobre as demonstrações financeiras por eles
ção eleitos nos termos de acordo de acionistas, assegura apresentadas;(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
à parte prejudicada o direito de votar com as ações per- IV - autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o
tencentes ao acionista ausente ou omisso e, no caso de disposto nos §§ 1o, 2o e 4o do art. 59; (Redação dada pela Lei
membro do conselho de administração, pelo conselheiro nº 12.431, de 2011). (Vide Lei nº 12.838, de 2013)
eleito com os votos da parte prejudicada.(Incluído pela Lei V - suspender o exercício dos direitos do acionista (art.
nº 10.303, de 2001) 120);(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 10. Os acionistas vinculados a acordo de acio- VI - deliberar sobre a avaliação de bens com que o
nistas deverão indicar, no ato de arquivamento, represen- acionista concorrer para a formação do capital social;(Re-
tante para comunicar-se com a companhia, para prestar ou dação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
receber informações, quando solicitadas.(Incluído pela Lei VII - autorizar a emissão de partes beneficiárias;(Reda-
nº 10.303, de 2001) ção dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 11. A companhia poderá solicitar aos membros VIII - deliberar sobre transformação, fusão, incorpo-
do acordo esclarecimento sobre suas cláusulas.(Incluído ração e cisão da companhia, sua dissolução e liquidação,
pela Lei nº 10.303, de 2001) eleger e destituir liquidantes e julgar-lhes as contas; e (Re-
dação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
54
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
IX - autorizar os administradores a confessar falência didos com a antecedência prevista no § 1º, desde que
e pedir concordata.(Redação dada pela Lei nº 10.303, de o tenha solicitado, por escrito, à companhia, com a in-
2001) dicação do endereço completo e do prazo de vigência
Parágrafo único. Em caso de urgência, a confissão de do pedido, não superior a 2 (dois) exercícios sociais, e
falência ou o pedido de concordata poderá ser formulado renovável; essa convocação não dispensa a publicação
pelos administradores, com a concordância do acionista do aviso previsto no § 1º, e sua inobservância dará ao
controlador, se houver, convocando-se imediatamente a acionista direito de haver, dos administradores da com-
assembleia-geral, para manifestar-se sobre a matéria.(Re- panhia, indenização pelos prejuízos sofridos.
dação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) § 4º Independentemente das formalidades pre-
vistas neste artigo, será considerada regular a assem-
Competência para Convocação bleia-geral a que comparecerem todos os acionistas.
Art. 123. Compete ao conselho de administração, § 5 o A Comissão de Valores Mobiliários poderá,
se houver, ou aos diretores, observado o disposto no esta- a seu exclusivo critério, mediante decisão fundamenta-
tuto, convocar a assembleia-geral. da de seu Colegiado, a pedido de qualquer acionista,
Parágrafo único. A assembleia-geral pode também e ouvida a companhia: (Incluído pela Lei nº 10.303, de
ser convocada: 2001)
a) pelo conselho fiscal, nos casos previstos no I - aumentar, para até 30 (trinta) dias, a contar
número V, do artigo 163; da data em que os documentos relativos às matérias
b) por qualquer acionista, quando os administra- a serem deliberadas forem colocados à disposição dos
dores retardarem, por mais de 60 (sessenta) dias, a convo- acionistas, o prazo de antecedência de publicação do
cação nos casos previstos em lei ou no estatuto; primeiro anúncio de convocação da assembleia-geral
c) por acionistas que representem cinco por cento, de companhia aberta, quando esta tiver por objeto
no mínimo, do capital social, quando os administradores operações que, por sua complexidade, exijam maior
não atenderem, no prazo de oito dias, a pedido de con- prazo para que possam ser conhecidas e analisadas pe-
vocação que apresentarem, devidamente fundamentado, los acionistas;(Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
com indicação das matérias a serem tratadas; (Redação II - interromper, por até 15 (quinze) dias, o cur-
dada pela Lei nº 9.457, de 1997) so do prazo de antecedência da convocação de assem-
d) por acionistas que representem cinco por cento, bleia-geral extraordinária de companhia aberta, a fim
no mínimo, do capital votante, ou cinco por cento, no mí- de conhecer e analisar as propostas a serem submeti-
nimo, dos acionistas sem direito a voto, quando os admi- das à assembleia e, se for o caso, informar à companhia,
nistradores não atenderem, no prazo de oito dias, a pedido até o término da interrupção, as razões pelas quais en-
de convocação de assembleia para instalação do conselho tende que a deliberação proposta à assembleia viola
fiscal. (Incluída pela Lei nº 9.457, de 1997) dispositivos legais ou regulamentares.(Incluído pela Lei
nº 10.303, de 2001)
Modo de Convocação e Local § 6o As companhias abertas com ações admiti-
Art. 124. A convocação far-se-á mediante anúncio das à negociação em bolsa de valores deverão remeter,
publicado por 3 (três) vezes, no mínimo, contendo, além do na data da publicação do anúncio de convocação da
local, data e hora da assembleia, a ordem do dia, e, no caso assembleia, à bolsa de valores em que suas ações forem
de reforma do estatuto, a indicação da matéria. mais negociadas, os documentos postos à disposição
§ 1o A primeira convocação da assembleia-geral dos acionistas para deliberação na assembleia-geral.
deverá ser feita: (Redação da pela Lei nº10.303, de 2001) (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
I - na companhia fechada, com 8 (oito) dias de
antecedência, no mínimo, contado o prazo da publicação “Quorum” de Instalação
do primeiro anúncio; não se realizando a assembleia, será Art. 125. Ressalvadas as exceções previstas em
publicado novo anúncio, de segunda convocação, com an- lei, a assembleia-geral instalar-se-á, em primeira con-
tecedência mínima de 5 (cinco) dias; (Incluído pela Lei nº vocação, com a presença de acionistas que represen-
10.303, de 2001) tem, no mínimo, 1/4 (um quarto) do capital social com
II - na companhia aberta, o prazo de antecedência direito de voto; em segunda convocação instalar-se-á
da primeira convocação será de 15 (quinze) dias e o da com qualquer número.
segunda convocação de 8 (oito) dias. (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. Os acionistas sem direito de
10.303, de 2001) voto podem comparecer à assembleia-geral e discutir a
§ 2° Salvo motivo de força maior, a assembleia- matéria submetida à deliberação.
-geral realizar-se-á no edifício onde a companhia tiver a
sede; quando houver de efetuar-se em outro, os anúncios Legitimação e Representação
indicarão, com clareza, o lugar da reunião, que em nenhum Art. 126. As pessoas presentes à assembleia de-
caso poderá realizar-se fora da localidade da sede. verão provar a sua qualidade de acionista, observadas
§ 3º Nas companhias fechadas, o acionista que as seguintes normas:
representar 5% (cinco por cento), ou mais, do capital social, I - os titulares de ações nominativas exibirão,
será convocado por telegrama ou carta registrada, expe- se exigido, documento hábil de sua identidade;
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
a) mudança do objeto social, salvo quando o pa- § 2º As companhias abertas e as de capital autori-
trimônio cindido for vertido para sociedade cuja atividade zado terão, obrigatoriamente, conselho de administração.
preponderante coincida com a decorrente do objeto social Art. 139. As atribuições e poderes conferidos por
da sociedade cindida; (Incluída pela Lei nº 10.303, de 2001) lei aos órgãos de administração não podem ser outorga-
b) redução do dividendo obrigatório; ou (In- dos a outro órgão, criado por lei ou pelo estatuto.
cluída pela Lei nº 10.303, de 2001)
c) participação em grupo de sociedades; (In- SEÇÃO I
cluída pela Lei nº 10.303, de 2001) Conselho de Administração
IV - o reembolso da ação deve ser reclamado à Composição
companhia no prazo de 30 (trinta) dias contado da publi-
cação da ata da assembleia-geral; (Redação dada pela Art. 140. O conselho de administração será com-
Lei nº 10.303, de 2001) posto por, no mínimo, 3 (três) membros, eleitos pela as-
V - o prazo para o dissidente de deliberação de sembleia-geral e por ela destituíveis a qualquer tempo,
assembleia especial (art. 136, § 1o) será contado da publica- devendo o estatuto estabelecer:
ção da respectiva ata; (Redação dada pela Lei nº 10.303, I - o número de conselheiros, ou o máximo e mí-
de 2001) nimo permitidos, e o processo de escolha e substituição
VI - o pagamento do reembolso somente poderá do presidente do conselho pela assembleia ou pelo pró-
ser exigido após a observância do disposto no § 3o e, se for prio conselho; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
o caso, da ratificação da deliberação pela assembleia-ge- II - o modo de substituição dos conselheiros;
ral. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) III - o prazo de gestão, que não poderá ser supe-
§ 1º O acionista dissidente de deliberação da rior a 3 (três) anos, permitida a reeleição;
assembleia, inclusive o titular de ações preferenciais sem IV - as normas sobre convocação, instalação e
direito de voto, poderá exercer o direito de reembolso das funcionamento do conselho, que deliberará por maioria
ações de que, comprovadamente, era titular na data da pri- de votos, podendo o estatuto estabelecer quorum quali-
meira publicação do edital de convocação da assembleia,
ficado para certas deliberações, desde que especifique as
ou na data da comunicação do fato relevante objeto da
matérias. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
deliberação, se anterior. (Redação dada pela Lei nº
Parágrafo único. O estatuto poderá prever a parti-
9.457, de 1997)
cipação no conselho de representantes dos empregados,
§ 2o O direito de reembolso poderá ser exercido
escolhidos pelo voto destes, em eleição direta, organiza-
no prazo previsto nos incisos IV ou V do caput deste artigo,
da pela empresa, em conjunto com as entidades sindicais
conforme o caso, ainda que o titular das ações tenha se
que os representem. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
abstido de votar contra a deliberação ou não tenha com-
parecido à assembleia. (Redação dada pela Lei nº
10.303, de 2001) Voto Múltiplo
§ 3o Nos 10 (dez) dias subsequentes ao término
do prazo de que tratam os incisos IV e V do caput deste Art. 141. Na eleição dos conselheiros, é faculta-
artigo, conforme o caso, contado da publicação da ata da do aos acionistas que representem, no mínimo, 0,1 (um
assembleia-geral ou da assembleia especial que ratificar a décimo) do capital social com direito a voto, esteja ou
deliberação, é facultado aos órgãos da administração con- não previsto no estatuto, requerer a adoção do processo
vocar a assembleia-geral para ratificar ou reconsiderar a de voto múltiplo, atribuindo-se a cada ação tantos votos
deliberação, se entenderem que o pagamento do preço do quantos sejam os membros do conselho, e reconhecido
reembolso das ações aos acionistas dissidentes que exer- ao acionista o direito de cumular os votos num só candi-
ceram o direito de retirada porá em risco a estabilidade dato ou distribuí-los entre vários.
financeira da empresa. (Redação dada pela Lei nº § 1º A faculdade prevista neste artigo deverá ser
10.303, de 2001) exercida pelos acionistas até 48 (quarenta e oito) horas
§ 4º Decairá do direito de retirada o acionista que antes da assembleia-geral, cabendo à mesa que dirigir os
não o exercer no prazo fixado. (Incluído pela Lei nº trabalhos da assembleia informar previamente aos acio-
9.457, de 1997) nistas, à vista do “Livro de Presença”, o número de votos
necessários para a eleição de cada membro do conselho.
CAPÍTULO XII § 2º Os cargos que, em virtude de empate, não
Conselho de Administração e Diretoria forem preenchidos, serão objeto de nova votação, pelo
Administração da Companhia mesmo processo, observado o disposto no § 1º, in fine.
§ 3º Sempre que a eleição tiver sido realizada por
Art. 138. A administração da companhia competirá, esse processo, a destituição de qualquer membro do con-
conforme dispuser o estatuto, ao conselho de administra- selho de administração pela assembleia-geral importará
ção e à diretoria, ou somente à diretoria. destituição dos demais membros, procedendo-se a nova
§ 1º O conselho de administração é órgão de de- eleição; nos demais casos de vaga, não havendo suplente,
liberação colegiada, sendo a representação da companhia a primeira assembleia-geral procederá à nova eleição de
privativa dos diretores. todo o conselho.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 4o Terão direito de eleger e destituir um membro IV - convocar a assembleia-geral quando julgar
e seu suplente do conselho de administração, em votação conveniente, ou no caso do artigo 132;
em separado na assembleia-geral, excluído o acionista V - manifestar-se sobre o relatório da administra-
controlador, a maioria dos titulares, respectivamente:(Re- ção e as contas da diretoria;
dação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) VI - manifestar-se previamente sobre atos ou con-
I - de ações de emissão de companhia aberta tratos, quando o estatuto assim o exigir;
com direito a voto, que representem, pelo menos, 15% VII - deliberar, quando autorizado pelo esta-
(quinze por cento) do total das ações com direito a voto; tuto, sobre a emissão de ações ou de bônus de subscri-
e (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) ção; (Vide Lei nº 12.838, de 2013)
II - de ações preferenciais sem direito a voto ou VIII – autorizar, se o estatuto não dispuser em
com voto restrito de emissão de companhia aberta, que contrário, a alienação de bens do ativo não circulante, a
representem, no mínimo, 10% (dez por cento) do capital constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obri-
social, que não houverem exercido o direito previsto no gações de terceiros; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
estatuto, em conformidade com o art. 18. (Incluído pela 2009)
Lei nº 10.303, de 2001) IX - escolher e destituir os auditores independen-
§ 5o Verificando-se que nem os titulares de ações tes, se houver.
com direito a voto e nem os titulares de ações preferen- § 1o Serão arquivadas no registro do comércio
ciais sem direito a voto ou com voto restrito perfizeram, e publicadas as atas das reuniões do conselho de admi-
respectivamente, o quorum exigido nos incisos I e II do § nistração que contiverem deliberação destinada a produzir
4o, ser-lhes-á facultado agregar suas ações para elegerem efeitos perante terceiros. (Redação dada pela Lei nº 10.303,
em conjunto um membro e seu suplente para o conse- de 2001)
lho de administração, observando-se, nessa hipótese, o § 2o A escolha e a destituição do auditor inde-
quorum exigido pelo inciso II do § 4o. (Incluído pela Lei nº pendente ficará sujeita a veto, devidamente fundamenta-
10.303, de 2001) do, dos conselheiros eleitos na forma do art. 141, § 4o, se
§ 6o Somente poderão exercer o direito previs- houver. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
to no § 4o os acionistas que comprovarem a titularidade
ininterrupta da participação acionária ali exigida durante SEÇÃO II
o período de 3 (três) meses, no mínimo, imediatamente Diretoria
anterior à realização da assembleia-geral. (Incluído pela Composição
Lei nº 10.303, de 2001)
§ 7o Sempre que, cumulativamente, a eleição do Art. 143. A Diretoria será composta por 2 (dois) ou
conselho de administração se der pelo sistema do voto mais diretores, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo
múltiplo e os titulares de ações ordinárias ou preferen- conselho de administração, ou, se inexistente, pela assem-
ciais exercerem a prerrogativa de eleger conselheiro, será bleia-geral, devendo o estatuto estabelecer:
assegurado a acionista ou grupo de acionistas vinculados I - o número de diretores, ou o máximo e o mínimo
por acordo de votos que detenham mais do que 50% (cin- permitidos;
quenta por cento) das ações com direito de voto o direito II - o modo de sua substituição;
de eleger conselheiros em número igual ao dos eleitos III - o prazo de gestão, que não será superior a 3
pelos demais acionistas, mais um, independentemente do (três) anos, permitida a reeleição;
número de conselheiros que, segundo o estatuto, compo- IV - as atribuições e poderes de cada diretor.
nha o órgão. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) § 1º Os membros do conselho de administração,
§ 8o A companhia deverá manter registro com a até o máximo de 1/3 (um terço), poderão ser eleitos para
identificação dos acionistas que exercerem a prerrogativa cargos de diretores.
a que se refere o § 4o. (Incluído pela Lei nº 10.303, de § 2º O estatuto pode estabelecer que determina-
2001) das decisões, de competência dos diretores, sejam toma-
§ 9o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.303, de das em reunião da diretoria.
2001)
Representação
Competência Art. 144. No silêncio do estatuto e inexistindo
Art. 142. Compete ao conselho de administração: deliberação do conselho de administração (artigo 142, n. II
I - fixar a orientação geral dos negócios da com- e parágrafo único), competirão a qualquer diretor a repre-
panhia; sentação da companhia e a prática dos atos necessários ao
II - eleger e destituir os diretores da companhia e seu funcionamento regular.
fixar-lhes as atribuições, observado o que a respeito dis- Parágrafo único. Nos limites de suas atribuições
puser o estatuto; e poderes, é lícito aos diretores constituir mandatários da
III - fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a companhia, devendo ser especificados no instrumento os
qualquer tempo, os livros e papéis da companhia, solicitar atos ou operações que poderão praticar e a duração do
informações sobre contratos celebrados ou em via de ce- mandato, que, no caso de mandato judicial, poderá ser por
lebração, e quaisquer outros atos; prazo indeterminado.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 5º No aumento de capital observar-se-á, se § 7º Na companhia aberta, o órgão que delibe-
mediante subscrição pública, o disposto no artigo 82, e se rar sobre a emissão mediante subscrição particular deverá
mediante subscrição particular, o que a respeito for delibe- dispor sobre as sobras de valores mobiliários não subscri-
rado pela assembleia-geral ou pelo conselho de adminis- tos, podendo:
tração, conforme dispuser o estatuto. a) mandar vendê-las em bolsa, em benefício da
§ 6º Ao aumento de capital aplica-se, no que cou- companhia; ou
ber, o disposto sobre a constituição da companhia, exceto b) rateá-las, na proporção dos valores subscritos,
na parte final do § 2º do artigo 82. entre os acionistas que tiverem pedido, no boletim ou lista
§ 7º A proposta de aumento do capital deverá de subscrição, reserva de sobras; nesse caso, a condição
esclarecer qual o critério adotado, nos termos do § 1º deste constará dos boletins e listas de subscrição e o saldo não
artigo, justificando pormenorizadamente os aspectos eco- rateado será vendido em bolsa, nos termos da alínea an-
nômicos que determinaram a sua escolha. (Incluído pela terior.
Lei nº 9.457, de 1997) § 8° Na companhia fechada, será obrigatório o
rateio previsto na alínea b do § 7º, podendo o saldo, se
Direito de Preferência houver, ser subscrito por terceiros, de acordo com os crité-
Art. 171. Na proporção do número de ações que rios estabelecidos pela assembleia-geral ou pelos órgãos
possuírem, os acionistas terão preferência para a subscri- da administração.
ção do aumento de capital. (Vide Lei nº 12.838, de 2013)
§ 1º Se o capital for dividido em ações de diversas Exclusão do Direito de Preferência
espécies ou classes e o aumento for feito por emissão de Art. 172. O estatuto da companhia aberta que
mais de uma espécie ou classe, observar-se-ão as seguin- contiver autorização para o aumento do capital pode pre-
tes normas: ver a emissão, sem direito de preferência para os antigos
a) no caso de aumento, na mesma proporção, do acionistas, ou com redução do prazo de que trata o § 4o do
número de ações de todas as espécies e classes existen- art. 171, de ações e debêntures conversíveis em ações, ou
tes, cada acionista exercerá o direito de preferência sobre bônus de subscrição, cuja colocação seja feita median-
ações idênticas às de que for possuidor; te: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001) (Vide Lei
b) se as ações emitidas forem de espécies e clas- nº 12.838, de 2013)
ses existentes, mas importarem alteração das respectivas I - venda em bolsa de valores ou subscrição pú-
proporções no capital social, a preferência será exercida blica; ou
sobre ações de espécies e classes idênticas às de que fo- II - permuta por ações, em oferta pública de
rem possuidores os acionistas, somente se estendendo às aquisição de controle, nos termos dos arts. 257 e 263. (Re-
demais se aquelas forem insuficientes para lhes assegurar, dação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
no capital aumentado, a mesma proporção que tinham no Parágrafo único. O estatuto da companhia, ain-
capital antes do aumento; da que fechada, pode excluir o direito de preferência para
c) se houver emissão de ações de espécie ou classe subscrição de ações nos termos de lei especial sobre in-
diversa das existentes, cada acionista exercerá a preferên- centivos fiscais.
cia, na proporção do número de ações que possuir, sobre SEÇÃO II
ações de todas as espécies e classes do aumento. Redução
§ 2º No aumento mediante capitalização de cré-
ditos ou subscrição em bens, será sempre assegurado aos Art. 173. A assembleia-geral poderá deliberar a
acionistas o direito de preferência e, se for o caso, as im- redução do capital social se houver perda, até o montante
portâncias por eles pagas serão entregues ao titular do cré- dos prejuízos acumulados, ou se julgá-lo excessivo.
dito a ser capitalizado ou do bem a ser incorporado. § 1º A proposta de redução do capital social,
§ 3º Os acionistas terão direito de preferência quando de iniciativa dos administradores, não poderá ser
para subscrição das emissões de debêntures conversíveis submetida à deliberação da assembleia-geral sem o pare-
em ações, bônus de subscrição e partes beneficiárias con- cer do conselho fiscal, se em funcionamento.
versíveis em ações emitidas para alienação onerosa; mas § 2º A partir da deliberação de redução ficarão
na conversão desses títulos em ações, ou na outorga e no suspensos os direitos correspondentes às ações cujos cer-
exercício de opção de compra de ações, não haverá direito tificados tenham sido emitidos, até que sejam apresenta-
de preferência. dos à companhia para substituição.
§ 4º O estatuto ou a assembleia-geral fixará prazo
de decadência, não inferior a 30 (trinta) dias, para o exercí- Oposição dos Credores
cio do direito de preferência. Art. 174. Ressalvado o disposto nos artigos 45 e
§ 5º No usufruto e no fideicomisso, o direito 107, a redução do capital social com restituição aos acio-
de preferência, quando não exercido pelo acionista até 10 nistas de parte do valor das ações, ou pela diminuição do
(dez) dias antes do vencimento do prazo, poderá sê-lo pelo valor destas, quando não integralizadas, à importância das
usufrutuário ou fideicomissário. entradas, só se tornará efetiva 60 (sessenta) dias após a
§ 6º O acionista poderá ceder seu direito de pre- publicação da ata da assembleia-geral que a tiver delibe-
ferência. rado.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 1º Durante o prazo previsto neste artigo, os § 4º As demonstrações serão complementadas
credores quirografários por títulos anteriores à data da por notas explicativas e outros quadros analíticos ou de-
publicação da ata poderão, mediante notificação, de que monstrações contábeis necessários para esclarecimento
se dará ciência ao registro do comércio da sede da com- da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
panhia, opor-se à redução do capital; decairão desse di- § 5o As notas explicativas devem: (Redação dada
reito os credores que o não exercerem dentro do prazo. pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 2º Findo o prazo, a ata da assembleia-geral I – apresentar informações sobre a base de prepara-
que houver deliberado à redução poderá ser arquivada ção das demonstrações financeiras e das práticas contá-
se não tiver havido oposição ou, se tiver havido oposição beis específicas selecionadas e aplicadas para negócios
de algum credor, desde que feita a prova do pagamen- e eventos significativos; (Incluído pela Lei nº 11.941, de
to do seu crédito ou do depósito judicial da importância 2009)
respectiva. II – divulgar as informações exigidas pelas práticas
§ 3º Se houver em circulação debêntures emiti- contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresen-
das pela companhia, a redução do capital, nos casos pre- tadas em nenhuma outra parte das demonstrações fi-
vistos neste artigo, não poderá ser efetivada sem prévia nanceiras; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
aprovação pela maioria dos debenturistas, reunidos em III – fornecer informações adicionais não indicadas
assembleia especial. nas próprias demonstrações financeiras e consideradas
necessárias para uma apresentação adequada; e (Incluí-
CAPÍTULO XV do pela Lei nº 11.941, de 2009)
Exercício Social e Demonstrações Financeiras IV – indicar: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
SEÇÃO I a) os principais critérios de avaliação dos elementos
Exercício Social patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de
depreciação, amortização e exaustão, de constituição de
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para
(um) ano e a data do término será fixada no estatuto.
atender a perdas prováveis na realização de elementos
Parágrafo único. Na constituição da companhia
do ativo; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
e nos casos de alteração estatutária o exercício social
b) os investimentos em outras sociedades, quando
poderá ter duração diversa.
relevantes (art. 247, parágrafo único); (Incluído pela Lei
nº 11.941, de 2009)
SEÇÃO II
c) o aumento de valor de elementos do ativo resul-
Demonstrações Financeiras
tante de novas avaliações (art. 182, § 3o ); (Incluído pela
Disposições Gerais
Lei nº 11.941, de 2009)
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a dire- d) os ônus reais constituídos sobre elementos do
toria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras respon-
companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que sabilidades eventuais ou contingentes; (Incluído pela Lei
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da nº 11.941, de 2009)
companhia e as mutações ocorridas no exercício: e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as ga-
I - balanço patrimonial; rantias das obrigações a longo prazo; (Incluído pela Lei
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acu- nº 11.941, de 2009)
mulados; f) o número, espécies e classes das ações do capital
III - demonstração do resultado do exercício; e social; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Reda- g) as opções de compra de ações outorgadas e exer-
ção dada pela Lei nº 11.638,de 2007) cidas no exercício; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
V – se companhia aberta, demonstração do valor h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o);
adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão i) os eventos subsequentes à data de encerramento
publicadas com a indicação dos valores correspondentes do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito re-
das demonstrações do exercício anterior. levante sobre a situação financeira e os resultados futu-
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhan- ros da companhia. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
tes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão § 6o A companhia fechada com patrimônio
ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00
ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo gru- (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e
po de contas; mas é vedada a utilização de designações publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (Reda-
genéricas, como “diversas contas” ou “contas-correntes”. ção dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão § 7o A Comissão de Valores Mobiliários poderá,
a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro de
da administração, no pressuposto de sua aprovação pela que trata o § 3o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.941,
assembleia-geral. de 2009)
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SEÇÃO VI SEÇÃO II
Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adi- Reservas e Retenção de Lucros
cionado Reserva Legal
(Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra desti-
IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no míni- nação, na constituição da reserva legal, que não excederá
mo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) de 20% (vinte por cento) do capital social.
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações § 1º A companhia poderá deixar de constituir a
ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalen- reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva,
tes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, acrescido do montante das reservas de capital de que trata
3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do
a) das operações; (Redação dada pela Lei nº capital social.
11.638,de 2007) § 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integri-
b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei dade do capital social e somente poderá ser utilizada para
nº 11.638,de 2007) compensar prejuízos ou aumentar o capital.
c) dos investimentos; (Redação dada pela Lei nº
11.638,de 2007) Reservas Estatutárias
II – demonstração do valor adicionado – o valor Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde
da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição en- que, para cada uma:
tre os elementos que contribuíram para a geração dessa I - indique, de modo preciso e completo, a sua
riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, finalidade;
governo e outros, bem como a parcela da riqueza não dis- II - fixe os critérios para determinar a parcela anual
tribuída. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) dos lucros líquidos que serão destinados à sua constitui-
ção; e
CAPÍTULO XVI III - estabeleça o limite máximo da reserva.
Lucro, Reservas e Dividendos
SEÇÃO I Reservas para Contingências
Lucro Art. 195. A assembleia-geral poderá, por proposta
Dedução de Prejuízos e Imposto sobre a Renda dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líqui-
do à formação de reserva com a finalidade de compensar,
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzi- em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de
dos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumula- perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
dos e a provisão para o Imposto sobre a Renda. § 1º A proposta dos órgãos da administração
Parágrafo único. o prejuízo do exercício será obri- deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com
gatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas re- as razões de prudência que a recomendem, a constituição
servas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. da reserva.
§ 2º A reserva será revertida no exercício em que
Participações deixarem de existir as razões que justificaram a sua consti-
Art. 190. As participações estatutárias de emprega- tuição ou em que ocorrer a perda.
dos, administradores e partes beneficiárias serão determi-
nadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros Reserva de Incentivos Fiscais
que remanescerem depois de deduzida a participação an- (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
teriormente calculada. Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por pro-
Parágrafo único. Aplica-se ao pagamento das par- posta dos órgãos de administração, destinar para a reserva
ticipações dos administradores e das partes beneficiárias o de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente
disposto nos parágrafos do artigo 201. de doações ou subvenções governamentais para inves-
timentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do
Lucro Líquido dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta
Art. 191. Lucro líquido do exercício é o resultado Lei). (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
do exercício que remanescer depois de deduzidas as parti-
cipações de que trata o artigo 190. Retenção de Lucros
Art. 196. A assembleia-geral poderá, por propos-
Proposta de Destinação do Lucro ta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do
Art. 192. Juntamente com as demonstrações finan- lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital
ceiras do exercício, os órgãos da administração da compa- por ela previamente aprovado.
nhia apresentarão à assembleia-geral ordinária, observado § 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da
o disposto nos artigos 193 a 203 e no estatuto, proposta administração com a justificação da retenção de lucros
sobre a destinação a ser dada ao lucro líquido do exercício. proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos
72
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a dura- III - resgate de partes beneficiárias;
ção de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por IV - incorporação ao capital social;
prazo maior, de projeto de investimento. V - pagamento de dividendo a ações preferen-
§ 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assem- ciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo
bleia-geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exer- 17, § 5º).
cício e revisado anualmente, quando tiver duração superior Parágrafo único. A reserva constituída com o
a um exercício social. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de produto da venda de partes beneficiárias poderá ser des-
2001) tinada ao resgate desses títulos.
73
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
lados com precisão e minúcia e não sujeitem os acionistas § 2º O estatuto poderá autorizar os órgãos de
minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou administração a declarar dividendos intermediários, à
da maioria. conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros
§ 2o Quando o estatuto for omisso e a assem- existentes no último balanço anual ou semestral.
bleia-geral deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre
a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior Pagamento de Dividendos
a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado Art. 205. A companhia pagará o dividendo
nos termos do inciso I deste artigo. (Redação dada pela Lei de ações nominativas à pessoa que, na data do ato
nº 10.303, de 2001) de declaração do dividendo, estiver inscrita como pro-
§ 3o A assembleia-geral pode, desde que não haja prietária ou usufrutuária da ação.
oposição de qualquer acionista presente, deliberar a dis- § 1º Os dividendos poderão ser pagos por
tribuição de dividendo inferior ao obrigatório, nos termos cheque nominativo remetido por via postal para o en-
deste artigo, ou a retenção de todo o lucro líquido, nas dereço comunicado pelo acionista à companhia, ou
seguintes sociedades: (Redação dada pela Lei nº 10.303, mediante crédito em conta-corrente bancária aberta
de 2001) em nome do acionista.
I - companhias abertas exclusivamente para a § 2º Os dividendos das ações em custódia
captação de recursos por debêntures não conversíveis em bancária ou em depósito nos termos dos artigos 41 e
ações; (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) 43 serão pagos pela companhia à instituição financei-
II - companhias fechadas, exceto nas controladas ra depositária, que será responsável pela sua entrega
por companhias abertas que não se enquadrem na condição aos titulares das ações depositadas.
prevista no inciso I. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001) § 3º O dividendo deverá ser pago, salvo de-
§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será liberação em contrário da assembleia-geral, no prazo
obrigatório no exercício social em que os órgãos da admi- de 60 (sessenta) dias da data em que for declarado e,
nistração informarem à assembleia-geral ordinária ser ele em qualquer caso, dentro do exercício social.
incompatível com a situação financeira da companhia. O
conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer CAPÍTULO XVII
sobre essa informação e, na companhia aberta, seus admi- Dissolução, Liquidação e Extinção
nistradores encaminharão à Comissão de Valores Mobiliá- SEÇÃO I
rios, dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembleia- Dissolução
-geral, exposição justificativa da informação transmitida à
assembleia. Art. 206. Dissolve-se a companhia:
§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos I - de pleno direito:
termos do § 4º serão registrados como reserva especial e, a) pelo término do prazo de duração;
se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequen- b) nos casos previstos no estatuto;
tes, deverão ser pagos como dividendo assim que o permi- c) por deliberação da assembleia-geral (art.
tir a situação financeira da companhia. 136, X); (Redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
§ 6o Os lucros não destinados nos termos dos arts. d) pela existência de 1 (um) único acionista,
193 a 197 deverão ser distribuídos como dividendos. (In- verificada em assembleia-geral ordinária, se o mínimo
cluído pela Lei nº 10.303, de 2001) de 2 (dois) não for reconstituído até à do ano seguin-
te, ressalvado o disposto no artigo 251;
Dividendos de Ações Preferenciais e) pela extinção, na forma da lei, da autoriza-
Art. 203. O disposto nos artigos 194 a 197, e 202, não ção para funcionar.
prejudicará o direito dos acionistas preferenciais de receber II - por decisão judicial:
os dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade, in- a) quando anulada a sua constituição, em ação
clusive os atrasados, se cumulativos. (Vide Medida Provi- proposta por qualquer acionista;
sória nº 608, de 2013) (Vide Lei nº 12.838, de 2013) b) quando provado que não pode preencher
o seu fim, em ação proposta por acionistas que repre-
Dividendos Intermediários sentem 5% (cinco por cento) ou mais do capital social;
Art. 204. A companhia que, por força de lei ou de c) em caso de falência, na forma prevista na
disposição estatutária, levantar balanço semestral, poderá respectiva lei;
declarar, por deliberação dos órgãos de administração, se III - por decisão de autoridade administrati-
autorizados pelo estatuto, dividendo à conta do lucro apu- va competente, nos casos e na forma previstos em lei
rado nesse balanço. especial.
§ 1º A companhia poderá, nos termos de dispo-
sição estatutária, levantar balanço e distribuir dividendos Efeitos
em períodos menores, desde que o total dos dividendos Art. 207. A companhia dissolvida conserva a
pagos em cada semestre do exercício social não exceda personalidade jurídica, até a extinção, com o fim de
o montante das reservas de capital de que trata o § 1º do proceder à liquidação.
artigo 182.
74
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
75
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 2º Provado pelo acionista dissidente (artigo 216, Parágrafo único. Os sócios podem renunciar, no
§ 2º) que as condições especiais de partilha visaram a favo- contrato social, ao direito de retirada no caso de transfor-
recer a maioria, em detrimento da parcela que lhe tocaria, mação em companhia.
se inexistissem tais condições, será a partilha suspensa, se
não consumada, ou, se já consumada, os acionistas majo- Direito dos Credores
ritários indenizarão os minoritários pelos prejuízos apura- Art. 222. A transformação não prejudicará, em
dos. caso algum, os direitos dos credores, que continuarão, até
o pagamento integral dos seus créditos, com as mesmas
Prestação de Contas garantias que o tipo anterior de sociedade lhes oferecia.
Art. 216. Pago o passivo e rateado o ativo rema- Parágrafo único. A falência da sociedade trans-
nescente, o liquidante convocará a assembleia-geral para formada somente produzirá efeitos em relação aos sócios
a prestação final das contas. que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem
§ 1º Aprovadas as contas, encerra-se a liquidação os titulares de créditos anteriores à transformação, e so-
e a companhia se extingue. mente a estes beneficiará.
§ 2º O acionista dissidente terá o prazo de 30
(trinta) dias, a contar da publicação da ata, para promover SEÇÃO II
a ação que lhe couber. Incorporação, Fusão e Cisão
Competência e Processo
Responsabilidade na Liquidação
Art. 217. O liquidante terá as mesmas responsa- Art. 223. A incorporação, fusão ou cisão podem ser
bilidades do administrador, e os deveres e responsabilida- operadas entre sociedades de tipos iguais ou diferentes e
des dos administradores, fiscais e acionistas subsistirão até deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração
a extinção da companhia. dos respectivos estatutos ou contratos sociais.
§ 1º Nas operações em que houver criação de so-
Direito de Credor Não-Satisfeito ciedade serão observadas as normas reguladoras da cons-
Art. 218. Encerrada a liquidação, o credor não-sa- tituição das sociedades do seu tipo.
tisfeito só terá direito de exigir dos acionistas, individual- § 2º Os sócios ou acionistas das sociedades incor-
mente, o pagamento de seu crédito, até o limite da soma, poradas, fundidas ou cindidas receberão, diretamente da
por eles recebida, e de propor contra o liquidante, se for o companhia emissora, as ações que lhes couberem.
caso, ação de perdas e danos. O acionista executado terá § 3º Se a incorporação, fusão ou cisão envolverem
direito de haver dos demais a parcela que lhes couber no companhia aberta, as sociedades que a sucederem serão
crédito pago. também abertas, devendo obter o respectivo registro e, se
for o caso, promover a admissão de negociação das novas
SEÇÃO III ações no mercado secundário, no prazo máximo de cento e
Extinção vinte dias, contados da data da assembleia-geral que apro-
vou a operação, observando as normas pertinentes baixa-
Art. 219. Extingue-se a companhia: das pela Comissão de Valores Mobiliários.(Incluído pela Lei
I - pelo encerramento da liquidação; nº 9.457, de 1997)
II - pela incorporação ou fusão, e pela cisão com § 4º O descumprimento do previsto no parágrafo
versão de todo o patrimônio em outras sociedades. anterior dará ao acionista direito de retirar-se da compa-
nhia, mediante reembolso do valor das suas ações (art. 45),
CAPÍTULO XVIII nos trinta dias seguintes ao término do prazo nele referido,
Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão observado o disposto nos §§ 1º e 4º do art. 137. (Incluí-
SEÇÃO I do pela Lei nº 9.457, de 1997)
Transformação
Conceito e Forma Protocolo
Art. 224. As condições da incorporação, fusão ou
Art. 220. A transformação é a operação pela qual cisão com incorporação em sociedade existente constarão
a sociedade passa, independentemente de dissolução e de protocolo firmado pelos órgãos de administração ou
liquidação, de um tipo para outro. sócios das sociedades interessadas, que incluirá:
Parágrafo único. A transformação obedecerá aos I - o número, espécie e classe das ações que se-
preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo rão atribuídas em substituição dos direitos de sócios que
a ser adotado pela sociedade. se extinguirão e os critérios utilizados para determinar as
relações de substituição;
Deliberação II - os elementos ativos e passivos que formarão
Art. 221. A transformação exige o consentimento cada parcela do patrimônio, no caso de cisão;
unânime dos sócios ou acionistas, salvo se prevista no III - os critérios de avaliação do patrimônio líquido,
estatuto ou no contrato social, caso em que o sócio dissi- a data a que será referida a avaliação, e o tratamento das
dente terá o direito de retirar-se da sociedade. variações patrimoniais posteriores;
76
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
77
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 3º A cisão com versão de parcela de patrimô- Direitos dos Credores na Cisão
nio em sociedade já existente obedecerá às disposições Art. 233. Na cisão com extinção da companhia
sobre incorporação (artigo 227). cindida, as sociedades que absorverem parcelas do seu
§ 4º Efetivada a cisão com extinção da com- patrimônio responderão solidariamente pelas obriga-
panhia cindida, caberá aos administradores das socie- ções da companhia extinta. A companhia cindida que
dades que tiverem absorvido parcelas do seu patrimô- subsistir e as que absorverem parcelas do seu patrimô-
nio promover o arquivamento e publicação dos atos da nio responderão solidariamente pelas obrigações da
operação; na cisão com versão parcial do patrimônio, primeira anteriores à cisão.
esse dever caberá aos administradores da companhia Parágrafo único. O ato de cisão parcial poderá
cindida e da que absorver parcela do seu patrimônio. estipular que as sociedades que absorverem parcelas do
§ 5º As ações integralizadas com parcelas patrimônio da companhia cindida serão responsáveis
de patrimônio da companhia cindida serão atribuídas apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas,
a seus titulares, em substituição às extintas, na propor- sem solidariedade entre si ou com a companhia cindi-
ção das que possuíam; a atribuição em proporção dife- da, mas, nesse caso, qualquer credor anterior poderá
rente requer aprovação de todos os titulares, inclusive se opor à estipulação, em relação ao seu crédito, desde
das ações sem direito a voto. (Redação dada pela Lei nº que notifique a sociedade no prazo de 90 (noventa) dias
9.457, de 1997) a contar da data da publicação dos atos da cisão.
Direito de Retirada Averbação da Sucessão
Art. 230. Nos casos de incorporação ou fusão, Art. 234. A certidão, passada pelo registro do
o prazo para exercício do direito de retirada, previsto no comércio, da incorporação, fusão ou cisão, é documento
art. 137, inciso II, será contado a partir da publicação da hábil para a averbação, nos registros públicos compe-
ata que aprovar o protocolo ou justificação, mas o pa- tentes, da sucessão, decorrente da operação, em bens,
gamento do preço de reembolso somente será devido direitos e obrigações.
se a operação vier a efetivar-se. (Redação dada pela Lei
nº 9.457, de 1997)
CAPÍTULO XIX
Sociedades de Economia Mista
Direitos dos Debenturistas
Legislação Aplicável
Art. 231. A incorporação, fusão ou cisão da com-
panhia emissora de debêntures em circulação depende-
Art. 235. As sociedades anônimas de economia
rá da prévia aprovação dos debenturistas, reunidos em
mista estão sujeitas a esta Lei, sem prejuízo das disposi-
assembleia especialmente convocada com esse fim.
ções especiais de lei federal.
§ 1º Será dispensada a aprovação pela assem-
bleia se for assegurado aos debenturistas que o deseja- § 1º As companhias abertas de economia mista
rem, durante o prazo mínimo de 6 (seis) meses a contar estão também sujeitas às normas expedidas pela Comis-
da data da publicação das atas das assembleias relativas são de Valores Mobiliários.
à operação, o resgate das debêntures de que forem ti- § 2º As companhias de que participarem, majo-
tulares. ritária ou minoritariamente, as sociedades de economia
§ 2º No caso do § 1º, a sociedade cindida e as mista, estão sujeitas ao disposto nesta Lei, sem as exce-
sociedades que absorverem parcelas do seu patrimônio ções previstas neste Capítulo.
responderão solidariamente pelo resgate das debêntu-
res. Constituição e Aquisição de Controle
Art. 236. A constituição de companhia de eco-
Direitos dos Credores na Incorporação ou Fusão nomia mista depende de prévia autorização legislativa.
Art. 232. Até 60 (sessenta) dias depois de Parágrafo único. Sempre que pessoa jurídica de
publicados os atos relativos à incorporação ou à fusão, direito público adquirir, por desapropriação, o controle
o credor anterior por ela prejudicado poderá pleitear de companhia em funcionamento, os acionistas terão
judicialmente a anulação da operação; findo o prazo, direito de pedir, dentro de 60 (sessenta) dias da publica-
decairá do direito o credor que não o tiver exercido. ção da primeira ata da assembleia-geral realizada após
§ 1º A consignação da importância em paga- a aquisição do controle, o reembolso das suas ações;
mento prejudicará a anulação pleiteada. salvo se a companhia já se achava sob o controle, direto
§ 2º Sendo ilíquida a dívida, a sociedade poderá ou indireto, de outra pessoa jurídica de direito público,
garantir-lhe a execução, suspendendo-se o processo de ou no caso de concessionária de serviço público.
anulação.
§ 3º Ocorrendo, no prazo deste artigo, a falên- Objeto
cia da sociedade incorporadora ou da sociedade nova, Art. 237. A companhia de economia mista so-
qualquer credor anterior terá o direito de pedir a sepa- mente poderá explorar os empreendimentos ou exercer
ração dos patrimônios, para o fim de serem os créditos as atividades previstas na lei que autorizou a sua cons-
pagos pelos bens das respectivas massas. tituição.
78
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 1º A companhia de economia mista somente § 5o É presumida influência significativa quando
poderá participar de outras sociedades quando auto- a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais
rizada por lei no exercício de opção legal para aplicar do capital votante da investida, sem controlá-la. (Incluído
Imposto sobre a Renda ou investimentos para o desen- pela Lei nº 11.941, de 2009)
volvimento regional ou setorial. SEÇÃO II
§ 2º As instituições financeiras de economia mis- Participação Recíproca
ta poderão participar de outras sociedades, observadas as
normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil. Art. 244. É vedada a participação recíproca entre
a companhia e suas coligadas ou controladas.
Acionista Controlador § 1º O disposto neste artigo não se aplica ao caso
Art. 238. A pessoa jurídica que controla a com- em que ao menos uma das sociedades participa de outra
panhia de economia mista tem os deveres e responsabi- com observância das condições em que a lei autoriza a
lidades do acionista controlador (artigos 116 e 117), mas aquisição das próprias ações (artigo 30, § 1º, alínea b).
poderá orientar as atividades da companhia de modo a § 2º As ações do capital da controladora, de pro-
atender ao interesse público que justificou a sua criação. priedade da controlada, terão suspenso o direito de voto.
§ 3º O disposto no § 2º do artigo 30, aplica-se à
Administração aquisição de ações da companhia aberta por suas coliga-
Art. 239. As companhias de economia mista terão das e controladas.
obrigatoriamente Conselho de Administração, assegurado § 4º No caso do § 1º, a sociedade deverá alienar,
à minoria o direito de eleger um dos conselheiros, se maior dentro de 6 (seis) meses, as ações ou quotas que exce-
número não lhes couber pelo processo de voto múltiplo. derem do valor dos lucros ou reservas, sempre que esses
Parágrafo único. Os deveres e responsabilidades sofrerem redução.
dos administradores das companhias de economia mista § 5º A participação recíproca, quando ocorrer em
são os mesmos dos administradores das companhias aber- virtude de incorporação, fusão ou cisão, ou da aquisição,
tas. pela companhia, do controle de sociedade, deverá ser
mencionada nos relatórios e demonstrações financeiras
Conselho Fiscal de ambas as sociedades, e será eliminada no prazo máxi-
Art. 240. O funcionamento do conselho fiscal mo de 1 (um) ano; no caso de coligadas, salvo acordo em
será permanente nas companhias de economia mista; um
contrário, deverão ser alienadas as ações ou quotas de
dos seus membros, e respectivo suplente, será eleito pelas
aquisição mais recente ou, se da mesma data, que repre-
ações ordinárias minoritárias e outro pelas ações prefe-
sentem menor porcentagem do capital social.
renciais, se houver.
§ 6º A aquisição de ações ou quotas de que resul-
te participação recíproca com violação ao disposto neste
Correção Monetária
artigo importa responsabilidade civil solidária dos admi-
Falência e Responsabilidade Subsidiária
nistradores da sociedade, equiparando-se, para efeitos
CAPÍTULO XX
penais, à compra ilegal das próprias ações.
Sociedades Coligadas, Controladoras e Controladas
SEÇÃO I
Informações no Relatório da Administração SEÇÃO III
Responsabilidade dos Administradores e das So-
Art. 243. O relatório anual da administração deve ciedades Controladoras
relacionar os investimentos da companhia em sociedades Administradores
coligadas e controladas e mencionar as modificações ocor-
ridas durante o exercício. Art. 245. Os administradores não podem, em pre-
§ 1o São coligadas as sociedades nas quais a in- juízo da companhia, favorecer sociedade coligada, con-
vestidora tenha influência significativa. (Redação dada pela troladora ou controlada, cumprindo-lhes zelar para que
Lei nº 11.941, de 2009) as operações entre as sociedades, se houver, observem
§ 2º Considera-se controlada a sociedade na qual condições estritamente comutativas, ou com pagamento
a controladora, diretamente ou através de outras contro- compensatório adequado; e respondem perante a com-
ladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de panhia pelas perdas e danos resultantes de atos pratica-
modo permanente, preponderância nas deliberações so- dos com infração ao disposto neste artigo.
ciais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
§ 3º A companhia aberta divulgará as informações Sociedade Controladora
adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigi- Art. 246. A sociedade controladora será obrigada
das pela Comissão de Valores Mobiliários. a reparar os danos que causar à companhia por atos pra-
§ 4º Considera-se que há influência significativa ticados com infração ao disposto nos artigos 116 e 117.
quando a investidora detém ou exerce o poder de participar § 1º A ação para haver reparação cabe:
nas decisões das políticas financeira ou operacional da inves- a) a acionistas que representem 5% (cinco por
tida, sem controlá-la. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) cento) ou mais do capital social;
79
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
b) a qualquer acionista, desde que preste caução III - a diferença entre o valor do investimento,
pelas custas e honorários de advogado devidos no caso de de acordo com o número II, e o custo de aquisição cor-
vir a ação ser julgada improcedente. rigido monetariamente; somente será registrada como
§ 2º A sociedade controladora, se condenada, além resultado do exercício:
de reparar o dano e arcar com as custas, pagará honorários a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na
de advogado de 20% (vinte por cento) e prêmio de 5% coligada ou controlada;
(cinco por cento) ao autor da ação, calculados sobre o valor b) se corresponder, comprovadamente, a ga-
da indenização. nhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com obser-
SEÇÃO IV vância das normas expedidas pela Comissão de Valores
Demonstrações Financeiras Mobiliários.
Notas Explicativas § 1º Para efeito de determinar a relevância do
investimento, nos casos deste artigo, serão computa-
Art. 247. As notas explicativas dos investimentos dos como parte do custo de aquisição os saldos de cré-
a que se refere o art. 248 desta Lei devem conter infor- ditos da companhia contra as coligadas e controladas.
mações precisas sobre as sociedades coligadas e controla- § 2º A sociedade coligada, sempre que solici-
das e suas relações com a companhia, indicando:(Redação tada pela companhia, deverá elaborar e fornecer o ba-
dada pela Lei nº 11.941, de 2009) lanço ou balancete de verificação previsto no número I.
I - a denominação da sociedade, seu capital social
e patrimônio líquido; Demonstrações Consolidadas
II - o número, espécies e classes das ações ou quo- Art. 249. A companhia aberta que tiver mais
tas de propriedade da companhia, e o preço de mercado de 30% (trinta por cento) do valor do seu patrimônio
das ações, se houver; líquido representado por investimentos em sociedades
III - o lucro líquido do exercício; controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente
IV - os créditos e obrigações entre a companhia e com suas demonstrações financeiras, demonstrações
as sociedades coligadas e controladas; consolidadas nos termos do artigo 250.
V - o montante das receitas e despesas em ope- Parágrafo único. A Comissão de Valores Mo-
rações entre a companhia e as sociedades coligadas e con- biliários poderá expedir normas sobre as sociedades
troladas. cujas demonstrações devam ser abrangidas na conso-
Parágrafo único. Considera-se relevante o inves- lidação, e:
timento: a) determinar a inclusão de sociedades que,
a) em cada sociedade coligada ou controlada, se o embora não controladas, sejam financeira ou adminis-
valor contábil é igual ou superior a 10% (dez por cento) do trativamente dependentes da companhia;
valor do patrimônio líquido da companhia; b) autorizar, em casos especiais, a exclusão de
b) no conjunto das sociedades coligadas e contro- uma ou mais sociedades controladas.
ladas, se o valor contábil é igual ou superior a 15% (quinze
por cento) do valor do patrimônio líquido da companhia. Normas sobre Consolidação
Art. 250. Das demonstrações financeiras con-
Avaliação do Investimento em Coligadas e Contro- solidadas serão excluídas:
ladas I - as participações de uma sociedade em
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, outra;
os investimentos em coligadas ou em controladas e em ou- II - os saldos de quaisquer contas entre as
tras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou sociedades;
estejam sob controle comum serão avaliados pelo método III – as parcelas dos resultados do exercício,
da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de esto-
normas: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) ques ou do ativo não circulante que corresponderem a
I - o valor do patrimônio líquido da coligada resultados, ainda não realizados, de negócios entre as
ou da controlada será determinado com base em balan- sociedades.(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
ço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com § 1º A participação dos acionistas não contro-
observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até ladores no patrimônio líquido e no lucro do exercício
60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço será destacada, respectivamente, no balanço patrimo-
da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão nial e na demonstração do resultado do exercício. (Re-
computados os resultados não realizados decorrentes de dação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
negócios com a companhia, ou com outras sociedades co- § 2 o A parcela do custo de aquisição do in-
ligadas à companhia, ou por ela controladas; vestimento em controlada, que não for absorvida na
II - o valor do investimento será determinado consolidação, deverá ser mantida no ativo não circu-
mediante a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido lante, com dedução da provisão adequada para perdas
referido no número anterior, da porcentagem de participa- já comprovadas, e será objeto de nota explicativa. (Re-
ção no capital da coligada ou controlada; dação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
80
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
81
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
83
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
VII - a declaração da nacionalidade do controle Parágrafo único. A representação das sociedades
do grupo; perante terceiros, salvo disposição expressa na convenção
VIII - as condições para alteração da convenção. do grupo, arquivada no registro do comércio e publicada,
Parágrafo único. Para os efeitos do número VII, o caberá exclusivamente aos administradores de cada so-
grupo de sociedades considera-se sob controle brasileiro ciedade, de acordo com os respectivos estatutos ou con-
se a sua sociedade de comando está sob o controle de: tratos sociais.
a) pessoas naturais residentes ou domiciliadas
no Brasil; Administradores das Sociedades Filiadas
b) pessoas jurídicas de direito público interno; ou Art. 273. Aos administradores das sociedades
c) sociedade ou sociedades brasileiras que, dire- filiadas, sem prejuízo de suas atribuições, poderes e res-
ta ou indiretamente, estejam sob o controle das pessoas ponsabilidades, de acordo com os respectivos estatutos
referidas nas alíneas a e b. ou contratos sociais, compete observar a orientação geral
estabelecida e as instruções expedidas pelos administra-
Aprovação pelos Sócios das Sociedades dores do grupo que não importem violação da lei ou da
Art. 270. A convenção de grupo deve ser aprova- convenção do grupo.
da com observância das normas para alteração do contra-
to social ou do estatuto (art. 136, V). (Redação dada pela Remuneração
Lei nº 9.457, de 1997) Art. 274. Os administradores do grupo e os inves-
Parágrafo único. Os sócios ou acionistas dissi- tidos em cargos de mais de uma sociedade poderão ter a
dentes da deliberação de se associar a grupo têm direito, sua remuneração rateada entre as diversas sociedades, e
nos termos do artigo 137, ao reembolso de suas ações ou a gratificação dos administradores, se houver, poderá ser
quotas. fixada, dentro dos limites do § 1º do artigo 152 com base
nos resultados apurados nas demonstrações financeiras
Registro e Publicidade consolidadas do grupo.
Art. 271. Considera-se constituído o grupo a
partir da data do arquivamento, no registro do comércio SEÇÃO IV
da sede da sociedade de comando, dos seguintes docu- Demonstrações Financeiras
mentos:
I - convenção de constituição do grupo; Art. 275. O grupo de sociedades publicará, além
II - atas das assembleias-gerais, ou instrumentos das demonstrações financeiras referentes a cada uma das
de alteração contratual, de todas as sociedades que tive- companhias que o compõem, demonstrações consolida-
rem aprovado a constituição do grupo; das, compreendendo todas as sociedades do grupo, ela-
III - declaração autenticada do número das ações boradas com observância do disposto no artigo 250.
ou quotas de que a sociedade de comando e as demais § 1º As demonstrações consolidadas do grupo
sociedades integrantes do grupo são titulares em cada serão publicadas juntamente com as da sociedade de co-
sociedade filiada, ou exemplar de acordo de acionistas mando.
que assegura o controle de sociedade filiada. § 2º A sociedade de comando deverá publicar
§ 1º Quando as sociedades filiadas tiverem sede demonstrações financeiras nos termos desta Lei, ainda que
em locais diferentes, deverão ser arquivadas no registro não tenha a forma de companhia.
do comércio das respectivas sedes as atas de assembleia § 3º As companhias filiadas indicarão, em nota às
ou alterações contratuais que tiverem aprovado a con- suas demonstrações financeiras publicadas, o órgão que
venção, sem prejuízo do registro na sede da sociedade publicou a última demonstração consolidada do grupo a
de comando. que pertencer.
§ 2º As certidões de arquivamento no registro do § 4º As demonstrações consolidadas de grupo de
comércio serão publicadas. sociedades que inclua companhia aberta serão obrigato-
§ 3º A partir da data do arquivamento, a socieda- riamente auditadas por auditores independentes registra-
de de comando e as filiadas passarão a usar as respectivas dos na Comissão de Valores Mobiliários, e observarão as
denominações acrescidas da designação do grupo. normas expedidas por essa comissão.
§ 4º As alterações da convenção do grupo serão
arquivadas e publicadas nos termos deste artigo, obser- SEÇÃO V
vando-se o disposto no § 1º do artigo 135. Prejuízos Resultantes de Atos Contrários à Conven-
ção
SEÇÃO III
Administração Art. 276. A combinação de recursos e esforços,
Administradores do Grupo a subordinação dos interesses de uma sociedade aos de
outra, ou do grupo, e a participação em custos, receitas
Art. 272. A convenção deve definir a estrutura ou resultados de atividades ou empreendimentos somente
administrativa do grupo de sociedades, podendo criar ór- poderão ser opostos aos sócios minoritários das socieda-
gãos de deliberação colegiada e cargos de direção-geral. des filiadas nos termos da convenção do grupo.
84
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
§ 1º Consideram-se minoritários, para os efeitos IV - a definição das obrigações e responsa-
deste artigo, todos os sócios da filiada, com exceção da bilidade de cada sociedade consorciada, e das pres-
sociedade de comando e das demais filiadas do grupo. tações específicas;
§ 2º A distribuição de custos, receitas e resultados V - normas sobre recebimento de receitas e
e as compensações entre sociedades, previstas na conven- partilha de resultados;
ção do grupo, deverão ser determinadas e registradas no VI - normas sobre administração do con-
balanço de cada exercício social das sociedades interessa- sórcio, contabilização, representação das sociedades
das. consorciadas e taxa de administração, se houver;
§ 3º Os sócios minoritários da filiada terão ação VII - forma de deliberação sobre assuntos de
contra os seus administradores e contra a sociedade de co- interesse comum, com o número de votos que cabe a
mando do grupo para haver reparação de prejuízos resul- cada consorciado;
tantes de atos praticados com infração das normas deste VIII - contribuição de cada consorciado para
artigo, observado o disposto nos parágrafos do artigo 246. as despesas comuns, se houver.
Parágrafo único. O contrato de consórcio e
Conselho Fiscal das Filiadas suas alterações serão arquivados no registro do co-
Art. 277. O funcionamento do Conselho Fiscal da mércio do lugar da sua sede, devendo a certidão do
companhia filiada a grupo, quando não for permanente, arquivamento ser publicada.
poderá ser pedido por acionistas não controladores que CAPÍTULO XXIII
representem, no mínimo, 5% (cinco por cento) das ações Sociedades em Comandita por Ações
ordinárias, ou das ações preferenciais sem direito de voto.
§ 1º Na constituição do Conselho Fiscal da filiada Art. 280. A sociedade em comandita por
serão observadas as seguintes normas: ações terá o capital dividido em ações e reger-se-á
a) os acionistas não controladores votarão em pelas normas relativas às companhias ou sociedades
separado, cabendo às ações com direito a voto o direito anônimas, sem prejuízo das modificações constantes
de eleger 1 (um) membro e respectivo suplente e às ações deste Capítulo.
sem direito a voto, ou com voto restrito, o de eleger outro; Art. 281. A sociedade poderá comerciar sob
b) a sociedade de comando e as filiadas poderão firma ou razão social, da qual só farão parte os nomes
eleger número de membros, e respectivos suplentes, igual dos sócios-diretores ou gerentes. Ficam ilimitada e
ao dos eleitos nos termos da alínea a, mais um. solidariamente responsáveis, nos termos desta Lei,
§ 2º O Conselho Fiscal da sociedade filiada poderá pelas obrigações sociais, os que, por seus nomes, fi-
solicitar aos órgãos de administração da sociedade de co- gurarem na firma ou razão social.
mando, ou de outras filiadas, os esclarecimentos ou infor- Parágrafo único. A denominação ou a fir-
mações que julgar necessários para fiscalizar a observância ma deve ser seguida das palavras “Comandita por
da convenção do grupo. Ações”, por extenso ou abreviadamente.
Art. 282. Apenas o sócio ou acionista tem
CAPÍTULO XXII qualidade para administrar ou gerir a sociedade, e,
Consórcio como diretor ou gerente, responde, subsidiária mas
ilimitada e solidariamente, pelas obrigações da so-
Art. 278. As companhias e quaisquer outras so- ciedade.
ciedades, sob o mesmo controle ou não, podem constituir § 1º Os diretores ou gerentes serão nomea-
consórcio para executar determinado empreendimento, dos, sem limitação de tempo, no estatuto da socieda-
observado o disposto neste Capítulo. de, e somente poderão ser destituídos por delibera-
§ 1º O consórcio não tem personalidade jurídica ção de acionistas que representem 2/3 (dois terços),
e as consorciadas somente se obrigam nas condições pre- no mínimo, do capital social.
vistas no respectivo contrato, respondendo cada uma por § 2º O diretor ou gerente que for destituído
suas obrigações, sem presunção de solidariedade. ou se exonerar continuará responsável pelas obriga-
§ 2º A falência de uma consorciada não se estende ções sociais contraídas sob sua administração.
às demais, subsistindo o consórcio com as outras contra- Art. 283. A assembleia-geral não pode, sem
tantes; os créditos que porventura tiver a falida serão apu- o consentimento dos diretores ou gerentes, mudar o
rados e pagos na forma prevista no contrato de consórcio. objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo
Art. 279. O consórcio será constituído mediante de duração, aumentar ou diminuir o capital social,
contrato aprovado pelo órgão da sociedade competente emitir debêntures ou criar partes beneficiárias nem
para autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, aprovar a participação em grupo de sociedade. (Re-
do qual constarão: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de dação dada pela Lei nº 9.457, de 1997)
2009) Art. 284. Não se aplica à sociedade em co-
I - a designação do consórcio se houver; mandita por ações o disposto nesta Lei sobre conse-
II - o empreendimento que constitua o objeto do lho de administração, autorização estatutária de au-
consórcio; mento de capital e emissão de bônus de subscrição.
III - a duração, endereço e foro;
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
86
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Art. 292. As sociedades de que trata o artigo 62 Art. 296. As companhias existentes deverão proce-
da Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965, podem ter suas der à adaptação do seu estatuto aos preceitos desta Lei no
ações ao portador. prazo de 1 (um) ano a contar da data em que ela entrar em
Art. 293. A Comissão de Valores Mobiliários auto- vigor, devendo para esse fim ser convocada assembleia-
rizará as bolsas de valores a prestar os serviços previstos -geral dos acionistas.
nos artigos 27; 34, § 2º; 39, § 1°; 40; 41; 42; 43; 44; 72; 102 § 1º Os administradores e membros do Conselho
e 103. Fiscal respondem pelos prejuízos que causarem pela inob-
Art. 294. A companhia fechada que tiver menos servância do disposto neste artigo.
de vinte acionistas, com patrimônio líquido inferior a R$ § 2º O disposto neste artigo não prejudicará os
1.000.000,00 (um milhão de reais), poderá: (Redação dada direitos pecuniários conferidos por partes beneficiárias e
pela Lei nº 10.303, de 2001) debêntures em circulação na data da publicação desta Lei,
I - convocar assembleia-geral por anúncio entre- que somente poderão ser modificados ou reduzidos com
gue a todos os acionistas, contra-recibo, com a antece- observância do disposto no artigo 51 e no § 5º do artigo
dência prevista no artigo 124; e 71.
II - deixar de publicar os documentos de que trata § 3º As companhias existentes deverão eliminar,
o artigo 133, desde que sejam, por cópias autenticadas, no prazo de 5 (cinco) anos a contar da data de entrada em
arquivados no registro de comércio juntamente com a ata vigor desta Lei, as participações recíprocas vedadas pelo
da assembleia que sobre eles deliberar. artigo 244 e seus parágrafos.
§ 1º A companhia deverá guardar os recibos de § 4º As companhias existentes, cujo estatuto for
entrega dos anúncios de convocação e arquivar no re- omisso quanto à fixação do dividendo, ou que o estabele-
gistro de comércio, juntamente com a ata da assembleia, cer em condições que não satisfaçam aos requisitos do § 1º
cópia autenticada dos mesmos. do artigo 202 poderão, dentro do prazo previsto neste ar-
§ 2º Nas companhias de que trata este artigo, o tigo, fixá-lo em porcentagem inferior à prevista no § 2º do
pagamento da participação dos administradores poderá artigo 202, mas os acionistas dissidentes dessa deliberação
ser feito sem observância do disposto no § 2º do artigo terão direito de retirar-se da companhia, mediante reem-
152, desde que aprovada pela unanimidade dos acionis- bolso do valor de suas ações, com observância do disposto
tas. nos artigos 45 e 137.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica à § 5º O disposto no artigo 199 não se aplica às
companhia controladora de grupo de sociedade, ou a ela reservas constituídas e aos lucros acumulados em balanços
filiadas. levantados antes de 1º de janeiro de 1977.
§ 6º O disposto nos §§ 1º e 2º do artigo 237 não
CAPÍTULO XXVI se aplica às participações existentes na data da publicação
Disposições Transitórias desta Lei.
Art. 297. As companhias existentes que tiverem
Art. 295. A presente Lei entrará em vigor 60 (ses- ações preferenciais com prioridade na distribuição de di-
senta) dias após a sua publicação, aplicando-se, todavia, a videndo fixo ou mínimo ficarão dispensadas do disposto
partir da data da publicação, às companhias que se cons- no artigo 167 e seu § 1º, desde que no prazo de que trata
tituírem. o artigo 296 regulem no estatuto a participação das ações
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às dis- preferenciais na correção anual do capital social, com ob-
posições sobre: servância das seguintes normas:
a) elaboração das demonstrações financeiras, que I - o aumento de capital poderá ficar na dependên-
serão observadas pelas companhias existentes a partir do cia de deliberação da assembleia-geral, mas será obrigató-
exercício social que se iniciar após 1º de janeiro de 1978; rio quando o saldo da conta de que trata o § 3º do artigo
b) a apresentação, nas demonstrações financeiras, 182 ultrapassar 50% (cinquenta por cento) do capital social;
de valores do exercício anterior (artigo 176, § 1º), que será II - a capitalização da reserva poderá ser procedida
obrigatória a partir do balanço do exercício social subse- mediante aumento do valor nominal das ações ou emissões
quente ao referido na alíne a anterior; de novas ações bonificadas, cabendo à assembleia-geral es-
c) elaboração e publicação de demonstrações colher, em cada aumento de capital, o modo a ser adotado;
financeiras consolidadas, que somente serão obrigatórias III - em qualquer caso, será observado o disposto
para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de no § 4º do artigo 17;
1978. IV - as condições estatutárias de participação serão
§ 2º A participação dos administradores nos lucros transcritas nos certificados das ações da companhia.
sociais continuará a regular-se pelas disposições legais e Art. 298. As companhias existentes, com capital
estatutárias em vigor, aplicando-se o disposto nos §§ 1º e inferior a Cr$ 5.000.000,00 (cinco milhões de cruzeiros), po-
2º do artigo 152 a partir do exercício social que se iniciar derão, no prazo de que trata o artigo 296 deliberar, pelo
no curso do ano de 1977. voto de acionistas que representem 2/3 (dois terços) do
§ 3º A restrição ao direito de voto das ações ao capital social, a sua transformação em sociedade por quo-
portador (artigo 112) só vigorará a partir de 1 (um) ano a tas, de responsabilidade limitada, observadas as seguintes
contar da data em que esta Lei entrar em vigor. normas:
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Quatro Coordenadorias:
• de Operações;
• de Relações Institucionais;
• de Relações Internacionais;
• Técnica.
• PRONUNCIAMENTOS
Data Data
Documento Título
Aprovação Divulgação
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
CPC 00 02/12/2011 15/12/2011
Relatório Contábil-Financeiro
CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos 06/08/2010 07/10/2010
Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de
CPC 02 03/09/2010 07/10/2010
demonstrações contábeis
CPC 03 Demonstração dos Fluxos de Caixa 03/09/2010 07/10/2010
CPC 04 Ativo Intangível 05/11/2010 02/12/2010
CPC 05 Divulgação sobre Partes Relacionadas 03/09/2010 07/10/2010
CPC 06 Operações de Arrendamento Mercantil 05/11/2010 02/12/2010
CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais 05/11/2010 02/12/2010
Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e
CPC 08 03/12/2010 16/12/2010
Valores Mobiliários
CPC 09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 30/10/2008 12/11/2008
CPC 10 Pagamento Baseado em Ações 03/12/2010 16/12/2010
CPC 11 Contratos de Seguro 05/12/2008 17/12/2008
CPC 12 Ajuste a Valor Presente 05/12/2008 17/12/2008
Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da Medida Provisória
CPC 13 05/12/2008 17/12/2008
nº. 449/08
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e
CPC 14
Evidenciação (Fase I) - Transformado em OCPC 03
CPC 15 Combinação de Negócios 03/06/2011 04/08/2011
CPC 16 Estoques 08/05/2009 08/09/2009
Contratos de Construção (revogado a partir de
CPC 17 19/10/2012 08/11/2012
1º/01/2018)
Investimento em Coligada, em Controlada e em
CPC 18 07/12/2012 13/12/2012
Empreendimento Controlado em Conjunto
CPC 19 Negócios em Conjunto 09/11/2012 23/11/2012
CPC 20 Custos de Empréstimos 02/09/2011 20/10/2011
CPC 21 Demonstração Intermediária 02/09/2011 20/10/2011
CPC 22 Informações por Segmento 26/06/2009 31/07/2009
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação
CPC 23 26/06/2009 16/09/2009
de Erro
CPC 24 Evento Subsequente 17/07/2009 16/09/2009
CPC 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 26/06/2009 16/09/2009
CPC 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis 02/12/2011 15/12/2011
CPC 27 Ativo Imobilizado 26/06/2009 31/07/2009
CPC 28 Propriedade para Investimento 26/06/2009 31/07/2009
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
A Resolução CFC 750/93, de 29 de dezembro de 1993 dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade
(PFC).
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais.
CONSIDERANDO que a evolução da última década na área da Ciência Contábil reclama a atualização substantiva
e adjetiva dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a que se refere a Resolução CFC n 530-81.
CAPÍTULO I
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (PFC) os enunciados por essa Resolução.
1º A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso
País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objetivo é o Patrimônio das
Entidades.
90
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilida- §1º A CONTINUIDADE influencia o valor econô-
de: mico dos Ativos e, em muitos casos, o valor ou o
I- o da ENTIDADE; vencimento dos Passivos, especialmente quando a
II- o da CONTINUIDADE; extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, pre-
III- o da OPORTUNIDADE; visto ou previsível.
IV- o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; § 2º A observância do Princípio da CONTINUI-
V- o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e DADE é indispensável à correta aplicação do Prin-
VI- o da PRUDÊNCIA cípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar
diretamente à quantificação dos componentes patri-
PRINCÍPIO DA ENTIDADE moniais e à formação do resultado e de constituir
dado importante para aferir a capacidade futura de
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Pa- geração de resultado.
trimônio como objeto da Contabilidade e afirma a au- (Este princípio favorece a avaliação monetária da
tonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de empresa, que ao ser iniciada, tem-se a ideia de Ter
um patrimônio particular no universo dos patrimônios duração indefinida, onde a mesma venha a efetuar
existentes, independentemente de pertencer a uma pes- grandes negócios construindo prédios , adquirindo
soa, um conjunto de pessoas, sociedade ou instituição nova tecnologia, contratando novos financiamentos
de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lu- etc. Isto como se fosse para toda uma vida.
crativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio Generalizando: esta empresa não esta ou foi cria-
não se confunde com aqueles dos seus sócios ou pro- da pôr apenas um período específico de tempo, (mas
prietários, no caso de sociedade ou instituição. sim pôr um período indefinido como o descrito acima).
Parágrafo único. O PATRIMÔNIO pertence à EN-
TIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
ou a agregação contábil de patrimônios autônomos
não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, si-
de natureza econômico-contábil.
multaneamente, à tempestividade e à integridade do re-
Toda as Empresas, indivíduo, grupo de empresas,
gistro do patrimônio e das suas mutações, determinando
entidades, desde que efetuem movimentações quan-
que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
tificáveis monetariamente e que haja necessidade em
independentemente das causas que as originaram.
manter contabilidade, serão tratadas como entidade,
Parágrafo único. Como resultado da observância do
então neste caso, o supermercados Carone, o Boa Pra-
Princípio da OPORTUNIDADE:
ça, o boteco do seu João da esquina ( que precisa de
I- desde que tecnicamente estimável, o registro
contabilidade) , serão Entidades Contábeis. Esta situa-
ção pode se aplicar também à pessoa física que tenha das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hi-
grandes movimentações e necessite manter contabili- pótese de somente existir razoável certeza de sua ocor-
dade. rência;
Bem, agora que sabemos o que é uma entidade II- o registro compreende os elementos quantita-
contábil, devemos saber como se aplica o Princípio da tivos e qualitativos, complementando os aspectos físicos
Entidade. Este tem como característica fundamental e monetários;
que os fatos da entidade não se misturem com a pessoa III- o registro deve ensejar o reconhecimento uni-
dos sócios. Ex: A esposa de seu João ( aquele do bote- versal das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDA-
co), precisa consertar a TV, ela vai até o comércio do DE, em um período de tempo determinado, base neces-
mesmo, abre o caixa e pega o dinheiro para fazer tal sária para gerar informações úteis ao processo decisório
conserto, aí ela se lembra de pegar dinheiro para pagar da gestão.
a mensalidade da escola de seus 05 (cinco) filhos, pa-
gar a C&A, e outras lojas. Já o seu João precisou com- PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
prar mercadorias acima de sua capacidade de capital,
ele sacou o seu cheque pessoal e bancou a compra de Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser
tal mercadoria. Com estes dois fatos, caracteriza-se o registrados pelos valores originais das transações com
descumprimento do Princípio da Entidade, (onde os só- o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda
cios misturaram seus fatos pessoais e de descontroles do País, que serão mantidos na avaliação das variações
com a entidade). patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Parágrafo único. Do Princípio do REGISTRO PELO VA-
LOR ORIGINAL resulta:
Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, I- a avaliação dos componentes patrimoniais
bem como sua vida definida ou provável, devem ser deve ser feita com base nos valores de entrada, conside-
consideradas quando da classificação e avaliação das rando-se como tais os resultantes do consenso com os
mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. agentes externos ou da imposição destes;
91
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
92
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
mesmos 13.000,00 (treze mil reais ). Se temos algo a Art. 3º Os arts. 5º, 6º, 7º, 9º e o § 1º do art. 10, da Re-
pagar e achamos que será 10.000,00 ( dez mil reais ), solução CFC n.º 750/93, passam a vigorar com as seguintes
informamos que o pagamento será 13.000,00 ( treze redações:
mil reais ) isto é , estamos nos precavendo de passar
valores para nossos acionistas e damos uma margem “Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a
um pouco acima pois caso haja algum erro nas previ- Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a
sões, não teríamos que retornar aos mesmos e dizer mensuração e a apresentação dos componentes do patri-
que erramos nos cálculos. Será que poderíamos deixar mônio levam em conta esta circunstância.
a nossa empresa com um contador que erra assim os
cálculos?. Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao proces-
so de mensuração e apresentação dos componentes patri-
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE moniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestivi-
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.282/10 dade na produção e na divulgação da informação contábil
Atualiza e consolida dispositivos da Resolução pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é neces-
CFC n.º 750/93, que dispõe sobre os Princípios Fun- sário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabi-
damentais de Contabilidade. lidade da informação.
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no
exercício de suas atribuições legais e regimentais, Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original de-
CONSIDERANDO que, por conta do processo de termina que os componentes do patrimônio devem ser
convergência às normas internacionais de contabili- inicialmente registrados pelos valores originais das transa-
dade, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu a ções, expressos em moeda nacional.
NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e § 1º As seguintes bases de mensuração devem ser uti-
Apresentação das Demonstrações Contábeis, que dis- lizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tem-
cute a aplicabilidade dos Princípios Fundamentais de po, de diferentes formas:
Contabilidade contidos na Resolução CFC n.º 750/93; I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos va-
CONSIDERANDO a necessidade de manutenção lores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes
da Resolução CFC n.º 750/93, que foi e continua sen- de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entre-
do referência para outros organismos normativos e gues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são
reguladores brasileiros; registrados pelos valores dos recursos que foram recebi-
CONSIDERANDO a importância do conteúdo dou- dos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias,
trinário apresentado na Resolução CFC n.º 750/93, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais
que continua sendo, nesse novo cenário convergido, serão necessários para liquidar o passivo no curso normal
o alicerce para o julgamento profissional na aplicação das operações; e
das Normas Brasileiras de Contabilidade; II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao
CONSIDERANDO que, para assegurar a adequada patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos,
aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade à podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
luz dos Princípios de Contabilidade, há a necessidade a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos
de harmonização dos dois documentos vigentes (Re- valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam
solução CFC n.º 750/93 e NBC T 1); de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fos-
CONSIDERANDO que, por conta dessa harmoni- sem adquiridos na data ou no período das demonstrações
zação, a denominação de Princípios Fundamentais de contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em
Contabilidade deva ser alterada para Princípios de caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se-
Contabilidade, visto ser suficiente para o perfeito en- riam necessários para liquidar a obrigação na data ou no
tendimento dos usuários das demonstrações contá- período das demonstrações contábeis;
beis e dos profissionais da Contabilidade, b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valo-
res em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam
RESOLVE: ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passi-
vos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de
Art. 1º Os “Princípios Fundamentais de Contabi- caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para
lidade (PFC)”, citados na Resolução CFC n.º 750/93, liquidar as correspondentes obrigações no curso normal
passam a denominar-se “Princípios de Contabilidade das operações da Entidade;
(PC)”. c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor
presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de
Art. 2º O “CONSIDERANDO” da Resolução CFC n.º caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal
750/93 passa a vigorar com a seguinte redação: das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo
“CONSIDERANDO a necessidade de prover funda- valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida
mentação apropriada para interpretação e aplicação de caixa que se espera seja necessário para liquidar o pas-
das Normas Brasileiras de Contabilidade,” sivo no curso normal das operações da Entidade;
93
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser tro- EXERCÍCIO
cado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras,
dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e 1. (FCC/TRF 4ª REGIÃO/ANALISTA CONTABILIDA-
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do DE/2010) O princípio contábil que se relaciona diretamen-
poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconheci- te à quantificação dos componentes patrimoniais e à for-
dos nos registros contábeis mediante o ajustamento da ex- mação do resultado, além de constituir dado importante
pressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. para aferir a capacidade futura de geração de resultados é
§ 2º São resultantes da adoção da atualização mone- o Princípio
tária: (A) da Continuidade.
I – a moeda, embora aceita universalmente como me- (B) do Registro pelo valor original.
dida de valor, não representa unidade constante em ter- (C) da Oportunidade.
mos do poder aquisitivo; (D) da Entidade.
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter (E) da Prudência.
os valores das transações originais, é necessário atualizar
sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que 2. (ISS-RJ / 2010) Assinale abaixo a única opção que
permaneçam substantivamente corretos os valores dos contém uma afirmativa falsa.
componentes patrimoniais e, por consequência, o do Pa- a) A finalidade da Contabilidade é assegurar o controle
trimônio Líquido; e do patrimônio administrado e fornecer informações sobre
III – a atualização monetária não representa nova ava- a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre
liação, mas tão somente o ajustamento dos valores origi- o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela
nais para determinada data, mediante a aplicação de inde- entidade para alcançar seus fins.
xadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do b) A Contabilidade pode ser conceituada como sendo
poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.” “a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fa-
tos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucra-
(...) tivos ou não”.
c) Pode-se dizer que o campo de aplicação da Contabi-
“Art. 9º O Princípio da Competência determina que os lidade é a entidade econômico-administrativa, seja ou não
efeitos das transações e outros eventos sejam reconheci- de fins lucrativos.
dos nos períodos a que se referem, independentemente do d) O objeto da Contabilidade é definido como o con-
recebimento ou pagamento. junto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma enti-
dade econômico-administrativa.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressu- e) Enquanto a entidade econômico-administrativa é o
põe a simultaneidade da confrontação de receitas e de objeto da Contabilidade, o patrimônio é o seu campo de
despesas correlatas.” aplicação.
94
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
95
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
RESPOSTA: “D ”.
0 3 -) ( D E T R A N / S E – V I S TO R I A D O R D E
T R Â N S I TO – F U N C A B / 2 0 1 0 ) M arque a opção
que completa, correta e respectivamente, as
lacunas da frase abaixo.
____ habilidade do motorista ao volante
deve estar associada ___ obediência ___ leis de
trânsito.
A) À- a - às.
B) A- à - às.
C) À- a - as.
D) A- a - as.
E) A- à - as.
RESPOSTA: “B”.
96
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
guiava-me a promessa do livro = a promessa do livro autopsia s.f., autópsia s.f.; cf. autopsia
guiava “eu”, “guiava a mim”, guiava-me (fonte: http://www.academia.org.br/abl/
cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23)
RESPOSTA: “CERTO”.
RESPOSTA: “CERTO”.
05-) (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/MG
– TÉCNICO NÍVEL SUPERIOR – INFORMÁTICA – FU- 08-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS –
MARC/2014) Na frase “Pelo menos 4,7 milhões de apo- TÉCNICO FORENSE - CESPE/2013) A concisão, uma
sentados e pensionistas têm pouco mais de um mês para das qualidades essenciais ao texto oficial, para a qual
recadastrar a senha bancária”, o acento gráfico do ver- concorrem o domínio do assunto tratado e a revisão
bo “ter” se justifica pela seguinte regra: textual, consiste em se transmitir, no texto escrito, o
(A) Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plu- máximo de informações empregando-se um mínimo
ral do presente do indicativo do verbo “ter”. de palavras.
(B) O verbo “ter”, no presente do subjuntivo, assu- ( ) Certo
me a forma “têm” (com acento) na terceira pessoa do ( ) Errado
plural.
(C) O acento circunflexo é empregado para marcar É a qualidade esperada de um bom texto, assim ele
a oposição entre a 3ª pessoa do singular e a 2ª pessoa não se torna prolixo: “fala, fala, mas não diz nada!”.
do plural.
(D) Todas as palavras oxítonas são acentuadas RESPOSTA: “CERTO”.
quando empregadas na terceira pessoa do plural.
09-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉC-
(A) Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural NICO FORENSE - CESPE/2013) Na parte superior do
do presente do indicativo do verbo “ter”. ofício, do aviso e do memorando, antes do assunto,
(B) O verbo “ter”, no presente do subjuntivo, assume devem constar o nome e o endereço da autoridade a
a forma “têm” (com acento) na terceira pessoa do plural. quem é direcionada a comunicação.
(que eles tenham) ( ) Certo
(C) O acento circunflexo é empregado para marcar a ( ) Errado
oposição entre a 3ª pessoa do singular e a 2ª pessoa do
plural. O aviso, o ofício e o memorando devem
3ª pessoa do singular = ele tem / 2ª pessoa do plural conter as seguintes partes:
= vós tendes a) tipo e número do expediente, seguido
(D) Todas as palavras oxítonas são acentuadas quando da sigla do órgão que o expede:
empregadas na terceira pessoa do plural. b) local e data em que foi assinado, por
“Tem” não é oxítona, mas sim, monossílaba. As pala- extenso, com alinhamento à direita:
vras oxítonas recebem acento apenas quando terminadas c) assunto: resumo do teor do documento
em “a”, “e” ou “o”, seguidas ou não de “s”. d) destinatário: o nome e o cargo da pes-
soa a quem é dirigida a comunicação. No
RESPOSTA: “A”. caso do ofício deve ser incluído também o
endereço.
06-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉC- e) texto;
NICO FORENSE - CESPE/2013) As palavras “patrimô- f) fecho;
nio” e “convivência” acentuam-se segundo a mesma g) assinatura do autor da comunicação;
regra ortográfica. e
( ) Certo h) identificação do signatário
( ) Errado (Fonte: http://webcache.googleuser-
content.com/search?q=cache:omaLJnt2Ut-
Patrimônio = paroxítona terminada em ditongo / con- QJ:www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/
vivência = paroxítona terminada em ditongo Manual_Rich_RedPR2aEd.rtf+&cd=1&hl=p-
t-BR&ct=clnk&gl=br)
RESPOSTA: “CERTO”.
RESPOSTA: “ERRADO”.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
15-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JA- adora danone. (= Minha filha adora o iogurte
NEIRO – OFICIAL DE CARTÓRIO – IBFC/2013) Assinale que é da marca Danone.)
a alternativa em que o vocábulo “a”, destacado nas op-
ções abaixo, seja exclusivamente um artigo. (Fonte: http://www.soportugues.com.br/
a) “conta a um jornal sua conversa com um índio secoes/estil/estil3.php)
jivaro,”
b) “desses que sabem reduzir a cabeça de um mor- RESPOSTA: D
to”
c) “Queria assistir a uma dessas operações” 18-) (CONDER/BA – JORNALISTA – FGV PROJE-
d) “ele tinha contas a acertar com um inimigo” TOS/2013) “Agora compreendo o entusiasmo de gente
e) “uma viagem de exploração à América do Sul” como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem
a sua vida profissional em antes dele e depois dele”.
a) “conta a um jornal sua conversa com um índio jivaro” Nesse segmento, cinco termos estabelecem a coesão
conta o quê? – sua conversa (objeto direto) a quem? – textual. Assinale a alternativa em que a referência coe-
a um jornal (objeto indireto, com preposição) siva é adequada.
b) “desses que sabem reduzir a cabeça de um morto” (A) “Gente” se refere a termos futuros da progres-
reduzir o quê? – a cabeça de um morto (objeto direto, são textual.
sem preposição) (B) O pronome relativo “que” se refere a Fernando
c) “Queria assistir a uma dessas operações” Sabino.
assistir – no sentido de presenciar – pede preposição (C) O possessivo “sua” se refere a “Fernando Sabi-
d) “ele tinha contas a acertar com um inimigo” no”.
a = para / preposição (D) Os dois pronomes “ele” não se referem ao mes-
e) “uma viagem de exploração à América do Sul” mo antecedente.
para a = à / preposição (E) Todos os termos coesivos se referem a termos
anteriormente expressos.
RESPOSTA: “B”.
(A) “Gente” se refere a termos futuros da progressão
16-) (CONDER/BA – JORNALISTA – FGV PROJE- textual.
TOS/2013) “Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre (B) O pronome relativo “que” se refere a Fernando Sa-
pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que bino.= (a Fernando Sabino e a Millôr)
faltou na hora...”. (C) O possessivo “sua” se refere a “Fernando Sabino”..=
Assinale a alternativa em que a substituição da for- (a Fernando Sabino e a Millôr)
ma reduzida sublinhada foi feita de forma adequada. (D) Os dois pronomes “ele” não se referem ao mesmo
(A) que se insera. antecedente.
(B) que se inserte. (E) Todos os termos coesivos se referem a termos an-
(C) que se insira. teriormente expressos. (vide a alternativa A, por exemplo)
(D) que se enserisse.
(E) que se insertasse. RESPOSTA: “A”.
A forma reduzida de infinitivo pode ser substituída 19-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRA-
pela forma: “pronta a que se insira” (modo Subjuntivo). BALHO – VUNESP/2013) Assinale a alternativa em que
a frase – O Alaga SP mostra os alagamentos ativos a
RESPOSTA: “C”. partir de informações da prefeitura. – está corretamen-
te reescrita, no que se refere às regras de pontuação do
17-) (CONDER/BA – JORNALISTA – FGV PROJE- português padrão.
TOS/2013) “Sinto falta do papel e da fiel Bic” Nesse (A) O Alaga SP mostra a partir de informações da
segmento, o cronista emprega o nome de uma marca prefeitura, os alagamentos ativos.
em lugar de “caneta esferográfica”, caracterizando uma (B) O Alaga SP mostra, a partir de informações da
figura de linguagem denominada prefeitura os alagamentos ativos.
(A) metáfora. (C) O Alaga SP a partir de informações da prefeitu-
(B) hipérbole. ra, mostra os alagamentos ativos.
(C) eufemismo. (D) O Alaga SP, a partir de informações da prefeitu-
(D) metonímia. ra mostra os alagamentos ativos.
(E) antítese. (E) A partir de informações da prefeitura, o Alaga
SP mostra os alagamentos ativos.
Metonímia: A metonímia consiste em em-
pregar um termo no lugar de outro, havendo Apontei com (X) as inadequações (falta de pontuação
entre ambos estreita afinidade ou relação de ou lugar indevido):
sentido. (...) Marca pelo produto: Minha filha
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
(A) O Alaga SP mostra (X) a partir de informações da Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui.
prefeitura, os alagamentos ativos. Passarei as férias lá, onde, à beira das lagoas ver-
(B) O Alaga SP mostra, a partir de informações da pre- des e azuis, o silêncio cresce como um bosque.
feitura (X) os alagamentos ativos. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo os
(C) O Alaga SP (X) a partir de informações da prefeitura, pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça
mostra os alagamentos ativos. à janela a namorar um moço na outra janela de
(D) O Alaga SP, a partir de informações da prefeitura outra ilha.
(X) mostra os alagamentos ativos.
(E) A partir de informações da prefeitura, o Alaga SP (Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende.
mostra os alagamentos ativos Adaptado)
*fissuras: fendas, rachaduras
RESPOSTA: “E”.
21-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO
20- ) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRA- TRABALHO – VUNESP/2013) No primeiro pará-
BALHO – VUNESP/2013) Assinale a alternativa em que grafo, ao descrever a maneira como se preparam
a concordância está de acordo com a norma-padrão da para suas férias, a autora mostra que seus amigos
língua. estão
(A) Muitos motoristas, em São Paulo, dirige falando (A) serenos.
ao celular. (B) descuidados.
(B) Equipamentos como o celular devem ser evita- (C) apreensivos.
do por muitos fatores. (D) indiferentes.
(C) Todos os anos, é aplicado milhares de multas (E) relaxados.
pelo uso do celular ao volante. “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras
(D) Motoristas em todo o país já tiveram suas habi- soltas, fissuras – sem falar em bandidos, milhões de
litações suspensas devido ao uso do celular. bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as bar-
(E) As multas e os pontos na habilitação são recur- reiras...” = pensar nessas coisas, certamente, deixa-os
sos que, de modo geral, reduz o número de infrações. apreensivos.
(A) Muitos motoristas, em São Paulo, dirige (dirigem)
falando ao celular. RESPOSTA: “C”.
(B) Equipamentos como o celular devem ser evitado
(evitados) por muitos fatores. 22-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO
(C) Todos os anos, é (são) aplicado (aplicadas) milhares TRABALHO – VUNESP/2013) De acordo com o
de multas pelo uso do celular ao volante. texto, pode-se afirmar que, assim como seus ami-
(D) Motoristas em todo o país já tiveram suas habilita- gos, a autora viaja para
ções suspensas devido ao uso do celular. (A) visitar um lugar totalmente desconhecido.
(E) As multas e os pontos na habilitação são recursos (B) escapar do lugar em que está.
que, de modo geral, reduz (reduzem) o número de infra- (C) reencontrar familiares queridos.
ções. (D) praticar esportes radicais.
(E) dedicar-se ao trabalho.
RESPOSTA: ‘D”.
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = res-
(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABA- posta da própria autora!
LHO – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para
responder às questões de números 21 a 23. RESPOSTA: “B”.
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
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NOÇÕES DE CONTABILIDADE
29-) (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MI- b) Cada um dos países do Conselho de Direitos Hu-
NAS GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA manos da Organização das Nações Unidas (ONU) há de
CIVIL - FUMARC/2013 - adaptada) “Na revisão de um zelar pela manutenção dos Direitos Humanos.
expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil c) A comunidade internacional trata os direitos hu-
compreensão por seu destinatário. O que nos parece manos de forma global, justa e equitativa, em pé de
óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio igualdade e com a mesma ênfase.
que adquirimos sobre certos assuntos em decorrência d) A maior parte dos países compreende que o di-
de nossa experiência profissional muitas vezes faz com reito ao trabalho é de vital importância para o desen-
que os tomemos como de conhecimento geral, o que volvimento de povos e nações.
nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclare- e) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de
ça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e 1993, reconhece uma série de direitos fundamentais,
abreviações e os conceitos específicos que não possam como o direito ao desenvolvimento.
ser dispensados.”
Sublinhei os termos que se relacionam, justificando a
(Manual de Redação Oficial da Presidência da Repú- concordância verbal:
blica. p. 14). a) Para promover os direitos humanos, a consolidação
da democracia em todos os países é extremamente neces-
Sobre a Redação Oficial, pode-se concluir que sária.
(A) a concisão de um texto está relacionada ao grau b) Cada um dos países do Conselho de Direitos Huma-
de especificação dos termos. nos da Organização das Nações Unidas (ONU) há de zelar
(B) a padronização de termos e conceitos viabiliza a pela manutenção dos Direitos Humanos.
uniformidade dos documentos. c) A comunidade internacional trata os direitos huma-
(C) a revisão possibilita a substituição de termos, nos de forma global, justa e equitativa, em pé de igualdade
muitas vezes, desconhecidos pelo leitor. e com a mesma ênfase.
(D) claro é o texto que exige releituras mais apro- d) A maior parte dos países compreende (ou “com-
fundadas. preendem” = facultativo; tanto concorda com “a maior par-
Através da leitura do excerto e das próprias alternati- te” quanto com “países”) que o direito ao trabalho é de vi-
vas, chegamos à conclusão de que um texto, principalmen- tal importância para o desenvolvimento de povos e nações.
te oficial, deve priorizar a revisão. e) A declaração de Direitos Humanos de Viena, de
1993, reconhece uma série de direitos fundamentais, como
RESPOSTA: “C”. o direito ao desenvolvimento.
RESPOSTA: “B”.
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