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Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém

Contabilidade Financeira I
Licenciatura Gestão de Empresas
Licenciatura Contabilidade e Fiscalidade

Normalização Contabilística

Departamento de Contabilidade e Finanças


Área de Contabilidade
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Normalização Contabilística

Normalizar – consiste em criar uma metodologia


comum visando, fundamentalmente, a
comparabilidade das informações inter-unidades, a
universalidade dos dados recolhidos e a sua
compreensibilidade pelos diversos agentes
económicos.

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Normalização contabilística – definição de um
conjunto de regras e princípios que visam:
 Elaboração de 1 quadro de contas.
 Definição do conteúdo, regras de movimentação e
articulação das contas.
 Conceção de mapas modelos para as
demonstrações financeiras.
 Definição dos princípios contabilísticos e dos
critérios valorimétricos.

Vantagens e inconvenientes da normalização

Vantagens, em várias perspetivas:


- Empresa; Contabilistas Certificados (CC); Didática e
Pedagógica
- Macro-empresarial
- Tributação

Inconvenientes:
- Não considerar a especificidade das empresas
- Quanto maior a aplicação, mais gerais tendem a ser as regras
- Normas nacionais orientadoras de normas sectoriais
(agricultura ≠ metalomecânica) 4

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Normalização Contabilística Internacional

❖ International Accounting Standards Board (IASB)


➢ Organismo normalizador independente, supranacional,
domiciliado em Londres
➢ International Financial Reporting Standards (IFRS)
❖ Financial Accounting Standards Board (FASB)
➢ Entidade normalizadora EUA
➢ Statement of Financial Accounting Standards (SFAS)

Normas internacionais de contabilidade


Adoção das normas internacionais de contabilidade em Portugal
❖ Regulamento (CE) 1606/2002
➢ Entidades cotadas em bolsa devem elaborar demonstrações
financeiras consolidadas em conformidade com as normas
internacionais de contabilidade adotadas pela União Europeia.
➢Plano Oficial de Contabilidade
➢Decreto-Lei n.º 35/2005
➢Sistema de Normalização Contabilística
➢Decreto-Lei n.º 158/2009
➢Decreto-Lei n.º 98/2015
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Evolução da Normalização em Portugal
As contas consolidadas das entidades
POC/1977 Alterações ao
com títulos cotados, passam a ser
elaboradas de acordo com as NIC*,
POC/89
emitidas pelo IASB*, adotadas pelo
Regulamento (CE) 1606/2002

Sistema de Normalização
Decreto-Lei Contabilística em vigor de
POC/1989 nº 35/2005 01/01/2010 até 31/12/2015

Adoção da 4ª Sistema de Normalização


Decreto-Lei
Diretiva Contabilística em vigor a
(CEE) nº 98/2015 partir de 01/01/2016
* NIC – Normas Internacionais de Contabilidade
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IASB – International Accounting Standard Board

Níveis de normalização contabilística

Contas consolidadas das entidades com títulos cotados,


obrigadas a adotar as Normas Internacionais de
Contabilidade (NIC) adotadas pelo Regulamento (CE) nº
1606/2002.
Por opção as restantes entidades desde que as suas contas
1º nível sejam objeto de Certificação Legal de Contas.

Entidades abrangidas pelo Sistema de Normalização


2º nível Contabilística (SNC): Normas Contabilísticas e de
Relato Financeiro (NCRF)

Entidades não abrangidas nem pelas NIC nem pelo


3º nível
NCRF: NCRF-PE, NCRF-ME e NCRF-ESNL.
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Normalização contabilística em Portugal
Comissão de Normalização Contabilística (CNC)
A CNC tem por missão emitir normas, pareceres e recomendações
relativos ao conjunto das entidades inseridas no setor empresarial e setor
público, de modo a estabelecer e assegurar procedimentos contabilísticos
harmonizados com as normas europeias e internacionais da mesma
natureza, contribuindo para o desenvolvimento de padrões de alta
qualidade da informação e do relato financeiro, das entidades que
apliquem:
a) O sistema de normalização contabilística;
b) A normalização contabilística para microentidades;
c) O Sistema de Normalização Contabilística Público.
E ainda, promover as ações necessárias para que as normas de
contabilidade sejam efetiva e adequadamente aplicadas pelas entidades a
elas sujeitas. (Decreto-Lei n.º 134/2012 de 29 de junho). 9

Atribuições da CNC:
a) Apresentar ao Governo propostas de alteração aos normativos
contabilísticos;
b) Emitir normas contabilísticas e normas interpretativas que sejam,
nos termos do SNC, de efeito obrigatório;
c) Participar nas instâncias europeias e internacionais que se dediquem
à normalização contabilística e nas reuniões promovidas pelas
mesmas,
d) Cooperar na área da normalização contabilística com outras
entidades nacionais ou internacionais
e) Promover a divulgação das normas contabilísticas através de
publicações e por outros meios,
f) Promover os estudos tendentes à adoção de conceitos, princípios e
procedimentos contabilísticos que devam considerar-se de aplicação
geral;
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Atribuições da CNC:
g) Dar parecer sobre projetos de normas contabilísticas a emitir por
outras entidades e aplicáveis a entidades não compreendidas na
missão do CNC;
h) Dar parecer sobre disposições de natureza contabilística constantes
de projetos de diplomas legislativos que, para o efeito, lhe deverão
ser submetidos;
i) Emitir entendimentos sobre a aplicação das normas internacionais de
contabilidade adotadas na União Europeia, relativamente às
entidades que exerçam a opção de elaborar as respetivas contas
consolidadas em conformidade com as normas internacionais de
contabilidade;
j) Responder, nos termos e condições fixados por regulamento interno,
a consultas relativas à aplicação ou interpretação dos normativos
contabilísticos aplicáveis às entidades compreendidas na missão do
CNC. 11

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Sistema de Normalização Contabilística (SNC)


Legislação em vigor: a partir de 1 de Janeiro de 2016 :
► Sistema de Normalização Contabilística
Decreto-Lei n.º 98/2015, de 2 de junho
► Modelos de demonstrações financeiras
Portaria n.º 220/2015, de 24 de julho
Declaração de Retificação n.º 41-B/2015, de 21 setembro
► Estrutura Conceptual
Aviso n.º 8254/2015, de 29 julho
Declaração de Retificação nº 917/2015, de 19 de outubro
► Normas Interpretativas (NI)
Aviso n.º 8258/2015, de 29 julho
► Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro
Aviso n.º 8256/2015, de 29 julho
Declaração de Retificação nº 918/2015, de 19 de outubro
► Código de contas
Portaria n.º 218/2015 de 23 de julho
Declaração de Retificação n.º 41-A/2015 de 21 setembro

Nota: legislação disponível no site da CNC: http://www.cnc.min-financas.pt/snc2016.html


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Sistema de Normalização Contabilística
Pequenas Entidades, Microentidades e Setor
Não Lucrativo

Legislação em vigor: a partir de 1 de Janeiro de 2016


► Norma Contabilística e de Relato Financeiro–Pequenas Entidades
(NCRF-PE)
Aviso n.º 8257/2015, de 29 julho
Declaração de retificação nº 915/2015, de 19 de outubro

► Norma Contabilística para Microentidades


Aviso n.º 8255/2015, de 29 julho
Declaração de retificação nº 914/2015, de 19 de outubro

► Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Entidades do Setor


Não Lucrativo
Aviso n.º 8259/2015, de 29 julho
Declaração de retificação nº 916/2015, de 19 de outubro

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SNC - Âmbito
O SNC é obrigatoriamente aplicável às seguintes entidades:
a) Entidades abrangidas pelo Código das Sociedades
Comerciais;
b) Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;
c) Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;
d) Empresas públicas;
e) Cooperativas,
f) Agrupamentos complementares de empresas e
agrupamentos europeus de interesse económico;
g) Entidades do setor não lucrativo (ESNL),
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SNC – Instrumentos Contabilísticos
• Estrutura Concetual
• Bases para a apresentação de Demonstrações Financeiras
• Modelos de Demonstrações Financeiras
• Código de contas
• Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF)
• Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas
Entidades (NCRF-PE)
• Norma Contabilística e de Relato Financeiro para
Microentidades (NCRF-ME)
• Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Entidades
do Setor Não Lucrativo (NCRF-ESNL)
• Normas interpretativas 15

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Normas contabilística e de relato


financeiro - NCRF
1 Estrutura e conteúdo das Demonstrações Financeiras
2 Demonstração de Fluxos de Caixa
3 Adoção pela primeira vez das NCRF
4 Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros
5 Divulgação de partes relacionadas
6 Ativos intangíveis
7 Ativos fixos tangíveis
8 Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais
descontinuadas
9 Locações
10 Custos dos empréstimos obtidos
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Normas contabilística e de relato
financeiro - NCRF
11 Propriedades de investimento
12 Imparidade de ativos
13 Interesses em empreendimentos conjuntos e investimentos em associadas
14 Concentrações de atividade empresariais
15 Investimentos em subsidiárias e consolidação
16 Exploração e avaliação de recursos minerais
17 Agricultura
18 Inventários
19 Contratos de construção
20 Rédito

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Normas contabilística e de relato


financeiro - NCRF
21 Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
22 Subsídios e Outros Apoios das Entidades Públicas
23 Os efeitos de alterações em taxas de câmbio
24 Acontecimentos após a data do balanço
25 Impostos sobre o rendimento
26 Matérias ambientais
27 Instrumentos financeiros
28 Benefícios aos empregados

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Diferenças para as micro e pequenas
entidades a partir de 2016

Microentidade Pequena entidade Critério


Decreto-Lei nº
98/2015, de 2 de junho
10 50 Trabalhadores
Vigente a partir 2016

350.000 € 4.000.000 € Total do Balanço

700.000 € 8.000.000 € Volume de negócios

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Microentidades

Consideram-se microentidades aquelas que à data do


balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes:
a) Total do balanço: € 350 000;
b) Volume de negócios líquido: € 700 000;
c) Número médio de empregados durante o período: 10.

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Pequenas entidades
Consideram-se pequenas entidades aquelas que, à data do
balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes:
a) Total do balanço: € 4 000 000;
b) Volume de negócios líquido: € 8 000 000;
c) Número médio de empregados durante o período: 50.

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Médias e grandes entidades


Consideram-se médias entidades aquelas que à data do
balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes:
a) Total do balanço: € 20 000 000;
b) Volume de negócios líquido: € 40 000 000;
c) Número médio de empregados durante o período: 250.

Grandes entidades são as entidades que, à data do


balanço, ultrapassem dois dos três limites referidos para as
médias entidades.

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Entidades do Setor Não Lucrativo

Entidades do setor não lucrativo (ESNL), são


entidades que prossigam a título principal uma
atividade sem fins lucrativos e que não possam
distribuir aos seus membros ou contribuintes
qualquer ganho económico ou financeiro direto,
designadamente associações, fundações e
pessoas coletivas públicas de tipo associativo,
devendo a aplicação do SNC a estas entidades
sofrer as adaptações decorrentes da sua
especificidade.
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SNC - Hierarquia
1.º Sistema de Normalização Contabilística.

2.º Normas internacionais de contabilidade (NIC),


adotadas ao abrigo do Regulamento (CE)
nº 1606/2002, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 19 de Julho.

3.º Normas internacionais de contabilidade (IAS) e


normas internacionais de relato financeiro (IFRS),
emitidas pelo IASB, e respetivas interpretações
SIC- IFRIC.
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