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29/09/2021

Cap. 2 – Normalização e Harmonização


Contabilística

IPCA/Susana Rua

2.1. Introdução: Conceito, objetivos e


vantagens da normalização
Conceito de Normalização contabilística:
Definição de um conjunto de princípios e critérios que devam ser
seguidos pelas unidades económicas, com vista à:
 elaboração de um quadro de contas e respetiva nomenclatura;

 definição do conteúdo, regras de movimentação e relações entre


as contas;
 conceção de modelos de mapas para as demonstrações
financeiras;
 definição de regras uniformes sobre mensuração dos elementos
patrimoniais e determinação dos resultados de cada período.
 Princípios contabilísticos e critérios valorimétricos.

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Objetivo da Normalização contabilística:


Comparabilidade:
 no tempo - os mesmos procedimentos adotados ao longo
dos vários exercícios económicos.
 no espaço - utilização pelas diversas empresas de métodos
e terminologias comuns.

Vantagens da Normalização:
As vantagens que se atribuem à adoção de uma normalização
contabilística situam-se em vários planos, designadamente:
 o da empresa;

 o da profissão de técnico de contabilidade;

 o da didática e da pedagogia;

 o da análise macro empresarial;

 o da tributação.
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2.2. Harmonização Contabilística Internacional e Europeia


2.2.1. O papel do IASB
O IASB (International Accounting Standards Board),
organismo internacional de normalização contabilística,
surgiu em 1973
objetivo de dar resposta à necessidade de
harmonização contabilística a nível
internacional.
Para isso, elabora e difunde:
 Normas Internacionais de Contabilidade - NIC (International Accounting
Standards – IAS) e
 Normas Internacionais de Relato Financeiro – NIRF (International Financial
Reporting Standards – IFRS) e respetivas interpretações.

A partir de 2001, na sequência de um processo de reestruturação do IASB, as


normas que foram emitidas passaram a ter designação de IFRS. Estão atualmente
em vigor 41 IAS e 16 IFRS.
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2.2.2. O Processo de harmonização contabilística na UE


Etapas

1ª etapa: 3ª etapa:
1970-1995 (Diretivas 2000-2013
comunitárias) (Regulamentos)

2ª etapa: 4ª etapa:
1995-2000 (estratégica 2013-….
comunitária p/ (Diretiva2013/34/UE)
harmonização)

Regulamento (CE) nº
1606/2002

• O 2.º grande passo da estratégia de harmonização


3ª etapa: comunitária consistiu na aprovação, em Julho de 2002, pelo
Parlamento Europeu e pelo Conselho do Regulamento
2000-2013 (CE) nº 1606/2002 – (“Regulamento NIC”), relativo à
aplicação das IAS/IFRS e das SIC/IFRIC, a partir de 1 de
Janeiro de 2005.

Estipula

a obrigatoriedade de aplicação para as sociedades com valores admitidos à


negociação na elaboração das suas contas consolidadas;
a possibilidade de os EM exigirem ou permitirem a sua aplicação na
elaboração:
das contas individuais de sociedades com valores admitidos à negociação;
das contas consolidadas e/ou individuais de outras sociedades.

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Diretiva 2013/34/UE, que visa, entre outros aspetos:


• Revogar as IV e VII Diretivas Comunitárias e a sua substituição
4ª etapa: por uma única diretiva que regule essas matérias;
2013-… • Limitar as exigências contabilísticas das pequenas e micro
empresas, alterando os limites para a sua classificação (que
diferem, nomeadamente, dos limites estabelecidos em Portugal);
• Harmonizar os requisitos contabilísticos e de divulgação
aplicáveis às pequenas entidades, de forma a reduzir os encargos
administrativos.

O conteúdo da Diretiva afasta-se substancialmente do conteúdo das normas


emitidas pelo IASB (que estão na base dos normativos contabilísticos portugueses)

Decreto-Lei nº 98/2015, de 2 de junho

2.3. Normalização Contabilística em Portugal


2.3.1. Antecedentes do SNC
1ª etapa:
1970-2001 3ª etapa:
(POC e DC) após 2010 (SNC)

2ª etapa: 4ª etapa:
2002-2009 2016….
(Regulamento (Alterações ao SNC:
1606/2002; DL Decreto-Lei nº
35/2005 e projetos 98/2015, de 2/6)
CNC)

Criação da Comissão de Normalização Contabilística – CNC (pela Portaria


nº 819/80, de 13 de Outubro)

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2.3.2. Caracterização do SNC


2.3.2.1. Surgimento
 Tendo por base o “Projeto de Linhas de Orientação de um
Novo Modelo de Normalização Contabilística Nacional”, a CNC
aprovou em Julho de 2007 o “Sistema de Normalização
Contabilística” (SNC) foi aprovado pelo Governo através do
Decreto-lei nº 158/2009 de 13 de Julho, em vigor desde 1 de
janeiro de 2010, e alterado pelo Decreto-lei nº 98/2015, de 2 de
junho), cujas alterações vigoram desde 1 de janeiro de 2016.
 Trata-se de um modelo baseado nas normas do IASB adotadas
na UE, sendo por isso criadas Normas Contabilísticas de Relato
Financeiro (NCRF).
 É um modelo no qual se atende às diferentes necessidades de
relato financeiro, pelo que foram criadas normas destinadas a
entidades menor dimensão.
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Desde de 1 de janeiro de 2016:


NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EM PORTUGAL

1º nível 2º nível

Regulamento 1606/02 SNC

Empresas com valores


mobiliários admitidos à Empresas dos Entidades do
Pequenas
negociação em mercado setores não Microentidades setor não
Entidades
regulamentado da UE financeiros lucrativo

Normas do IASB adotadas NCRF NC - ME NCRF - ESNL


NCRF - PE
na UE

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1º NÍVEL

Aplicação obrigatória
Contas consolidadas
IAS/IFRS

Grupos
cotados
Contas individuais da Opção
IAS/IFRS
empresa mãe e
subsidiárias SNC

Sociedades
Aplicação obrigatória
individuais
Regulamento CMVM n.º11/2005 IAS/IFRS
cotadas

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2º NÍVEL

Contas consolidadas IAS/IFRS

Grupos Opção
não
Contas individuais da empresa SNC
cotados
mãe e subsidiárias

sim Aplicação obrigatória SNC

Sociedades Excede 2 dos 3 limites:


Total balanço: 4.000.000€
individuais Volume negócios líquido: 8.000.000€
n.º médio trabalhadores: 50
não cotadas
Excede 2 dos 3 limites:
Não Total balanço: 350.000€
Volume negócios líquido: 700.000€
n.º médio trabalhadores: 10

Não Sim PEQUENA ENTIDADE:


NCRF
MICROENTIDADE: (ou optar pela NCRF – PE)
NC – ME
(ou optar pelas NCRF ou
NCRF-PE)
Entidades do setor não
lucrativo NCRF - ESNL 12

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Aplicação obrigatória vs aplicação opcional dos normativos contabilísticos


Microentidades (ME)

Aplicação automática NC-ME Aplicação opcional NCRF ou NCRF-PE

Pequenas Entidades (PE)

Aplicação automática NCRF Aplicação opcional NCRF-PE

Entidades do Setor Não Lucrativo

Aplicação automática NCRF-ESNL Aplicação opcional NCRF ou IAS

Supressão de lacunas do SNC:

IAS/IFRS
do IASB

IAS adotadas pela UE

NCRF e NI

NCRF-PE e NCRF-ESNL 13

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Assim, com o DL nº 98/2015, de 2 de junho (art.º 9º), temos 4 categorias de entidades:

 Microentidades, as que à data de balanço não ultrapassem 2 dos 3 limites:


- Total do balanço: 350.000€
- Volume de negócios líquido: 700.000€
- Número médio de empregados: 10

 Pequenas entidades, as que à data de balanço não ultrapassem 2 dos 3 limites:


- Total do balanço: 4.000.000€
- Volume de negócios líquido: 8.000.000€
- Número médio de empregados: 50

 Médias entidades, as que à data de balanço não ultrapassem 2 dos 3 limites:


- Total do balanço: 20.000.000€
- Volume de negócios líquido: 40.000.000€
- Número médio de empregados: 250

 Grandes entidades, as que à data de balanço ultrapassem 2 dos 3 limites


definidos para as médias entidades.

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Forma de apuramento das categorias (art.º 9º-A):


 Quando os limites sejam ultrapassados durante dois períodos
consecutivos, deixam de poder ser consideradas na respetiva
categoria, a partir do terceiro período inclusive, ao da
ultrapassagem desses limites.

N N+1 N+2
Ultrapassa Ultrapassa Deixa de poder ser considerada
limites limites na respetiva categoria

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15

 Quando dois dos três limites deixem de ser ultrapassados nos


dois períodos consecutivos imediatamente anteriores, as
entidades podem novamente ser consideradas nessa categoria.

N N+1 N+2

Não ultrapassa Não ultrapassa Novamente classificadas


limites limites nessa categoria

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2.3.2.2. Âmbito de aplicação do SNC


O SNC é de aplicação obrigatória a:
 Entidades abrangidas pelo Código das Sociedades Comerciais;
 Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;
 Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;
 Empresas públicas;
 Cooperativas (com as devidas exceções);
 Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos
europeus de interesse económico;
 Entidades do Setor Não Lucrativo (ESNL).

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Dispensa de aplicação (art.º 10º):


• Ficam dispensadas de aplicação do SNC as pessoas singulares
que, exercendo a título individual qualquer atividade comercial,
industrial ou agrícola, não realizem na média dos últimos três anos
um volume de negócios líquido superior a 200.000 €.
• No caso de ESNL, ficam dispensadas de aplicação do SNC,
quando o volume de negócios líquido não exceda 150.000€ em
nenhum dos dois períodos anteriores (com as devidas exceções).
Neste caso estas entidades ficam sujeitas ao regime de caixa.
Nota: Tratando-se do período de início de atividade, os limites acima referidos
reportam-se ao valor anualizado estimado (nº 3 do art.º 10º)

Cessa a dispensa de aplicação quando forem ultrapassados os limites


supra mencionados, ficando a entidade obrigada a aplicar o SNC a partir
do período seguinte.
N
N N+1
Ultrapassa limites de Tem de
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dispensa de aplicação SNC aplicar SNC
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2.3.2.3. Estrutura do SNC


O SNC é composto por:
 Bases para apresentação das demonstrações financeiras (BADF)

 Modelos de demonstrações financeiras (MDF): Portaria nº 220/2015, de 24 de


julho.
 Códigos de Contas (CC): Portaria 218/2015, de 23 de julho.

 Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF): Aviso 8256/2015, de 29


de julho.
 Norma Contabilística e de Relato Financeiro para pequenas entidades (NCRF-PE):
Aviso 8257, de 29 de julho.
 Norma Contabilística e de relato financeiro para entidades do setor não lucrativo
(NCRF-ESNL): Aviso 8259/2015, de 29 de julho.
 Norma contabilística para microentidades (NC-ME): Aviso 8255/2015, de 29 de
julho.
 Normas Interpretativas (NI): Aviso 8258/2015, de 20 de julho.

Como base conceptual de todos estes elementos foi aprovada


uma estrutura conceptual (Aviso nº 8254/2015, de 29 de
julho) que constitui um documento autónomo ao SNC. 19

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Bases para apresentação das demonstrações financeiras


Continuidade
Regime do acréscimo (periodização Económica)
Consistência de apresentação
Materialidade e agregação
Compensação
Informação comparativa
Mensuração

Normas Interpretativas:
NI 1 - Consolidação — Entidades de Finalidades Especiais
NI 2 - Uso de Técnicas de Valor Presente Para Mensurar o Valor de Uso

Demonstrações Financeiras:
MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (entidades que apliquem as NCRF)
Balanço
Demonstração dos Resultados por Naturezas
Demonstração dos Resultados por Funções
Demonstração das Alterações no Capital Próprio
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Anexo
MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (entidades que apliquem a NCRF-PE)
Balanço
Demonstração dos Resultados por Naturezas – modelo reduzido
Demonstração dos Resultados por Funções – modelo reduzido
Anexo – modelo reduzido
MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (entidades que apliquem NC-ME)
Balanço – modelo ME
Demonstração dos Resultados por naturezas – modelo ME
MODELOS DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (entidades que apliquem NCRF-ESNL)
Balanço – modelo ESNL
Demonstração dos Resultados por naturezas – modelo ESNL
Demonstração dos Resultados por funções – modelo ESNL
Demonstração das alterações nos fundos patrimoniais
Demonstração dos fluxos de caixa – modelo ESNL
Anexo – modelo ESNL 20
Pagamentos e Recebimentos, património fixo e direitos e compromissos futuros

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2.3.3. Estrutura conceptual do SNC

Para:
-aplicação coerente das normas contabilísticas
-comparabilidade da informação financeira

Necessário:

ESTRUTURA
Conjunto de conceitos teóricos subjacentes à
CONCEPTUAL preparação e apresentação das Demonstrações
Financeiras (IASB, 1989:§1).

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FINALIDADES (§2 a 4)
 AJUDAR OS PREPARADORES DAS DF A INTERPRETAR E
APLICAR AS NORMAS
 AJUDAR OS UTILIZADORES DAS DF A INTERPRETAR O
CONTEÚDO DAS MESMAS

CONSIDERANDOS
 A EC NÃO É UMA NORMA (NCRF)
 EM CASO DE CONFLITO ENTRE A EC E UMA NCRF
PREVALECE A SEGUNDA

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Estrutura conceptual versus estrutura normativa

Fonte: Guimarães, M. (2008) – Acção de Formação SNC, IPCA.

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Composição da Estrutura Conceptual do SNC

ESTRUTURA CONCEPTUAL
Introdução (inclui utilizadores da informação e suas
necessidades)
Notas às demonstrações financeiras
Objetivos das demonstrações financeiras
Pressupostos subjacentes
Características qualitativas das demonstrações financeiras
Elementos das demonstrações financeiras: conceitos
Reconhecimento dos elementos das demonstrações financeiras
Mensuração dos elementos das demonstrações financeiras
Conceitos de capital e manutenção de capital

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1. Utilizadores da informação financeira e suas


necessidades (§9 a 11)
• INVESTIDORES – PREOCUPADOS COM O RISCO
INERENTE DO NEGÓCIO E COM O RETORNO
DO CAPITAL INVESTIDO

• EMPREGADOS – INTERESSADOS NA
LUCRATIVIDADE E ESTABILIDADE DA
EMPRESA

• MUTUANTES – INTERESSADOS NA
RECUPERAÇÃO DOS VALORES MUTUADOS

• FORNECEDORES E OUTROS CREDORES


COMERCIAIS – INTERESSADOS EM SABER SE OS
SEUS CRÉDITOS SÃO COBRADOS NO PRAZO 25

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 CLIENTES – INTERESSADOS EM SABER SE A


EMPRESA TEM CONTINUIDADE

 GOVERNOS E SEUS DEPARTAMENTOS –


INTERESSADOS NA AFETAÇÃO DE RECURSOS
GERAL DA ECONOMIA, NA SUA REGULAÇÃO E NAS
POLÍTICAS TRIBUTÁRIAS

 PÚBLICO – INTERESSADO NAS TENDÊNCIAS DA


ECONOMIA E NO SEU BEM-ESTAR, DIRETA OU
INDIRETAMENTE INFLUENCIADO PELAS
EMPRESAS

E AINDA… A PRÓPRIA
GERÊNCIA/ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA 26

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2. Objetivos das DF (§§12-21)

PROPORCIONAR INFORMAÇÃO
ACERCA:

 DA POSIÇÃO FINANCEIRA => BALANÇO

 DO DESEMPENHO => DEMONSTRAÇÃO


DOS RESULTADOS

 DAS ALTERAÇÕES NA POSIÇÃO


FINANCEIRA
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3. Pressupostos subjacentes (§§22 e 23)

 REGIME DE ACRÉSCIMO (§22)


(periodização económica)
OS GASTOS/RENDIMENTOS SÃO RECONHECIDOS NOS
PERÍODOS EM QUE OCORREM, INDEPENDENTEMENTE DE
QUANDO OCORRAM OS RESPETIVOS
PAGAMENTOS/RECEBIMENTOS.

 CONTINUIDADE (§23)
PRESSUPÕE-SE, NA PREPARAÇÃO DAS DF, QUE AS EMPRESAS
OPERAM EM CONTINUIDADE NO PRESENTE E FUTURO
PREVISÍVEL, NÃO VINDO A OCORRER OU A DECIDIR-SE NO
SENTIDO DE REDUZIR DRÁSTICAMENTE O NÍVEL/VOLUME
DAS OPERAÇÕES, NEM INTERRUPÇÕES SÚBITAS,
PROLONGADAS, OU IRREVERSÍVEIS NAS SUAS OPERAÇÕES.
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4. Características qualitativas da informação (§§24-46)


Potenciar a utilidade da informação

Características Qualitativas

Compreensibilidadee Relevância Fiabilidade Comparabilidade

Materialidade

Representação Substância Neutralidade Prudência Plenitude


Fidedigna sobre a Forma

Constrangimentos à informação relevante e fiável: Imagem verdadeira e


Tempestividade; Balanceamento entre benefício e custo; apropriada/apresentação
Balanceamento entre características qualitativas apropriada

Fonte: Rua e Carvalho (2006), Contabilidade Pública – Estrutura Conceptual, Publisher Team, pg. 127.
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5. Elementos das demonstrações financeiras


5.1. Conceitos
QUANTO À POSIÇÃO FINANCEIRA (§49 a 67):

ATIVO

=
Recurso controlado pela empresa
+
Características
Resultado de acontecimentos passados básicas do
ativo
+
Fluir de benefícios económicos futuros

Características não básicas de um ativo: Forma de obtenção (gratuito


ou oneroso); tangibilidade; propriedade legal

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PASSIVO

Obrigação presente

+
Características
Proveniente de acontecimentos passados básicas do
passivo
+
Resulte um exfluxo de recursos

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CAPITAL PRÓPRIO:

A alínea c) do §49 da EC do SNC define capital


próprio como:
“o interesse residual nos ativos da entidade
depois de deduzir todos os seus passivos”.

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QUANTO AO DESEMPENHO (§68 a 71):

RENDIMENTOS:

A alínea a) do §69 da EC do SNC define rendimentos como:


“aumentos dos benefícios económicos durante o
período contabilístico na forma de influxos ou
aumentos de ativos ou diminuições de passivos
que resultem em aumentos no capital próprio,
que não sejam os relacionados com as
contribuições dos participantes no capital
próprio”.

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Provêm do decurso das atividades


correntes (ou ordinárias) de uma empresa
Réditos Exs.: vendas, prest. serviços, juros,
dividendos, rendas.

RENDIMENTOS
Os ganhos representam outros itens
que satisfaçam a definição de rendimentos
e podem, ou não, ser resultado
Ganhos do decurso das atividades correntes de
uma empresa. Por ex. são ganhos os que
provêm da alienação de ativos não
correntes.

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GASTOS:

A alínea b) do §69 da EC do SNC define


gastos como:
“diminuições nos benefícios económicos
durante o período contabilístico na forma
de exfluxos ou deperecimentos de ativos ou
na incorrência de passivos que resultem em
diminuições no capital próprio, que não
sejam as relacionadas com distribuições aos
participantes no capital próprio”.

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Provêm do decurso das atividades


Gastos correntes (ou ordinárias) de uma empresa
Exs.: CMVMC, os salários e as depreciações.

GASTOS
As perdas representam outros
itens que satisfaçam a definição de
gastos e podem, ou não, ser resultado
do decurso das atividades ordinárias de
Perdas
uma empresa. As perdas incluem,
por exemplo, as que resultam de
desastres como os incêndios e as
inundações bem como as que
provêm da alienação de ativos
não correntes.

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5.2. Reconhecimento
O reconhecimento é o processo pelo qual um elemento
é incorporado numa demonstração financeira, seja
Balanço ou Demonstração dos Resultados (§80).

HÁ RECONHECIMENTO, SE FOR PROVÁVEL QUE

Ativo Benefícios econ. fluam p/ a emp.

Saída de recursos incorporando


E
Passivo benef. econ. resulte na liquidação
que a quantia seja
de uma obrigação presente
quantificada com
fiabilidade
Rendimentos Aumento de benefícios econ.

Gastos Diminuição de benefícios econ.

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5.3. Mensuração ou Valoração

Mensurar ou valorar: determinar os valores pelos


quais os elementos devem ser inscritos nas
demonstrações financeiras.

 EC do SNC, §98: Cinco bases de mensuração:


 custo histórico;
 custo corrente;
 valor realizável (de liquidação);
 valor presente;
 justo valor.

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6. Conceitos de Capital e Manutenção do Capital


(§§100-108)

Capital Financeiro/Capital Físico


Capital é entendido como
Capital financeiro ativos líquidos ou capital
próprio da entidade.
Capital é entendido como
Capital físico capacidade produtiva da
entidade.

Manutenção do Capital – Capital que a entidade procura manter,


seja capital financeiro ou capital físico.

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