Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Docente: Discente:
1
Sistema de Normalização Contabilística
O Sistema de Normalização Contabilística (SNC) entrou em vigor a 1 de janeiro 2010, foi
aprovado no dia 13 de julho de 2009 pelo Plano Nacional e acabou por substituir o Plano Oficial
de Contas (POC), Sistema Contabilístico anteriormente utilizado. O novo modelo SNC é baseado
no princípios e normas do IASB e garante a coerência com as diretivas comunitárias.
Este novo Sistema de Normalização Contabilística tem por objetivo melhorar a informação
financeira das entidades, isto é, tem por base dar mais e melhor informação qualitativa e não
apenas informação quantitativa. Desta forma, o SNC compreende, para além das
demonstrações financeiras, onde estão plasmadas informações contabilísticas e meramente
quantitativas da entidade, o Anexo, onde se pode encontrar todas as explicações e notas sobre
as demonstrações financeiras, tornando a informação mais completa, realista e qualitativa.
Após o seu funcionamento em 2010, o SNC sofreu alterações através do Decreto-Lei nº 98/2015,
aprovado a 2 de junho de 2015, que entraram em vigor a 1 de janeiro de 2016.
O SNC compreende 28 Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF) para médias e
grandes entidades. Para além das 28 NCRF, o SNC ainda inclui normas para entidades de
menores dimensões, como as pequenas entidades, onde vigora a NCRF-PE, e as microentidades,
que utilizam a NCRF-ME. Por fim, este modelo também integra uma norma para as Entidades do
Setor Não Lucrativo, nomeadamente a NCRF-ESNL, e duas normas interpretativas (NI).
Por fim, o Sistema Normalização Contabilística (SNC) integra as Bases para a Apresentação de
Demonstrações Financeiras (BADF), os Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF), o Código
de Contas (CC) e as Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF).
2
As grandes e médias entidades sujeitas ao SNC são obrigadas, segundo o artigo 2º da Portaria
nº 220/2015 e segundo o nº1 e nº 2 do artigo 11º do DL nº 158/2009, a apresentar o seguinte
modelo de demonstrações financeiras, conjunto de demonstrações financeiras:
a) Balanço (anexo 1 da Portaria nº 220/2015);
b) Demonstração dos resultados por naturezas (anexo 2 da Portaria nº 220/2015);
c) Demonstração das alterações no capital próprio (anexo 4 da Portaria nº 220/2015);
d) Demonstração dos fluxos de caixa (anexo 5 da Portaria nº 220/2015);
e) Anexo (anexo 6 da Portaria nº 220/2015).
Facultativamente, podem apresentar uma demonstração dos resultados por funções (anexo 3
da Portaria nº 220/2015).
Uma nota para as Empresas de Interesse Público (EIP), que segundo o nº5 do artigo 9º do DL nº
158/2009, são consideradas grandes entidades, independentemente do respetivo volume de
negócios líquido, do total do balanço ou do número médio de empregados do período.
Pequenas Entidades:
Segundo o nº2 do artigo 9º do DL nº 158/2009, são consideradas pequenas entidades as que, à
data do balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes:
a) Total do balanço: (euro) 4 000 000;
b) Volume de negócios líquido: (euro) 8 000 000;
c) Número médio de empregados durante o período: 50.
3
Microentidades Entidades:
Segundo o nº1 do artigo 9º do DL nº 158/2009, são consideradas microentidades as que, à data
do balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes:
a) Total do balanço: (euro) 350 000;
b) Volume de negócios líquido: (euro) 700 000;
c) Número médio de empregados durante o período: 10.
4
d) Demonstração das alterações nos fundos patrimoniais (anexo 14 da Portaria nº 220/2015);
e) Demonstração dos fluxos de caixa, modelo ESNL (anexo 15 da Portaria nº 220/2015);
f) Anexo, modelo ESNL (anexo 16 da Portaria nº 220/2015);
g) Pagamentos e recebimentos, património fixo e direitos e compromissos futuros (anexo 17 da
Portaria nº 220/2015).
As políticas contabilísticas são regras, princípios e bases específicas selecionadas e aplicadas por
uma entidade na preparação e na apresentação de demonstrações financeiras.
Em Portugal, existem vários normativos aplicáveis às entidades com fins lucrativos que integram
o SNC, nomeadamente as IAS/IFRS, as NCRF, a NCRF-PE e a NCRF-ME.
As IAS/IFRS, emitidas pelo IASB, são o normativo contabilístico com um maior grau de exigência,
sendo utilizado pelas entidades com contas consolidadas.
As NCRF são o normativo contabilístico com um segundo maior grau de exigência, são baseados
no IASB e utilizados nas grandes e médias entidades. As NCRF tratam as questões contabilísticas
de reconhecimento, mensuração, divulgação, e outros aspetos particulares da entidade ou
outros acontecimentos de uma forma detalhada e estruturada por temas, subdividindo-se,
assim, em 28 normas.
A NCRF-PE e a NCRF-ME são utilizadas pelas entidades de menor dimensão, são baseadas nas
IFRS e sintetizam as NCRF, isto é, estas duas normas para entidades de menor dimensão não
abordam todas as matérias tratadas nas NCRF.
A NCRF-PE é utilizada pelas pequenas entidades, segundo o artigo 9º-C do DL 158/2009, e esta
norma subdivide-se em 21 capítulos, cada um deles é baseado nos aspetos fundamentais
relatados nas NCRF, mas de um modo mais simplificado, tocando em pontos apenas mais
relevantes para entidades de menor dimensão, nomeadamente, pequenas entidades.
A NCRF-ME é utilizada pelas microentidades, segundo o artigo 9º-D do DL 158/2009, e esta
subdivide-se em 18 capítulos, sendo ainda mais simplificados em comparação à NCRF-PE, devido
à sua menor dimensão comparativamente às pequenas entidades.
Apesar das entidades com menores dimensões terem o seu próprio normativo contabilístico,
mais simplificado e adequado, estas podem sempre escolher utilizar um normativo
contabilístico mais exigente. Ou seja, as pequenas entidades podem optar pela aplicação ou da
NCRF-PE ou da NCRF, assim como, as microentidades podem optar pela aplicação quer das
NCRF-ME, quer das NCRF-PE ou ainda das NCRF.
As Entidades do Setor Não Lucrativo (ESNL), e por não serem entidades com fins lucrativos
financeiros, têm o seu próprio normativo contabilístico. Foi introduzida no SNC a NCRF-ESLN a
ser utilizada pelas ESNL, segundo o artigo 9º-C do DL 158/2009. É um normativo contabilístico
que se subdivide em 20 capítulos e que tem uma estrutura muito semelhante à NCRF-PE. As
ESNL podem optar entre a aplicação da NCRF-ESNL, as NCRF ou as IAS/IFRS.
5
Anexo (modelo geral) – Anexo 6 da Portaria nº 220/2015:
Este documento constitui uma compilação das divulgações exigidas, na sequência dos
procedimentos contidos nas NCRF.
Cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica, em conformidade com as
divulgações que deva efetuar, sendo que as notas de 1 a 4 serão sempre explicitadas e ficam
reservadas para os assuntos identificados no presente documento. Para melhor enquadramento
dos textos constantes dessas divulgações, deve-se recorrer à leitura das normas contabilísticas
respetivas.
A tabela seguinte apresentada mostra um índice dos temas gerais retratados no anexo do
modelo geral e indica as normas das NCRF em que se podem encontrar a base normativa dos
pontos de cada tema do anexo, de modo a se tornar mais fácil a interpretação das notas do
anexo de cada entidade e perceber se esta está em conformidade com as normativas
contabilísticas ou não.
6
Anexo (modelo reduzido) – Anexo 10 da Portaria nº 220/2015:
Este documento constitui uma compilação das divulgações exigidas, na sequência dos
procedimentos contidos na NCRF-PE, ou da aplicação de outros procedimentos nos termos do
parágrafo 2.3 da NCRF-PE.
Cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica, em conformidade com as
divulgações que deva efetuar, sendo que as notas de 1 a 3 serão sempre explicitadas e ficam
reservadas para os assuntos identificados no presente documento. Para melhor enquadramento
dos textos constantes dessas divulgações, deve-se recorrer à leitura da NCRF-PE.
A tabela seguinte apresentada mostra um índice dos temas gerais retratados no anexo do
modelo reduzido e indica os capítulo da NCRF-PE em que se podem encontrar a base normativa
dos pontos de cada tema do anexo, de modo a se tornar mais fácil a interpretação das notas do
anexo de cada entidade e perceber se esta está em conformidade com as normativas
contabilísticas ou não.
Este documento não constitui uma compilação das divulgações exigidas, na sequência dos
procedimentos contidos na NCRF-ESNL, ou da aplicação de outros procedimentos nos termos
do parágrafo 2.3 da NCRF-ESNL.
Cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica, em conformidade com as
divulgações que deva efetuar, sendo que as notas de 1 a 3 serão sempre explicitadas e ficam
reservadas para os assuntos identificados no presente documento. Para melhor enquadramento
dos textos constantes dessas divulgações, deve-se recorrer à leitura da NCRF-ESNL.
A tabela seguinte apresentada mostra um índice dos temas gerais retratados no anexo do
modelo ESNL e indica os capítulo da NCRF-ESNL em que se podem encontrar a base normativa
7
dos pontos de cada tema do anexo, de modo a se tornar mais fácil a interpretação das notas do
anexo de cada entidade e perceber se esta está em conformidade com as normativas
contabilísticas ou não. Apesar do índice tornar o modelo reduzido igual ao modelo ESNL, os
subtemas tratados no anexo dos dois modelos são diferentes, assim como a normativa a
consultar.
Webgrafia
https://dre.pt/application/conteudo/69866634
Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho de 2009, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º
98/2015, de 2 de junho de 2009:
http://santarem.udipss.org/pt/documentos/legislacao/DL_158_2009.pdf
http://www.cnc.min-financas.pt/Instrumentos_snc2016.html