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ANEXO

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CAPÍTULO 7 - Anexo

As contas dos fundos devem dar uma imagem verdadeira e


apropriada da sua situação financeira e dos resultados das operações.
Ao proporcionarem uma informação de grande síntese, a simples leitura
e interpretação dos conteúdos do balanço, da demonstração dos
resultados e da demonstração dos fluxos monetários não possibilita, por
si só, que se obtenha tal imagem.
Por esse motivo, a necessidade em complementar tais
informações com outras, dadas de forma narrativa ou através de mapas,
as quais constituem o presente anexo às demonstrações financeiras de
síntese.
O anexo abrange dois tipos de informações:

Umas que se destinam a desenvolver e a comentar


quantias incluídas nas demonstrações financeiras definidas no capítulo
anterior;
Outras que se destinam a divulgar factos ou situações
que, não tendo expressão naquelas, são úteis para os utilizadores das
informações dos fundos de investimento, por influenciarem ou poderem
vir a influenciar as suas decisões.

Assim sendo, pode que a qualidade da informação financeira dos


fundos de investimento está muito dependente do conteúdo das notas
divulgadas no anexo.

Nota 1. - Reconhecimento, para cada imóvel, da diferença entre


o respectivo valor contabilístico e o valor resultante da média aritmética
simples das avaliações periciais.

Nota 2. - Número de UP emitidas, resgatadas e em circulação no


período em referência. Comparação do valor líquido global do fundo e da
UP no início e no fim do período em referência, bem como dos factos
geradores das variações ocorridas.
Para o efeito, poderá elaborar-se um quadro com o seguinte
formato:
No caso de fundos que prevêem no seu regulamento resgates
com valor da primeira avaliação subsequente, deve indicar-se em
separado o número de UP com pedidos de resgate em curso. Para os
fundos que prevejam UP com diferentes direitos e ou classes de
comercialização, a informação deve ser apresentada atendendo às
diferentes categorias definidas.

Nota 3. - Inventário dos activos do fundo, de acordo com o


anexo VI do regulamento da CMVM n.º 8/2002.

Nota 4. - Inventário da carteira de títulos:

Nota 5. - Fundamentação das circunstâncias especiais que


justificaram a atribuição, caso tenha ocorrido, a elementos da carteira de
títulos de um valor inferior ao mais baixo do custo ou do mercado.

Nota 6. - Identificação dos critérios e princípios de valorização


conforme previsto no regulamento da CMVM n.º 12/2003, por aplicação do
disposto no n.º 2 do artigo 9.º do regulamento da CMVM n.º 1/2005.

Nota 7. - Discriminação da liquidez do fundo. Poderá elaborar-se


um quadro com o seguinte conteúdo:
Nota 8. - Valor das dívidas de cobrança duvidosa incluídas em
cada uma das rubricas de devedores constantes do balanço. Poder-se-á
também elaborar um quadro com o seguinte conteúdo:

Nota 9. - Indicação e comentário das rubricas do balanço, da


demonstração dos resultados e da demonstração dos fluxos monetários
cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do período anterior.

Nota 10. - Valor das dívidas a terceiros cobertas por garantias


reais prestadas pelo fundo, com indicação da natureza e valor destas,
bem como da sua repartição em conformidade com as rubricas do
balanço. A informação a prestar pode ser divulgada através de um quadro
com o modelo seguinte:

Nota 11. - Desdobramento das contas de ajustamentos de


dívidas a receber e das provisões acumuladas e explicitação dos
movimentos ocorridos no exercício, de acordo com um quadro do
seguinte tipo:
Nota 12. - Discriminação dos impostos retidos na fonte em
relação aos rendimentos obtidos e contabilizados no fundo.

Nota 13. - Discriminação das responsabilidades com e de


terceiros, de acordo com o quadro seguinte:

ANEXO

Estrutura

42 - O anexo deve:

a) Apresentar informação acerca das bases de


preparação das demonstrações financeiras e das políticas
contabilísticas usadas;
b) Divulgar a informação exigida pelo Modelo de
Demonstrações Financeiras que não seja apresentada no balanço, na
demonstração dos resultados, na demonstração das alterações no
capital próprio ou na demonstração dos fluxos de caixa; e
c) Proporcionar informação adicional que não seja
apresentada no balanço, na demonstração dos resultados, na
demonstração das alterações no capital próprio ou na demonstração dos
fluxos de caixa, mas que seja relevante para uma melhor compreensão
de qualquer uma delas.

43 - As notas do anexo devem ser apresentadas de uma forma


sistemática. Cada item no balanço, na demonstração dos resultados, na
demonstração das alterações no capital próprio e na demonstração dos
fluxos de caixa, que tenha merecido uma nota no anexo, deve ter uma
referência cruzada.
44 - As notas do anexo devem ser apresentadas pela seguinte
ordem:

a) Identificação da entidade, incluindo domicílio,


natureza da atividade, nome e sede da empresa-mãe, se aplicável;
b) Referencial contabilístico de preparação das
demonstrações financeiras;
c) Resumo das principais políticas contabilísticas
adotadas;
d) Informação de suporte de itens apresentados no
balanço, na demonstração dos resultados, na demonstração das
alterações no capital próprio e na demonstração dos fluxos de caixa,
pela ordem em que cada demonstração e cada linha de item seja
apresentada;
e) Passivos contingentes e compromissos contratuais
não reconhecidos;
f) Divulgações exigidas por diplomas legais;
g) Informações de caráter ambiental.

Divulgações de políticas contabilísticas

45 - Uma entidade deve divulgar um resumo das principais


políticas contabilísticas, designadamente:

a) Bases de mensuração usadas na preparação das


demonstrações financeiras;
b) Outras políticas contabilísticas usadas que sejam
relevantes para uma compreensão das demonstrações financeiras.

46 - Uma entidade deve divulgar, no resumo das políticas


contabilísticas significativas ou em outras notas, os juízos de valor, com
a exceção dos que envolvam estimativas, que o órgão de gestão fez no
processo de aplicação das políticas contabilísticas da entidade e que
tenham maior impacto nas quantias reconhecidas nas demonstrações
financeiras.

Principais fontes de incerteza das estimativas

47 - Uma entidade deve divulgar, no anexo, informação acerca


dos principais pressupostos relativos ao futuro, e outras principais fontes
da incerteza das estimativas à data do balanço, que tenham um risco
significativo de provocar um ajustamento material nas quantias
escrituradas de ativos e passivos durante o período contabilístico
seguinte.
Sistemas de Inventários

O controlo do inventário é uma das principais regras para a gestão saudável de um


negócio.

No fundo, o inventário é o que identifica e contabiliza os níveis de stock armazenado de


uma determinada entidade. Existem, no entanto, dois sistemas de controlo: o sistema de
inventário intermitente e o de inventário permanente.

De seguida, neste artigo, vamos apresentar as diferenças entre estes dois sistemas e as
vantagens de cada um.

Quais as principais diferenças entre o inventário


intermitente e o inventário permanente?
Os sistemas de inventário intermitente e permanente são usados para controlar a
quantidade de stock disponível. O mais completo é o inventário permanente, que é
também obrigatório sob certas circunstâncias. Neste sistema, os movimentos de stock
são registados continuamente.

Já o sistema de inventário intermitente está dependente de uma contagem manual


do stock. É usado quando a quantidade de stock é baixa e atualiza os registos em
intervalos periódicos.

Mas existem várias diferenças entre os dois:

Inventário intermitente
É o sistema usado em microempresas. Depende de processos manuais ou de sistemas
informáticos simplificados. Este método impede que a empresa aceda de imediato ao
valor em inventário, uma vez que essa informação está dependente da periodicidade
estabelecida entre inventários (mensal, trimestral, semestral ou anual).

Este sistema consiste na contagem física do stock, realizada, pelo menos, uma vez, mas
apresentada no final do ano de tributação. Isto implica que os valores da contagem
de stock não estejam atualizados ou precisos. Fazer uma contagem física de milhares de
produtos de uma empresa pode ser difícil e demorado. Por isso esta contagem é
realizada, normalmente, uma vez por ano.

Inventário permanente
O sistema de inventário permanente implica o registo informático de todas
as movimentações de stock. Desde entradas, movimentos internos e saídas. Assim, este
método, contrariamente ao inventário intermitente, permite acesso imediato ao lucro
bruto da empresa.
As contagens físicas dos ativos devem ser feitas pelo menos uma vez por ano. O
objetivo é conseguir fazer a correspondência entre as contagens físicas e os registos
contabilísticos.

Neste sistema é necessário adotar um sistema de informação que permita incluir os


custos de mercadorias, entradas e saídas, faturação, compras e vendas.

Em conclusão, estas são as principais diferenças entre os dois:

 Contagens: O inventário permanente oferece atualizações contínuas, à medida que


ocorrem movimentos no stock. Num inventário intermitente apenas há atualizações
nos registos, após uma contagem física do stock, que é realizada periodicamente.

 Sistemas informáticos: É impossível manter registos manuais de um inventário


permanente, uma vez que são feitas milhares de movimentações ao stock. Por
outro lado, a simplicidade do inventário intermitente permite o registo manual de
pequenas quantidades de stock. No inventário permanente, ao contrário do
inventário intermitente, os sistemas informáticos mantêm a informação de stock
sempre atualizada.

Quando deve ser usado cada um?


Como já foi dito, o sistema de inventário intermitente deve ser usado quando o
volume de vendas ou de stock é baixo. Isto deve-se à facilidade de rastrear o inventário
manualmente. No entanto, a falta de informações atualizadas durante os períodos em
que não houve uma contagem física recente do stock pode dificultar o negócio.

Os negócios com altos volumes de vendas ou vários pontos de venda, que contam com
um grande volume de stock, são obrigados a optar pelo inventário permanente.

Apesar das diferenças, o inventário permanente é obrigatório para empresas que


ultrapassem dois dos três requisitos:

 35.000€ de balanço
 700.000€ de vendas líquidas
 10 empregados

Quais as vantagens do inventário intermitente e


permanente?
Inventário Intermitente
 Fácil de implementar. Uma das maiores vantagens deste sistema é a fácil
implementação. A contagem manual do inventário é algo que pode ser feito a
qualquer momento. Apesar de ser feita a contagem uma vez por ano, a empresa
pode definir qual é a periocidade da contagem.

 Baixos custos para implementar. Com a simplicidade deste sistema, não é


necessário investir em soluções de software demasiado avançadas. O único
investimento é no tempo gasto para fazer a contagem manual.

 Pouca experiência requerida. Por não implicar o uso de tecnologia (mais ou


menos) complexa, este sistema não obriga a experiência vasta no uso de sistemas
informáticos avançados.

Inventário Permanente

 Identificar erros. Devido ao uso de tecnologia mais avançada, permite identificar


erros mais facilmente.

 Otimizar o processo de compra. Ao saber o que existe em stock, evita


encomendar materiais em excesso. Ao mesmo tempo evita que exista falta stock.

 Melhor gestão do tempo. Com os processos automatizados, ganha tempo que


pode ser utilizado na gestão do negócio.

 Informação em tempo real. O inventário permanente permite saber exatamente o


que tem a qualquer momento. Isto facilita a comunicação à Autoridade Tributária,
que terá acesso quando necessitar. Permite, ainda, ter uma visão mais clara da
saúde do negócio.

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