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1.7.

Estrutura do trabalho

O presente trabalho é constituído por cinco capítulos, nomeadamente: Capítulo I: Composto pela
Introdução, delimitação e formulação da pergunta de partida; justificativa; Objectivos da
investigação e hipóteses relacionados a pesquisa. Capítulo II: em que podemos encontrar a
Revisão da Literatura, onde é feito o levantamento de ideias de vários autores com intuito de
sustentar mais ainda o tema em análise; Capítulo III: Metodologia da Investigação; Capítulo IV:
Apresentação, análise e tratamento de Dados e dos Resultados da Pesquisa, E por fim o Capítulo
V: composto pelas Conclusões de Pesquisa e Recomendações de Pesquisa.
Métodos de elaboração de demonstração dos fluxos de Caixa
Dada a relevância que para os utentes da informação financeira tem vindo a assumir o
conhecimento do modo como a entidade gera e utiliza o dinheiro num determinado período,
reconhece-se conveniente e oportuno normalizar o campo da informação histórica, relativa às
variações nos fluxos de caixa de uma entidade, através de uma demonstração financeira
apropriada.
Para FERNANDES et al., (2016), a demonstração de fluxos de caixa fornece de forma
sintetizada as saídas e entradas de dinheiro no caixa da empresa. O fluxo de caixa é o tema da
preocupação básica do administrador financeiro, tanto na gestão das finanças no dia-a-dia quanto
no planeamento e na tomada de decisões estratégicas visando a criação de valor para o
accionista.

De acordo com a NCRF 2, Uma demonstração de fluxos de caixa, quando usada em conjunto
com as restantes demonstrações financeiras, proporciona informação que permite aos
utilizadores avaliarem as alterações nos activos líquidos de uma entidade, a sua estrutura
financeira (incluindo a sua liquidez e solvabilidade).
Ainda para NCRF 2, A informação histórica de fluxos de caixa é muitas vezes usada como um
indicador da quantia, período e grau de certeza dos fluxos de caixa futuros. É também usada para
verificar a correcção de avaliações passadas dos fluxos de caixa futuros e para examinar a
relação entre a rendibilidade e o fluxo de caixa líquido bem como o impacto das alterações dos
preços.
Método directo
Segundo COSTA e ALVES (2008:213), “o método directo é aquele em que são divulgados os
principais componentes dos recebimentos e dos pagamentos de caixa, em termos brutos,
permitindo aos utentes compreender o modo como a empresa gera e utiliza os meios de
pagamento”.
Para DINIZ (2015), o método directo evidencia a movimentação do saldo de caixa do período,
colectando as informações específicas das entradas e saídas de numerário constantes das contas
de disponibilidades (caixa, bancos e aplicações financeiras).
De acordo com RIBEIRO (2009), neste método os recebimentos e os pagamentos podem ser
obtidos directamente dos registos contabilísticos mediante a existência de um subsistema de
informação apropriado, ou através das demonstrações financeiras tradicionais.
Para MARION (2009), no uso do método directo, são divulgadas as principais classes dos
recebimentos e dos pagamentos brutos de caixa. As entidades são encorajadas a relatar fluxos de
caixa de actividades operacionais pelo método directo.
De acordo com a PGC NIRF (NCRF 2), as entidades devem privilegiar o método directo no
relato dos fluxos de caixa de actividades operacionais o qual proporciona informação que pode
ser útil para estimar os fluxos de caixa futuros que não é proporcionada pelo método indirecto.
Através do método directo, a informação sobre grandes classes de recebimentos e pagamentos
brutos pode ser obtida quer:

a) A partir dos registos contabilísticos da entidade; quer


b) Ajustando as vendas, o custo das vendas, e outros itens da demonstração dos fluxos de caixa
relativos a:
 Variações, durante o período, nos inventários, e nas contas a receber e contas a pagar de
natureza operacional;
 Outros itens que não representem recebimentos e pagamentos; e
 Outros itens relativos a actividades de investimento e de financiamento.

Ainda para o PGC NIRF (NCRF,2), as entidades devem privilegiar o método directo no relato
dos fluxos de caixa de actividades operacionais o qual proporciona informação que pode ser útil
para estimar os fluxos de caixa futuros que não é proporcionada pelo método indirecto. Através
do método directo, a informação sobre grandes classes de recebimentos e pagamentos brutos
pode ser obtida quer:

 A partir dos registos contabilísticos da entidade; quer


 Ajustando as vendas, o custo das vendas, e outros itens da demonstração dos fluxos de
caixa relativos a:
 Variações, durante o período, nos inventários, e nas contas a receber e contas a pagar de
natureza operacional;
 Outros itens que não representem recebimentos e pagamentos; e

 Outros itens relativos a actividades de investimento e de financiamento.


Método Indirecto
Segundo CAIADO e GIL (2014: 48), o método indirecto é aquele em que o resultado líquido do
exercício é ajustado por forma a excluírem-se os efeitos de transacções que não sejam a dinheiro,
acréscimos ou diferimentos relacionados com recebimentos ou pagamentos passados ou futuros e
contas de proveitos ou custos relacionados com fluxos de caixa respeitantes às actividades de
investimento ou de financiamento.
O método indirecto evidencia a movimentação do saldo de caixa no período, partindo da geração
de caixa mediante a demonstração de resultados e das variações dos elementos patrimoniais do
balanço que geram ou necessitam de caixa. O método indirecto, não é recomendado na medida
em que o método directo proporciona informações mais detalhadas e completas sobre o fluxo dos
recebimentos e dos pagamentos durante o exercício, além de facilitar a preparação de estimativas
sobre os futuros fluxos de caixa, o que não é possível pela mera utilização do método indirecto”
(COSTA e ALVES, 2008).
 Salienta-se que qualquer um destes métodos de elaboração da demonstração dos fluxos
de caixa apresentam algumas vantagens e desvantagens, pelo método directo a vantagem
é de que a informação sobre grandes classes de recebimentos e pagamentos brutos pode
ser obtida quer a partir dos registos contabilísticos da entidade, quer ajustando as vendas,
o custo das vendas, e outros itens da demonstração dos fluxos de caixa;
 O método evidencia todos os actuais influxos e exfluxos gerados e aplicados pela
empresa, o que influencia na consistência dos objectivos da demonstração;
 É fácil a sua elaboração, permitindo deste modo maior compreensão pelos utentes da
informação financeira;
 O fluxo das actividades operacionais decorre do confronto entre recebimentos e
pagamentos;
Os recebimentos e os pagamentos são evidenciados em termos brutos, excepto nas situações em
que a directriz 14 aconselha a apresentação em base líquida. Enquanto pelo método indirecto, a
vantagem é que o fluxo líquido de caixa das actividades operacionais é obtido através de
ajustamentos efectuados ao resultado líquido.
Para o PGC NIRF (NCRF, 2), o fluxo das actividades operacionais é obtido por via indirecta, a
partir do resultado líquido do período, mediante ajustamentos referentes a itens que não sejam de
caixa.
Através do método indirecto, o fluxo de caixa líquido das actividades operacionais calcula-se
ajustando os resultados líquidos do período dos efeitos seguintes:
 Variações, durante o período, nos inventários, e nas contas a receber e contas a pagar de
natureza operacional;
 Itens que não correspondam a recebimentos e pagamentos como, por exemplo,
amortizações, provisões, impostos diferidos, ganhos e perdas com diferenças de câmbio
não realizadas, lucros não distribuídos de associadas e interesses minoritários; e
 Todos os itens que sejam relativos a fluxos de caixa de actividades de investimento ou de
financiamento.
Alternativamente, o fluxo de caixa líquido de actividades operacionais pode ser apresentado pelo
método indirecto mostrando os rendimentos e os gastos na demonstração de fluxos de caixa e as
variações, no período, nos inventários e nas contas a receber e contas a pagar de natureza
operacional.
O método indirecto evidencia as actividades operacionais partindo do resultado líquido do
período, para posteriormente efectuar os ajustes de itens que afectam o resultado económico e
não afectam o caixa, e vice-versa. A principal finalidade, é de mostrar as origens ou aplicações
de caixa decorrentes das alterações temporárias de prazos nas contas relacionadas com o ciclo
operacional do negócio (BORSATO, et al., 2009).

CAIADO, A.C.,& GIL, P.M. (2014). “A Demonstração dos Fluxos de Caixa “ (2ª edição).
Lisboa: Áreas Editora, SA.

COSTA, C. B. e ALVES, G. C. Contabilidade Financeira. Lisboa, Rei dos Livros, 2008.

DINIZ, Natália. Analise das Demonstrações Financeiras. 1ª Edição. Rio de Janeiro: SESES.
2015.

FERNANDES, Carla, at all. Análise Financeira – Teoria e Pratica. 4ª Edição. Lisboa: Edições
Sílabo. 2016.

MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 10. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanços fácil. 8ª Edição. São Paulo: Saraiva.
2009.

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