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Contabilidade

Demonstrações Contábeis

Introdução

Função da Contabilidade: produzir e prestar informações úteis na tomada de decisões e


avaliações por parte dos usuários em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e
necessidades diversas;

Ferramenta: demonstrações contábeis.

Parte das informações financeiras elaboradas e divulgadas no mínimo anualmente pela


entidade;

Finalidades específicas: não tem o propósito de atender finalidade ou necessidade


específica de determinados grupos.

Identificação: devem ser identificadas claramente e distinguidas de qualquer outra


informação que porventura conste no mesmo documento publicado.

Outras fontes de informações: as informações financeiras podem conter Relatórios da


Administração, Parecer dos Auditores Independentes, Parecer do Conselho fiscal (caso existir)
e outros.

Obs.: Para bem cumprir com suas finalidades, essas demonstrações devem ser confiáveis,
sendo mais comumente preparadas segundo modelo contábil baseado no custo histórico
recuperável e no conceito da manutenção do capital financeiro nominal, embora não haja
consenso sobre a existência de modelo mais adequado.

Conceito

As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e


financeira e do desempenho da entidade.

Fonte das informação: registros contábeis da entidade;

Apresentam: aspectos qualitativos quanto quantitativos de elementos patrimoniais, de


resultado e outros.
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Finalidade das demonstrações contábeisCPC00

Fornecer informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam úteis para
investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na tomada
de decisões referente à oferta de recursos à entidade.

Decisões:

(a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida;

(b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou

(c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos da administração que
afetam o uso dos recursos econômicos

CPC 26

Proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos


fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações
e tomada de decisões econômicas.

Apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e


responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados.

Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da


entidade acerca do seguinte:

(a) ativos;

(b) passivos;

(c) patrimônio líquido;

(d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;

(e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a


eles; e

(f) fluxos de caixa.

Fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que as reporta (reporting


entity).

Informações úteis aos “usuários primários” da informação contábil (investidores existentes e


em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores), quando da tomada decisão
ligada ao fornecimento de recursos para a entidade.
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Obs.:

 Atende a outros interessados;

 Não conseguem suprir todas as necessidades dos seus usuários (valor da entidade);

 Não são absolutos: são baseados em estimativas, julgamentos e modelos e não em


descrições ou retratos exatos;

 É possível a criação de um conjunto de informações que atenda às necessidades


específicas de determinado grupo de usuários.

Premissa Subjacente

As demonstrações contábeis são normalmente elaboradas com base na suposição de que a


entidade que reporta está em continuidade operacional e continuará em operação no futuro
previsível. Assim, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar
em liquidação ou deixar de negociar. Se existe essa intenção ou necessidade, as
demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas em base diferente. Em caso
afirmativo, as demonstrações contábeis descrevem a base utilizada.

Elementos das Demonstrações Contábeis

(a) ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira da entidade que
reporta; e

(b) receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade que reporta.
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A mensuração do resultado depende:

1. Dos conceitos de capital, se físico ou financeiro, cuja seleção do conceito de capital


apropriado para a entidade deve estar baseada nas necessidades dos usuários das
demonstrações contábeis;

 Indica o objetivo a ser alcançado na determinação do lucro, mesmo que possa haver
algumas dificuldades de mensuração ao tornar operacional o conceito.

2. Dos conceitos de manutenção de capital adotados pela entidade na elaboração de suas


demonstrações contábeis.

Relacionado com a forma pela qual a entidade define o capital que ela procura manter.

Elo entre os conceitos de capital e os conceitos de lucro, pois fornece um ponto de referência
para medição do lucro.

Condição essencial para distinção entre o retorno sobre o capital da entidade e a recuperação
do capital.

Lucro:

 Ingressos de ativos que excedam os montantes necessários para manutenção do


capital;

 Montante remanescente depois que as despesas (inclusive os ajustes de manutenção


do capital, quando for apropriado) tiverem sido deduzidas do resultado.
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Mensuração dos Elementos das Demonstrações Contábeis

Processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os
elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço
patrimonial e na demonstração do resultado.

Esse processo envolve a seleção da base específica de mensuração.

É provável que a consideração das características qualitativas de informações financeiras úteis


e da restrição de custo resulte na seleção de diferentes bases de mensuração para diferentes
ativos, passivos, receitas e despesas.

Bases de mensuração

1) Custo histórico

Fornece informações monetárias sobre ativos, passivos e respectivas receitas e despesas

Informações derivadas, pelo menos em parte, do preço da transação ou outro evento que
deu origem a eles.

Não reflete as mudanças nos valores, exceto na medida em que essas mudanças se referirem
à redução ao valor recuperável de ativo ou passivo que se torna onerosa.

2) Valor atual

Fornecem informações monetárias sobre ativos, passivos e respectivas receitas e despesas,


utilizando informações atualizadas para refletir condições na data de mensuração.

Diferentemente do custo histórico, o valor atual de ativo ou passivo não resulta, mesmo em
parte, do preço da transação ou outro evento que deu origem ao ativo ou passivo.

As bases de mensuração do valor atual incluem:

(a) valor justo;

(b) valor em uso de ativos e valor de cumprimento de passivos; e

(c) custo corrente.

3) Valor justo

Preço que seria recebido pela venda de ativo ou que seria pago pela transferência de passivo
em transação ordenada entre participantes do mercado na data de mensuração.
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O valor justo reflete a perspectiva dos participantes do mercado – participantes em mercado


ao qual a entidade tem acesso.

O ativo ou passivo é mensurado utilizando as mesmas premissas que os participantes do


mercado utilizariam ao precificar o ativo ou passivo se esses participantes do mercado agirem
em seu melhor interesse econômico.

4) Valor em uso e valor de cumprimento

Valor presente dos fluxos de caixa, ou outros benefícios econômicos, que a entidade espera
obter do uso de ativo e de sua alienação final. Valor de cumprimento é o valor presente do
caixa, ou de outros recursos econômicos, que a entidade espera ser obrigada a transferir para
cumprir a obrigação. Esses valores de caixa ou outros recursos econômicos incluem não
somente os valores a serem transferidos à contraparte do passivo, mas também os valores
que a entidade espera ser obrigada a transferir a outras partes de modo a permitir que ela
cumpra a obrigação.

5) Custo corrente

Custo de ativo equivalente na data de mensuração, compreendendo a contraprestação que


seria paga na data de mensuração mais os custos de transação que seriam incorridos nessa
data. O custo corrente de passivo é a contraprestação que seria recebida pelo passivo
equivalente na data de mensuração menos os custos de transação que seriam incorridos
nessa data.

Custo corrente, como custo histórico, é o valor de entrada: reflete preços no mercado em que
a entidade adquiriria o ativo ou incorreria no passivo. Assim, é diferente do valor justo, valor
em uso e valor de cumprimento, que são valores de saída. Contudo, diferentemente de custo
histórico, custo corrente reflete condições na data de mensuração.

Normas sobre Demonstrações Contábeis

1. Código Civil

1.1. Exercício social

Período determinado em lei no qual a organização opera e no seu fim apuram seu resultado.

Obs.: O Código Civil não expressa diretamente o prazo que durará o exercício social.
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Art. 1.065. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário,


do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico.

Art. 1.078. A assembleia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, nos quatro
meses seguintes à ao término do exercício social, com o objetivo de:

I. tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial e o de


resultado econômico;

II. designar administradores, quando for o caso;

III. tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia.

1.2. Demonstrações

 Administração da Sociedade Simples e da Sociedade Limitada: inventário; Balanço


Patrimonial; e o de Resultado Econômico (Demonstração do Resultado do Exercício).

 Sociedade estrangeira (cassada a autorização):

1) Reproduzir no órgão oficial da União, e do Estado, se for o caso, as publicações que,


segundo a sua lei nacional

2) Balanço patrimonial; resultado econômico; e atos de sua administração.

Quando versa sobre escrituração, o Código Civil determina de forma genérica que o
empresário e a sociedade empresária são obrigados a levantar anualmente o Balanço
Patrimonial e o de resultado econômico (DRE).

Lei 6.404, Lei das Sociedades por Ações

1.1. Exercício social

Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no
estatuto.

Parágrafo único - Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o


exercício social poderá ter duração diversa.

1) Para as sociedades por ações o exercício social também tem a duração de um ano.

2) A data do término também não precisa coincidir com o ano civil, mas deverá ser fixada no
estatuto.
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3) Em duas situações o exercício social poderá ter prazo diferente de 12 meses:

 Na constituição da companhia;

 Na alteração de seu estatuto social.

1.2. Demonstrações

Art. 176 Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com
clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I. balanço patrimonial;

II. demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;

III. demonstração do resultado do exercício;

IV. demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007);

V. se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de


2007).

Observações:

1) Companhias abertas: Comissão de Valores Mobiliários poderá disciplinar as


demonstrações financeiras.

Instrução CVM nº 59, de 22/12/1986

Obrigatório para as empresas de capital aberto a elaboração e divulgação da Demonstração


das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).

2) A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$


2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da
Demonstração dos Fluxos de Caixa.

Para as companhias abertas:

1. Balanço Patrimonial;

2. Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido (DMPL, incluída a DLPA);

3. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);


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4. Demonstração do fluxo de caixa (DFA);

5. Demonstração do valor adicionado (DVA).

Para as companhias fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, superior a


R$ 2.000.000,00:

1. Balanço Patrimonial;

2. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);

3. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);

4. Demonstração do fluxo de caixa.

Para as companhias fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$


2.000.000,00:

1. Balanço Patrimonial;

2. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);

3. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

Observações da lei para as demonstrações contábeis

1) As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores


correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

CPC 26: valores anteriores de todos os valores apresentados nas demonstrações contábeis
do período corrente e informação narrativa e descritiva que vier a ser apresentada quando
for relevante para a compreensão do conjunto das demonstrações do período corrente.

2) É facultado à organização a possibilidade de agrupamento das contas semelhantes e o


agrupamento dos pequenos saldos, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem
0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de
designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".

3) As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos


órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.

4) As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros


analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação
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patrimonial e dos resultados do exercício.

5) As demonstrações deverão ser assinadas pelos administradores da entidade e por


contabilista responsável.

6) As normas expedidas pela CVM devem ser elaboradas em consonância com os padrões
internacionais.

7) As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou


critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos.

Notas explicativas:

As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos


ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício.

Finalidade: registrar informações que complementarão o entendimento das informações


contidas nos demonstrativos contábeis, como os atos Administrativos Necessários à gestão
da organização e que tenham relação com o patrimônio.

São parte integrante do das demonstrações e devem:

I. apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das


práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos;

II. divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não
estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;

III. fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e
consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e

IV. indicar:

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques,


dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para
encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos
do ativo;

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único);

c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3º);

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e


outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
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e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;

f) o número, espécies e classes das ações do capital social;

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;

h) os ajustes de exercícios anteriores; e

i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir


a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.

Lei 11.683/07.

Estendeu os efeitos das disposições da lei 6.404/76 às denominadas por ela de Sociedades
de grande porte:

 Escrituração;

 Demonstrações contábeis; e

 Obrigatoriedade de auditoria externa independente por auditor registrado na CVM.

Empresa de grande porte (exercício social anterior)

 Ativo total superior a R$ 240.000.000,00; ou

 Receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais).

Observações da lei para as demonstrações contábeis

Para efeito de comparação e análise as demonstrações de cada exercício serão publicadas


com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. Tal
dispositivo serve como demonstrações comparativas e auxiliam o usuário das informações
contábeis e verificar a evolução dos saldos constantes nessas demonstrações.

Normalmente a indicação dos valores do ano anterior é feita em uma coluna a direita com
os valores de cada ano dispostos paralelamente.

A lei faculta à organização a possibilidade de agrupamento das contas semelhantes e o


agrupamento dos pequenos saldos, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem
0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de
designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".

As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos


órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.
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As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros ou


demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício.

As demonstrações deverão ser assinadas pelos administradores da entidade e por


contabilista responsável.

As normas expedidas pela CVM devem ser elaboradas em consonância com os padrões
internacionais.

Notas explicativas

As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos


ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício.

Elas são parte integrante do das demonstrações e segundo a lei devem:

I. apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das


práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos;

II. divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não
estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;

III. fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e
consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e

IV. indicar:

 Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente


estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na
realização de elementos do ativo;

 os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único);

 o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, §


3º);

 os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros


e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

 a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;

 o número, espécies e classes das ações do capital social;

 as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;


Contabilidade

 os ajustes de exercícios anteriores; e

 os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou


possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da
companhia.

Art. 177 da lei 6404/76 como vemos a baixo.

“§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou


critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos.”

Pronunciamentos publicados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união de esforços e


comunhão de objetivos das seguintes entidades:

 ABRASCA;

 APIMEC NACIONAL;

 BOVESPA;

 Conselho Federal de Contabilidade;

 FIPECAFI; e

 IBRACON.

Em função das necessidades de:

a) convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de


relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo de
capital);

b) centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem);

c) representação e processo democráticos na produção dessas informações (produtores da


informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).

Pronunciamento Técnico CPC 00 - PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1)


ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE RELATÓRIO
CONTÁBIL-FINANCEIRO − Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – The
Conceptual Framework for Financial Reporting (IASB – BV 2011 Blue Book).
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A finalidade desta Estrutura Conceitual é:

(a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) para que
tenham base em conceitos consistentes;

(b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a


desenvolver políticas contábeis consistentes quando nenhum pronunciamento se aplica à
determinada transação ou outro evento, ou quando o pronunciamento permite uma escolha
de política contábil; e

(c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar os Pronunciamentos.

Com relação a seu alcance, esta Estrutura Conceitual aborda:

a) o objetivo da elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro;

b) as características qualitativas da informação contábil-financeira útil;

c) a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos a partir dos quais as


demonstrações contábeis são elaboradas; e

d) os conceitos de capital e de manutenção de capital.

Além de vários conceitos estabelecidos tecnicamente por esse CPC, cujos principais veremos
no decorrer desse assunto, ele reafirma o Regime da Competência e a Continuidade como
Pressupostos Básicos na elaboração das demonstrações contábeis, estabelecendo ainda
características qualitativas dessas demonstrações.

Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) - Apresentação das Demonstrações Contábeis -


Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 1 (IASB – BV 2011)

Objetivo:

Definir a base para a apresentação das demonstrações contábeis, para assegurar a


comparabilidade tanto com as demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma
entidade quanto com as demonstrações contábeis de outras entidades.

Apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e


responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados.

Informação da entidade acerca do seguinte:


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 Ativos;

 Passivos;

 Patrimônio líquido;

 Receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;

 Alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e


distribuições a eles; e

 Fluxos de caixa.

Para o CPC, o conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

 balanço patrimonial ao final do período;

 demonstração do resultado do período;

 demonstração do resultado abrangente do período;

 demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

 demonstração dos fluxos de caixa do período;

 demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração


do Valor Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo
se apresentada voluntariamente;

 Notas explicativas, quadros suplementares e outras informações compreendendo um


resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias; e de
acordo com o princípio da comparabilidade, uma entidade deve aplicar e divulgar
determinada política contábil, visto que esse procedimento contribui para que os
usuários sejam capazes de comparar as demonstrações contábeis que apresentar ao
longo do tempo e, também, suas demonstrações contábeis com as de diferentes
entidades.

 Balanço patrimonial no início do período mais antigo comparativamente apresentado


quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à
reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando
procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis.

A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro demonstrativo


próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido. A entidade deve apresentar com
igualdade de importância todas as demonstrações contábeis que façam parte do conjunto
completo de demonstrações contábeis.
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Frequência de publicação

O conjunto completo das demonstrações contábeis deve ser apresentado pelo menos
anualmente (inclusive informação comparativa).

Quando se altera a data de encerramento das demonstrações contábeis da entidade e as


demonstrações contábeis são apresentadas para um período mais longo ou mais curto do
que um ano, a entidade deve divulgar, além do período abrangido pelas demonstrações
contábeis:

(a) a razão para usar um período mais longo ou mais curto; e

(b) o fato de que não são inteiramente comparáveis os montantes comparativos


apresentados nessas demonstrações.

A menos que um Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC permita ou


exija de outra forma, a entidade deve divulgar informação comparativa com respeito ao
período anterior para todos os montantes apresentados nas demonstrações contábeis do
período corrente.

Também deve ser apresentada de forma comparativa a informação narrativa e descritiva que
vier a ser apresentada quando for relevante para a compreensão do conjunto das
demonstrações do período corrente.

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