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Princípios da Contabilidade (quais são)

Os princípios da Contabilidade consistem nas teorias e normas gerais que


delimitam a aplicação das Ciências Contábeis, no que diz respeito ao
entendimento predominante dos seus conhecimentos nos universos científico e
profissional.

Este conjunto de normas ajuda a realizar a mensuração correta das riquezas


patrimoniais de um indivíduo ou de uma empresa. É através dele que a
contabilidade é regrada.

Os princípios são tidos como fundamentais nos estudos da Contabilidade,


conforme a citação da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade
750/1993, entretanto, a partir de uma nova resolução proposta em 2010, eles
passaram a se chamar apenas “Princípios de Contabilidade (PC)”.

Para que os princípios possam vigorar na conformidade, eles devem possuir


três características simultâneas:

 A utilidade, a partir da geração de informações significativas e valiosas para os


usuários das demonstrações contábeis;

 A objetividade, que significa que as aplicações não sofrem influência por


inclinações pessoais ou prejuízo dos que a fornecem;

 A praticabilidade, quando eles podem ser adotados sem complexidade ou


custos indevidos.

Os princípios são: o da entidade, o da continuidade, o da oportunidade, o do


registro pelo valor original, o da competência e o da prudência.

Princípio da Entidade
Ele reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, além da necessidade da diferenciação de um patrimônio particular
no universo dos patrimônios que existem, independentemente de pertencer a
uma pessoa, sociedade ou instituição de qualquer natureza, ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos.

Princípio da Continuidade
Ele pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro, sendo então
levadas em conta a mensuração e a apresentação dos componentes do
patrimônio nestas circunstâncias.

Princípio da Oportunidade
Ele refere-se ao processo de mensuração e apresentação deste componentes
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Princípio do Registro pelo Valor Original
Ele determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente
registrados pelos valores originais das transações, expressos na moeda
nacional.

Um vez que o patrimônio foi integrado, os componentes patrimoniais, sejam


eles ativos ou passivos, podem sofrer variações em decorrência dos seguintes
fatores:

Custo corrente
Os componentes ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa, que teriam que ser pagos se estes fossem adquiridos na
data ou período das demonstrações contábeis. Já os passivos são
reconhecidos pelo valores não descontados, que seriam necessários para
liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações.

Valor realizável
Os ativos são mantidos pelos valores em caixa que poderiam ser obtidos pela
venda em uma forma ordenada. Já os passivos são mantidos pelos valores não
descontados, que se espera serem pagos para liquidar as obrigações no curso
normal das operações a entidade.

Valor presente
Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado no fluxo futuro de
entrada líquida de caixa que se espera ser gerado pelo item no curso normal
das operações da entidade. Já os passivos são mantidos pelo valor
descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa.

Valor justo
É o valor pelo qual um componente ativo pode ser trocado ou um passivo
liquidado, entre as partes conhecedoras e dispostas a isso em uma transação
sem favorecimentos.

Atualização monetária
Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser
reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão
formal dos valores dos componentes patrimoniais.

Princípio da Competência
Ele determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do
recebimento ou pagamento. Ele também pressupõe a simultaneidade do
confrontamento de receitas e despesas correlatas.

Princípio da Prudência
Ele determina a adoção do menor valor para os componentes dos ativos e do
maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação de mutações patrimoniais que alterem o valor do
patrimônio líquido.

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