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Material Teórico
Referencial Conceitual: Convençoes, Princípios, Objeto, Objetivos,
Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Referencial Conceitual: Convençoes,
Princípios, Objeto, Objetivos, Funções da
Contabilidade e Uso da Informação Contábil
• As Convenções Contábeis
• Os Princípios Contábeis
• Contabilidade: Conceito, Objeto, Objetivos e Uso da Informação
• Finalidade de Planejamento
• Usuários da Informação Contábil
• Proprietários de uma Empresa
• Material Complementar
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Apresentar ao discente os conceitos básicos e necessários para a
construção do pensamento referente à ciência contábil e a importância
desse conhecimento no mundo dos negócios relacionados as entidades
do setor público e privado
ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema
“Referencial Contábil”.
Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo
possível, na pasta de atividades, você também encontrará as atividades de
Avaliação, uma Atividade Reflexiva e a videoaula. Cada material disponibilizado
é mais um elemento para seu aprendizado, por favor, estude todos com atenção!
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Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil
Contextualização
As convenções e princípios contábeis são assuntos que iniciam os debates e
estudos relacionados às normas que norteiam a ciência contábil.
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As Convenções Contábeis
O estudo do patrimônio das entidades é regido por convenções e princípios
contábeis que são necessários visto que os processos, técnicas, mensuração e
acompanhamento das operações de uma entidade, são registrados, analisados e
administrados dentro de um período para assim se obter o lucro esperado pelos
sócios e acionistas.
Objetividade
As informações contábeis deverão ser objetivas e adequadas para os
procedimentos referentes aos eventos contábeis.
Consistência
Deverá haver consistência quando adotado um critério contábil no exercício
social da empresa com o intuito de dessa forma permitir a comparação dos
relatórios contábeis entre períodos diferentes.
Exceções
As exceções quando analisadas e detectadas deverão ser evidenciadas em
Notas Explicativas, expondo a mudança de critério e suas implicações no
resultado da empresa.
Uniformidade
A uniformidade está relacionada a elaboração de relatórios contábeis estruturados
dentro das mesmas normas legais, possibilitando a padronização e comparação
desses relatórios entre empresas do mesmo ramo operacional.
Materialidade
A materialidade representa a equação custos X benefícios que serão atribuídos
aos retornos esperados pela empresa. Neste sentido, o valor da informação
é mensurado pelo tempo e custos adicionados para sua obtenção. Como
resultado final serão considerados os benefícios gerados pela obtenção dessas
informações aos usuários.
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Conservadorismo
A posição conservadora do Contador será evidenciada de forma precavida com
o objetivo de antecipar um prejuízo e nunca antecipar um lucro.
Os Princípios Contábeis
O estudo do patrimônio pela Contabilidade é regido pelos princípios contábeis
aceitos. Tais princípios padronizam os procedimentos, visando à facilidade de
comparações entre demonstrativos contábeis.
1. Entidade;
2. Continuidade;
3. Oportunidade;
4. Registro pelo valor original;
5. Atualização monetária (extinto em 1995 a partir do Plano Real);
6. Competência;
7. Prudência.
Princípio da Entidade
O princípio da entidade diferencia o patrimônio particular dos sócios e
proprietários e o patrimônio da entidade. Neste sentido, o patrimônio dos sócios
não se confunde com o patrimônio da entidade.
Art. 4º. O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto
da Contabilidade com a autonomia patrimonial. A necessidade da
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto
de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou
finalidade, com ou sem fins lucrativos. Logo, o patrimônio particular de
sócios e proprietários não se confunde com os da sociedade ou instituição.
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Princípio da Continuidade
O artigo 5º da Resolução 750 estabelece que a continuidade, ou não, da entidade,
bem como sua vida definida ou provável, deve ser considerada, quando da classificação
e avaliação das mutações patrimoniais, de caráter quantitativo e qualitativo.
Princípio da Oportunidade
O artigo 6º da Resolução 750 ressalta, simultaneamente, a tempestividade e a
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que esse
seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas
que as originaram.
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Princípio da Competência
De acordo com o artigo 9º da Resolução 750, o princípio da competência
prevê que as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do
período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
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Princípio da Prudência
De acordo com o artigo 10º da Resolução 750, o princípio da prudência define
que deve ser adotado o menor valor para os componentes do ativo e do maior para
os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
O parágrafo primeiro do referido artigo (10º) diz que este princípio impõe a escolha
da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções
igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais de Contabilidade.
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Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil
Objeto da Contabilidade
O objeto da contabilidade é uma verdadeira ciência econômica, uma espécie de
economia de empresas. Para os contistas o objeto da Contabilidade relaciona-se
ao estudo das contas. Os personalistas defendem que o objeto da contabilidade se
encontra na relação do estudo entre o débito e o crédito dos proprietários e agentes
consignatários. Já para o aziendalistas, o objeto da Contabilidade é o patrimônio
das entidades (AMADUZZI, 1992).
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Objetivo da Contabilidade:
De acordo com a Resolução CFC 774/94, do Conselho Federal de Contabilidade,
a Contabilidade tem por objetivo:
“A correta representação do patrimônio e a apreensão e análise das
causas das suas mutações. Busca prover os usuários com informações
sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do patrimônio
da entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações,
análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos,
pareceres, tabelas, planilhas e outros”.
Funções da Contabilidade
Assim como o objeto e o objetivo da contabilidade é oportuno a apresentação
das funções da contabilidade.
Silva (2008), em sua pesquisa evidenciou que a maioria dos autores não faz
referência às funções da Contabilidade. Para tanto o autor define como funções
da Contabilidade:
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Finalidade de Planejamento
Planejamento é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado o futuro.
Finalidade de Controle
Controle pode ser conceituado como um processo pelo qual a alta administração
se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo em
conformidade com os planos e políticas traçadas pela administração.
Assim para cada grupo de usuário, essas informações podem ser analisadas e
interpretadas de forma diferente.
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Proprietários de uma Empresa
Os acionistas da empresa buscam informações de como os representantes e
administradores da entidade estão planejando, executando e acompanhando os
negócios. Neste sentido o questionamento quanto ao lucro ou prejuízo é enfatizado
por esse grupo de usuários.
Administradores de empresas
As informações contábeis para esse grupo norteiam as tomadas de decisões
uma vez que apresentam a mensuração das contas patrimoniais e de resultado. Por
outro lado, quanto maior forem os resultados da empresa, maior serão os salários,
gratificações e honorários pagos ao administrador.
Credores
Os credores ou detentores dos créditos que permitirão novos investimentos e
financiamentos no intuito de contribuir para eventuais necessidades de caixa ou giro
do ativo, são interessados na informação contábil, visto que através da análise de
relatórios financeiros e contábeis, é possível identificar a capacidade de pagamento
da empresa e decidir sobre a concessão ou não de crédito.
Governo
Para Gouveia (1993, p.4) o interesse em saber as informações sobre os lucros
ou prejuízos da entidade são necessários ao governo não somente pela arrecadação
ou fins tributários. Assevera o autor que o governo é também, o “proprietário”
de inúmeros órgãos públicos, os quais lhe prestam contas através de relatórios
econômico-financeiros.
Sindicatos
As entidades relacionadas a Sindicatos tem interesse na informação contábil, pois
é através do resultado da empresa e resultados de produtividade do setor, que ocorrem
as negociações para reajuste salarial das classes sociais, inseridas nas empresas.
Contismo: Corrente teórica que estudou o funcionamento das contas, subordinando-as aos
Explor
métodos de escrituração.
Personalismo: Corrente teórica que estudou a personalização das contas, visando explicar as
relações de direito e de obrigações. O objeto passa a ser as relações de débito e crédito entre os
proprietários e os agentes consignatários e/ou correspondentes.
Aziendalismo: Corrente teórica que se preocupou em atribuir funções e critérios baseados as
várias responsabilidades dos administradores e dos agentes bem como os métodos e os meios
com que se devem conhecer, medir, computar e demonstrar os resultados obtidos nos vários
períodos da vida aziendal
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Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Conselho Federal de Contabilidade
Visite o portal do Conselho Federal de Contabilidade e explore as notícias e informações
referentes a Contabilidade.
http://cfc.org.br/
Livros
Teoria da Contabilidade
Leitura do Capitulo 4 do livro Teoria da Contabilidade do autor Sérgio de Iudícibus.
Teoria da Contabilidade
Leitura do capítulo 5 do livro Teoria da Contabilidade dos autores: HENDRIKSEN & BREDA.
Leitura
Contabilidade: Objeto, Objetivos r Funções
https://goo.gl/J04iI7
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Referências
AMADUZZI, Aldo. L’azienda: nel suo sistema e nei suoi principi, Utet,
Torino, 1992.
FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
GOUVEIA, Nelson. Contabilidade básica. 2a ed. São Paulo: Harbra Ltda., 1993.
IUDICÍBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
http://www.cfc.org.br/
http://www.cpc.org.br/
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