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Contabilidade Atuarial

e Ética Profissional
Material Teórico
Referencial Conceitual: Convençoes, Princípios, Objeto, Objetivos,
Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Maria do Socorro de Souza

Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Referencial Conceitual: Convençoes,
Princípios, Objeto, Objetivos, Funções da
Contabilidade e Uso da Informação Contábil

• As Convenções Contábeis
• Os Princípios Contábeis
• Contabilidade: Conceito, Objeto, Objetivos e Uso da Informação
• Finalidade de Planejamento
• Usuários da Informação Contábil
• Proprietários de uma Empresa
• Material Complementar

OBJETIVO DE APRENDIZADO
Apresentar ao discente os conceitos básicos e necessários para a
construção do pensamento referente à ciência contábil e a importância
desse conhecimento no mundo dos negócios relacionados as entidades
do setor público e privado

ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema
“Referencial Contábil”.

Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material


complementar. Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para registrar
suas dúvidas; por isso, não deixe de registrá-las e transmiti-las ao professor-tutor.

Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo
possível, na pasta de atividades, você também encontrará as atividades de
Avaliação, uma Atividade Reflexiva e a videoaula. Cada material disponibilizado
é mais um elemento para seu aprendizado, por favor, estude todos com atenção!
UNIDADE Referencial Conceitual: Convençoes, Princípios, Objeto, Objetivos,
Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil

Contextualização
As convenções e princípios contábeis são assuntos que iniciam os debates e
estudos relacionados às normas que norteiam a ciência contábil.

Não obstante à esse fato entender o conceito, objeto, objetivo e função da


contabilidade permite a construção do pensamento de conceitos básicos para
o entendimento e construção do pensamento de assuntos históricos e atuais do
mundo dos negócios.

É importante agregar a esses assuntos acima referidos a importância do uso da


informação contábil por parte dos seus usuários.

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As Convenções Contábeis
O estudo do patrimônio das entidades é regido por convenções e princípios
contábeis que são necessários visto que os processos, técnicas, mensuração e
acompanhamento das operações de uma entidade, são registrados, analisados e
administrados dentro de um período para assim se obter o lucro esperado pelos
sócios e acionistas.

As convenções contábeis representam o Complemento dos Postulados e


Princípios Contábeis (MARION, 2011).

É importante ressaltar que as referidas convenções são apenas indicativas e deverão


ser levadas em consideração sempre em conjunto com os princípios contábeis de
acordo com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 750.

Objetividade
As informações contábeis deverão ser objetivas e adequadas para os
procedimentos referentes aos eventos contábeis.

Consistência
Deverá haver consistência quando adotado um critério contábil no exercício
social da empresa com o intuito de dessa forma permitir a comparação dos
relatórios contábeis entre períodos diferentes.

Exceções
As exceções quando analisadas e detectadas deverão ser evidenciadas em
Notas Explicativas, expondo a mudança de critério e suas implicações no
resultado da empresa.

Uniformidade
A uniformidade está relacionada a elaboração de relatórios contábeis estruturados
dentro das mesmas normas legais, possibilitando a padronização e comparação
desses relatórios entre empresas do mesmo ramo operacional.

Materialidade
A materialidade representa a equação custos X benefícios que serão atribuídos
aos retornos esperados pela empresa. Neste sentido, o valor da informação
é mensurado pelo tempo e custos adicionados para sua obtenção. Como
resultado final serão considerados os benefícios gerados pela obtenção dessas
informações aos usuários.

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Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil

Conservadorismo
A posição conservadora do Contador será evidenciada de forma precavida com
o objetivo de antecipar um prejuízo e nunca antecipar um lucro.

Os Princípios Contábeis
O estudo do patrimônio pela Contabilidade é regido pelos princípios contábeis
aceitos. Tais princípios padronizam os procedimentos, visando à facilidade de
comparações entre demonstrativos contábeis.

Os princípios contábeis refletem o estágio em que se encontra a Ciência


Contábil, ou seja, a essência dos conhecimentos, doutrinas e teorias que contam
com o respaldo dos estudiosos da contabilidade.

A Resolução 750, de 29 de dezembro de 1993, do Conselho Federal de


Contabilidade enumera sete princípios contábeis:

1. Entidade;
2. Continuidade;
3. Oportunidade;
4. Registro pelo valor original;
5. Atualização monetária (extinto em 1995 a partir do Plano Real);
6. Competência;
7. Prudência.

Princípio da Entidade
O princípio da entidade diferencia o patrimônio particular dos sócios e
proprietários e o patrimônio da entidade. Neste sentido, o patrimônio dos sócios
não se confunde com o patrimônio da entidade.
Art. 4º. O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto
da Contabilidade com a autonomia patrimonial. A necessidade da
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto
de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou
finalidade, com ou sem fins lucrativos. Logo, o patrimônio particular de
sócios e proprietários não se confunde com os da sociedade ou instituição.

Resolução 750, artigo 4º Parágrafo único: O PATRIMÔNIO pertence à


ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de
patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de
natureza econômica-contábil.

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Princípio da Continuidade
O artigo 5º da Resolução 750 estabelece que a continuidade, ou não, da entidade,
bem como sua vida definida ou provável, deve ser considerada, quando da classificação
e avaliação das mutações patrimoniais, de caráter quantitativo e qualitativo.

Em seu parágrafo primeiro, destaca que a continuidade influencia o valor


econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos,
especialmente quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previsto
ou previsível. E, no segundo, diz que a observância do princípio da continuidade
é indispensável à correta aplicação do princípio da competência, por efeito de se
relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação
do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de
geração de resultado.

Princípio da Oportunidade
O artigo 6º da Resolução 750 ressalta, simultaneamente, a tempestividade e a
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que esse
seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas
que as originaram.

Em seu parágrafo único, enfatiza que:


I. desde que tecnicamente estimável, o registro das variações
patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir
razoável certeza de sua ocorrência;

II. o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos,


contemplando os aspectos físicos e monetários;

III. o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações


ocorridas no patrimônio da entidade, em um período de tempo
determinado, base necessária para gerar informações úteis ao
processo decisório da gestão.

Registro pelo Valor Original


O artigo 7º da Resolução 750, define o princípio do registro pelo valor original
e assegura que os componentes do patrimônio sejam registrados pelos valores
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na
moeda do país, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais
posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no
interior da entidade. Em seu parágrafo único diz que:

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I. a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base


nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do
consenso com os agentes externos ou da imposição destes;

II. uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não


poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-
somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação,
parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais; III o valor original
será mantido enquanto o componente permanecer como parte do
patrimônio, inclusive quando da saída deste;

III. os princípios da atualização monetária e do registro pelo valor original


são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro
apenas atualiza e mantém o valor de entrada;

IV. o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes


patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa
dos mesmos.

Princípio da Atualização Monetária


O artigo 8º da Resolução 750 estabelece que os efeitos da alteração do poder
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através
do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
Em seu parágrafo único, determina que:
I. a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II. para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações
originais (art. 7º), é necessário atualizar sua expressão formal em moeda
nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores
dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do patrimônio líquido;
III. a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente,
o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a
aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação
do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.

Princípio da Competência
De acordo com o artigo 9º da Resolução 750, o princípio da competência
prevê que as receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do
período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.

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Princípio da Prudência
De acordo com o artigo 10º da Resolução 750, o princípio da prudência define
que deve ser adotado o menor valor para os componentes do ativo e do maior para
os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O parágrafo primeiro do referido artigo (10º) diz que este princípio impõe a escolha
da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções
igualmente aceitáveis diante dos demais princípios fundamentais de Contabilidade.

Conforme o segundo parágrafo do artigo 7º, o princípio da prudência somente


se aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à
correta aplicação do princípio da competência.

E o terceiro parágrafo garante a ênfase do princípio da prudência, quando da


definição dos valores relativos às variações patrimoniais, que essas sejam feitas
mediante estimativas que envolvem incertezas de grau variável.

Agora que você já entendeu as convenções e princípios que regem o estudo


da contabilidade e o acompanhamento do patrimônio de uma entidade, vamos
conhecer alguns conceitos primordiais para o estudo da teoria contábil?

Contabilidade: Conceito, Objeto, Objetivos e


Uso da Informação
Conceito de Contabilidade
A Contabilidade é uma ciência que permite através de suas técnicas manter um
controle permanente do patrimônio da empresa, visando à tomada de decisões por
parte dos administradores desse patrimônio.

Por “entidade”, entende-se qualquer tipo de organização, seja ela física ou


jurídica, que vise ao lucro ou não.

Para Gouveia (1993, p.1):


Contabilidade é um sistema muito bem idealizado que permite registrar
as transações de uma entidade que possam ser expressas em termos
monetários, e informar os reflexos dessas transações na situação
econômico financeira dessa entidade em uma determinada data.

Para Hendriksen & Breda (1999, p.32) a contabilidade é entendida como um


conjunto coerente de princípios hipotéticos, conceituais e pragmáticos que formam
um quadro geral de referência para a investigação da natureza da contabilidade.

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UNIDADE Referencial Conceitual: Convençoes, Princípios, Objeto, Objetivos,
Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil

Para Hilário Franco, a Contabilidade é:


a ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades,
mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a análise
e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e
orientação necessárias à tomada de decisões sobre a composição do
patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão
da riqueza patrimonial”. (FRANCO, 1997, p. 21).

Você Sabia? Importante!

A palavra contabilidade, originária do francês contabilité empregava-se para designar


a arte de escriturar as contas revelando, pois, o aspecto meramente instrumental
da disciplina. Os autores italianos a utilizavam apenas para indicar as aplicações
especializadas aos diferentes setores da atividade econômica como contabilidade
mercantil, bancária, agrícola, contabilidade pública. A ciência ou a doutrina contábil dão
a eles o nome de “Ragioneria” no intento de sobrelevar aquela ao simples método ou à
escrituração, etimologicamente porém, ambas se equivalem (CAMPIGLIA, 1966, p. 10).

Objeto da Contabilidade
O objeto da contabilidade é uma verdadeira ciência econômica, uma espécie de
economia de empresas. Para os contistas o objeto da Contabilidade relaciona-se
ao estudo das contas. Os personalistas defendem que o objeto da contabilidade se
encontra na relação do estudo entre o débito e o crédito dos proprietários e agentes
consignatários. Já para o aziendalistas, o objeto da Contabilidade é o patrimônio
das entidades (AMADUZZI, 1992).

Nesta perspectiva a Resolução 774 de 16 de dezembro de 1994 do Conselho


Federal de Contabilidade (2000, p.30) define que na Contabilidade, o objeto é
sempre o patrimônio de uma Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos
e obrigações para com terceiros, pertencentes a uma pessoa física, a um conjunto de
pessoas, como ocorre em sociedades informais, ou a uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza, independentemente da sua finalidade, que pode, ou não, incluir
lucro” (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2000, p. 31).

Desta forma, conclui-se que o objeto da Contabilidade é o estudo do patrimônio


definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma ou
mais pessoas, do ponto de vista estático e dinâmico. Sendo o primeiro representado
pelos aspectos econômicos e financeiros e o segundo pelas variações patrimoniais.

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Objetivo da Contabilidade:
De acordo com a Resolução CFC 774/94, do Conselho Federal de Contabilidade,
a Contabilidade tem por objetivo:
“A correta representação do patrimônio e a apreensão e análise das
causas das suas mutações. Busca prover os usuários com informações
sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do patrimônio
da entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações,
análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos,
pareceres, tabelas, planilhas e outros”.

Funções da Contabilidade
Assim como o objeto e o objetivo da contabilidade é oportuno a apresentação
das funções da contabilidade.

Silva (2008), em sua pesquisa evidenciou que a maioria dos autores não faz
referência às funções da Contabilidade. Para tanto o autor define como funções
da Contabilidade:

1. Compreender a classificação e o registro dos fatos contábeis;

2. Controlar a situação patrimonial da entidade;

3. Elaborar e analisar o resultado econômico da entidade para dessa forma


garantir o alcance dos objetivos previstos.

Uso da Informação Contábil


Compreender qual é a finalidade das demonstrações contábeis e a abrangência
do uso das informações disponibilizados por esses relatórios é importante para a
construção do conhecimento na área contábil.

A principal finalidade da contabilidade é o de fornecer informações sobre o


patrimônio, informações essa de ordem econômica e financeira facilitando assim a
tomada de decisões tanto por ordem de seus empresários como também por parte
daqueles que pretendem investir nas empresas.

Para Iudicíbus (2010, p.5), as finalidades da informação contábil podem ser


agrupadas da seguinte forma:

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Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil

Finalidade de Planejamento
Planejamento é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado o futuro.

Finalidade de Controle
Controle pode ser conceituado como um processo pelo qual a alta administração
se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo em
conformidade com os planos e políticas traçadas pela administração.

Finalidade de Auxílio no Processo Decisório


Processo decisório consta do conjunto de ações que faz com que se consiga a
obtenção dos objetivos desejados, definidos pelo planejamento.

Usuários da Informação Contábil


Usuários internos da Contabilidade:
Administradores de todos os níveis, como diretores, gerentes, supervisores, etc.

Caracterizam-se por serem usuários de informações mais aprofundadas e


específicas. Destacam-se também como usuários internos os empregados que
estão interessados em uma estabilidade cujo reflexo é demonstrado na lucratividade
da empresa. Fatores como remuneração, benefícios e aposentaria também são
avaliados pelos mesmos no momento de decisão de permanecer na organização.

Usuários externos da Contabilidade:


Acionistas, clientes, fornecedores, bancos, credores em geral, governo,
sindicatos, etc. Caracterizam-se por serem usuários de informações mais genéricas,
fornecidas pelas demonstrações contábeis.

A contabilidade como instrumento de decisão


O uso das informações contábeis é acompanhado pelos usuários internos e
externos que possuem interesse nos resultados (lucros) da entidade.

Assim para cada grupo de usuário, essas informações podem ser analisadas e
interpretadas de forma diferente.

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Proprietários de uma Empresa
Os acionistas da empresa buscam informações de como os representantes e
administradores da entidade estão planejando, executando e acompanhando os
negócios. Neste sentido o questionamento quanto ao lucro ou prejuízo é enfatizado
por esse grupo de usuários.

Administradores de empresas
As informações contábeis para esse grupo norteiam as tomadas de decisões
uma vez que apresentam a mensuração das contas patrimoniais e de resultado. Por
outro lado, quanto maior forem os resultados da empresa, maior serão os salários,
gratificações e honorários pagos ao administrador.

Credores
Os credores ou detentores dos créditos que permitirão novos investimentos e
financiamentos no intuito de contribuir para eventuais necessidades de caixa ou giro
do ativo, são interessados na informação contábil, visto que através da análise de
relatórios financeiros e contábeis, é possível identificar a capacidade de pagamento
da empresa e decidir sobre a concessão ou não de crédito.

Governo
Para Gouveia (1993, p.4) o interesse em saber as informações sobre os lucros
ou prejuízos da entidade são necessários ao governo não somente pela arrecadação
ou fins tributários. Assevera o autor que o governo é também, o “proprietário”
de inúmeros órgãos públicos, os quais lhe prestam contas através de relatórios
econômico-financeiros.

Sindicatos
As entidades relacionadas a Sindicatos tem interesse na informação contábil, pois
é através do resultado da empresa e resultados de produtividade do setor, que ocorrem
as negociações para reajuste salarial das classes sociais, inseridas nas empresas.

Contismo: Corrente teórica que estudou o funcionamento das contas, subordinando-as aos
Explor

métodos de escrituração.
Personalismo: Corrente teórica que estudou a personalização das contas, visando explicar as
relações de direito e de obrigações. O objeto passa a ser as relações de débito e crédito entre os
proprietários e os agentes consignatários e/ou correspondentes.
Aziendalismo: Corrente teórica que se preocupou em atribuir funções e critérios baseados as
várias responsabilidades dos administradores e dos agentes bem como os métodos e os meios
com que se devem conhecer, medir, computar e demonstrar os resultados obtidos nos vários
períodos da vida aziendal

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Funções da Contabilidade e Uso da Informação Contábil

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Sites
Conselho Federal de Contabilidade
Visite o portal do Conselho Federal de Contabilidade e explore as notícias e informações
referentes a Contabilidade.
http://cfc.org.br/

 Livros
Teoria da Contabilidade
Leitura do Capitulo 4 do livro Teoria da Contabilidade do autor Sérgio de Iudícibus.

Teoria da Contabilidade
Leitura do capítulo 5 do livro Teoria da Contabilidade dos autores: HENDRIKSEN & BREDA.

 Leitura
Contabilidade: Objeto, Objetivos r Funções
https://goo.gl/J04iI7

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Referências
AMADUZZI, Aldo. L’azienda: nel suo sistema e nei suoi principi, Utet,
Torino, 1992.

CAMPIGLIA, Américo Oswaldo. Contabilidade básica. São Paulo: Ed.


Universidade de São Paulo: 1966.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios fundamentais de


Contabilidade e normas Brasileiras de Contabilidade.

FRANCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

GOUVEIA, Nelson. Contabilidade básica. 2a ed. São Paulo: Harbra Ltda., 1993.

HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. Van. Teoria da Contabilidade. São


Paulo: Atlas. 1999.

IUDICÍBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARION, José Carlos. Teoria da Contabilidade. Edição Especial. São Paulo:


Alínea, 2011.

SILVA, Luiz Ivan dos Santos. Contabilidade: Objeto, Objetivos e Funções.


Revista Sitientibus, Feira de Santana, n. 38, p.79-101, jan./jun. 2008

http://www.cfc.org.br/

http://www.cpc.org.br/

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