Você está na página 1de 17

TEORIA DA CONTABILIDADE 2

Cássio Lima

TEORIA DA CONTABILIDADE 2
Perspectiva Doutrinária
A Teoria da Contabilidade é fundamentada em
pesquisas e estudos validados internacionalmente
pela comunidade científica, pois é aderente à
filosofia e a metodologia científica, bem como aos
Modelos Contábeis de Mercado. Portanto, não é
uma visão puramente Legal (normativa) – vai muito
além de Normas (Leis). Não obstante, na maioria dos
casos, a legislação brasileira é convergente com a
doutrina!!!
2
Perspectiva Doutrinária
Ainda hoje, há certa confusão entre o que é teoria e o que é
norma contábil. Precisamos, contudo, entender que a doutrina
contábil apresenta sustentação científica. Hoje, já temos
convergência internacional significativa em decorrência das
necessidades sociais e dos esforços dos profissionais da área.
Não obstante, há alguns atropelos da legislação tributária, p.
ex. O importante é que o profissional deve conhecer e aplicar
adequadamente todas as vertentes, sem divergir dos
princípios e dos aspectos qualitativos da informação contábil
útil!!!

3
Princípios Contábeis
Sua observância constitui a condição de legitimidade das
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). São eles:
Princípio da Entidade;

Princípio da Continuidade;

Oportunidade;
Registro pelo Valor Original;
Competência;
Prudência.

4
Princípio da Entidade
Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade,
afirmando a autonomia patrimonial da entidade, pela
necessidade de diferenciar o Patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes, independentemente
de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou
finalidade, com ou sem fins lucrativos. Nesta acepção, o
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

5
Princípio da Continuidade
Neste postulado admite-se a entidade como algo em
continuidade (going concern), cuja principal finalidade é
gerir e utilizar ativos, não para serem vendidos, mas para
servirem à entidade no esforço de produzir benefícios
futuros (ou receita).
Em síntese, estes postulados admitem que a Contabilidade
é mantida para a entidade, de forma distinta de seus
sócios, supondo-se ainda que continuará operando por
um longo período de tempo.

6
Oportunidade
Este refere-se ao processo de mensuração e
apresentação das informações sobre os componentes
patrimoniais de forma íntegra e tempestiva.
A falta de integridade e a tempestividade na produção
e na divulgação das informações pode ocasionar
perda de relevância, por isso é necessário ponderar a
relação entre a oportunidade e a confiabilidade.

7
Registro pelo Valor Original
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina
que os componentes do Patrimônio devem ser
inicialmente registrados pelos valores originais das
transações, expressos em moeda nacional.
As seguintes bases de mensuração devem ser
utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo
do tempo, de diferentes formas: Custo Histórico e
Variações do Custo Histórico.

8
Custo Histórico
 Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo
(fair value) dos recursos que são entregues para adquiri-los
na data da aquisição.

 Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que


foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de
caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no
curso normal das operações (valor atual ou descontado).

9
Competência
 Determina que os efeitos das transações e outros
eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se
referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.

 Este princípio decorre da fusão de dois princípios o da


realização da receita e da confrontação dos custos e
despesas, por isso pressupõe a simultaneidade da
confrontação de receitas, custos e de despesas
correlatas.

10
Prudência ou Conservadorismo
 Determina a adoção do menor valor para os componentes
ativos e maior para os passivos, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
 Pressupõe a precaução no exercício de julgamentos nas
estimativas, em certas condições de incerteza, de forma que
os ativos e receitas não sejam superestimados e
que passivos e despesas não sejam subestimados,
atribuindo maior confiabilidade a mensuração dos
componentes patrimoniais.

11
Convenções
As convenções são mais objetivas, indicando a conduta
adequada, que deve ser observada no exercício
profissional da contabilidade. São elas:

Objetividade;
Materialidade;
Consistência.

12
Objetividade
Deve-se primar pela neutralidade, não se
deixando levar por expectativas que venham a
influenciar no trabalho do profissional, e
verificabilidade, sempre que possível,
em documentos que comprovem a ocorrência
dos fatos contábeis.

13
Materialidade
A informação contábil deve ser relevante, justa e
adequada, bem como o profissional deve
considerar a relação custo x benefício
da informação que será gerada, evitando perda de
recursos e de tempo da entidade.

14
Consistência
Deve-se utilizar critérios consistentes, semelhantes para
mesmas classes de elementos e períodos distintos,
quando do registro e evidenciação, para facilitar sua
interpretação e análise pelos diversos usuários. Quando
houver necessidade de adoção de outro critério ou
método de avaliação, o profissional deve informar a
modificação e apresentar os reflexos que a mudança
poderá causar se não for observada pelo usuário.

15
Estrutura Conceitual
O CPC 00 (R1) aborda a Estrutura Conceitual para
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Financeiro. Neste pronunciamento são destacadas
as características qualitativas da informação
contábil-financeira útil, bem como os conceitos
relacionados ao capital, manutenção de capital e
objetivos do Relatório Contábil-Financeiro de
propósito geral.

16
Informação Contábil-Financeira Útil
A Estrutura Conceitual trata a informação contábil-
financeira útil, considerando as características
fundamentais e as características de melhoria. As
fundamentais determinam que a informação
contábil precisa ser relevante e representar a
informação com fidedignidade. As de melhoria
reafirmam a necessidade da informação ser
comparável, verificável, tempestiva e compreensível.

17

Você também pode gostar