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CONHECIMENTOS GERAIS

LEI E INSTRUÇÕES NORMATIVAS PORTUARIAS

LEI Nº 12.815, DE 5 DE JUNHO DE 2013.


Dispõe sobre a exploração direta e indireta
pela União de portos e instalações portuárias
e sobre as atividades desempenhadas pelos
operadores portuários; altera as Leis nºs
Mensagem de veto 5.025, de 10 de junho de 1966, 10.233, de 5
de junho de 2001, 10.683, de 28 de maio de
Conversão da Medida Provisória nº 595 2003, 9.719, de 27 de novembro de 1998, e
8.213, de 24 de julho de 1991; revoga as Leis
Regulamenta nºs 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, e
11.610, de 12 de dezembro de 2007, e
dispositivos das Leis nºs 11.314, de 3 de julho
de 2006, e 11.518, de 5 de setembro de 2007;
e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DEFINIÇÕES E OBJETIVO

Art. 1º Esta Lei regula a exploração pela União, direta ou indiretamente, dos portos
e instalações portuárias e as atividades desempenhadas pelos operadores
portuários.

§ 1º A exploração indireta do porto organizado e das instalações portuárias nele


localizadas ocorrerá mediante concessão e arrendamento de bem público.

§ 2º A exploração indireta das instalações portuárias localizadas fora da área do


porto organizado ocorrerá mediante autorização, nos termos desta Lei.

§ 3º As concessões, os arrendamentos e as autorizações de que trata esta Lei


serão outorgados a pessoa jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco.

Art. 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - porto organizado: bem público construído e aparelhado para atender a


necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e
armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob
jurisdição de autoridade portuária;

II - área do porto organizado: área delimitada por ato do Poder Executivo que
compreende as instalações portuárias e a infraestrutura de proteção e de acesso ao porto
organizado;
III - instalação portuária: instalação localizada dentro ou fora da área do porto
organizado e utilizada em movimentação de passageiros, em movimentação ou
armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte aquaviário;

IV - terminal de uso privado: instalação portuária explorada mediante autorização


e localizada fora da área do porto organizado;

V - estação de transbordo de cargas: instalação portuária explorada mediante


autorização, localizada fora da área do porto organizado e utilizada exclusivamente para
operação de transbordo de mercadorias em embarcações de navegação interior ou
cabotagem;

VI - instalação portuária pública de pequeno porte: instalação portuária explorada


mediante autorização, localizada fora do porto organizado e utilizada em movimentação
de passageiros ou mercadorias em embarcações de navegação interior;

VII - instalação portuária de turismo: instalação portuária explorada mediante


arrendamento ou autorização e utilizada em embarque, desembarque e trânsito de
passageiros, tripulantes e bagagens, e de insumos para o provimento e abastecimento
de embarcações de turismo;

VIII - (VETADO):

a) (VETADO);

b) (VETADO); e

c) (VETADO);

IX - concessão: cessão onerosa do porto organizado, com vistas à administração


e à exploração de sua infraestrutura por prazo determinado;

X - delegação: transferência, mediante convênio, da administração e da


exploração do porto organizado para Municípios ou Estados, ou a consórcio público,
nos termos da Lei nº 9.277, de 10 de maio de 1996 ;

XI - arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura públicas localizadas


dentro do porto organizado, para exploração por prazo determinado;

XII - autorização: outorga de direito à exploração de instalação portuária localizada


fora da área do porto organizado e formalizada mediante contrato de adesão; e

XIII - operador portuário: pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as


atividades de movimentação de passageiros ou movimentação e armazenagem de
mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do
porto organizado.

Art. 3º A exploração dos portos organizados e instalações portuárias, com o objetivo


de aumentar a competitividade e o desenvolvimento do País, deve seguir as seguintes
diretrizes:

I - expansão, modernização e otimização da infraestrutura e da superestrutura


que integram os portos organizados e instalações portuárias;
II - garantia da modicidade e da publicidade das tarifas e preços praticados no
setor, da qualidade da atividade prestada e da efetividade dos direitos dos usuários;

III - estímulo à modernização e ao aprimoramento da gestão dos portos


organizados e instalações portuárias, à valorização e à qualificação da mão de obra
portuária e à eficiência das atividades prestadas;

IV - promoção da segurança da navegação na entrada e na saída das embarcações


dos portos; e

IV - promoção da segurança da navegação na entrada e na saída das


embarcações dos portos; (Redação dada pela Lei nº 14.047, de 2020)

V - estímulo à concorrência, incentivando a participação do setor privado e


assegurando o amplo acesso aos portos organizados, instalações e atividades portuárias.

V - estímulo à concorrência, por meio do incentivo à participação do setor


privado e da garantia de amplo acesso aos portos organizados, às instalações e às
atividades portuárias; e (Redação dada pela Lei nº 14.047, de 2020)

VI - liberdade de preços nas operações portuárias, reprimidos qualquer prática


prejudicial à competição e o abuso do poder econômico.(Incluído pela Lei nº 14.047, de
2020)

CAPÍTULO II

DA CONCESSÃO DE PORTO ORGANIZADO, DO ARRENDAMENTO E DO USO


TEMPORÁRIO DE INSTALAÇÃO PORTUÁRI
(Redação dada pela Lei nº 14.047, de 2020)

Seção I

Da Concessão de Porto Organizado e do Arrendamento de Instalação Portuária

Subseção I

Da Concessão de Porto Organizado


(Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

Art. 4º A concessão e o arrendamento de bem público destinado à atividade portuária


serão realizados mediante a celebração de contrato, sempre precedida de licitação, em
conformidade com o disposto nesta Lei e no seu regulamento.

Art. 4º A concessão de bem público destinado à exploração do porto organizado será


realizada mediante a celebração de contrato, sempre precedida de licitação, em
conformidade com o disposto nesta Lei e no seu regulamento. (Redação dada pela Lei nº
14.047, de 2020)

Art. 5º São essenciais aos contratos de concessão e arrendamento as cláusulas


relativas:

Art. 5º São essenciais aos contratos de concessão as cláusulas relativas: (Redação


dada pela Lei nº 14.047, de 2020)
I - ao objeto, à área e ao prazo;

II - ao modo, forma e condições da exploração do porto organizado ou instalação


portuária;

III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade da


atividade prestada, assim como às metas e prazos para o alcance de determinados níveis
de serviço;

IV - ao valor do contrato, às tarifas praticadas e aos critérios e procedimentos de


revisão e reajuste;

V - aos investimentos de responsabilidade do contratado;

VI - aos direitos e deveres dos usuários, com as obrigações correlatas do contratado


e as sanções respectivas;

VII - às responsabilidades das partes;

VIII - à reversão de bens;

IX - aos direitos, garantias e obrigações do contratante e do contratado, inclusive os


relacionados a necessidades futuras de suplementação, alteração e expansão da atividade
e consequente modernização, aperfeiçoamento e ampliação das instalações;

X - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos e dos métodos e


práticas de execução das atividades, bem como à indicação dos órgãos ou entidades
competentes para exercê-las;

XI - às garantias para adequada execução do contrato;

XII - à responsabilidade do titular da instalação portuária pela inexecução ou deficiente


execução das atividades;

XIII - às hipóteses de extinção do contrato;

XIV - à obrigatoriedade da prestação de informações de interesse do poder


concedente, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ e das demais
autoridades que atuam no setor portuário, inclusive as de interesse específico da Defesa
Nacional, para efeitos de mobilização;

XV - à adoção e ao cumprimento das medidas de fiscalização aduaneira de


mercadorias, veículos e pessoas;

XVI - ao acesso ao porto organizado ou à instalação portuária pelo poder concedente,


pela Antaq e pelas demais autoridades que atuam no setor portuário;

XVII - às penalidades e sua forma de aplicação; e

XVIII - ao foro.

§ 1º (VETADO).

§ 2º Findo o prazo dos contratos, os bens vinculados à concessão ou ao arrendamento


reverterão ao patrimônio da União, na forma prevista no contrato.
Art. 5º-A. Os contratos celebrados entre a concessionária e terceiros, inclusive os que
tenham por objeto a exploração das instalações portuárias, serão regidos pelas normas de
direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o poder
concedente, sem prejuízo das atividades regulatória e fiscalizatória da Antaq. (Incluído
pela Lei nº 14.047, de 2020)

Subseção II

Do Arrendamento de Instalação Portuária


(Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

Art. 5º-B. O arrendamento de bem público destinado à atividade portuária será


realizado mediante a celebração de contrato, precedida de licitação, em conformidade com
o disposto nesta Lei e no seu regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

Parágrafo único. Poderá ser dispensada a realização da licitação de área no porto


organizado, nos termos do regulamento, quando for comprovada a existência de um único
interessado em sua exploração e estiverem presentes os seguintes requisitos: (Incluído
pela Lei nº 14.047, de 2020)

I - realização de chamamento público pela autoridade portuária com vistas a identificar


interessados na exploração econômica da área; e (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

II - conformidade com o plano de desenvolvimento e zoneamento do porto (Incluído


pela Lei nº 14.047, de 2020)

Art. 5º-C. São essenciais aos contratos de arrendamento as cláusulas


relativas: (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

I - ao objeto, à área e ao prazo; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

II - ao modo, à forma e às condições da exploração da instalação


portuária; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

III - ao valor do contrato e aos critérios e procedimentos de revisão e


reajuste; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

IV - aos investimentos de responsabilidade do contratado; (Incluído pela Lei nº


14.047, de 2020)

V - às responsabilidades das partes; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

VI - aos direitos, às garantias e às obrigações do contratante e do


contratado; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

VII - à responsabilidade do titular da instalação portuária pela inexecução ou deficiente


execução das atividades; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

VIII - às hipóteses de extinção do contrato; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

IX - à obrigatoriedade da prestação de informações de interesse do poder concedente,


da Antaq e das demais autoridades que atuam no setor portuário, inclusive as de interesse
específico da defesa nacional, para efeitos de mobilização; (Incluído pela Lei nº 14.047,
de 2020)
X - ao acesso à instalação portuária pelo poder concedente, pela Antaq e pelas demais
autoridades que atuam no setor portuário; (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

XI - às penalidades e sua forma de aplicação; e (Incluído pela Lei nº 14.047, de


2020)

XII - ao foro. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

Subseção III

Do Uso Temporário e das Licitações


(Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

Art. 5º-D. A administração do porto organizado poderá pactuar com o interessado na


movimentação de cargas com mercado não consolidado o uso temporário de áreas e
instalações portuárias localizadas na poligonal do porto organizado, dispensada a
realização de licitação. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

§ 1º O contrato de uso temporário terá o prazo improrrogável de até 48 (quarenta e


oito) meses. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

§ 2º Na hipótese de haver mais de um interessado na utilização de áreas e


instalações portuárias e inexistir disponibilidade física para alocar todos os interessados
concomitantemente, a administração do porto organizado promoverá processo seletivo
simplificado para a escolha do projeto que melhor atenda ao interesse público e do porto,
assegurados os princípios da isonomia e da impessoalidade na realização do
certame. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

§ 3º Os investimentos vinculados ao contrato de uso temporário ocorrerão


exclusivamente a expensas do interessado, sem direito a indenização de qualquer
natureza. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

§ 4º Após 24 (vinte e quatro) meses de eficácia do uso temporário da área e da


instalação portuária, ou, em prazo inferior, por solicitação do contratado, e verificada a
viabilidade do uso da área e da instalação, a administração do porto organizado adotará as
medidas necessárias ao encaminhamento de proposta de licitação da área e das
instalações existentes. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

§ 5º Decreto regulamentador disporá sobre os termos, os procedimentos e as


condições para o uso temporário de áreas e instalações portuárias localizadas na poligonal
do porto organizado. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

Art. 6º Nas licitações dos contratos de concessão e arrendamento, serão considerados


como critérios para julgamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de
movimentação, a menor tarifa ou o menor tempo de movimentação de carga, e outros
estabelecidos no edital, na forma do regulamento.

§ 1º As licitações de que trata este artigo poderão ser realizadas na modalidade leilão,
conforme regulamento.

§ 2º Compete à Antaq, com base nas diretrizes do poder concedente, realizar os


procedimentos licitatórios de que trata este artigo.

§ 3º Os editais das licitações de que trata este artigo serão elaborados pela Antaq,
observadas as diretrizes do poder concedente.
§ 4º (VETADO).

§ 5º Sem prejuízo das diretrizes previstas no art. 3º , o poder concedente poderá


determinar a transferência das competências de elaboração do edital e a realização dos
procedimentos licitatórios de que trata este artigo à Administração do Porto, delegado ou
não.

§ 6º O poder concedente poderá autorizar, mediante requerimento do arrendatário, na


forma do regulamento, expansão da área arrendada para área contígua dentro da poligonal
do porto organizado, sempre que a medida trouxer comprovadamente eficiência na
operação portuária.

Art. 7º A Antaq poderá disciplinar a utilização em caráter excepcional, por qualquer


interessado, de instalações portuárias arrendadas ou exploradas pela concessionária,
assegurada a remuneração adequada ao titular do contrato.

Seção II

Da Autorização de Instalações Portuárias

Art. 8º Serão exploradas mediante autorização, precedida de chamada ou anúncio


públicos e, quando for o caso, processo seletivo público, as instalações portuárias
localizadas fora da área do porto organizado, compreendendo as seguintes modalidades:

I - terminal de uso privado;

II - estação de transbordo de carga;

III - instalação portuária pública de pequeno porte;

IV - instalação portuária de turismo;

V - (VETADO).

§ 1º A autorização será formalizada por meio de contrato de adesão, que conterá as


cláusulas essenciais previstas no caput do art. 5º , com exceção daquelas previstas em
seus incisos IV e VIII.

§ 1º A autorização será formalizada por meio de contrato de adesão, que conterá as


cláusulas essenciais previstas no caput do art. 5º-C desta Lei, com exceção da cláusula
prevista em seu inciso III. (Redação dada pela Lei nº 14.047, de 2020)

§ 2º A autorização de instalação portuária terá prazo de até 25 (vinte e cinco) anos,


prorrogável por períodos sucessivos, desde que:

I - a atividade portuária seja mantida; e

II - o autorizatário promova os investimentos necessários para a expansão e


modernização das instalações portuárias, na forma do regulamento.

§ 3º A Antaq adotará as medidas para assegurar o cumprimento dos cronogramas de


investimento previstos nas autorizações e poderá exigir garantias ou aplicar sanções,
inclusive a cassação da autorização.

§ 4º (VETADO).
Art. 9º Os interessados em obter a autorização de instalação portuária poderão
requerê-la à Antaq a qualquer tempo, na forma do regulamento.

§ 1º Recebido o requerimento de autorização de instalação portuária, a Antaq deverá:

I - publicar o extrato do requerimento, inclusive na internet; e

II - promover a abertura de processo de anúncio público, com prazo de 30 (trinta) dias,


para identificar a existência de outros interessados na obtenção de autorização de
instalação portuária na mesma região e com características semelhantes.

§ 2º (VETADO).

§ 3º (VETADO).

Art. 10. O poder concedente poderá determinar à Antaq, a qualquer momento e em


consonância com as diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário, a abertura
de processo de chamada pública para identificar a existência de interessados na obtenção
de autorização de instalação portuária, na forma do regulamento e observado o prazo
previsto no inciso II do § 1º do art. 9º .

Art. 11. O instrumento da abertura de chamada ou anúncio público indicará


obrigatoriamente os seguintes parâmetros:

I - a região geográfica na qual será implantada a instalação portuária;

II - o perfil das cargas a serem movimentadas; e

III - a estimativa do volume de cargas ou de passageiros a ser movimentado nas


instalações portuárias.

Parágrafo único. O interessado em autorização de instalação portuária deverá


apresentar título de propriedade, inscrição de ocupação, certidão de aforamento, cessão
de direito real ou outro instrumento jurídico que assegure o direito de uso e fruição do
respectivo terreno, além de outros documentos previstos no instrumento de abertura.

Art. 12. Encerrado o processo de chamada ou anúncio público, o poder concedente


deverá analisar a viabilidade locacional das propostas e sua adequação às diretrizes do
planejamento e das políticas do setor portuário.

§ 1º Observado o disposto no regulamento, poderão ser expedidas diretamente as


autorizações de instalação portuária quando:

I - o processo de chamada ou anúncio público seja concluído com a participação de


um único interessado; ou

II - havendo mais de uma proposta, não haja impedimento locacional à implantação


de todas elas de maneira concomitante.

§ 2º Havendo mais de uma proposta e impedimento locacional que inviabilize sua


implantação de maneira concomitante, a Antaq deverá promover processo seletivo público,
observados os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
§ 3º O processo seletivo público de que trata o § 2º atenderá ao disposto no
regulamento e considerará como critério de julgamento, de forma isolada ou combinada, a
maior capacidade de movimentação, a menor tarifa ou o menor tempo de movimentação
de carga, e outros estabelecidos no edital.

§ 4º Em qualquer caso, somente poderão ser autorizadas as instalações portuárias


compatíveis com as diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário, na forma
do caput .

Art. 13. A Antaq poderá disciplinar as condições de acesso, por qualquer interessado,
em caráter excepcional, às instalações portuárias autorizadas, assegurada remuneração
adequada ao titular da autorização.

Seção III

Dos Requisitos para a Instalação dos Portos e Instalações Portuárias

Art. 14. A celebração do contrato de concessão ou arrendamento e a expedição de


autorização serão precedidas de:

I - consulta à autoridade aduaneira;

II - consulta ao respectivo poder público municipal; e

III - emissão, pelo órgão licenciador, do termo de referência para os estudos


ambientais com vistas ao licenciamento.

Seção IV

Da Definição da Área de Porto Organizado

Art. 15. Ato do Presidente da República disporá sobre a definição da área dos portos
organizados, a partir de proposta da Secretaria de Portos da Presidência da República.

Parágrafo único. A delimitação da área deverá considerar a adequação dos acessos


marítimos e terrestres, os ganhos de eficiência e competitividade decorrente da escala das
operações e as instalações portuárias já existentes.

CAPÍTULO III

DO PODER CONCEDENTE

Art. 16. Ao poder concedente compete:

I - elaborar o planejamento setorial em conformidade com as políticas e diretrizes de


logística integrada;

II - definir as diretrizes para a realização dos procedimentos licitatórios, das chamadas


públicas e dos processos seletivos de que trata esta Lei, inclusive para os respectivos
editais e instrumentos convocatórios;

III - celebrar os contratos de concessão e arrendamento e expedir as autorizações de


instalação portuária, devendo a Antaq fiscalizá-los em conformidade com o disposto na Lei
nº 10.233, de 5 de junho de 2001; e
IV - estabelecer as normas, os critérios e os procedimentos para a pré-qualificação
dos operadores portuários.

§ 1º Para os fins do disposto nesta Lei, o poder concedente poderá celebrar convênios
ou instrumentos congêneres de cooperação técnica e administrativa com órgãos e
entidades da administração pública federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, inclusive com repasse de recursos.

§ 2º No exercício da competência prevista no inciso II do caput , o poder concedente


deverá ouvir previamente a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
sempre que a licitação, a chamada pública ou o processo seletivo envolver instalações
portuárias voltadas à movimentação de petróleo, gás natural, seus derivados e
biocombustíveis.

CAPÍTULO IV

DA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO ORGANIZADO

Seção I

Das Competências

Art. 17. A administração do porto é exercida diretamente pela União, pela delegatária
ou pela entidade concessionária do porto organizado.

§ 1º Compete à administração do porto organizado, denominada autoridade portuária:

I - cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os contratos de concessão;

II - assegurar o gozo das vantagens decorrentes do melhoramento e aparelhamento


do porto ao comércio e à navegação;

III - pré-qualificar os operadores portuários, de acordo com as normas estabelecidas


pelo poder concedente;

IV - arrecadar os valores das tarifas relativas às suas atividades;

V - fiscalizar ou executar as obras de construção, reforma, ampliação, melhoramento


e conservação das instalações portuárias;
V - fiscalizar ou executar obras de construção, reforma, ampliação, melhoramento e
conservação das instalações portuárias, inclusive a infraestrutura de proteção e acesso ao
porto; (Redação dada pela Medida Provisória nº 882, de 2019) (Vigência encerrada)

V - fiscalizar ou executar as obras de construção, reforma, ampliação, melhoramento


e conservação das instalações portuárias;

VI - fiscalizar a operação portuária, zelando pela realização das atividades com


regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente;

VII - promover a remoção de embarcações ou cascos de embarcações que possam


prejudicar o acesso ao porto;

VIII - autorizar a entrada e saída, inclusive atracação e desatracação, o fundeio e o


tráfego de embarcação na área do porto, ouvidas as demais autoridades do porto;
IX - autorizar a movimentação de carga das embarcações, ressalvada a competência
da autoridade marítima em situações de assistência e salvamento de embarcação, ouvidas
as demais autoridades do porto;

X - suspender operações portuárias que prejudiquem o funcionamento do porto,


ressalvados os aspectos de interesse da autoridade marítima responsável pela segurança
do tráfego aquaviário;

XI - reportar infrações e representar perante a Antaq, visando à instauração de


processo administrativo e aplicação das penalidades previstas em lei, em regulamento e
nos contratos;

XII - adotar as medidas solicitadas pelas demais autoridades no porto;

XIII - prestar apoio técnico e administrativo ao conselho de autoridade portuária e ao


órgão de gestão de mão de obra;

XIV - estabelecer o horário de funcionamento do porto, observadas as diretrizes da


Secretaria de Portos da Presidência da República, e as jornadas de trabalho no cais de uso
público; e

XV - organizar a guarda portuária, em conformidade com a regulamentação expedida


pelo poder concedente.

§ 2º A autoridade portuária elaborará e submeterá à aprovação da Secretaria de


Portos da Presidência da República o respectivo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento
do Porto.

§ 3º O disposto nos incisos IX e X do § 1º não se aplica à embarcação militar que não


esteja praticando comércio.

§ 4º A autoridade marítima responsável pela segurança do tráfego pode intervir para


assegurar aos navios da Marinha do Brasil a prioridade para atracação no porto.

§ 5º (VETADO).

Art. 18. Dentro dos limites da área do porto organizado, compete à administração do
porto:

I - sob coordenação da autoridade marítima:

a) estabelecer, manter e operar o balizamento do canal de acesso e da bacia de


evolução do porto;

b) delimitar as áreas de fundeadouro, de fundeio para carga e descarga, de inspeção


sanitária e de polícia marítima;

c) delimitar as áreas destinadas a navios de guerra e submarinos, plataformas e


demais embarcações especiais, navios em reparo ou aguardando atracação e navios com
cargas inflamáveis ou explosivas;

d) estabelecer e divulgar o calado máximo de operação dos navios, em função dos


levantamentos batimétricos efetuados sob sua responsabilidade; e
e) estabelecer e divulgar o porte bruto máximo e as dimensões máximas dos navios
que trafegarão, em função das limitações e características físicas do cais do porto;

II - sob coordenação da autoridade aduaneira:

a) delimitar a área de alfandegamento; e

b) organizar e sinalizar os fluxos de mercadorias, veículos, unidades de cargas e de


pessoas.

Art. 19. A administração do porto poderá, a critério do poder concedente, explorar


direta ou indiretamente áreas não afetas às operações portuárias, observado o disposto no
respectivo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.

Parágrafo único. O disposto no caput não afasta a aplicação das normas de licitação
e contratação pública quando a administração do porto for exercida por órgão ou entidade
sob controle estatal.

Art. 20. Será instituído em cada porto organizado um conselho de autoridade portuária,
órgão consultivo da administração do porto.

§ 1º O regulamento disporá sobre as atribuições, o funcionamento e a composição


dos conselhos de autoridade portuária, assegurada a participação de representantes da
classe empresarial, dos trabalhadores portuários e do poder público.

§ 2º A representação da classe empresarial e dos trabalhadores no conselho a que


alude o caput será paritária.

§ 3º A distribuição das vagas no conselho a que alude o caput observará a seguinte


proporção:

I - 50% (cinquenta por cento) de representantes do poder público;

II - 25% (vinte e cinco por cento) de representantes da classe empresarial; e

III - 25% (vinte e cinco por cento) de representantes da classe trabalhadora.

Art. 21. Fica assegurada a participação de um representante da classe empresarial e


outro da classe trabalhadora no conselho de administração ou órgão equivalente da
administração do porto, quando se tratar de entidade sob controle estatal, na forma do
regulamento.

Parágrafo único. A indicação dos representantes das classes empresarial e


trabalhadora a que alude o caput será feita pelos respectivos representantes no conselho
de autoridade portuária.

Art. 22. A Secretaria de Portos da Presidência da República coordenará a atuação


integrada dos órgãos e entidades públicos nos portos organizados e instalações portuárias,
com a finalidade de garantir a eficiência e a qualidade de suas atividades, nos termos do
regulamento.

Seção II

Da Administração Aduaneira nos Portos Organizados e nas Instalações Portuárias


Alfandegadas
Art. 23. A entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele
destinadas somente poderá efetuar-se em portos ou instalações portuárias alfandegados.

Parágrafo único. O alfandegamento de portos organizados e instalações portuárias


destinados à movimentação e armazenagem de mercadorias importadas ou à exportação
será efetuado após cumpridos os requisitos previstos na legislação específica.

Art. 24. Compete ao Ministério da Fazenda, por intermédio das repartições aduaneiras:

I - cumprir e fazer cumprir a legislação que regula a entrada, a permanência e a saída


de quaisquer bens ou mercadorias do País;

II - fiscalizar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas,


veículos, unidades de carga e mercadorias, sem prejuízo das atribuições das outras
autoridades no porto;

III - exercer a vigilância aduaneira e reprimir o contrabando e o descaminho, sem


prejuízo das atribuições de outros órgãos;

IV - arrecadar os tributos incidentes sobre o comércio exterior;

V - proceder ao despacho aduaneiro na importação e na exportação;

VI - proceder à apreensão de mercadoria em situação irregular, nos termos da


legislação fiscal;

VII - autorizar a remoção de mercadorias da área portuária para outros locais,


alfandegados ou não, nos casos e na forma prevista na legislação aduaneira;

VIII - administrar a aplicação de regimes suspensivos, exonerativos ou devolutivos de


tributos às mercadorias importadas ou a exportar;

IX - assegurar o cumprimento de tratados, acordos ou convenções internacionais no


plano aduaneiro; e

X - zelar pela observância da legislação aduaneira e pela defesa dos interesses


fazendários nacionais.

§ 1º No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira terá livre acesso a


quaisquer dependências do porto ou instalação portuária, às embarcações atracadas ou
não e aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele
destinadas.

§ 2º No exercício de suas atribuições, a autoridade aduaneira poderá, sempre que


julgar necessário, requisitar documentos e informações e o apoio de força pública federal,
estadual ou municipal.

CAPÍTULO V

DA OPERAÇÃO PORTUÁRIA

Art. 25. A pré-qualificação do operador portuário será efetuada perante a


administração do porto, conforme normas estabelecidas pelo poder concedente.

§ 1º As normas de pré-qualificação devem obedecer aos princípios da legalidade,


impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
§ 2º A administração do porto terá prazo de 30 (trinta) dias, contado do pedido do
interessado, para decidir sobre a pré-qualificação.

§ 3º Em caso de indeferimento do pedido mencionado no § 2º , caberá recurso, no


prazo de 15 (quinze) dias, dirigido à Secretaria de Portos da Presidência da República, que
deverá apreciá-lo no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do regulamento.

§ 4º Considera-se pré-qualificada como operador portuário a administração do porto.

Art. 26. O operador portuário responderá perante:

I - a administração do porto pelos danos culposamente causados à infraestrutura, às


instalações e ao equipamento de que a administração do porto seja titular, que se encontre
a seu serviço ou sob sua guarda;

II - o proprietário ou consignatário da mercadoria pelas perdas e danos que ocorrerem


durante as operações que realizar ou em decorrência delas;

III - o armador pelas avarias ocorridas na embarcação ou na mercadoria dada a


transporte;

IV - o trabalhador portuário pela remuneração dos serviços prestados e respectivos


encargos;

V - o órgão local de gestão de mão de obra do trabalho avulso pelas contribuições não
recolhidas;

VI - os órgãos competentes pelo recolhimento dos tributos incidentes sobre o trabalho


portuário avulso; e

VII - a autoridade aduaneira pelas mercadorias sujeitas a controle aduaneiro, no


período em que lhe estejam confiadas ou quando tenha controle ou uso exclusivo de área
onde se encontrem depositadas ou devam transitar.

Parágrafo único. Compete à administração do porto responder pelas mercadorias a


que se referem os incisos II e VII do caput quando estiverem em área por ela controlada e
após o seu recebimento, conforme definido pelo regulamento de exploração do porto.

Art. 27. As atividades do operador portuário estão sujeitas às normas estabelecidas


pela Antaq.

§ 1º O operador portuário é titular e responsável pela coordenação das operações


portuárias que efetuar.

§ 2º A atividade de movimentação de carga a bordo da embarcação deve ser


executada de acordo com a instrução de seu comandante ou de seus prepostos,
responsáveis pela segurança da embarcação nas atividades de arrumação ou retirada da
carga, quanto à segurança da embarcação.

Art. 28. É dispensável a intervenção de operadores portuários em operações:

I - que, por seus métodos de manipulação, suas características de automação ou


mecanização, não requeiram a utilização de mão de obra ou possam ser executadas
exclusivamente pela tripulação das embarcações;
II - de embarcações empregadas:

a) em obras de serviços públicos nas vias aquáticas do País, executadas direta ou


indiretamente pelo poder público;

b) no transporte de gêneros de pequena lavoura e da pesca, para abastecer mercados


de âmbito municipal;

c) na navegação interior e auxiliar;

d) no transporte de mercadorias líquidas a granel; e

e) no transporte de mercadorias sólidas a granel, quando a carga ou descarga for feita


por aparelhos mecânicos automáticos, salvo quanto às atividades de rechego;

III - relativas à movimentação de:

a) cargas em área sob controle militar, quando realizadas por pessoal militar ou
vinculado a organização militar;

b) materiais por estaleiros de construção e reparação naval; e

c) peças sobressalentes, material de bordo, mantimentos e abastecimento de


embarcações; e

IV - relativas ao abastecimento de aguada, combustíveis e lubrificantes para a


navegação.

Parágrafo único. (VETADO).

Art. 29. As cooperativas formadas por trabalhadores portuários avulsos, registrados


de acordo com esta Lei, poderão estabelecer-se como operadores portuários.

Art. 30. A operação portuária em instalações localizadas fora da área do porto


organizado será disciplinada pelo titular da respectiva autorização, observadas as normas
estabelecidas pelas autoridades marítima, aduaneira, sanitária, de saúde e de polícia
marítima.

Art. 31. O disposto nesta Lei não prejudica a aplicação das demais normas referentes
ao transporte marítimo, inclusive as decorrentes de convenções internacionais ratificadas,
enquanto vincularem internacionalmente o País.

CAPÍTULO VI

DO TRABALHO PORTUÁRIO

Art. 32. Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um


órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado a:

I - administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do


trabalhador portuário avulso;

II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o registro do


trabalhador portuário avulso;
III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário, inscrevendo-o no
cadastro;

IV - selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso;

V - estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro


do trabalhador portuário avulso;

VI - expedir os documentos de identificação do trabalhador portuário; e

VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos operadores


portuários relativos à remuneração do trabalhador portuário avulso e aos correspondentes
encargos fiscais, sociais e previdenciários.

Parágrafo único. Caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho


entre trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no instrumento precederá o órgão
gestor e dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no porto.

Art. 33. Compete ao órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário avulso:

I - aplicar, quando couber, normas disciplinares previstas em lei, contrato, convenção


ou acordo coletivo de trabalho, no caso de transgressão disciplinar, as seguintes
penalidades:

a) repreensão verbal ou por escrito;

b) suspensão do registro pelo período de 10 (dez) a 30 (trinta) dias; ou

c) cancelamento do registro;

II - promover:

a) a formação profissional do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avulso,


adequando-a aos modernos processos de movimentação de carga e de operação de
aparelhos e equipamentos portuários;

b) o treinamento multifuncional do trabalhador portuário e do trabalhador portuário


avulso; e

c) a criação de programas de realocação e de cancelamento do registro, sem ônus


para o trabalhador;

III - arrecadar e repassar aos beneficiários contribuições destinadas a incentivar o


cancelamento do registro e a aposentadoria voluntária;

IV - arrecadar as contribuições destinadas ao custeio do órgão;

V - zelar pelas normas de saúde, higiene e segurança no trabalho portuário avulso; e

VI - submeter à administração do porto propostas para aprimoramento da operação


portuária e valorização econômica do porto.

§ 1º O órgão não responde por prejuízos causados pelos trabalhadores portuários


avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a terceiros.
§ 2º O órgão responde, solidariamente com os operadores portuários, pela
remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações decorrentes de
acidente de trabalho .

§ 3º O órgão pode exigir dos operadores portuários garantia prévia dos respectivos
pagamentos, para atender a requisição de trabalhadores portuários avulsos.

§ 4º As matérias constantes nas alíneas a e b do inciso II deste artigo serão discutidas


em fórum permanente, composto, em caráter paritário, por representantes do governo e da
sociedade civil.

§ 5º A representação da sociedade civil no fórum previsto no § 4º será paritária entre


trabalhadores e empresários.

Art. 34. O exercício das atribuições previstas nos arts. 32 e 33 pelo órgão de gestão
de mão de obra do trabalho portuário avulso não implica vínculo empregatício com
trabalhador portuário avulso.

Art. 35. O órgão de gestão de mão de obra pode ceder trabalhador portuário avulso,
em caráter permanente, ao operador portuário.

Art. 36. A gestão da mão de obra do trabalho portuário avulso deve observar as
normas do contrato, convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Art. 37. Deve ser constituída, no âmbito do órgão de gestão de mão de obra, comissão
paritária para solucionar litígios decorrentes da aplicação do disposto nos arts. 32, 33 e 35.

§ 1º Em caso de impasse, as partes devem recorrer à arbitragem de ofertas finais.

§ 2º Firmado o compromisso arbitral, não será admitida a desistência de qualquer das


partes.

§ 3º Os árbitros devem ser escolhidos de comum acordo entre as partes, e o laudo


arbitral proferido para solução da pendência constitui título executivo extrajudicial.

§ 4º As ações relativas aos créditos decorrentes da relação de trabalho avulso


prescrevem em 5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos após o cancelamento do registro
ou do cadastro no órgão gestor de mão de obra.

Art. 38. O órgão de gestão de mão de obra terá obrigatoriamente 1 (um) conselho de
supervisão e 1 (uma) diretoria executiva.

§ 1º O conselho de supervisão será composto por 3 (três) membros titulares e seus


suplentes, indicados na forma do regulamento, e terá como competência:

I - deliberar sobre a matéria contida no inciso V do caput do art. 32;

II - editar as normas a que se refere o art. 42; e

III - fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis
do órgão e solicitar informações sobre quaisquer atos praticados pelos diretores ou seus
prepostos.
§ 2º A diretoria executiva será composta por 1 (um) ou mais diretores, designados e
destituíveis na forma do regulamento, cujo prazo de gestão será de 3 (três) anos, permitida
a redesignação.

§ 3º Até 1/3 (um terço) dos membros do conselho de supervisão poderá ser designado
para cargos de diretores.

§ 4º No silêncio do estatuto ou contrato social, competirá a qualquer diretor a


representação do órgão e a prática dos atos necessários ao seu funcionamento regular.

Art. 39. O órgão de gestão de mão de obra é reputado de utilidade pública, sendo-lhe
vedado ter fins lucrativos, prestar serviços a terceiros ou exercer qualquer atividade não
vinculada à gestão de mão de obra.

Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de


carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por
trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por
trabalhadores portuários avulsos.

§ 1º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - capatazia: atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do


porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes
para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o
carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário;

II - estiva: atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões


das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e
despeação, bem como o carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos
de bordo;

III - conferência de carga: contagem de volumes, anotação de suas características,


procedência ou destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem,
conferência do manifesto e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e
descarga de embarcações;

IV - conserto de carga: reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas


operações de carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação,
remarcação, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior
recomposição;

V - vigilância de embarcações: atividade de fiscalização da entrada e saída de


pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da
movimentação de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em
outros locais da embarcação; e

VI - bloco: atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus


tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços
correlatos.

§ 2º A contratação de trabalhadores portuários de capatazia, bloco, estiva, conferência


de carga, conserto de carga e vigilância de embarcações com vínculo empregatício por
prazo indeterminado será feita exclusivamente dentre trabalhadores portuários avulsos
registrados.
§ 3º O operador portuário, nas atividades a que alude o caput , não poderá locar ou
tomar mão de obra sob o regime de trabalho temporário de que trata a Lei nº 6.019, de 3 de
janeiro de 1974.

§ 4º As categorias previstas no caput constituem categorias profissionais


diferenciadas.

§ 5º Desde que possuam a qualificação necessária, os trabalhadores portuários


avulsos registrados e cadastrados poderão desempenhar quaisquer das atividades de que
trata o § 1º, vedada a exigência de novo registro ou cadastro específico,
independentemente de acordo ou convenção coletiva. (Incluído pela Medida
Provisória nº 945, de 2020).

§ 5º Desde que possuam a qualificação necessária, os trabalhadores portuários


avulsos registrados e cadastrados poderão desempenhar quaisquer das atividades de que
trata o § 1º deste artigo, vedada a exigência de novo registro ou cadastro específico,
independentemente de acordo ou convenção coletiva. (Incluído pela Lei nº 14.047, de
2020)

Art. 41. O órgão de gestão de mão de obra:

I - organizará e manterá cadastro de trabalhadores portuários habilitados ao


desempenho das atividades referidas no § 1º do art. 40; e

II - organizará e manterá o registro dos trabalhadores portuários avulsos.

§ 1º A inscrição no cadastro do trabalhador portuário dependerá exclusivamente de


prévia habilitação profissional do trabalhador interessado, mediante treinamento realizado
em entidade indicada pelo órgão de gestão de mão de obra.

§ 2º O ingresso no registro do trabalhador portuário avulso depende de prévia seleção


e inscrição no cadastro de que trata o inciso I do caput , obedecidas a disponibilidade de
vagas e a ordem cronológica de inscrição no cadastro.

§ 3º A inscrição no cadastro e o registro do trabalhador portuário extinguem-se por


morte ou cancelamento.

Art. 42. A seleção e o registro do trabalhador portuário avulso serão feitos pelo órgão
de gestão de mão de obra avulsa, de acordo com as normas estabelecidas em contrato,
convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Art. 43. A remuneração, a definição das funções, a composição dos ternos, a


multifuncionalidade e as demais condições do trabalho avulso serão objeto de negociação
entre as entidades representativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos operadores
portuários.

Parágrafo único. A negociação prevista no caput contemplará a garantia de renda


mínima inserida no item 2 do Artigo 2 da Convenção nº 137 da Organização Internacional
do Trabalho - OIT.

Art. 44. É facultada aos titulares de instalações portuárias sujeitas a regime de


autorização a contratação de trabalhadores a prazo indeterminado, observado o disposto
no contrato, convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Art. 45. (VETADO).


CAPÍTULO VII

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 46. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que
importe em:

I - realização de operações portuárias com infringência ao disposto nesta Lei ou com


inobservância dos regulamentos do porto;

II - recusa injustificada, por parte do órgão de gestão de mão de obra, da distribuição


de trabalhadores a qualquer operador portuário; ou

III - utilização de terrenos, área, equipamentos e instalações portuárias, dentro ou fora


do porto organizado, com desvio de finalidade ou com desrespeito à lei ou aos
regulamentos.

Parágrafo único. Responde pela infração, conjunta ou isoladamente, qualquer pessoa


física ou jurídica que, intervindo na operação portuária, concorra para sua prática ou dela
se beneficie.

Art. 47. As infrações estão sujeitas às seguintes penas, aplicáveis separada ou


cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta:

I - advertência;

II - multa;

III - proibição de ingresso na área do porto por período de 30 (trinta) a 180 (cento e
oitenta) dias;

IV - suspensão da atividade de operador portuário, pelo período de 30 (trinta) a 180


(cento e oitenta) dias; ou

V - cancelamento do credenciamento do operador portuário.

Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, aplicam-se subsidiariamente às


infrações previstas no art. 46 as penalidades estabelecidas na Lei nº 10.233, de 5 de junho
de 2001 , separada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta.

Art. 48. Apurada, no mesmo processo, a prática de 2 (duas) ou mais infrações pela
mesma pessoa física ou jurídica, aplicam-se cumulativamente as penas a elas cominadas,
se as infrações não forem idênticas.

§ 1º Serão reunidos em um único processo os diversos autos ou representações de


infração continuada, para aplicação da pena.

§ 2º Serão consideradas continuadas as infrações quando se tratar de repetição de


falta ainda não apurada ou objeto do processo, de cuja instauração o infrator não tenha
conhecimento, por meio de intimação.

Art. 49. Na falta de pagamento de multa no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência
pelo infrator da decisão final que impuser a penalidade, será realizado processo de
execução.
Art. 50. As importâncias pecuniárias resultantes da aplicação das multas previstas
nesta Lei reverterão para a Antaq, na forma do inciso V do caput do art. 77 da Lei nº 10.233,
de 5 de junho de 2001 .

Art. 51. O descumprimento do disposto nos arts. 36, 39 e 42 desta Lei sujeitará o
infrator à multa prevista no inciso I do art. 10 da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, sem
prejuízo das demais sanções cabíveis.

Art. 52. O descumprimento do disposto no caput e no § 3º do art. 40 desta Lei sujeitará


o infrator à multa prevista no inciso III do art. 10 da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de
1998 , sem prejuízo das demais sanções cabíveis.

CAPÍTULO VIII

DO PROGRAMA NACIONAL DE DRAGAGEM PORTUÁRIA E HIDROVIÁRIA II

Art. 53. Fica instituído o Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária II, a
ser implantado pela Secretaria de Portos da Presidência da República e pelo Ministério dos
Transportes, nas respectivas áreas de atuação.

§ 1º O Programa de que trata o caput abrange, dentre outras atividades:

I - as obras e serviços de engenharia de dragagem para manutenção ou ampliação


de áreas portuárias e de hidrovias, inclusive canais de navegação, bacias de evolução e de
fundeio, e berços de atracação, compreendendo a remoção do material submerso e a
escavação ou derrocamento do leito;

II - o serviço de sinalização e balizamento, incluindo a aquisição, instalação, reposição,


manutenção e modernização de sinais náuticos e equipamentos necessários às hidrovias
e ao acesso aos portos e terminais portuários;

III - o monitoramento ambiental; e

IV - o gerenciamento da execução dos serviços e obras.

§ 2º Para fins do Programa de que trata o caput , consideram-se:

I - dragagem: obra ou serviço de engenharia que consiste na limpeza, desobstrução,


remoção, derrocamento ou escavação de material do fundo de rios, lagos, mares, baías e
canais;

II - draga: equipamento especializado acoplado à embarcação ou à plataforma fixa,


móvel ou flutuante, utilizado para execução de obras ou serviços de dragagem;

III - material dragado: material retirado ou deslocado do leito dos corpos d’água
decorrente da atividade de dragagem e transferido para local de despejo autorizado pelo
órgão competente;

IV - empresa de dragagem: pessoa jurídica que tenha por objeto a realização de obra
ou serviço de dragagem com a utilização ou não de embarcação; e

V - sinalização e balizamento: sinais náuticos para o auxílio à navegação e à


transmissão de informações ao navegante, de forma a possibilitar posicionamento seguro
de acesso e tráfego.
Art. 54. A dragagem por resultado compreende a contratação de obras de engenharia
destinadas ao aprofundamento, alargamento ou expansão de áreas portuárias e de
hidrovias, inclusive canais de navegação, bacias de evolução e de fundeio e berços de
atracação, bem como os serviços de sinalização, balizamento, monitoramento ambiental e
outros com o objetivo de manter as condições de profundidade e segurança estabelecidas
no projeto implantado.

§ 1º As obras ou serviços de dragagem por resultado poderão contemplar mais de um


porto, num mesmo contrato, quando essa medida for mais vantajosa para a administração
pública.

§ 2º Na contratação de dragagem por resultado, é obrigatória a prestação de garantia


pelo contratado.

§ 3º A duração dos contratos de que trata este artigo será de até 10 (dez) anos,
improrrogável.

§ 4º As contratações das obras e serviços no âmbito do Programa Nacional de


Dragagem Portuária e Hidroviária II poderão ser feitas por meio de licitações internacionais
e utilizar o Regime Diferenciado de Contratações Públicas, de que trata a Lei nº 12.462, de
4 de agosto de 2011 .

§ 5º A administração pública poderá contratar empresa para gerenciar e auditar os


serviços e obras contratados na forma do caput .

Art. 55. As embarcações destinadas à dragagem sujeitam-se às normas específicas


de segurança da navegação estabelecidas pela autoridade marítima e não se submetem
ao disposto na Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997.

CAPÍTULO IX

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 56. (VETADO).

Parágrafo único. (VETADO).

Art. 56-A. As infraestruturas ferroviárias no interior do perímetro dos portos e


instalações portuárias não se constituem em ferrovias autônomas e são administradas pela
respectiva autoridade portuária ou autorizatário, dispensada a realização de outorga
específica para sua exploração. (Incluído pela Lei nº 14.273, de 2021) Vigência
Parágrafo único. As infraestruturas ferroviárias de que dispõe o caput deste artigo
observarão as normas nacionais para a segurança do trânsito e do transporte ferroviários,
e caberá ao regulador ferroviário federal fiscalizar sua aplicação. (Incluído pela Lei nº
14.273, de 2021) Vigência

Art. 57. Os contratos de arrendamento em vigor firmados sob a Lei nº 8.630, de 25 de


fevereiro de 1993, que possuam previsão expressa de prorrogação ainda não realizada,
poderão ter sua prorrogação antecipada, a critério do poder concedente.

§ 1º A prorrogação antecipada de que trata o caput dependerá da aceitação expressa


de obrigação de realizar investimentos, segundo plano elaborado pelo arrendatário e
aprovado pelo poder concedente em até 60 (sessenta) dias.
§ 2º (VETADO).

§ 3º Caso, a critério do poder concedente, a antecipação das prorrogações de que


trata o caput não seja efetivada, tal decisão não implica obrigatoriamente na recusa da
prorrogação contratual prevista originalmente.

§ 4º (VETADO).

§ 5º O Poder Executivo deverá encaminhar ao Congresso Nacional, até o último dia


útil do mês de março de cada ano, relatório detalhado sobre a implementação das iniciativas
tomadas com base nesta Lei, incluindo, pelo menos, as seguintes informações:

I - relação dos contratos de arrendamento e concessão em vigor até 31 de dezembro


do ano anterior, por porto organizado, indicando data dos contratos, empresa detentora,
objeto detalhado, área, prazo de vigência e situação de adimplemento com relação às
cláusulas contratuais;

II - relação das instalações portuárias exploradas mediante autorizações em vigor até


31 de dezembro do ano anterior, segundo a localização, se dentro ou fora do porto
organizado, indicando data da autorização, empresa detentora, objeto detalhado, área,
prazo de vigência e situação de adimplemento com relação às cláusulas dos termos de
adesão e autorização;

III - relação dos contratos licitados no ano anterior com base no disposto no art. 56
desta Lei, por porto organizado, indicando data do contrato, modalidade da licitação,
empresa detentora, objeto, área, prazo de vigência e valor dos investimentos realizados e
previstos nos contratos de concessão ou arrendamento;

IV - relação dos termos de autorização e os contratos de adesão adaptados no ano


anterior, com base no disposto nos arts. 58 e 59 desta Lei, indicando data do contrato de
autorização, empresa detentora, objeto, área, prazo de vigência e valor dos investimentos
realizados e previstos nos termos de adesão e autorização;

V - relação das instalações portuárias operadas no ano anterior com base no previsto
no art. 7º desta Lei, indicando empresa concessionária, empresa que utiliza efetivamente a
instalação portuária, motivo e justificativa da utilização por interessado não detentor do
arrendamento ou concessão e prazo de utilização.

Art. 58. Os termos de autorização e os contratos de adesão em vigor deverão ser


adaptados ao disposto nesta Lei, em especial ao previsto nos §§ 1º a 4º do art. 8º ,
independentemente de chamada pública ou processo seletivo.

Parágrafo único. A Antaq deverá promover a adaptação de que trata o caput no prazo
de 1 (um) ano, contado da data de publicação desta Lei.

Art. 59. As instalações portuárias enumeradas nos incisos I a IV do caput do art. 8º ,


localizadas dentro da área do porto organizado, terão assegurada a continuidade das suas
atividades, desde que realizada a adaptação nos termos do art. 58.

Parágrafo único. Os pedidos de autorização para exploração de instalações portuárias


enumeradas nos incisos I a IV do art. 8º , localizadas dentro da área do porto organizado,
protocolados na Antaq até dezembro de 2012, poderão ser deferidos pelo poder
concedente, desde que tenha sido comprovado até a referida data o domínio útil da área.
Art. 60. Os procedimentos licitatórios para contratação de dragagem homologados e
os contratos de dragagem em vigor na data da publicação desta Lei permanecem regidos
pelo disposto na Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007.

Art. 61. Até a publicação do regulamento previsto nesta Lei, ficam mantidas as regras
para composição dos conselhos da autoridade portuária e dos conselhos de supervisão e
diretorias executivas dos órgãos de gestão de mão de obra.

Art. 62. O inadimplemento, pelas concessionárias, arrendatárias, autorizatárias e


operadoras portuárias no recolhimento de tarifas portuárias e outras obrigações financeiras
perante a administração do porto e a Antaq, assim declarado em decisão final, impossibilita
a inadimplente de celebrar ou prorrogar contratos de concessão e arrendamento, bem como
obter novas autorizações.

§ 1º Para dirimir litígios relativos aos débitos a que se refere o caput , poderá ser
utilizada a arbitragem, nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Regulamento)

§ 2º O impedimento previsto no caput também se aplica às pessoas jurídicas, direta


ou indiretamente, controladoras, controladas, coligadas, ou de controlador comum com a
inadimplente.

Art. 63. As Companhias Docas observarão regulamento simplificado para contratação


de serviços e aquisição de bens, observados os princípios constitucionais da publicidade,
impessoalidade, moralidade, economicidade e eficiência.

Art. 64. As Companhias Docas firmarão com a Secretaria de Portos da Presidência da


República compromissos de metas e desempenho empresarial que estabelecerão, nos
termos do regulamento:

I - objetivos, metas e resultados a serem atingidos, e prazos para sua consecução;

II - indicadores e critérios de avaliação de desempenho;

III - retribuição adicional em virtude do seu cumprimento; e

IV - critérios para a profissionalização da gestão das Docas .

Art. 65. Ficam transferidas à Secretaria de Portos da Presidência da República as


competências atribuídas ao Ministério dos Transportes e ao Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes - DNIT em leis gerais e específicas relativas a portos fluviais
e lacustres, exceto as competências relativas a instalações portuárias públicas de pequeno
porte.

Art. 66. Aplica-se subsidiariamente às licitações de concessão de porto organizado e


de arrendamento de instalação portuária o disposto nas Leis nºs 12.462, de 4 de agosto de
2011 , 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e 8.666, de 21 de junho de 1993.
Art. 67. Aplica-se subsidiariamente a esta Lei o disposto na Lei nº 10.233, de 5 de
junho de 2001 , em especial no que se refere às competências e atribuições da Antaq.

Art. 68. As poligonais de áreas de portos organizados que não atendam ao disposto
no art. 15 deverão ser adaptadas no prazo de 1 (um) ano.

Art. 69. (VETADO).


Art. 70. O art. 29 da Lei nº 5.025, de 10 de junho de 1966, passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 29. Os serviços públicos necessários à importação e exportação


deverão ser centralizados pela administração pública em todos os portos
organizados.

§ 1º Os serviços de que trata o caput serão prestados em horário corrido


e coincidente com a operação de cada porto, em turnos, inclusive aos
domingos e feriados.

§ 2º O horário previsto no § 1º poderá ser reduzido por ato do Poder


Executivo, desde que não haja prejuízo à segurança nacional e à operação
portuária.

...................................................................................” (NR)

Art. 71. A Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001 , passa a vigorar com as seguintes
alterações:

“ Art. 13. Ressalvado o disposto em legislação específica, as outorgas a


que se refere o inciso I do caput do art. 12 serão realizadas sob a forma de:

...................................................................................” (NR)

“ Art. 14. Ressalvado o disposto em legislação específica, o disposto no


art. 13 aplica-se conforme as seguintes diretrizes:

.............................................................................................

III - depende de autorização:

.............................................................................................

c) a construção e a exploração das instalações portuárias de que trata o


art. 8º da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de
dezembro de 2012;

.............................................................................................

g) (revogada);

h) (revogada);

...................................................................................” (NR)

“Art. 20. ...........................................................

I - implementar, nas respectivas esferas de atuação, as políticas


formuladas pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte,
pelo Ministério dos Transportes e pela Secretaria de Portos da Presidência da
República, nas respectivas áreas de competência, segundo os princípios e
diretrizes estabelecidos nesta Lei;

...................................................................................” (NR)
“ Art. 21. Ficam instituídas a Agência Nacional de Transportes Terrestres
- ANTT e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ, entidades
integrantes da administração federal indireta, submetidas ao regime
autárquico especial e vinculadas, respectivamente, ao Ministério dos
Transportes e à Secretaria de Portos da Presidência da República, nos termos
desta Lei.

...................................................................................” (NR)

“ Art. 23. Constituem a esfera de atuação da Antaq:

.............................................................................................

II - os portos organizados e as instalações portuárias neles localizadas;

III - as instalações portuárias de que trata o art. 8º da Lei na qual foi


convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012;

.............................................................................................

§ 1º A Antaq articular-se-á com órgãos e entidades da administração,


para resolução das interfaces do transporte aquaviário com as outras
modalidades de transporte, com a finalidade de promover a movimentação
intermodal mais econômica e segura de pessoas e bens.

...................................................................................” (NR)

“Art. 27. ...........................................................

I - promover estudos específicos de demanda de transporte aquaviário e


de atividades portuárias;

.............................................................................................

III - propor ao Ministério dos Transportes o plano geral de outorgas de


exploração da infraestrutura aquaviária e de prestação de serviços de
transporte aquaviário;

a) (revogada);

b) (revogada);

.............................................................................................

VII - promover as revisões e os reajustes das tarifas portuárias,


assegurada a comunicação prévia, com antecedência mínima de 15 (quinze)
dias úteis, ao poder concedente e ao Ministério da Fazenda;

.............................................................................................

XIV - estabelecer normas e padrões a serem observados pelas


administrações portuárias, concessionários, arrendatários, autorizatários e
operadores portuários, nos termos da Lei na qual foi convertida a Medida
Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012;
XV - elaborar editais e instrumentos de convocação e promover os
procedimentos de licitação e seleção para concessão, arrendamento ou
autorização da exploração de portos organizados ou instalações portuárias,
de acordo com as diretrizes do poder concedente, em obediência ao disposto
na Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro
de 2012 ;

XVI - cumprir e fazer cumprir as cláusulas e condições dos contratos de


concessão de porto organizado ou dos contratos de arrendamento de
instalações portuárias quanto à manutenção e reposição dos bens e
equipamentos reversíveis à União de que trata o inciso VIII do caput do art. 5º
da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro
de 2012 ;

.............................................................................................

XXII - fiscalizar a execução dos contratos de adesão das autorizações


de instalação portuária de que trata o art. 8º da Lei na qual foi convertida
a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012 ;

.............................................................................................

XXV - celebrar atos de outorga de concessão para a exploração da


infraestrutura aquaviária, gerindo e fiscalizando os respectivos contratos e
demais instrumentos administrativos;

XXVI - fiscalizar a execução dos contratos de concessão de porto


organizado e de arrendamento de instalação portuária, em conformidade com
o disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de
dezembro de 2012;

XXVII - (revogado).

§ 1º .......................................................................

.............................................................................................

II - participar de foros internacionais, sob a coordenação do Poder


Executivo; e

.............................................................................................

§ 3º (Revogado).

§ 4º (Revogado).” (NR)

“ Art. 33. Ressalvado o disposto em legislação específica, os atos de


outorga de autorização, concessão ou permissão editados e celebrados pela
ANTT e pela Antaq obedecerão ao disposto na Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro
de 1995, nas Subseções II, III, IV e V desta Seção e nas regulamentações
complementares editadas pelas Agências.” (NR)

“Art. 34-A. ...........................................................

.............................................................................................
§ 2º O edital de licitação indicará obrigatoriamente, ressalvado o
disposto em legislação específica:

...................................................................................” (NR)

“ Art. 35. O contrato de concessão deverá refletir fielmente as condições


do edital e da proposta vencedora e terá como cláusulas essenciais,
ressalvado o disposto em legislação específica, as relativas a:

...................................................................................” (NR)

“ Art. 43. A autorização, ressalvado o disposto em legislação específica,


será outorgada segundo as diretrizes estabelecidas nos arts. 13 e 14 e
apresenta as seguintes características:

...................................................................................” (NR)

“ Art. 44. A autorização, ressalvado o disposto em legislação específica,


será disciplinada em regulamento próprio e será outorgada mediante termo
que indicará:

...................................................................................” (NR)

“ Art. 51-A. Fica atribuída à Antaq a competência de fiscalização das


atividades desenvolvidas pelas administrações de portos organizados, pelos
operadores portuários e pelas arrendatárias ou autorizatárias de instalações
portuárias, observado o disposto na Lei na qual foi convertida a Medida
Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012.

§ 1º Na atribuição citada no caput incluem-se as administrações dos


portos objeto de convênios de delegação celebrados nos termos da Lei nº
9.277, de 10 de maio de 1996.

§ 2º A Antaq prestará ao Ministério dos Transportes ou à Secretaria de


Portos da Presidência da República todo apoio necessário à celebração dos
convênios de delegação.” (NR)

“Art. 56. ...........................................................

Parágrafo único. Cabe ao Ministro de Estado dos Transportes ou ao


Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da
República, conforme o caso, instaurar o processo administrativo disciplinar,
competindo ao Presidente da República determinar o afastamento preventivo,
quando for o caso, e proferir o julgamento.” (NR)

“Art. 67. As decisões das Diretorias serão tomadas pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e
serão registradas em atas. (Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)
Parágrafo único. As datas, as pautas e as atas das reuniões de Diretoria,
assim como os documentos que as instruam, deverão ser objeto de ampla
publicidade, inclusive por meio da internet, na forma do regulamento.”
(NR) (Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)

“Art. 78. A ANTT e a Antaq submeterão ao Ministério dos Transportes e


à Secretaria de Portos da Presidência da República, respectivamente, suas
propostas orçamentárias anuais, nos termos da legislação em
vigor.(Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)

...................................................................................” (NR)

“Art. 78-A. ...........................................................

§ 1º Na aplicação das sanções referidas no caput , a Antaq observará o


disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de
dezembro de 2012.

§ 2º A aplicação da sanção prevista no inciso IV do caput , quando se


tratar de concessão de porto organizado ou arrendamento e autorização de
instalação portuária, caberá ao poder concedente, mediante proposta da
Antaq.” (NR)

“Art. 81. ...........................................................

.............................................................................................

III - instalações e vias de transbordo e de interface intermodal, exceto as


portuárias; (Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)

IV - (revogado).” (NR)

“Art. 82. ...........................................................

.............................................................................................

§ 2º No exercício das atribuições previstas neste artigo e relativas a vias


navegáveis, o DNIT observará as prerrogativas específicas da autoridade
marítima.

...................................................................................” (NR)

Art. 72. A Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes
alterações: (Revogado pela Lei nº 14.301, de 2022)
“ Art. 24-A . À Secretaria de Portos compete assessorar direta e
imediatamente o Presidente da República na formulação de políticas e
diretrizes para o desenvolvimento e o fomento do setor de portos e instalações
portuárias marítimos, fluviais e lacustres e, especialmente, promover a
execução e a avaliação de medidas, programas e projetos de apoio ao
desenvolvimento da infraestrutura e da superestrutura dos portos e
instalações portuárias marítimos, fluviais e lacustres.
.............................................................................................
§ 2º ...........................................................
.............................................................................................
III - a elaboração dos planos gerais de outorgas;
.............................................................................................
V - o desenvolvimento da infraestrutura e da superestrutura aquaviária
dos portos e instalações portuárias sob sua esfera de atuação, com a
finalidade de promover a segurança e a eficiência do transporte aquaviário de
cargas e de passageiros.
...................................................................................” (NR)
“Art. 27. ...........................................................
.............................................................................................
XXII - ...............................................................
a) política nacional de transportes ferroviário, rodoviário e aquaviário;
b) marinha mercante e vias navegáveis; e
c) participação na coordenação dos transportes aeroviários;
...................................................................................” (NR)

Art. 73. A Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte
art. 10-A:

“ Art. 10-A . É assegurado, na forma do regulamento, benefício


assistencial mensal, de até 1 (um) salário mínimo, aos trabalhadores
portuários avulsos, com mais de 60 (sessenta) anos, que não cumprirem os
requisitos para a aquisição das modalidades de aposentadoria previstas nos
arts. 42, 48, 52 e 57 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e que não possuam
meios para prover a sua subsistência.

Parágrafo único. O benefício de que trata este artigo não pode ser
acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade
social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão
especial de natureza indenizatória.”

Art. 74. (VETADO).

Art. 75. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 76. Ficam revogados:

I - a Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993;


II - a Lei nº 11.610, de 12 de dezembro de 2007 ;
III - o art. 21 da Lei nº 11.314, de 3 de julho de 2006 ;
IV - o art. 14 da Lei nº 11.518, de 5 de setembro de 2007 ;
V - os seguintes dispositivos da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001 :
a) as alíneas g e h do inciso III do caput do art. 14;
b) as alíneas a e b do inciso III do caput do art. 27 ;
c) o inciso XXVII do caput do art. 27 ;
d) os §§ 3º e 4º do art. 27 ; e
e) o inciso IV do caput do art. 81; e

VI - o art. 11 da Lei nº 9.719, de 27 de novembro de 1998.

Brasília, 5 de junho de 2013; 192º da Independência e 125º da República.


DECRETO Nº 8.033, DE 27 DE JUNHO DE 2013

Regulamenta o disposto na Lei nº 12.815, de


5 de junho de 2013, e as demais disposições
Texto compilado
legais que regulam a exploração de portos
organizados e de instalações portuárias.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA , no uso das atribuições que lhe conferem os arts.
84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, e 21, caput, inciso XII, alínea “f”, da Constituição, e
tendo em vista o disposto nas Leis nº 12.815, de 5 de junho de 2013, nº 10.233, de 5 de
junho de 2001, e nº 10.683, de 28 de maio de 2003,
DECRETA :
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Este Decreto regulamenta o disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, e
as demais disposições legais que regulam a exploração de portos organizados e de
instalações portuárias.
Parágrafo único. O poder concedente será exercido por intermédio da Secretaria de
Portos da Presidência da República.
Parágrafo único. O poder concedente será exercido pela União por intermédio do
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, ouvidas as respectivas
Secretarias. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 2º Sem prejuízo de outras atribuições previstas na legislação específica,
compete ao poder concedente:
I - elaborar o plano geral de outorgas do setor portuário;
II - disciplinar conteúdo, forma e periodicidade de atualização dos planos de
desenvolvimento e zoneamento dos portos;
III - definir diretrizes para a elaboração dos regulamentos de exploração dos portos;
IV - aprovar a transferência de controle societário ou de titularidade de contratos de
concessão ou de arrendamento, previamente analisados pela Agência Nacional de
Transportes Aquaviários - Antaq;
IV - aprovar a transferência de titularidade de contratos de concessão, de
arrendamento ou de autorização previamente analisados pela Agência Nacional de
Transportes Aquaviários - Antaq; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
V - aprovar a realização de investimentos não previstos nos contratos de concessão
ou de arrendamento, previamente analisados pela Antaq;
V - aprovar a realização de investimentos não previstos nos contratos de concessão
ou de arrendamento, na forma do art. 42; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
VI - conduzir e aprovar, sempre que necessários, os estudos de viabilidade técnica,
econômica e ambiental do objeto da concessão ou do arrendamento; e
VII - aprovar e encaminhar ao Congresso Nacional o relatório de que trata o § 5º do
art. 57 da Lei nº 12.815, de 2013.
Parágrafo único. O plano geral de outorgas do setor portuário a que se refere o inciso
I do caput terá caráter orientativo, com a finalidade de subsidiar decisões relacionadas às
outorgas portuárias em todas as suas modalidades, e conterá: (Incluído pelo Decreto nº 9.048,
de 2017)
I - informações relativas aos portos e às instalações portuárias brasileiros; e (Incluído
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - orientações quanto aos requisitos e aos procedimentos a serem adotados para
novas outorgas, conforme as características necessárias a cada modalidade. (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 3º Sem prejuízo de outras atribuições previstas na legislação específica,
compete à Antaq:
I - analisar a transferência de controle societário ou de titularidade de contratos de
concessão ou de arrendamento;
I - analisar a transferência de titularidade de contratos de concessão, de
arrendamento ou de autorização; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - analisar as propostas de realização de investimentos não previstos nos contratos
de concessão ou de arrendamento;
III - arbitrar, na esfera administrativa, os conflitos de interesses e as controvérsias
sobre os contratos não solucionados entre a administração do porto e a arrendatária;
IV - arbitrar, em grau de recurso, os conflitos entre agentes que atuem no porto
organizado, ressalvadas as competências das demais autoridades públicas;
V - apurar, de ofício ou mediante provocação, práticas abusivas ou tratamentos
discriminatórios, ressalvadas as competências previstas na Lei nº 12.529, de 30 de novembro
de 2011 ; e
V - apurar, de ofício ou mediante provocação, práticas abusivas ou tratamentos
discriminatórios, ressalvadas as competências previstas na Lei nº 12.529, de 30 de novembro
de 2011 ; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
VI - elaborar o relatório de que trata o § 5º do art. 57 da Lei nº 12.815, de 2013, e
encaminhá-lo ao poder concedente.
VI - elaborar o relatório de que trata o § 5º do art. 57 da Lei nº 12.815, de 2013 , e
encaminhá-lo ao poder concedente; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
VII - analisar e aprovar a transferência de controle societário de contratos de
concessão, de arrendamento e de autorização; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
VIII - arbitrar, na esfera administrativa, os conflitos de interesse e as controvérsias não
solucionados entre a administração do porto e o autorizatário. (Incluído pelo Decreto nº 9.048,
de 2017)
Parágrafo único. A Antaq deverá cumprir o disposto no plano geral de outorgas para
a realização das licitações de concessão e de arrendamento e das chamadas públicas
para autorização de instalações portuárias.
Parágrafo único. A Antaq seguirá as orientações do plano geral de outorgas para a
realização: (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - das licitações de concessão e de arrendamento; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
II - das chamadas públicas para autorização de instalações portuárias. (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 4º Sem prejuízo de outras atribuições previstas na legislação específica,
compete à administração do porto:
I - estabelecer o regulamento de exploração do porto, observadas as diretrizes do
poder concedente; e
II - decidir sobre conflitos que envolvam agentes que atuam no porto organizado,
ressalvadas as competências das demais autoridades públicas.
Parágrafo único. Nas concessões de porto organizado, o contrato disciplinará a
extensão e a forma do exercício das competências da administração do porto.
CAPÍTULO II
DA EXPLORAÇÃO DOS PORTOS E DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS LOCALIZADAS
DENTRO DA ÁREA DO PORTO ORGANIZADO
Seção I
Das disposições gerais sobre a licitação da concessão e do arrendamento
Art. 5º A licitação para a concessão e para o arrendamento de bem público destinado
à atividade portuária será regida pelo disposto na Lei nº 12.815, de 2013, na Lei nº 12.462, de
4 de agosto de 2011, neste Decreto e, subsidiariamente, no Decreto nº 7.581, de 11 de outubro
de 2011.
Parágrafo único. Na hipótese de transferência das competências para a elaboração
do edital ou para a realização dos procedimentos licitatórios de que trata o § 5º do art. 6º da
Lei nº 12.815, de 2013, a administração do porto deverá observar o disposto neste Decreto,
sem prejuízo do acompanhamento dos atos e procedimentos pela Antaq.
Art. 6º A realização dos estudos prévios de viabilidade técnica, econômica e
ambiental do objeto do arrendamento ou da concessão, quando necessária, deverá
observar as diretrizes do planejamento do setor portuário.
Art. 6º A realização dos estudos prévios de viabilidade técnica, econômica e
ambiental do objeto do arrendamento ou da concessão observará as diretrizes do
planejamento do setor portuário, de forma a considerar o uso racional da infraestrutura de
acesso aquaviário e terrestre e as características de cada empreendimento. (Redação dada
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 1º Os estudos de que trata o caput poderão ser realizados em versão simplificada,
conforme disciplinado pela Antaq, sempre que:
I - não haja alteração substancial da destinação da área objeto da concessão ou do
arrendamento;
II - não haja alteração substancial das atividades desempenhadas pela
concessionária ou arrendatária; ou
II - não haja alteração substancial das atividades desempenhadas pela
concessionária ou pela arrendatária; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - o objeto e as condições da concessão ou do arrendamento permitam, conforme
estabelecido pelo poder concedente.
III - o objeto e as condições da concessão ou do arrendamento permitam, conforme
estabelecido pelo poder concedente; ou (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - o valor do contrato seja inferior a cem vezes o limite previsto no art.
23, caput, inciso I, alínea “c”, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e o prazo de
vigência do contrato seja, no máximo, de dez anos. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - o prazo de vigência do contrato seja, no máximo, de dez anos. (Redação dada
pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
§ 2º As administrações dos portos encaminharão ao poder concedente e à Antaq
todos os documentos e informações necessários ao desenvolvimento dos estudos
previstos neste artigo.
§ 3º O poder concedente poderá autorizar a elaboração, por qualquer interessado,
dos estudos de que trata o caput e, caso esses sejam utilizados para a licitação, deverá
assegurar o ressarcimento dos dispêndios correspondentes.
§ 4º O escopo e a profundidade dos estudos de que trata o caput considerarão os
riscos de engenharia e ambientais associados à complexidade das obras e ao local do
empreendimento. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 5º As modelagens dos estudos de viabilidade deverão observar a complexidade da
atividade econômica dos diversos modelos de terminais portuários, incluídos aqueles
associados a outros modelos de exploração econômica. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
Art. 7º Definido o objeto da licitação, a Antaq deverá adotar as providências previstas
no art. 14 da Lei nº 12.815, de 2013.
Art. 7º-A. A dispensa de licitação de que dispõe o parágrafo único do art. 5º-B da Lei
nº 12.815, de 2013, poderá ser realizada quando for comprovada a existência de um único
interessado na exploração de instalação portuária localizada no porto
organizado. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 1º A exploração da instalação portuária observará o plano de desenvolvimento e


zoneamento do porto. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 2º Para comprovar a existência de um único interessado na exploração da área, a


autoridade portuária realizará chamamento público. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de
2021)
Art. 7º-B. Para a dispensa de licitação, nos termos do disposto no art. 7º-A, o poder
concedente solicitará à autoridade portuária, a qualquer tempo, a abertura de
chamamento público por meio de divulgação de instrumento convocatório, observadas as
diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário. (Incluído pelo Decreto nº
10.672, de 2021)

Parágrafo único. O instrumento convocatório de abertura do chamamento público


estabelecerá prazo de trinta dias para identificar a existência de interessados na exploração
da área e da instalação portuária, cujo extrato será publicado no Diário Oficial da União e
na página eletrônica da autoridade portuária, que conterá minimamente as seguintes
informações: (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

I - o objeto, a área e o prazo; (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

II - o modo, a forma e as condições da exploração da instalação portuária; (Incluído


pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

III - a previsão de investimentos mínimos de responsabilidade do


contratado; (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

IV - o perfil das cargas a serem movimentadas; (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de


2021)

V - a capacidade de movimentação de passageiros ou cargas; (Incluído pelo Decreto


nº 10.672, de 2021)

VI - o valor de garantia de proposta a ser oferecida; (Incluído pelo Decreto nº 10.672,


de 2021)

VII - o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental; (Incluído pelo Decreto nº


10.672, de 2021)

VIII - a minuta do contrato de arrendamento; e (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

IX - o prazo máximo para a abertura de edital de certame licitatório, caso haja mais
de um interessado. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
Art. 7º-C A pessoa jurídica que estiver interessada em atender ao chamamento
público deverá manifestar formalmente seu interesse por meio de documento protocolado
junto à autoridade portuária. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 1º A manifestação de interesse pressupõe o compromisso da pessoa jurídica


a: (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

I - celebrar o contrato de arrendamento, quando for a única interessada; e (Incluído


pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

II - apresentar proposta válida em certame licitatório, em caso de haver mais de um


interessado. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 2º A manifestação deverá estar acompanhada de comprovação da prestação de


garantia de que trata o inciso VI do parágrafo único do art. 7º-B. (Incluído pelo Decreto nº
10.672, de 2021)
Art. 7º-D. Recebida a manifestação de interesse, a autoridade portuária
encaminhará os documentos relativos ao instrumento convocatório ao poder concedente
para a adoção das providências relativas a: (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

I - celebração do contrato de arrendamento, quando houver um único interessado;


ou (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

II - realização do certame licitatório, em caso de haver mais de um


interessado. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 1º A garantia de proposta de que trata o inciso VI do parágrafo único do art. 7º-B


será integralmente restituída após a celebração do contrato de arrendamento. (Incluído
pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 2º Se houver mais de um interessado, a garantia apresentada no chamamento


público será restituída após a apresentação de garantia de proposta válida no âmbito do
certame licitatório de que trata o inciso II do caput. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 3º Decorrido o prazo de que trata o inciso IX do caput do art. 7º-B, as garantias


apresentadas no chamamento público serão restituídas. (Incluído pelo Decreto nº 10.672,
de 2021)
Seção II
Do edital da licitação
Art. 8º O edital definirá os critérios objetivos para o julgamento da licitação e disporá
sobre:
I - o objeto, a área, o prazo e a possibilidade de prorrogação do contrato;
II - os prazos, os locais, os horários e as formas de recebimento da documentação
exigida para a habilitação e das propostas, do julgamento da licitação e da assinatura dos
contratos;
III - os prazos, os locais e os horários em que serão fornecidos aos interessados os
dados, estudos e projetos necessários à elaboração dos orçamentos e à apresentação
das propostas;
IV - os critérios e a relação dos documentos exigidos para aferição da capacidade
técnica e econômico-financeira, da regularidade jurídica e fiscal dos licitantes e da
garantia da proposta e da execução do contrato;
V - a relação dos bens afetos ao arrendamento ou à concessão;
VI - as regras para pedido de esclarecimento, impugnação administrativa e
interposição de recursos; e
VII - a minuta do contrato de arrendamento ou de concessão e seus anexos.
Parágrafo único. O edital de licitação poderá impor ao vencedor a obrigação de
indenizar o antigo titular pela parcela não amortizada dos investimentos realizados em
bens afetos ao arrendamento ou à concessão, desde que tenham sido aprovados pelo
poder concedente.
Art. 9º Nas licitações de concessão e de arrendamento, serão utilizados como
critérios para julgamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de
movimentação, a menor tarifa ou o menor tempo de movimentação de carga.
Art. 9º Nas licitações de concessão e de arrendamento, serão utilizados, de forma
combinada ou isolada, os seguintes critérios para julgamento: (Redação dada pelo Decreto nº
8.464, de 2015)
I - maior capacidade de movimentação; (Incluído pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
II - menor tarifa; (Incluído pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
III - menor tempo de movimentação de carga; (Incluído pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
IV - maior valor de investimento; (Incluído pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
V - menor contraprestação do poder concedente; (Incluído pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
VI - melhor proposta técnica, conforme critérios objetivos estabelecidos pelo poder
concedente; ou (Incluído pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
VII - maior valor de outorga. (Incluído pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
§ 1º O edital poderá prever ainda a utilização de um dos seguintes critérios para
julgamento, associado com um ou mais dos critérios previstos no caput : (Revogado pelo
Decreto nº 8.464, de 2015)
I - maior valor de investimento; (Revogado pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
II - menor contraprestação do poder concedente; ou (Revogado pelo Decreto nº 8.464,
de 2015)
III - melhor proposta técnica, conforme critérios objetivos estabelecidos pelo poder
concedente. (Revogado pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
§ 2º A capacidade de movimentação poderá ser definida como: (Revogado pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
I - capacidade estática, entendida como a quantidade máxima de carga que pode ser
armazenada na instalação portuária a qualquer tempo; (Revogado pelo Decreto nº 9.048,
de 2017)
II - capacidade dinâmica, entendida como a quantidade máxima de carga que pode
ser movimentada na instalação portuária durante certo período de tempo e em nível
adequado de serviço; ou (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - capacidade efetiva, entendida como a quantidade de carga movimentada na
instalação portuária, durante certo período de tempo e em nível adequado de
serviço. (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º O menor tempo de movimentação poderá corresponder: (Revogado pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
I - ao menor tempo médio de movimentação de determinadas cargas; (Revogado pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
II - ao menor tempo médio de atendimento de uma embarcação de referência;
ou (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - a outros critérios de aferição da eficiência do terminal na movimentação de cargas,
conforme fixado no edital. (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 10. Na fase de habilitação das licitações previstas neste Decreto, será aplicado,
no que couber, o disposto nos arts. 27 a 33 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
Parágrafo único. Para a qualificação técnica nas licitações de arrendamento, o edital
poderá estabelecer que o licitante assuma o compromisso de:
I - obter sua pré-qualificação como operador portuário perante a administração do
porto; ou
II - contratar um operador portuário pré-qualificado perante a administração do porto
para o desempenho das operações portuárias, sem prejuízo do integral cumprimento das
metas de qualidade e de outras obrigações estabelecidas no contrato.
Art. 11. Deverá ser adotado o prazo mínimo de trinta dias para a apresentação de
propostas, contado da data de publicação do edital.
Art. 11. Será adotado o prazo mínimo de cem dias para a apresentação de
propostas, contado da data de publicação do edital. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
Art. 11. O edital estabelecerá prazo mínimo para a apresentação de propostas,
contado da data de sua publicação, observado o prazo mínimo legal. (Redação dada pelo
Decreto nº 10.672, de 2021)
§ 1º Será conferida publicidade ao edital mediante:
I - publicação de extrato do edital no Diário Oficial da União; e
II - divulgação em sítio eletrônico oficial da Secretaria de Portos da Presidência da
República e da Antaq.
II - divulgação no sítio eletrônico do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil
e da Antaq. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º As eventuais modificações no edital serão divulgadas no mesmo prazo dos atos
e procedimentos originais, exceto quando a alteração não comprometer a formulação das
propostas.
§ 3º A Antaq deverá convocar, com antecedência mínima de dez dias úteis de sua
realização, audiência pública que deverá ocorrer com antecedência mínima de quinze
dias úteis da data prevista para a publicação do edital.
§ 3º Quando o valor do contrato for superior a cem vezes o limite estabelecido no art.
23, caput, inciso I, alínea “c”, da Lei nº 8.666, de 1993, a Antaq deverá convocar, com
antecedência mínima de dez dias úteis de sua realização, audiência pública, a qual deverá
ocorrer com antecedência mínima de quinze dias úteis da data prevista para a publicação
do edital. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º Quando o valor do contrato superar o limite estabelecido em ato da Antaq, deverá
ser convocada audiência pública com antecedência mínima de dez dias úteis de sua
realização, a qual deverá ocorrer com antecedência mínima de quinze dias úteis da data
prevista para a publicação do edital. (Redação dada pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
§ 4º Nas hipóteses em que for necessária a realização de estudos prévios de
viabilidade técnica, econômica e ambiental, nos termos do § 1º do art. 6º , o prazo para
apresentação de propostas será, no mínimo, de quarenta e cinco dias. (Incluído pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
Seção III
Do procedimento licitatório
Art. 12. O procedimento licitatório observará as fases e a ordem previstas no art. 12
da Lei nº 12.462, de 2011.
Parágrafo único. As licitações adotarão preferencialmente os modos de disputa
aberto ou combinado.
Art. 13. Após o encerramento da fase de apresentação de propostas, a comissão de
licitação classificará as propostas em ordem decrescente, observadas as particularidades
dos critérios de julgamento adotados.
§1º A comissão de licitação poderá negociar condições mais vantajosas com os
licitantes.
§2º A negociação de que trata o § 1º será promovida segundo a ordem de
classificação das propostas, assegurada a publicidade sobre seus termos e condições.
§ 3º Encerrada a sessão de julgamento, será dada publicidade à respectiva ata, com
a ordem de classificação das propostas.
Art. 14 O procedimento licitatório terá fase recursal única, que se seguirá à
habilitação do vencedor, exceto na hipótese de inversão de fases.
§ 1º Na fase recursal, serão analisados os recursos referentes ao julgamento das
propostas ou lances e à habilitação do vencedor.
§ 2º Os licitantes que desejarem recorrer em face dos atos do julgamento da
proposta ou da habilitação deverão manifestar, imediatamente após o término de cada
sessão, sua intenção de recorrer, sob pena de preclusão.
Art. 15. O recurso será dirigido à Diretoria da Antaq, por intermédio da comissão de
licitação, que apreciará sua admissibilidade.
§ 1º A comissão de licitação poderá, de ofício ou mediante provocação, reconsiderar
sua decisão em até cinco dias úteis ou, nesse mesmo prazo, encaminhar o recurso à
Antaq devidamente instruído.
§ 2º A Antaq deverá proferir sua decisão no prazo de cinco dias úteis, contado da
data de seu recebimento.
Art. 16. Exauridos os recursos administrativos, o procedimento licitatório será
encerrado e encaminhado ao poder concedente, que poderá:
I - determinar o retorno dos autos para saneamento de irregularidades que forem
supríveis;
II - anular o procedimento, no todo ou em parte, por vício insanável;
III - revogar o procedimento por motivo de conveniência e oportunidade; ou
IV - adjudicar o objeto.
§ 1º As normas referentes à anulação e à revogação de licitações previstas no art. 49
da Lei no 8.666, de 1993, aplicam-se às contratações regidas por este Decreto.
§ 2º Caberá recurso da anulação ou da revogação da licitação no prazo de cinco dias
úteis, contado da data da decisão.
Art. 17. Convocado para assinar o contrato, o interessado deverá observar os prazos
e as condições estabelecidos no edital, sob pena de decadência do direito à contratação,
sem prejuízo das sanções previstas na Lei nº 12.462, de 2011, e na Lei nº 8.666, de 1993.
§ 1º É facultado ao poder concedente, quando o convocado não assinar o contrato
no prazo e nas condições estabelecidos:
I - determinar à Antaq que revogue a licitação, sem prejuízo da aplicação das
cominações previstas na Lei nº 8.666, de 1993 ; ou
II - determinar à Antaq que convoque os licitantes remanescentes, na ordem de
classificação, para a celebração do contrato nas condições ofertadas pelo licitante
vencedor.
§ 2º Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação nos termos do inciso
II do § 1º , o poder concedente poderá determinar à Antaq que convoque os licitantes
remanescentes, na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas condições
por eles ofertadas, desde que a proposta apresente condições melhores que o mínimo
estipulado no edital.
Art. 18. Nos procedimentos licitatórios regidos por este Decreto, caberão:
I - pedidos de esclarecimento e impugnações ao edital, com antecedência mínima de
cinco dias úteis da data de abertura das propostas; e
II - representações, no prazo de cinco dias úteis, contado da data da intimação,
relativamente a atos de que não caiba recurso hierárquico.
§ 1º O prazo para apresentação de contrarrazões será o mesmo do recurso e
começará imediatamente após o encerramento do prazo recursal.
§ 2º É assegurado aos licitantes vista dos documentos indispensáveis à defesa de
seus interesses.
Seção IV
Dos contratos de concessão e de arrendamento
Art. 19. Os contratos de concessão e de arrendamento terão prazo determinado,
prorrogável por sucessivas vezes, a critério do poder concedente, observados os seguintes
limites(Redação dada pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

I - no caso de concessão de porto organizado, os contratos terão prazo de vigência


de até setenta anos, incluídos o prazo de vigência original e todas as prorrogações;
e(Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

II - no caso de arrendamento de instalação portuária, os contratos terão prazo de


vigência de até trinta e cinco anos, e poderão ser prorrogados até o máximo de setenta
anos, incluídos o prazo de vigência original e todas as prorrogações. (Incluído pelo Decreto
nº 10.672, de 2021)

§ 1º Nas hipóteses em que for possível a prorrogação dos contratos, caberá ao órgão
ou à entidade competente fundamentar a vantagem das prorrogações em relação à
realização de nova licitação de contrato de concessão ou de arrendamento. (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º Os prazos de que trata o caput serão fixados de modo a permitir a amortização e
a remuneração adequada dos investimentos previstos no contrato, quando houver,
conforme indicado no estudo de viabilidade a que se refere o art. 6º . (Incluído pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
§ 3º São requisitos para a prorrogação de contratos de concessão ou de
arrendamento portuário, sem prejuízo de outros previstos em lei ou regulamento: (Redação
dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - a manutenção das condições de: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
a) habilitação jurídica; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
b) qualificação técnica; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
c) qualificação econômico-financeira; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
d) regularidade fiscal e trabalhista; e(Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
e) cumprimento do disposto no inciso XXXIII do caput do art. 7º da
Constituição ;(Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - a adimplência junto à administração do porto e à Antaq, na forma do art. 62 da Lei
nº 12.815, de 2013; e(Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - a compatibilidade com as diretrizes e o planejamento de uso e ocupação da área,
conforme estabelecido no plano de desenvolvimento e zoneamento do porto. (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 4º Ressalvadas as exceções estabelecidas em ato do poder concedente, o
interessado deverá manifestar formalmente interesse na prorrogação do contrato ao poder
concedente, observados os seguintes prazos mínimos de antecedência: (Redação dada pelo
Decreto nº 10.672, de 2021)

I - noventa meses, no caso de contrato de concessão de porto organizado;


ou (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

II - sessenta meses, no caso de contrato de arrendamento de instalação


portuária. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

Art. 19-A. Os contratos de arrendamento portuário em vigor firmados sob a Lei nº 8.630,
de 25 de fevereiro de 1993, que possuam previsão expressa de prorrogação ainda não
realizada poderão ter sua prorrogação antecipada, a critério do poder concedente. (Incluído
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 1º Considera-se prorrogação antecipada aquela que ocorrer previamente ao último
quinquênio de vigência do contrato. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º Além dos requisitos necessários à prorrogação ordinária, a prorrogação
antecipada exige a aceitação pelo arrendatário da obrigação de realizar investimentos
novos e imediatos, não amortizáveis durante a vigência original do contrato, conforme plano
de investimento aprovado pelo poder concedente. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º O plano de investimento a ser apresentado pelo arrendatário para fins de
prorrogação antecipada deverá ser analisado pelo poder concedente no prazo de sessenta
dias. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 4º Os investimentos que o arrendatário tenha se obrigado a realizar poderão ser
escalonados ao longo da vigência do contrato, conforme o cronograma físico-financeiro
previsto no estudo de viabilidade a que se refere o art. 6º , sem prejuízo do atendimento ao
disposto no § 2º . (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 5º A rejeição da prorrogação antecipada não impede que posteriormente seja
aprovado novo pedido de prorrogação antecipada com base em outras justificativas ou que
seja realizada a prorrogação ordinária do contrato. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 6º Sem prejuízo da obrigatoriedade de atendimento ao disposto no § 2º , aplica-se
ao cronograma de investimentos, para fins de prorrogação antecipada, o disposto no art.
24-B. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 20. O objeto do contrato de concessão poderá abranger:
I - o desempenho das funções da administração do porto e a exploração direta e
indireta das instalações portuárias;
II - o desempenho das funções da administração do porto e a exploração indireta das
instalações portuárias, vedada a sua exploração direta; ou
III - o desempenho, total ou parcial, das funções de administração do porto, vedada a
exploração das instalações portuárias.
Art. 21. Os contratos celebrados entre a concessionária e terceiros serão regidos
pelas normas de direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os
terceiros e o poder concedente, sem prejuízo das atividades regulatória e fiscalizatória da
Antaq.
§ 1º A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o cumprimento:
I - do plano de desenvolvimento e zoneamento do porto;
II - das normas aplicáveis aos serviços concedidos e contratados; e
III - das condições estabelecidas no edital de licitação e no contrato de concessão,
inclusive quanto às tarifas e aos preços praticados.
§ 2º Os contratos celebrados entre a concessionária e terceiros terão sua vigência
máxima limitada ao prazo previsto para a concessão.
§ 2º Os contratos celebrados entre concessionária e terceiros terão sua vigência
máxima limitada ao prazo previsto para a concessão, ressalvados os casos em que
houver expressa autorização do poder concedente para a celebração de contrato cujo
prazo de vigência ultrapasse o período de concessão. (Redação dada pelo Decreto nº
10.672, de 2021)
Art. 22. Os contratos de arrendamento e demais instrumentos voltados à exploração
de áreas nos portos organizados vigentes no momento da celebração do contrato de
concessão poderão ter sua titularidade transferida à concessionária, conforme previsto no
edital de licitação.
§ 1º A concessionária deverá respeitar os termos contratuais originalmente
pactuados.
§ 2º A transferência da titularidade afasta a aplicação das normas de direito público
sobre os contratos.
Art. 23. Os contratos de concessão e arrendamento deverão resguardar o direito de
passagem de infraestrutura de terceiros na área objeto dos contratos, conforme
disciplinado pela Antaq e mediante justa indenização.
Art. 24. A aplicação do disposto no § 6º do art. 6º da Lei no 12.815, de 2013 , só será
permitida quando comprovada a inviabilidade técnica, operacional e econômica de
realização de licitação de novo arrendamento.
Art. 24. A aplicação do disposto no § 6 º do art. 6º da Lei nº 12.815, de 2013 , só será
permitida quando comprovada a inviabilidade técnica, operacional ou econômica de
realização de licitação de novo arrendamento. (Redação dada pelo Decreto nº 8.464, de 2015)
Parágrafo único. A expansão da área do arrendamento ensejará a revisão de metas,
tarifas e outros parâmetros contratuais, de forma a incorporar ao contrato os ganhos de
eficiência referidos no § 6º do art. 6 º da Lei no 12.815, de 2013 .
Art. 24. O poder concedente poderá autorizar, mediante requerimento do arrendatário,
a expansão da área arrendada para área contígua dentro da poligonal do porto organizado,
quando: (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - a medida trouxer comprovadamente ganhos de eficiência à operação portuária;
ou (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - quando comprovada a inviabilidade técnica, operacional ou econômica de
realização de licitação de novo arrendamento portuário. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
§ 1º A comprovação dos ganhos de eficiência à operação portuária ocorrerá por meio
da comparação dos resultados advindos da exploração da área total expandida com os
resultados que seriam obtidos com a exploração das áreas isoladamente, observados os
aspectos concorrenciais e as diretrizes de planejamento setorial. (Incluído pelo Decreto nº
9.048, de 2017)
§ 2º A recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato poderá ser
excepcionalmente dispensada quando a expansão do arrendamento para área contígua
não alterar substancialmente os resultados da exploração da instalação
portuária. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 24-A. A área dos arrendamentos portuários poderá ser substituída, no todo ou em
parte, por área não arrendada dentro do mesmo porto organizado, conforme o plano de
desenvolvimento e zoneamento do porto, ouvida previamente a autoridade portuária, e
desde que: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - a medida comprovadamente traga ganhos operacionais à atividade portuária ou, no
caso de empecilho superveniente, ao uso da área original; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048,
de 2017)
II - seja recomposto o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. (Incluído pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
§ 1º O poder concedente e o arrendatário são partes competentes para iniciar o
processo de substituição de área previsto no caput. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
§ 2º Caso não esteja de acordo com a decisão do poder concedente, o arrendatário
poderá: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - solicitar a rescisão do contrato, quando a iniciativa do processo for do poder
concedente; ou (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - desistir do pedido de substituição de área, quando a iniciativa do processo for do
próprio arrendatário. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º Na hipótese prevista no inciso I do § 2º , o arrendatário não se sujeitará à
penalidade por rescisão antecipada do contrato. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 4º A substituição das áreas de que trata o caput deverá ser precedida de: (Incluído
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - consulta à autoridade aduaneira; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - consulta ao respectivo poder público municipal; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
III - consulta pública; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - emissão, pelo órgão licenciador, do termo de referência para os estudos
ambientais com vistas ao licenciamento; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
V - manifestação sobre os possíveis impactos concorrenciais do
remanejamento. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 24-B. O cronograma de investimentos previsto em contrato de concessão ou de
arrendamento poderá ser revisto para melhor adequação ao interesse público em razão de
evento superveniente, assegurada a preservação da equação econômico-financeira
original. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Seção V
Da exploração direta ou indireta de áreas não afetas às operações portuárias
Art. 25. As áreas não afetas às operações portuárias e suas destinações serão
previstas no plano de desenvolvimento e zoneamento do porto.
Parágrafo único. Para a exploração indireta das áreas referidas no caput, a
administração do porto submeterá à aprovação do poder concedente a proposta de uso
da área.
§ 1º Para a exploração indireta das áreas referidas no caput, a administração do porto
submeterá à aprovação do poder concedente a proposta de uso da área. (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º Para fins deste Decreto, considera-se não afeta às operações portuárias a área
localizada dentro da poligonal do porto organizado que, de acordo com o plano de
desenvolvimento e zoneamento do porto, não seja diretamente destinada ao exercício das
atividades de movimentação de passageiros, movimentação ou armazenagem de
mercadorias, destinados ou provenientes de transporte aquaviário. (Incluído pelo Decreto nº
9.048, de 2017)

Seção VI
(Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

Do uso temporário e das licitações

Art. 25-A. A administração do porto organizado poderá pactuar com o interessado na


movimentação de cargas com mercado não consolidado o uso temporário de áreas e
instalações portuárias localizadas na poligonal do porto organizado, dispensada a
realização de licitação. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 1º Considera-se carga com mercado não consolidado a mercadoria não


movimentada regularmente no porto organizado nos últimos cinco anos e que tenha
demandado, em média, menos de uma atracação mensal no mesmo período. (Incluído
pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 2º A utilização da área objeto de contrato de uso temporário deverá estar compatível


com o plano de desenvolvimento e zoneamento aprovado pelo poder
concedente. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)
§ 3º O contrato de uso temporário terá o prazo improrrogável de até quarenta e oito
meses. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 4º Na hipótese de haver mais de um interessado na utilização de áreas e instalações


portuárias e inexistir disponibilidade física para alocar todos os interessados
concomitantemente, a administração do porto organizado promoverá processo seletivo
simplificado para a escolha do projeto que melhor atender ao interesse público e do porto
organizado, assegurados os princípios da isonomia e da impessoalidade na realização do
certame. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 5º Os investimentos vinculados ao contrato de uso temporário ocorrerão


exclusivamente às expensas do interessado, sem direito a indenização de qualquer
natureza. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 6º Decorridos vinte e quatro meses do início do contrato de uso temporário da área


e da instalação portuária, ou, prazo inferior, por solicitação do contratado, e verificada a
viabilidade do uso da área e da instalação, a administração do porto organizado adotará as
medidas necessárias ao encaminhamento de proposta de licitação da área e das
instalações existentes. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 7º A utilização da área implicará o pagamento das tarifas portuárias pertinentes, as


quais poderão ser acrescidas de parcela remuneratória variável estabelecida pela
autoridade portuária competente. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 8º O alfandegamento das áreas e das instalações portuárias afetadas ao uso


temporário deverá estar sob a responsabilidade do titular da instalação portuária. (Incluído
pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 9º É permitida a transferência da titularidade do contrato de uso temporário, nos


termos, nos prazos e nas condições previstas na legislação. (Incluído pelo Decreto nº 10.672,
de 2021)

§ 10 Ato da Antaq disporá sobre o processo seletivo simplificado e sobre as regras


de contratação de uso temporário de que trata este artigo. (Incluído pelo Decreto nº 10.672,
de 2021)

CAPÍTULO III
DA AUTORIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS
Art. 26. Serão exploradas mediante autorização, formalizada por meio da celebração
de contrato de adesão, as instalações portuárias localizadas fora da área do porto
organizado, compreendendo as seguintes modalidades:
I - terminal de uso privado;
II - estação de transbordo de carga;
III - instalação portuária pública de pequeno porte; e
IV - instalação portuária de turismo.
§ 1º O início da operação da instalação portuária deverá ocorrer no prazo de três
anos, contado da data de celebração do contrato de adesão, prorrogável uma única vez,
por igual período, a critério do poder concedente.
§ 1º O início da operação da instalação portuária deverá ocorrer no prazo de até
cinco anos, contado da data da celebração do contrato de adesão, prorrogável a critério
do poder concedente. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º O pedido de prorrogação do prazo para o início da operação deverá ser
justificado e acompanhado de documentação que comprove a exequibilidade do novo
cronograma.
Art. 27. Os interessados em obter a autorização de instalação portuária poderão
requerê-la à Antaq, a qualquer tempo, mediante a apresentação dos seguintes
documentos, entre outros que poderão ser exigidos pela Antaq:
I - memorial descritivo das instalações, com as especificações estabelecidas pela
Antaq, que conterá, no mínimo:
a) descrição da poligonal das áreas por meio de coordenadas georreferenciadas,
discriminando separadamente a área pretendida em terra, a área pretendida para
instalação de estrutura física sobre a água, a área pretendida para berços de atracação e
a área necessária para a bacia de evolução e para o canal de acesso;
b) descrição dos acessos terrestres e aquaviários existentes e a serem construídos;
c) descrição do terminal, inclusive quanto às instalações de acostagem e
armazenagem, seus berços de atracação e finalidades;
d) especificação da embarcação-tipo por berço;
e) descrição dos principais equipamentos de carga e descarga das embarcações e
de movimentação das cargas nas instalações de armazenagem, informando a quantidade
existente, capacidade e utilização;
f) cronograma físico e financeiro para a implantação da instalação portuária;
g) estimativa da movimentação de cargas ou passageiros; e
h) valor global do investimento; e
II - título de propriedade, inscrição de ocupação, certidão de aforamento ou contrato
de cessão sob regime de direito real, ou outro instrumento jurídico que assegure o direito
de uso e fruição do da área.
Parágrafo único. Recebido o requerimento de autorização, a Antaq deverá:
I - publicar em seu sítio eletrônico, em até cinco dias, a íntegra do conteúdo do
requerimento e seus anexos; e
II - desde que a documentação esteja em conformidade com o disposto
no caput, promover, em até dez dias, a abertura de processo de anúncio público, com
prazo de trinta dias, a fim de identificar a existência de outros interessados em
autorização de instalação portuária na mesma região e com características semelhantes.
I - declaração de adequação do empreendimento às diretrizes do planejamento e das
políticas do setor portuário, emitida pelo poder concedente; (Redação dada pelo Decreto nº
9.048, de 2017)
II - memorial descritivo das instalações, com as especificações estabelecidas pela
Antaq, que conterá, no mínimo: (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
a) descrição da poligonal das áreas por meio de coordenadas georreferenciadas,
discriminando separadamente a área pretendida em terra, a área pretendida para
instalação de estrutura física sobre a água, a área pretendida para berços de atracação e
a área necessária para a bacia de evolução e para o canal de acesso; (Incluída pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
b) descrição dos acessos terrestres e aquaviários existentes e aqueles a serem
construídos; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
c) descrição do terminal, inclusive quanto às instalações de acostagem e
armazenagem, os seus berços de atracação e as suas finalidades; (Incluída pelo Decreto nº
9.048, de 2017)
d) especificação da embarcação-tipo por berço; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
e) descrição dos principais equipamentos de carga e descarga das embarcações e de
movimentação das cargas nas instalações de armazenagem, informando a quantidade
existente, a capacidade e a utilização; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
f) cronograma físico e financeiro para a implantação da instalação portuária; (Incluída
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
g) estimativa da movimentação de cargas ou de passageiros; e (Incluída pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
h) valor global do investimento; (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - título de propriedade, inscrição de ocupação, certidão de aforamento ou contrato
de cessão sob regime de direito real, ou outro instrumento jurídico que assegure o direito
de uso e fruição do terreno; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - comprovação do atendimento ao disposto no art. 14 da Lei nº 12.815, de
2013 ; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
V - documentação comprobatória de sua regularidade perante as Fazendas federal,
estadual e municipal da sede da pessoa jurídica e o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
VI - parecer favorável da autoridade marítima, que deverá responder à consulta em
prazo não superior a quinze dias. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 1º Recebido o requerimento de autorização, a Antaq deverá: (Incluído pelo Decreto nº
9.048, de 2017)
I - publicar em seu sítio eletrônico, em até cinco dias, a íntegra do conteúdo do
requerimento e seus anexos; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - desde que a documentação esteja em conformidade com o disposto
no caput, promover, em até dez dias, a abertura de processo de anúncio público, com
prazo de trinta dias, a fim de identificar a existência de outros interessados em autorização
de instalação portuária na mesma região e com características semelhantes. (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º Em relação às áreas da União necessárias à implantação da instalação portuária,
a Antaq poderá admitir, para os fins do disposto no inciso III do caput, a apresentação de
certidão emitida pela Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão que ateste que a área requerida se encontra disponível para
futura destinação ao empreendedor autorizado pelo poder concedente. (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º Na hipótese de ser admitido o processamento do pedido de autorização com base
na certidão de que trata o § 2º , o contrato de adesão poderá ser celebrado pelo poder
concedente com condição suspensiva de sua eficácia à apresentação, pelo interessado e
em prazo a ser estabelecido no contrato, da documentação que lhe assegure o direito de
uso e fruição da área. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 4º A seleção do empreendedor portuário pelo poder concedente, mediante a
assinatura do contrato de adesão, autoriza a Secretaria do Patrimônio da União do
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão a destinar diretamente ao
interessado a área correspondente, tanto a parte terrestre quanto a aquática,
independentemente de contiguidade, desde que observado o disposto no parágrafo único
do art. 42 da Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998, quando se tratar de cessão de uso. (Incluído
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 5º A apresentação de documentação em desconformidade com o disposto neste
Decreto ou com as normas da Antaq ensejará a desclassificação da proposta e a
convocação dos demais interessados na ordem de classificação no processo seletivo
público. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 28. O poder concedente poderá determinar à Antaq, a qualquer momento e em
consonância com as diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário, a
abertura de processo de chamada pública para identificar a existência de interessados na
obtenção de autorização de instalação portuária.
Art. 29. O instrumento da abertura de chamada ou de anúncio públicos, cujos
extratos serão publicados no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico da Antaq,
indicará obrigatoriamente os seguintes parâmetros:
I - a região geográfica na qual será implantada a instalação portuária;
II - o perfil das cargas a serem movimentadas; e
III - a estimativa do volume de cargas ou de passageiros a ser movimentado nas
instalações portuárias.
§ 1º O perfil de cargas a serem movimentadas será classificado conforme uma ou
mais das seguintes modalidades:
I - granel sólido;
II - granel líquido e gasoso;
III - carga geral; ou
IV - carga conteinerizada.
§ 2º Todas as propostas apresentadas durante o prazo de chamada ou de anúncio
públicos, que se encontrem na mesma região geográfica, deverão ser reunidas em um
mesmo procedimento e analisadas conjuntamente, independentemente do tipo de carga.
§ 3º Para participar de chamada ou de anúncio públicos, os demais interessados
deverão apresentar a documentação exigida no caput do art. 27.
Art. 30. Encerrado o processo de chamada ou de anúncio públicos, o poder
concedente deverá analisar a viabilidade locacional das propostas e sua adequação às
diretrizes do planejamento e das políticas do setor portuário.
Art. 30. A análise de viabilidade locacional fica delegada à Antaq. (Redação dada pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, considera-se viabilidade locacional a
possibilidade da implantação física de duas ou mais instalações portuárias na mesma
região geográfica que não gere impedimento operacional a qualquer uma delas.
Art. 31. Poderão ser expedidas diretamente, independente da realização de processo
seletivo público, as autorizações de instalação portuária quando:
I - o processo de chamada ou anúncio públicos for concluído com a participação de
um único interessado; ou
II - não existir impedimento locacional à implantação concomitante de todas as
instalações portuárias solicitadas.
Parágrafo único. Em qualquer caso, somente poderão ser autorizadas as instalações
portuárias compatíveis com as diretrizes do planejamento e das políticas do setor
portuário.
Art. 32. Nos casos de inviabilidade locacional à implantação concomitante das
instalações portuárias solicitadas, a Antaq deverá:
I - definir os critérios de julgamento a serem utilizados no processo seletivo público; e
II - conferir prazo de trinta dias para que os interessados reformulem suas propostas,
adaptando-as à participação no processo seletivo público.
§ 1º Eliminado o impedimento locacional após a reformulação prevista no inciso II
do caput, as propostas deverão ser novamente submetidas à aprovação do poder
concedente, que poderá autorizar as instalações portuárias na forma do art. 31.
§ 2º Mantido o impedimento locacional após a reformulação prevista no inciso II
do caput, caberá à Antaq promover processo seletivo público para seleção da melhor
proposta.
§ 3º A Antaq disciplinará os procedimentos e prazos para realização do processo
seletivo público de que trata este artigo.
§ 4º Será exigida garantia de execução do autorizatário apenas no caso de
realização de processo seletivo público, na forma estabelecida pelas normas da
Antaq. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 33. Encerrada a chamada ou anúncio públicos na forma do art. 31 ou encerrado
o processo seletivo público na forma do art. 32, os interessados terão o prazo de noventa
dias, contado da data de publicação da decisão, para apresentar à Antaq os seguintes
documentos, além de outros que venham a ser exigidos por norma específica: (Revogado
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - comprovação de atendimento do disposto no art. 14 da Lei nº 12.815, de
2013 ; (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - as garantias de execução a serem firmadas no momento de emissão da
autorização, nos termos estabelecidos pela Antaq; (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
III - a documentação comprobatória de sua regularidade perante as Fazendas
federal, estadual e municipal da sede da pessoa jurídica e o Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço - FGTS; e (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - parecer favorável da autoridade marítima, que deverá responder à consulta em
prazo não superior a quinze dias. (Revogado pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Parágrafo único. O descumprimento do prazo a que se refere o caput ou a
apresentação de documentação em desconformidade com o disposto neste Decreto ou
nas normas da Antaq ensejará a desclassificação da proposta e a convocação dos
demais interessados na ordem de classificação no processo seletivo público. (Revogado
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 34. Encerrados os procedimentos para autorização, a Antaq enviará a
documentação ao poder concedente que deverá, no prazo de quinze dias, contado da
data do recebimento, analisar e deliberar sobre o resultado do processo e a celebração
dos contratos de adesão.
Art. 34. Encerrados os procedimentos para autorização, a Antaq enviará a
documentação ao poder concedente para a celebração do contrato de adesão. (Redação
dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Parágrafo único. Celebrados os contratos de adesão, os processos serão restituídos
à Antaq para acompanhamento.
Art. 35. Não dependerão da celebração de novo contrato de adesão, bastando a
aprovação pelo poder concedente:
I - a transferência de titularidade da autorização, desde que preservadas as
condições estabelecidas no contrato de adesão original; ou
II - o aumento da capacidade de movimentação ou de armazenagem da instalação
portuária, desde que não haja expansão de área original.
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput, o poder concedente poderá,
conforme disciplinado em ato do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da
Presidência da República, dispensar a emissão de nova autorização nas hipóteses de:
I - a alteração do tipo de carga movimentada; ou
II - a ampliação da área da instalação portuária, localizada fora do porto organizado,
que não exceda a vinte e cinco por cento da área original, desde que haja viabilidade
locacional.
Art. 35. Fica dispensada a celebração de novo contrato de adesão ou a realização de
novo anúncio público nas seguintes hipóteses, que dependerão somente da aprovação do
poder concedente: (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - a transferência de titularidade da autorização, desde que preservadas as condições
estabelecidas no contrato de adesão original; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - a ampliação da área da instalação portuária, desde que haja viabilidade locacional;
ou (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - as alterações efetuadas no cronograma físico e financeiro ou no montante de
investimentos previstos para a implantação da instalação portuária. (Incluído pelo Decreto nº
9.048, de 2017)
§ 1º Nos casos de ampliação de área que envolva imóvel da União, será aplicado o
disposto no § 2º do art. 27 e será autorizada a celebração de termo aditivo com condição
suspensiva de sua eficácia, nos termos do § 3º do art. 27. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
§ 2º Poderá ser dispensada a aprovação do poder concedente quando a ampliação de
área não implicar a necessidade de novo exame de viabilidade locacional, na forma a ser
estabelecida em ato do Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil. (Incluído
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º Na hipótese de que trata o § 1º , o autorizatário comunicará previamente ao poder
concedente a intenção de ampliar a área de sua instalação portuária e apresentará o
instrumento jurídico que assegure o direito de uso e fruição do terreno e os demais
documentos que venham a ser exigidos em ato do poder concedente. (Incluído pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
§ 4º Apresentada a comunicação a que se refere o § 3º , o poder concedente
examinará a regularidade do pedido de ampliação de área e, se for o caso, assegurado ao
autorizatário os princípios da ampla defesa e do contraditório, notificará os fatos à Antaq
para que esta adote as medidas cabíveis. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 5º Exceto quando vedado no contrato de adesão, o aumento da capacidade de
movimentação ou de armazenagem sem ampliação de área dependerá de comunicação ao
poder concedente com antecedência de sessenta dias. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
§ 6º O disposto no caput aplica-se aos demais pleitos de aumento da capacidade de
movimentação ou de armazenagem não abrangidos pelo disposto no § 5º . (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 7º Nos casos de transferência de titularidade, o autorizatário deverá comunicar o fato
à Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 35-A O contrato de adesão conterá cláusulas que preservem: (Incluído pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
I - a liberdade de preços das atividades, nos termos do art. 45 da Lei nº 10.233, de 5 de
junho de 2001 ; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - a prerrogativa do autorizatário para disciplinar a operação portuária, nos termos
do art. 30 da Lei nº 12.815, de 2013, sem prejuízo das competências da Antaq. (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
CAPÍTULO IV
DO CONSELHO DE AUTORIDADE PORTUÁRIA
Art. 36. Será instituído em cada porto organizado um conselho de autoridade
portuária, órgão consultivo da administração do porto.
§ 1º Compete ao conselho de autoridade portuária sugerir:
I - alterações do regulamento de exploração do porto;
II - alterações no plano de desenvolvimento e zoneamento do porto;
III - ações para promover a racionalização e a otimização do uso das instalações
portuárias;
IV - medidas para fomentar a ação industrial e comercial do porto;
V - ações com objetivo de desenvolver mecanismos para atração de cargas;
VI - medidas que visem estimular a competitividade; e
VII - outras medidas e ações de interesse do porto.
§ 2º Compete ao conselho de autoridade portuária aprovar o seu regimento interno.
Art. 37. Cada conselho de autoridade portuária será constituído pelos membros
titulares e seus suplentes:
I - do Poder Público, sendo:
a) quatro representantes da União, dentre os quais será escolhido o presidente do
conselho;
b) um representante da autoridade marítima;
c) um representante da administração do porto;
d) um representante do Estado onde se localiza o porto; e
e) um representante dos Municípios onde se localizam o porto ou os portos
organizados abrangidos pela concessão;
II - da classe empresarial, sendo:
a) dois representantes dos titulares de arrendamentos de instalações portuárias;
b) um representante dos operadores portuários; e
c) um representante dos usuários; e
III - da classe dos trabalhadores portuários, sendo:
a) dois representantes dos trabalhadores portuários avulsos; e
b) dois representante dos demais trabalhadores portuários.
§ 1º Para os efeitos do disposto neste artigo, os membros e seus suplentes do
conselho serão indicados:
I - pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da
República; pelo Comandante da Marinha; pela administração do porto; pelo Governador
de Estado e pelo Prefeito do Município, respectivamente, no caso do inciso I do caput ; e
I - pelo Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil; pelo Comandante
da Marinha; pela administração do porto; pelo Governador de Estado e pelo Prefeito do
Município, respectivamente, na hipótese prevista no inciso I do caput ; e (Redação dada pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
II - pelas entidades de classe local das respectivas categorias profissionais e
econômicas, nos casos dos incisos II e III do caput.
§ 2º Ato do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos definirá as entidades
responsáveis pela indicação de que trata o inciso II do § 1º e os procedimentos a serem
adotados para as indicações.
§ 2º Ato do Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil definirá as
entidades responsáveis pela indicação de que trata o inciso II do § 1º e os procedimentos
a serem adotados para as indicações. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º Os membros do conselho serão designados por ato do Ministro de Estado Chefe
da Secretaria de Portos da Presidência da República para um mandato de dois anos,
admitida a recondução uma única vez, por igual período.
§ 3º Os membros do conselho serão designados por ato do Ministro de Estado dos
Transportes, Portos e Aviação Civil para mandato de dois anos, admitida uma recondução
por igual período. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 4º A participação no conselho de autoridade portuária será considerada prestação
de serviço público relevante, não remunerada.
§ 5º As deliberações do conselho serão tomadas de acordo com as seguintes regras:
I - cada representante terá direito a um voto; e
II - o presidente do conselho terá voto de qualidade.
§ 6º Perderá o mandato o membro do conselho que faltar, injustificadamente, a três
reuniões consecutivas ou seis alternadas, assumindo a vaga o seu suplente até a
efetivação de nova indicação.
CAPÍTULO V
DO ÓRGÃO GESTOR DE MÃO DE OBRA
Art. 38. O órgão de gestão de mão de obra terá, obrigatoriamente, um conselho de
supervisão e uma diretoria-executiva.
§ 1º O conselho de supervisão será composto por três membros titulares e seus
suplentes, sendo:
§ 1º O conselho de supervisão será composto por três membros titulares, e seus
suplentes, cujo prazo de gestão será de três anos, admitida a redesignação,
sendo: (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - dois indicados pelas entidades de classe local das respectivas categorias
econômicas; e
I - um indicado pela entidade de classe local, responsável pela indicação do
representante dos operadores portuários no Conselho de Autoridade Portuária; (Redação
dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - um indicado pelas entidades de classe local das categorias profissionais relativas
às atividades previstas no § 1º do art. 40 da Lei nº 12.815, de 2013.
II - um indicado pela entidade de classe local, responsável pela indicação do
representante dos usuários no Conselho de Autoridade Portuária; e (Redação dada pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
III - um indicado pela maioria das entidades de classe local, responsável pelas
indicações dos representantes do segmento laboral no Conselho de Autoridade
Portuária. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º Ato do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos definirá as entidades
responsáveis pela indicação de que trata o § 1º e os procedimentos a serem adotados
para as indicações.
§ 2º Ato do Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil definirá os
procedimentos a serem adotados para as indicações de que trata o § 1º e os critérios de
desempate. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º A Diretoria-Executiva será composta por um ou mais diretores, designados e
destituíveis, a qualquer tempo, pelos operadores portuários que atuam no respectivo porto
organizado, cujo prazo de gestão será de três anos, permitida a redesignação.
§ 3º A Diretoria-Executiva será composta por um ou mais diretores, que serão
designados e destituídos a qualquer tempo, pela entidade local, responsável pela indicação
do representante dos operadores portuários no Conselho de Autoridade Portuária, cujo
prazo de gestão será de três anos, permitida a redesignação. (Redação dada pelo Decreto nº
9.048, de 2017)
§ 4º Caso a Diretoria-Executiva seja composta por dois membros ou mais, um deles
poderá ser indicado pelas respectivas entidades de classe das categorias profissionais
relativas às atividades previstas no § 1º do art. 40 da Lei nº 12.815, de 2013, conforme
definido em convenção coletiva.
§ 5º Até um terço dos membros do conselho de supervisão poderá ser designado
para exercício de cargos de diretores.
CAPÍTULO VI
DO FÓRUM PERMANENTE PARA QUALIFICAÇÃO DO TRABALHADOR PORTUÁRIO
E DO SINE-PORTO
Art. 39. Fica instituído o Fórum Nacional Permanente para Qualificação do
Trabalhador Portuário, com a finalidade de discutir as questões relacionadas a formação,
qualificação e certificação profissional do trabalhador portuário e do trabalhador portuário
avulso, em especial:
I - sua adequação aos modernos processos de movimentação de carga e de
operação de aparelhos e equipamentos portuários; e
II - o treinamento multifuncional do trabalhador portuário e do trabalhador portuário
avulso.
§1º Integrarão o Fórum Nacional Permanente para Qualificação do Trabalhador
Portuário:
I - um representante de cada um dos seguintes órgãos e entidades:
a) Ministério do Trabalho e Emprego, que o coordenará;
a) Ministério do Trabalho, que o coordenará; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
b) Secretaria de Portos da Presidência da República;
b) Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil; (Redação dada pelo Decreto nº 9.048,
de 2017)
c) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
c) Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; (Redação dada pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
d) Ministério da Educação;
e) Secretaria-Geral da Presidência da República; e
f) Comando da Marinha;
II - três representantes de entidades empresariais, sendo:
a) um representante dos titulares de arrendamentos de instalações portuárias;
b) um representante dos operadores portuários; e
c) um representante dos usuários; e
III - três representantes da classe trabalhadora, sendo:
a) dois representantes dos trabalhadores portuários avulsos; e
b) um representante dos demais trabalhadores portuários.
§ 2º Os representantes de que tratam os incisos II e III do § 1º cumprirão mandatos
de dois anos, permitida a recondução.
§ 3º Perderá o mandato o membro do Fórum de que tratam os incisos II e III do § 1º
que faltar, injustificadamente, a três reuniões consecutivas ou seis alternadas, assumindo
a vaga o seu suplente até a efetivação de nova indicação.
§ 4º Ato do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos definirá as entidades
responsáveis pela indicação de que trata os incisos II e III do § 1º e os procedimentos a
serem adotados para as indicações.
§ 4º Ato do Ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil definirá as
entidades responsáveis pela indicação de que trata os incisos II e III do § 1º e os
procedimentos a serem adotados para as indicações. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de
2017)
§ 5º A participação no Fórum será considerada prestação de serviço público
relevante, não remunerada.
Art. 40. O Ministério do Trabalho e Emprego instituirá, no âmbito do Sistema Nacional
de Emprego - SINE, banco de dados específico para trabalhadores portuários avulsos e
demais trabalhadores portuários, com o objetivo de organizar a identificação e a oferta de
mão de obra qualificada para o setor portuário, intitulado SINE-PORTO.
§ 1º O SINE-PORTO será de uso facultativo pelos trabalhadores e pelos operadores
portuários, arrendatários ou autorizatários de instalações portuárias.
§ 2º Constarão do SINE-PORTO, no mínimo, as seguintes informações:
I - identificação do trabalhador;
II - qualificação profissional obtida para o exercício das funções; e
III - registro ou cadastramento em órgão de gestão de mão de obra, quando couber.
§ 3º Os trabalhadores portuários avulsos inscritos no respectivo órgão de gestão de
mão de obra, constantes no SINE-PORTO, terão preferência no acesso a programas de
formação ou qualificação profissional oferecidos no âmbito do SINE ou do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - Pronatec, de que trata a Lei nº 12.513,
de 26 de outubro de 2011.
Art. 40. O Ministério do Trabalho e Emprego instituirá, no âmbito do Sistema Nacional
de Emprego - SINE, banco de dados específico com o objetivo de organizar a
identificação e a oferta de mão de obra qualificada para o setor portuário, intitulado SINE-
PORTO. (Redação dada pelo Decreto nº 8.071, de 2013)
§ 1º Constarão do SINE-PORTO, no mínimo, as seguintes informações: (Redação
dada pelo Decreto nº 8.071, de 2013)
I - identificação do trabalhador; (Incluído pelo Decreto nº 8.071, de 2013)
II - qualificação profissional obtida para o exercício das funções; e (Incluído pelo
Decreto nº 8.071, de 2013)
III - registro ou cadastramento em órgão de gestão de mão de obra, quando
couber. (Incluído pelo Decreto nº 8.071, de 2013)
§ 2º Os trabalhadores portuários avulsos inscritos no respectivo órgão de gestão de
mão de obra, constantes no SINE-PORTO, terão preferência no acesso a programas de
formação ou qualificação profissional oferecidos no âmbito do SINE ou do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - Pronatec, de que trata a Lei nº 12.513,
de 26 de outubro de 2011 . (Redação dada pelo Decreto nº 8.071, de 2013)
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 41. A participação de um representante da classe empresarial e outro da classe
trabalhadora no conselho de administração ou órgão equivalente da administração do
porto, quando se tratar de entidade sob controle estatal, deverá estar prevista nos
estatutos sociais das empresas públicas e sociedades de economia mista.
§ 1º A indicação dos representantes das classes empresarial e trabalhadora de que
trata o caput será feita pelos respectivos representantes no conselho de autoridade
portuária.
§ 2º A indicação do representante da classe trabalhadora e seu suplente recairá
obrigatoriamente sobre empregado da entidade sob controle estatal.
§ 3º Os representantes da classe empresarial e da classe trabalhadora estão sujeitos
aos critérios e exigências para o cargo de conselheiro de administração previstos em lei e
no estatuto da respectiva entidade.
§ 4º Serão observadas, quanto aos requisitos e impedimentos para a participação
nos conselhos de que trata o art. 21 da Lei nº 12.815, de 2013, as disposições constantes da
legislação sobre conflitos de interesse no âmbito da administração pública federal e,
subsidiariamente, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Art. 42. A realização de investimentos não previstos nos contratos deverá ser
precedida:
I - de comunicação à Antaq, no caso das instalações portuárias autorizadas; e
II - de análise da Antaq e de aprovação pelo poder concedente, no caso das
concessões e arrendamentos.
II - de aprovação do poder concedente, precedida de análise da Antaq, no caso das
concessões e dos arrendamentos. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 1º O poder concedente poderá, mediante requerimento do interessado, autorizar a
realização de investimentos imediatos e urgentes previamente à análise que compete à
Antaq nas hipóteses de: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - investimento necessário para o cumprimento de exigências de órgãos ou entidades
integrantes da administração pública com competência para intervir nas operações
portuárias; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - investimento necessário para restaurar a operacionalidade da instalação portuária
em razão de fato superveniente que impeça ou dificulte a oferta de serviços portuários;
ou (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - investimento para fins de aumento da eficiência operacional ou ampliação de
capacidade da instalação portuária quando a medida for comprovadamente urgente para o
atendimento adequado aos usuários. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º Na hipótese de que trata o inciso III do § 1º , o requerimento de autorização de
investimento em caráter de urgência deverá ser acompanhado por: (Incluído pelo Decreto nº
9.048, de 2017)
I - manifestação favorável da autoridade portuária quanto à urgência da realização
imediata do investimento proposto; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - plano de investimento. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º Nas hipóteses de que tratam os incisos I e II do § 1º , o interessado deverá
apresentar o plano de investimento no prazo a ser estabelecido pelo poder
concedente. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 4º Previamente à autorização para realizar investimento em caráter de urgência, o
poder concedente deverá: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - avaliar se o pedido está enquadrado em uma das hipóteses previstas no § 1º ;
e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - aprovar, se for o caso, o plano de investimento apresentado pelo
interessado. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 5º O interessado poderá, a seu critério, requerer que o seu plano de investimento só
seja apreciado pelo poder concedente após a autorização de investimento em caráter de
urgência, hipótese em que fica dispensada a exigência do inciso II do § 4º . (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 6º Previamente à autorização para realizar investimento em caráter de urgência, o
interessado firmará termo de risco de investimentos, no qual assumirá: (Incluído pelo Decreto
nº 9.048, de 2017)
I - o risco de rejeição do seu plano de investimento pelo poder concedente por
incompatibilidade com a política pública, caso não tenha sido previamente
apreciado; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - o risco de ser determinada a revisão do seu plano de investimentos; (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
III - o risco de rejeição do seu estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental
pela Antaq; e (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - outros riscos discriminados no instrumento de termo de risco de
investimentos. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 7º Após a autorização para realizar investimento em caráter de urgência, se for o
caso, serão adotadas as demais medidas necessárias à preservação do equilíbrio
econômico-financeiro do contrato. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 8º O disposto nos § 1º ao § 7º somente se aplica à hipótese de que trata o inciso II
do caput. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)

§ 9º O arrendatário de instalação portuária e o concessionário de porto organizado


poderão realizar investimentos não previstos no contrato, dispensadas a aprovação do
poder concedente e a análise prévia da Antaq, desde que exclusivamente às suas
expensas e sem que haja recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do
contrato. (Incluído pelo Decreto nº 10.672, de 2021)

§ 10. Na hipótese prevista no § 9º, quando se tratar de investimento realizado por


arrendatário de instalação portuária, serão necessárias a autorização prévia da
administração do porto e a comunicação ao poder concedente e à Antaq. (Incluído pelo
Decreto nº 10.672, de 2021)

Art. 42-A. Nos casos de arrendamento portuário, o poder concedente poderá autorizar
investimentos, fora da área arrendada, na infraestrutura comum do porto organizado, desde
que haja anuência da administração do porto. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Parágrafo único. Os investimentos novos de que trata o caput ensejarão
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato do proponente. (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 42-B. A administração do porto organizado poderá negociar a antecipação de
receitas de tarifas junto aos usuários para fins de realização de investimentos imediatos na
infraestrutura custeada pela tarifa, respeitado o equilíbrio das contas da administração
portuária. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 1º A antecipação de receitas de que trata o caput somente será admitida
quando: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - houver sido comunicada à Antaq com antecedência mínima de trinta dias; (Incluído
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - a entidade encarregada da administração do porto for constituída sob a forma de
sociedade empresária e não estiver enquadrada como empresa estatal
dependente; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - as receitas e as despesas relativas à administração do porto estiverem
contabilizadas de forma segregada de qualquer outro empreendimento; e (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - não abranger receitas relativas a período superveniente ao encerramento da
delegação, quando for o caso. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º A Antaq poderá: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - no prazo de até vinte dias após a comunicação de que trata o § 1º , suspender a
realização da operação, caso considere necessários mais esclarecimentos pela
administração do porto ou se houver algum indício de que a operação deva ser
proibida; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - proibir a realização da operação, fundamentadamente, quando houver sido
tempestivamente determinada a sua suspensão e: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
a) não estiver presente algum dos requisitos indicados no caput ou no § 1º ;
ou (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
b) a medida for considerada incompatível com as políticas definidas para o setor
portuário pelo poder concedente. (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º O valor antecipado pelos usuários na forma do caput poderá ser pago, conforme
definido previamente pelas partes: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - à administração do porto; ou (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - diretamente à empresa encarregada pela execução das obras de infraestrutura, na
forma estabelecida no contrato, após a autorização da administração do porto específica
para cada pagamento. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 4º Na hipótese prevista neste artigo, a contratação será realizada pela administração
do porto. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aos titulares de instalações portuárias
arrendadas, autorizadas e aos demais usuários que recolham as tarifas para posterior
repasse à administração do porto. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 42-C. A administração do porto poderá negociar a antecipação de receitas a título
de valor de arrendamento para fins de realização de investimentos imediatos na
infraestrutura comum do porto, respeitado o equilíbrio das contas da administração
portuária. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 1º A antecipação de receitas de que trata o caput somente será admitida
quando: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - houver sido comunicada à Antaq com antecedência mínima de trinta dias; (Incluído
pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - a entidade encarregada da administração do porto for constituída sob a forma de
sociedade empresária e não estiver enquadrada como empresa estatal
dependente; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
III - as receitas e as despesas relativas à administração do porto estiverem
contabilizadas de forma segregada de qualquer outro empreendimento; e (Incluído pelo
Decreto nº 9.048, de 2017)
IV - não abranger receitas relativas a período superveniente ao encerramento da
delegação, quando for o caso. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 2º A Antaq poderá: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - no prazo de até vinte dias após a comunicação de que trata o § 1º , suspender a
realização da operação, caso considere necessários mais esclarecimentos pela
administração do porto ou se houver algum indício de que a operação deva ser
proibida; (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - proibir a realização da operação, fundamentadamente, quando houver sido
tempestivamente determinada a sua suspensão e: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
a) não estiver presente algum dos requisitos indicados no caput ou no § 1º ;
ou (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
b) a medida for considerada incompatível com as políticas definidas para o setor
portuário pelo poder concedente. (Incluída pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 3º O valor antecipado pelos arrendatários na forma do caput poderá ser pago,
conforme definido previamente pelas partes: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - à administração do porto; ou (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
II - diretamente à empresa encarregada pela execução das obras de infraestrutura, na
forma estabelecida no contrato, após a autorização da administração do porto específica
para cada pagamento. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
§ 4º Na hipótese prevista neste artigo, a contratação será realizada pela administração
do porto. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 43. Os requerimentos de autorização de instalação portuária apresentados à
Antaq até a data de publicação deste Decreto e que atendam ao disposto na Lei nº 12.815,
de 2013, poderão ensejar a abertura imediata de processo de anúncio público.
Parágrafo único. Na hipótese de os requerimentos de que trata o caput não
atenderem integralmente ao disposto no inciso I do caput do art. 27, os interessados
poderão apresentar à Antaq a documentação faltante durante o prazo de trinta dias, a que
se refere o inciso II do parágrafo único do art. 27.
Art. 44. A Antaq disciplinará, após consulta pública, as condições de acesso por
qualquer interessado, em caráter excepcional, às instalações portuárias arrendadas,
autorizadas ou exploradas pela concessionária, assegurada remuneração adequada a
seu titular.
Art. 44. A Antaq poderá disciplinar, após consulta pública, as condições de acesso por
qualquer interessado, em caráter excepcional, às instalações portuárias arrendadas,
autorizadas ou exploradas pela concessionária, assegurada a remuneração adequada a
seu titular. (Redação dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a operação portuária será realizada pelo titular
do contrato ou por terceiro por ele indicado. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 45. Ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, do Planejamento,
Orçamento e Gestão, da Previdência Social, do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome e Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República disporá sobre a
concessão do benefício assistencial de que trata o art. 10-A da Lei nº 9.719, de 27 de
novembro de 1998, e disciplinará:
Art. 45. Ato conjunto dos Ministros de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil,
da Fazenda, do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e do Desenvolvimento Social e
Agrário disporá sobre a concessão do benefício assistencial de que trata o art. 10-A da Lei
nº 9.719, de 27 de novembro de 1998 , e disciplinará: (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
I - o valor do benefício;
II - os critérios para a comprovação pelo trabalhador portuário avulso da insuficiência
de meios para prover a sua subsistência;
III - os procedimentos para o requerimento e a concessão do benefício; e
IV - as hipóteses de perda ou cassação do benefício.
Parágrafo único. Para fins de habilitação ao benefício será exigida, cumulativamente,
a comprovação de:
I - no mínimo quinze anos de registro ou cadastro como trabalhador portuário avulso;
II - comparecimento a, no mínimo, oitenta por cento das chamadas realizadas pelo
respectivo órgão de gestão de mão de obra; e
III - comparecimento a, no mínimo, oitenta por cento dos turnos de trabalho para os
quais tenha sido escalado no período.
Art. 46. Ato conjunto dos Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
e Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República estabelecerá os
procedimentos para cessão de áreas públicas da União, com vistas à implantação de
instalações portuárias.
Art. 46. Ato conjunto dos Ministros de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil
e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão estabelecerá os procedimentos para cessão
de áreas públicas da União, com vistas à implantação de instalações portuárias. (Redação
dada pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 47. Deverão ser publicados em até cento e oitenta dias, contados da data de
publicação deste Decreto, os atos a que se referem os seguintes dispositivos:
I - § 2º do art. 37;
II - § 2º do art. 38;
III - § 4º do art. 39;
IV - art. 44;
V - art. 45; e
VI - art. 46.
Art. 47-A. Caberá à Antaq a regulamentação de outras formas de ocupação e
exploração de áreas e instalações portuárias não previstas neste Decreto e na legislação
específica. (Incluído pelo Decreto nº 9.048, de 2017)
Art. 48. Ficam revogados:
I - o Decreto nº 4.391, de 26 de setembro de 2002 ; e
II - o Decreto nº 6.620, de 29 de outubro de 2008.
Art. 49. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 27 de junho de 2013; 192º da Independência e 125º da República.
RESOLUÇÃO ANTAQ Nº 75, DE 2 DE JUNHO 2022 (Alterada pela Resolução nº
99/2023, de 31 de maio de 2023 e pela Resolução nº 104/2023, de 23 de junho de 2023)
A DIRETORIA DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – ANTAQ,
no uso da competência que lhe é conferida pelo inciso VI do art. 19, do Regimento
Interno, com base no disposto no inciso IV do art. 27 da Lei nº 10.233, de 5 de junho de
2001, e no Decreto nº 10.139, de 28 de novembro de 2019, considerando o que consta no
processo nº 50300.000891/2013-11 e tendo em vista o deliberado em sua Reunião
Ordinária nº 522, realizada em 26 de maio de 2022, resolve:

Art. 1º Estabelecer obrigações para a prestação de serviço adequado, bem como definir
as respectivas infrações administrativas, para as administrações dos portos organizados,
os arrendatários de áreas e instalações portuárias, os operadores portuários e os
autorizatários de instalações portuárias, nos termos da Lei nº 10.233, de 5 de junho de
2001, e da Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013.

CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES DOS USUÁRIOS

Art. 2º São direitos básicos e deveres do usuário, sem prejuízo de outros estabelecidos
em legislação específica e contratualmente:

I – receber serviço adequado:

a) com observância dos padrões de regularidade, continuidade, eficiência, segurança,


atualidade, generalidade, cortesia, modicidade, respeito ao meio ambiente e outros
requisitos definidos pela ANTAQ;

b) com cumprimento das práticas recomendadas de proteção à vida e à saúde dos


usuários e à integridade da carga;

c) com o conhecimento prévio de todos os serviços prestados e suas características, da


composição dos correspondentes valores das tarifas e preços cobrados pelos serviços
individualmente considerados, e dos riscos envolvidos;

d) com horário definido e compatível com o bom atendimento;

e) com instalações limpas, sinalizadas, acessíveis e condizentes com o serviço; e

f) com urbanidade, respeito e ética.

II – obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de


serviços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente;

III – dispor de informação transparente, correta e precisa por meio de canais de


comunicação acessíveis, vedada a publicidade enganosa e abusiva;

IV – dispor de tratamento isonômico, vedado qualquer tipo de discriminação;

V – levar ao conhecimento da ANTAQ e da administração do porto as irregularidades de


que tenha conhecimento, referentes ao serviço prestado;

VI – comunicar à ANTAQ as infrações à lei e à regulamentação cometidas pela


administração do porto, arrendatários, autorizatários e operadores portuários na prestação
do serviço; e

VII – contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos
quais lhes são prestados os serviços.

Art. 3º A autoridade portuária, o arrendatário e o autorizatário devem manter placa


indicativa dos meios de comunicação dos usuários com a ANTAQ, confeccionada de
acordo com os padrões e cores estabelecidos no Anexo I desta Resolução.
Parágrafo único. A placa deverá ser afixada no portão principal de acesso à sede da
Administração Portuária, no portão principal de acesso ao porto e no portão principal de
acesso ao terminal portuário autorizado ou arrendado.

CAPÍTULO I-A (Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)


DAS DEFINIÇÕES

Art. 3º-A São estabelecidas as seguintes definições, para os efeitos desta Resolução:
(Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

I – autoridade controladora: responsável perante a ANTAQ pela habilitação, quando


couber, pelo controle e fiscalização da prestação do serviço de coleta de resíduos de
embarcações; pela gestão das informações sobre esse serviço; e pela aplicação da
legislação pertinente; (Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

II – Certificado de Retirada de Resíduos de Embarcação (CRRE): documento padrão que


contém todas as informações relacionadas com a retirada de resíduos de embarcação, a
partir da coleta a bordo até a entrega dos resíduos no destino final; (Incluído
pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

III – chamada pública: divulgação, por meio do sítio eletrônico da autoridade controladora,
dos requisitos e prazos para habilitação dos interessados em atuar naquela instalação
portuária como prestador de serviço de retirada de resíduos de embarcações; (Incluído
pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

IV – empresa coletora de resíduos: pessoa jurídica, de direito público ou privado,


autorizada perante os órgãos competentes, e habilitada pela autoridade controladora,
quando couber, para a prestação de serviços de retirada de resíduos de embarcações em
instalação portuária; (Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

V – Global Integrated Shipping Information System ou Sistema Global Integrado de


Informações sobre Marinha Mercante (GISIS): sistema de informação de uso público
gratuito, desenvolvido pela International Maritime Organization ou Organização Marítima
Internacional (IMO); e (Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

VI – Port Reception Facility Database ou Banco de Dados sobre Instalações Portuárias de


Recepção (PRFD-GISIS): módulo do GISIS com dados sobre as instalações portuárias de
recepção de todas as categorias de resíduos gerados em embarcações, cujos dados
somente podem ser atualizados pelos respectivos Estados-Membros (Incluído
pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

CAPÍTULO II

DO SERVIÇO PORTUÁRIO

Art. 4º A autoridade portuária, o arrendatário, o autorizatário e o operador portuário devem


observar permanentemente, sem prejuízo de outras obrigações constantes da
regulamentação aplicável e dos respectivos contratos, as seguintes condições mínimas:

I – regularidade, mantendo a oferta de janelas de atracação, as condições operacionais e


utilidades portuárias compatíveis com as necessidades das embarcações-tipo
contratualmente estabelecidas;
II – continuidade, não interrompendo injustificadamente as atividades portuárias por
período superior a seis meses contínuos ou doze meses intercaladamente no período de
dois anos;

III – eficiência, por meio de:


a) cumprimento dos parâmetros de desempenho estabelecidos contratualmente;

b) adoção de procedimentos operacionais que evitem perda, dano ou extravio de cargas e


bagagens e minimizem custos a serem suportados pelos usuários;

c) melhoria contínua da qualidade, produtividade e dos índices de movimentação de carga


pela busca da expansão, atualidade, modernização e otimização da infraestrutura e da
superestrutura do porto organizado e das instalações portuárias, dentro de padrões
estabelecidos pela ANTAQ;

d) manutenção de pessoal técnico e administrativo em quantitativo suficiente;

e) execução diligente de suas atividades, de modo a não interferir nos serviços prestados
pelos demais agentes atuantes no porto organizado, quando for o caso; e

f) outros critérios estabelecidos pela ANTAQ.

IV – segurança, por meio de:


a) segregação nos armazéns e pátios, de cargas perigosas ou especiais, com marcação
dos volumes avariados, com diferença de peso, com indício de violação e em trânsito
aduaneiro, e, também, indicação das características de cada volume e a natureza da
avaria ou da especificidade verificada, em conformidade com as normas de segurança,
aduaneiras, ambientais e regulatórias aplicáveis;
b) demarcação da área de operações com sinalização horizontal e vertical adequada e
demarcação como “ÁREA DE SEGURANÇA”, conforme plano de segurança apresentado
à ANTAQ;

c) cumprimento do Plano de Emergência Individual (PEI) para controle e combate à


poluição por manuseio de cargas de óleo, implantado e aprovado pelo órgão ambiental
competente;

d) cumprimento das determinações da Comissão Nacional de Segurança Pública nos


Portos, Terminais e Vias Navegáveis (CONPORTOS), quanto à implantação, à
manutenção e à execução dos Planos de Segurança;

e) controle de acesso e sistema de segurança nas áreas interna e externa conforme


requisitos mínimos exigidos pela Polícia Federal ou Receita Federal do Brasil, ou pelo
Código Internacional para a Proteção de Navios e Instalações Portuárias (Código ISPS),
quando cabível;

f) armazenamento ou movimentação de petróleo e seus derivados, gás natural e


biocombustíveis, de acordo com normativo editado pela Agência Nacional de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);

g) prevenção de incêndios, acidentes ou desastres nos portos organizados e instalações


portuárias; e
h) outras determinações, normas e regulamentos relativos à segurança portuária a serem
editados pela ANTAQ e demais órgãos.

V – atualidade, através da:


a) promoção de treinamento de funcionários;

b) modernização das técnicas, dos equipamentos e das instalações dentro de padrões


estabelecidos pela ANTAQ;

c) manutenção em bom estado de conservação e funcionamento dos equipamentos e


instalações portuárias e promoção de sua substituição ou reforma ou de execução das
obras de construção, manutenção, reforma, ampliação e melhoramento; e

d) atendimento a plano de manutenção de equipamentos terrestres de movimentação de


carga, com periodicidade mínima anual, elaborado por pessoa física ou jurídica
devidamente registrada no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), com
o registro dos laudos junto à autoridade portuária ou ao autorizatário.

VI – generalidade, assegurando a oferta de serviços, de forma indiscriminada e isonômica


a todos os usuários;

VII – modicidade, adotando tarifas ou preços em bases justas, transparentes e não


discriminatórias aos usuários e que reflitam a complexidade e os custos das atividades,
observando as tarifas ou preços-teto, desde que estabelecidos pela ANTAQ;

VIII – higiene e limpeza, por meio de remoção, armazenagem e destinação adequada dos
resíduos e demais materiais inservíveis, assim como controle de pragas e instalação de
mecanismos de vedação à entrada de insetos e animais nocivos nos recintos de
armazenagem ou destinados à movimentação de passageiros;

IX – livre acesso das empresas prestadoras de serviços à área portuária, sujeito a prévio
agendamento, desde que devidamente credenciadas junto à autoridade portuária, quando
couber;

X – abstenção de práticas lesivas à livre concorrência, tais como, entre outras:


a) opor obstáculo ao exercício dos direitos ou à execução dos serviços;

b) formar cartel;

c) concentrar ou dominar mercados;

d) opor obstáculo ou resistência à entrada de novas empresa no mercado;

e) impedir ou prejudicar o acesso de concorrente às fontes de insumo, matérias-primas,


equipamentos ou tecnologia, bem como aos canais de distribuição; e

f) prestar serviços injustificadamente abaixo do preço de custo.

CAPÍTULO III

DA AUTORIDADE PORTUÁRIA
Art. 5º A exploração do porto organizado terá como objetivo permanente o
desenvolvimento econômico e a eficiência na execução dos serviços portuários,
observadas a legislação e regulamentação pertinentes.

Art. 6º A autoridade portuária deve orientar sua atuação para a racionalização e


otimização do porto organizado, garantindo a livre concorrência e tratamento isonômico
aos usuários, aos arrendatários, aos autorizatários e aos operadores portuários, dentro de
seus respectivos segmentos.

Art. 7º Cabe à autoridade portuária assegurar ao comércio e à navegação a fruição das


vantagens decorrentes do melhoramento e aparelhamento do porto.

Art. 8º Compete à autoridade portuária estabelecer, no âmbito do regulamento do porto, o


horário de seu funcionamento e, sem prejuízo do atendimento às diretrizes estabelecidas
pelo poder concedente, os critérios e procedimentos de:

I – habilitação ao tráfego e às operações;

II – movimentação e armazenagem de carga, conforme suas especificidades e


periculosidade;

III – ordem e prioridades de atracação e de uso das instalações portuárias;

IV – uso de armazéns, pátios, galpões e silos;

V – jornada de trabalho no cais público; e

VI – cessão de equipamentos de sua propriedade.

Art. 9º A autoridade portuária poderá exigir, para as operações portuárias que impliquem
obrigações pecuniárias, caução em moeda corrente, fiança bancária ou seguro-garantia
contratado com instituição financeira.

Art. 10. A autoridade portuária poderá alterar a programação do fluxo de embarcações, de


forma a melhor atender a condição ou circunstância operacional superveniente, devendo,
nessas situações, comunicar a modificação aos envolvidos.

Art. 11. A autoridade portuária deverá publicar tabelas de tarifas portuárias em seu sítio
eletrônico no prazo de dez dias a contar de sua aprovação pela ANTAQ com a descrição
detalhada de cada serviço portuário, da infraestrutura e dos equipamentos colocados à
disposição e destinados às operações portuárias.

CAPÍTULO IV

DO ARRENDATÁRIO

Art. 12. A ANTAQ exercerá a fiscalização sobre o arrendatário com o objetivo de avaliar o
seu desempenho operacional, bem como supervisionar, inspecionar e auditar os contratos
de arrendamento, visando ao seu cumprimento.

Art. 13. Além do disposto no art. 4º, o arrendatário explorará a área e/ou instalação
portuária em consonância com os termos e destinação estabelecidos no respectivo
contrato e com observância do dever de manutenção e conservação dos bens vinculados
e seu registro atualizado em inventário.

Art. 14. Caberá ao arrendatário apresentar a previsão de atracação à autoridade


portuária, com antecedência mínima de vinte e quatro horas.

Art. 15. O arrendatário se responsabiliza por toda e qualquer pessoa, máquina ou veículo
que adentrar na área portuária a seu serviço.

CAPÍTULO V

DO OPERADOR PORTUÁRIO

Art. 16. Nos portos organizados, a operação portuária será realizada exclusivamente por
operador portuário pré-qualificado pela autoridade portuária, arrendatário ou não,
ressalvadas as hipóteses do art. 28 da Lei nº 12.815, de 2013.

Art. 17. Sem prejuízo da fiscalização permanente da ANTAQ, a fiscalização direta da


operação portuária é de responsabilidade da autoridade portuária, a qual reportará
eventuais infrações administrativas à ANTAQ no prazo de setenta e duas horas da
conclusão do procedimento de fiscalização.

Art. 18. O operador portuário somente poderá exercer suas atividades após pré-
qualificação realizada pela autoridade portuária, observadas as normas, os critérios e os
procedimentos estabelecidos pelo poder concedente.

Art. 19. Após trinta dias da ciência da decisão administrativa definitiva da autoridade
portuária, o operador portuário inadimplente quanto ao pagamento de tarifas portuárias
ficará impedido de utilizar os equipamentos e infraestrutura do porto, observado o
disposto em Resolução da ANTAQ quanto à cobrança e parcelamento de tarifas.

Art. 20. Compete ao operador portuário dirigir e coordenar as operações portuárias sob
sua responsabilidade, sem prejuízo da supervisão e acompanhamento da autoridade
portuária.

Art. 21. Os serviços portuários serão livremente contratados entre o operador portuário e
o tomador de serviço.

Art. 22. Quando houver execução da movimentação ou armazenagem de carga,


compartilhada por dois ou mais operadores dentro do porto ou de uma mesma instalação
portuária, esses serão solidariamente responsáveis perante o usuário, a administração do
porto e a ANTAQ.

Parágrafo único. Ainda que executado por terceiros, o serviço permanecerá sob
responsabilidade do operador portuário a que estiver afeta a atividade portuária.

Art. 23. O operador portuário deverá recusar o recebimento de mercadorias destinadas a


embarque ou provenientes de desembarque, quando se apresentarem em condições
inadequadas ao transporte, à armazenagem, à manipulação e entrega à embarcação,
devendo comunicar o ocorrido à autoridade portuária.
Art. 24. O operador portuário se responsabiliza por qualquer pessoa, máquina,
equipamento ou veículo que adentrar na área portuária a seu serviço.

CAPÍTULO VI

DOS AUTORIZATÁRIOS

Art. 25. Além do disposto nos arts. 2º e 3º, o autorizatário explorará a área ou instalação
portuária em consonância com os termos e destinação estabelecidos no respectivo
contrato de adesão.

Art. 26. O autorizatário deverá editar regulamento próprio, disciplinando a movimentação


e armazenagem de cargas, conforme suas especificidades e periculosidade.

CAPÍTULO VII

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES ADMINISTRATIVAS

Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 27. As infrações estão sujeitas às seguintes penalidades, aplicáveis, separada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta e observadas as demais
disposições da norma disciplinadora do procedimento sancionador:

I – advertência;
II – multa;
III – proibição de ingresso na área do porto organizado por período de trinta a cento e
oitenta dias;
IV – suspensão da atividade de operador portuário, pelo período de trinta a cento e oitenta
dias;
V – cancelamento do credenciamento do operador portuário;
VI – suspensão;
VII – cassação; e
VIII – declaração de inidoneidade.

Art. 28. A penalidade de advertência poderá ser aplicada em substituição à penalidade


pecuniária, apenas para as infrações de natureza leve e média, quando não se julgar
recomendável a cominação de multa e desde que não seja verificado prejuízo à prestação
do serviço, aos usuários, ao mercado, ao meio ambiente ou ao patrimônio público.

Art. 29. A aplicação da penalidade de cassação de concessão de porto organizado,


arrendamento ou autorização de instalação portuária caberá ao poder concedente,
mediante proposta da ANTAQ.

Art. 30. A declaração de inidoneidade será aplicada a quem tenha praticado atos ilícitos
visando frustrar os objetivos de licitação ou a execução de contrato.

Art. 31. As penalidades de suspensão, cassação e declaração de inidoneidade devem ser


aplicadas em caráter excepcional, quando os antecedentes do infrator, a natureza ou a
gravidade da infração indicarem a ineficácia de outras penalidades para a correção das
irregularidades, observado o disposto nos arts. 78-G, 78-H e 78-I da Lei nº 10.233, de
2001.

Art. 32. São autoridades julgadoras:


I – o Chefe da Unidade Regional (URE), nas infrações de natureza leve ocorridas em área
sob sua jurisdição direta;

II – o Gerente de Fiscalização de Portos e Instalações Portuárias, nas infrações de


natureza leve ocorridas em local sem jurisdição de URE e nas infrações de natureza
média;

III – o Superintendente de Fiscalização e Coordenação das URE, nas infrações de


natureza grave;

IV – a Diretoria Colegiada, nas infrações de natureza gravíssima e/ou em que o Parecer


Técnico Instrutório recomende a cominação de penalidades previstas no art. 27, incisos III
a VIII.

Seção II

Das Infrações Comuns Aos Agentes


Art. 33. Constituem infrações administrativas a que se sujeitam a autoridade portuária, o
arrendatário, o autorizatário e o operador portuário, observadas as responsabilidades
legal, regulamentar e contratualmente atribuídas a cada um desses agentes:

I – receber, fazer adentrar na área do porto ou encaminhar a pátio regulador cadastrado,


quando houver, veículo de carga sem o devido agendamento ou fora do período
previamente agendado, ou ainda, receber ou fazer adentrar na área do porto veículo de
carga sem passar pelo pátio regulador, ainda que agendado, conforme regulamento do
porto organizado ou da instalação portuária: multa de até R$ 2.000,00 (dois mil reais) por
veículo em situação irregular;

II – não manter, em local visível e em bom estado de conservação, placa indicativa dos
meios de comunicação dos usuários com a ANTAQ, após o prazo de quinze dias contado
da data da notificação: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

III – não receber ou não adotar as providências para solucionar as reclamações ou


demandas dos usuários: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

IV – não disponibilizar serviço de atendimento aos usuários: multa de até R$ 10.000,00


(dez mil reais);

V – deixar de comprovar junto à ANTAQ a regularidade perante a Fazenda Federal, a


Fazenda Estadual, a Fazenda Municipal da sede da pessoa jurídica, do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e a
ausência de registro de processos de falência ou recuperação judicial ou extrajudicial,
após o prazo de quinze dias contado da data da notificação: multa de até R$10.000,00
(dez mil reais);

VI – não informar à ANTAQ, no prazo de trinta dias da ocorrência, alterações de


denominação social, de endereço ou de representante legal: multa de até R$ 10.000,00
(dez mil reais);
VII – deixar de prestar à ANTAQ, por meio de sistema informatizado relativo ao
acompanhamento de preços portuários, informações relativas à movimentação de carga e
às receitas provenientes dos serviços portuários, de acordo com norma específica: multa
de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

VIII – não comunicar aos passageiros atraso, cancelamento e alteração na programação:


multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

IX – deixar de encaminhar à ANTAQ relatório informando os estágios de construção,


reforma, ampliação ou modernização do porto organizado ou da instalação portuária, com
abordagem dos eventuais impactos ambientais e com informações sobre a infraestrutura
e a superestrutura disponibilizadas, até o décimo quinto dia do mês subsequente ao
semestre de referência: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

X – não manter a seguinte estrutura básica para serviço de passageiros no porto


organizado ou na instalação portuária arrendada ou autorizada:

a) acessibilidade ou atendimento diferenciado e prioritário às pessoas com deficiência,


aos idosos, às gestantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo,
nos termos da Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, da Lei nº 11.126, de 27 de junho
de 2005, que dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual de ingressar e
permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhada de cão-guia, e do Decreto nº
5.296, de 2 de dezembro de 2004: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

b) segregação das áreas de embarque e desembarque de passageiros daquelas


destinadas à movimentação e armazenagem de carga, uso compartilhado com separação
física entre ambas, ou estabelecimento de procedimento específico para operação não
simultânea: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

c) plataforma para embarque e desembarque de passageiros, com piso plano e


antiderrapante e de acordo com a norma ABNT NBR 15450: multa de até R$ 20.000,00
(vinte mil reais);

d) instalações para atendimento aos passageiros e venda de passagens: multa de até


R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

e) instalações para espera, abrigadas e providas de assentos em número compatível com


o fluxo de passageiros: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

f) instalações para recepção e restituição de bagagem, dimensionadas e equipadas com


observância dos aspectos ergonômicos para livre movimentação de passageiros com
volumes, dotadas de sistema de informações confiável e controle de bagagem: multa de
até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

g) instalações para a administração do terminal, agentes de autoridade pública,


fornecedores e prestadores de serviços e, nas instalações portuárias de turismo, para
receptivo: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

h) instalações sanitárias para uso geral dimensionadas ao fluxo de passageiros: multa de


até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);
i) serviços e instalações de apoio, tais como telefones públicos, acesso à internet,
informações turísticas e pré-atendimento em emergências médicas: multa de até
R$ 20.000,00 (vinte mil reais); e

j) áreas para estacionamento de veículos de receptivo de turismo e, no caso de instalação


portuária de turismo plena ou de trânsito, dos prestadores de serviço às embarcações de
turismo: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

XI – não assegurar condições mínimas de higiene e limpeza nas áreas e instalações:


multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

XII – não informar à ANTAQ, no prazo de vinte e quatro horas da ocorrência, a interrupção
da atividade portuária por mais de vinte e quatro horas ou seu reinício: multa de até
20.000,00 (vinte mil reais);

XIII – não manter atualizado controle de omissões de embarcações no porto organizado


ou nas instalações portuárias arrendadas ou autorizadas, com a indicação dos
respectivos armadores, datas, horários e justificativa apresentada: multa de até
R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

XIV – não pagar a tarifa portuária devida pela utilização da infraestrutura portuária e pelo
recebimento de serviços de natureza operacional e de uso comum providos pela
autoridade portuária: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XV – não prestar, nos prazos fixados, ou ainda, omitir, retardar ou recusar o fornecimento
de informações ou documentos solicitados pela ANTAQ: multa de até R$ 100.000,00 (cem
mil reais);
XVI – não obter ou não manter atualizadas licenças ambientais pertinentes: multa de até
R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XVII – não contratar ou deixar de renovar seguro de responsabilidade civil e de acidentes


pessoais para cobertura para os usuários e terceiros e outros exigidos em convênio de
delegação, ou nos respectivos instrumentos contratuais: multa de até R$ 100.000,00 (cem
mil reais);

XVII – não contratar ou deixar de renovar: (Redação dada pela Resolução nº 104/2023,
de 23.06.2023)
a) seguro de responsabilidade civil, conforme cobertura exigida nos respectivos
instrumentos contratuais ou convênio de delegação, ou, na sua ausência, contemplando a
cobertura básica quanto a danos morais, materiais ou corporais causados a terceiros,
honorários advocatícios e custas judiciais: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais); e
(Incluído pela Resolução nº 104/2023, de 23.06.2023)

b) outros seguros exigidos em convênio de delegação ou nos respectivos instrumentos


contratuais: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais). (Incluído pela Resolução nº
104/2023, de 23.06.2023)

XVIII – deixar de prestar o apoio necessário às equipes de fiscalização da ANTAQ ou, no


caso de arrendatários e operadores portuários, à autoridade portuária, garantindo-lhes
livre acesso, em qualquer época, às obras, aos equipamentos, às instalações, bem assim
o exame de todos os documentos e sistemas inerentes à gestão portuária e ao
desempenho operacional, comercial, econômico-financeiro e administrativo: multa de até
R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XIX – executar obras em desacordo com os projetos autorizados pela ANTAQ e/ou poder
concedente: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XX – deixar de obter ou de manter atualizados licenças e alvarás expedidos pelas


autoridades competentes que atestem a segurança contra incêndio e acidentes nos
equipamentos e instalações portuárias: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XXI – negligenciar a segurança portuária, conforme critérios expressos no art. 4º, inciso

IV: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XXII – não assegurar a oferta de serviços, de forma indiscriminada e isonômica a todos os


usuários: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XXIII – contratar, permitir ou tolerar a prestação de serviços por empresa de navegação


não autorizada pela ANTAQ: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XXIV – adotar tarifas ou preços abusivos, em bases não transparentes ou


discriminatórias, ou não refletindo a complexidade e custos das atividades: multa de até
R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXV – deixar de suspender operações portuárias que prejudiquem o funcionamento do


porto ou da instalação portuária; ou deixar de atender, no prazo fixado, a intimação da
ANTAQ para suspender ou regularizar a execução de obra ou operação portuária: multa
de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXVI – adotar práticas de propaganda enganosa ou abusiva, ou que possam acarretar a


cobrança indevida de valores ao usuário: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXVII – negligenciar a organização e controle de acesso dos navios ao porto: multa de


até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXVIII – cobrar, exigir ou receber valores dos usuários que não estejam devidamente
estabelecidos em tabela, ou ainda, que não representem contraprestação do serviço
contratado: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXIX – não assegurar a eficiência na execução do serviço portuário, conforme critérios


expressos no art. 4º, inciso III: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXX – não assegurar a regularidade na execução do serviço portuário, conforme critérios


expressos no art. 4º, inciso I: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXXI – deixar de assegurar a atualidade na execução do serviço portuário, conforme


critérios expressos no art. 4º, inciso V: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXXII – prestar informação falsa ou falsear dado enviado à ANTAQ: multa de até
R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

XXXIII – dar causa, por qualquer meio, a dano ambiental nas áreas e instalações
portuárias ou áreas adjacentes, ou ainda, não adotar as providências necessárias à sua
prevenção, mitigação ou cessação: multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

XXXIV – utilizar ou, no caso de autoridade portuária, permitir que sejam utilizados
terrenos, áreas, equipamentos e instalações portuárias com desvio de finalidade: multa de
até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

XXXV – não assegurar a continuidade do serviço portuário, conforme critérios expressos


no art. 4º, inciso II: multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

XXXVI – dar causa, por qualquer meio, a incêndio ou desastre nas instalações portuárias
ou áreas adjacentes: multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

XXXVII – não cumprir ou não fazer cumprir, exceto quando a conduta infracional se
enquadrar em tipo específico nesta Resolução:

a) as leis e as determinações da ANTAQ, do poder concedente ou da autoridade


portuária, quando for o caso: multa de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);

b) os contratos de concessão, de arrendamento, de adesão, ou os convênios de


delegação: multa de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);

c) os regulamentos e normas da ANTAQ: multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil


reais);

d) as normas de segurança expressas pelo ISPS-CODE ou determinações da


CONPORTOS: multa de até R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); e

e) o regulamento do porto organizado: multa de até R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).

XXXVIII – subempreitar, transferir ou delegar qualquer operação portuária sob sua


responsabilidade a operador portuário não pré-qualificado: multa de até 1.000.000,00 (um
milhão de reais);

XXXIX – deixar de encaminhar, através de sistema eletrônico, disponível na página


eletrônica da ANTAQ, até o vigésimo dia do mês subsequente, informações relativas a:

a) natureza, tipo, quantidade e peso, na unidade de medida estabelecida pela ANTAQ, do


total de cargas movimentadas: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

b) quantidade de movimentação de passageiros: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil


reais); e

c) dados temporais de embarcações desatracadas no mês de referência, considerando as


datas e horas registradas no momento do fundeio até a respectiva desatracação: multa
de até R$ 10.000,00 (dez mil reais).

XL – não informar à ANTAQ a inclusão de novos serviços ou o reajuste de preços ou


tarifas de serviços, com até trinta dias de antecedência: multa de até R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais);

XLI – cobrar, exigir ou receber valores dos usuários que não deram causa à
armazenagem adicional e a outros serviços prestados às cargas não embarcadas em
navio e/ou prazo previamente programados na exportação: multa de até R$ 250.000,00
(duzentos e cinquenta mil reais); e

XLII – estacionar, transitar ou manter máquina, veículo ou equipamento, a seu serviço ou


sob sua responsabilidade, nas vias de circulação do porto, de forma prejudicial ao tráfego
de veículos, às cargas, às pessoas e às operações portuárias: multa de até R$ 20.000,00
(vinte mil reais) por máquina ou veículo em situação irregular.

§ 1º As penalidades estabelecidas no art. 27 poderão ser aplicadas, isolada ou


cumulativamente, às infrações dispostas neste artigo, conforme sua gravidade e
circunstâncias.

§ 2º As infrações administrativas dispostas nos incisos I, XIV e XLII do caput não se


aplicam à autoridade portuária.

§ 3º As infrações administrativas dispostas nos incisos V, IX, X, XVII e XXXIX do caput


não se aplicam ao operador portuário sem arrendamento ou contratado pelo arrendatário
ou autorizatário.

§ 4º A infração administrativa disposta no inciso XXXVIII do caput não se aplica ao


autorizatário, titular de instalação portuária privada localizada fora da área do porto
organizado.

§ 5º As infrações administrativas dispostas nos incisos V e IX do caput não se aplicam ao


autorizatário.

Seção III

Das Infrações da Autoridade Portuária


Art. 34. Constituem infrações administrativas da autoridade portuária, sujeitando-a à
cominação das respectivas penalidades:

I – deixar de divulgar mensalmente, em sua página na internet, os dados relativos ao


volume de movimentação de cargas e passageiros, por terminal e segmento, bem como
as linhas regulares de navegação que frequentaram os terminais arrendados no âmbito
do porto organizado e a relação atualizada dos operadores portuários pré-qualificados:
multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

II – deixar de comunicar antecipadamente aos participantes das reuniões de programação


as alterações de programação de manobras, nos termos do art. 10: multa de até
R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

III – deixar de decidir sobre conflitos que envolvam agentes que atuam no porto
organizado, ressalvadas as competências das demais autoridades públicas: multa de até
R$ 10.000,00 (dez mil reais);

IV – deixar de encaminhar, através de sistema eletrônico, disponível na página eletrônica


da ANTAQ, até o vigésimo dia do mês subsequente, informações relativas às receitas
tarifárias faturadas no mês de referência, por atracação: multa de até R$ 10.000,00 (dez
mil reais).
V – deixar de encaminhar à ANTAQ:
a) contratos e respectivos aditamentos dos contratos de uso temporário, de cessão de
uso onerosa e não onerosa, de autorização de uso e de passagem, no prazo de trinta dias
após a sua celebração: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais) por documento;

b) relatório de acompanhamento das operações realizadas no porto organizado, contendo


o resumo dos procedimentos de fiscalização adotados e reportando as principais
ocorrências, quando solicitado: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

c) inventário atualizado da autoridade portuária sobre bens da União sob sua gestão, com
discriminação dos bens próprios e bens reversíveis, até 30 de abril do ano subsequente,
conforme critérios e conteúdos mínimos estabelecidos na norma de controle patrimonial
dos portos organizados: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

d) demonstrações financeiras do último exercício social, acompanhadas do relatório dos


auditores independentes, conforme prazos e critérios dispostos no respectivo Manual de
Contas das Autoridades Portuárias, acompanhado de Relatório de Administração e
Gestão: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

e) cadastro de equipamentos e relação de infraestruturas portuárias disponíveis no porto


organizado, atualizado, até 30 de abril do ano subsequente, ou mesmo quando solicitado
pela ANTAQ: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais); e

f) informações sobre receitas não tarifárias, até 30 de abril do ano subsequente: multa de
até R$ 10.000,00 (dez mil reais).

VI – deixar de realizar o adequado controle de acesso e circulação de pessoas,


mercadorias, veículos e unidades de cargas: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

VII – negar ou obstar injustificadamente o acesso das empresas prestadoras de serviço


ao porto organizado: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

VIII – permitir ou tolerar que máquinas ou veículos estacionem ou transitem pelas vias de
circulação do porto de forma prejudicial ao tráfego de cargas e às operações portuárias:
multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por máquina ou veículo em situação irregular;

IX – deixar de prestar apoio técnico e administrativo ao conselho de autoridade portuária


(CAP) e ao órgão de gestão de mão de obra (OGMO): multa de até R$20.000,00 (vinte
mil reais);

X – deixar de submeter o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto (PDZ) à


aprovação do poder concedente ou deixar de cumprir ou de fazer cumprir o PDZ
aprovado pelo poder concedente: multa de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);

XI – deixar de autorizar, previamente ouvidas as demais autoridades no porto, a entrada e


a saída, inclusive a atracação e a desatracação, o fundeio e o tráfego de embarcação na
área do porto e a movimentação de carga de embarcação: multa de até R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais);

XII – deixar de organizar a guarda portuária, em conformidade com a regulamentação


expedida pelo poder concedente: multa de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
XIII – deixar de realizar, dentro dos limites da área do porto organizado, sob coordenação
da autoridade aduaneira:
a) a delimitação da área de alfandegamento: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais); e
b) a organização e sinalização dos fluxos de mercadorias, veículos, unidades de cargas e
de pessoas, nas áreas sob alfandegamento: multa de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais).

XIV – deixar de promover a remoção de embarcações ou cascos de embarcações que


possam prejudicar o acesso ao porto: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XV – deixar de fiscalizar as obras de construção, reforma, ampliação, melhoramento e


conservação das instalações portuárias: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XVI – deixar de pré-qualificar os operadores portuários, de acordo com as normas


estabelecidas pelo poder concedente, ou permitir que realizem operações portuárias sem
estarem pré-qualificados: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XVII – deixar de fiscalizar os operadores portuários quanto à manutenção das condições


de pré-qualificação: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XVIII – deixar de submeter à prévia análise da ANTAQ e aprovação do poder concedente


a realização de projetos e investimentos não previstos nos contratos de concessão ou no
convênio de delegação: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XIX – deixar de aplicar os recursos financeiros, inclusive os provenientes de alienação e


baixa de bens, conforme sua destinação e prazos estabelecidos no contrato de
concessão ou convênio de delegação: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XX – deixar de arrecadar os valores das tarifas portuárias relativas às suas atividades ou


pelos serviços e utilização das infraestruturas portuárias ou aquaviárias: multa de até
R$ 100.000,00 (cem mil reais);

XXI – deixar de arrecadar os valores devidos a título de arrendamento: multa de até R$


100.000,00 (cem mil reais);

XXII – deixar de submeter à prévia aprovação do poder concedente proposta de


exploração indireta de área não afeta à operação portuária, nos casos em que assim
dispuser o regulamento do poder concedente: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil
reais);

XXIII – deixar de realizar, dentro dos limites da área do porto organizado, sob
coordenação da autoridade marítima:
a) delimitação das áreas de fundeadouro, de fundeio para carga e descarga, de inspeção
sanitária e de polícia marítima: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

b) delimitação das áreas destinadas a navios de guerra e submarinos, plataformas e


demais embarcações especiais, navios em reparo ou aguardando atracação, e navios
com cargas inflamáveis ou explosivas: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

c) estabelecimento, manutenção ou operação de sinalização e o balizamento do canal de


acesso e da bacia de evolução do porto: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);
d) estabelecimento e divulgação do calado máximo de operação das embarcações, em
função dos levantamentos batimétricos efetuados sob sua responsabilidade: multa de até
R$ 200.000,00 (duzentos mil reais); e

e) estabelecimento e divulgação do porte bruto máximo e dimensões máximas das


embarcações, em função das limitações e características físicas do cais do porto: multa
de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).

XXIV – deixar de manter a profundidade de projeto do canal de acesso, dos berços e da


bacia de evolução, quando for o caso: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXV – deixar de submeter à prévia análise e aprovação da ANTAQ a transferência de


controle societário de sociedade titular de contrato de concessão de porto organizado:
multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);
XXVI – deixar de submeter à prévia análise da ANTAQ e aprovação do poder concedente
a transferência de titularidade de contrato de concessão de porto organizado: multa de até
R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXVII – deixar de estabelecer, de atualizar ou de fazer cumprir o regulamento de


exploração do porto, conforme diretrizes do poder concedente, ou de dispor sobre as
matérias de que trata o art. 8º: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXVIII – deixar de reportar infrações à ANTAQ no prazo de setenta e duas horas da


conclusão do procedimento de fiscalização: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil
reais);

XXIX – deixar de submeter a revisão ou reajuste das tarifas portuárias à prévia aprovação
da ANTAQ, quando exigido e observado o disposto em norma da ANTAQ: multa de até
R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXX – deixar de fiscalizar a operação portuária quanto à prestação de serviço adequado:


multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XXXI – permitir que se explore ou se ocupe área ou instalação portuária, sem prévio
procedimento licitatório ou sem instrumento contratual válido, ou ainda, sem assinatura ou
vencido o referido instrumento, ressalvadas as exceções legais: multa de até
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);

XXXII – antecipar receitas tarifárias ou de valor de arrendamento sem a comunicação


prévia à ANTAQ, no prazo mínimo de trinta dias da efetivação da operação, na forma da
regulamentação específica da Agência: multa de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de
reais);

XXXIII – deixar de encaminhar à ANTAQ documento comprobatório da transferência de


controle societário de sociedade titular de contrato de concessão de porto organizado no
prazo de trinta dias do ato que a formalizou: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais); e

XXXIV – deixar de encaminhar à ANTAQ, no prazo de trinta dias do ocorrido, documento


comprobatório de restrição imposta por parte de outra autoridade pública que tem a
possibilidade de impedir o cumprimento da autorização da transferência de controle
societário de sociedade titular de contrato de concessão de porto organizado no prazo de
cento e vinte dias após a publicação da Resolução no DOU: multa de até R$ 20.000,00
(vinte mil reais).
Parágrafo único. As penalidades estabelecidas no art. 27 poderão ser aplicadas, isolada
ou cumulativamente, às infrações dispostas neste artigo, conforme sua gravidade e
circunstâncias.

Seção IV

Das Infrações do Arrendatário


Art. 35. Constituem infrações administrativas dos arrendatários de áreas e instalações
portuárias localizadas no porto organizado, sujeitando-os à cominação das respectivas
penalidades:

I – não divulgar em seu sítio eletrônico a tabela com os valores máximos de referência de
preços e tarifas de serviço, bem como a descrição detalhada dos serviços passíveis de
serem cobrados dos usuários, dentro do prazo estabelecido no contrato de arrendamento,
ou, na omissão deste, em até trinta dias a partir da assinatura do contrato de
arrendamento: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

II – não informar à ANTAQ a revisão contratual de preços da tabela, com até trinta dias de
antecedência: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

III- não encaminhar à ANTAQ:


a) lista atualizada sobre bens vinculados ao arrendamento, se houver, até 30 de abril do
ano subsequente, conforme critérios e conteúdos mínimos estabelecidos na norma de
controle patrimonial dos portos organizados ou no prazo contratualmente estabelecido:
multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais); e

b) relatório com diagnóstico das condições e integridade das instalações e equipamentos


vinculados ao arrendamento, bem como seu plano de conservação, até 30 de abril do ano
subsequente: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais).

IV – deixar de submeter à prévia análise da ANTAQ e aprovação do poder concedente a


desincorporação e a baixa de bens vinculados ao contrato de arrendamento: multa de até
R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);

V – deixar de submeter à prévia análise da ANTAQ e aprovação do poder concedente a


realização de investimentos não previstos nos contratos de arrendamento: multa de até
R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);

VI – não providenciar, quando couber, o alfandegamento do arrendamento junto à


Autoridade Aduaneira ou perder esta condição: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil
reais);

VII – não efetuar o pagamento à autoridade portuária dos valores devidos a título de
arrendamento: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

VIII – deixar de submeter à prévia análise e aprovação da ANTAQ a transferência de


controle societário de sociedade titular de contrato de arrendamento de instalação
portuária: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);
IX – deixar de submeter à prévia análise ANTAQ e aprovação do poder concedente a
transferência de titularidade de contrato de arrendamento de instalação portuária: multa
de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

X – transferir a titularidade de contrato de transição: multa de até R$ 200.000,00


(duzentos mil reais);

XI – por qualquer meio interferir em, prejudicar ou impedir injustificadamente operação


portuária devidamente autorizada, realizada por outro operador ou arrendatário: multa de
até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

XII – causar, em decorrência de uso indevido ou inobservância de normas de segurança,


dano a equipamento ou instalação portuária: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil
reais);

XIII – armazenar ou movimentar petróleo e seus derivados, gás natural ou biocombustível,


sem estar autorizado pela ANP: multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);
XIV – explorar ou ocupar área ou instalação portuária, a qualquer título, sem o devido
procedimento licitatório ou sem o competente instrumento contratual válido, ou sem
assinatura ou vencido o referido instrumento, ressalvados os casos permitidos em normas
e regulamentos: multa de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);

XV – realizar subcontratação, subarrendamento ou transferência de arrendamento, sem


autorização expressa do poder concedente: multa de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de
reais);

XVI – iniciar a prestação e a respectiva cobrança de novos serviços ou majorar os preços


ou tarifas de serviços em patamar superior ao acumulado pelo índice de referência para o
respectivo período, sem autorização prévia da ANTAQ, quando o contrato assim
determinar: multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

XVII – deixar de encaminhar à ANTAQ documento comprobatório da transferência de


controle societário de sociedade titular de contrato de arrendamento de instalação
portuária no prazo de trinta dias do ato que a formalizou: multa de até R$ 20.000,00 (vinte
mil reais); e

XVIII – deixar de encaminhar à ANTAQ, no prazo de trinta dias do ocorrido, documento


comprobatório de restrição imposta por parte de outra autoridade pública que tenha a
possibilidade de impedir o cumprimento da autorização da transferência de controle
societário de sociedade titular de contrato de arrendamento no prazo de cento e vinte dias
após a publicação da Resolução no DOU: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Parágrafo único. As penalidades estabelecidas no art. 27 poderão ser aplicadas, isolada
ou cumulativamente, às infrações dispostas neste artigo, conforme sua gravidade e
circunstâncias.

Seção V

Das Infrações do Operador Portuário


Art. 36. Constituem infrações administrativas dos operadores portuários com atividade nos
portos organizados, sujeitando-os à cominação das respectivas penalidades:
I – dar início às atividades sem inscrição no Concentrador de Dados Portuários e/ou sem
apresentar à autoridade portuária apólice de seguro, conforme estabelecido em norma de
pré-qualificação editada pelo poder concedente: multa de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais);

II – deixar de atender às condições de pré-qualificação, nos termos de norma


estabelecida pelo poder concedente: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

III – por qualquer meio interferir em, prejudicar ou impedir injustificadamente operação
portuária devidamente autorizada, realizada por outro operador ou arrendatário: multa de
até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

IV – causar, em decorrência de uso indevido ou inobservância de normas de segurança,


dano a equipamento ou instalação portuária: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil
reais);

V – falsear ou omitir qualquer dado ou documento com o objetivo de obtenção de


Certificado de Operador Portuário: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais); e

VI – realizar atividades sem estar devidamente pré-qualificado pela autoridade portuária:


multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

§ 1º As penalidades estabelecidas no art. 27 poderão ser aplicadas, isolada ou


cumulativamente, às infrações dispostas neste artigo, conforme sua gravidade e
circunstâncias.

§ 2º A autoridade portuária e os arrendatários também ficam sujeitos às penalidades


estabelecidas neste artigo, no que couber, e enquanto realizarem operações portuárias.

Seção VI

Das Infrações do Autorizatário


Art. 37. Constituem infrações administrativas dos autorizatários, sujeitando-os à
cominação das respectivas penalidades:

I – deixar de assegurar a infraestrutura necessária e deixar de prover apoio de pessoal às


embarcações nas operações de atracação e desatracação, neste último caso, quando a
instalação portuária privada tiver como objeto a movimentação de passageiros: multa de
até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

II – deixar de encaminhar à ANTAQ, para comprovação da expansão e da modernização


das instalações portuárias, relatórios de acompanhamento operacional, com informações
sobre a infraestrutura e a superestrutura disponibilizadas na instalação portuária, quando
solicitado: multa de até R$10.000,00 (dez mil reais);

III – deixar de enviar à ANTAQ, quando solicitado, relatório informando o estágio de


evolução da construção ou da ampliação da instalação portuária privada: multa de até
R$ 20.000,00 (vinte mil reais);

IV – deixar de estabelecer ou de divulgar o calado máximo de operação das embarcações


em função dos levantamentos batimétricos efetuados sob sua responsabilidade: multa de
até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

V – deixar de estabelecer ou de divulgar o porte bruto máximo e as dimensões máximas


das embarcações que irão trafegar, em função das limitações e características físicas das
instalações de acostagem da instalação portuária privada: multa de até R$ 100.000,00
(cem mil reais);

VI – deixar de fazer a delimitação das áreas de fundeadouro ou de fundeio para carga e


descarga, de inspeção sanitária ou de polícia marítima, quando esses serviços não forem
de atribuição da administração do porto organizado: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil
reais);

VII – deixar de delimitar a área de alfandegamento da instalação portuária privada,


quando se tratar de terminal: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais);

VIII – transferir o controle societário de sociedade titular de contrato de adesão para


exploração de instalação portuária sem expressa autorização da ANTAQ: multa de até
R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

IX – transferir a titularidade da autorização da instalação portuária privada sem expressa


autorização do poder concedente: multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

X – ampliar a área de instalação portuária privada sem autorização ou aprovação prévia


do poder concedente, conforme o caso; ampliar a capacidade da instalação portuária
privada ou alterar seu tipo de carga sem aprovação do poder concedente, ou ainda,
alterar o seu perfil de cargas sem autorização prévia do poder concedente, conforme
regulamento: multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);

XI – não concluir as obras de construção da instalação no prazo estabelecido no ato de


autorização ou no contrato de adesão ou não dar início às operações portuárias no prazo
de cinco anos a contar da data da celebração do contrato de adesão, salvo em caso de
prorrogação desse prazo pelo poder concedente: multa de até R$ 500.000,00 (quinhentos
mil reais);

XII – construir e/ou explorar instalação portuária privada sem autorização prévia do poder
concedente: multa de até R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais);

XIII – não divulgar em seu sítio eletrônico a tabela com os valores máximos de referência
de preços, bem como a descrição detalhada dos serviços passíveis de serem cobrados
aos usuários, caso haja prestação de serviços a terceiros: multa de até R$ 10.000,00 (dez
mil reais);

XIV – não informar à ANTAQ tabela com a inclusão, mudança ou exclusão de novos
serviços ou a revisão e reajuste de preços, quando ocorrer, com até trinta dias de
antecedência: multa de até R$ 10.000,00 (dez mil reais);

XV – deixar de encaminhar à ANTAQ documento comprobatório da transferência de


controle societário de sociedade titular de contrato de adesão para exploração de
instalação portuária no prazo de trinta dias do ato que a formalizou: multa de até
R$ 20.000,00 (vinte mil reais);
XVI – deixar de encaminhar à ANTAQ, no prazo de trinta dias do ocorrido, documento
comprobatório de restrição imposta por parte de outra autoridade pública que tenha a
possibilidade de impedir o agente setorial de fazer cumprir a autorização da transferência
de controle societário de sociedade titular de contrato de adesão para exploração de
instalação portuária no prazo de cento e vinte dias após a publicação da Resolução no
DOU: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais); e

XVII – nos casos em que a instalação portuária estiver implantada parcial ou totalmente
em área da União, deixar de encaminhar, no prazo de trinta dias, contado da celebração
do termo aditivo de transferência de titularidade de contrato de adesão para exploração
de instalação portuária, documento comprobatório da comunicação do fato à Secretaria
de Coordenação e Governança do Patrimônio da União do Ministério da Economia ou
outra que lhe vier a substituir: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Parágrafo único.
As penalidades estabelecidas no art. 27 poderão ser aplicadas, isolada ou
cumulativamente, às infrações dispostas neste artigo, conforme sua gravidade e
circunstâncias.

Seção VI-A (Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

Das Infrações da Autoridade Controladora


Art. 37-A. Constituem infrações administrativas da autoridade controladora, sujeitando-a à
cominação das respectivas penalidades: (Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de
maio de 2023)

I – deixar de estabelecer os procedimentos operacionais e de emergência, a serem


seguidos pelo prestador de serviço habilitado, cabíveis às operações de coleta de
resíduos de embarcações: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais); (Incluído
pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

II – deixar de realizar a chamada pública, quando obrigatória, para identificar e informar


sobre a intenção de realizar habilitação e cadastramento das empresas prestadoras de
serviços de retirada de resíduos: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais); (Incluído
pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

III – deixar de fornecer informações à ANTAQ quando da apuração de denúncia à IMO


sobre irregularidade na prestação de serviços de retirada de resíduos de embarcações
em áreas sob a sua jurisdição: multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais); (Incluído
pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

IV – deixar de manter o registro das operações de retirada de resíduos de embarcações


realizadas nos últimos sessenta meses: multa de até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
(Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

V – deixar de informar à ANTAQ os dados e atualizações dos cadastros PRFD/GISIS dos


prestadores de serviços de retirada de resíduos das embarcações: multa de até
R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); (Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio
de 2023)

VI – deixar de acompanhar ou de fiscalizar a prestação dos serviços de retirada de


resíduos de embarcações nas áreas sob sua jurisdição: multa de até R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais); (Incluído pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

VII – deixar de promover a habilitação ou o cadastro PRFD/GISIS de prestadores de


serviços de retirada de resíduos de embarcações, ou fazê-lo sem observar os
procedimentos contidos nos Anexos I e II da Resolução que disciplina a prestação de
serviços de retirada de resíduos de embarcações em áreas e águas sob jurisdição
nacional prestados nos portos públicos e nas instalações portuárias autorizadas junto à
ANTAQ: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais); (Incluído pela Resolução nº 99/2023,
de 31 de maio de 2023)

VIII – permitir a prestação de serviços de retirada de resíduos de embarcações por


empresas não habilitadas: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais); e (Incluído
pela Resolução nº 99/2023, de 31 de maio de 2023)

IX – deixar de instituir ou de aplicar o CRRE a ser utilizado pelos prestadores de serviço


de retirada de resíduos habilitados, conforme Anexo III da Resolução que disciplina a
prestação de serviços de retirada de resíduos de embarcações em áreas e águas sob
jurisdição nacional prestados nos portos públicos e nas instalações portuárias autorizadas
junto à ANTAQ: multa de até R$ 100.000,00 (cem mil reais). (Incluído pela Resolução nº
99/2023, de 31 de maio de 2023)

Seção VII

Da Classificação das Infrações


Art. 38. As infrações de que trata este Capítulo são classificadas, conforme sua gravidade,
em:

I – natureza leve: a infração administrativa que preveja a cominação de multa máxima de


até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);

II – natureza média: a infração administrativa que preveja a cominação de multa máxima


acima de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) e até R$ 300.000,00 (trezentos mil
reais);

III – natureza grave: a infração administrativa que preveja a cominação de multa máxima
acima de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) e até R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais); e

IV – natureza gravíssima: a infração administrativa que preveja a cominação de multa


máxima acima de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais).

CAPÍTULO VIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS


Art. 39. A aplicação de penalidades em razão de infrações administrativas estabelecidas
nesta Resolução observará o disposto na regulamentação da ANTAQ que disciplina o
procedimento sancionador e a dosimetria.

Art. 40. A imposição de penalidades contratuais de qualquer natureza não exclui ou


atenua a cominação das penalidades administrativas previstas nesta Resolução.
Art. 41. Os prazos de que trata esta Resolução são contados de acordo com o disposto
na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo no âmbito
da administração pública federal.

Art. 42. Ficam revogadas:


I – a Resolução ANTAQ nº 3.274, de 6 de fevereiro de 2014;
II – a Resolução ANTAQ nº 2.969, de 4 de julho de 2013; e
III – a Resolução ANTAQ nº 442, de 7 de junho de 2005.

Art. 43. Esta Resolução entra em vigor em 1º de julho de 2022.

ANEXO I

Padrões para confecção da placa indicativa dos meios de comunicação dos usuários com
a ANTAQ
Placa: tamanho 90 cm de largura por 60 cm de altura em metal ou acrílico.
Deixar margem de 2 cm na cor branca e aplicar um filete de 9 mm em cor preta, formando
um quadro com cantos em curva, preenchido com fundo azul claro (C=20 M=0 Y=0 K=0).
Aplicar a Logomarca da ANTAQ nas cores azul escuro (C=100 M=18 Y=0 K=51) e azul
claro (C=51 M=0 Y=0 K=0), tamanho 66mm de altura por 103mm de largura. Nome:
Agência Nacional de Transportes Aquaviários em letras maiúsculas e minúsculas, fonte
Futura Md Bt na altura exata da sigla ANTAQ, na mesma cor (C=100 M=18 Y=0 K=51).
Texto restante na fonte Futura Md Bt, cor preta, sendo a placa de Porto com “Atendimento
ao usuário” e “0800” em tamanho de fonte 150, “ouvidoria” em tamanho 128 e assinaturas
em tamanho 70; placa de Terminal Autorizado com “Terminal Autorizado” em tamanho
150, “Contrato de Adesão” em tamanho 128 e assinaturas em tamanho de fonte 70; e
placa de Terminal Arrendado com “Terminal Arrendado” em tamanho 150, “Contrato de
Arrendamento” em tamanho 128 e assinaturas em tamanho de fonte 70.”
As imagens dos modelos de placa para a Autoridade Portuária, terminal autorizado e
terminal arrendado estão disponíveis sítio da Antaq na internet.
EDUARDO NERY MACHADO FILHO
Diretor-Geral
LEI Nº 9.719, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998.
Dispõe sobre normas e condições gerais de
Conversão da MPv nº 1.728-19, de 1998
proteção ao trabalho portuário, institui
multas pela inobservância de seus
Vide Decreto nº 3.048, de 1999
preceitos, e dá outras providências.

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA, adotou a Medida Provisória nº 1.728-19, de


1998, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presidente, para
os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a
seguinte Lei:
Art. 1o Observado o disposto nos arts. 18 e seu parágrafo único, 19 e seus
parágrafos, 20, 21, 22, 25 e 27 e seus parágrafos, 29, 47, 49 e 56 e seu parágrafo único, da Lei
nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, a mão-de-obra do trabalho portuário avulso deverá ser
requisitada ao órgão gestor de mão-de-obra.
Art. 2o Para os fins previstos no art. 1o desta Lei:
I - cabe ao operador portuário recolher ao órgão gestor de mão-de-obra os valores devidos
pelos serviços executados, referentes à remuneração por navio, acrescidos dos
percentuais relativos a décimo terceiro salário, férias, Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS, encargos fiscais e previdenciários, no prazo de vinte e quatro horas da
realização do serviço, para viabilizar o pagamento ao trabalhador portuário avulso;

II - cabe ao órgão gestor de mão-de-obra efetuar o pagamento da remuneração pelos


serviços executados e das parcelas referentes a décimo terceiro salário e férias,
diretamente ao trabalhador portuário avulso.

§ 1o O pagamento da remuneração pelos serviços executados será feito no prazo de


quarenta e oito horas após o término do serviço.
§ 2o Para efeito do disposto no inciso II, o órgão gestor de mão-de-obra depositará as
parcelas referentes às férias e ao décimo terceiro salário, separada e respectivamente, em
contas individuais vinculadas, a serem abertas e movimentadas às suas expensas,
especialmente para este fim, em instituição bancária de sua livre escolha, sobre as quais
deverão incidir rendimentos mensais com base nos parâmetros fixados para atualização
dos saldos dos depósitos de poupança.
§ 3o Os depósitos a que se refere o parágrafo anterior serão efetuados no dia 2 do mês
seguinte ao da prestação do serviço, prorrogado o prazo para o primeiro dia útil
subseqüente se o vencimento cair em dia em que não haja expediente bancário.
§ 4o O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra são solidariamente
responsáveis pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias
e demais obrigações, inclusive acessórias, devidas à Seguridade Social, arrecadadas pelo
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, vedada a invocação do benefício de ordem.
§ 5o Os prazos previstos neste artigo podem ser alterados mediante convenção coletiva
firmada entre entidades sindicais representativas dos trabalhadores e operadores
portuários, observado o prazo legal para recolhimento dos encargos fiscais, trabalhistas e
previdenciários.

§ 6o A liberação das parcelas referentes à décimo terceiro salário e férias, depositadas nas
contas individuais vinculadas, e o recolhimento do FGTS e dos encargos fiscais e
previdenciários serão efetuados conforme regulamentação do Poder Executivo.

Art. 3o O órgão gestor de mão-de-obra manterá o registro do trabalhador portuário avulso


que:
I - for cedido ao operador portuário para trabalhar em caráter permanente;
II - constituir ou se associar a cooperativa formada para se estabelecer como operador
portuário, na forma do art. 17 da Lei nº 8.630, de 1993.

§ 1o Enquanto durar a cessão ou a associação de que tratam os incisos I e II deste artigo,


o trabalhador deixará de concorrer à escala como avulso.
§ 2o É vedado ao órgão gestor de mão-de-obra ceder trabalhador portuário avulso
cadastrado a operador portuário, em caráter permanente.

Art. 4o É assegurado ao trabalhador portuário avulso cadastrado no órgão gestor de mão-


de-obra o direito de concorrer à escala diária complementando a equipe de trabalho do
quadro dos registrados.

Art. 5o A escalação do trabalhador portuário avulso, em sistema de rodízio, será feita pelo
órgão gestor de mão-de-obra.
§ 1º O Órgão Gestor de Mão de Obra fará a escalação de trabalhadores portuários
avulsos por meio eletrônico, de modo que o trabalhador possa habilitar-se sem comparecer
ao posto de escalação. (Incluído pela Medida Provisória nº 945, de 2020).
§ 2º O meio eletrônico adotado para a escalação de trabalhadores portuários avulsos
deverá ser inviolável e tecnicamente seguro. (Incluído pela Medida Provisória nº
945, de 2020).
§ 3º Fica vedada a escalação presencial de trabalhadores portuários. (Incluído
pela Medida Provisória nº 945, de 2020).
§ 1º O órgão gestor de mão de obra fará a escalação de trabalhadores portuários
avulsos por meio eletrônico, de modo que o trabalhador possa habilitar-se sem comparecer
ao posto de escalação. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

§ 2º O meio eletrônico adotado para a escalação de trabalhadores portuários avulsos


deverá ser inviolável e tecnicamente seguro. (Incluído pela Lei nº 14.047, de 2020)

§ 3º Fica vedada a escalação presencial de trabalhadores portuários. (Incluído


pela Lei nº 14.047, de 2020)

Art. 6o Cabe ao operador portuário e ao órgão gestor de mão-de-obra verificar a presença,


no local de trabalho, dos trabalhadores constantes da escala diária.
Parágrafo único. Somente fará jus à remuneração o trabalhador avulso que, constante da
escala diária, estiver em efetivo serviço.

Art. 7o O órgão gestor de mão-de-obra deverá, quando exigido pela fiscalização do


Ministério do Trabalho e do INSS, exibir as listas de escalação diária dos trabalhadores
portuários avulsos, por operador portuário e por navio.
Parágrafo único. Caberá exclusivamente ao órgão gestor de mão-de-obra a
responsabilidade pela exatidão dos dados lançados nas listas diárias referidas
no caput deste artigo, assegurando que não haja preterição do trabalhador regularmente
registrado e simultaneidade na escalação.

Art. 8o Na escalação diária do trabalhador portuário avulso deverá sempre ser observado
um intervalo mínimo de onze horas consecutivas entre duas jornadas, salvo em situações
excepcionais, constantes de acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Art. 9o Compete ao órgão gestor de mão-de-obra, ao operador portuário e ao empregador,


conforme o caso, cumprir e fazer cumprir as normas concernentes a saúde e segurança do
trabalho portuário.
Parágrafo único. O Ministério do Trabalho estabelecerá as normas regulamentadoras de
que trata o caput deste artigo.

Art. 10. O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator às seguintes multas:
Art. 10. As infrações às disposições desta Lei acarretam a aplicação da multa
prevista: (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) (Revogada pela
Medida Provisória nº 955, de 2020) Vigência encerrada
Art. 10. As infrações às disposições desta Lei acarretam a aplicação da multa
prevista: (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) (Vigência
encerrada)
I - de R$ 173,00 (cento e setenta e três reais) a R$ 1.730,00 (um mil, setecentos e
trinta reais), por infração ao caput do art. 7o;
I - no inciso I do caput do art. 634-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, na hipótese de infração ao disposto no caput do
art. 7º e no art. 9º; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de
2019) (Revogada pela Medida Provisória nº 955, de 2020) Vigência encerrada
Art. 10. As infrações às disposições desta Lei acarretam a aplicação da multa
prevista: (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) (Vigência
encerrada)
I - de R$ 173,00 (cento e setenta e três reais) a R$ 1.730,00 (um mil, setecentos e
trinta reais), por infração ao caput do art. 7o;
I - no inciso I do caput do art. 634-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, na hipótese de infração ao disposto no caput do
art. 7º e no art. 9º; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de
2019) (Vigência encerrada)
II - de R$ 575,00 (quinhentos e setenta e cinco reais) a R$ 5.750,00 (cinco mil, setecentos
e cinqüenta reais), por infração às normas de segurança do trabalho portuário, e de
R$ 345,00 (trezentos e quarenta e cinco reais) a R$ 3.450,00 (três mil, quatrocentos e
cinqüenta reais), por infração às normas de saúde do trabalho, nos termos do art. 9 o;
III - de R$ 345,00 (trezentos e quarenta e cinco reais) a R$ 3.450,00 (três mil, quatrocentos
e cinqüenta reais), por trabalhador em situação irregular, por infração ao parágrafo único
do art. 7o e aos demais artigos.
III - no inciso II do caput do art. 634-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, na hipótese de infração ao disposto no parágrafo único do art.
7º e nos demais artigos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de
2019) (Revogada pela Medida Provisória nº 955, de 2020) Vigência encerrada
III - no inciso II do caput do art. 634-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, na hipótese de infração ao disposto no parágrafo único do art.
7º e nos demais artigos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de
2019) (Vigência encerrada)
Parágrafo único. As multas previstas neste artigo serão graduadas segundo a
natureza da infração, sua extensão e a intenção de quem a praticou, e aplicadas em dobro
em caso de reincidência, oposição à fiscalização e desacato à autoridade, sem prejuízo das
penalidades previstas na legislação previdenciária.
Parágrafo único. As multas de que tratam este artigo serão aplicadas sem prejuízo
das penalidades previstas na legislação previdenciária. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 905, de 2019) (Revogada pela Medida Provisória nº 955, de 2020) Vigência
encerrada
Parágrafo único. As multas de que tratam este artigo serão aplicadas sem prejuízo
das penalidades previstas na legislação previdenciária. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 905, de 2019) (Vigência encerrada)

Art. 10. O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator às seguintes


multas:
I - de R$ 173,00 (cento e setenta e três reais) a R$ 1.730,00 (um mil, setecentos e trinta
reais), por infração ao caput do art. 7o;
II - de R$ 575,00 (quinhentos e setenta e cinco reais) a R$ 5.750,00 (cinco mil,
setecentos e cinqüenta reais), por infração às normas de segurança do trabalho portuário,
e de R$ 345,00 (trezentos e quarenta e cinco reais) a R$ 3.450,00 (três mil, quatrocentos e
cinqüenta reais), por infração às normas de saúde do trabalho, nos termos do art. 9 o;
III - de R$ 345,00 (trezentos e quarenta e cinco reais) a R$ 3.450,00 (três mil,
quatrocentos e cinqüenta reais), por trabalhador em situação irregular, por infração ao
parágrafo único do art. 7o e aos demais artigos.
Parágrafo único. As multas previstas neste artigo serão graduadas segundo a
natureza da infração, sua extensão e a intenção de quem a praticou, e aplicadas em dobro
em caso de reincidência, oposição à fiscalização e desacato à autoridade, sem prejuízo das
penalidades previstas na legislação previdenciária.

Art. 10-A. É assegurado, na forma do regulamento, benefício assistencial mensal, de


até 1 (um) salário mínimo, aos trabalhadores portuários avulsos, com mais de 60 (sessenta)
anos, que não cumprirem os requisitos para a aquisição das modalidades de aposentadoria
previstas nos arts. 42, 48, 52 e 57 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, e que não
possuam meios para prover a sua subsistência. (Incluído pela Lei nº 12.815, de 2013)

Parágrafo único. O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo
beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo
os da assistência médica e da pensão especial de natureza
indenizatória. (Incluído pela Lei nº 12.815, de 2013)
Art. 11. O descumprimento dos arts. 22, 25 e 28 da Lei nº 8.630, de 1993, sujeitará o infrator à
multa prevista no inciso I, e o dos arts. 26 e 45 da mesma Lei à multa prevista no inciso III
do artigo anterior, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. Revogado pela Lei nº
12.815, de 2013

Art. 12. O processo de autuação e imposição das multas prevista nesta Lei obedecerá ao
disposto no Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho ou na legislação previdenciária,
conforme o caso.

Art. 13. Esta Lei também se aplica aos requisitantes de mão-de-obra de trabalhador
portuário avulso junto ao órgão gestor de mão-de-obra que não sejam operadores
portuários.

Art. 14. Compete ao Ministério do Trabalho e ao INSS a fiscalização da observância das


disposições contidas nesta Lei, devendo as autoridades de que trata o art. 3o da Lei
no 8.630, de 1993, colaborar com os Agentes da Inspeção do Trabalho e Fiscais do INSS
em sua ação fiscalizadora, nas instalações portuárias ou a bordo de navios.

Art. 15. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória no 1.679-18,
de 26 de outubro de 1998.

Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art.17.Revoga-se aMedida Provisória nº 1.679-18, de 26 de outubro de 1998.


Congresso Nacional, em 27 de novembro de 1998; 177o da Independência e 110o da
República.
Senador ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
Presidente

LEI Nº 4.860, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1965.


Regulamento
Dispõe sôbre o regime de trabalho nos portos
organizados, e dá outras providências.
Mensagem de veto

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Do Regime de Trabalho
Art 1º Em todos os portos organizados e dentro dos limites fixados como "área do
pôrto", a autoridade responsável é representada pela Administração do Pôrto, cabendo-
lhe velar pelo bom funcionamento dos serviços na referida área.
Parágrafo único. Sob a denominação de "área do pôrto" compreende-se a parte terrestre
e marítima, contínua e descontínua, das instalações portuárias definidas no art. 3º do
Decreto nº 24.447, de 22 de junho de 1934.

Art 2º As demais autoridades que exercerem atividades dentro da "área do pôrto",


pertencentes a qualquer órgão do Serviço Público, seja êle Federal, Estadual ou
Municipal, excetuado o Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, não
poderão determinar medidas que afetem a realização dos serviços portuários e outros
correlatos, sem o prévio conhecimento e concordância da Administração do Pôrto.
§ 1º Excetuam-se as medidas que se tornem necessárias adotar pelo Ministério da
Marinha, através dos seus representantes legais, quando configuradas situações que
possam vir a comprometer ou que comprometam a segurança nacional ou a segurança
da navegação.
§ 2º Em caso de divergência entre a Administração do Pôrto e as demais autoridades
acêrca de medidas determinadas pela Administração, será a mesma dirigida pelo
Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, sem efeito suspensivo até a sua
deliberação, da qual caberá recurso ao Ministério da Viação e Obras Públicas.
Art 3º O horário de trabalho nos portos organizados, para tôdas as categorias de
servidores ou empregados, será fixado pela respectiva Administração do Pôrto, de acôrdo
com as necessidades de serviços e as peculiaridades de cada pôrto, observado ainda o
disposto nos arts. 8º, 9º e 10.
Art 4º Na fixação do regime de trabalho de cada pôrto, para permitir a continuidade das
operações portuárias, os horários de trabalho poderão ser estabelecidos em um ou dois
períodos de serviço.
§ 1º Os períodos de serviço serão diurno, entre 7 (sete) e 19 (dezenove) horas, e noturno,
entre 19 (dezenove) e 7 (sete) horas do dia seguinte, ... VETADO ... A hora do
trabalho... VETADO... é de 60 (sessenta) minutos ... VETADO ...
§ 2º Nos portos em que, dadas as peculiaridades locais, as respectivas Administrações
adotarem os horários de trabalho dentro de um só período de serviço, será obrigatória a
prestação de serviço em qualquer período, quando prèviamente requisitado.
Art 5º Para os serviços de capatazia, cada período será composto de 2 (dois) turnos de 4
(quatro) horas, separados por um intervalo de até 2 (duas) horas para refeição e
descanso, completados por prorrogações dentro do período.
Parágrafo único. A Administração do Pôrto determinará os serviços e as categorias que
devem formar as equipes para executá-los, escalando o pessoal em sistema de rodízio.
Art 6º Para os demais serviços, a Administração do Pôrto estabelecerá os horários de
trabalho que melhor convierem à sua realização, escalando o pessoal para executá-lo, em
equipes ou não.
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se aos serviços de movimentação de
granéis, inclusive à sua capatazia.

Art 7º Todos os servidores ou empregados são obrigados à prestação de até 48 (quarenta


e oito) horas de trabalho ordinário por semana, à razão de até 8 (oito) horas ordinárias por
dia em qualquer dos períodos de serviço e também à prestação de serviço nas
prorrogações para as quais forem convocados.

§ 1º O pessoal lotado no Escritório Central da Administração do Pôrto terá aquêle limite


reduzido para até 44 (quarenta e quatro) horas.

§ 2º Além das horas ordinárias a que está obrigado, o pessoal prestará serviço
extraordinário nas horas destinadas à refeição e descanso, e nas prorrogações, quando
fôr determinado.

§ 3º Aos sábados, a critério da Administração do Pôrto, o pessoal técnico e administrativo,


em sua totalidade ou não, poderá ter o seu trabalho reduzido ou suprimido, desde que
essa redução ou supressão não dificulte a realização dos serviços portuários e seja
compensada em horas equivalentes durante a respectiva semana, não consideradas
essas horas como de serviço extraordinário.
§ 4º Entre dois períodos de trabalho, os servidores ou empregados deverão dispor de, no
mínimo, 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

§ 5º Os serviços extraordinários executados pelo pessoal serão remunerados com os


seguintes acréscimos sôbre o valor do salário-hora ordinário do período diurno:
a) 20% (vinte por cento) para as duas primeiras horas de prorrogação;
b) 50% (cinqüenta por cento) para as demais horas de prorrogação;
c) 100% (cem por cento) para as horas de refeição.

§ 6º Todos os servidores ou empregados terão direito a 1 (um) dia de descanso semanal


remunerado, a ser fixado pela Administração do Pôrto, com o pagamento do equivalente
salário, ... VETADO ...

§ 7º Nos casos de necessidade, a critério da Administração do Pôrto, poderá ser


determinada a prestação de serviços nos feriados legais, devendo neste caso ser pago
um acréscimo salarial de 100% (cem por cento), calculado sôbre o salário .. VETADO ...
salvo se a Administração determinar outro dia de folga. A prestação de serviços aos
domingos será estabelecida em escala de revezamento a critério da Administração do
Pôrto.

§ 8º Perderá a remuneração do dia destinado ao descanso semanal o servidor ou


empregado que tiver, durante a semana que o preceder, falta que não seja legalmente
justificada.

§ 9º É vedada, aos servidores ou empregados ocupantes de cargo de direção ou chefia, a


percepção de remuneração pela prestação de serviços extraordinários, aos quais,
entretanto, ficarão obrigados sempre que houver conveniência de serviço.

Art 8º Em cada pôrto, de acôrdo com as necessidades de serviço, poderá haver horários
de trabalhos diferentes em diversos setores, tendo em vista peculiaridades dos diversos
serviços que nos mesmos se desenvolvem.

Art 9º Cada Administração do Pôrto, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, a contar


da data da publicação desta Lei, dará publicidade dos horários que interessarem a outras
entidades, nos jornais de maior circulação local. Em caso de alteração posterior a ser
introduzida nesses horários, a divulgação da mesma obedecerá a idêntico processo,
observando-se, para ambos os casos, a antecedência mínima de uma semana para sua
entrada em vigor, salvo caso de emergência, a critério da Administração do Pôrto.

Art 10. Os horários fixados, pela Administração do Pôrto serão obrigatòriamente


cumpridos pelas entidades de direito público ou pessoas físicas e jurídicas de direito
privado que mantenham atividades vinculadas aos serviços do pôrto.
Art 11. O tempo em que o servidor ou empregado se ausentar do trabalho para
desempenho de função associativa ou sindical será considerado de licença não
remunerada e não prejudicará o tempo de serviço, adicional, promoção por antiguidade,
licença-prêmio e salário-família.
Parágrafo único. Fica compreendido nas limitações dêste artigo o servidor ou empregado
que, embora temporàriamente, se afaste do serviço para exercer funções de diretor,
delegado, representante, conselheiro ou outras nas respectivas entidades de classe,
federações ou confederações das mesmas, exceto nos casos previstos em lei.

CAPÍTULO II
Dos Direitos e Vantagens
Art 12. À Administração do Pôrto caberá propor à aprovação do Departamento Nacional
de Portos e Vias Navegáveis os quadros de seu pessoal, sem embargo de outras
disposições legais vigentes, ficando vedada qualquer alteração aos mesmos sem prévia
audiência daquele órgão.

§ 1º Submetido o quadro à aprovação do Departamento Nacional de Portos e Vias


Navegáveis e não havendo pronunciamento do órgão, no prazo de 30 (trinta) dias, será o
mesmo considerado como aprovado.

§ 2º Os níveis das diversas categorias deverão estar de acôrdo com o que vigorar no
mercado de trabalho.

§ 3º Em caso de maior demanda ocasional de serviço, fica a Administração do Pôrto


autorizada a engajar a necessária fôrça supletiva nos trabalhos de capatazia, sem vínculo
empregatício, dispensando-a tão logo cesse essa demanda ocasional.

§ 4º Fica vedada às Administrações dos Portos a readmissão de servidores ou


empregados dispensados em conseqüência de decisão proferida em processo ou
inquérito administrativo, em que se tenha figurado falta grave.

Art 13. A Administração do Pôrto fornecerá a seu pessoal todo material adequado à sua
proteção, quando se tornar necessário à manipulação de mercadorias insalubres ou
perigosas, ou quando da realização de serviços assim considerados, ou ainda, quando da
realização de serviços em ambientes considerados como tais.

Art 14. A fim de remunerar os riscos relativos à insalubridade, periculosidade e outros


porventura existentes, fica instituído o "adicional de riscos" de 40% (quarenta por cento)
que incidirá sôbre o valor do salário-hora ordinário do período diurno e substituirá todos
aquêles que, com sentido ou caráter idêntico, vinham sendo pagos.
§ 1º Êste adicional sòmente será devido enquanto não forem removidas ou eliminadas as
causas de risco
§ 2º Êste adicional sòmente será devido durante o tempo efetivo no serviço considerado
sob risco.

§ 3º As Administrações dos Portos, no prazo de 60 (sessenta) dias, discriminarão, ouvida


a autoridade competente, os serviços considerados sob risco.

§ 4º Nenhum outro adicional será devido além do previsto neste artigo.

§ 5º Só será devido uma única vez, na execução da mesma tarefa, o adicional previsto
neste artigo, mesmo quando ocorra, simultâneamente, mais de uma causa de risco.

Art 15. Além da remuneração e demais vantagens instituídas nesta Lei, a Administração
do Pôrto somente poderá conceder, e a seu critério, aos seus servidores ou empregados
a gratificação individual de produtividade de que trata o § 2º do art. 16 da Lei nº 4.345, de 26
de junho de 1964.
Art 16. Todo servidor ou empregado da Administração do Pôrto terá direito, após cada
período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho ou de efetiva prestação
de serviço, a gozar um período de férias, em dias corridos, na seguinte proporção:
a) 30 (trinta) dias corridos, o que tiver ficado à disposição da Administração do Pôrto nos
12 (doze) meses do período contratual e não tenha mais de 6 (seis) faltas ao serviço,
justificadas ou não, nesse período;
b) 23 (vinte e três) dias corridos, o que tiver ficado à disposição da Administração do Pôrto
por mais de 250 (duzentos e cinqüenta) dias, durante o período de 12 (doze) meses;
c) 17 (dezessete) dias corridos, o que tiver ficado à disposição da Administração do Pôrto
por mais de 200 (duzentos) dias, durante o período de 12 (doze) meses, sem entretanto
atingir o limite estabelecido na alínea anterior;
d) 11 (onze) dias corridos, o que tiver ficado à disposição da Administração do Pôrto por
mais de 150 (cento e cinqüenta) dias, durante o período de 12 (doze) meses, sem
entretanto atingir o limite estabelecido na alínea anterior.

CAPÍTULO III
Disposições Gerais
Art 17. Tendo em vista o regime de trabalho fixado em decorrência da presente Lei, as
Administrações dos Portos promoverão os estudos necessários à fixação ou revisão das
taxas de remuneração por produção para os serviços de capatazia e à atualização das
respectivas tarifas, as quais deverão ser submetidas, dentro de 120 (cento e vinte) dias,
ao Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, de modo que, dentro dos 30
(trinta) dias subseqüentes, sejam homologadas pelo Ministro da Viação e Obras Públicas.

Art 18. As convenções, contratos, acôrdos coletivos de trabalho e outros atos destinados
a disciplinar as condições de trabalho, de remuneração e demais direitos e deveres dos
servidores ou empregados, inclusive daqueles sem vínculo empregatício, sòmente
poderão ser firmados pelas Administrações dos Portos com entidades legalmente
habilitadas e deverão ser homologados pelos Ministros do Trabalho e da Previdência
Social e da Viação e Obras Públicas.

Art 19. As disposições desta Lei são aplicáveis a todos os servidores ou empregados
pertencentes às Administrações dos Portos organizados sujeitos a qualquer regime de
exploração ... VETADO ...
Parágrafo único. Para os servidores sujeitos ao regime dos Estatutos dos Funcionários
Públicos, sejam federais, estaduais ou municipais, êstes serão aplicados supletivamente,
assim como será a legislação do trabalho para os demais empregados, no que couber.

Art 20. Fica revogada a Lei número 3.165, de 1º de junho de 1957.

Art 21. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art 22. Revogam-se as disposições em contrário.


Brasília, 26 de novembro de 1965; 144º da Independência e 77º da República.
H. CASTELLO BRANCO
Paulo Bosísio
Juarez Távora
Arnaldo Sussekind

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