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Direito do Trabalho

TRABALHADORES E EMPREGADOS ESPECIAIS

Trabalho Portuário

Prof. Ariádine | @ariadine_dz


Direito do Trabalho

TRABALHO AVULSO

v Fundamento Jurídico: art. 7º, XXXIV, CF/88

v Conceito: ӎ uma modalidade de trabalho eventual que oferta


sua força de trabalho, por curtos períodos de tempo, a distintos
tomadores, sem se fixar especificadamente a qualquer deles” –
Maurício Godinho Delgado.
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Portuário
Avulso
Não
Portuário
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TRABALHO NÃO PORTUÁRIO

- intermediado pelo sindicato


- realiza carga e descarga, movimentação de mercadoria
- podem exercer suas funções longe dos portos lacustres, pluviais
e marítimos.
- “chapas”
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TRABALHO PORTUÁRIO

- intermediado pelo OGMO;


- regulamentado pela Lei n° 12.815/2013;
- atua no setor portuário;
- sem vínculo empregatício;
- registrado ou cadastrado.
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CONVENÇÃO 137, OIT

v Princípios

Ø Proteção do Trabalhador Portuário contra Automação X Modernização dos Portos;


Ø Incentivo ao Emprego Permanente;
Ø Preferência ao Avulso Assíduo;
Ø Reserva de Mercado e Liberdade na Contratação;
Ø Multifuncionalidade.
Ø .
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DEFINIÇÕES LEGAIS IMPORTANTES

§ Porto Organizado: bem público construído e aparelhado para atender a


necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de
movimentação e armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações
portuárias estejam sob jurisdição de autoridade portuária (art. 2º, I, Lei
12.815/2013);

§ Operador Portuário: pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as


atividades de movimentação de passageiros ou movimentação e
armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte
aquaviário, dentro da área do porto organizado (art. 2º, XIII, Lei 12.815/2013.
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ATIVIDADES DE CAPATAZIA E BLOCO

Art. 40. O trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e
vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários com
vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos.

§ 1º Para os fins desta Lei, consideram-se:


I - capatazia: atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto,
compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para a
conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e descarga de
embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário;

II - estiva: atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações
principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o
carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos de bordo;
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III - conferência de carga: contagem de volumes, anotação de suas características, procedência ou


destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e
demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de embarcações;

IV - conserto de carga: reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas operações de


carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem,
etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição;

V - vigilância de embarcações: atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das


embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias nos
portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação; e

VI - bloco: atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques,


incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos.
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OGMO – ÓRGÃO GESTOR DE MÃO-DE-OBRA

Art. 39, Lei 12.815/13. O órgão de gestão de mão de obra é


reputado de utilidade pública, sendo-lhe vedado ter fins lucrativos,
prestar serviços a terceiros ou exercer qualquer atividade não
vinculada à gestão de mão de obra.

• Cada operador portuário deve constituir um OGMO (art. 32) com a finalidade de:

Ø administrar o fornecimento de mão de obra, manter cadastro do trabalhador portuário, promover


treinamento, selecionar e registrar trabalhador avulso, estabelecer acesso ao registro, expedir
documentos, cancelar registros, promover formação profissional e treinamento multifuncional,
zelar por normas de higiene e segurança, escalar trabalhadores avulsos em rodízio, verificar
presença dos escalados e cumprir normas coletivas.
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Contratos de
arrendamento
Terminais de uso
público
explorados pela
União ou concessão
Instalações
Portuárias
Recursos
particulares
Terminais de uso
privativo
Arrendamento de
berços públicos
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DIREITOS DOS TRABALHADORES AVULSOS

v Constituição de 1988 (art. 7°, XXXIV);


v Lei n° 12.815/2013;
v Lei n° 9.719/98 (que trata de pagamento, convocação e intervalo
entre jornadas);
v Lei n° 8.036/90 (FGTS);
v Decreto n° 80.271/77 (férias e encargos)
v Convenção n° 137 da OIT.
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Questão 1 - Ano: 2016 Banca: TRT 4º Região Órgão: TRT - 4ª REGIÃO (RS) Prova: TRT 4º Região - 2016 - TRT - 4ª REGIÃO (RS)
- Juiz do Trabalho Substituto
Considere as assertivas abaixo sobre trabalho portuário.
I - Trabalhos de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos
portos organizados, serão realizados por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo determinado e
por trabalhadores portuários avulsos.
II - O órgão de gestão de mão de obra de trabalho portuário avulso responde solidariamente com os operadores
portuários pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso e pelas indenizações decorrentes de acidente de
trabalho.
III - Não há relação jurídica de emprego entre o trabalhador portuário avulso e o órgão de gestão de mão de obra de
trabalho portuário avulso, em que pese o órgão poder aplicar aos referidos trabalhadores as penalidades de
repreensão verbal ou por escrito, suspensão do registro pelo período de 10 (dez) a 30 (trinta) dias ou cancelamento
do registro.
Quais são corretas?
A. Apenas I
B. Apenas II
C. Apenas III
D. Apenas II e III
E. I, II e III
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Questão 2 - Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 15ª Região (SP) Prova: FCC - 2015 - TRT - 15ª Região - Juiz do Trabalho
Substituto
No tocante ao trabalho portuário, considere:
I. Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um órgão de gestão de mão de obra destinado
a, entre outras atribuições, arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos operadores portuários
relativos à remuneração do trabalhador portuário avulso e aos correspondentes encargos fiscais, sociais e
previdenciários.
II. No caso de celebração de contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho, entre trabalhadores e tomadores de
serviços, estes instrumentos terão preferência ao estipulado pelo órgão gestor e dispensará sua intervenção,
privilegiando a negociação direta ou coletiva.
III. Compete ao órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário avulso, no caso de transgressões disciplinares,
aplicar as normas disciplinares pertinentes, sendo vedada, entretanto, a cessão de trabalhador portuário avulso, em
caráter permanente, ao operador portuário.
Está correto o que consta em
A. II e III, apenas.
B. I e III, apenas.
C. I, II e III.
D. I e II, apenas.
E. I, apenas.
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Questão 2 - Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: CESGRANRIO - 2015 - LIQUIGÁS - Profissional Júnior -
Direito

Nos termos da lei federal que regula as atividades desempenhadas pelos operadores portuários, o
trabalhador portuário avulso terá sua mão de obra administrada por

A. Sindicato nacional dos estivadores


B. Associação dos trabalhadores avulsos
C. Federação de trabalhadores portuários
D. Confederação dos trabalhadores autônomos
E. órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário
Critério Avulso Avulso Portuário Avulso Não Portuário

Atividades prestadas Serviços esporádicos a diversos Atividades específicas em portos e Serviços esporádicos em diversas
tomadores instalações portuárias áreas, exceto portos

Intermediação Sindicatos, empresas, ou órgãos Realizada por órgão gestor de mão Pode ser intermediado por entidade
gestores de obra específica ou diretamente com o
trabalhador

Relação Contratual Relação triangular: trabalhador, Relação triangular: trabalhador, Direta entre o trabalhador e o
entidade e tomador sindicato e tomador tomador dos serviços

Regulamentação Lei n° 9.719/98, Constituição de Regulado pela Lei n. 12.815/2013 e Regulado pela Lei n. 12.023/2009
1988 (art. 7°, XXXIV) Lei n. 9.719/98 (movimentação de mercadoria)

Vínculo de emprego Sem vínculo de emprego com Sem vínculo de emprego com Pode ou não ter vínculo de
tomador dos serviços tomador dos serviços emprego

Escalas de Trabalho Divulgação pelas entidades Controladas pelo OGMO Acordadas diretamente entre o
intermediárias trabalhador e o tomador

Responsabilidades do Tomador Limitadas ao período de prestação Responsabilidade solidária com o Paga diretamente ao trabalhador
do serviço OGMO (Lei n° 12.815/2013, art. 33) os valores devidos

Normas de Segurança Zela pelas normas de segurança Zela pelas normas de segurança Zela pelas normas de segurança
no trabalho no trabalho no trabalho

Recolhimento de Encargos Pelas empresas ou órgãos Partilhado entre OGMO e Direto pela empresa contratante
interventores (Lei n° 9.719/98) operadores portuários

Aplicação específica Atividades diversas em diferentes Exclusivamente em portos e Em diversos setores, exceto
setores instalações portuárias atividades portuárias
BONS
ESTUDOS!

@ariadine_dz

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