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Disciplina: 2ª Fase Prova Subjetiva Discursiva

Professor(a): Augusto Grieco


Aula: 16| Data: 19/02/2021
/03/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

CONATPA

CONATPA

Foi criada em 2003, pela Portaria 385 do Procurador-geral do Trabalho.

Objetivo- Fiscalização das relações capital-trabalho no âmbito portuário.

Eixos temáticos:
- Garantir meio do ambiente de trabalho adequado e democratização do acesso às oportunidades de trabalho
avulso nos portos.
- Incluir trabalhadores no mercado de trabalho nos portos públicos e privados, na pesca, na navegação marítima,
fluvial, na indústria naval, nas plataformas de exploração de petróleo e nas atividades de mergulho profissional.
- Área de atuação – ampla.
- Ler Lei 12815/2013 – revogou a Lei 8630 (Lei de Modernização dos Portos).
- Os portos podem ser públicos (ou porto organizado) ou de uso privado.
- Terminais de uso privado – organizados necessariamente fora do porto público.
São autorizados pelo governo federal (instrumento: autorização).
- OGMO – dentro do porto organizado. Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse social.
Criado pelos operadores portuários para administrar mão de obra avulsa portuária e manter o cadastro e o
registro dos trabalhadores portuários.
- Ler art.40 da Lei 12815/2013, que trata dos trabalhadores portuários (categorias diferenciadas: capatazia,
conserto, conferência de carga, estiva etc.).

“Art. 40, 12815/2013. O trabalho portuário de capatazia, estiva,


conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de
embarcações, nos portos organizados, será realizado por
trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo
indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos.
§ 1º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - capatazia: atividade de movimentação de mercadorias nas
instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento,
conferência, transporte interno, abertura de volumes para a
conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem
como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados
por aparelhamento portuário;
II - estiva: atividade de movimentação de mercadorias nos conveses
ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o
transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o
carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos de
bordo;

Prática Ministério Público do Trabalho


CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
III - conferência de carga: contagem de volumes, anotação de suas
características, procedência ou destino, verificação do estado das
mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e
demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e
descarga de embarcações;
IV - conserto de carga: reparo e restauração das embalagens de
mercadorias, nas operações de carregamento e descarga de
embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem,
etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior
recomposição;
V - vigilância de embarcações: atividade de fiscalização da entrada e
saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas
ao largo, bem como da movimentação de mercadorias nos portalós,
rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da
embarcação; e
VI - bloco: atividade de limpeza e conservação de embarcações
mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem,
pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos.
§ 2º A contratação de trabalhadores portuários de capatazia, bloco,
estiva, conferência de carga, conserto de carga e vigilância de
embarcações com vínculo empregatício por prazo indeterminado
será feita exclusivamente dentre trabalhadores portuários avulsos
registrados.
§ 3º O operador portuário, nas atividades a que alude o caput, não
poderá locar ou tomar mão de obra sob o regime de trabalho
temporário de que trata a Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974.
§4º As categorias previstas no caput constituem categorias
profissionais diferenciadas.
§5º Desde que possuam a qualificação necessária, os trabalhadores
portuários avulsos registrados e cadastrados poderão desempenhar
quaisquer das atividades de que trata o § 1º, vedada a exigência de
novo registro ou cadastro específico, independentemente de acordo
ou convenção coletiva. (Incluído pela Medida Provisória nº 945, de
2020).
§5º Desde que possuam a qualificação necessária, os trabalhadores
portuários avulsos registrados e cadastrados poderão desempenhar
quaisquer das atividades de que trata o § 1º deste artigo, vedada a
exigência de novo registro ou cadastro específico,
independentemente de acordo ou convenção coletiva. (Incluído
pela Lei nº 14.047, de 2020)”

- Porto organizado: preferência para os trabalhadores registrados. Os cadastrados só terão acesso às ofertas de
trabalhos quando não houver trabalhador habilitado para aquela função.

- CONATPA – interpretação: a exclusividade dever ser lida como prioridade, não podendo excluir, por exemplo.
trabalhadores cadastrados, caso não haja interesse dos trabalhadores registrados.

Essa interpretação se dá através da Convenção 137 da OIT.

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- Terminais de uso privado – localizados fora do porto autorizado. Interpretação: liberdade de interpretação.

Observação: impossibilidade de cooperativa de fornecimento de mão de obra dentro do porto organizado.


Única hipótese permitida dentro do porto organizado: os próprios trabalhadores portuários criam a cooperativa e
passam a atuar como operador portuário. Também não é possível o trabalho temporário.

Ler a Lei 9719/98 – trata do trabalho portuário.

Trabalho aquaviário: é aquele desenvolvido a bordo dos navios (6 grupos de aquaviários: marítimos, fluviários,
pescadores, mergulhadores, práticos, aquaviários que tratam de manobras nos navios – são habilitados pela
Marinha do Brasil).

Questões:
Nacionalização dos trabalhos dos marítimos, sobretudo nas navegações de cabotagem.

-Resolução Normativa número 5 e 6/2017 – ler.

- Legislação aplicada – bandeira do navio.

Jurisprudência tem entendimento diferente, mas não uniforme: aplica-se a legislação brasileira (CLT), ao
argumento de ser a norma mais favorável.

O professor entende que deve ser observada a legislação da bandeira do navio com base na Convenção das
Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Projetos:
- Projeto Ouro Negro- fiscalização das plataformas de petróleo.
- Portos Seguros – implementação da NR 29 nos terminais portuários privados e portos organizados.
- Projeto Mar a Amar – promoção e melhoria das condições de trabalho a bordo de navio, combatendo o meio
ambiente de trabalho precário, atuando na regularização dos contratos de trabalho, prevenção de discriminação,
o direito à repatriação, garantia de empregabilidade de brasileiros que prestam serviços nas águas jurisdicionais
brasileiras.
- GT de escalpelamento por embarcações – atua junto à COORDIGUALDADE e tem por objetivo erradicar os
acidentes de escalpelamento em embarcações na região norte, sobretudo nas de pequeno porte.

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